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Filosofia 360°
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de mileto Salvadori
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kegaard hobbes
leu leibniz kant 1
pascalFilosofar
heráclitoé preciso!
er sartre parmênides
másMuitas
de aquino vezes, a filosofia examina cren- acontece sempre do passado para o
ças que quase
ttgenstein humetodos aceitam acri�ca- futuro, ou será que faz sen�do pensar
mente a maior parte do tempo. Ao que o passado pode ser influenciado
schopenhauer
examinarmos as nossas crenças, muitas pelo futuro? Por que razão é a natureza
l marx epicuro
delas revelam fundamentos firmes; regular? Será que o mundo pressupõe
al voltaire
mas algumas talesnão. O estudo da filosofia um Criador? E, se pressupõe, será que
scartes
não rousseau
só nos ajuda a pensar claramente podemos compreender por que razão
galileu
sobre heidegger
os nossos preconceitos, como ele (ou ela ou eles) o criou?
ajuda spinoza
x popper a clarificar de forma precisa
avel aquilo em que acreditamos. Por isso, a
kierkegaard Por fim, eis algumas perguntas sobre
filosofia se caracteriza por realizar nós e o mundo: Como podemos ter a
ntaigne heráclito
certas perguntas que as demais áreas certeza de que o mundo é realmente
el platão
do saber hume
não realizam.1 como pensamos que é? O que é o
cault wittgenstein conhecimento e que quan�dade de co-
es tomás de aquino
Eis algumas perguntas que qualquer nhecimento temos? O que faz de uma
um habermas
auvoir de nós pode fazer sobre nós área de inves�gação uma ciência? (Será
mesmos:
galileu leibniz O que sou eu? O que é a cons- a psicanálise uma ciência? E a econo-
ciência. Será que eu posso sobreviver à mia?) Como conhecemos os objetos
a pascal heráclito
morte do meu corpo? Será que posso abstratos, como os números? Como
re wittgenstein
ter a certeza de que as experiências e conhecemos os valores e os deveres?
uinosensações
kierkegaard das outras pessoas são como Como podemos saber se as nossas
picuro hegel Se eu não posso par�lhar as opiniões são obje�vas ou apenas subje-
as minhas?
dt bacon platãodas outras pessoas, será �vas?
experiências
stinhoquesócrates
posso comunicar com elas? Será
que hobbes
kegaard agimos sempre em função do Jerome Stolnitz, na obra Aesthetics and
nosso interesse próprio? Será que sou Philosophy of Art Criticism, disse que se
leu leibniz kant
uma espécie de fantoche, programado �vesse de escolher uma só
pascalparaheráclito
fazer as coisas que penso fazer em palavra para descrever a função e “es-
er sartre
função parmênides
do meu livre-arbítrio? pírito” da filosofia, seria crí�ca. Mas o
más de aquino significado desta palavra não deve ser
Eis algumas
kegaard hobbes perguntas sobre o mundo: mal entendida. Quo�dianamente, esta
Por que kant
leu leibniz razão há algo e não o nada? palavra tem geralmente um significado
Qual a diferença entre o passado e o mais estrito do que o que tenho em
pascal heráclito
futuro? Por que razão a causalidade mente. Quando dizemos, quo�diana-
per sartre parmênides
omásOsde1
aquino
textos do nosso curso são excertos, paráfrases e citações de inúmeras obras de Filosofia que eu li e pesqui-
ttgenstein
sei durante oshume
meus anos de estudo e de inúmeros cursos que eu realizei. São textos que eu fui construindo e
que serviram de base para os meus estudos e agora espero que eles lhe auxiliem também, como me auxiliaram.
schopenhauer
Por isso, você poderá usá-los, ampliando-os e, assim, construir a sua história de vida intelectual na filosofia.
l marx epicuro
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Filosofar é preciso!

mente, que “somos crí�cos rela�va- período histórico em que viveram,


mente àquela pessoa”, queremos geral- �veram uma crença de um �po ou
mente dizer que lhe encontramos outro sobre cada uma destas questões.
defeitos. A filosofia não é “crí�ca” neste Se o estudante pensar durante uns mo-
sen�do. Não se trata da procura rabu- mentos, descobrirá que isto é verdade
genta de defeitos; não é “sempre a também rela�vamente a si próprio, por
deitar abaixo”, como as pessoas com mais que as suas crenças sejam vagas
maus temperamentos que todos co- ou inseguras. Mas não podemos com-
nhecemos. Ao invés, a filosofia é “cri�- preender a importância das crenças
ca” num sen�do mais lato. estudadas pela filosofia até considerar-
mos o significado das crenças em geral.
Neste sen�do, a filosofia examina algo As crenças não são como que outras
para determinar os seus pontos fortes e tantas coisas nas prateleiras dos nossos
fracos. A inves�gação crí�ca ocupa-se armazéns intelectuais, geralmente sem
tanto das virtudes como dos defeitos do qualquer uso, mas a que ocasional-
que estuda. Ora, o que estuda a filoso- mente limpamos o pó e �ramos da
fia cri�camente? Não é tão fácil prateleira — para conversar de triviali-
responder a esta questão como se dades, por exemplo. As crenças são
poderia pensar. Pode dizer-se, contudo, muito mais importantes do que isto.
que a filosofia cri�ca algumas das cren- Pois controlam e dirigem o curso das
ças mais importantes e comuns dos nossas vidas. Estamos sempre a agir à
seres humanos. Um exemplo seria a luz das nossas crenças.
crença de que Deus existe. Outro exem-
plo seria a crença de que há certos atos, O que tomamos como verdadeiro sobre
como cumprir promessas ou agir como o mundo e sobre nós mesmos é crucial
um patriota, que temos o dever de exe- para a nossa decisão de agir de uma
cutar, e outros, como men�r, que são maneira e não de outra, para a pros-
moralmente errados. Outro exemplo secução de um dado obje�vo e não de
ainda é a crença em certos fins ou “va- outro. As suas crenças sobre si próprio
lores” da existência humana que deve- determinam a sua escolha de uma
mos procurar a�ngir, por exemplo, ter determinada área de estudos; as suas
tanto prazer quanto possível ou, no crenças sobre os outros determinam a
polo oposto, pra�car o amor cristão sua escolha da pessoa que convida para
abnegado. sair. Assim, muitas coisas dependem da
solidez das nossas crenças. A ação não
Virtualmente todos os seres humanos será geralmente compensadora nem
adultos, seja qualquer for a cultura ou terá sucesso a não ser que se baseie em
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Filosofar é preciso!

crenças fidedignas. A ação que não questões, perguntando-se por que


conte com a lucidez da crença verdadei- razão veio a ter as crenças que tem. Na
ra está condenada a ser incerta e fú�l. É maior parte dos casos, você descobre
o produto da supers�ção, do “palpite” que não “veio a ter” tais crenças em
ou da inércia. resultado de uma reflexão prolongada e
séria sobre elas. Pelo contrário,
As crenças estudadas pela filosofia são aceitou-as com base em alguma autori-
as que subjazem ao nosso comporta- dade, isto é, um indivíduo qualquer, ou
mento em áreas centrais da experiência ins�tuição, que lhe transmi�u essas
humana. No caso da é�ca, a filosofia crenças. A autoridade pode ser os seus
não se ocupa tanto de decisões morais pais, professores, igreja ou amigos.
específicas — deverei dizer uma men�- Muitas das nossas crenças são tomadas
ra para ganhar mais nesta transação de assalto pelo que chamamos vaga-
comercial? — mas antes dos princípios mente “sociedade” ou “opinião públi-
do correto e do incorreto nos quais a ca”.
decisão se baseia. Um homem cujos
princípios morais não são sólidos irá Estas autoridades, regra geral, não lhe
agir de maneira mesquinha e impõem as suas convicções. Ao invés, o
repreensível. A situação é semelhante leitor absorveu essas crenças a par�r do
na área de experiência de que nos ocu- “clima de opinião” no qual se desen-
paremos — a criação e apreciação volveu. Assim, a maior parte das suas
ar�s�cas. O prazer que temos com a crenças sobre questões como a existên-
arte — se o temos — depende das cia de Deus ou sobre se por vezes é cor-
nossas crenças sobre a sua natureza e reto men�r são ar�gos intelectuais em
valor. Também neste caso, como vere- “segunda mão”. Mas isto não significa,
mos pormenorizadamente, as crenças claro, que essas crenças sejam neces-
falsas conduzem ao comportamento sariamente falsas ou que não sejam só-
infru�fero. lidas. Podem perfeitamente ser sólidas.
Os ar�gos em “segunda mão” por vezes
O que significa, especificamente, dizer são muito bons. O que está em causa,
que a filosofia faz a “crí�ca” das nossas contudo, é isto: uma crença não é ver-
crenças? Para começar, admitamos que dadeira simplesmente porque uma
a maior parte das nossas crenças sobre autoridade qualquer diz que o é.
questões vitais como a religião e a Suponha que, perante uma certa
moralidade são manifestamente acrí�- crença, eu lhe perguntava: “Como sabe
cas. Faça uma vez mais uma pausa para que isso é verdade?” Certamente que
avaliar as suas crenças sobre estas não seria sa�sfatório responder
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Filosofar é preciso!

“Porque os meus pais (professores, mostrem que é verdadeira. Uma crença


amigos, etc.) me disseram”. Isto, em si, que não possa ser estabelecida por este
não garante a verdade da crença, meio não é digna da nossa fidelidade
porque tais autoridades se enganaram intelectual e é habitualmente um guia
muitas vezes. incerto da ação. A filosofia dedica-se,
portanto, ao exame minucioso das
Verificou-se que muitas das crenças crenças que aceitamos acri�camente
sobre medicina dos nossos antepassa- de várias autoridades. Temos de nos
dos, que eles transmi�ram às gerações libertar dos preconceitos e emoções
posteriores, eram falsas. E desde que se que muitas vezes obscurecem as nossas
fundaram as primeiras escolas que os crenças. A filosofia não aceitará uma
estudantes — graças aos céus — encon- crença só porque tem sido venerada
traram erros no que os seus professores pela tradição ou porque as pessoas
diziam e tentaram encontrar por si acham que é emocionalmente compen-
crenças mais sólidas. Por outras pala- sador aceitar essa crença. A filosofia
vras, a verdade de uma crença tem de não aceitará uma crença só porque se
depender dos seus próprios méritos. Se pensa que é “simples senso comum” ou
os seus pais lhe ensinaram que é desas- porque foi proclamada por homens
troso abusar de maçãs verdes, então a sábios. A filosofia tenta nada tomar
asserção deles é verdadeira não porque como “garan�do” e nada aceitar “por
eles o disseram, mas porque certos fé”. Dedica-se à inves�gação persistente
fatos (muito desagradáveis) mostram e de espírito aberto, para descobrir se
que é verdadeira. Se o leitor aceitar as nossas crenças são jus�ficadas, e até
uma “lei” cien�fica que leu num que ponto o são. Deste modo, a filosofia
manual, essa lei é válida não porque impede-nos de nos afundarmos na
está escrita num manual, mas porque complacência mental e no dogma�smo
se baseia em provas experimentais e no em que todos os seres humanos têm
raciocínio matemá�co. tendência para cair.

Estamos jus�ficados em aceitar uma Finalizo com uma citação de Chaui, do


crença unicamente quando esta é sus- livro Convite à Filosofia: “Se abandonar
tentada por provas e lógica sólida. Mas, a ingenuidade e os preconceitos do
a maior parte de nós nunca testa as senso comum for ú�l; se não se deixar
nossas crenças desse modo. É aqui que guiar pela submissão às ideias domi-
entra a a�vidade “crí�ca" da filosofia. A nantes e aos poderes estabelecidos for
filosofia recusa-se a aceitar qualquer ú�l; se buscar compreender a signifi-
crença que a prova e o raciocínio não cação do mundo, da cultura, da história
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Filosofar é preciso!

for ú�l; se conhecer o sen�do das suas ações numa prá�ca que deseja a
criações humanas nas artes, nas ciên- liberdade e a felicidade para todos for
cias e na polí�ca for ú�l; se dar a cada ú�l, então podemos dizer que a Filoso-
um de nós e à nossa sociedade os- fia é o mais ú�l de todos os saberes de-
meios para serem conscientes de si e de que os seres humanos são capazes”.

Indicações de Leituras

1. História da Filosofia, de Reale e An�sseri (7 vol.)


2. História da Filosofia, de Christoph Helferich
3. Dicionário de Filosofia, de Abbagnano
4. Convite à filosofia, de Marilena Chaui
5. Filosofando, de Maria L. A. Aranha e Maria H. P. Mar�ns
6. Fundamentos da Filosofia, de Gilberto Cotrim
7. O mundo precisa de Filosofia, de Eduardo Prado de Mendonça
8. , de Ricardo Timm de Souza

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