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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADE

LICENCIATURA EM DIREITO – 4.° ANO

2.° GRUPO

CELSO HERCULANO MACARINGUE


DÉRCIO JOSÉ SALATO
FILOMENA DA SILVA JOÃO
JOÃO BERNARDO ALFAICA
RICHAD ANTÓNIO MANUEL
ZITO AUGUSTO OFINAR

ASPECTOS INSTITUCIONAIS DA SADC

Quelimane

2024
CELSO HERCULANO MACARINGUE
DÉRCIO JOSÉ SALATO
FILOMENA DA SILVA JOÃO
JOÃO BERNARDO ALFAICA
RICHAD ANTÓNIO MANUEL
ZITO AUGUSTO OFINAR

ASPECTOS INSTITUCIONAIS DA SADC

Trabalho em grupo a ser submetido à Faculdade de


Letras e Humanidades - Universidade Licungo, Curso de
Licenciatura em Direito, como requisito para a avaliação
na disciplina de Direito de Integração Regional SADC.
Docente: Dr. Mércio Soares

Quelimane

2024

Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
2. Aspectos institucionais da SADC...........................................................................................4
2.1 Alguma conceptualização.................................................................................................4
2.2 Objectivos da SADC.........................................................................................................5
2.3 Visão e Missão da SADC..................................................................................................6
2.3.1 Visão..........................................................................................................................6
2.3.2 Missão........................................................................................................................6
2.4 As instituições da SADC...................................................................................................7
2.4.1 Cimeira dos Chefes do Estado...................................................................................7
2.4.2 Conselho de Ministros...............................................................................................8
2.4.3 Comissões ou Comités Ministeriais Sectoriais e de Clusters....................................8
2.4.4 Comité permanente de peritos...................................................................................9
2.4.5 Secretariado................................................................................................................9
2.4.6 Tribunal....................................................................................................................10
3. Conclusão..............................................................................................................................11
4. Bibliografia...........................................................................................................................12
3

1. Introdução
O presente trabalho, intitulado Aspectos Institucionais da SADC, busca, no escopo
do Direito da Integração Regional, discutir sobre os objectivos, missão, visão e o quadro
institucional desta organização, que passou a revestir-se, em 1992, de um carácter
permanente, tornando-se produto de um esforço de institucionalização que se tem vindo a
materializar no estabelecimento de metas e estágios para um ambicioso projecto de integração
económica.

A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) é uma organização


regional que contém em si a chave para a compreensão de muitos processos de transições
sistémicas que se verificam actualmente na arena político-económica mundial, sendo que a
mesma reflecte a difusão da riqueza mundial por novos polos, bem como materializa uma
nova conformação da geografia económica. As suas instituições, frequentemente percebidas
como sendo regidas por uma lógica intergovernamental, são o foco da nossa pesquisa.
Portanto, nosso objectivo central não é a verificação do seu impacto no processo de integração
económica, mas a verificação do seu quadro estrutural e funcional.

É no quadro das premissas supra mencionadas que o trabalho é realizado, buscando


estabelecer os mecanismos legais e as explicações doutrinárias que conduzem à definição do
quadro institucional da SADC, de tal modo em que são revisitados os preceitos legais
previstos no Tratado da SADC de 1992, ractificado pela Assembleia da República de
Moçambique, através da Resolução n.º 3/93, de 1 de Junho, bem assim a mais esparsa
doutrina sobre a matéria, conforme as referências bibliográficas destacadas.

Assim, este é um trabalho académico de caris bibliográfico, o que implica afirmar que
a metodologia aplicada para a sua realização foi baseada na pesquisa bibliográfica. Aliás, já
assenta Lima (1997, p. 24) que “a pesquisa bibliográfica é a actividade de localização e
consulta de fontes diversas de informações escritas, para colectar dados gerais ou específicos
a respeito de um tema”.

O trabalho comporta três partes fundamentais, sendo a primeira a presente introdução,


onde se procede a apresentação dos objectivos do mesmo e a metodologia para a sua
efectivação. A segunda parte, concernente ao desenvolvimento, descreve, fundamentalmente,
questões doutrinárias e jurídicas em torno da matéria em estudo. A terceira parte do trabalho,
relativa à conclusão, apresenta, de forma expressa, as principais ilações tiradas na realização
do mesmo.
4

2. Aspectos institucionais da SADC

2.1 Alguma conceptualização


O primeiro conceito que temos a destacar neste marco conceptual é o de Região.
Neste contexto, Joseph Nye (1968, vii) define região internacional dando primazia à unidade
estatal, mas sublinhando também o seu cariz geográfico, designadamente: “um número
limitado de Estados ligados entre si através de uma relação geográfica e por um determinado
grau de interdependência mútua”.

Já Katzenstein (1996, p.130), ainda que partilhe com Nye o foco nos Estados, afasta-se
da sua referência à componente territorial de região, posto que entende as regiões como um
conjunto de países marcadamente interdependentes relativamente a um leque abrangente de
diferentes dimensões. Algo que é frequentemente, mas nem sempre, demonstrado por um
fluxo de transacções socioeconómicas, comunicações e elevada saliência política que
diferencia um grupo de países de outros.

No conceito estrito, aqui aplicado, considera-se como prefigurando uma região


internacional um conjunto de Estados relacionados entre si por razões de contiguidade ou
proximidade territorial e/ou por interacções de natureza económica, política e/ou histórico-
cultural que, por sua vez, contribuem para uma construção identitária própria que delimita e
diferencia os seus elementos constitutivos face aos das restantes áreas.

Esta definição, embora se considere passível de transposição para outras análises,


adequa-se ao estudo de caso aqui apresentado. A SADC é uma organização que corresponde à
acepção escolhida para região internacional, não apenas por obviamente se tratar de um grupo
de Estados caracterizados pela sua proximidade territorial, mas porque a sua relação
ultrapassa geografia.

Outro conceito a tomar em consideração é o de Instituição. Nesta perspectiva,


Douglas North (1984, p.8) considera que as instituições consistem em conjuntos de
constrangimentos ao comportamento que tomam a forma de regras e regulamentos; e,
finalmente, um leque de normas morais, éticas e comportamentais que definem os contornos
que condicionam o modo em que as regras e regulamentos são especificados e a forma como
a sua aplicação é levada a cabo.
5

Numa outra perspectiva, Hall e Taylor (1996, p.6) consideram as instituições como
procedimentos, rotinas, normas ou convenções formais ou informais integrados na estrutura
organizacional da política ou da economia política.

Para esta análise, adopta-se a concepção de Robert O. Keohane (1988, p. 383), que
entende que o contexto e especificamente as instituições, por consistirem em conjuntos
relacionados de regras, formais [e de carácter permanente], que prescrevem papéis a
desempenhar, condicionam a actividade e moldam as expectativas [e as interpretações da
realidade social], ainda que enviesem o comportamento individual e, naturalmente, a acção
colectiva, não devem ser percepcionadas como prisões, mas sim como pontos de partida, a
partir dos quais os indivíduos podem atender aos vários dilemas da acção colectiva de forma
racional e estratégica.

Por último, o conceito de Integração. De acordo com Haas (1958, p.16), a integração
é o processo através do qual atores políticos em vários contextos nacionais distintos são
persuadidos a alterarem as suas lealdades, expectativas e actividades políticas em direcção a
um novo centro, cujas instituições detêm ou reclamam jurisdição sobre os Estados nacionais
pré-existentes. O resultado final deste processo de integração política é a criação de uma nova
comunidade política que se sobrepõe às pré-existentes.

Já Lindberg (1963, p.6), entende que a integração seja o processo através do qual as
nações prescindem do desejo e da capacidade de conduzirem a sua política externa e
doméstica de forma independente, procurando, pelo contrário, tomar decisões em conjunto ou
delegar o processo de tomada de decisão a novos órgãos centrais.

Assim, estas duas acepções conduzem-nos ao estudo que se pretende fazer sobre os
processos de integração regional, enquanto processo no qual os Estados abdicam dos seus
anseios para a criação de uma nova comunidade que, por si, tomará decisões que favoreçam a
todos os seus membros.

2.2 Objectivos da SADC


Os principais objectivos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
(SADC) são alcançar, por via da integração regional, o desenvolvimento económico, paz e
segurança, aliviar a pobreza, melhorar o padrão e qualidade de vida dos povos da África
Austral e apoiar os que são socialmente desfavorecidos. Estes objectivos devem ser
6

alcançados através do aprofundamento da Integração Regional, baseado nos princípios


democráticos e no desenvolvimento equitativo e sustentável.

Os objectivos da SADC, como estipula o artigo 5.° do Tratado da SADC (1992), são:

a) alcançar o desenvolvimento e crescimento económico através da integração regional,


aliviar a pobreza, melhorar o padrão e qualidade de vida dos povos da África Austral e
apoiar os que são socialmente desfavorecidos;
b) desenvolver valores, sistemas e instituições políticos comuns;
c) promover e defender a paz e segurança;
d) promover o desenvolvimento auto-sustentado na base da auto-suficiência colectiva e a
interdependência entre os Estados-Membros;
e) conseguir a complementaridade entre as estratégias e programas nacionais e regionais;
f) promover e optimizar o emprego produtivo e a utilização de recursos da Região;
g) conseguir a utilização sustentável dos recursos naturais e a protecção efectiva do meio
ambiente;
h) reforçar e consolidar as afinidades e laços históricos, sociais e culturais desde há muito
existentes entre os povos da Região.

2.3 Visão e Missão da SADC

2.3.1 Visão
De acordo com o Manual de Identidade da SADC (2017, p. 10), a sua Visão é a de um
futuro comum, um futuro dentro de uma comunidade regional que garanta o bem-estar
económico, a melhoria dos padrões de vida e qualidade de vida, a liberdade e justiça social, a
paz e a segurança para os povos da África Austral. Esta visão partilhada está ancorada nos
valores e princípios comuns e nas afinidades históricas e culturais existentes entre os povos da
África Austral.

2.3.2 Missão
Conforme o Manual de Identidade da SADC (2017, p. 10), a sua Missão é promover o
crescimento económico sustentável e equitativo, bem como o desenvolvimento
socioeconómico através de sistemas produtivos eficientes, da cooperação e integração mais
profundas, da boa governança e da paz e segurança duradouras, de modo que a Região surja
7

como um actor competitivo e efectivo nas relações do mercado internacional e na economia


mundial.

2.4 As instituições da SADC


Nos termos do n.º 1 do artigo 9 do Tratado da SADC, são seis as instituições da
organização, designadamente:

a) Cimeira dos chefes de Estado ou Governo;


b) Conselho de Ministros;
c) Comissões;
d) Comité Permanente de Peritos;
e) Secretariado; e
f) Tribunal.

2.4.1 Cimeira dos Chefes do Estado


A Cimeira da SADC é responsável pela direcção geral das políticas e pelo controlo das
funções da comunidade1, tornando-se, por fim, a instituição de políticas da SADC. É
composta por todos os Chefes de Estado e de Governo da SADC e é gerida por um sistema
de Troika que inclui o Presidente da Cimeira da SADC, o próximo Presidente (o Vice-
Presidente na altura) e o Presidente imediatamente anterior.

De acordo com o Manual de Identidade da SADC (2017), o Sistema de Troika confere


autoridade a este grupo para tomar decisões rápidas em nome da SADC que são normalmente
tomadas em reuniões de políticas agendadas em intervalos regulares, bem como para
proporcionar orientação de políticas às Instituições da SADC entre as Cimeiras regulares da
SADC. Este sistema tem sido eficaz desde que foi estabelecido pela Cimeira, durante a sua
sessão anual, realizada em Agosto de 1999, em Maputo, Moçambique. Outros Estados-
Membros podem ser co-optados pela Troika, sempre que necessário.

O Sistema de Troika funciona ao nível da Cimeira, do Órgão sobre Política, Defesa e


Segurança, do Conselho de Ministros e do Comité Permanente de Altos Funcionários. A
aplicação de duas Troikas ao nível do Comité Permanente de Altos Funcionários, que
compreende os Secretários Permanentes ou Principais/Gerais ou responsáveis por instâncias

1
Ver n.º 2 do artigo 10 do Tratado da SADC.
8

governamentais, ministérios ou departamentos e a nível do Órgão de Cooperação em Política,


Defesa e Segurança, é designada por Dupla Troika.

A Cimeira reúne-se normalmente uma vez por ano 2, por volta de Agosto/Setembro, no
Estado-Membro em que o novo Presidente e o Vice- Presidente sejam eleitos.

2.4.2 Conselho de Ministros


O Conselho de Ministros supervisiona o funcionamento e o desenvolvimento da
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) 3, e garante que as políticas
sejam implementadas adequadamente. O Conselho é constituído por Ministros de cada
Estado-Membro, geralmente pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, Planificação
Económica ou Finanças. Reúne-se duas vezes por ano 4, em Janeiro ou Fevereiro e
imediatamente antes da Cimeira em Agosto ou Setembro.

2.4.3 Comissões ou Comités Ministeriais Sectoriais e de Clusters


Com a sua composição, organização e funcionamento previstos no artigo 12 do
Tratado de 1992, os Comités Ministeriais Sectoriais e de Clusters integram ministros de cada
Estado-Membro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Esses
Comités são directamente responsáveis pela supervisão das actividades das áreas centrais de
integração, monitorização e controlo da execução do Plano Indicativo Estratégico de
Desenvolvimento Regional nas suas áreas de competência, bem como prestar assessoria
política ao Conselho.

De acordo com o Manual de Identidade da SADC (2017), actualmente, os Comités de


Clusters são os seguintes:

a) Ministros responsáveis pelo Comércio, Indústria, Finanças e Investimento;


b) Ministros responsáveis pelo Sector de Infraestruturas e Serviços;
c) Ministros responsáveis pela Alimentação, Recursos Naturais e Meio Ambiente;
d) Ministros responsáveis pelo Desenvolvimento Social e Humano e Programas
Especiais (VIH e SIDA; educação, trabalho, emprego e género);
e) Ministros responsáveis por Políticas, Defesa e Segurança;

2
Ver n.º 5 do artigo 10 do Tratado da SADC.
3
Idem (ver alínea a) do n.º 2 do artigo 11).
4
Ibidem (ver n.º 4 do artigo 11).
9

f) Ministros responsáveis por Assuntos Jurídicos e Judiciais; e


g) Grupo de Trabalho Ministerial sobre Integração Económica Regional.

2.4.4 Comité permanente de peritos


Previsto no artigo 13 do Tratado da SADC, este Comité é um comité técnico
consultivo do Conselho de Ministros, integrando altos funcionários e que reúne-se duas vezes
por ano. O órgão integra o Secretário Permanente/Principal/Geral ou um funcionário de
categoria equivalente de cada Estado-Membro, de preferência um ministério responsável pela
planificação económica ou financeira. O Presidente e o Vice-Presidente do Comité
Permanente são nomeados pelos Estados-Membros que assumem a Presidência e a Vice-
Presidência do Conselho.

2.4.5 Secretariado
O Secretariado da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) é a
principal instituição executiva da SADC5, responsável pela planificação estratégica,
facilitação, coordenação e gestão de todos os programas da SADC. É chefiado por um
Secretário Executivo da SADC, que é coadjuvado por dois Secretários Executivos Adjuntos.
O Secretariado tem sede em Gaberone, Botswana.

De acordo com o Manual de Identidade da SADC (2017), a estrutura do Secretariado


da SADC foi concebida para optimizar e apoiar a facilitação de políticas e programas dos
Estados- Membros de forma a melhor contribuírem para os objectivos gerais da SADC,
nomeadamente alcançar a Integração Regional e o Alívio da Pobreza.

O mandato do Secretariado da SADC, conforme prescreve o n.º 1 do artigo 14 do


Tratado da SADC, consiste em providenciar o seguinte:

a) Planeamento e gestão estratégicos dos programas da SADC;


b) Cumprimento das decisões da Cimeira e do Conselho;
c) Organização e gestão de Reuniões da SADC;
d) Administração financeira e geral;
e) Representação e promoção da SADC; e
f) Promoção e harmonização de políticas e estratégias dos Estados-Membros.

5
Ver n.º 1 do artigo 14 do Tratado da SADC.
10

2.4.6 Tribunal
Embora tenha previsão no artigo 16 do Tratado, o Tribunal da SADC foi somente
estabelecido em 2005, enquadrado pelo Protocolo sobre o Tribunal da SADC e as suas Regras
de Funcionamento (2000). As suas prerrogativas encontram-se enunciadas pelo Protocolo que
lhe é específico e pelo Tratado da instituição, que prevê que, tal como a Cimeira, este órgão
tenha a possibilidade de emanar decisões definitivas e vinculativas.

No entanto, quando o Supremo Tribunal Zimbabwiano declarou em janeiro de 2010


que não estava vinculado às decisões do Tribunal regional (Carmella, 2010), e embora o
Tratado previsse sanções para incumprimentos persistentes 6, a Cimeira não deu procedência
aos pedidos do Tribunal. Esta decisão de adiar acções contra o Zimbabwe, da Cimeira de
agosto de 2010, foi unânime, sendo que, na mesma Cimeira, foi aprovado um conjunto de
decisões que levaram à sua suspensão de facto. Foi aprovada a elaboração de uma revisão ao
papel, funções, responsabilidades e Termos de Referência do Tribunal, e a não renomeação de
membros do Júri do Tribunal cujo mandato expiraria em agosto.

6
Ver artigo 33 do Tratado da SADC.
11

3. Conclusão
A análise feita em torno dos aspectos institucionais da SADC, permitiu verificar quais
os seus objectivos, missão, visão, bem assim as suas respectivas instituições, estas últimas
largamente expressas no Tratado da SADC (1992), ractificado pela nossa Assembleia da
República através da Resolução n.º 3/93, de 1 de Junho.

A análise feita possibilitou concluir que a estrutura institucional da SADC influencia o


seu processo de integração, na medida em que reduz os custos de interacção dos Estados ao
assumir o desempenho das tarefas de harmonização necessárias à prossecução dos objectivos
de integração económica. Estes custos ficariam significativamente mais onerosos (tempo e
esforço financeiro) caso estas funções fossem exercidas sem um órgão gestor ao nível
supranacional e sem os financiamentos que lhe estão associados por replicar o modelo de
interacção multilateral.

Através da instituição são disponibilizados e submetidos à aprovação instrumentos e


práticas direccionados aos objectivos transversais dos Estados, bem como criadas rotinas de
contacto inter-estatal, ao mesmo tempo que é promovida uma cultura de compromisso, que
contribui para a formação de consensos alargados.

Neste momento, a configuração institucional da SADC reflecte algumas tendências do


panorama institucional interno de alguns dos seus Estados Membros que se consideram
nocivas. Nomeadamente, a existência de um sistema em que o poder Executivo e Legislativo
não têm contrapesos judiciais ou parlamentares, sobretudo devido a queda do Tribunal entre
os anos 2010-2011, e em que a Burocracia e está a fortalecer autonomamente..
12

4. Bibliografia
Lima, M. C. (1997). A Engenharia da Produção Acadêmica. São Paulo: Unidas.

North, Douglass C. (1984). «Transaction Costs, Institutions, and Economic History». Journal
of Institutional and Theoretical Economics (JITE) 140: 7–17.

Carmella, Jay. (2010). «Zimbabwe High Court rejects African tribunal’s land reform ruling».
Jurist, Janeiro 27.

Nye, Joseph S. (1968). International Regionalism: Readings. Little, Brown.

Keohane, Robert O. (1988). «International Institutions: Two Approaches». International


Studies Quarterly 32 (4): 379–96. doi:10.2307/2600589.

Lindberg, Leon N. (1963). The Political Dynamics of European Economic Integration.


Stanford University Press.

Haas, Ernst B. (1958). The Uniting of Europe: Political, Social, and Economic Forces, 1950-
1957. Stanford University Press.

Hall, Peter A., e Rosemary C. R. Taylor. 1996. «Political Science and the Three New
Institutionalisms*». Political Studies 44 (5): 936–57. doi:10.1111/j.1467-
9248.1996.tb00343.x.

SADC. (2017). Manual de Identidade Institucional da SADC. Gaborone, Botswana:


Secretariado da SADC. ISBN: 978-99968-435-0-1.

Moçambique (Assembleia da República). Resolução n.º 3/93, de 1 de Junho – Ractifica o


Tratado da SADC. Maputo: Imprensa Nacional, BR I Série, Número 21, 2.º Suplemento.

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