Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1.Introdução.......................................................................................................................2
1.1.Objectivos................................................................................................................2
1.1.2.Objectivos Específicos......................................................................................2
2.Conceito de Estado.........................................................................................................3
2.6.Tipos de Estado......................................................................................................14
3.Conclusão.....................................................................................................................19
4.Referências Bibliográficas............................................................................................20
1. Introdução
O presente trabalho tem como objetivo central analisar o surgimento e a
formação do Estado Moçambicano, país de língua oficial portuguesa (PALOP),
localizado no sudeste da África. Por muito tempo, este imenso território que
comumente ousamos chamar de Moçambique, foi alvo de duras atrocidades,
protagonizadas pelo sistema colonial português, no qual esteve mergulhado, num
passado não muito distante. Queremos de uma forma minuciosa e abrangente saber
como e em que momento se deu o despertar da consciência do sentimento de
pertencer a um determinado território, neste caso Moçambique, que é o foco e objeto de
estudo deste trabalho.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Analisar o surgimento e a formação do Estado Moçambicano
1
2. Conceito de Estado
É a organização político-jurídica de uma sociedade para realizar o bem público/comum,
com governo próprio e território determinado.
O Estado, assim como a própria sociedade, sempre existiu visto que o homem desde que
vive na terra está integrado numa organização social, dotada de poder e com autoridade
para determinar o comportamento social de todo o grupo;
Outros autores defendem que a sociedade existiu sem o Estado durante um certo
período e depois, por diversos motivos, foi se constituindo o Estado para atender às
necessidades dos grupos sociais;
Alguns autores somente admitem como Estado a sociedade política dotada de certas
características bem definidas, o que só ocorreu a partir do século XVII.
Existem duas teorias sobre a formação originária do Estado: a formação natural, que
afirma que o Estado se formou naturalmente e não por ato voluntário; a formação
contratual, afirmando que um acordo de vontades de alguns homens ou de todos que
levou à criação do Estado.
2
em classes, sendo a classe possuidora exploradora da não-possuidora, dominandoa,
nascendo a instituição Estado;
3
mandatário a assinar em seu lugar, a agir em seu lugar, a falar em seu lugar, pela qual
lhe dá uma procuração […]” (Bourdieu 1987, 185).
concepção marxista serviria apenas para camuflar a tomada do poder por certas classes
concepção das eleições que mais se adequa para compreender o papel das eleições em
Moçambique.
vista do mandato, as eleições servem para seleccionar boas políticas ou políticos que
afectar o bem-estar dos cidadãos, os quais escolhem as propostas que gostariam de vê-
esta lógica que leva o campo político a ser descrito como sendo
4
No ponto de vista de prestação de contas, as eleições servem para “manter o governo
2006, 106), neta linha de pensamento, as eleições servem para sancionar (não votar no
governantes que tiveram bom desempenho durante o seu mandato. Seguindo esta linha
de pensamento os incumbents, bem como os eleitores são racionais. Portanto, uma vez
que os eleitores são racionais “ cada um deles concebe as eleições estritamente como
Moçambique, primeiro porque neste, está subjacente a ideia de que os eleitores recebem
para as eleições de 2014, nos distritos de Chibuto, Macia, Chókwè e Xai-Xai em Gaza,
significa que a população local está tão formatada que nem tão pouco quer saber de um
Votar na base do programa significa que os eleitores votam no candidato ou partido que
apresenta um programa que melhor satisfaz os seus interesses. Ora, “qual poderia ser o
5
interesse próprio de muitos moçambicanos, tendo em consideração o fosso abismal
alternativa, defendendo que o eleitor não possui nenhum instrumento de controlo dos
resultados eleitorais, o que significa que as suas preferências estão totalmente desligadas
dos resultados eleitorais. Portanto, eles advogam que a votação é nada mais e nada
menos do que uma “expressão de um desejo sem nenhuma implicação necessária para o
responsável pelos resultados de suas acções passadas, isto significa que os eleitores
moçambicano onde até hoje (42 anos de independência), ainda existem crianças a
estudar em baixo das árvores e sem carteiras embora Moçambique seja exportador da
públicos em fim uma série de problemas que inclui o mau provimento de bens e
Este postulado é problemático dado que embora existam esses problemas, verifica-se
que o mesmo partido que governou o país no período pós-independência é o mesmo que
mas também noutros países africanos como constatado por Wall (2003), ao avançar que
6
portanto, o ex partido único que conseguiu sobreviver à mudança para a política
multipartidária com seu poder intacto, foi capaz de usar todos os seus recursos para
multipartidárias.
1992 . Este, sobretudo o protocolo III, traça os princípios que norteiam o processo
eleitoral. O protocolo advogava que a lei eleitoral estabelecerá um sistema eleitoral que
al. (2010, 23), “as comissões mistas previstas naquele texto foram formadas
à prisão por crimes dolosos. Este direito ficou condicionado à inscrição nas listas
eleitorais.
7
2.4.5. Eleição da Assembleia da República
No que concerne à eleição da Assembleia da República, o protocolo III do AGP, assiste
maiores de 18 anos. As partes acordaram que seria estabelecida uma percentagem (não
inferior a 5% ou superior a 20%) mínima dos votos expressos à escala nacional sem a
qual os partidos concorrentes não poderiam ter assentos na Assembleia. Brito sustenta
adoptado em Roma sob proposta da Renamo” (Brito et al. 2010, 23), foi acordado
também que os representantes dos partidos em cada círculo eleitoral serão eleitos em
entre uma a duas semanas após a divulgação dos resultados; serão elegíveis a Presidente
8
do sistema proporcional “aparentemente porque a estratégia do movimento rebelde nas
negociações de Roma era de rejeitar tudo o que fosse proposto pelo governo da
Frelimo” Nuvunga (2007, 59). Um dos defeitos deste tipo de sistema é a questão de não
garantir a prestação de contas dos deputados aos cidadãos dado que a eleição dos
deputados não é feita nominalmente, mas, através de listas partidárias fechadas. É nesta
linha de ideia que Brito citou um cidadão de Ancuabe, Cabo Delgado “Até hoje, não
Nas três primeiras eleições gerais (1992; 1999 e 2004) prevaleceu a barreira dos 5%
“a utilização deste tipo de barreira tem como objectivo evitar a entrada no parlamento
parlamentares”. Uma das grandes críticas ancora no método de d’Hond que é usado para
República o que significa que alguns assentos passariam para alguns partidos
“pequenos”.
Segundo Nuvunga et al (2008, 40), uma das lacunas no sistema eleitoral moçambicano
no apuramento eleitoral, tem a ver com o facto de a lei eleitoral não prever a
recontagem de votos em caso de perda e/ou dúvidas sobre a originalidade dos editais;
A lei eleitoral moçambicana não assenta numa base estratégica, ficando vulnerável à
constatações de cada eleição. Outro aspecto não menos importante relaciona-se com a
composição da Comissão Nacional de Eleições que tende cada vez mais a partidarizar-
governo dos Estados Unidos, onde o chefe de governo também é chefe de Estado; até a
Unido. O sistema de governo adotado por um Estado não deve ser confundido com a
governo (monarquia, república etc.).
Parlamentarismo
Presidencialismo
Semipresidencialismo
2.5.1.1. Parlamentarismo
Sistema parlamentarista, sistema parlamentar ou simplesmente parlamentarismo é
10
Estado muitas vezes é também o chefe de governo e o poder executivo não deriva a sua
em estados alemães, o chefe de governo também é o chefe de Estado, mas é eleito pelo
2.5.1.2. Presidencialismo
Presidencialismo é um sistema de governo em que um chefe de governo também é o
vistas como tão raras que não contradizem os princípios centrais deste tipo de sistema
político, que, em circunstâncias normais, significa que o legislador não pode demitir o
executivo.
O executivo pode vetar atos legislativos e, por sua vez, uma maioria de legisladores
podem derrubar o veto, o que é derivado da tradição britânica de aprovação real, em que
11
presidente tem um mandato fixo e as eleições são realizadas em períodos regulares e
não podem ser desencadeadas por um voto de confiança ou por outros procedimentos
parlamentares. Embora em alguns países haja uma exceção, que prevê a remoção de um
dirigir ou destituir juízes. O presidente pode, muitas vezes perdoar ou comutar penas de
criminosos condenados.
ditador, que pode ou não ter sido popularmente ou legitimamente eleito, pode ser e
parlamentares também têm presidentes, mas esta posição é em grande parte cerimonial;
exemplos notáveis incluem Alemanha, Índia, Irlanda, Israel e Itália. O título também é
sistemas semipresidenciais.
2.5.1.3. Semipresidencialismo
Semi presidencialismo é um sistema de governo em que o presidente partilha o poder
12
em que tem um chefe de Estado eleito diretamente pela população e que é mais do que
uma moção de censura.
semi presidencial, o termo "semi presidencial" teve origem em 1978 através do trabalho
jornais e revistas, não é difícil estarmos no ônibus indo pra escola ou trabalho, ou até na
usando palavras como Estado, governo, democracia, ditadura, socialismo… Mas, afinal,
você sabe exatamente qual é a diferença entre estes conceitos e quais são os tipos de
Estados?
Um primeiro e importante ponto que é preciso ser destacado desde o começo é que falar
de Estado é, também, falar de poder. Tendo em vista que Estado e relações de poder são
ideias intimamente interligadas. Por outro lado, falar de poder não necessariamente
significa falar de Estado, pois as ideias e discussões acerca do poder são ainda mais
amplas.
Publicidade
13
As relações de poder são numerosas. Estão presentes em diversas instâncias da vida e
encontram-se difundidas por toda a sociedade. Seja na relação entre duas pessoas, como
legítimas aquelas em que a influência exercida é aceita por aqueles aos quais a decisão
para o uso da força num determinado território através de instituições como a polícia ou
Estado
A forte relação existente entre Estado e poder fica ainda mais evidente quando
idealmente impessoais.
14
Geralmente, há uma forte confusão entre as definições de Estado e de governo. Ainda
que tais ideias tenham relação direta entre si, são categorias diferentes quando estamos
um determinado Estado.
Monarquia
Por monarquia entende-se o governo do Estado por apenas um indivíduo, o rei, cujo
República
geralmente, são eleitos por períodos específicos, o que garante a alternância no poder e
igualdade formal entre seus cidadãos. Por este motivo, a república é considerada
Neste sentido, importante ressaltar que os governos podem ser definidos pelo modo
15
como é o caso de regimes ditatoriais. A diferença entre eles é o grau de liberdade e de
Grande parte das vezes, ditadores chegam ao poder por meio de um golpe de Estado e
tendem a centralizar o poder em suas mãos e de seu grupo. As ditaduras são marcadas
também por ter pouca ou nenhuma abertura para o debate político, além da forte
deliberação.
Estados socialistas
Por fim, os Estados socialistas, são aqueles que, baseando-se no princípio da igualdade e
seus indivíduos. Para isso, propõe a substituição do sistema econômico capitalista (no
qual os meios de produção estão concentrados nas mãos de alguns) pelo sistema
16
1917. Nos dias atuais, ainda que seja um assunto bastante controverso, alguns países
Já social democracia, por sua vez, é uma variação do socialismo. No entanto, nos dias
atuais, sua configuração aceita o capitalismo, mas busca diminuir os efeitos desse
3. Conclusão
Respondendo a questão qual é o papel das eleições em Moçambique, colocada na
Academia Filosófica (ACAFIL) na Matola em 1999, pode se dizer em viva voz que elas
nas servem para escolher boas políticas, nem para premiar ou sancionar os governante,
mas sim para intitular o regime de democrático e permitir aos oprimidos manter os
opressores.
Em Moçambique, a esmagadora maioria dos eleitores não vota para maximizar os seus
ganhos, pelo contrário, existe uma multiplicidade de factores que leva os moçambicanos
a votarem e que esses factores não são uniformes podendo variar de região para outra,
de etnia para outra, de grau de instrução dos indivíduos portanto pode variar de
o que significa que a geografia política é tão diversa e que o peso de cada factor parece
17
Estas conclusões são preliminares dada a natureza da pesquisa que é exploratória, não
querendo dizer com isso que elas são falsas, mas sim, trata se duma forma de iniciar um
debate tão importante e que abre espaço para um aprofundamento mais exaustivo por
4. Referências Bibliográficas
BOURDIER, Pierre. 1989. “A representação política: elementos para uma teoria do
Lisboa: Difel.
BRENNAN, G., and L. LOMASKY. 1993. Democracy & Decision: The Pure Theory
18