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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

Cadeira: Ciências Política e Sistemas Politicas

TEMA

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

NOME

Farai Francisco Samo

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

1º ANO

Chimoio, Setembro de 2023


INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

Cadeira: Ciências Política e Sistemas Politicas

TEMA

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

DOCENTE:

Msc:

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

1º ANO

Chimoio, Setembro de 2023

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Índice

1.Introdução .....................................................................................................................................3

Objectivos: .......................................................................................................................................5

1.1.1 Objectivo geral: ......................................................................................................................5

Objectivos específicos: ....................................................................................................................5

1.3 Metodologia do Trabalho ..........................................................................................................5

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .........................................................................6

2.ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS ..................................................................................................6

2.1.Formas de Governo ...................................................................................................................7

2.2.Elementos da organização política ............................................................................................8

2.1.Parentesco ..................................................................................................................................8

2.2.Religião......................................................................................................................................8

2.3.Economia ...................................................................................................................................8

Estado ..............................................................................................................................................9

2.5.Sociedade e Estado ....................................................................................................................9

2.6.Tipos de organização política ..................................................................................................10

2.7.Sociedades sem Estado ............................................................................................................10

2.8.Organização do poder político em Moçambique .....................................................................10

2.9.Características..........................................................................................................................11

CAPITULO III: .............................................................................................................................12

3.Conclusão ...................................................................................................................................12

4.Referências .................................................................................................................................13

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1.Introdução

Organização política é qualquer organização que se envolva no processo político, incluindo


partidos políticos, organizações não-governamentais, e grupos de interesse. Organizações
políticas são aquelas envolvidas em actividades políticas (por exemplo, lobismo, organização
comunitária, publicidade de campanhas etc.) destinadas a atingir objectivos políticos claramente
definidos, que normalmente beneficiam os interesses de seus membros.

Embora os partidos sejam um tipo de organização política que possa se envolver em algumas ou
todas essas actividades, eles são distintos, pois geralmente se concentram em apoiar candidatos a
cargos públicos, vencer eleições e controlar o governo.

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1.1 Objectivos:

1.1.1 Objectivo geral:

 Compreender os estudo sobre Organizações Politicas

1.1.2 Objectivos específicos:

 Definir o conceito de organizações politicas;


 Descrever as formas do Governo;
 Identificar os da organização Política;
 Descrever a Organização do poder político em Moçambique

1.3 Metodologia do Trabalho

A metodologia usada na pesquisa é bibliográfica definida na perspectiva de Lakatos &


Marconi (1991) que referem:
“A pesquisa bibliográfica é uma selecção de documentação, levantamento de
toda bibliografia já publicada sobre um determinado assunto que está sendo
pesquisado em materiais como por exemplo livros, revistas, enciclopédias,
jornais, boletins, monografias, dissertações, e teses. Esta técnica é utilizada para
a recolha de bibliografia de autores que já fizeram menção a mesma temática,
servindo deste modo um suporte para a realização do trabalho” (p.66).
Para a realização do presente trabalho o proponente fez valer o uso do método da
consulta bibliográfica, baseado em leituras de obras científicas, manuais e outros documentos
relevantes já publicados.
Neste sentido, o presente trabalho de pesquisa apresenta a seguinte estrutura temática:
Introdução, desenvolvimento em que nos debruçaremos com mais detalhes os aspectos ligados
aos temas em estudo, conclusão e por fim as referências bibliográficas usada na elaboração do
presente trabalho.

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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS

As organizações políticas são determinadas de acordo com a conceituação que cada povo/época
tem de política. Segundo Giddens, a política deve ser entendida como “Os meios pelos quais o
poder é utilizado para influenciar o alcance e o conteúdo das actividades governamentais. A
esfera política pode ultrapassar em muito os limites do campo das próprias instituições do
Estado” (GIDDENS, 2005b, p. 342). Tem o governo, inclusive, participação como forma de
representação das políticas do Estado.

A política pode ser vista como o governo dos homens e a administração das coisas, e, num
plano global, a organização e a administração dos Estados. O fenómeno da política pode ser
analisado enquanto arte, enquanto ciência, enquanto ideologia, como filosofia, como
metafísica, como ética e como teologia. Todos esses aspectos revelam perspectivas segundo as
quais se pode estudar o mesmo fenómeno [...] Aristóteles, no contexto de sua filosofia mais
realista, procura definir a política como uma capacidade de organização dos próprios
homens, que colocam objectivos a que é viável aspirar, o que é possível e o que é
adequado ou conveniente, pois que o homem se vê efectivamente obrigado a intentar de maneira
preferente as coisas que são possíveis e as coisas que são adequadas para uma determinada
classe de pessoas. LAPLANTINE, 2003.

A política tem como finalidade organizar uma comunidade com vista a um determinado bem. Já
no pensamento antigo, como se percebe, estão delineados os elementos fundamentais
constitutivos e definitórios da política: uma comunidade, um fim por ela proposto como um bem
a ser alcançado, e um conjunto de acções desenvolvidas para dar homogeneidade aos
procedimentos adotados para alcançar aquele fim. Mas ao (sic) fim proposto não se reduz a algo
meramente material; é algo visualizado como transcendente, quase como um modelo divino de
perfeição a ser alcançado pela comunidade guiada por seus líderes. Configuram-se, assim, dois
elementos importantes: as instituições e as ideologias. Aquelas são o conjunto dos elementos
estruturais que se elaboram e que se constroem para implementar as acções políticas. Estas são
as idéias motoras, que se corporificam em políticas [...] para a consecução do fim proposto
(FONSECA, 2001, p. 19-20).

A organização política dos anarquistas é uma tentativa histórica, uma necessidade de nossa
ideologia e também um mecanismo para acumularmos trabalho militante e aí termos a chance de
contribuir para um processo de luta e transformação social. Assim como os sindicatos livres
eram a casa do trabalhador, a organização anarquista tem de ser o espaço de nossa militância.
Através dela, como meio de implementar a ideologia na realidade, os anarquistas têm as

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condições de interferir na história e talvez, dependendo da intensidade da luta, ameaçar em sério
este sistema.

Mas, construir esta organização tantas vezes falada, não é tarefa fácil. Talvez seu funcionamento,
uma vez começado, seja simples. Neste primeiro momento, são necessárias mudanças na
actuação militante e também na discussão colectiva, o que geralmente, acarreta algumas
dificuldades. A primeira atitude é começar a definir colectivamente - sem pressa mas sempre
trabalhando com prazos marcados e respeitados - acordos para o trabalho interno. Isto implica,
desenvolver e caracterizar algumas ferramentas da militância política, tais como

2.1.Formas de Governo

As Formas de Governo consistem na política de governança adotada na organização das nações.


Trata-se de um tema complexo que se altera ao longo dos anos à medida que os Estados passam
a expandir regimes e sistemas de acordo com as tendências sociais.

O primeiro estudioso a refletir acerca da complexidade do governo foi Aristóteles (384 a.C.-322
a.C.) - filósofo grego que se dedicou à Metafísica, Ética e ao Estado e em sua obra “A Política“
analisa os regimes políticos, bem como as suas formas.

Segundo Aristóteles

Aristóteles descreve o governo com critérios de justiça e objectivos que visam o bem comum.
Assim, classifica as formas de governo mediante o número e o poder dado ao(s) governante(s).

Segundo Aristóteles eram legítimas, puras - porque visavam o interesse comum - as seguintes
formas de governo:

 Monarquia - Rei tem poder supremo


 Aristocracia - Alguns nobres detém o poder
 Democracia ou Politeia - Povo detém o controlo político

Por sua vez, eram ilegítimas - porque visavam interesse próprio - as seguintes formas que
deturpavam a concepção de governo do filósofo - as chamadas formas legítimas citadas acima -
corrompendo, assim, a sua essência política:

 Tirania - Poder supremo obtido de forma corrupta


 Oligarquia - Poder detido por um grupo que o exerce de forma injusta
 Demagogia ou Olocracia - Poder exercido por facções populares

Depois de Aristóteles muitos outros estudos abordaram este assunto, resultando em formas de
governo diferentes, tal como as que Maquiavel considerou: República e Principado.

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2.2.Elementos da organização política

Três elementos são considerados básicos na constituição do aspecto político das sociedades
ágrafas: o parentesco, a religião e a economia.

2.1.Parentesco

A descendência, as regras de residência, os arranjos matrimoniais, os clãs, as linhagens, enfim,


as relações de parentesco que unem as famílias formam um conjunto significativo e actuante no
controle político. Quanto mais acentuados são os laços de parentesco mais se estreitam os laços
políticos, fortalecidos sempre pela actuação da religião. As sociedades simples fundamentam-se
quase que exclusivamente no parentesco.

2.2.Religião

A religião exprime-se através das crenças, da mitologia e determina a visão de mundo das
sociedades. Tem função política ou é o instrumento do político que regula as relações sociais.
Torna-se necessário o conhecimento dos diferentes tipos de manifestação religiosa em face da
inter-relação entre o político, o religioso e o social.

2.3.Economia

Segundo Laplantine, 2003.Indivíduos e grupos participam das múltiplas formas de produção que
as sociedades apresentam, desde a colecta e a caça rudimentares, praticadas pelos aborígenes
australianos, passando pela agricultura e criação intensivas até as complexas economias de
Estado dos Incas e Astecas. Através dessas formas organiza-se o trabalho, a produção e a
distribuição dos recursos existentes (terra, água e outros bens). Esses elementos propiciam
prestígio, poder e status que resultam em desigualdades no interior das sociedades, dando origem
ao Estado.

2.4.Natureza da organização política

A organização política surge em qualquer sociedade segmentada em subgrupos, sendo um


sistema que regula as relações entre os grupos e seus membros, que compartilham padrões e
idéias em comum. Toda sociedade territorial participa de um sentimento de união, gerando
interesses comuns entre os quais estão os interesses políticos. Os conceitos de Estado e de
Governo são considerados básicos na análise da organização política.

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Estado

Costuma-se defini-lo como a nação politicamente organizada. Copans (1970:27) afirma que o
Estado é uma forma não primitiva de governo, um meio de governar sociedades, devendo ser
compreendido em termos de território, população e governo.

O território e a população são anteriores ao Estado, e o governo é o próprio Estado. Território -


uma unidade territorial corresponde a uma unidade política. São áreas definidas, menores ou
maiores, ocupadas respectivamente por pequenos agrupamentos (bandos ou hordas) ou por
organizações maiores (tribos, confederações, impérios), ligados por padrões e idéias comuns.
População - grupos de indivíduos ligados por uma cultura comum. As populações formam
sociedades, portadoras de interesses individuais e grupais.

Governo - consiste no instrumento executivo da organização política. Representa a autoridade


que controla os membros da sociedade, através de normas preestabelecidas e dentro de um
território definido. Ele se concretiza por meio de órgãos, onde pessoas especializadas exercem
funções ligadas ao poder e se preocupam em executá-las, valendo-se da força e de poderes
coercitivos.

2.5.Sociedade e Estado

Segundo alguns autores, o Estado é um elemento universal da organização social humana.


Krader (1970:27) defende a idéia de que o governo é universal, enquanto outros aspectos da
cultura, como o Estado, não o são. Consiste, pois, em uma instituição de governo, mas não a
única instituição política existente para governar sociedades. Nem todos os grupos humanos
possuem um Estado político.

Segundo Copans (1970:8), "ele tem um papel que é uniforme em toda parte: controlar e dirigir as
vidas das pessoas sob seu império, por meio de poder social centralizado nas mãos de uns
poucos". Para Lowie, o Estado existe potencialmente em todas as sociedades, concretizando-se
em algumas delas. Em outras, encontra-se em forma incipiente. Sua presença indica ter a
sociedade atingido certa complexidade. A perspectiva histórica demonstra que os Estados,
mesmo assumindo formas diferentes, apresentam uma base comum: território definido,
população estável, grupos diferenciados, instituições governamentais etc. A partir dessa base
comum, o Estado acha-se em condições de cumprir seus objectivos: dirigir e assegurar as vidas
dos cidadãos; controlar as relações entre os diversos Estados; garantir o bem-estar dos membros
da sociedade. Na história da humanidade surgiram diferentes tipos de Estados (alguns já
desapareceram e a maioria transformou-se em Estados modernos): cidades-Estado; Estados

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imperiais e teocráticos; tribos-Estado; Estados tribais consangüíneos; Estados nacionais e
numerosas outras formas estatais.

O Estado Nacional, característico das sociedades modernas, originou-se na Europa e


desenvolveu-se na América, Ásia e África, sendo, hoje, uma forma dominante de Estado,
adaptandose às diferentes ideologias (democracia, socialismo, comunismo).

2.6.Tipos de organização política

Há um consenso entre os antropólogos em considerar o comportamento político presente em


todas as sociedades. Costumam fazer a distinção entre sociedades sem Estado e sociedades
organizadas em Estado. Inúmeras são as formas reguladoras da sociedade, e a tipologia, aqui
relacionada, baseia-se na apresentada por Hoebel e Frost (1981: 323 ss).

2.7.Sociedades sem Estado

Mesmo os grupos humanos mais simples e isolados possuem alguma forma de governo. Por
isso, o mundo primitivo oferece exemplos de diferentes e numerosos tipos. Nas sociedades sem
Estado, o governo é informal, sem autoridade centralizada, onde as funções políticas são
exercidas por subgrupos, não havendo propriamente um chefe.

Funções

As funções do processo político consistem em:

 Definir as normas comportamentais de conduta aceitável;


 Atribuir força e autoridade; - decidir as disputas;
 Redefinir as normas de conduta;
 Organizar os trabalhos públicos grupais (caçadas tribais, construções, consertos, hortas
etc.); ocupar-se do mundo sobrenatural através do controle religioso (rituais e
cerimoniais) ;
 Organizar a economia (manter mercados e desenvolver o comércio); - responsabilizar-se
pela defesa do território e promover a guerra contra o inimigo.

A política é comportamento social não isolado, mas integrado aos demais aspectos da cultura:
organização econômica, sistema de parentesco, hierarquização social, organização religiosa etc.,
como se pode inferir ao se proceder à análise das funções que o processo político deve
desempenhar no interior das sociedades. HOEBEL e Frost, (1981: 323 ss).

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2.8.Organização do poder político em Moçambique

Neste capítulo vamos analisar, como o poder político, que vimos em cima como a “soberania”
dentro dum Estado, está sendo organizado em Moçambique. O Estado não tem pês para ir ao
encontro com os cidadãos, não tem orelhas para ouvir as preocupações deles e nem tem boca
para falar com eles. Então, como é que o Estado funciona? Neste capítulo vamos falar da
organização formal e dos órgãos do Estado.

O Estado existe para facilitar a vida dos cidadãos que vivem dentro dele. Para executar a vontade
do povo dentro da democracia em Moçambique, o Estado precisa de órgãos, que trabalham para
ele e implementam aquilo que o povo através dos seus representantes decidiu. Assim como o
nosso corpo humano tem órgãos para lhe servir, o Estado tem órgãos para interagir com
terceiros, para actuar para fora. Portanto, são os órgãos, que vão aos encontros e reuniões,
escrevem e respondem cartas etc. Mas sempre em coordenação com o "corpo", neste caso o povo
moçambicano, porque os órgãos só têm a sua legitimidade da sua existência para facilitar as
actividades do Estado, que têm como elemento mais importante o povo. Assim, os órgãos não
podem ultrapassar os limites da autorização deles.

2.9.Características

Todo governo desenvolve relações formais e informais nas sociedades em geral. Nos grupos
simples, o governo é informal, enquanto nas sociedades complexas é formalizado e relaciona-se
directamente com o Estado. A característica fundamental consiste na concentração da força física
nas mãos da autoridade central. Há uma série de restrições aos membros dos grupos no que tange
aos seus direitos, como, por exemplo, tirar a vida do outro. Entretanto, essas restrições não
atingem o Estado que tem o poder de vida e morte, confisco de bens e propriedades, sanções etc.
Nas sociedades sem Estado, a protecção e o controle são executados, quando necessários, pelo
próprio grupo. Cessa quando a necessidade desaparece. HOEBEL e Frost, (1981: 323 ss).

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CAPITULO III:

3.Conclusão

Conclui que a política está relacionada com aquilo que diz respeito ao bem público, à vida em
comum, às regras, leis e normais de conduta dessa vida, nesse espaço, e, sobretudo, ao ato de
decisão que afectará todas essas questões. É importante você se informar e participar da política,
pois ela é a condução da nossa própria existência colectiva, que será reflectida na nossa
experiência individual, ou seja, na nossa educação ou não, na nossa saúde ou não, na nossa
oportunidade de acesso ou não.

A política foi criada para que possamos debater discutir e questionar questões, sem que seja
preciso a utilização da violência. Através dela, foram estabelecidas regras, leis e normas, bem
como o estabelecimento de direitos e deveres para conduzir as nossas acções.

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4.Referências

CUCHE, Denis: A noção de cultura nas ciências Sociais. Bauru: EDUSC, 1999.

LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2003.

LEACH, Edmund. As ideias de Lévi-Strauss. São Paulo, 1977.

MARX, Karl. Manuscritos econômicos e filosóficos e outros textos escolhidos. São Paulo :
Abril Cultural, 1978.

MARX, Karl. O capital, crítica da economia política. Livro I, Vol I, Livro II, vol. III e Livro III,
vol. IV e V. São Paulo: Civilização Brasileira, 2006

ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1994

HOEBEL e Frost, O capital, crítica da economia política. Livro I, Vol I, Livro II, vol. III e Livro
III, vol. IV e V. São Paulo: Civilização Brasileira (1981: 323 ss).

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