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A estrutura do artigo

científico e outros
Prof.ª Msc. Rosa Jussara Bonfim Silva
E-MAIL:
professorajussara@outlook.com
Ivan Illich - Sociedade sem Escolas.mp4
“Se eu soubesse o
que eu estava
fazendo, não
seria chamada
pesquisa.”
(Albert Einstein)
OS TRABALHOS ACADÊMICOS:
elementos constitutivos e apresentação
1.1. Tipos e metodologias de
pesquisa científica
 Pesquisa quantitativa

É útil quando o objeto da pesquisa se prestar a algum tipo de medição


e esta for interessante para o resultado final da investigação.

O perfil dessa abordagem é descritivo, e o pesquisador pretenderá


sempre obter o maior grau de correção possível em seus dados,
assegurando assim a confiabilidade de seu trabalho.

Exemplo: avaliar quantitativamente a estrutura judiciária de Fortaleza


(número x de varas, de cartórios, de juízes, de processos/ano etc.),
para saber se tal quantidade é bastante ou não para atender a
demanda.
 Pesquisa qualitativa

Em vez de medir dados, a pesquisa qualitativa dedica-se ao


exame rigoroso da especificidade, do alcance e das
interpretações possíveis para o fenômeno estudado e
(re)interpretado de acordo com as hipóteses
estrategicamente estabelecidas pelo pesquisador.

Exemplo: avaliar qualitativamente a estrutura judiciária de


Fortaleza (se é ou não um bom atendimento judiciário à
população), para saber se é adequada à demanda em termos
de qualidade (celeridade, eficiência, equidade nos
julgamentos etc.).
• Pesquisa etnográfica

Visa compreender, na sua cotidianidade, os processos do dia-a-dia


em suas diversas modalidades. Trata-se de um mergulho
microssocial, olhado com uma lente de aumento. Aplica métodos e
técnicas compatíveis com a abordagem qualitativa.

Vale-se do método etnográfico, descritivo por excelência e


proveniente de disciplinas da Antropologia Social, que consiste no
estudo de um objeto por vivência direta da realidade em que ele se
insere. Tem como objetivo entender uma cultura não familiar (seu
conhecimento, suas técnicas, seus costumes etc.), de forma a
traduzi-la de maneira que possa ser entendida e usada por outros.
 Pesquisa bibliográfica

É aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas


anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-
se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e
devidamente registrados.

Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador não


trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos
constantes dos textos.

 Pesquisa documental

É uma vertente da pesquisa bibliográfica, na qual se tem como fonte


documentos no sentido amplo, ou seja, não só documentos impressos, mas ,
sobretudo, outros tipos de documentos, tais como: jornais, fotos, filmes,
gravações, documentos legais (legislação e jurisprudência, por exemplo).

Nesses casos, os conteúdos dos textos ainda não tiveram nenhum tratamento
analítico, são ainda “matéria-prima” da qual o pesquisador vai desenvolver sua
investigação e análise.
• Pesquisa experimental

Toma o próprio objeto em sua concretude como fonte e o coloca em


condições técnicas de observação e manipulação experimental nas
bancadas e pranchetas de um laboratório, onde são criadas
condições adequadas para seu tratamento. Para tanto, o pesquisador
seleciona determinadas variáveis e testa suas relações funcionais,
utilizando formas de controle.

Essa modalidade é plenamente adequada às Ciências Naturais, e


mais complicada no âmbito das Ciências Humanas, já que não se
pode fazer manipulação de pessoas.
 Pesquisa de campo

O objeto/fonte da investigação é abordado em seu meio ambiente


próprio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os
fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados, sem
intervenção e manuseio por parte do pesquisador. Abrange desde os
levantamentos, que são mais descritivos, até os estudos mais
analíticos a partir do que foi levantado.

Ciências e áreas de estudo como o Direito, a Antropologia, a


Sociologia e a Psicologia costumam fazer uso da pesquisa de
campo para o estudo de indivíduos, de grupos, de comunidades ou
de instituições, com o objetivo de compreender os mais diferentes
aspectos de uma determinada realidade.

Faz uso de técnicas como a observação e a realização de


entrevistas, de questionários, de formulários etc. Tem como ponto
de partida a pesquisa bibliográfica.
• Pesquisa exploratória (descritiva)

Busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto,


delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as
condições de manifestação desse objeto. Na verdade, ela é uma
preparação para a pesquisa explicativa.

• Pesquisa explicativa

É aquela que, além de registrar e de analisar os fenômenos


estudados, busca identificar suas causas, seja através da aplicação
do método experimental/quantitativo seja através da interpretação
possibilitada pelos métodos qualitativos.
ATENÇÃO: Um tipo de pesquisa não
necessariamente exclui o outro. A depender
da fase da investigação, poderá ser adotado
um específico. Caberá ao pesquisador, ao
definir sua metodologia científica, apontar
os métodos e o tipo de pesquisa escolhidos,
sempre fazendo vinculação ao objeto de
estudo.
1.2. Técnicas de pesquisa
 Documentação

É toda forma de registro e de sistematização de dados ou informações,


colocando-os em condições de análise por parte do pesquisador.

Pode ser tomada em três sentidos fundamentais:

1. Como técnica de coleta, de organização e de conservação de


documentos;
2. Como ciência que elabora critérios para a coleta, para a organização,
para a sistematização, para a conservação e para a difusão dos
documentos;
3. No contexto da realização de uma pesquisa é a técnica de
identificação, de levantamento, de exploração de documentos fontes do
objeto pesquisado e de registro das informações retiradas nessas fontes e
que serão utilizadas no desenvolvimento do trabalho
 Entrevista

É a técnica de coletas de informação sobre um determinado


assunto, diretamente solicitadas aos sujeitos pesquisados. Trata-se,
portanto, de uma interação entre pesquisador e pesquisado. Muito
usada na área das Ciências Humanas. O pesquisador procura
aprender o que os sujeitos pensam, sabem, representam, fazem,
argumentam etc.

 História de vida

É a coleta de informações da vida pessoal de um ou de vários


informantes. Pode assumir formas variadas: autobiografia,
memorial, crônicas, em que se possa expressar as trajetórias
pessoais dos sujeitos.

Exemplo de artigo jurídico que utiliza tal técnica:


http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/nej/article/view/2309
 Observação

É todo procedimento que permite o acesso aos fenômenos estudados. É


uma etapa imprescindível em qualquer tipo ou modalidade de pesquisa.

 Questionário

Consiste no conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se


destinam a levantar informações escritas por parte dos sujeitos
pesquisados, com vistas a conhecer a sua opinião sobre os assuntos em
análise.

As questões devem ser pertinentes ao objeto e claramente formuladas, de


modo a serem bem compreendidas pelos sujeitos entrevistados.

As questões podem ser fechadas ou abertas. No primeiro caso, as


respostas serão escolhidas dentre as opções predefinidas pelo pesquisador;
no segundo, o sujeito pode elaborar as respostas, com suas próprias
palavras, a partir de sua elaboração pessoal.
 Estudo de caso

No estudo de caso, o objeto sofre um recorte radical, de maneira que o


pesquisador assume o compromisso de promover sua análise de forma
profunda, exaustiva e extensa, o que equivale a dizer que deverá examinar seu
objeto sempre levando em consideração os fatores que acabam influenciando,
direta ou indiretamente, a sua especificidade e o seu desenvolvimento.

O caso que será objeto da pesquisa deve possuir uma contrapartida no plano
fático, histórico, isto é, o objeto deve ser alguma coisa que realmente exista e
possa ser experimentada pela nossa percepção da realidade (excluindo-se o
estudo de ideias, de conceitos ou categorias), ainda que nomes fictícios sejam
utilizados para preservar a integridade moral de pessoas, físicas ou jurídicas, e
de outras instituições desenvolvidas.

Exemplo: num estudo de caso, o pesquisador não terá como objeto o tema
geral “a sonegação fiscal”, mas sim uma situação empiricamente verificável,
como “o caso da sonegação fiscal X, ocorrido na localidade Y”.
II. CONSTRUINDO UM
PROJETO DE PESQUISA
2. Componentes do projeto
2.1. Capa
A capa apresenta as informações institucionais e autorais sobre o projeto. Deve
conter os seguintes elementos:

 O nome da Instituição de Ensino Superior, do Centro, da Faculdade, do Curso, do


Instituto ou similar;

 A identificação precisa do tipo de pesquisa que será realizada (monografia,


dissertação ou tese);

 O título da pesquisa;

 A identificação do autor do projeto;

 A identificação do Professor Orientador com sua titulação; e

 Local e ano.
2.2. Sumário
• Para projetos mais extensos – com mais de
10 páginas, por exemplo –, é recomendável
sumariar o conteúdo para facilitar o seu
manuseio.
2.3. Tema
 O tema se identifica com o próprio objeto da
pesquisa; é, de forma geral, o assunto de que
se vai tratar.

 Alguns exemplos:
-Jurisdição constitucional;
- Princípio da dignidade humana;
- Democracia;
- Prisão preventiva.
 Atenção: até mesmo a “Democracia” pode ser
escolhida como tema da pesquisa. Contudo, é preciso
delimitá-lo, a fim de que não fique amplo demais.

 É importante ressaltar que só com o tema não se pode


iniciar uma investigação. O tema não é o problema, é
apenas um ponto de partida, uma referência sobre o
que se vai estudar.

 Em regra, a escolha de um tema – mesmo após a sua


delimitação – acaba levando a um objeto demasiado
amplo. Para estudá-lo com profundidade, devem ser
estabelecidos alguns outros elementos
(problematização, justificativa, objetivos, métodos
etc.).
Mas, como escolher um tema?

 O tema deve ser um verdadeiro objeto de dúvida

Para transformar um assunto que me interessa em


tema, um bom exercício é buscar extrair dele
uma pergunta, um problema, uma dúvida – com
ponto de interrogação ao final, inclusive.

“O cientista primeiro constrói o problema para só


depois atacá-lo por meio da pesquisa científica”.
 O tema deve ser relevante

A pergunta ou o problema que serão tema de pesquisa


devem refletir um objeto relevante para a discussão
acadêmica.

O fato de um tema ser objeto de frequentes discussões


entre pesquisadores e juristas é bom indicativo de sua
relevância enquanto pauta de investigação.

Assim, uma das maneiras de se determinar a relevância do


tema é saber o quanto ele está na pauta dos debates
jurídicos atuais. Consultar, por exemplo, artigos
científicos, dissertações e teses; cursos e manuais; jornais
de grande circulação; e portais jurídicos.
• O tema deve ser do próprio interesse do pesquisador

Quando escolhemos um tema ou um objeto de pesquisa, estamos


na verdade escolhendo um parceiro ou parceira que poderá vir a
nos acompanhar até mesmo pelo resto de nossas vidas ou, pelo
menos, por um bom trecho de nossa trajetória acadêmica.

Assim, na escolha do tema, devemos sempre observar nossas


aptidões e nossos desejos pessoais.
 A originalidade do tema

Tecnicamente, a originalidade, em sentido de inovação


teórica, só é requisito de teses de doutorado. Nem mesmo
dissertações de mestrado precisam ser originais nesse
sentido estrito, de oferecer uma nova teoria ou uma nova
interpretação para um conjunto de fatos.

Isso não significa, contudo, que uma dissertação ou um


TCC deva limitar-se a repetir radiosamente as
interpretações mais cediças e indisputáveis em sua área de
interesse.

Mesmo o trabalho de reconstrução ou reorganização de


textos de terceiros, sem objetivo de originalidade, pode ser
criativo e inovador, gerando resultados úteis e
interessantes.
• O tema deve estar dentro das limitações do pesquisador

a) o pesquisador deve ter um razoável nível de familiaridade


prévia com o tema, isto é, o tema escolhido deve sempre ser
aquele diante do qual o pesquisador se sinta confortável, em
termos de conhecimentos que já possui.

* Sem, pelo menos, uma prévia noção do assunto, a tendência é


que o pesquisador não consiga formular um problema de
pesquisa suficientemente interessante e termine a se limitar à
leitura dos textos básicos (cursos e manuais) cujo conteúdo fica
distante do conhecimento acadêmico criativo.
b) as fontes relativas ao tema devem ser acessíveis a quem irá lê-
las.

Um grande obstáculo, nesse sentido, são idiomas estrangeiros. Não


conseguirei pesquisar coisa alguma sobre o direito chinês se as
fontes relativas ao meu tema estiverem em mandarim, sem tradução
confiável para algum idioma cuja leitura seja acessível. O mesmo
vale para pesquisas que utilizam a metodologia do direito
comparado.

Ademais, o pesquisador deve atentar para as limitações de acesso


aos materiais dos quais ele precisa fazer sua pesquisa. Pense-se o
exemplo de uma pesquisa que queira reconstruir o debate jurídico
em torno da formação do mercado de seguros no Brasil desde o
século XIX. Certamente haverá fontes históricas de difícil acesso
para tal trabalho (em poucas bibliotecas com bons acervos de obras
raras ou em arquivos públicos ou particulares).
2.4. Delimitação do tema
• A delimitação do tema é o recorte que o pesquisador deve fazer no seu objeto, de modo a
deixá-lo o mais específico possível.

• Estratégias para a delimitação do tema:

- por assunto: “A dispensa abusiva no contrato de trabalho”;


- por autor: “A fundamentação dos direitos humanos segundo Robert Alexy”
- por circunstância temporal: “A democracia no governo FHC: período de 2000 a 2002”.
- por circunstância espacial: “Ações de despejo na Comarca de Quixeramobim”.
- por circunstância espaço-temporal: “Direito natural e iluminismo no direito português do
final do antigo regime”.
- por referência a aspecto específico do direito positivo: “O princípio da nacionalidade na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro”.
ATENÇÃO: Quanto maior o grau de delimitação
do campo de investigação, maiores são as
condições de examiná-lo com profundidade.
Portanto, cuidado com temas demasiadamente
genéricos e com recortes pouco precisos. O
resultado quase certo desse tipo de projeto de
pesquisa é desembocar num trabalho final de
simples compilação, recheado de citações sem
qualquer referência reflexiva do autor, tratando-
se de tudo e nada ao mesmo tempo.
2.5. Justificativa
 Aqui, são apresentadas os motivos ensejadores e as razões da pesquisa, o
estágio atual da problemática envolvida e o interesse em sua investigação.
Justifica-se o interesse de pesquisar o objeto na forma que está propondo o
autor do trabalho.

 Nesta etapa, você deve utilizar todos os argumentos indispensáveis para


“vender o seu peixe”. É preciso demonstrar a necessidade e a importância da
pesquisa. Em suma: você deve convencer o seu orientador e a sua banca de
que a sua proposta é boa e merece ser objeto de investigação.

 Por isso, escolha um tema que lhe dê motivação e deixe isso muito claro na
justificativa do projeto, evidenciando a relevância, a originalidade (mesmo
que não seja absoluta, ou que seja apenas na maneira de abordar) e o caráter
oportuno da pesquisa sobre a temática escolhida.
2.6. Problematização
 É o questionamento, a dúvida sobre um determinado aspecto do objeto a ser investigado.

 É com a problematização que começa a pesquisa, a qual terá como propósito a busca de uma
resposta coerente, lógica, para a dúvida levantada.

 Nesta importante etapa do projeto, você deve fazer uma introdução à temática escolhida,
para, ao final, formular (como uma pergunta/questão) o problema ou os problemas
fundamentais que você está se propondo a tratar, a clarificar e até a oferecer respostas.

 As perguntas devem ser claras, diretas e objetivas.

Exemplos: “Existe uma relação possível entre a ideia de direito natural de Aristóteles, o de
Tomás de Aquino e o de John Locke?”. Qual o grau de eficácia das normas constitucionais
relativas ao direito à saúde após a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988?”
2.7. Hipóteses
 Nesta etapa, você deverá apresentar as possibilidades de
respostas para o(s) problema(s) suscitado(s), são os
caminhos que o raciocínio deverá percorrer na tarefa de
desenvolvimento fundamentado do trabalho.

 Podem ser afirmativas ou negativas, afinal, você pode vir a


mudar de ideia ao longo do curso da pesquisa. As hipóteses
são previsões ou suposições que poderão ser confirmadas
ou não ao final da pesquisa.

 Cada hipótese deverá corresponder a uma das perguntas da


problematização. Se foram 4 perguntas, logo deverão ser
formuladas 4 hipóteses
2.8. Referencial ou marco teórico
• Cabe expor, nesta etapa, os referenciais teóricos, ou seja, os
instrumentos lógico-categoriais (autores, teorias, documentos
etc.) nos quais você se apoia para conduzir o trabalho
investigativo e o raciocínio.

• Trata-se de esclarecer as várias categorias que serão


utilizadas para dar conta dos fenômenos a serem abordados e
explicados.
2.9. Objetivos
• Se você está se propondo a pesquisar algum assunto é porque
tem uma meta a ser alcançada, pretende investigar algo. Esse
é o seu objetivo geral.

• Enquanto o objetivo geral busca definir uma meta para o


trabalho como um todo, os objetivos específicos estão
voltados ao atendimento de questões mais particulares e
secundários da pesquisa.
2.10. Metodologia e tipo de
pesquisa
 Aqui, você faz a opção pela modalidade de pesquisa mais
adequada à consecução de seus objetivos e indica os meios
(métodos e procedimentos) que adotará para operar com seu
objeto.

 O pesquisador deve indicar o(s) tipo(s) de pesquisa que


adotará: pesquisa qualitativa, quantitativa, bibliográfica,
documental, etnográfica, de campo, experimental etc.

 Deverão ser igualmente apontados os procedimentos


instrumentais a serem utilizadas: documentação, entrevistas,
questionário, estudo de caso etc.
2.11. Cronograma de execução
• O cronograma deverá prever o tempo necessário para a
execução de cada etapa da pesquisa: para localizar o material;
para ler; para fichar; para entrevistar; para colher dados
estatísticos; para redigir cada parte da estrutura final do
trabalho; para fazer revisões recomendadas pelo orientador;
revisão do português; formatação do trabalho; e assim por
diante.
2.12. Referências preliminares
• É a relação de todas as obras já consultadas no momento da
apresentação do seu projeto de pesquisa.

• Você poderá indicar também, em separado, uma lista das


referências de cuja existência e importância já tenha
conhecimento, mas a que ainda não teve acesso.
2.13. Possível sumário
• Você deve montar provisoriamente um sumário contendo as
partes possivelmente integrantes do texto final de seu
trabalho.

• Procure organizar o seu trabalho para que ele tenha, no


mínimo, três seções primárias e não mais do que quatro, se
extremamente necessário, principalmente em TCC’s e em
dissertações de mestrado.
Atividade
• Escolha um tema para o seu projeto de
pesquisa, delimite-o e justifique a sua
escolha.
 Bibliografia básica:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022. Informação e documentação –
Artigo em publicação periódica científica impressa - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

______. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT,
2002.

______. NBR 6024. Informação e documentação – Numerações progressivas das seções de um


documento escrito – Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

______. NBR 6027. Informação e documentação – Sumário – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,
2003.

______. NBR 6028. Informação e documentação – Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,
2003.

______. NBR 6034. Informação e documentação – Índice – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

______. NBR 10520. Informação e documentação – Citações em documentos –Apresentação. Rio de


Janeiro: ABNT, 2002.

______. NBR 10719. Informação e documentação – Relatório técnico e/ou científico – Apresentação.
Rio de Janeiro: ABNT, 2011.

______. NBR 14724. Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de


Janeiro: ABNT, 2011.

______. NBR 14724. Informação e documentação –Projeto de pesquisa – Apresentação. Rio de Janeiro:
ABNT, 2011.
MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de
metodologia da pesquisa no Direito. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

QUEIROZ; Rafael Mafei Rabelo; FEFERBAUM, Marina (Coord.).


Metodologia jurídica: um roteiro prático para trabalhos de conclusão
de curso. São Paulo: Saraiva, 2012.

 Bibliografia complementar:

ADEODATO, João Maurício. Bases para uma metodologia da pesquisa


em direito. Revista CEJ, Brasília, v. 3, n. 7, jan./abr. 1999.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução de Gilson Cesar


Cardoso de Souza. 23. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23.


ed. São Paulo: Cortez, 2007.
ARTIGOS:
a) resultado de pesquisa bibliográfica
(Artigo de Revisão Teórica);
b) resultado de pesquisa de campo
(Artigo de Resultado de Pesquisa);
c) descrição de uma experiência
vivida (Artigo de Relato de
Experiência).
Todas essas modalidades podem
ser apresentadas em eventos e/ou
publicadas em periódicos.
INTRODUÇÃO
(para todos os tipos de artigos)
•Apresenta o tema do artigo, qual é o objetivo
de escrever sobre ele, a razão da escolha
(justificativa) e a importância do assunto em
pauta.
•Deve ser escrita no tempo presente.
•Pode indicar como o artigo está organizado.
DESENVOLVIMENTO
ARTIGO DE REVISÃO TEÓRICA
Apresenta o resultado da pesquisa bibliográfica sobre o tema
escolhido, podendo ser subdividido em subtítulos. Deve conter as
citações dos autores lidos e consultados de acordo com os
sistemas de citação da ABNT.
ARTIGO DE RESULTADO DE PESQUISA
Apresenta: a Revisão da Literatura (pesquisa bibliográfica), a
Metodologia utilizada para realizar a pesquisa de campo
(método, local, informantes, técnicas de coleta e análise), e os
Resultados obtidos (apresentação, análise e discussão com base
na revisão da literatura).
ARTIGO DE RELATO DE EXPERIÊNCIA
Apresenta o relato de uma experiência/vivência, como por
exemplo: a aplicação de uma técnica, a realização de uma
atividade etc.
CONCLUSÃO
(para todos os tipos de artigos)
•Deve estar coerente com o desenvolvimento
do trabalho;
•Deve evidenciar o que foi alcançado com o
estudo, possíveis contribuições;
•Pode sugerir e incluir recomendações de
ordem prática.
•Nunca conclusivas ao ponto de fechar o
debate mas, ao contrário, deixar em aberto
possibilidades e horizontes futuros.
O PENSAMENTO COMPLEXO DE EDGAR MORIN: VIAS PARA
UMA CIÊNCIA COM COMPLEXIDADE¹
Sílvia Helena Gomes Freire ²

RESUMO: O trabalho discute o pensamento complexo de


Edgar Morin. Destaca de uma de suas obras, Ciência com
Consciência, sete avenidas que o autor aponta como
caminhos para atingir uma ciência com complexidade.
Salienta, ainda, aspectos do pensamento complexo de Ilya
Prigogine e Isabele Stengers, que complementam, com mais
ênfase, a quarta avenida que o autor refere.
PALAVRAS-CHAVE: Pensamento Complexo, Ciência com
Complexidade, Ciência.
INTRODUÇÃO ...DESENVOLVIMENTO...CONCLUSÃO...
REFERÊNCIAS
____________________________________
¹ Trabalho apresentado à Disciplina MC, sob a orientação da Profª Drª Elizabeth Teixeira.
² Aluna do Curso de Direito da UEPA, Turma 1DIN6P1, matrícula 2004100245.
REFERÊNCIAS

TEIXEIRA, E. As três metodologias:


acadêmica, da ciência e da
pesquisa. 6 ed. Belém: Editora da
UNAMA, 2003.

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