Você está na página 1de 17

3o Grupo

Amine Aidão
António Jorge

Anara Vicente Sabite Chipirone

Celestino Felisberto Ahinlavela

Isilda Da Clara Ângelo Binamo Sabite

Regime Politico e Sistemas de Governo


(Licenciatura em Direito)

Universidade Rovuma

Extensão do Niassa

2020
3o Grupo

Amine Aidão
António Jorge

Anara Vicente Sabite Chipirone

Celestino Felisberto Ahinlavela

Isilda Da Clara Ângelo Binamo Sabite

Regime Politico e Sistemas de Governo


(Licenciatura em Direito)

Trabalho de investigação da cadeira de Ciências


Politicas a ser apresentado no Departamento de
Direito para fins avaliativos, sob orientação do Msc.
Guilherme Filipe Gabriel

Universidade Rovuma

Extensão do Niassa
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................................. 4
2. Objectivos ............................................................................................................................................. 4
2.1. Geral................................................................................................................................................... 4
2.2. Específicos ........................................................................................................................................ 4
2.3. Metodologia ....................................................................................................................................... 4
3. Conceito de Regimes Politico ............................................................................................................... 5
3.1. Tipos de Regimes Políticos ................................................................................................................ 5
3.1.1. Regimes Democráticos ................................................................................................................... 6
3.1.2. Subdivisão da Democracia .............................................................................................................. 6
3.1.2.1. Democracia Representativa.......................................................................................................... 6
3.1.2.2. Democracia Directa ..................................................................................................................... 7
3.2. Regimes Autoritários ......................................................................................................................... 7
3.3. Regimes Totalitários .......................................................................................................................... 8
3.4. Regimes Autocráticos ........................................................................................................................ 8
3.5. Ditadura.............................................................................................................................................. 8
4. Conceito de Sistemas De Governo........................................................................................................ 9
4.1. Classificação dos Sistemas de Governo ............................................................................................. 9
4.1.1. Sistema do Governo Parlamentar .................................................................................................... 9
4.1.1.2. Características .............................................................................................................................. 9
4.1.2. Sistema do Governo Presidencial ................................................................................................. 10
4.1.2.1. Características ............................................................................................................................ 10
4.1.2. Sistemas do Governo Semi-Presidencial ...................................................................................... 10
5. A Teoria da Divisão dos Poderes ........................................................................................................ 11
5.1. Poder Legislativo ............................................................................................................................. 11
5.2. Poder Judiciário .............................................................................................................................. 11
5.3. Poder executivo ................................................................................................................................ 11
5.4. Órgãos de Soberania ........................................................................................................................ 12
5.4.1. Estrutura de Órgãos de Soberania ................................................................................................. 12
6. O poder Politico .................................................................................................................................. 12
6.1. Estrutura do poder político............................................................................................................... 12
7. Modalidades de órgãos Publicas ......................................................................................................... 12
8. O Sistema do Governo Moçambicano ................................................................................................ 12
8.1. Modo de Designação dos Titulares .................................................................................................. 13
8.2. Órgão de soberania .......................................................................................................................... 13
8.3. Órgãos centrais................................................................................................................................. 13
8.4. Órgãos Provinciais ........................................................................................................................... 14
8.5. Assembleia Provincial ..................................................................................................................... 14
9. Conclusão............................................................................................................................................ 15
10. Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 16
4

1. Introdução
O presente trabalho tem como tema Regimes Políticos e sistemas de Governo, de principio falar
deste tema é uma matérias muito complexa, portanto procura-se saber o essencial como é que
eles funcionam dentro de um pais, partindo dos seus conceitos, sua estrutura e organização, não
só ainda se busca conhecer as suas modalidades de órgãos públicas, os modos de designação dos
seus titulares para certos cargos, como o de presidente da Republica, Deputados de Assembleia
da Republica, Assembleia Provincial e do Presidente do Concelho Municipal, mais em diante
ainda se destacam informações como a distinção dos Regimes políticos e sistemas de governo, a
separação de poderes nas suas governações e suas teorias de divisão.

2. Objectivos

2.1. Geral
 Compreender os regimes políticos e sistemas do governo

2.2. Específicos
 Interpretar os regimes políticos e sistemas de governo dentro de um Pais.
 Identificar suas Características.
 Examinar sua Estruturação dentro de um país.

2.3. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica dos livros físicos e em
formato electrónico dos autores que abaixo referenciou-se, de modo a deixar melhor o discurso e
o conteúdo do trabalho, usou-se também o método de confrontação das ideias dos autores com
opiniões diferentes, para dar o maior aperfeiçoamento a informação.
5

3. Conceito de Regimes Politico


Quando fala-se da política, está-se falando de poder, principalmente o poder de tomar decisões,
as quais poderão afectar toda a sociedade.

No final das contas, alguém terá de ser responsável por tomar essas decisões mas quem?.
Portanto o conjunto de regras e critérios que definem quem será o detentor desse poder consiste
nos chamados Regimes Políticos.

O regime político entende-se como sendo "um conjunto de regras que preside ao exercício do
poder". Nessa perspectiva pretende-se dizer o seguinte: "o Estado se organiza para dar lugar ao
exercício do Poder. Através dessa institucionalização, uma parte da comunidade nacional
assume, em relação à outra, o papel de governante, e a parte que ocupa a posição de dirigida e
que constitui, naturalmente, a grande maioria da comunidade nacional, assume a posição de
governada. As relações entre governantes e governados, o modo pelo qual os primeiros exercem
sua autoridade sobre os segundos, tudo isto constitui o conjunto de regras que preside ao
exercício do poder, e esse conjunto de regras é o regime"a (DANTAS apud PAIVA (1965, p.
102)).

Indo na lógica de BREDA, (2018, p. 1), defende que regimes políticos é um conjunto de
estruturas políticas que compõem um Estado. Um regime político também pode ser conhecido
como uma forma de governo, um sistema estadual ou um sistema político. O termo regime
político também pode, por vezes, referir-se a um governante específico ou conjunto de
governantes dentro de um sistema político.

No Sentido amplo chama-se regime político a forma que, num dado grupo social, assume a
distinção entre governantes e governados. Numa concepção mais restrita, o termo regime político
aplica-se, tão-somente, à estrutura governamental de tipo particular da sociedade humana - a
Nação, (DUVERGER apud PAIVA 1965, p.102-103).

Para BURDEAU apud PAIVA (1965, p.103), "regime político é o conjunto de regras, processos
ou práticas, segundo o qual em um determinado país, os homens são governados".

3.1. Tipos de Regimes Políticos


Existem, basicamente, dois tipos principais de Regimes políticos os democráticos e os
autoritários e dentre eles, diversas classificações menores, todas essas categorias compreendem a
diversidade de maneiras que as sociedades ao redor do mundo utilizam para se governar.
6

3.1.1. Regimes Democráticos


Etimologicamente, a palavra "democracia" (demo = povo e kratos = autoridade) significa o
governo do povo, expressão que, no curso do tempo, veio a ser ampliada para governo do povo
para o povo, conforme Thomas Cooper, e, finalmente, governo do povo, pelo povo e para o
povo, a que se referiu Abraham Lincoln.

Isto pode-se deduzir no seguinte: o povo é governado por pessoas que ele mesmo escolheu e
cometeu um direito de comando, tendo em vista funções de uma determinada natureza e de certa
duração e sobre cujo exercício o povo mantém uma fiscalização regular, acima de tudo por meio
de seus representantes e das assembleias assim constituídas.

Usando a lógica de LASKI, (s/d) por seu turno, afirma que não se pode compreender a
democracia "sem a noção de igualdade, a igualdade dos indivíduos entre si, diante da lei e da
própria vida social. Os antigos privilégios, que se prendem ao nascimento, crença ou raça, são
incompatíveis sem o princípio democrático, como, também, os que decorrem da riqueza".

Do exposto se infere que poderemos considerar como elementos básicos e fundamentais à


configuração do regime democrático: a) - a participação do povo na criação e funcionamento da
ordem estatal, através de representantes legitimamente eleitos; b) - a garantia das liberdades
públicas e dos direitos individuais, assegurado, inclusive, o princípio da pluralidade partidária; c)
- a autenticidade da escolha dos governantes pelos governados, através de eleições livres,
regularmente; d) - a estruturação das instituições políticas inspirada no princípio da divisão de
poderes; e) - o estabelecimento de um estado de direito; f) - a adopção de uma filosofia e de um
estilo de vida, que exaltam a pessoa humana e a considerem como sujeito primário do poder.

Basicamente, um regime é democrático quando toda a sociedade tem a possibilidade de


participar das decisões. No formato mais comum essa participação se dá na forma de eleições
livres e limpas por outro lado, para ser democrático, o regime também deve prever limitações à
actuação dos governantes que não podem usar o seu poder para reprimir críticas

3.1.2. Subdivisão da Democracia

3.1.2.1. Democracia Representativa


Essa é uma das formas mais comuns de regime democrático que se encontra em uso hoje em dia,
em vários Países a qual é utilizada, inclusivel em Moçambique.
7

A ideia básica é da existência de representantes eleitos escolhidos pela população para tomar as
principais decisões da sociedade. Portanto os membros da sociedade que tem a possibilidade de
escolher os representantes são chamados de eleitores.

Os eleitores por sua vez, participam das eleições dando o seu voto para o/a candidato/a que
represente melhor as suas preferências. Nesse formato de democracia os cidadãos comuns não
precisão se envolver directamente nas principais questões da sociedade, que podem ser bem
complexas e ocupar bastante tempo.

Por isso, a maior vantagem das democracias representativas e a possibilidade de haver uma
classe política especializada, que se dedica em tempo integral a debater as principais questões.

3.1.2.2. Democracia Directa


Ao invés de eleger representantes também e possível que os cidadãos de uma determinada
sociedade tome as suas próprias decisões directamente. Essa forma de governo e chamada de
democracia directa ou deliberativa, e consiste nos próprios cidadãos participar directamente da
vida politica. na democracia directa, ao invés de deixar as decisões para representantes eleitos
todos os cidadãos participam do debate.

A maior vantagem da democracia directa é que as decisões reflectem, de forma autentica, as


preferências e vontades da sociedade, o que nem sempre acontece em democracias
representativas. Onde antigamente foi verificado o exemplo mais conhecido de democracia
directa na cidade-Estado de Atenas, na Grécia antiga, e hoje em dia a Suíça é o exemplo mais
próximo de uma democracia directa onde muitas decisões são tomadas por meio de Plebiscitos
(voto do povo por sim ou não) e referendos a população.

3.2. Regimes Autoritários


Por outro lado, temos os regimes autoritários os quais, infelizmente, ainda são bastantes comum
ao redor do mundo.

Dizemos que um regime politico é autoritário quando as principais decisões são tomadas apenas
por uma pessoa ou grupo de pessoas, sem a participação maior da sociedade. em outras palavras
um regime autoritário concentra o poder em um ou poucos governantes.

Isso significa que a população em geral desfruta de poucos direitos e garantias, que são
infringidos pelas vontades dos governantes

Contudo pode-se dizer que existem basicamente dois tipos de regimes autoritários, que se
diferenciam pelo nível de controlo do regime sobre a população.
8

3.3. Regimes Totalitários


Os regimes totalitários são as formas mais brutais de autoritarismo, nos quais o controlo dos
governantes sobre a sociedade é absoluto. em outras palavras a interferência do estado é
completa, envolvendo não apenas a politica, mais todos os aspectos da vida dos seus cidadãos.

Os governantes não apenas reprimem as liberdades individuais, como também forçam as suas
próprias regras e ideias sobre a sociedade. Também não e incomum a existência de cultos à
personalidade em que um governante é tratado e promovido como a figura divina.

O exemplo mais conhecido da actualidade e a da Corea do Norte, mas existem vários exemplos
históricos, como Alemanha Nazista (1933-1945), e antiga Uniao Sovietica (1917-1991).

Os regimes Totalitários ou monocraticos contemporâneas, em suas várias modalidades, há


subordinação aos interesses de uma classe ou do Estado, que deixa assim de ser um meio para se
transformar em um fim em si mesmo. Nos regimes monocráticos contemporâneos toda a vida da
Nação passa a subordinar-se aos fins do Estado e à vontade e orientação de um partido único,
colocado este a serviço da implantação e manutenção da ideologia adoptada, que exclui a
liberdade de escolha e de opção políticas por parte dos governados. Em tal estrutura as liberdades
públicas e os direitos individuais perdem sua razão de ser, subordinando-se o cidadão aos
interesses do Estado e aos objectivos que inspirem sua actuação, (PAIVA (1965, p. 110).

3.4. Regimes Autocráticos


As autocracias, ou regimes autocráticos são as formas menos graves de regimes autoritários ao
menos, quando comparados com os totalitários. Ainda que não tenham o nível de controlo dos
regimes totalitários, as autocracias ainda são caracterizadas pala repreensão brutal da população.

As liberdades fundamentais, como a de opinião expressão e oposição são limitadas, quando não
totalmente restringidas. as autocracias podem tomar varias formas monárquica, militar ou
religiosa, por exemplo mas são sempre caracterizadas pela concentração de poder na mão de um
ou mais autocratas ou ditadores. Algumas até utilizam instituições democráticas como eleições e
parlamentos, mais que servem apenas para reforçar o poder do regime sem dar voz a população.

Ainda que seja uma forma branda de autoritarismo as autocracias ainda não chegam perto das
garantias e da segurança dos regimes democráticos.

3.5. Ditadura
Na perspectiva de BREDA (2018, p. 2), aqui uma pessoa governa o país sem ser responsável
perante qualquer um e depois passa seus poderes para outra pessoa após a morte.
9

4. Conceito de Sistemas De Governo


Segundo PAIVA, (s/d) define sistemas de governo como sendo simples técnica de organização e
estruturação do poder num determinado pais para o exercício das suas funções.

Do modo de aplicar-se o princípio da organização, em sua clássica divisão de poderes,


Executivo. Legislativo e Judiciário, bem assim de regular as suas relações, através do
estabelecimento de maior independência ou de maior vinculação entre eles, decorre a distinção
entre os vários sistemas de governo.

4.1. Classificação dos Sistemas de Governo


Os sistemas de governo classificam-se em parlamentares, presidencial e semi-presidencial.

4.1.1. Sistema do Governo Parlamentar


O parlamentarismo constitui o sistema de governo que se estrutura sob o princípio da separação
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e se define, essencialmente, pela
responsabilidade política do Executivo perante o parlamento. Caracteriza-se, assim, pela
dualidade do Poder Executivo, pois este se divide entre o Chefe do Estado (Presidente da
Republica), que encarna a organização estatal em sua continuidade e perenidade, e o Gabinete ou
Conselho de Ministros, ao qual incumbe, sob a presidência de um Chefe ou do Primeiro-
Ministro, ou seja aqui o Chefe do Governo, não e simultaneamente chefe do governo,
(PAIVA,1965, p. 112).

O Legislativo corporifica-se no Parlamento, composto de uma ou duas câmaras, cujos membros


são eleitos por sufrágio universal, cabendo-lhe designar, pela eleição, o Chefe do Estado, e, pela
aprovação, o Gabinete ou o Conselho de Ministros. Em síntese, o Parlamentarismo constitui o
sistema de governo em que a responsabilidade do Executivo se efectua perante o Parlamento, em
voto de confiança, e a responsabilidade política do Legislativo, perante as urnas, pela dissolução,
com a convocação de eleições gerais, (idem).

4.1.1.2. Características
Um dos princípios fundamentais do Sistema de Governo parlamentar reside no controlo do
Governo pelo Parlamento

O Chefe do Estado é tão só a mais alta autoridade do país. Contrariamente ao que acontece no
Sistema de Governo Presidencial, aqui não é simultaneamente Chefe do Governo.
10

Como resultante da responsabilidade política, o governo não pode iniciar ou continuar em


funções sem a confiança do parlamento. Em princípio, os ministros, saem do próprio órgão
representativo, onde o governo tem de estar permanentemente presente para justificar as suas
opções políticas bem como sujeitar-se às interpelações e a censura parlamentar

4.1.2. Sistema do Governo Presidencial


Segundo o sistema presidencial baseia-se igualmente no princípio da separação e da
independência dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e se caracteriza, essencialmente
pela responsabilidade política do Presidente da República.

Eleito pelo sufrágio universal, compete-lhe realmente exercer, a um só tempo, a Chefia do


Estado e a Chefia do Governo, cabendo-lhe nomear e demitir livremente os membros do
Ministério, independentemente da confiança do Congresso, perante o qual eles não são
responsáveis, (PAIVA, 1965, p. 120)).

4.1.2.1. Características
 Ao Congresso cabe o encargo de elaborar e votar as leis e ao presidente de as executar e
de orientar a politica do país, no âmbito do jurídico delineado pelo congresso;
 O Poder Executivo é composto pelo próprio presidente (órgão singular) que escolhe
livremente os seus Secretários de Estado, não respondendo nem um nem os outros
perante o parlamento.
 O Chefe do Estado (Presidente da República) é simultaneamente o Chefe de Governo;
 O Presidente é eleito por sufrágio universal indirecto, em duas fases, podendo a sua
escolha resultar de uma maioria política partidária não coincidente com o congresso.
 O Presidente e os seus Secretários de Estado não carecem da confiança do congresso,
pelo que este não pode forçar nem uns nem os outros a demitirem-se. Por seu lado, o
presidente, não tem poderes de para dissolver o congresso.

4.1.2. Sistemas do Governo Semi-Presidencial


Este veio ao longo do tempo para responder as necessidades das lacunas criadas pelo sistemas
parlamentar e presidencial.
11

Portanto nesse sistema de governo a eleição do Chefe do Estado é feita através de um Sufrágio
Universal, a semelhança do parlamento;

Verifica-se também aqui a dupla responsabilidade Politica do Governo ou do Primeiro –


Ministro – Perante o Chefe do Estado e perante o parlamento e diarquia do executivo com
distinção de funções entre o chefe do Estado e o Chefe do Governo.

A atribuição de uma amplitude de poderes reais ou dominantes ao presidente, decorrentes da


legitimidade adveniente do método de eleição, especialmente o direito a dissolução do
Parlamento;

A formação do Governo em função dos resultados eleitorais, dependendo a sua constituição e


sobrevivência da confiança parlamentar a possibilidade por parte do Chefe do Estado, de
controlar a actividade do governo.

5. A Teoria da Divisão dos Poderes


Segundo BAFFA (s/d, p. 3), o Estado, para dar efectividade às funções que lhe são inerentes
desempenha inúmeras actividades, cuja finalidade precípua deve ser a promoção do bem
público.

Estamos nos referindo à separação dos poderes do Estado, cuja teoria, sistematizada por
Montesquieu, remonta à antiguidade, ele na sua teoria defende a existência de três poderes:
Poder Legislativo, poder Judicial, e poder Executivo.

5.1. Poder Legislativo


Segundo BAFFA apud MINEZES (1992, p. 8), o poder legislativo é o que tem a função
precípua de elaborar as leis, para a vida do Estado e conduta de seus jurisdicionais.

5.2. Poder Judiciário


Para MENEZES (1992, p. 252-253), função peculiar do poder judiciário é julgar “as contendas
derredor de direitos e interesses, fazendo a interpretação da lei e a distribuição da justiça”.

5.3. Poder executivo


Segundo MENEZES (1992, p. 251), “o Poder executivo é o que tem a função primordial de
administrar a coisa pública, aplicando a lei e adoptando outras providências subsequentes”.
12

5.4. Órgãos de Soberania


Para STIFTUNG, (2010, p.13), A soberania é um poder político supremo e independente, poder
que não está limitado por nenhum outro poder interno ou externo. Um Estado soberano não tem
que aceitar ordens de outros Estados que não sejam voluntariamente aceite.

5.4.1. Estrutura de Órgãos de Soberania


Segundo CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE (2018. P. 21), são órgãos
da soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo, os Tribunais e
o Conselho Constitucional.

6. O poder Politico
Segundo ZIMMERLING (2005, p. 141), o poder político como sendo «a capacidade de obter
resultados desejados fazendo com que os outros se comportem como queremos».

Para WEBER apud ZIMMERLING (2005, p. 31), havia proposto uma definição mista de poder
como «a capacidade de impor a sua própria vontade numa relação social, mesmo contra
resistência».

O poder político consiste, originariamente, na possibilidade de impor pela força, aos indivíduos
membros de um grupo social (da cidade, ou polis), a adopção de um determinado
comportamento, (idem).

6.1. Estrutura do poder político


Usando o raciocínio de FREIRE (2012, s/d), quanto a organização o poder político define a
formação, composição e competência dos órgãos de soberania do Estado, que são o Presidente
da República, a Assembleia da República, o Governo, os Tribunais e o Conselho Constitucional.

7. Modalidades de órgãos Publicas


De acordo com MAGALHÃES, (2007, p. 1), as modalidades de órgãos Publicas são
Legislativas, Executivas e Judiciarias.

8. O Sistema do Governo Moçambicano


A natureza do regime político moçambicano tal como exposto nos artigos supra referidos, leva-
nos a concluir que o seu Sistema de Governo é Presidencialista Impuro, democrático
Representativo de Divisão de Poderes. A constituição da Republica de Mocambique, consagra,
13

entre outros, o princípio da liberdade de associação e organização política dos cidadãos, o


princípio da separação dos poderes legislativo, executivo e judiciário, e a realização de eleições
livres.

O governo da República de Moçambique é representado pelo chefe do Estado que se torna então,
chefe do governo. Isto não acontece nos sistemas semi-presidencialistas. Quer dizer que o
governo é eleito ou seja é resultado dos resultados obtidos em eleições legislativas. Por
derradeiro, o sistema de governo moçambicano é: democrático representativo de divisão de
poderes presidencial com rasgos presidencialistas, (JULIASSE 2005, p. 1).

8.1. Modo de Designação dos Titulares


A Constituição da Republica de Moçambique, define o sufrágio universal directo como “a regra
geral para a designação dos titulares dos órgãos electivos de soberania, das províncias e do poder
local” (art. 135, n.º 1), sendo legitimados directamente por sufrágio universal os seguintes órgãos
constitucionais: (i) o Presidente da República (art. 147, n.º 1), (ii) a Assembleia da República
(art. 170, n.º 1), (iii) as Assembleias Provinciais (art. 142, n.º 1), e (iv) as Assembleias e os
Presidentes dos órgãos executivos das autarquias locais (art. 275, n.ºs 2 e 3).

Nestes termos, o regime democrático representativo em Moçambique opera, no momento inicial,


através de quatro espécies de eleições por sufrágio universal directo: (i) a eleição do Presidente
da República; (ii) a eleição dos Deputados à Assembleia da República; (iii) as eleições dos
membros de assembleias provinciais; e (iv) as eleições dos titilares órgãos das autarquias locais,
(idem).

8.2. Órgão de soberania


Com base a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE (2018, p. 21), são órgãos
de soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo, os Tribunais e o
Conselho Constitucional.

8.3. Órgãos centrais


A CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA (2018, p. 49), consagra no seu artigo 138: São órgãos
centrais, os órgãos de soberania, o conjunto dos órgãos governativos e as instituições a quem
cabe garantir a prevalência do interesse nacional e a realização da política unitária do estado.
14

8.4. Órgãos Provinciais


São órgãos provinciais: Assembleia Provincial, O governador da Província, o conselho executivo
provincial.

O representando do Estado e um órgão de representação do estado na Província, nas áreas


exclusivas de soberania do Estado. Artigo 277 da CRM, (idem).

8.5. Assembleia Provincial


É o órgão de representação democrática. Eleita por sufrágio universal, directo, igual, secreto,
pessoal, periódico e de harmonia com o principio de representação proporcional, cujo mandato
tem a duração de cinco anos.

Concorrem as eleições da Assembleia Provincial os partidos políticos, as coligações de partidos


políticos e os grupos de cidadãos eleitores. Artigo 278, (idem).
15

9. Conclusão
Esta é a parte final do trabalho, das abordagens feitas concluiu-se que: os Regimes políticos e
sistemas de governo são usados para dar melhor prestação de serviço na execução das
actividades dentro do país sobre tudo nas suas formas de governação, apesar de cada pais ser
autónomo na escolha do seu sistema de governação, assim sendo, bem estruturados e
organizados seus poderes dentro do Estado, obtêm-se melhores resultados perante sua
governação, foi se notando também um aspecto muito importante que é o de separação de
poderes, verifica-se que nos Estados democráticos, a governação é mais livre, clara e
participativo com os cidadãos ali residentes e nos Estados autoritários ou totalitarios a
governação é fechada sem a participação do povo, tudo é limitado a uma pessoa ou partido no
poder. Portanto aqui se chega a dizer-se que a melhor governação é a do sistema democrático
onde todos vão participando nas decisões do país.
16

10. Referências Bibliográficas


CONSTITUICAO DA REPUBLICA. Boletim da Republica. RM: Maputo, Revisão 2018.

BREDA, Fabiane. Regimes Políticos. São Francisco: Portal, 2018.

PAIVA, Alfredo de Almeida. Regimes políticos e sistemas de governo contemporâneo. Rio de


Janeiro: Guanabara, 1965.

BAFFA, Elisabete Fernandes. Separação de poderes. s/d.

MENEZES,Aderson de. Teoria geral do Estado. 5ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 1992.

JULIASSE, Leovigildo Novidade. O sistema de governo Mocambicano. UEM: Maputo, 2005.

Você também pode gostar