Você está na página 1de 10

Professora: Kelly-Elisabeth Rodrigues

Ano letivo: 12º ano 2


Disciplina de: Ciência Política

Nações

Trabalho realizado por:


● Octávio António, nº 10
Índice
1. Conceito de Nação ………………………………………………. 2
2. Como se caracteriza uma nação ………………..……….. 2
3. Distinção entre Estado e Nação …………………………… 3

 Exemplos de estado e nação …………………………………………. 4

4. Tipos de Nações …………………………………………………. 7

5. Curiosidades ………………………………………………………. 8

6. Conclusão ………………………………………… 8

7. Bibliografia ………………………………………. 8

2
Conceito Nação
Nação é toda e qualquer comunidade que possui determinadas características
compartilhadas no mesmo território ou estado.

Ou seja, nação é, então, a reunião de pessoas, do mesmo grupo étnico, falando o


mesmo idioma e tendo os mesmos costumes, formando, assim, um povo, cujos
elementos componentes trazem consigo as mesmas características étnicas e se
mantêm unidos pelos hábitos, tradições, religião, língua e consciência nacional.

A palavra «nação» provém do latim e tem o significado de nascer. Uma nação é uma
também uma conceção política, entendida como o sujeito que reside na soberania
de um estado.

Como se caracteriza uma nação.


De uma forma rigorosa, os elementos território, língua, raça, religião, costumes e
tradição, por si só, não constituem uma nação. Na verdade, esses elementos não

3
passavam de requisitos secundários, que se integram na sua formação. O elemento
essencial para a formação de uma nação assenta no vínculo que une os indivíduos,
determinando, assim, entre eles a convicção de um querer viver coletivo.

Como surgiu o conceito de nação.

O termo Nação se origina do latim da palavra natio ou natos, que faziam referência
aos grupos de estudantes das universidades que existiam na época medieval.

Esses grupos eram formados por estudantes provenientes da mesma localidade, que
falavam a mesma língua e que seguiam as mesmas leis das suas respetivas
comunidades.

Um facto interessante a destacar-se é o facto de que foi nessas universidades que


surgiram os movimentos de contestação à Igreja Católica na época do Renascimento.

O termo “Nação” somente começaria a ganhar alguma visibilidade a partir da


publicação do livro de Adan Smith chamado A Riqueza das Nações, de 1776. Na
época em que autor usou o termo, ele não se preocupou em caracterizar bem o
termo, mas apenas o utilizou para designar as várias organizações humanas, sendo
que a principal vinculação do termo Nação era com o Estado.

O termo foi absorvido em dois grandes movimentos históricos: a Revolução


Americana e a Revolução Francesa. Em ambos utilizou-se o termo Nação para
legitimar o poder do povo. A partir daí, o termo Nação seria recorrente na história da
humanidade, integrando grandes acontecimentos como os que envolveram os
estopins para a Primeira e para a Segunda Guerra Mundial.

O conceito mais aceite de Nação, atualmente, versa sobre a reunião de pessoas com
características históricas semelhantes, ou seja, integrantes de um mesmo grupo
étnico, que falam o mesmo idioma e possuem os mesmos costumes. Assim, tem-se
um povo que é unido por hábitos e tradições. Todavia, é importante ressaltar, os

4
elementos língua, território, religião, costumes e tradição não constituem uma Nação
por si só. Para formá-la, é indispensável o vínculo entre os indivíduos que gera a
convicção de querer formar um coletivo. Em outras palavras, a Nação existe a partir
do momento em que também há uma consciência de nacionalidade entre os
indivíduos, formando um grupo com interesses especiais e necessidades particulares.

Distinção entre Estado e Nação

Frequentemente, usamos os termos estado e nação (e até mesmo povo e país)


alternadamente, como se fossem sinónimos. Embora possam ser em contextos
relativos, cada um possui um significado específico que deve ser compreendido.

Um país é um pedaço bem definido da superfície da Terra, habitado por uma


população (um “povo”) que partilha traços sociais, culturais, políticos e históricos até
certo ponto. Existem 194 países soberanos, internacionalmente reconhecidos como
tal, mas também existem países não reconhecidos, o que pode ser contraditório,
uma vez que ser um país exige reconhecimento internacional e soberania sobre o
seu próprio território .

É aí que a diferença entre o estado e a nação é evidente. Para que exista um Estado,
deve haver instituições políticas e sociais que governem a vida no território em
questão e que sejam reconhecidas por seus habitantes.

Os Estados operam por meio de um sistema de governo (geralmente com poderes


públicos executivos , legislativos e judiciais ) e são regidos por um corpo de leis
comumente conhecido como Constituição Nacional, ou seja, um documento
fundador do Estado.

Dessa forma, um Estado é o conjunto de instituições que apoiam o governo e a lei e,


portanto, têm soberania sobre um determinado território. Por exemplo: quem

5
defende as fronteiras do território de um país? As Forças Armadas, que fazem parte
do Estado. Todos os países soberanos também são Estados.

Mas o assunto é mais complexo. Num mesmo país, sujeito ao mesmo Estado, podem
existir várias nações: grupos de colonos que possuem um património cultural,
linguístico, religioso e histórico diferente. Embora sejam forçados a obedecer às
mesmas leis e responder às mesmas instituições (novamente, ao mesmo estado),
pode-se dizer que são membros de nações diferentes.

É o caso dos Estados plurinacionais, nos quais membros de diferentes nações


compartilham a mesma cidadania (ou seja, a mesma nacionalidade ) e fazem parte
do mesmo país. O caso oposto também é possível: diferentes estados cuja população
pode estar incluída em uma mesma nação, pelo facto de compartilharem
importantes traços de identidade.

Assim, a Nação não se anula ou está submetida ao Estado, pois este é uma forma
política adotada. A Nação é preexistente sem necessidade de organização legal ou
política, mesmo que seja comum fazer sua associação com Estado. Prova disso é o
que ocorre no continente africano. Após a Segunda Guerra Mundial, a África foi toda
dividida em Estados, segundo o interesse dos povos europeus. Entretanto, essa
divisão dos Estados não levou em consideração as características históricas dos
povos que incluíram, gerando, assim, Estados formados por nações diferentes. A
consequência disso é uma interminável onda de guerras civis que varre o continente,
já que as diferenças não foram respeitadas e, hoje, os diferentes povos que habitam
o mesmo território disputam pelo poder.

Em conclusão, é possível resumir as diferenças entre estado e nação da seguinte


forma:

Estado Nação

6
É um conceito político, que se refere às É um conceito político, que se refere às
instituições que fazem um país instituições que fazem um país funcionar.
funcionar.

Eles existem formalmente e gozam de Eles existem formalmente e gozam de


soberania sobre um determinado soberania sobre um determinado
território. território.

É sobre a forma institucional que uma É um conceito político, que se refere às


nação assume. instituições que fazem um país funcionar.

Ela manifesta-se num conjunto de leis, Ela manifesta-se num conjunto de


agências e entidades políticas. tradições , práticas socioculturais e uma
linguagem .

Tem origem histórico-política Eles têm uma origem sociocultural

Exemplos de estado e nação

Qualquer um dos países soberanos do planeta é um exemplo de Estado, não


importando quão rico ou pobre seja, quantas ou poucas pessoas tenham ou quanto
poder internacional exerçam. Desde que possuam soberania territorial e sejam
capazes de governar legalmente os seus cidadãos, são considerados como tal: o
Estado francês, o Estado moçambicano, o Estado nicaraguense, o Estado americano,
etc.

7
Em contraste, o conceito de nação é muito mais abrangente. Podemos falar das
diferentes nações que compõem a Bolívia , por exemplo, e que respondem ao
mesmo Estado formal: a nação Aymara, a nação Baure, a nação Araona, todas de
origem local e herdeiras de povos pré-colombianos.

Ou podemos falar também da nação curda, cujas características étnicas, linguísticas e


históricas a distinguem, mas habita um território sobre o qual não tem autonomia :
os limites da Turquia, Síria, Iraque e Irã, quatro Estados diferentes. Portanto, o
estado curdo não existe, pois não tem soberania ou instituições, mas a nação curda
ou o povo curdo sim.

Tipos de Nações

Existem diferentes tipos de nação, por exemplo, a liberal, a romântica, a socialista, a


fascista e a nacional-socialista

A maior parte das nações atuais da América e da Europa é regida pelos moldes
liberais, inseridos no sistema republicano com diferentes aspetos próprios de cada
povo. As nações socialistas que persistem no século XXI incluem a China, Cuba e o
Vietname, entre outras. Os modelos fascista e nacional-socialista foram extintos na
Segunda Guerra Mundial. Em certos casos específicos, é válido destacar que a
identidade nacional de alguns povos motivou a existência de nações bem específicas
e de difícil definição.

Assim, a nação tuaregue continua com seus costumes e idioma no noroeste africano,
localizada em diferentes estados dessa região. Uma consideração parecida pode ser
observada na nação aimará, na área do Altiplano, assim como da nação esquimó, nas
regiões do Ártico. Nestes casos, adverte-se perfeitamente a presença de
características culturais compartilhadas que permitem aos indivíduos destes povos

8
pessoas um reconhecimento entre si como compatriotas, embora que não exista
atualmente estados nacionais de identificação como tuaregue, aimará ou esquimó.

Curiosidades

Existem certas comunidades denominadas Micronações, entidade cujos membros


afirmam pertencer a uma nação independente ou Estado soberano, mas que carece
de reconhecimento legal por governos mundiais ou grandes organizações
internacionais. Elas são geograficamente muito pequenas, tendo o seu tamanho
variando desde menos de um metro quadrado até um milhão de quilômetros
quadrados.

Temos como exemplo o "Principado de Seborga” fundado na Itália por Giorgio


Carbone — chefe de uma cooperativa agrária local — em 1963; este principado
conta com uma população de pouco mais de 300 habitantes, todos súbditos do atual
monarca Príncipe Marcello I. Seborga intitula-se como independente e, desde que foi
criado, reivindica o seu território.

O principado chegou a ter moeda própria entre os anos de 1994 e 1996 — o luigino
—, mas acabou adotando o euro. Além disso, o principado conta com duas ordens de
cavaleiros, a Ordem de São Bernardo e a Ordem do Santo Sepulcro, e seus idiomas
oficiais são o italiano, o francês e o líguri, um dialeto falado na região da Ligúria.

Conclusão

Em suma, somente pode ser considerado como nação toda e qualquer comunidade
que compartilha a mesma língua, assim como também costumes, onde os indivíduos
se encontram ligados por um sentimento de pertença.

Bibliografia

9
 https://conceitos.com/nacao/

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%A3o

 https://conceitosdomundo.pt/diferenca-entre-estado-e-nacao/

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Microna%C3%A7%C3%A3o

10

Você também pode gostar