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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

CURSO DE DIREITO – METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA.


PROF.ª DRA. IVONE MELLO.

MATHEUS OLIVEIRA SILVA

RESUMO SIMPLES: METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA.


TIPOS DE TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO: TEÓRICA E EMPÍRICA.

ILHÉUS - BA
2023

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Métodos e técnicas de investigação em Direito.
Inicialmente, no livro Metodologia da Pesquisa Jurídica (BITTAR, Eduardo Carlos
Bianca. 2022) é apresentado de forma esquematizada a metodologia aplicada à pesquisa e às
práticas das fontes jurídicas, com o intuito de fornecer esclarecimento em tópicos importantes,
e dar conhecimento e instrução para aqueles que utilizam fontes de pesquisa e informações para
produzir suas próprias criações e outras técnicas e métodos de investigação no Direito.
Outrossim, de forma mais profunda e especifica, no tópico “Método e técnicas de investigação
em Direito” é demonstrado as técnicas e os métodos de investigação. É notável que as fontes
decorrem da pluralidade do conhecimento desta natureza jurídica, e que envolve, além da
ciência jurídica, partes da ciência social, pois, não se pode limitar somente em um tipo de
conteúdo bibliográfico ou em origens no empirismo experimental, tendo que ser adequado ao
plano de pesquisa ou aos objetos investigados. Vale o adendo de que é através dessas técnicas
que se torna possível chegar em resultados e conclusões científicas dando, por fim, duas
divisões principais, sendo elas as técnicas de investigação teóricas e empíricas. Nesse contexto,
no âmbito teórico, foram ditos três tópicos de técnicas: históricas, conceituais e normativas. A
respeito das técnicas históricas, sendo adequadas e válidas para investigações filosóficas,
sociológicas e também os institutos jurídicos (dogmáticos). Sua utilização se dá por meio das
fontes primárias de pesquisa, ou seja, documentos originais, como por exemplo sentenças,
testamentos, contratos, e até mesmo documentos literários, documentos históricos, documentos
econômicos, se torna necessário, também, textos de comentários para entender os fenômenos
do passado. Sendo assim, se dá por entendimento de que o pesquisador deve buscar uma
quantidade de arquivos que o capacite a realizar uma análise histórica que o leve em busca da
veracidade e verossimilhança dos fatos, soma-se também a descrição dos fatos com base na
análise quantitativa, selecionando e identificando fontes, e também a análise conjuntural, que
envolve o uso de debates acadêmicos de historiadores, sociólogos, cientistas políticos e
filósofos para chegar a conclusões sobre o fenômeno estudado. Ademais, no segundo tópico
mencionado, técnicas conceituais, funciona primeiramente restringindo o fenômeno estudado
ao tratamento conceitual, independentemente da área do conhecimento jurídico em questão,
seja dogmática ou zetética. Nesse modelo de investigação, o pesquisador utiliza um referencial
teórico, sistema de ideias, modelo de análise, ou problemática lógico-conceitual para construir
a lógica interna e o desenvolvimento necessário para tratar o problema. Nesse prisma, é
fundamental que o apuro conceitual seja o máximo possível, levando assim a necessidade da
utilização da técnica bibliográfica, incluindo obras nacionais e estrangeiras de referência sobre

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o assunto abordado e dicionários especializados, entregando mais uma vez as conclusões do
objeto de estudo. Por fim, finalizando o âmbito teórico, resta a última técnica, as técnicas
normativas, que são utilizadas para estudar o direito de um país (ou comparar com outro),
requerendo que o pesquisador esteja familiarizado com as leis e os princípios aplicáveis à
matéria e faça uma análise minuciosa da legislação estudada. Entregando uma argumentação e
sustentação de suas posições e interpretações com base em literatura confiável. Vale o adendo
de que essa pesquisa não pode ser realizada apenas com a legislação, mas requer apoio
doutrinário e opinativo. Partindo para o âmbito empírico, que tem por objetivo chegar nas
conclusões científicas através da dedicação da compreensão do fenômeno pelos seus resultados,
elementos e efeitos, obrigando que o pesquisador tenha contato com a realidade estudada, se
aproximando do objeto de estudo, tendo atitudes proativas. Logo, são exemplificadas em sete
técnicas, as de observação, amostragem, entrevista, questionário, experimentação, estudo de
caso e técnicas de pesquisa-ação. Primeiramente, a respeito das técnicas de observação, é
entendido que a observação vai depender do envolvimento do pesquisador, podendo ser uma
observação participante ou não participante. Vale o adendo de que métodos empíricos que
utilizam da observação é um recurso muito útil para pesquisadores, pois o plano de
desenvolvimento criterioso estando dentro dos padrões, como por exemplo, sistematização de
colheita de dados, seleção de dados e amostragem representativa haverá grande crescimento do
conhecimento e estudo. Outrossim, é demonstrado as técnicas de amostragem, utilizando
recursos da infinidade de indivíduos e fenômenos numa pesquisa, dito mais uma vez como
instrumento útil para resultados científicos, principalmente no campo político investigativo,
casos judiciários e no campo sociológico. Em terceiro tópico, é demonstrado as técnicas de
entrevista, sendo úteis envolvendo a interação, informações valiosas e demonstrando o contexto
na investigação, com uma função de permitir a máxima fidedignidade na recuperação de
informações que podem ser registradas em gravações ou textos escritos, colocando o
entrevistado numa condição mais livre ou até em uma objetividade maior, tudo dependendo de
qual intuito foram criadas as perguntas. Ademais, em quarta citação de técnica empirista, é
encontrada as técnicas de questionário, sendo ele pré-elaborado e feito, com a intenção de obter
respostas a perguntas determinadas, é ideal para grandes escalas de dados e necessidades de
investigação, e é importante ressaltar que a má formulação pode levar o questionário a ser um
péssimo instrumento de avaliação de uma realidade. Em quinto tópico, é demonstrado as
técnicas de experimentação, clássica do empirismo, é realizada quando se que estudar através
da comprovação de hipóteses ou teses, dando por condições feitas em laboratórios ou do
domínio do cientista. Soma-se, também, o sexto tipo, que seria as técnicas de estudo de caso,

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um ótimo recuso para fenômenos isolados ou situações específicas, contudo, há uma demanda
além da apresentação da situação, mas leva o cientista/pesquisador a ir na condição de analista
e observador. Por fim, o último tipo demonstrado é as técnicas de pesquisa-ação, que consiste
em uma abordagem de pesquisa que envolve a participação ativa do pesquisador na comunidade
estudada. A pesquisa-ação busca não apenas compreender a realidade social, mas também
intervir e transformá-la por meio da mobilização social e da implementação de políticas sociais,
coletando dados, analisando casos práticos e afins. Finalmente, é visto que os métodos e
técnicas de investigação em Direito são bastante detalhistas, com inúmeras funções e situações
exatas de utiliza-las, se dividindo em técnicas empíricas e teóricas.

PALAVRAS CHAVE: METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA, FONTES


JURÍDICAS, TÉCNICAS E MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO EM DIREITO, TÉCNICAS
DE INVESTIGAÇÃO TEÓRICAS E EMPÍRICAS, TÉCNICAS HISTÓRICAS, TÉCNICAS
CONCEITUAIS, TÉCNICAS NORMATIVAS, OBSERVAÇÃO, AMOSTRAGEM,
ENTREVISTA, QUESTIONÁRIO, EXPERIMENTAÇÃO, ESTUDO DE CASO, TÉCNICAS
DE PESQUISA-AÇÃO, ANÁLISE QUANTITATIVA, ANÁLISE CONJUNTURAL,
PESQUISA DOUTRINÁRIA.

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