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Índice

Introdução ............................................................................................................................. 2
I. Métodos da Ciência Política ............................................................................................. 3
1.1 Objecto de Estudo ........................................................................................................... 3
1.2 Pluralidade das Formulações .......................................................................................... 4
I.3 Métodos da Ciência Política ..................................................................................... 5
a) A Perspectiva das tendências individuais ................................................................. 5
b) A Perspectiva racionalista.......................................................................................... 6
c) A Perspectiva funcionalista ....................................................................................... 9
d) A perspectiva sistémica ............................................................................................. 10
II. Técnicas de Pesquisa dos Factos Políticos ....................................................................... 11
2.1 Análise Documental ........................................................................................................ 11
a) Documentos directos ................................................................................................. 11
b) Documentos Indirectos ............................................................................................. 11
2.2 Observação Directa ......................................................................................................... 12
a) Observação directa extensiva .................................................................................... 13
b) Observação directa intensiva .................................................................................... 14
III. Ciência Política e ciências afins ..................................................................................... 14
3.1 Sociologia Política .......................................................................................................... 14
3.2 História Política .............................................................................................................. 14
3.3 Antropologia Política ...................................................................................................... 16
3.4 História das Ideias Políticas ............................................................................................ 16
3.5 Filosofia Política ............................................................................................................. 17
3.6 Teoria Geral do Estado ................................................................................................... 17
IV. Ciência Política e Direito Constitucional ....................................................................... 18
Conclusão .............................................................................................................................. 20
Relatório................................................................................................................................. 22

INTRODUÇÃO

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O homem é um animal racional que vive em sociedade. De entre os seres vivos é aquele
que é capaz de planificar e racionalizar a sua existência. Contudo, esta existência depende dos
recursos que a natureza o oferece, mas que não são suficientes para a satisfação integral dos seus
desejos e caprichos, gerando conflitos.
A manutenção dos conflitos de interesses sem qualquer controlo social coloca em risco a
sobrevivência da própria sociedade humana. A harmonia desejada só pode ser alcançada
havendo uma instância de arbitragem com a missão de definir os rumos da colectividade e
garantir uma distribuição equilibrada dos bens escassos, e isso só pode ser possível havendo o
uso do Poder.
As modalidades de exercício e concentração do Poder interessam à Ciência Política
(Poder Politico), cuja manifestação de poder segundo Moreira é “a capacidade de obrigar outros
a aceitar ou adoptar um determinado comportamento que se agride”.
O estudo da Ciência Política exige a adopção de métodos científicos por parte do cientista
político, do investigador e do professor que lhe permitem conhecer de uma forma sistemática os
factos políticos que merecem ser qualificados como tais e formular explicações a partir de
hipóteses.
No presente trabalho pretendemos abordar os Métodos da Ciência Política e respectivas
técnicas, bem como a sua relação com outras ciências afins.
 O objectivo geral do trabalho em curso é abordar assuntos concernentes aos Métodos da
Ciência Política;
 Como objectivos específicos, abordar-se-ão assuntos sobre o objecto da Ciência Política;
as várias perspectivas que compõem o Método da Ciência Política; as fontes
documentais, assim como o estudo das ciências afins.
A justificativa da elaboração do presente trabalho reside na pertinência e necessidade de
estudar os Métodos da Ciência Política para melhor entendimento e aquisição do conhecimento
das técnicas do processo metodológico da ciência política. A aquisição deste conhecimento
permitirá enquadrar alguns assuntos políticos e perceber como são resolvidos alguns problemas
(políticos) na nossa sociedade, recorrendo a esses mesmos métodos.

I. MÉTODOS DA CIÊNCIA POLÍTICA


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1.1 Objecto de estudo
Existe no interior da Ciência Política uma discussão acerca do objecto de estudo desta
ciência, que, para alguns, é o Estado e, para outros, o Poder. A primeira posição restringe o
objecto de estudo da ciência política; a segunda amplia.
A Ciência Política é a área de conhecimento que estuda a política e todos os seus
processos e fenómenos. O seu objectivo é compreender o sistema dos poderes do Estado,
analisando as mudanças na estrutura dos governos e sua influência na sociedade.
O pacifismo do objecto das ciências clássicas é baseado no tempo decorrido que faz
esquecer as dúvidas da sua afirmação inicial. A duração como se fosse a evidência, e a
necessidade de mudar parece um atentado. Ora a importância dos problemas que são
interdisciplinares é crescente pela simples razão de que se alterou o panorama das sociedades
contemporâneas. O que preocupa a investigação política não é o sistema das normas em que se
traduz o direito positivo, é sobretudo a diferença ou falta de coincidência frequentes entre o
modelo normativo de conduta que a lei proclama e o modelo de conduta que o poder adopta.

Maurice Duverger afirma que “nada impede que a ciência política desenvolva os seus
próprios métodos, ao lado dos que toma emprestados às outras ciências sociais, e que estas
utilizem, por seu lado, as técnicas aperfeiçoadas pelos politólogos, sendo importante inventar
processo de análise precisos e tentar, nomeadamente induzir em ciência política o máximo de
quantificação e de matemática”.

Ocupando-se a ciência política do estudo dos factos e dos acontecimentos políticos que
ocorrem num determinado contexto social e sendo esta ciência apelidada, muitas vezes, da
“história do presente”, na medida em que estuda os fenómenos políticos das conjunturas
nacionais e internacionais, é natural que utilize métodos das outras ciências socais e procure
métodos próprios que correspondam ao seu objecto.1

Todavia, parece certo que o poder é objecto central da ciência política e que deve ser
examinado com um critério tridimensional: a sede do poder, a forma ou a imagem, e a
ideologia.2

1
FERNANDES, António José, Introdução à Ciência Política, Teorias, métodos e temáticas, pp. 36-37.
2
MOREIRA, Adriano, Ciência Politica, 2003, pp. 63-73.

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1.2 A pluralidade das formulações

As dificuldades de chegar a uma formulação pacífica do conceito básico que é o Poder


surgem em relação a dos outros conceitos. Por isso não é invulgar que os politólogos mergulhem
na investigação e discussão dos temas sem formular uma definição e alguns até se recusam a
qualquer tentativa de definição, bastando-lhes o consenso implícito dos profissionais de que
estão a ocupar-se da política.3

Segundo Freud, frequentemente se sustenta que as ciências devem ser construídas sobre
conceitos básicos definidos com clareza e solidez. O verdadeiro começo da actividade científica
consiste antes em descrever fenómenos e depois passar a agrupar, classificar e relacioná-los. Só
depois de mais investigações e pesquisa no domínio em questão é que ficamos habilitados a
formular com crescente clareza os conceitos científicos que o delimitam. Então realmente pode
ser a altura de o limitar dentro das definições.

Isto parece contrariar a ideia de Hobbes segundo a qual toda a ciência deve começar com
definições claras tendo sobretudo em vista o conceito das palavras a utilizar, por isso, a ciência
política em razão da sua novidade e do problema das fronteiras com as ciências clássicas, recorre
com frequência ao método da enumeração dos temas quando pretende definir o seu campo de
actividades. Contudo, este pragmatismo não impede que se multipliquem os conceitos
operacionais que funcionam como definições.

1.3 Métodos da Ciência Política

3
Idem, p. 73.

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A ciência politica no estudo que realiza sobre os fenómenos políticos aprecia e analisa os
factos políticos do presente, ou seja, a vigência dos acontecimentos relativos as pessoas, as
coisas, as instituições que tem a ver com factos políticos, reservando para a história o passado.
A ciência política usa métodos e técnicas que podem envolver tanto fontes primárias
(documentos históricos, registos oficiais) quanto secundárias (artigos académicos, pesquisas,
análise estatística, estudos de caso e construção de modelos).

Para o estudo dos métodos da Ciência Política, podemos distinguir segundo Moreira
quatro perspectivas básicas:

 A perspectiva das tendências individuais;


 A perspectiva racionalista;
 A perspectiva funcionalista; e
 A perspectiva sistémica.

a) A perspectiva das tendências individuais

Parte do princípio de que a acção política tem sempre origem em homens,


individualmente considerados, por vasto que seja o grupo, a unidade residual é sempre a mesma.
Portanto, segundo Bastos “a política são decisões de homens concretos, pelo que o objecto de
estudo da ciência política deve ser o comportamento dos homens individuais ou de grupos, com
ajuda de conceitos psicológicos e sociais”.

Jules Kornies desenvolveu uma teoria sobre o papel dominante da personalidade


individual na vida política. Para isso tratou de procurar concretizar o tipo do homem de Estado,
que definia deste modo: “consciência da vocação, cuja essência é o ideal político, energia
inquebrantável da vontade, consciência da responsabilidade, força sugestivo sentido do dever,
conhecimento da alma humana”4.

Na sua análise foi mesmo levado a concretizar os tipos das personalidades básicas dos
estratos sociais politicamente activos (aristocracia, plutocracia, burguesia, pequeno agricultor e
operários) seguindo assim a tradição de Platão, Aristóteles e Hobbes, que analisaram a relação
entre a natureza humana e a política.
4
Idem

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O famoso Lewis Froman definiu a perspectiva individualista desta maneira:
“predisposição de um indivíduo para analisar alguns aspectos do seu mundo de uma maneira
favorável ou desfavorável, isto é, uma disposição para aprovar ou desaprovar, querer ou
repudiar alguns objectos sociais ou físicos”5.

Confrontados estes dois modelos, verifica-se que a tendência individualista situa-se entre
dois caminhos: 1) aceitar que só é possível averiguar tendências individuais e partir delas para a
explicação da acção política (William Dray); 2) aceitar que é possível identificar tendências
típicas comuns a grupos maiores ou menores de pessoas, e interpretar o comportamento não só
do indivíduo mas também do grupo (Angnus Campbell).

A razão pela qual a perspectiva individualista evoluiu para a teoria de compreensão


(Learning Theory), que aproveita as tipologias estabelecidas pelas ciências que lidam com os
modelos do comportamento e da socialização ou integração social dos indivíduos, domínio onde
a psicologia presta maior contribuição.

O desenvolvimento desta perspectiva traduziu-se, portanto, na “passagem da análise do


comportamento individual para a análise do comportamento dos grupos identificados pelo
denominador comum das tendências individuais, tomando esse denominador comum como base
da explicação do comportamento político”6.

b) A perspectiva racionalista

Esta perspectiva vem para se opor a perspectiva das tendências individualista. A


perspectiva das tendências individuais ou de grupos, aceita que pelo menos grande do
comportamento politico do homem não e intencional, isto é, não se baseia numa escolha
consciente dos objectivos a alcançar através da acção politica, porquanto, esta orientado por
tendências que os agentes não ligam conscientemente ao comportamento que adoptam.

Segundo Moreira (1979), “a tradição do pensamento político, procura explicar o


comportamento em termos de objectivos racionalmente seleccionados pelos agentes”.

5
Idem
6
Idem.

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O pensamento liberal teve o seu alicerce neste pressuposto: Thomas Hobbes partiu do
princípio hedonístico que descreve o homem como procurando realizar com o menor custo
aquilo que considera o seu interesse; Jhon Locke explicou a passagem do estado da natureza
(sociedade civil) ao estado civil pelo objectivo de encontrar protecção para os direitos naturais;
Bethan entendeu o processo político como o resultado de um cálculo utilitário sobre os melhores
meios para alcançar a satisfação dos objectivos prioritários dos indivíduos.

A perspectiva racionalista não exclui a impotência das tendências individuais, mas inclui
estas na definição dos motivos, isto é, todos os factores que entram em ponderação da escolha do
comportamento político. Ela é totalizante, no sentido de tomar em consideração a personalidade
básica do indivíduo (ou dos grupos), e os objectivos conscientemente seleccionados, os quais
todos se traduzem afinal numa futurologia a curto, médio, ou longo prazo.

Esta perspectiva deu origem a desenvolvimentos metodológicos conhecidos como


processo de formação de divisões e teorias dos jogos e o pressuposto básico destes
desenvolvimentos é que o processo político analisa-se em decisões que finalmente alguém toma,
e que tais decisões se traduzem sem prejuízo final sobre a maneira de alguém conseguir certos
resultados numa conjuntura concreta.

Esta noção resulta da importância do ambiente da decisão, expressão com qual se


pretende designar todos os factores que constituem factores dados pela conjuntura, e que não
estão dentro da capacidade de alteração ou de intervenção que o agente pensa possuir. Por
exemplo: o agente não pode alterar a situação geográfica, a composição étnica de um
determinado grupo, as fronteiras físicas, a pirâmide etária, o peso da história, as decisões
tomadas por centros de poder diferentes, embora a decisão que prepara possa ter em vista agir
sobre esses dados para o futuro; mas no momento da tomada de decisões esses dados não estão
na sua disposição.

A perspectiva das tendências individuais evidencia que nenhum centro de decisão política
pode ignorar a existência de factores inerentes a própria conjuntura e também o facto de a
decisão final ser tomada por homens vários ou apenas um, e que todos estão condicionados pela
sua concepção do mundo e da vida.7

7
FERNANDES, António José, Introdução à Ciência Política, Teorias, métodos e temáticas, pp. 38-39.

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O método de análise da formação das decisões baseia-se no pressuposto que as
decisões são tomadas segundo um princípio de racionalidade ou seja razoabilidade, sendo assim
pode se afirmar que estas decisões são tomadas para maximizar os resultados em face do mundo
real que constitui o ambiente de decisão.
A racionalidade diz respeito a relação meios-fins, e não necessariamente a relação dos
fins ou relação em vista, e simplesmente, esta de meios-fins que analisa que o analista assume,
implica que tenha um conceito de agente racional, ou seja a racionalidade é função do meio
cultural a que o agente pertence, é uma racionalidade situada na razoabilidade, quer dizer que a
razoabilidade é um conceito mais rico do que simples racionalidade, porque esta atende aos
meios-fins, e a razoabilidade é uma conjuntura concreta.
O critério da razoabilidade implica, portanto, que se tenha presente o confronto da
racionalidade situada de quem decide e da racionalidade de quem se opõem. É, em torno da
razoabilidade que vai surgir a teoria dos jogos, que merece a atenção especial das ciências
militares e baseia-se no pressuposto de que numa situação de jogo ou conflito, os intervenientes
procuram maximizar os ganhos e minimizar as perdas e tomarão decisões que correspondam a
essa economia.

No jogo (político), os jogadores (intervenientes) tem certos recursos (poder) e procuram


ganhar (objectivos), uma das características especiais do processo é admitir que pode não haver
perdedores, tendo como exemplo numa eleição em que um dos partidos quer o poder e o outro
apenas quer afirmar a sua legitimidade de representação no parlamento, pelo que ambos podem
realizar os seus objectivos.

A teoria de jogos parte da ideia de que os decisores actuam visando maximizar os ganhos
e minimizar as perdas, pelo que a decisão racional deve ter em consideração qual deverá ser o
comportamento adoptado pelo adversário. Daqui resulta que a decisão tomada de ponderar as
reacções de todos aqueles que podem ser relevantes para a sua concretização.

c) Perspectiva funcionalista

A perspectiva funcionalista foi muito desenvolvida também nos EUA, embora tenha
maior contribuição européia8. Ela trata de afastar em primeiro lugar o significado normativista de
função que esta ligada à distinção de um emprego ou ao exercício de uma profissão, e

8
FERNANDES, António José, Introdução à Ciência Política, Teorias, métodos e temáticas, pp.41.

Página | 8
igualmente afasta o sentido matemático que exprime uma relação entre duas grandezas, de tal
modo que a manifestação de uma implica uma modificação da outra e uma adaptação. Radica no
conceito biológico, que chama “à contribuição dada por um elemento á organização ou acção do
conjunto do qual faz parte”. A idéia básica é, portanto, a de totalidade (sociedade global) cujos
elementos todos interdependentes, desempenham funções correspondentes às necessidades
fundamentais do grupo.9

A análise funcionalista foi introduzida nas ciências sociais por Malinowski (1994) que
exerceu grande influência na orientação dos estudos antropológicos, tendo iniciado o método da
participação do observador na vida dos povos sem escrita. Mas a passagem do critério
funcionalista para os domínios da ciência política foi preparada pela crítica e contribuições do
sociólogo Robert King Merton (1949), que influenciou muitos trabalhos de investigação nos
domínios político e social.10

Merton defendeu que todos os sistemas apresentam elementos que perderam a função que
são supérfluos ou que nunca tiveram. Neste âmbito deve ser destacado o contributo de Merton11
relativamente:

 Princípio de equivalente funcional: um elemento da estrutura pode desempenhar várias


funções e vários elementos poderem substituir-se reciprocamente ao exercício da mesma
função;
 Conceito de disfunção: significa que um elemento do sistema pode impedir a adaptação
do sistema a mudanças externas, ameaçando sua própria subsistência.
 Funções manifestas e latentes: são aquelas que os participantes reconhecem e desejam,
enquanto as latentes são aquelas que os participantes não reconhecem.

A essência da perspectiva funcionalista é a de institucionalizar o fenômeno político, no


sentido de considerar o poder no seu funcionamento, como conjunto diferenciado de modelos de
conduta de agentes, cada um dos quais desempenha uma função e todos inter-relacionados.

A principal utilização da perspectiva funcionalista segundo Zevo et al. (2016) diz respeito
à “explicação e previsão do comportamento político do agente e contexto social, onde ele deve

9
MOREIRA, Adriano. Ciência política. pp 90.
10
FERNANDES, António José, Introdução à Ciência Política, Teorias, métodos e temáticas, pp. 41.
11
Idem

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conciliar funções interdependentes e lidar com conflitos de interesse” Merton sendo o seu
principal elemento a definição das expectativas que a sociedade atribui a uma função em cada
situação ou conjuntura.12

Ela procura explicitar qual é a função desempenhada por uma entidade ou órgão no
âmbito de uma determinada estrutura social e os termos em que correspondem às expectativas e
as necessidades fundamentais do respectivo grupo organizado.13

d) Perspectiva sistémica

A perspectiva sistémica teve origem na biologia, nos trabalhos de Bertalanffy sobre a


célula na ambição de encontrar um método que unificasse o conjunto das ciências e o
desenvolvimento da cibernética, o que levou Bertalanffy a lançar a teoria geral de sistemas em
1956. Foi introduzida nas ciências sociais com os trabalhos de Talcott Parsons, e foi aplicada à
Ciência Politica especialmente por David Easton, que influenciou por sua vez os trabalhos de
Karl Deutsch e de Jean William Lapierre.

Corresponde a um esforço por parte dos politólogos no sentido de construir um método


acima dos estudos fragmentários, dotado de um conjunto de conceitos operacionais aptos a
orientar a investigação de qualquer modelo, com validade teórica geral. E esse esforço levou ao
desenvolvimento da perspectiva sistémica na ciência política, que traduz numa tentativa de
síntese de todas as perspectivas, ou melhor, num ensaio de organização de vários pontos de
vista por intermédio da construção de uma categoria integrada dos conceitos operacionais
restritos.

A perspectiva sistémica, conforme Maltez (2018), “aborda o fenómeno político como um


sistema composto por elementos interligados e interdependentes. Essa visão destaca a tensão
entre as demandas da sociedade e a capacidade dos agentes políticos de respondê-las”. E, põe em
destaque:

 O ambiente subdivide-se em: externo, o que abrange todos os sistemas exteriores


à sociedade global com os quais se relaciona (sistemas supranacionais) e interno,
compreende todos os sistemas internos que abarcam a mesma sociedade global

12
MOREIRA, Adriano. Ciência política. pp 94-95.
13
BASTOS, Fernando Loureiro, Ciência Política: Guia de Estudo, AAFDL, Lisboa, 1999. pp. 32.

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(sistemas psicológico, biológico, religioso, social)14, em que são formulados os
inputs e outputs.
 Os inputs que são objecto de expressão no sistema e que se consubstanciam nos
dados que são tidos em consideração pelos decisores políticos.
 Os outputs que são objecto de expressão no sistema e que se consubstanciam nas
respostas aos inputs que são expressos no sistema.
 A consequência que os outputs na expressão de inputs através de um sistema de
retroacção.

O valor da perspectiva sistémica está fundamentalmente em fornecer um quadro geral de


análise, por um lado, particularmente útil na análise comparativa. Por outro lado corresponde ao
ponto de vista realista que autonomiza o aparelho do Poder como um instrumento com uma
função dentro da sociedade global, desmistificando o Estado.

2. TÉCNICAS DE PESQUISA DOS FACTOS POLÍTICOS

2.1 Análise Documental

Segundo Ulmer apud Morreira, existem diversos tipos de documentos que possibilitam a
análise e compreensão dos fenómenos políticos, deste modo os documentos podem ser
analisados obedecendo métodos diferentes.

A documentação mais usada em ciência política é a escrita, peso embora existam outras
fontes documentais que permitem o estudo de fenómenos políticos, tais como filmes, fotografias,
gravações e várias outras fontes existentes. Os politólogos agrupam os documentos em duas
categorias fundamentais que são: documentos directos e indirectos

a) Documentos directos

Consideramos documentos directos todos que são emitidos por intervenientes no


processo de decisão de poder político, abrangendo portanto os actos de inteligência e os actos de
vontade” (MOREIRA).

14
Moreira, Adriano, Ciência Política, pp. 102.

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Alguns politólogos atendem ao conteúdo dos documentos, que consideram directos aos
que tem relação directa com a ciência política.

Ex: bibliografias da ciência política, arquivos públicos e privados, documentos oficiais, etc.

b) Documentos Indirectos

“Consideremos documentos indirectos a todos que não sendo emitidos por intervenientes
no processo de decisão, testemunham a actividade do poder político de forma intencional ou
ocidental” (MOREIRA). Ex: Imprensa, anuários, certas obras literárias, boletins, etc.

Segundo Fernando Loureiro Bastos, a análise documental em termos técnicos pode ser
feita por métodos clássicos ou tradicionais ou ainda por métodos quantitativos.

2.2 Observação Directa

A observação directa dos fenómenos políticos tem sido praticada desde a antiguidade.
Esta observação tem vários precursores como Aristóteles, Tacqueville, não se basearam apenas
em livros ou documentos escritos para a elaboração das suas obras; empreenderam viagens,
travaram conversas, observaram as instruções do seu tempo, ou seja, recorreram a observação
directa dos fenómenos políticos. A observação directa constitui um dos traços essências da
investigação em Ciência Política.15

O desenvolvimento das técnicas de observação directa permitiu distinguir dois tipos de


observação que são: observação directa extensiva e observação directa intensiva.

a) Observação Directa Extensiva:

Visa o estudo de uma população numerosa por métodos capazes de fornecer com
suficiente aproximação as indicações procuradas. A técnica mais usada na observação directa
extensiva é a pesquisa por sondagem, que consiste em estudar uma amostra reduzida de uma

15
FERNANDES, António José, Introdução à Ciência Política. Teorias, Métodos e Temáticas, pp. 61-64.

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grande comunidade humana, e tornar as conclusões obtidas extensivas à comunidade total. Esta
técnica compreende três fases essenciais:

 A determinação da população a interrogar;


A amostragem consiste em escolher as pessoas a interrogar de forma a assegurar que
sejam representativas do conjunto da população a estudar. Usam-se dois métodos para
seleccionar as pessoas: o método das quotas e o método probabilístico ou amostragem aleatória.
O método das quotas consiste em determinar as categorias sociais com base na idade, na
profissão, na região, combinar as categorias para a definição do modelo de sondagem e em
atribuir uma quota a cada entrevistador ao serviço do inquérito, de acordo com as características
do modelo.
O método probabilístico consiste em determinar a amostra ao acaso, isto é, as pessoas que
constituem são escolhidas rigorosamente ao acaso, para que todos os membros da população
total venham a ser incluídos na amostra.

 A elaboração das perguntas e a sua apresentação à população a interrogar;

A elaboração do questionário deve revestir-se de certos cuidados, de modo que esta


traduza fielmente as opiniões das pessoas interrogadas e as perguntas postas dêem as pessoas a
oportunidade de exprimirem as atitudes e opiniões que são realmente relevantes na explicação
dos seus comportamentos efectivos. Assim, a natureza das perguntas, a sua forma de redacção, a
ordem da sucessão tem grande importância para os resultados da sondagem. Usam-se dois tipos
de perguntas que são as fechadas e as abertas. Nas perguntas fechadas as respostas baseiam-se no
Sim e Não, nas abertas as respostas podem ser acompanhadas de argumentos.

O número de perguntas não deve ser muito elevado, para não fatigar o entrevistado que
respondera dificilmente e pior as últimas questões.

 A apresentação dos resultados de sondagem.

O apuramento e apresentação dos resultados de uma entrevista por sondagem implicam


uma série de operações técnicas que permitem exprimir em percentagem da população inquirida

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as grandes categorias de respostas. Com efeito, as centenas de questionários individuais
acumulados no desenrolar do processo de aplicação do questionário são depois submetidas a um
tratamento mecanográfico apropriado, que também apresenta algum perigo de deformação do
sentido das respostas. Um primeiro problema levantado pelas operações de codificação
necessária para a passagem dos resultados do cartão mecanográfico.
A codificação implica obviamente a classificação de respostas por vezes muito diversas
em algumas categorias restritas, e é um trabalho, geralmente planeado juntamente com a
elaboração do questionário, que supõe muitas vezes uma certa incidência da interpretação
pessoal do codificador. A16 observação directa extensiva realiza-se por meio de questionário ou
formulário. Estes instrumentos permitem a colecta de dados por meio de perguntas a serem
respondidas sem a presença do entrevistador.

b) Observação Directa Intensiva:

Consiste no apuramento de uma forma mais aprofundada das atitudes e os


comportamentos de determinadas pessoas ou de determinados grupos de pessoas, usando a
entrevista, questionário, os teste para o apuramento da medida da intensidade das opiniões e das
atitudes e a observação participada, facto que permite ganhar o que se perde na extensiva.
Distingue-se da extensiva pelas técnicas que usa na recolha das informações. Em geral a
observação directa intensiva centra as suas atenções em grupos restritos que procura conhecer
com maior profundidade.

3. Ciência Política e Ciências Sociais afins.


Sendo a Ciência Política um campo de ciências sociais que estuda as estruturas que
moldam as regras de convívio entre as pessoas em agrupamentos, importa realçar a sua relação
interdisciplinar com outras ciências.
A Ciência Política dedica-se a entender e moldar as nações de Estado, governo e
organização política, e pode estudar outras instituições que interferem directa ou indirectamente
na Organização política.

3.1 Sociologia Política

16
www.cpscetec.com.br

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Parte da Sociologia em geral que reflecte sobre as relações entre os factos. Os factos
políticos e outros tipos de factos sociais (formas de sociedade em que a politica se desenrola, a
influencia das classes sociais na vida politica, a representação das diferentes classes sociais nos
partidos políticos e nos órgãos de soberania, a origem social dos governantes, a influencia do
dinheiro na vida politica, as relações entre a economia e a politica, etc.

Importância da Sociologia na Política


O uso da política, da conversação e da negociação são essências para que pendências
entre diversos interesses sejam, se não equacionadas, tendo como objectivo benefícios comuns e
recuos necessários para o entendimento social.
"Outra dimensão importantíssima que toma a Ciência Política é a de cunho sociológico.
O estudo do Estado, fenómeno político por excelência, se constitui um dos pontos altos e
culminantes da obra genial de Max Weber. O profundo sociólogo fez com o Estado aquilo que
Ehrlich fizera já com a sociologia jurídica. Deu-lhe a consistência do tratamento autónomo".
(Bonavides, 2000).
A sociologia tomada por base da Ciência Política, cava ali suas raízes mais profundas. Os
temas de reconstrução social, de diagnose e interpretação dos momentos críticos da democracia,
de análise dos conceitos políticos, de estimativas acerca da planificação, da liberdade e do poder
tecem a matéria sociológica que serve de substrato a alguns dos capítulos mais fascinantes da
nossa Ciência. Contudo, existe uma interdisciplinaridade de complementaridade na gestão
política do estado, pois a sociologia aprece como farol da ciência política.

3.2 História Política ou História dos Factos Políticos


Ramo da História que estuda os factos políticos no passado. Estuda, por exemplo, o que
foi a evolução política de um determinado país – as suas instituições, os seus dirigentes, os
problemas que teve de enfrentar e como os resolveu.

Importância da História Política


Principais aspectos. Os estudos da história política geralmente se concentram na unidade
de análise da transformação histórica dos estados-nação, seus processos e fatos políticos. Um

Página | 15
aspecto importante da história política é o estudo da ideologia como uma força para a mudança
histórica.

3.3 Antropologia Política


Ramo da antropologia cultural que estuda a organização e o poder nas sociedades
primitivas (pré-estaduais.).
Enquanto a antropologia política clássica tratava da compreensão dos sistemas e
estruturas das formas de organização política dos grupos indígenas dentro das sociedades
coloniais. O foco hoje é o estudo dos processos e dinâmicas políticas das sociedades pós-
colonias.

3.4 História das Ideias Políticas


Ramo da história política que estuda a evolução das ideias políticas no passado, isto é,
estuda a política na perspectiva não dos factos ou acontecimentos, mas na perspectiva das ideias,
doutrinas e teorias que foram sendo expostas por pensadores ou preconizadas por homens de
acção e que exerceram ou ainda exercem uma determinada influência no modo de entender e
aplicar a política, de organizar o Estado, de encarar ou exercer o poder, etc.
Os homens não se movem apenas por interesses ou ambições e as sociedades não
evoluem apenas em virtude de factores geográficos ou económicos.
A força das ideias é um dos elementos mais poderosos motores da vida humana e uma
das causas mais intensas e frequentes dos fenómenos políticos.
Segundo Canau Platão é o primeiro grande pensador político a apresentar o que hoje
chamamos um “projecto de sociedade”, delineando de um modelo de sociedade ideal, uma
sociedade mais justa e racional. A família e a propriedade privada são vistas por ele como as
grandes responsáveis pelos males da sociedade. Platão é o primeiro que estuda as diferentes
formas de governo, não apenas numa perspectiva estática, mas sobretudo numa análise.

3.5 Filosofia Política

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Ramo da filosofia que estuda os problemas políticos. (o que é o poder? Qual o seu
fundamento? Como se explica que num Estado uns tenham a possibilidade de mandar e outros a
necessidade de obedecer? O poder deve ou não ser limitado? Em função de que princípios e
critérios? Qual o valor fundamental numa comunidade política – o Estado ou o homem? O poder
ou a liberdade? Como conciliar os poderes do Estado e os Direitos dos cidadãos.
“A Filosofia conduz para os livros de Ciência Política a discussão de proposições
respeitantes à origem, à essência, à justificação e aos fins do Estado, como das demais
instituições sociais geradoras do fenómeno do poder, visto que nem todos aceitam
circunscrevê-lo apenas à célula mantém, embriogenia, que no caso seria naturalmente o
Estado, acrescentando-lhe os partidos, os sindicatos, a igreja, as associações
internacionais, os grupos económicos, etc”. (Bonavides)

Pontos de divergência e convergência da Filosofia Política e Ciência Politica


 Enquanto a filosofia pensa no mundo como deveria ser, a ciência política pensa no
mundo tal como é;
"a ciência politica interpreta o mundo a partir da realidade, todavia a ciência politica, ainda que
baseada nestas interpretações pragmáticas não pode prescindir da teoria filosófica consolidada
através dos tempos, pois a ciência e filosofia aliadas constrõem as soluções necessárias aos
conflitos políticos"
 Enquanto um descreve como os factos políticos deviam ser a outra descrevem como eles
são.

3.6 Teoria Geral do Estado


Disciplina que estuda cientificamente o Estado, ocupando de definir o conceito de
Estado, os seus elementos, as suas formas e os seus fins, as suas funções, os seus órgãos, os seus
poderes e, ainda, a tipologia dos regimes políticos e dos sistemas de governo. Nesta perspectiva,
a Teoria Geral do Estado é um dos ramos da Ciência Política.

4. Ciência Política e Direito Constitucional

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Na óptica de Bonavides (2000, p. 52), são apertadíssimos os laços que prendem a Ciência
Política ao Direito Constitucional. Vejamos, na França, por exemplo, antes de tornar-se
disciplina autónoma, a Ciência Política estava quase toda contida no Direito, mormente no
Direito Constitucional. A despeito do cisma operado, este ainda é o ramo da Ciência Jurídica
cujo influxo mais pesa sobre a Ciência Política.
Ainda na visão do mesmo autor, outro facto é que os melhores politólogos da cátedra
universitária francesa são constitucionalistas, o mesmo ocorrendo no Brasil. Demais, antes da
aparição da Ciência Política, já o Direito Constitucional fora uma das Ciências Políticas. Seu
influxo sobre o desenvolvimento da Ciência Política, poderá eventualmente diminuir, mas jamais
extinguir-se, porquanto o Direito Constitucional abrange larga área da coisa política: as
instituições do Estado, em cujo âmbito, como se sabe, costumam desenrolar-se os principais
fenómenos do poder político, constitucionalmente organizado.
A maior ou menor coincidência de áreas da Ciência Política com o Direito
Constitucional, se acha, na dependência da estabilidade ou instabilidade do meio político e
social, isto é, quanto menos desenvolvida a sociedade, quanto mais grave seu atraso económico,
mais instáveis e oscilantes as instituições políticas. Do mesmo passo, menos amplo e eficaz será
então o Direito Constitucional em sua capacidade de organizar instituições que abranjam de
modo efectivo toda a esfera de comportamento e decisão do grupo político.
Daqui decorre, pois, um crescente hiato entre a ordem constitucional estabelecida e a
realidade política. Enfim, diminui com isso a possibilidade de toda a vida política, inclusive o
comportamento e o poder de decisão de indivíduos e grupos, recair na órbita do direito
regulamentado e das instituições criadas.
Em países subdesenvolvidos, nominalmente democráticos, há um círculo minimum
constitucional, onde operam as instituições que o poder oficializou, ao passo que nos países
desenvolvidos esse minimum se converte em maximum. Neste contexto, a vida política real e
vida política juridicamente institucionalizada tendem a coincidir. Dessa situação emerge em
consequência um campo mais amplo, mais arejado, mais desimpedido ao Direito Constitucional,
que será o direito das instituições.
Ali, na sociedade subdesenvolvida, ao contrário, a vida política gera um teor
elevadíssimo de controvérsias e impõe menos uma oposição ao governo do que às instituições,
fazendo com que a parte mais importante do comportamento político e do funcionamento do
poder transcorra fora das regiões oficiais ou do direito público legislado.
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A eficácia do sistema fica nesse caso preponderantemente sujeita à imprevisível acção de
grupos de pressão, lideranças políticas ocultas e ostensivas, organizações partidárias lícitas e
clandestinas, elites influentes, que produzem ou manipulam uma opinião pública dócil e suspeita
em sua autenticidade.
Observa-se ademais que nos países subdesenvolvidos, os golpes de Estado, a violação
contumaz do Direito Constitucional, o fermento revolucionário oriundo da insatisfação social, a
luta de classes, brutalmente exacerbada pelo privilégio ou por violentas discrepâncias
económicas, compõem um quadro onde o processo político e a realidade do poder escapam não
raro aos limites modestos da autoridade institucionalizada. É então nessas circunstâncias que o
Direito Constitucional pode ser tomado ou interpretado como “um conjunto formal de regras das
quais a vida se ausentou”, conforme disse Burdeau, e a Ciência Política aparece “como disciplina
apta a prestar contas da realidade”, pois sua “promoção se faz concomitante ao declínio do
Direito Constitucional”.
Não procede, por outra parte, e em conclusão, a afirmativa de Robson, de que o vínculo
da Ciência Política com o Direito Constitucional conduziria inevitavelmente “a uma concepção
estreita, falsa e deformada dessa disciplina”. Tal ocorreria com efeito se a Ciência Política
resultasse totalmente absorvida pelo Direito, que é apenas uma de suas faces. Com o jurídico,
mormente com o Direito Constitucional, a Ciência Política, até mesmo para efeito de facilidade e
segurança dos estudos e formação de conceitos, deve manter estreitas relações, fazendo do
sistema institucional, sancionado pela ordem jurídica, o ponto de apoio mais firme com que
estender a outras esferas sociais todas as indagações de cunho caracteristicamente político.
Em suma, o Direito Constitucional não estuda directamente a política ou os fenómenos
políticos como tal, mas as normas jurídicas que enquadram e regulam a actividade política.

CONCLUSÃO

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Findo o trabalho pode-se concluir que na pesquisa dos factos políticos não se pode
deixar de lado ou ignorar o sigilo, pois ele está envolvido em várias decisões políticas. Quanto
mais transparentes forem as decisões políticas, e maior for a participação dos destinatários da
decisão nos procedimentos conducentes à sua formulação, mais democrática é a sociedade em
questão.
Não existiria Poder se não existisse a sociedade, pois não haveria meios para o uso do
mesmo Poder. O estudo dos Métodos da Ciência Política fazem perceber que são bastante
importantes para a condução da sociedade global, pois a política desenha mapas e meios
possíveis de resolver os crescentes problemas que surgem no seio da sociedade, respondendo às
exigências feitas de condições melhores de vida e de uma óptima administração pública, o que
preocupa muito as sociedades.
A ciência política estuda os factos e acontecimentos políticos que ocorrem num
determinado contexto social, é tida como a história do presente, pois acompanha a sociedade em
todos os seus momentos. A sociedade confia o Poder a um indivíduo para a guiar e responder às
suas necessidades conjuntas, esse poder age em benefício de todos. Daí surge a extrema
importância dos métodos da Ciência Política, que são caminhos pelos quais os politólogos
atingem um objectivo comum da sociedade.

BIBLIOGRAFIA

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Obras

Amaral, Diogo Freitas do, Ciência Política, Volume I, Lisboa, 1990.

Bastos, Fernando Loureiro, Ciência Política: Guia de Estudo, AAFDL, Lisboa, 1999.

Bonavides, Paulo (2000). Ciência Política. 10ª ed., São Paulo, Malheiros Editores.

Canau, D. História das Ideias Políticas, 1 Edição, 2000.

Duverger, Maurice, Ciência Política: Teoria e Métodos, Zahar Ed., Rio de Janeiro, 1976.

Fernandes, António José, Introdução a Ciência Política: Teorias, métodos e temáticas, Porto
Editora, 2008.

Halberstam, David, Les Disait les meilleurs et les intelligents.

Maltez, J. A. Manual de Ciência Política: Teoria Geral da República, Lisboa, Universidade de


Lisboa, 2018.

Moreira, Adriano, Ciência Política, 7ª reimp., Almedina, Coimbra, 2003.

Zevo, A. F. Et al, Conceito e Métodos de Análise em Ciências Politicas (Monografia), Xai-Xai,


Universidade Pedagógica, 2016.

Sites
https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/Sociologia/
IntroducaoUsoMetodosPesquisaCienciaPolitica/
IntroducaoUsoMetodologiaPesquisaCienciasPoliticas_Tema2.pdf
www.cpsatc.com.br

www.scielo.com

www.googleacademico.pt

www.cpscetec.com.br

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RELATÓRIO

Este grupo é constituído por sete (7) elementos, cujos nomes foram apresentados na
Capa do trabalho. Participaram todos os membros na realização do Trabalho. A divisão da
matéria do trabalho foi feita da seguinte maneira:

Hanifo Tomás Maposse: Introdução, Objecto de Estudo e Pluralidade das Formulações;

Ancha Armando Chirindza Mananze: A Perspectiva das Tendências Individuais e Perspectiva


Racionalista);

Fátima Jeto César Francisco: A Perspectiva Funcionalista e Perspectiva Sistémica);

Nayra Amélia Manhiça: Técnicas de Pesquisa dos Factos Políticos, análise documental e
observação directa.

Amide Mussa Mulima: (Ciências Políticas e Ciências Afins: Sociologia Política, História Política
e Antropologia Politica);

Karen Cecília Maculuve: (Ciências Políticas e Ciências Afins: História das Ideias Políticas,
Filosofia Política e Teoria Geral do Estado);

Zacarias Caetano Naife Doce: (Ciência Política e Direito Constitucional, Conclusão).

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