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Cadeira: Geopolítica
Discente:
Silvestre Paulo Langa
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
OBJECTIVO GERAL:..................................................................................................3
Objectivos específicos:...............................................................................................3
Metodologia...............................................................................................................3
FUNDAMENTO TEÓRICO.............................................................................................4
Definição De Conceitos.....................................................................................................4
Estado................................................................................................................................4
Estado-Nação.....................................................................................................................4
Nacionalismo.....................................................................................................................5
Cidadania...........................................................................................................................5
Cidadania Nacional...........................................................................................................6
A Cidadania Política Pós-Nacional...................................................................................6
O Declínio Da Cidadania Nacional...................................................................................8
CONCLUSÃO.................................................................................................................11
Referências Bibliográficas...............................................................................................12
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INTRODUÇÃO
O trabalho em curso versa sobre o Desafios ao Estado nação, Cidadania Nacional. As
origens socioculturais da população que habita o país, hoje chamado Moçambique,
indicam características, desde sempre, marcadas por diversidades étnicas. Antes da
chegada dos colonos portugueses, essas populações viviam organizadas em famílias
alargadas, em clãs1 e devido à guerra entre elas, originaram as tribos. Mais tarde, com a
chegada dos povos Bantu durante o século III e IV da nossa era, vindos da África
Oriental, deu-se início aos primeiros Estados Bantu. Entre os séculos X e XIII surgiu o
Estado de Zimbabwe e entre 1440 e 1450 foi fundado o império de Mwenemutapa. Ao
longo desses séculos, todas as organizações sociais e /ou etnias eram dotadas de
estrutura e de funcionamento próprio.
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OBJECTIVO GERAL:
Apresentar os Desafios ao Estado nação, Cidadania Nacional.
Objectivos específicos:
Definir os conceitos de nação, estado-nação e nacionalidade;
Descrever os contornos da Cidadania Política Pós-Nacional;
Metodologia
Para efetivação deste trabalho, usou-se como metodologia a consulta bibliográfica em
varias obras que serviram como fonte de inspiração na elaboração deste trabalho. Esta
consulta fez com que releva-se mais qualidade de informação no desenvolvimento do
trabalho, e de uma forma minuciosa foram analisados os dados encontrados e apuradas
as melhores informações como produto final que resultou nesse trabalho, e usou se a
internet para fazer uma reflexão condigna das várias informações.
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FUNDAMENTO TEÓRICO
Definição De Conceitos
Estado
Existe vários debates sobre o estado dentre estas visões o destaque vai para apresentada
pelo professor Marcello Caetano, o Estado é constituído por um povo fixado num
território, de que é senhor, e que, dentro das fronteiras desse território, institui, por
autoridade própria, órgãos que elaborem as leis necessárias à vida colectiva, e
imponham a respectiva execução. Esta definição nos apresenta tres elementos
fundamentais um território, poder político e um povo.
Estado-Nação
Dicionário de Relações Internacionais(2005), Tipo particular de Estado, característico
do mundo moderno, simbolizado pelos Tratados de Vestefália (1648), no qual um
governo detém a soberania de um território definido e onde a grande maioria da
população é constituída por cidadãos que têm consciência de pertencerem a uma única
nação que confere o seu apoio ao Estado, independentemente do seu regime político,
desde que surge um conflito com outro Estado. Os Estados-nação estão associados ao
aparecimento do änacionalismo, embora os “nacio- nalistas” nem sempre estejam de
acordo com as fron-teiras dos Estados que hoje existem. Os Estados--nação
desenvolveram-se como parte de um sistema emergente e abrangente na Europa, mas
não são especificamente europeus ou de origem europeia. O Japão e a Tailândia, por
exemplo, são Estados-nação muito antigos.
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Nacionalismo
De acordo com dicionário de RI (2005) & de ciência política (1998), define
nacionalismo como conjunto de crenças e símbolos que expressam identificação com
uma determinada comunidade nacional. É a defesa intransigente dos valores nacionais,
correspondendo esta defesa, quase sempre, à exaltação do Estado, entidade que assume,
nestes casos, uma dimensão transcendente. As posições nacionalistas costumam ser
antagónicas de todas as formas de integração supranacional, ou, se se preferir, supra-
estadual, surgindo assim como contraponto, no plano das ideologias políticas, do
internacionalismo. Este tipo de manifestação política pode assumir duas formas de
expressão: num caso, ser nacionalista pode significar isolamento a nível internacional,
noutro caso, pode querer dizer alargamento do espaço interno e aumento do território
nacional. A ideia de “espaço vital”, para a chamada defesa dos interesses nacionais,
esteve muitas vezes na origem desta espécie de actuação
Cidadania
Marufo (2010) considera que o conceito de cidadania é problemático, ambíguo,
multifacetado, pluridimensional, contestado e interpretado de diferentes formas com
diferentes implicações normativa. Para Matos citando Marufo(2010) a cidadania não
significa a mesma coisa em todas as sociedades e em todos os tempos. Pode dizer-se
que não existem padrões definitivos de cidadania, no sentido de um corpo de direitos e
obrigações fixas e fechadas, já que estes tendem a reflectir e a acompanhar os padrões
de determinadas sociedades políticas em diferentes níveis de desenvolvimento.
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Cidadania Nacional
A cidadania nacional vem sendo abalada pela formação de instituições supranacionais,
como é o caso da União Européia, bem como pela irrupção de identidades
infranacionais que assumem a forma de movimentos reivindicatórios ou separatistas.
Além disso, a importância crescente das dimensões econômica e social na vida moderna
vem enfraquecendo os laços políticos da cidadania. Os interesses econômicos materiais
predominam, em muitos casos, sobre os direitos e deveres cívicos do cidadão.
O projeto democrático é universal, porque se destina a todos e pode ser adotado por
qualquer sociedade. A liberdade e a igualdade, valores fundadores da democracia
moderna, possuem uma dimensão universal consagrada no princípio da cidadania. Mas
a cidadania não é uma essência, é uma construção histórica. Ela está intimamente ligada
às lutas pela conquista dos direitos do cidadão moderno.
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torna possível com a ruptura do elo entre nacionalidade enquanto comunidade cultural e
cidadania enquanto participação política.
A noção de patriotismo constitucional foi objeto de muitas críticas por parte daqueles
que não acreditam ser possível separar a filiação nacional da participação política. Os
membros de uma nação partilham uma língua, uma cultura e valores comuns. Até que
ponto uma sociedade puramente cívica, fundada em princípios abstratos direitos
humanos, Estado de direito poderia controlar as paixões nascidas das filiações étnico-
religiosas?
Para esses críticos, a adesão intelectual a princípios abstratos não poderia substituir as
mobilizações política e afetiva suscitadas pelas tradições políticas e culturais nacionais.
Os partidários da cidadania pós-nacional são acusados de utópicos, por superestimarem
os princípios cívicos e subestimarem a base cultural real sobre a qual se funda a
sociedade nacional. Quem morreria pelas instituições supranacionais?
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época da independência ou constituição autônoma do Estado nacional, quase sempre
falam em "morrer pela pátria". Hoje, em pleno processo de globalização, os cidadãos
não parecem mais dispostos a morrer pela pátria, com exceção de algumas disputas
territoriais nacionalistas que, em geral, ocultam conflitos étnicos, religiosos ou
ambientais.
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ocidentais e não ocidentais, tornando-se significativo para um grande número de
pessoas, em todos os níveis da sociedade.
O peso político da cidadania nacional tornou-se tão forte que nem a perspectiva
marxista, que considerava o governo democrático mera expressão dos interesses das
classes dominantes, conseguiu ultrapassar as fronteiras do território nacional nas suas
lutas políticas. Os trabalhadores socialistas, que nada tinham a perder a não ser seus
grilhões, não assumiram uma perspectiva transnacional em nome da solidariedade de
classe, e acabaram morrendo nas frentes de batalha da Primeira e Segunda Guerras
Mundiais, lutando contra outros trabalhadores, seguindo apelos patrióticos e
nacionalistas de seus respectivos governos.
Hoje, mais do que o trabalho, quem adquiriu consciência internacional foi o capital. Os
impactos da globalização reorientam o Estado e os interesses das elites dominantes,
conferindo-lhes perspectivas não territoriais e extranacionais. O Estado reformula seu
papel em função de variáveis econômicas exógenas, como expansão do comércio
mundial, políticas macroeconômicas e maior mobilidade internacional do capital. A
mentalidade das elites dominantes desterritorializou-se a tal ponto que mesmo a
"segurança" é definida mais em termos da economia global do que em relação à defesa
da integridade territorial.
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CONCLUSÃO
Em conclusão importa referir que o Estado-Nação encontra-se diante de um gigantesco
desafio. Várias forças atuam simultaneamente sobre ele e são tão colossais que
ameaçam esfacelá-lo; a sua principal característica é que são globais, abrangentes, ou
seja, não são localizadas e não são insignificantes. São tanto econômicas, às quais tem
se denominado “globalização”, quanto político-ideológicas com fundos reflexos
geopolíticos, atualmente conhecidas como “globalismo”. Elas exercem poder quase
irresistível porque o mundo atual tornou-se muito interdependente. Isto quer dizer que
qualquer movimento em uma parte do mundo afetará proporcionalmente as outras
partes, porque este mundo está todo interligado. Estas forças são, portanto, externas a
ele. Existem, todavia, como contra-ponto, forças internas e intrínsecas. Até bem pouco
tempo, a maioria das forças internas encontrava-se em estado de repouso, acomodadas
às situações e ao contexto mundial vigente, porém, na medida que as forças externas
começaram a se manifestar, as internas sofreram suas atuações e saíram do repouso. As
ciclópicas pressões econômicas, apoiadas em tecnologias disruptivas, começaram a
esmagar os modos de vida locais, e estes, aflorando à consciência dos povos, reagiram,
dinamizando-se.
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Referências Bibliográficas
EVIDÊNCIAS. “MACUAS (de Nampula) são falsos e não têm direção” - atira
Eduardo da Silva Nihia. Disponível em:<
https://evidencias.co.mz/2022/09/06/macuas-de-nampula-sao-falsos-e-nao-tem-
direccao-atira-eduardo-da-silva-nihia/ >. Acesso em: 28 out. 2022.
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