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Docente:
Manuel Alberto Gimo
Sistemas de Governo.........................................................................................................5
Órgãos de soberania........................................................................................................10
Presidente da República..................................................................................................10
Assembleia da República................................................................................................10
Conclusão........................................................................................................................11
Bibliografia......................................................................................................................12
Introdução
No chefe do Estado continuam a gravitar poderes mas em dimensão reduzida que nos
presidencialistas. Deste modo, afirmamos que é boa e relaxante a doutrina que afirma
que o sistema de governo moçambicano é misto. Mas têm um sério inconveniente de
poder atrofiar os pensamentos de quem possa ser mais criativo. Além disso, segundo a
clássica divisão doutrinária dos sistemas de governo democráticos representativos de
divisão de poderes seria uma inovação. Talvez uma classificação sem enquadramento.
Sistema do Governo Moçambicano
Na doutrina entre os sistemas de governo destacam-se em primeira linha dois: Os
sistemas de governo ditatoriais (monocárpicos e autocráticos) e democráticos (directos,
semidirectos e representativos). Nos representativos notam-se os de concentração e de
separação de poderes Nos sistemas de governos democráticos de divisão de poderes
temos os chamados sistemas parlamentares, presidencialistas e semipresidencialistas.
Assim que não restam dúvidas que o nosso sistema de governo é democrático
representativo de divisão de poderes.
Sistemas de Governo
Nas palavras de José Afonso da Silva apud Martins (2017, p.1183), "são técnicas que
regem as relações entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo no exercício das
funções governamentais". Martins relata quatro tipos de sistema em seu livro:
a) Parlamentarismo
Neste sistema o Chefe de Estado e de Governo são pessoas diferentes. Isto é, existe um
representante que não se envolve em disputas políticas ou de poder, atuando como um
norte quando em tempos de crise ou falta de consenso político. Nesse sistema o Chefe
de Governo permanece em seu cargo enquanto houver suporte parlamentar, isto é,
enquanto houver maioria apoiando seu governo. E por isso, é possível que o Primeiro-
Ministro (nomenclatura normalmente empregada para o cargo de Chefe de Governo)
dissolva o parlamento com o objetivo de buscar uma maioria para apoiar seu governo.
Por fim, esse sistema pode ser empregado em duas formas de governo que serão
relatadas em tópico posterior: a república ou a monarquia.
b) Presidencialismo
Martins (2017, p.1188) entende que as características principais deste sistema são:
d) Sistema Directorial
Resumidamente, este sistema não é muito utilizado pelas nações, segundo Martins
(2017, 1192), este sistema é utilizado pela Suíça e suas características são:
Sobre isso muitos autores já se debruçaram tanto cá entre nós como fora. Assim que
alguns autores moçambicanos como Nhamissitane, Carrilho, Rui Baltasar, Gilles Cistac
afirmam que o nosso sistema é presidencial com rasgos presidencialistas. Opostamente,
Jorge Miranda define o nosso sistema como presidencialismo democrático
reforçado ou “ presidencial sui generis”.
Mas bem analisada a nossa Constituição nos artigos 159 e 188, vemos que o PR pode
dissolver a AR. Isto nos leva a concluir que o nosso sistema de governo não é
presidencialista. Mas também não podemos olvidar que nos sistemas presidencialistas
sobre o PR gravitam enormes poderes o que é incontestável que acontece o mesmo com
o nosso. Só que isto é insuficiente para concluirmos. Do mesmo modo que não podemos
também afirmar de viva voz que o nosso sistema de governo é Parlamentar, por simples
razões.
Ainda assim, não podemos ainda afirmar que é semi-presidencialista (no caso típico, o
português) porque:
No chefe do Estado continuam a gravitar poderes mas em dimensão reduzida que nos
presidencialistas. Deste modo, afirmamos que é boa e relaxante a doutrina que afirma
que o sistema de governo moçambicano é misto. Mas têm um sério inconveniente de
poder atrofiar os pensamentos de quem possa ser mais criativo. Além disso, segundo a
clássica divisão doutrinária dos sistemas de governo democráticos representativos de
divisão de poderes seria uma inovação. Talvez uma classificação sem enquadramento.
Não querendo ser conservadores nem demais progressistas diremos que esta
classificação em nada diz o que é o nosso sistema de governo.
De outra sorte dizer que ë simplesmente presidencialista seria limitar demais o âmbito
de que o nosso sistema de governo pode caber. Ele é mais do isso.
Assim concordamos com os ilustres autores Nhamissitane, Carrilho, Rui Baltasar, Gilles
Cistac na sua classificação de um sistema de governo presidencial com
rasgos presidencialistas. Isto porque:
Presidente da República
O Presidente da República é o chefe do Estado de Moçambique. Ele representa
Moçambique internamente e no estrangeiro. Ele tem a tarefa de controlar o
funcionamento correcto dos órgãos do Estado (art. 146º da Constituição da República
de Moçambique). O Presidente da República deve zelar que as garantias da constituição
serão cumpridas.
O Presidente da República é eleito pelo povo. A eleição deve ser directo, igual, secreto,
pessoal e periódico. Eleições têm lugar de cinco em cinco anos. O Presidente da
República só pode ser eleito de novo uma vez (art. 147º da Constituição da República
de Moçambique). Para as demais competências do Presidente da República veja 146º a
163º da Constituição da República.
Assembleia da República
A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos
moçambicanos (art. 168º da Constituição da República de Moçambique). A Assembleia
da República é o mais alto órgão legislativo na República de Moçambique. Ela
determina as normas que regem o funcionamento do Estado e a vida económica e social
através de leis e deliberações (art. 169º da Constituição da República de Moçambique).
Conclusão
Conclui-se que o primeiro passo para a democracia multipartidária deu-se com a
elaboração da nova constituição em 1990 que inaugura uma abertura para a liberdade de
criação de partidos políticos e concorrer para o poder político. O segundo passo deu-se
com a materialização do estipulado na nova constituição, quando em 1994 decorrem as
primeiras eleições envolvendo vários partidos.
Bibliografia
Carvalho, Manuel Proença de (2010). Manual de Ciência Política e Sistemas Políticos e
Constitucionais. (3ª ed.). Lisboa: Quid júris
MARTINS, Flávio. Curso de Direito Constitucional. Revista dos tribunais. São Paulo,
2017.