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PESQUISA JURÍDICA
Introdução
O paradigma da razão comunicacional
• O objeto do estudo do direito é o fenômeno jurídico
historicamente realizado. Um fenômeno que se positiva no
espaço e no tempo e que se realiza como experiência
efetiva passada ou atual.
VERTENTE JURÍDICO-SOCIAL
(de campo)
podem se comunicar e desenvolver estudos em parceria e colaboração;
Pesquisa Empírica em Direito está c) viabiliza o desenvolvimento de pesquisas em direito comparado, permitindo a
começando ou crescendo. colaboração e a comunicação internacional sobre os sistemas jurídicos – tarefa que
dificilmente seria feita por pesquisadores de outras áreas do conhecimento;
Jurídico-exploratório Jurídico-propositivo
destina-se ao questionamento de uma norma, de
Refere-se ao tipo de pesquisa em que o investigador
um conceito ou de
necessita desenvolver os primeiros passos frente ao
um instituto jurídico, com o objetivo de propor
problema jurídico, ressaltando suas principais
mudanças ou reformas legislativas concretas.
facetas, mas sem adentrar nas raízes explicativas do
assunto
Toda e qualquer investigação deverá ter finalidade
propositiva, por sua
Costuma ser indicado, nas pesquisas empíricas,
própria natureza de ciência aplicada. Assim,
quando o pesquisador necessita aprofundar os
entende-se que todos os
levantamentos preliminares e complementares em
demais tipos são, também, propositivos, o que
campo para a melhor delimitação do problema, das
invalida a existência de um tipo especial com essa
hipóteses e dos dados a serem coletados.
finalidade precípua.
AS FONTES E DADOS DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO JURÍDICO
A maior parte dos livros que versam sobre Ocorre que, desde o início, tem-se afirmado que as pesquisas
as fontes de produção do conhecimento jurídicas, segundo as novas metodologias, devem ser críticas de seu
jurídico só se refere às fontes próprias do próprio fazer, contextualizadas, dialógicas e transdisciplinares.
Direito.
Ao se disporem à realização de pesquisas científicas, pressupõe-se, por consequência, já terem constituído uma
razoável bagagem teórico-metodológica anterior, um sistema de referências conceituais que permite uma visão
estruturada de ciência e de mundo.
Essa bagagem anterior constrói os seus paradigmas, ou seja, todas as suas formas de pensar e de olhar o mundo
são seus paradigmas, seus ideários ou conjuntos de ideias que têm sobre as coisas. Essa
bagagem anterior de vida vai aos poucos constituindo ideologias, formas de olhar a realidade circundante.
Esse conjunto de ideias forma o nosso olhar teórico, mas esse olhar ainda não é o olhar teórico cientíco. Esse é
o conjunto teórico de senso comum.
MARCO TEÓRICO
O que é, então, a teoria científica?
A teoria científica é tudo aquilo que é produzido por meio da metodologia científica, ou seja, é a produção de
conhecimento a partir de pesquisas sistemáticas, organizadas e controladas metodicamente.
Marco teórico não pode ser confundido com a obra de determinado auto ou com um conjunto de teorias, às vezes,
antinômicas.
Marco teórico é uma afirmação específica de determinado teórico, não de sua obra. E ele é importante por quê?
Porque essa teoria é que vai dirigir o olhar do pesquisador, ou seja, o objeto da pesquisa será analisado e
interpretado segundo esse marco previamente definido.
O projeto, todos os procedimentos, a metodologia e o problema são constituídos a partir dessa escolha. Pode-se,
também, entender como marco teórico, a concepção que fundamenta uma ou toda obra de
determinado autor.
MARCO TEÓRICO
Ao se indicar, em determinado projeto, como marco teórico POSTULAÇÕES KELSENIANAS ou
de alguma corrente positivista para investigações sobre divórcio, far-se-á, por certo, indagações sobre
a
norma e suas relações no ordenamento jurídico.
Jamais se faria a pergunta: “Quais os fatores sociais que favoreceriam o divórcio?”, por sua
inadequação teórica.
A questão poderia ser, por exemplo: “Quais os fatores relacionados com a legislação vigente
poderiam favorecer o divórcio?” Esse seria um problema referido a um marco teórico com
fundamento normativista ou no paradigma positivista.
MARCO TEÓRICO
Outro exemplo: escolhe-se uma postulação teórica em alguma obra de Boaventura de Sousa Santos (2000).
Como ele é um sociólogo do Direito, a pergunta seria por certo: “Quais os reexos do divórcio
sobre a sociedade?” Ou “quais os fatores sociais?” Ou se poderia, ainda, perguntar: “Quais os fatores jurídico-
sociais que provocariam o divórcio?”.
Essa postulação poderia ser usada a partir de uma das teorias inserida em sua obra.
Se, ao contrário, escolhe-se Kholby & Kholberg (1987), por exemplo, cujo fundamento é a questão da
moralidade social, então a pergunta, poderia ser: “Quais os fatores morais provocariam o divórcio em sociedade
“x”?”.
A pesquisa jurídica quanto aos procedimentos:
1.PESQUISA DOUTRINÁRIA: Este tipo de pesquisa envolve a revisão de literatura jurídica, como livros,
artigos acadêmicos, monografias e outras publicações escritas por especialistas em direito. A pesquisa doutrinária
ajuda a compreender os conceitos legais, teorias e opiniões acadêmicas sobre um determinado tópico.
3.PESQUISA LEGISLATIVA: Consiste em examinar leis, regulamentos e outros atos normativos relevantes.
Isso ajuda a entender a legislação atual e qualquer alteração nas leis ao longo do tempo.
4.PESQUISA EMPÍRICA: Esse tipo de pesquisa envolve a coleta de dados quantitativos ou qualitativos por
meio de entrevistas, questionários, análise de casos reais ou outras abordagens de pesquisa para obter insights
sobre questões legais específicas.
5.PESQUISA COMPARATIVA: Comparar as leis e práticas legais em diferentes jurisdições para entender como
diferentes sistemas legais tratam um tópico específico.
A pesquisa jurídica quanto aos
procedimentos:
1.PESQUISA DE CAMPO: Envolve a coleta de dados diretamente no local, como visitar tribunais, escritórios
de advocacia ou outras instituições jurídicas para obter informações em primeira mão.
2.PESQUISA DOCUMENTAL: Coleta e análise de documentos relevantes, como contratos, pareceres jurídicos,
processos judiciais e outros registros escritos.
3.PESQUISA DE CASOS PRECEDENTES: Identificar casos judiciais anteriores que são semelhantes ao
tópico de pesquisa atual e analisar como esses casos foram decididos, o que pode influenciar a argumentação
legal.
4.PESQUISA DE FONTES ELETRÔNICAS: Usar bases de dados jurídicas, sites de tribunais e outras fontes
online para acessar informações legais relevantes.
AUTORES: Miracy Barbosa de Sousa Gustin, Maria Tereza Fonseca Dias e Camila
Silva Nicácio