Você está na página 1de 14

INTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIENCIAS SOCIAIS E HUMANA

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS POLITICAS E RELAÇÕES


INTERNACIONAIS

TEMA

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS POLITICAS E RELAÇÕES


INTERNACIONAIS

NOME DO ESTUDANTE

Davie Katondo

Tete, mês de agosto,2020.


INTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIENCIAS SOCIAIS E HUMANA

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS POLITICAS E RELAÇÕES


INTERNACIONAIS

TEMA

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS POLITICAS E RELAÇÕES


INTERNACIONAIS

Trabalho do campo a ser submetido na


coordenação do curso de licenciatura em
ciências políticas e relações
internacionais

Nome do estudante

Davie Katondo

Código de estudante

61200366

Tete,Agosto,2020

INDICE
INTRODUÇÃO 4

OBJECTIVO 6

METODOLOGIA 7

CONTEUDO 8

CONCLUSÃO 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
INTRODUÇÃO
Normas constitucionais são aquelas normas que assumem à forma constitucional. São aquelas
que são formalizadas na Constituição, independentemente do seu conteúdo ou substância. As
normas constitucionais para que sejam adequadamente efectivadas e aplicadas devem possuir um
suporte hermenêutico capaz de observar todas as singularidades inerentes a esses institutos
jurídicos.

O tema é cercado de grandes estudos e divergências por parte de grandes estudiosos desses
fenómenos hermenêuticos, a exemplo dos grandes estudiosos Tércio Sampaio Ferraz e Cristiano
José de Andrade.

Assim, o presente estudo não a ambiciosa pretensão de trazer uma lista fechada e peremptória de
modelos aplicativos ou interpretativos. Objectiva-se, em verdade, apresentar de forma sintética,
mas fidedigna, alguns dos mais importantes instrumentos disponíveis ao jurista a fim de uma
interpretação correta e aplicação efectiva dos direitos humanos fundamentais

A palavra “intérprete”, conforme adverte Fernando Coelho apud Alexandre de Moraes (2016, p.
69), tem origem latina – “interpres” – que designava aquele que desvendava o futuro nas
entranhas das vítimas. Retirar das entranhas ou desentranhar era, pois, o atributo do “interpres”.
Daí vem a palavra “interpretar” com significação específica de desentranhar o sentido das
palavras.

A actividade de interpretar a Constituição, atribuindo-lhe sentido, é uma actividade notadamente


implicadora de inúmeros efeitos em face da ordem jurídica e, consequentemente, sobre o
quotidiano dos indivíduos, tendendo a acarretar impacto sobre todo o direito positivo do Estado.

Um ato de tamanhas implicações é notadamente circundado de inúmeros debates doutrinários.


Primeiro cumpre ressaltar da divergência entre interpretação e hermenêutica jurídica.

A Hermenêutica Jurídica é a sistematização dos métodos, processos e formas aplicáveis para se


determinar o sentido e alcance de determinada expressão do Direito. As leis são elaboradas, em
regra, em termos gerais, abstractos, a fim de abarcar a maior quantidade possível de fatos sociais,
em uma linguagem clara, porém sem se apegar a minúcias. Sequer poderia ser diferente, pois o
legislador não tem como prever todas as hipóteses possíveis e imagináveis no momento da
elaboração da norma.
OBJECTIVO
De acordo com a enciclopédia livre, o termo objectivo  (Ao 1945)  diz respeito a um fim que
se quer atingir.

O seguinte trabalho tem objectivos gerais como:

 Conhecer quando as normas constitucionais são aplicadas.


 Saber aonde as nomas constitucionais são integradas.
 Conhecer em que momento as normas constitucionais são integradas

OS OBJECTIVOS ESPECÍFICOS SÃO:


 Mostrar interpretação correta e aplicação efectiva dos direitos humanos fundamentais.
 Apresenta verdadeiramente as normas de forma sintética
METODOLOGIA
A metodologia é o estudo dos métodos. Isto é, o estudo dos caminhos para se chegar a um
determinado fim.

Com o objectivo de analisar as características dos vários métodos indispensáveis tais como:
avaliar capacidades, limitações e criticar os pressupostos quanto sua utilização.

Além de ser uma disciplina que estuda os métodos, a metodologia é também considerada uma
forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte.

O seguinte trabalho usou os métodos da pesquisa como pesquisa exploratória. A pesquisa tem
como função de preencher as lacunas que costumam aparecer em um estudo. O principal
objectivo de uma pesquisa exploratória é a obtenção ideias. Muitas vezes, no início de um
estudo, os problemas a serem investigados não estão totalmente definidos e faltam informações
para a sua compreensão completa.

Também usou a Pesquisa bibliográfica. A pesquisa consiste na etapa inicial de todo o trabalho


científico ou académico, com o objectivo de reunir as informações e dados que servirão de base
para a construção da investigação proposta a partir de determinado tema.
CONTEUDO
A interpretação é a explicação, a subsunção da norma jurídica ao caso apresentado ao intérprete.
É a exteriorização do pensamento do aplicador da norma jurídica. É a busca pelo significado de
conceitos e intenções, fatos e indícios, pois tudo deve ser interpretado, até mesmo o silêncio.

Esclarecendo a confusão exercida por alguns aplicadores do Direito, Carlos Maximiliano (2003,
p. 01) ensina que:

“...Do exposto ressalta o erro dos que pretendem substituir uma palavra pela outra; almejam, ao
invés de Hermenêutica, - Interpretação. Esta é a aplicação daquela; a primeira descobre e fixa os
princípios que regem a segunda. A Hermenêutica é teoria científica da arte de interpretar...”

Portanto, há variada formas e técnicas para se interpretar. Anota Canotilho apud LENZA (2014,
p.168) que “a interpretação das normas constitucionais é um conjunto de métodos, desenvolvidos
pela doutrina e jurisprudência com base em critérios ou premissas (filosóficas, metodológicas,
epistemológicas) diferentes, mas, em geral, reciprocamente complementares”. Com base nisso e
nos ensinamentos trazidos pelos digníssimos autores, expõe-se algumas características dos
métodos destacados pelo citado constitucionalista.

Preliminarmente, há o método jurídico ou hermenêutico clássico de modo que a Constituição


deve ser tratada como uma lei se utilizando todos os métodos tradicionais para interpretá-la,
valendo-se dos elementos da exegese a seguir descritos:   Elemento genético: busca a origem dos
conceitos utilizados pelo legislador na concepção da norma

Há, também, o método tópico-problemático (ou método da tópica) de modo que se parte de um
problema prático para a norma. Atribui-se à interpretação um caráter pragmático na busca pela
solução dos problemas apresentados.

O método hermenêutico-concretizador inverte o método tópico-problemático. Parte-se da


Constituição para o problema, valendo-se das pré-compreensões do intérprete sobre o tema
colocando-os em um “círculo hermenêutico” indo da norma ao fato e do fato à norma até se
chegar a interpretação mais adequada e justa ao tema.
No que tange ao método Científico-espiritual a análise não se restringe à literalidade da norma,
mas aos valores subjacentes e à realidade social da Constituição, busca-se a vontade, o espírito
da norma constitucional.

Quanto ao método normativo-estruturante se defende que inexiste identidade entre a norma


jurídica e o texto normativo. O teor literal da norma deve ser observado à luz da concretização da
norma em sua realidade social. O texto, seria apenas a “ponta do iceberg”, todo o resto, talvez a
parte mais importante que o intérprete e aplicador da norma deve levar em conta, está subjacente
ao texto constituído pela “situação normada”, no feliz dizer de Miguel Reale.

Por último, há o método da comparação constitucional em que se busca a interpretação dos


institutos através da comparação com os vários ordenamentos constitucionais e tendo por base os
elementos clássicos de interpretação constitucional.

A Constituição foi idealizada pelos juristas para ser a norma mais importante do Estado, a qual
todos devem obediência, inclusive os governantes. Por esta razão, sua aplicabilidade é muito
estudada, visto que, teoricamente, esta só atingirá sua finalidade quando todos a respeitarem, ou
em outras palavras, a cumprirem.

Neste ponto, cabe esclarecer que este tema também envolve uma de suas classificações, quanto à
estabilidade. Segundo critérios de estabilidade das Constituições, dividem-se em: Rígidas –
aquelas que seu processo de mutação é extremamente rigoroso, tendo procedimento específico
param sua elaboração e alteração, o qual difere dos demais processos legislativos; Flexíveis – as
que não possuem este procedimento, podendo ser alteradas de forma simplificada, até mesmo
pela edição de uma nova lei e Semi-Rígidas – que possuem parte de seu texto tratado de forma
rígida e outra de maneira flexível.

Sendo assim, só é possível falar da aplicabilidade das normas constitucionais quando se tratar
das Constituições rígidas, posto que as normas inferiores devam obedecer aos parâmetros
estabelecidos por aquela. Em verdade, esta espécie é extremamente formal, posto que as
exigências de sua alteração sejam muito rigorosas, dificultando sua mutação. 

 A doutrina jurídica ensina que a análise de qualquer norma envolve vários aspectos, dentre eles
destacam-se: vigência e eficácia. Aqui é onde se aprofundará a discussão deste capítulo, posto
que o Direito Constitucional estabelecesse regras para o tratamento das normas constitucionais,
regulamentando uma matéria por demais tormentosa: a sua aplicabilidade.

De rigor, não há propriamente uma distinção na essência do ato de se interpretar uma norma
constitucional e de se interpretar as demais normas do ordenamento jurídico, pois em ambas se
busca dar significado aos enunciados normativos. Contudo, a forma com que é feita, as suas
consequências e os seus parâmetros possuem diferenças.

É bom que se deixe claro que não há outra alternativa, a Constituição sempre deve ser
interpretada. Nas palavras de Alexandre de Morais (1998, p.24):

“...A Constituição Federal há de sempre ser interpretada, pois somente através da conjugação da
letra do texto com as características históricas, políticas, ideológicas do momento, se encontrará
o melhor sentido da norma jurídica, em confronto com a realidade sociopolítico económica e
almejando sua plena eficácia...”

A palavra “intérprete”, conforme adverte Fernando Coelho apud Alexandre de Moraes (2016, p.
69), tem origem latina – “interpres” – que designava aquele que desvendava o futuro nas
entranhas das vítimas. Retirar das entranhas ou desentranhar era, pois, o atributo do “interpres”.
Daí vem a palavra “interpretar” com significação específica de desentranhar o sentido das
palavras.

A actividade de interpretar a Constituição, atribuindo-lhe sentido, é uma actividade notadamente


implicadora de inúmeros efeitos em face da ordem jurídica e, consequentemente, sobre o
quotidiano dos indivíduos, tendendo a acarretar impacto sobre todo o direito positivo do Estado.

Um ato de tamanhas implicações é notadamente circundado de inúmeros debates doutrinários.


Primeiro cumpre ressaltar da divergência entre interpretação e hermenêutica jurídica.

A Hermenêutica Jurídica é a sistematização dos métodos, processos e formas aplicáveis para se


determinar o sentido e alcance de determinada expressão do Direito. As leis são elaboradas, em
regra, em termos gerais, abstractos, a fim de abarcar a maior quantidade possível de fatos sociais,
em uma linguagem clara, porém sem se apegar a minúcias. Sequer poderia ser diferente, pois o
legislador não tem como prever todas as hipóteses possíveis e imagináveis no momento da
elaboração da norma.
Já a Interpretação é a explicação, a subsunção da norma jurídica ao caso apresentado ao
intérprete. É a exteriorização do pensamento do aplicador da norma jurídica. É a busca pelo
significado de conceitos e intenções, fatos e indícios, pois tudo deve ser interpretado, até mesmo
o silêncio.

Esclarecendo a confusão exercida por alguns aplicadores do Direito, Carlos Maximiliano (2003,
p. 01) ensina que:

“...Do exposto ressalta o erro dos que pretendem substituir uma palavra pela outra; almejam, ao
invés de Hermenêutica, - Interpretação. Esta é a aplicação daquela; a primeira descobre e fixa os
princípios que regem a segunda. A Hermenêutica é teoria científica da arte de interpretar...”

Portanto, há variadas formas e técnicas para se interpretar. Anota Canotilho apud LENZA (2014,
p.168) que “a interpretação das normas constitucionais é um conjunto de métodos, desenvolvidos
pela doutrina e jurisprudência com base em critérios ou premissas (filosóficas, metodológicas,
epistemológicas) diferentes, mas, em geral, reciprocamente complementares”. Com base nisso e
nos ensinamentos trazidos pelos digníssimos autores, expõe-se algumas características dos
métodos destacados pelo citado constitucionalista.

Preliminarmente, há o método jurídico ou hermenêutico clássico de modo que a Constituição


deve ser tratada como uma lei se utilizando todos os métodos tradicionais para interpretá-la,
valendo-se dos elementos da exegese a seguir descritos:

Elemento genético: busca a origem dos conceitos utilizados pelo legislador na concepção da
norma;

Elemento gramatical ou filológico: conhecido também por literal ou semântico prega que a
análise deve ser feita de modo textual, na forma como foi escrita, literalmente;

Elemento lógico: usa-se do raciocínio lógico para harmonizar as normas constitucionais;

Elemento sistemático: busca uma visão holística da constituição, observa-se o todo;

Elemento histórico: vê-se o projecto de lei, a sua justificativa, as exposições de motivos,


pareceres, discussões, cultura e condições psicológicas no momento do nascimento da norma;
Elemento teleológico ou sociológico: busca a finalidade da norma;

Elemento doutrinário: parte da interpretação dada pelos estudiosos do Direito;

Elemento evolutivo: observa a mudança de significado das normas com a evolução das relações
sociais;

Há, também, o método tópico-problemático (ou método da tópica) de modo que se parte de um
problema prático para a norma. Atribui-se à interpretação um carácter pragmático na busca pela
solução dos problemas apresentados.

O método hermenêutico-concretizador inverte o método tópico-problemático. Parte-se da


Constituição para o problema, valendo-se das pré-compreensões do intérprete sobre o tema
colocando-os em um “círculo hermenêutico” indo da norma ao fato e do fato à norma até se
chegar a interpretação mais adequada e justa ao tema.

No que tange ao método Científico-espiritual a análise não se restringe à literalidade da norma,


mas aos valores subjacentes e à realidade social da Constituição, busca-se a vontade, o espírito
da norma constitucional.

Quanto ao método normativo-estruturante se defende que inexiste identidade entre a norma


jurídica e o texto normativo. O teor literal da norma deve ser observado à luz da concretização da
norma em sua realidade social. O texto, seria apenas a “ponta do iceberg”, todo o resto, talvez a
parte mais importante que o intérprete e aplicador da norma deve levar em conta, está subjacente
ao texto constituído pela “situação normada”, no feliz dizer de Miguel Reale.

Por último, há o método da comparação constitucional em que se busca a interpretação dos


institutos através da comparação com os vários ordenamentos constitucionais e tendo por base os
elementos clássicos de interpretação constitucional.

A despeito de todos esses métodos interpretativos estarem dispostos de modo separado, tal se dá
apenas para fins académicos, pois se tem por mais adequado que o ato de se interpretar a norma
constitucional passa por inúmeros destes e não isoladamente por cada um. Eles são inclusivos e
não exclusivos, pois se complementam e não se anulam.
CONCLUSÃO
Conclui-se, portanto, que o ato de se interpretar as normas constitucionais é dotado de carácter
extremamente científico, apesar de rodeado de inúmeras divergências doutrinárias. Não há uma
forma certa e unânime de se interpretar as normas constitucionais. O que o jurista deve ter em
mente é justamente essa heterogeneidade de métodos e princípios interpretativos a fim de que, na
observância de cada caso concreto, escolha-se o que melhor vai tutelar os direitos e garantias
fundamentais.

O presente estudo se mostrou de importante relevância a fim de levantar o debate e esclarecer


tema por demais importante a todos os estudiosos de todas as áreas jurídicas. A força normativa
da constituição aliada à sua supremacia fazem do presente tema um divisor de águas que irradia
os mais diversos ramos da ciência jurídica. Assim, contribui para uma melhor prestação
jurisdicional na medida em que auxilia no carácter científico dos institutos jurídicos interpretados
e aplicados.
.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 http://www.ambafrance-br.org/A-Declaracao-dos-Direitos-do-Homem

2.       São Paulo: Editora Medeiros, 2015.

3.      ANDRADE, Christiano José de. A hermenêutica jurídica no Brasil. São Paulo, Editora
Revista dos Tribunais, 1991.

4  BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional contemporâneo: os conceitos


fundamentais e a construção do novo modelo. 2ª ed. São Paulo, Editora Saraiva, 2010.

5 Neoconstitucionalismo e constitucionalização do Direito. Disponível em: . Acesso em: 13 de


abril de 2017.

6  CANOTILHO, J. J. Gomes. Fundamentos da Constituição. Coimbra: Coimbra Editora,  1991.

7. DA SILVA, José Afonso, Curso de direito constitucional positivo, São Paulo: Malheiros,
1992.

8.  LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 18ª ed. São Paulo, Editora Saraiva,
2014.

9 www.conteudojuridico.com.br

Você também pode gostar