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Instituto Superior Mutasa

ISMU
Disciplina: Ciencias Politicas e Sistemas Politicas

Tema: Organizacao Politica

Discente: Manuel Daniel Sitoe


Trabalho de caracter avaliativo a ser
entregue ao docente da cadeira de
Contabilidade Básica, Dr. Jorge
Jossias Seventine

Maputo , Setembro de 2023


1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................3
2. OBJECTIVOS..........................................................................................................................4
2.1. Geral..................................................................................................................................4
2.2. Especifico..........................................................................................................................4
3. METODOLOGIA....................................................................................................................4
4. NOÇÃO DE DOCUMENTO...................................................................................................5
5. DOCUMENTOS COMERCIAIS.............................................................................................5
5.1. Tipos de Documentação comercial...................................................................................5
5.1.1. Factura...........................................................................................................................6
5.1.2. Factura Electrónica........................................................................................................6
5.1.3. Recibo............................................................................................................................6
5.1.4. Nota de encomenda.......................................................................................................7
5.1.5. Guia de Remessa...........................................................................................................7
5.1.6. Nota de Crédito.............................................................................................................8
5.1.7. Nota de Débito...............................................................................................................9
5.1.8. Carta comercial..............................................................................................................9
6. CONCLUSÃO..........................................................................................................................9
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................11
1. INTRODUÇÃO

As empresas realizam diversas transações com os seus clientes e fornecedores, e com isso, é de
extrema importância o uso de documentos que suportam a existência e conformidade das mesmas
transacções realizadas por estes. Os documentos comerciais, são o suporte de qualquer operação
financeira realizada por uma empresa, quer seja com os seus clientes ou com os seus
fornecedores.

No presente trabalho irei falar sobre os documentos comercias, seus tipos, funcionalidade e
elementos que fazem parte de cada tipo de documento comercial.
2. OBJECTIVOS

2.1. Geral
 Saber o que são documentos comerciais e quais são.
 Analisar a importância do uso dos documentos comerciais

2.2. Especifico
 Definir os documentos comerciais;
 Conhecer os tipos de documentos comerciais;
 Identificar os itens que constam em cada tipo de documento comercial.

3. METODOLOGIA
O método usado para a realização do presente trabalho foi o método qualitativo e o tipo de
pesquisa empregue foi a pesquisa bibliográfica, pois colectei as informações em obras e artigos
da internet, e fiz a posterior compilação e organização de acordo com os meus objectivos. Para
(Marconi e Lakatos, 2003, p.183) a pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda
bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins,
jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc.
1. DEFINIÇÃO

Organização politica e qualquer organização que se envolve no processo político, incluindo partidos
políticos, organização não-governametais, e grupos de interesse.

A organização política de um povo abrange o conjunto de instituições através das quais se mantêm
a ordem, o bem-estar e a integridade do grupo, sua defesa e proteção. Essas instituições regulam e
controlam a vida da sociedade, garantindo a seus membros:

Direitos individuais - ao mesmo tempo em que exige o cumprimento de suas obrigações;


Organização do governo local - aldeia, cidade;
Sistema de governo - tribal, nacional, estatal;
Defesa e proteção - contra inimigos externos, por meio da organização militar.

Hoebel e Frost (1981 :321) definem organização política como "aquela parte da cultura que
funciona explicitamente para dirigir as atividades dos membros da sociedade em direção às metas
da comunidade", entendida esta como a depositária dos valores e idéias comuns a um grupo
humano, que encontra correspondência na sociedade mais ampla.

Nadel vê no político urna organização para a paz interna e a guerra externa.

A organização política é um aspecto da cultura, encontrado em todos os grupos humanos, simples


ou complexos. A condição necessária para a sua existência é a formação de grupos e subgrupos,
cujas relações requerem controle social. Parentesco, sexo, religião e associações outras que servem
de base para a segmentação das sociedades.

A característica essencial da organização política é o exercício do poder. Outros aspectos têm igual
importância: participação, lealdade, tradições e símbolos comuns, governo e sistema de relações
externas.

2. ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

Três elementos são considerados básicos na constituição do aspecto político das sociedades ágrafas:
o parentesco, a religião e a economia.

Parentesco

A descendência, as regras de residência, os arranjos matrimoniais, os clãs, as linhagens, enfim, as


relações de parentesco que unem as famílias formam um conjunto significativo e atuante no
controle político. Quanto mais acentuados são os laços de parentesco mais se estreitam os laços
políticos, fortalecidos sempre pela atuação da religião. As sociedades simples fundamentam-se
quase que exclusivamente no parentesco.

Religião

A religião exprime-se através das crenças, da mitologia e determina a visão de mundo das
sociedades. Tem função política ou é o instrumento do político que regula as relações sociais.
Torna-se necessário o conhecimento dos diferentes tipos de manifestação religiosa em face da inter-
relação entre o político, o religioso e o social.
Economia

Indivíduos e grupos participam das múltiplas formas de produção que as sociedades apresentam,
desde a coleta e a caça rudimentares, praticadas pelos aborígenes australianos, passando pela
agricultura e criação intensivas até as complexas economias de Estado dos Incas e Astecas. Através
dessas formas organiza-se o trabalho, a produção e a distribuição dos recursos existentes (terra,
água e outros bens). Esses elementos propiciam prestígio, poder e status que resultam em
desigualdades no interior das sociedades, dando origem ao Estado.

3. NATUREZA DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

A organização política surge em qualquer sociedade segmentada em subgrupos, sendo um sistema


que regula as relações entre os grupos e seus membros, que compartilham padrões e idéias em
comum. Toda sociedade territorial participa de um sentimento de união, gerando interesses comuns
entre os quais estão os interesses políticos.

Os conceitos de Estado e de Governo são considerados básicos na análise da organização política.

Estado

Costuma-se defini-lo como a nação politicamente organizada. Copans (1970:27) afirma que o
Estado é uma forma não primitiva de governo, um meio de governar sociedades, devendo ser
compreendido em termos de território, população e governo. O território e a população são
anteriores ao Estado, e o governo é o próprio Estado.

Território - uma unidade territorial corresponde a uma unidade política. São áreas definidas,
menores ou maiores, ocupadas respectivamente por pequenos agrupamentos (bandos ou hordas) ou
por organizações maiores (tribos, confederações, impérios), ligados por padrões e idéias comuns.

População - grupos de indivíduos ligados por uma cultura comum. As populações formam
sociedades, portadoras de interesses individuais e grupais.

Governo - consiste no instrumento executivo da organização política. Representa a autoridade que


controla os membros da sociedade, através de normas preestabelecidas e dentro de um território
definido. Ele se concretiza por meio de órgãos, onde pessoas especializadas exercem funções
ligadas ao poder e se preocupam em executá-las, valendo-se da força e de poderes coercitivos.

Sociedade e Estado

Segundo alguns autores, o Estado é um elemento universal da organização social humana. Krader
(1970:27) defende a idéia de que o governo é universal, enquanto outros aspectos da cultura, como
o Estado, não o são.
Consiste, pois, em uma instituição de governo, mas não a única instituição política existente para
governar sociedades. Nem todos os grupos humanos possuem um Estado político. Segundo Copans
(1970:8), "ele tem um papel que é uniforme em toda parte: controlar e dirigir as vidas das pessoas
sob seu império, por meio de poder social centralizado nas mãos de uns poucos".

Para Lowie, o Estado existe potencialmente em todas as sociedades, concretizando-se em algumas


delas. Em outras, encontra-se em forma incipiente. Sua presença indica ter a sociedade atingido
certa complexidade.

A perspectiva histórica demonstra que os Estados, mesmo assumindo formas diferentes, apresentam
uma base comum: território definido, população estável, grupos diferenciados, instituições
governamentais etc. A partir dessa base comum, o Estado acha-se em condições de cumprir seus
objetivos: dirigir e assegurar as vidas dos cidadãos; controlar as relações entre os diversos Estados;
garantir o bem-estar dos membros da sociedade.

Na história da humanidade surgiram diferentes tipos de Estados (alguns já desapareceram e a


maioria transformou-se em Estados modernos): cidades-Estado; Estados imperiais e teocráticos;
tribos-Estado; Estados tribais consangüíneos; Estados nacionais e numerosas outras formas estatais.

O Estado Nacional, característico das sociedades modernas, originou-se na Europa e desenvolveu-


se na América, Ásia e África, sendo, hoje, uma forma dominante de Estado, adaptando-se às
diferentes ideologias (democracia, socialismo, comunismo).

Governo

Entende-se por Governo a autoridade individual ou grupal que controla determinado território e que
exerce poder sobre ele.

Pode também ser definido como a administração oficial dos negócios públicos, regidos por pessoas
especializadas, com delegações de poderes. Em todas as sociedades, o governo atua por meio de
arranjos políticos e processos legais e judiciais.

Características

Todo governo desenvolve relações formais e informais nas sociedades em geral. Nos grupos
simples, o governo é informal, enquanto nas sociedades complexas é formalizado e relaciona-se
diretamente com o Estado.

A característica fundamental consiste na concentração da força física nas mãos da autoridade


central. Há uma série de restrições aos membros dos grupos no que tange aos seus direitos, como,
por exemplo, tirar a vida do outro. Entretanto, essas restrições não atingem o Estado que tem o
poder de vida e morte, confisco de bens e propriedades, sanções etc.

Nas sociedades sem Estado, a proteção e o controle são executados, quando necessários, pelo
próprio grupo. Cessa quando a necessidade desaparece.
3. FORMAS DE GOVERNO

A mais elementar forma de governo encontra-se nos bandos ou hordas. São grupos de subsistência,
nômades, com um conselho de homens que exercem o poder político.

Exemplos: Os Esquimós e Bosquímanos.

Nas aldeias (populações sedentárias), a vida política torna-se mais complexa e mais
interdependente. Os líderes são os responsáveis pelo controle social, pela ação coletiva e pela
preservação da lei e da ordem.

O mesmo acontece nas associações, compostas de membros unidos por um fim comum,
praticamente independentes da organização de parentesco e de vizinhança da sociedade.

Exemplo - Os índios crow, das planícies dos Estados Unidos, organizam-se em associações.

Entre as sociedades ágrafas, o governo é sempre democrático; raramente aceitam lideranças.


políticas ditatoriais.

Exemplos - A liga dos Iroqueses, chamada As Cinco Nações; os grupos tribais do Alto Xingu
(Brasil), em sua aculturação intertribal, conservaram sua autonomia.

O controle político assume formas diferentes, de acordo com as culturas onde se manifesta.

Formas de governo encontradas nas sociedades em geral:

a. Oligarquia - poder nas mãos de uma classe social pequena.


Exemplo - Triunvirato militar na Grécia (1967-73).

b. Monarquia - poder atribuído à pessoa de um rei.


Exemplos - Holanda, Suécia, Ilhas Polinésias.

c. Gerontocracia - governo de homens idosos.


Exemplo - Os Andamaneses (negros da Baía de Bengala).

d. Democracia - poder investido no povo que o exerce direta ou indiretamente.


Exemplos - Suíça, Finlândia.

e. Teocracia - governo por direção sobrenatural (sacerdotes).


Exemplos - Antigo Egito, Havaí, Tibete.

De todas essas formas de governo, a mais freqüente entre os povos ágrafos é a gerontocracia.

O governo de mulheres em sociedades não civilizadas parece nunca ter existido. Matriarcado e
matrilinearidade são formas de organização social que não devem ser confundidas com governo de
mulheres.
4. NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO

Ao analisar os níveis de desenvolvimento sociocultural, os antropólogos distinguem os seguintes


tipos:

Bandos ou hordas

O bando patrilocal, a mais simples e rudimentar forma de estrutura social, encontra-se em todas as
partes da Terra. Os bandos constituídos por poucas famílias nucleares aparentadas (100 pessoas no
máximo) são nômades, com economia de subsistência: coleta, caça e pesca.

"Não existe lá vida política separada, nem governo ou sistema legal acima da modesta autoridade
informal dos chefes de família e dos líderes efêmeros", afirma Service (1970: 120); e conclui: a
família e o bando são a única organização econômica, política e religiosa e suas relações não são
formalizadas, são apenas familiares.

Exemplos – Os Esquimós do Alasca; os Pigmeus da África.

Tribos e nações

O nível tribal de organização sociocultural das tribos e nações é mais complexo do que o do bando,
do qual conservam ainda algumas características. São "organizações segmentares", marcadamente
familiares, igualitárias, com laços baseados no parentesco.

Nesse nível surgem instituições propriamente tribais que levam à integração das partes num todo
cultural mais amplo e controlam as relações entre os vários grupos - etários, religiosos, econômicos
etc. Entre esses outros grupos menores, como linhagens, anciãos, homens, mulheres etc.,
estabelece-se uma hierarquização não institucionalizada.

Exemplos - Os Tiv da Nigéria, estudados por Balandier; a tribo ou "nação" Tupi-guarani, da costa
brasileira, do século XVI.

Nação é um povo fixado em determinada área geográfica possuindo certa organização, sentimentos
de união, identidade de língua, etnia, religião etc. A formação de nações encontra-se com mais
freqüência no âmbito das sociedades civilizadas.

Chefaturas

Consistem em um tipo de organização política, mas ainda não estatal, embora tenham já certa
autonomia em nível político e condições de passarem a Estado. Colocam-se entre os bandos e as
tribos e o Estado. Em vários aspectos da cultura _ economia, arte, religião, política – contrastam
com as tribos.

Politicamente, constituem-se em um regime governativo, primitivo, ainda baseado no sistema de


parentesco, mas este assume importância secundária. Têm, entretanto, um território mais definido e
uma autoridade legitimada.
As sociedades de chefaturas acham-se segmentadas em grupos distintos, baseados em critérios
socioeconômicos e religiosos. Por exemplo: nobres, escravos, homens livres.

São sociedades não mais igualitárias; não têm propriamente um governo, mas possuem autoridade
centralizada. Não há propriedade privada, nem mercado, nem classes socioeconômicas definidas.
Faltam-lhes urna hierarquia propriamente política e uma administração específica.

O que caracteriza fundamentalmente as chefaturas é a acentuada desigualdade entre os grupos, na


sociedade. No alto da pirâmide social encontra-se o chefe; abaixo dele, sucessivamente, as demais
pessoas, com grande rivalidade de status.

As chefaturas encontram-se em muitas localidades da Terra.

Exemplos - As civilizações arcaicas do Peru; os Ashanti da África.

Estados

Nas sociedades organizadas em Estado persistem muitas características das chefaturas, mas o que
as distingue é uma nova forma de integração socioeconômica, que envolve a burocracia e a força
legitimada. Tem urna existência legal, que interfere e regula as relações entre indivíduos e grupos.

5. TIPOS DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

Há um consenso entre os antropólogos em considerar o comportamento político presente em todas


as sociedades. Costumam fazer a distinção entre sociedades sem Estado e sociedades organizadas
em Estado.

Inúmeras são as formas reguladoras da sociedade, e a tipologia, aqui relacionada, baseia-se na


apresentada por Hoebel e Frost (1981: 323 ss).

 Sociedades sem Estado

Mesmo os grupos humanos mais simples e isolados possuem alguma forma de governo. Por isso, o
mundo primitivo oferece exemplos de diferentes e numerosos tipos. Nas sociedades sem Estado, o
governo é informal, sem autoridade centralizada, onde as funções políticas são exercidas por
subgrupos, não havendo propriamente um chefe.

 Organização indiferenciada

Nesse tipo de organização, as relações sociais acham-se intimamente ligadas ao parentesco e são
comumente encontradas nas hordas e bandos. Entre estes, a família, geralmente, é patriarcal, a
descendência patrilinear e o governo gerontocrático (de homens idosos).

Exemplos - Os Esquimós do Alasca; os Bosquímanos do Sul da África.


 Linhagem segmentária

Nesse sistema de organização política, atribui-se o poder de decisão às linhagens, ou seja, aos
grupos de parentesco que se consideram descendentes de um ancestral comum. As tribos dividem-
se em segmentos e esses em linhagens. São formações sociais baseadas também no parentesco.

Exemplo - Os Nuer do Sudão, segundo Evans-Pritchard, vivem em uma "anarquia organizada", sem
instituições legais e onde os valores políticos são relativos.

 Organização em grupos de idade

Sistema político pouco difundido, sendo o grupo de idade a base da organização e cujos chefes têm
a direção dos assuntos de governo e a responsabilidade da integração política.

Exemplo - Os Nyakyusa.

 Conselhos de aldeias e associações

Tipo de organização política em que a autoridade emana dos conselhos das aldeias que constituem
o próprio governo tribal.

Exemplos - Os Pueblos dos Estados Unidos; os Ibos da África.

 Aldeias com chefes

O papel do chefe ou líder ganha grande projeção nesse tipo de organização política, onde o
parentesco tem importância secundária. O indivíduo, investido de autoridade política, goza da
confiança e recebe o apoio dos grupos vizinhos, responsabilizando-se pela união e pelo controle do
seu grupo local. Suas qualidades pessoais permitem-lhe exercer essa liderança.

Exemplo - Os Shoshones dos Estados Unidos.

 Sociedades de Estado

À medida que as sociedades se tomam mais complexas, em função da estabilidade econômico-


social e da fixação em aldeias permanentes, vão exigindo lideranças mais estáveis e instituições
governamentais mais efetivas.

Estabelecem-se as sociedades de Estado nas quais a autoridade é exercida por chefes, reis,
conselhos e mesmo por associações de caráter apolítico, e abrange toda a sociedade.

 Chefias

A necessidade de liderança faz surgir o chefe, que se distingue socialmente pela autoridade a ele
conferida. O exercício da chefia, assim como suas funções e poderes, varia entre os diferentes
grupos humanos, podendo ser hereditário ou não.
Muitas vezes faz-se a distinção entre chefes de paz e chefes de guerra, Com atribuições específicas
nas relações tribais internas e externas.

Exemplos - Os lroqueses e os Cheyennes dos Estados Unidos.

Em algumas tribos africanas a função do chefe é múltipla: legisla, controla a distribuição e o uso da
terra, organiza caçadas, cerimônias religiosas, como também orienta o grupo na defesa e na guerra.

Portadores de privilégios, os chamados chefes cerimoniais gozam de grande prestígio e são os


promotores dos festins cerimoniais, contando ainda com a aprovação de todos os membros do
grupo.

Exemplo - Os Trobriandeses.

 Reinos

Não é mais a linhagem ou outro segmento que retém a autoridade, mas um governo central, com
chefe supremo exercendo o poder sobre a sociedade toda. É sempre hereditário e tem como função
garantir a lei e a paz através da estabilidade na administração do governo. Se, por um lado,
representa segurança para os membros da sociedade, por outro pode levar à tirania, à corrupção, em
decorrência da possível incapacidade e incompetência de chefes que a hereditariedade colocou no
poder.

Na Polinésia e na África é comum a primogenitura, ou seja, o filho mais velho ser o sucessor do
pai.

Considerando que nas sociedades ágrafas o mundo material acha-se em perfeita conexão com o
sobrenatural, os chefes políticos e os chefes sacerdotais agem de forma harmoniosa e o controle das
ações dos indivíduos está relacionado com o sobrenatural.

Nas sociedades de horticultores, os chefes têm poderes não apenas políticos, mas são responsáveis
também pelo bom desenvolvimento da economia e pela segurança religiosa do grupo.

Exemplo - Os Ashanti.

 Conselhos

Acham-se presentes em todas as sociedades e compõem-se de um conjunto de conselheiros,


geralmente homens adultos.

Quando formado de homens idosos, chama-se gerontocracia.

O conselho tem caráter democrático e é integrado pelos chefes dos bandos que participam das
decisões.

Exemplos - Os Aborígenes australianos; os Astecas.


 Associações

São grupos não políticos, extra-estatais, que colaboram na determinação e na execução das normas
políticas: grupos de homens, sociedades secretas (África, Melanésia), sociedades militares (Índios
das Planícies, Estados Unidos), conselhos tribais, castas (Índia) e outros.

6. PROCESSO POLÍTICO

A estrutura política caracteriza-se por tendências próprias, que permitem sua fácil identificação em
relação à sociedade mais ampla.

A função das diferentes estruturas políticas atinge vários aspectos da cultura em termos de
atividades e deveres, expectativas e obrigações, podendo ampliar sua atuação.

Funções

As funções do processo político consistem em:

 Definir as normas comportamentais de conduta aceitável;

 Tribuir força e autoridade; - decidir as disputas;

 Redefinir as normas de conduta;

 Organizar os trabalhos públicos grupais (caçadas tribais, construções, consertos, hortas etc.);

 Ocupar-se do mundo sobrenatural através do controle religioso (rituais e cerimoniais) ;

 Organizar a economia (manter mercados e desenvolver o comércio);

 Responsabilizar-se pela defesa do território e promover a guerra contra o inimigo.

A política é comportamento social não isolado, mas integrado aos demais aspectos da cultura:
organização econômica, sistema de parentesco, hierarquização social, organização religiosa etc.,
como se pode inferir ao se proceder à análise das funções que o processo político deve
desempenhar no interior das sociedades.

Atributos

Atributos específicos que permitem a fácil identificação do processo político:

Público e não privado - sua ação atinge toda a sociedade, amplamente considerada, tendo poder de
decisão nas ocorrências de âmbito público, não sendo, portanto, um assunto nem individual, nem
familiar.

Orientado para uma finalidade - tem o objetivo de satisfazer os interesses públicos em detrimento
dos interesses individuais ou grupais. Preocupa-se com os meios e os fins para atingir os seus
propósitos, ou seja, compete à política a tomada de decisões pertinentes, de definições das normas
sociais e dos valores da cultura.
Atribui e centraliza o poder - as pessoas que tomam decisões e exercem o poder na esfera pública
estão investidas de autoridade política, presente mesmo nos grupos mais primitivos. É a autoridade
que obriga o cumprimento das normas estabelecidas; para tanto, lança mão de sanções e de
coerções.

Nas sociedades simples, o poder e as lideranças surgem naturalmente, enquanto nas sociedades
complexas, os mecanismos de controle do cargo, do poder de decisão, da legitimidade da
administração política requerem maior complexidade, dadas as exigências impostas pela própria
cultura.

Chefias e lideranças

A liderança política consiste no controle interno e externo de um grupo por um chefe ou por um
conselho de homens. Essas pessoas são investidas de autoridade, que é uma forma de liderança
institucionalizada.

A liderança política pode ser permanente e temporária. A primeira, denominada "chefia", pode ser
hereditária ou eletiva. Quando hereditária, a indicação do chefe implica muitos problemas
relacionados a sua legitimidade, capacidade, qualidades pessoais, poderes sobrenaturais etc. A
segunda tem caráter temporário e age em casos de necessidade. Na guerra, por exemplo, o
indivíduo é nomeado para assumir a direção e o poder na sociedade, transitoriamente, em face da
sua eclosão.

Em geral, nomeia-se um indivíduo graças a suas qualidades pessoais de liderança ou de seus


supostos poderes sobrenaturais. Quando o perigo desaparece, a chefia também se desfaz.

Ao desempenhar o seu papel, o chefe torna-se portador de direitos e deveres em relação a sua
comunidade.

No setor religioso - atribui-se ao chefe possíveis poderes sobrenaturais e mágicos, que o vinculam à
comunidade através de obrigações rituais. Por exemplo: quando ocorrem calamidades públicas.
Somente o chefe, com seus poderes mágicos, pode afastá-las.

No setor econômico - concede-se ao chefe uma série de prerrogativas: monopólio sobre frutos,
caça, pesca; recebimento de dádivas, geralmente em espécie, como também dízimos, tributos;
direito à terra e aos seus recursos; direitos preferenciais a esposas.

Aos chefes atribui-se a responsabilidade de hospitalidade, despesas rituais, assistência aos


necessitados e outras obrigações, como os arranjos relacionados às atividades econômicas, ou seja,
preparo da terra. plantio, colheita etc.

No setor jurídico - o chefe é o juiz supremo da comunidade, cabendo-lhe decidir ou encontrar


soluções para os conflitos.

Nas sociedades simples, sem Estado, o governo atua mais pela persuasão que pela força. A partir do
Estado de Conquista, o governo passa a ser exercido através da força e da coerção.
1. CONCLUSÃO

Terminado o trabalho posso concluir que os documentos comerciais são importantes


comprovativos das transações comerciais, que servem de suporte na contabilidade, pois, os
lançamentos são realizados com base nesses mesmos documentos.
1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARCONI, M. de A..Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5ª Edição. São Paulo. Editora


atlas S.A.. 2003.

FERREIRA, Abel. Documentação Comercial. Lisboa. IS

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