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Universidade Aberta (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Direito

Globalização Ciência Política

Zito Ali Maulana: 96230365

Lichinga, Maio de 2023


Universidade Aberta (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Direito

Globalização Ciência Política

Trabalho de carácter
avaliativo, desenvolvido no
campo a ser submetido na
coordenação do curso de
Licenciatura em Direito da
UnISCED.

Cadeira de: Ciências


Politicas

Tutor: Augusto Chaimite

Zito Ali Maulana 96230365

Lichinga, Maio de 2023


Índice
Introdução..........................................................................................................................4

Política...............................................................................................................................5

Relação Interdisciplinar com a Sociologia e as Ciências Jurídicas...................................7

Como surgiu a política como prática de vida colectiva.....................................................8

História da ciência política................................................................................................8

Ciência política................................................................................................................10

A importância da ciência política....................................................................................10

A Ciência Política e as demais Ciências Sociais.............................................................12

Conclusão........................................................................................................................14

Referências Bibliográficas...............................................................................................15
Introdução
O presente artigo tentará responder perguntas relacionadas à disciplina de Ciências
Políticas: que tem como tema globalização, Como surgiu a política como prática
colectivas? A política só é necessária quando se vive colectivamente.

O que é e como surgiu a ciência política? A ciência política nasceu da necessidade de


explicar de forma realista essa vida colectiva na política. Como se desenvolve a noção
de viver em sociedade para os contratualistas? As pessoas vivem em sociedade, pois
estabelecem entre si vínculos, laços invisíveis, mas duradouros que necessitam da
política para se realizarem.

Como os estados-nacionais organizam o poder e a política? Os estados nacionais


centralizam as acções e decisões políticas e coordenam os caminhos da sociedade e da
política. Dessa forma compreenderemos melhor a importância da Ciência Política para a
sociedade.

Objectivos

1.1.1. Geral
 Falar da ciência política e sua aplicação.

1.1.2. Específicos
 Falar da importância da ciência política;
 Conhecer o historial.
 Conhecer função da ciência política.

1.2. Metodologias
Para a realização do presente trabalho recorreu-se a uso de materiais didácticos, revisão
bibliográfica e métodos de pesquisa científica.
Política
Desde os filósofos e pensadores gregos os fatos relativos ao governo da sociedade
humana vêm sendo objecto de estudos exercendo influência profunda e duradoura na
cultura ocidental. Etimologicamente política vem do
grego: politéia (πολιτεία), politiké (política em geral) e politikós (relativo aos cidadãos)
e estava relacionado à organização das polis, as cidades-estados gregas – uma nova
forma de organização política e social que ocorreu na Grécia Antiga. Desde então, a
política passou a denominar a arte ou ciência da organização, direcção e administração
de nações ou Estados. “O que a política grega acrescenta aos outros Estados é a
referência à cidade, ao colectivo da pólis, ao discurso, à cidadania, à soberania, à lei”
(MAAR, 1994, p. 30).

Os dois primeiros grandes sistematizadores do pensamento político, Platão e Aristóteles,


entendiam a política referente ao estudo da polis, suas estruturas, instituições,
constituição. É de Aristóteles a ideia de que a política é a ciência “maior”, ou a mais
importante do seu tempo, preocupado com um governo capaz de garantir o bem-estar
geral (o bom governo) da sociedade.

Contudo, foi só no Renascimento que a política começou a adquirir, de fato, contornos


de uma ciência. A ciência política moderna é uma disciplina relativamente nova, da qual
alguns autores datam seu surgimento (ao menos no que concerne a ciência política
moderna) no século XVI, com Nicolau Maquiavel. De Aristóteles até a Revolução
Científica Moderna não se faz atenta discriminação entre os conceitos de ciência e
filosofia. A filosofia, segundo Aristóteles, era a “ciência da verdade”. E esta ou aquela,
metafisicamente falando, tinham por objecto de estudo os princípios e as causas. Na
modernidade, Maquiavel foi um dos principais responsáveis por dar à política uma certa
autonomia, sendo considerado por isso como o pai da ciência política, procurando
estudar e conhecer a verdade efectiva dos fatos, adoptando um referencial mais
compatível com as exigências atuais que os de Aristóteles.

Muitos pesquisadores colocam que a ciência política difere da filosofia política e seu
surgimento ocorreria, de forma embrionária, no século dezanove, época do surgimento
das ciências humanas, tal como a sociologia, a antropologia, a historiografia, entre
outras.
Mas o estudo da ciência política contemporânea, em certo sentido, ainda é o mesmo
daquele de Aristóteles, só que levando em consideração toda a complexidade das
organizações político-sociais contemporâneas e pressupondo uma orientação
metodológica e objectividade de pesquisa compatíveis com as exigências da ciência
actual (sobre a questão metodológica e de pesquisa na área das Ciências Sociais e, por
conseguinte, da Ciência Política, veja a seção: Pesquisa Social e Epistemologia).

De modo geral podemos dizer que a ciência política é a teoria e prática da política e a
descrição e análise dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos e
do comportamento político. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura)
e dos processos de governo. A ciência política abrange diversos campos, como
a Filosofia Política, os sistemas políticos, o Estado, partidos
políticos, Ideologia, Economia Política, análise de Políticas Públicas, o estudo
da Administração Pública e do governo, das diferentes formas de governo como
a democracia, o processo eleitoral, a soberania e divisão de poderes
(executivo, legislativo e judiciário) e muitos outros.

A abordagem científica da política busca analisar e reflectir sobre os fatos políticos a


partir da observação empírica, o que não significa dizer que a ciência política seja
meramente experimental. É possível falar de uma dimensão teórica da reflexão política
(quando se busca, por exemplo, definir o conceito de poder: o que é o poder?), uma
dimensão normativa ou ética (quando se busca responder qual a melhor forma de
exercer o poder ou a melhor forma de organização política: de que forma deve ser
exercido o poder?), mas estas duas questões estão de alguma forma ligadas a dimensão
empírica e prática do estudo da política (de que modo o poder está distribuído na
sociedade e nas instituições políticas, ou seja, quem exerce o poder?). Para tentar
responder essas perguntas a Ciência Política procura se utilizar de todo um método
adequado e relativo às ciências sociais (novamente remetemos o leitor para a
seção Pesquisa Social e Epistemologia).

De certa forma podemos dizer que tudo aquilo que nos é dado socialmente,
culturalmente e historicamente pode ser objecto de estudo da Ciência Política. E este é o
objectivo desta seção (e de modo geral deste website): debruçar-se sobre diferentes
temáticas no campo da Ciência Política que possam nos ajudar a entender a
complexidade das relações humanas e suas relações com o poder. “Afinal, a ‘política’
serve para se atingir o poder? Ou então seria a ‘política’ simplesmente a própria
actividade exercida no plano deste poder?” (MAAR, 1994, p. 9).

Finalmente, devemos considerar que o estudo da realidade política não é tarefa que
caiba apenas a uma área do conhecimento. Por suas raízes históricas, comprovadamente
filosófica, sociológica e jurídica, podemos falar de uma vinculação direita entre a
Ciência Política e a Filosofia, a Sociologia, a Ciência do Direito, a própria História, e as
demais ciências sociais (teóricas e aplicadas). Para a compreensão dos fatos e
fenómenos políticos, não podemos prescindir de uma abordagem interdisciplinar e
transdisciplinar da realidade. Vejamos agora brevemente a relação interdisciplinar que a
Ciência Política apresenta com diferentes áreas, como a Filosofia, Sociologia, Economia
e muitas outras.

A seção Filosofia Política é destinada a expor as ideias e pensamentos dos diferentes


Filósofos que se dedicaram desde a antiguidade a reflectir sobre o pensamento Político e
Social.

Relação Interdisciplinar com a Sociologia e as Ciências Jurídicas


Uma dimensão importantíssima que toma a Ciência Política é a de carácter sociológico.
O fenómeno político é um fato social por excelência, segundo a definição durkheimiana.
Desta forma, o fato político vai ser o núcleo de uma sociologia especial, a Sociologia
Política. A aplicação de critérios rigorosamente sociológicos para a análise dos
fenómenos que se prendem à realidade política fez surgir uma disciplina chamada
Sociologia Política. Há uma esfera comum de estudo e pesquisa entre a Ciência Política
e a Sociologia Política: grupos, classes sociais, instituições, opinião pública, os regimes
políticos, as ideologias, as utopias.

Além disso, o estudo do Estado e do fenómeno político constitui um dos pontos altos e
culminantes da obra de Max Weber. Em Weber encontramos estudos sobre as bases
sociais em que o poder repousa, investiga-se o regime político e a organização dos
partidos, interrogam-se as formas de legitimidade da autoridade.

Por outro lado, em uma tendência de cunho exclusivamente jurídico, Kelsen constrói
uma Teoria Geral do Estado, fundando em bases de feições jurídicas uma teoria que
assimilou o Estado ao Direito. Sob esta perspectiva, o Estado se explica pela unidade
das normas de direito de determinado sistema de modo que, quem elucidar o direito
como norma, elucidará o Estado. Situando Direito e Estado em relação de identidade,
esta teoria faz de todo Estado, Estado de Direito.

Uma perspectiva menos radical faz da Teoria Geral do Estado um apêndice ou


introdução ao Direito Público e Constitucional, sem, no entanto, reduzir o Estado a
considerações exclusivamente jurídicas. Nesta linha estão “os publicistas célebres da
França, no século XX mais preocupados com o aspecto jurídico da Ciência Política do
que propriamente com as suas raízes na filosofia e nos estudos sociais” (BONAVIDES,
2000, p. 48).

Sob uma perspectiva não reducionista, podemos falar de uma tríplice análise do Estado:
o Estado como ideia (prisma filosófico), como fato social (prisma sociológico) e
fenómeno jurídico (prisma jurídico).

Como surgiu a política como prática de vida colectiva


A ideia de República, criada com Platão, venceu o tempo, foi objecto de análise de
Cícero, na Roma Antiga, de Maquiavel, na península itálica, e de outros filósofos e
intelectuais antes e depois da Revolução Francesa. Ou seja, há mais de dois mil anos,
reflexões sobre o relacionamento humano e sua forma de fazer política fazem parte de
nossas vidas. O passar dos anos e o acúmulo de reflexões contribuíram para o
enriquecimento do tema. No entanto, desde a Grécia Antiga os temas são praticamente
os mesmos, o relacionamento humano, a participação política, a legitimação e a
justificação do Estado e também do governo. A Filosofia Política é indissociáveis de
nossa condição social, através dela foram colocadas ideais e práticas sobre os limites e a
organização do Estado, as relações entre sociedade e Estado, as relações entre economia
e política, o poder do indivíduo, a liberdade, questões de justiça e Direito e questões
sobre participação e deliberação.

História da ciência política


Desde a Antiguidade clássica, o ser humano criou mecanismos de poder para garantir
alguma estrutura de organização social. Apesar de ainda não existir uma ciência política
na Grécia ou Roma antigas, textos de legisladores, governantes e filósofos,
como Platão e Aristóteles, demonstram esforços intelectuais para entender e organizar o
meio político.
Durante o Renascimento, o filósofo e teórico político Nicolau Maquiavel desenvolveu
estudos sobre o modo como um governante deve agir, expondo suas teorias no livro O
príncipe, que é uma fonte bibliográfica fundamental para os estudos de ciência política.
No século XVI, o jurista e teórico político francês Jean Bodin deu significativas
contribuições para o entendimento dos mecanismos absolutistas.

No século XVII, notamos a importância das teorias do filósofo e teórico


político Thomas Hobbes, também em defesa das estruturas políticas absolutistas. Ainda
no século XVII, é o filósofo inglês John Locke quem imprime um grande salto nos
estudos de teoria política, defendendo um liberalismo político necessário para permitir a
evolução económica da sociedade. Esse liberalismo não era compatível com a antiga
política absolutista.

No século XVIII, os teóricos do iluminismo francês, filósofos como Montesquieu e


Voltaire, foram responsáveis por uma renovação nas teorias políticas, defendendo
uma noção de Estado mais justa, que expandisse a cidadania a um maior número de
pessoas. São dessa época a defesa das liberdades individuais e a noção de tripartição do
poder político dentro de um Estado democrático (ideia criada por Montesquieu).

Durante o Renascimento, o filósofo e teórico político Nicolau Maquiavel desenvolveu


estudos sobre o modo como um governante deve agir, expondo suas teorias no livro O
príncipe, que é uma fonte bibliográfica fundamental para os estudos de ciência política.
No século XVI, o jurista e teórico político francês Jean Bodin deu significativas
contribuições para o entendimento dos mecanismos absolutistas.

No século XVII, notamos a importância das teorias do filósofo e teórico


político Thomas Hobbes, também em defesa das estruturas políticas absolutistas. Ainda
no século XVII, é o filósofo inglês John Locke quem imprime um grande salto nos
estudos de teoria política, defendendo um liberalismo político necessário para permitir a
evolução económica da sociedade. Esse liberalismo não era compatível com a antiga
política absolutista.

No século XVIII, os teóricos do iluminismo francês, filósofos como Montesquieu e


Voltaire, foram responsáveis por uma renovação nas teorias políticas, defendendo
uma noção de Estado mais justa, que expandisse a cidadania a um maior número de
pessoas. São dessa época a defesa das liberdades individuais e a noção de tripartição do
poder político dentro de um Estado democrático (ideia criada por Montesquieu).

Desde então, a ciência política estabeleceu-se como campo autónomo de estudo, tendo
se fixado primeiro nos Estados Unidos e se desenvolvido bastante na França e na
Alemanha. No Brasil, a ciência política somente passou a ser sistematicamente estudada
e praticada autonomamente, sem estar formalmente vinculada ao estudo de sociologia, a
partir da segunda metade do século XX.

A ciência política é o campo das ciências sociais que estuda as estruturas que moldam
as regras de convívio entre as pessoas em agrupamentos. A ciência política dedica-se a
entender e moldar as noções de Estado, governo e organização política, e pode estudar
também outras instituições que interferem direita ou indirectamente na organização
política, como ONGs, Igreja, empresas etc. Alguns teóricos restringem o objecto de
estudo da ciência política ao Estado, outros defendem que o seu objecto é mais amplo,
sendo o poder, em geral, aquilo que deve ser estudado por essa área.

Ciência política
Existe uma grande área de estudos dentro das ciências humanas denominada ciências
sociais. As ciências sociais são compostas pela sociologia, antropologia, psicologia
social, economia e ciência política. A ciência política é a parte das ciências sociais que
se dedica a tentar entender, exclusivamente, as formações políticas estruturais que o ser
humano criou para garantir o convívio pacífico em grandes sociedades.

A ciência política é responsável por entender e moldar as questões relativas ao poder na


sociedade, estabelecendo normas e preceitos para o pleno funcionamento
das instituições sociais, da economia, do Estado e do sistema jurídico. Fica a cargo da
ciência política a provisão intelectual e teórica de meios de acção do ser humano e das
instituições que beneficiem a vida colectiva.

A importância da ciência política

A ciência política é de extrema importância para o avanço do estudo dos mecanismos de


poder. A actuação de políticos, sejam do poder Executivo, sejam do poder Legislativo,
de juristas e de economistas ou pessoas ligadas ao grande mercado financeiro está
directamente ligada ao poder. Entender o poder é necessário para que haja avanço nas
instituições políticas e para que se evitem os abusos de poder perpetrados pelo Estado,
por governos ou por instituições financeiras. Para que os avanços nesse campo sejam
efectivos, existem quatro conceitos básicos:

Cidade: são as primeiras instituições políticas que agruparam seres humanos por meio
de uma estrutura jurídica bem definida. Com o nascimento da polis (cidade-estado), na
Grécia Antiga, surge a preocupação com a política.

Cidadania: é de extrema importância, enquanto noção, para a ciência política, e ela


existe em qualquer formação política, variando apenas a abrangência do poder
permitido por esse dispositivo. Na aristocracia, a cidadania é garantida a uma minoria
escolhida supostamente por suas qualidades; na oligarquia, a um grupo maior que o
aristocrático, escolhido pelo poder financeiro. No absolutismo, a cidadania restringe-se
à figura do monarca. Na democracia, ela é distribuída entre todos que podem participar
do sistema político.

Direitos: (civis e políticos) são objectos de estudos da ciência política em conjunto com
a ciência jurídica (direito).

Estado: uma das mais importantes noções da ciência política, pois é ela que tenta
entender as formas e estruturas políticas mais notáveis do tratamento político social.

A importância de se estudar Ciência Política consiste no fato de que todas as decisões


políticas e jurídicas, tomadas pelo Estado, impactam territórios e sociedades.

Consiste, ainda, no fato de que a sociedade é a verdadeira legitimadora deste Poder do


Estado, sendo este alvo direito do interesse daquela, portanto.

Há, além disso, que quaisquer decisões tomadas pelo ente Estatal implicam toda uma
conjuntura organizacional e hierárquica que também precisa ser compreendida para se
entender o próprio Poder do Estado, e, no mais, que o Direito e a Política caminham
lado a lado, ocupando-se ambos da estruturação da vida em comunidade.

Diremos, em suma, que é importante estudar a Ciência Política porque é esta matéria
que busca explicar a lógica da vida em sociedade e o papel da Política e do Estado nela.
Ora, cada Estado é diferente e possui um Poder peculiar a suas características gerais,
históricas e contextuais.

Cada tipo de Poder Estatal, assim sendo, merece ser estudado à luz do seu próprio
Direito, de suas estruturas e da relação entre seus governantes e seus governados, sendo
certo que as relações de Poder estabelecidas dentro de cada Estado são maiormente
regidas por decisões políticas e jurídicas tomadas dentro de seu próprio território, de
acordo com seu próprio ordenamento jurídico, influenciado por sua própria sociedade.

Para a compreensão de tais complexos fenómenos, é necessário observar


o desenvolvimento social e a forma como o ordenamento jurídico e as decisões
políticas se alteram a fim de acompanhar o desenvolvimento

A Ciência Política e as demais Ciências Sociais


O conhecimento dos aspectos económicos em que se baseia a estrutura social são
fundamentais para a compreensão dos fenómenos políticos e das instituições pelas quais
uma sociedade se governa. Neste sentido, Marx estava certo em reconhecer na
Economia a base da estrutura social, ou seja, um aspecto fundamental de politização da
sociedade. A Economia corresponde, no pensamento marxista, a infra-estrutura da
sociedade, que dá base e sustentação a sua super-estrutura, todas as instituições sociais e
políticas, sendo, portanto, determinante, embora não exclusiva, de toda sociedade. Não
é sem razão que a disciplina Economia Política tem uma importância fundamental no
âmbito da Ciência Política. Veja em nosso site a seção Economia Política para
aprofundar o tema.

A importância do conhecimento dos aspectos económicos em que se baseia a estrutura


social é tal que, segundo Bonavides (2000, p. 54), sem o seu conhecimento:
“dificilmente se poderia chegar à compreensão dos fenómenos políticos e das
instituições pelas quais uma sociedade se governa”. Além disso, todo governo precisa
de uma política económica em seu programa de acção que determine, entre outras
coisas, as metas económicas a serem atingidas (previsão do PIB, por exemplo), um
programa para lidar com a inflação, taxas de juros, política cambial etc.

A História, e também o Historiador, têm uma contribuição assaz importante para


oferecer à Ciência Política, na medida em que nos ajuda a entender a origem dos
sistemas, das ideias e das doutrinas políticas do passado, ao longo de toda tradição
Ocidental-Oriental. A importância dos estudos históricos, da História das Ideias
Políticas, é por demais clara para que precise de maior justificativa e argumentatividade
para demonstrar sua relevância. A História do pensamento político deve abranger a
história dos acontecimentos políticos. Ao lado da história dos acontecimentos políticos,
há também o estudo da história das instituições e, ainda, a história das ideias políticas.

Não tão clara pode parecer a relação entre a Ciência Política e a Psicologia, mais
especificamente a Psicologia Social, que parte do princípio de que, fora das motivações
psicológicas, não é possível ter uma compreensão satisfatória dos fatos sociais e, por
concomitantemente, do processo político. O que está na base dos fenómenos políticos,
para a Psicologia Social, é que os fundamentos do poder e da obediência são de natureza
psicológica. Além disso, já existe uma disciplina específica no campo da psicologia para
abordar questões relativas ao fenómeno do poder e da política, a Psicologia Política,
objecto de análise na seção Psicologia e Política.
Conclusão
Conclui-se que a política começa após questionamentos de filósofos na Europa, em
certas antigas cidades do Império Romano e as novas cidades surgidas dos burgos
medievais entrarem em desenvolvimento económico e social. Grandes rotas comerciais
tornam poderosas as corporações e as famílias de comerciantes, enquanto o poderio
agrário dos barões começa a diminuir.

De acordo com Maquiavel, a política deve estar a serviço do povo e revoluciona o olhar
para a política com a escrita do brilhante livro “O PRÍNCIPE” e que a ideia de que a
finalidade da política é a tomada e conservação do poder e que não provém de Deus. Ele
é criticado, porém segue seu caminho e torna-se referência obrigatória do pensamento
político moderno.

Por fim, os termos “Estados Nacionais”, costuma ser utilizado para designar o resultado
da dinâmica política e económica que levaria a uma nova formulação de Estado nos
reinos europeus, possibilitando o fortalecimento e subsequente centralização do poder
real, daí a importância da ciência política para a sociedade.
Referências Bibliográficas
https://mundoeducacao.uol.com.br › Sociologia

BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2000.

MAAR, Wolfgang Leo. O que é Política. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção
Primeiros Passos).
Https://Www.Infoescola.Com/Politica/Ciencia-Politica/

BOBBIO, N; MATTEUCCI, N; PASQUINO, G Dicionário de política I. Brasília UNB,


1 la Ed, 1998.

LIMA, Lizânias de Souza; PEDRO, Antonio. “Das monarquias nacionais ao


absolutismo”. In: História da civilização ocidental. São Paulo: FTD, 2005. p. 141-145.

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução de Maria Lucia Cumo. Rio de Janeiro:


Editora Paz e Terra, 1996.

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