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Luci Carlos de Andrade

1
TIPOS DE
PESQUISA

UNIDADE 3
Nesta unidade, estudaremos os tipos
de pesquisa, as características de cada uma e
sua aplicabilidade no contexto da necessidade
e exigência da investigação, que será proposta.

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3. Tipologia de Pesquisa
Temos os tipos de pesquisa que po-
dem ser classificados de diferenciadas for-
mas, dependendo de critérios e enfoques
diversos. Na perspectiva das Ciências, por
exemplo, a pesquisa pode ser biológica, mé-
dica, físico-química, matemática, histórica,
pedagógica, social etc.
Apresentaremos algumas noções in-
trodutórias. Assim, segue uma classificação da
pesquisa quanto à natureza, aos objetivos, aos
procedimentos e ao objeto.
A pesquisa pode constituir-se em um
trabalho científico original ou em um resumo de
assunto, de acordo com a sua natureza.
Quando se realiza uma pesquisa pela

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primeira vez, podemos dizer que é um traba-
lho científico original. Será uma contribuição
para as novas conquistas e descobertas na es-
fera da evolução do conhecimento científico.
Nesse caso, esse tipo de pesquisa é
desenvolvido por cientistas e especialistas
em áreas específicas do conhecimento. (AN-
DRADE, 2010)
O rigor científico está presente no
resumo de assunto. É um tipo de pesquisa
isento de originalidade. Está embasada em
trabalhos mais avançados, publicados por au-
toridades no assunto, e não são simples có-
pias das ideias.
Destacam-se nesse tipo de trabalho, a
análise e interpretação dos fatos e ideias, a utili-
zação de metodologia adequada, assim como o
enfoque do tema de um ponto de vista original.
Por ser uma contribuição para a am-
pliação da bagagem cultural do estudante, o
resumo de assunto oferece subsídios para fu-
turos trabalhos científicos aos mesmos, pois
funcionam como preparação para trabalhos
mais amplos e originais.
As finalidades da pesquisa é que fazem
a diferença entre o trabalho científico original
e o resumo de assunto.

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3.1. A Pesquisa Experimental
e a Não Experimental
A pesquisa experimental é a pesquisa
passível de ser quantificada, mensurada. O
seu próprio objeto funciona como fonte de
observação e manipulação experimental na
perspectiva da pesquisa quantitativa. É possí-
vel a verificação em laboratório.
Nesse caso, o pesquisador seleciona de-
terminadas variáveis e testa suas relações funcio-
nais, utilizando formas de controle.
Esse tipo de pesquisa é perfeitamen-
te adequado para as Ciências Naturais. No
entanto, essa modalidade é mais complica-
da no âmbito das Ciências Humanas, já que
não se pode fazer manipulação das pessoas.
(SEVERINO, 2007)
A pesquisa experimental tem como
objetivo principal investigar as possíveis rela-
ções entre determinados grupos, em compa-
rações com outros grupos que não estão no
contexto da investigação. Essa pesquisa carac-
teriza-se pelo rigoroso controle e manipulação
das variáveis experimentais. Geralmente, são
usados um ou mais grupos de controle para

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comparações com o grupo que recebeu o tra-
tamento experimental.
Gressler (2007) concebe a pesquisa
experimental como “forte”, devido ao seu
controle sobre as variáveis, e em algumas
circunstâncias pode ser considerada restrita
e artificial, porque em muitos experimen-
tos, as condições ambientais são diferentes
das condições reais de vida. Podem ocorrer,
também, comportamentos artificiais de se-
res, quando são submetidos à manipulação
e observações sistemáticas.
No caso da pesquisa não experimen-
tal, as variáveis não são passíveis de manipu-
lação. O pesquisador deverá trabalhar com as
mesmas, da forma como se apresentam na sua
natureza. Trabalha-se com fatos e fenômenos
que já existam. Dessa forma, geralmente, utili-
za-se o método da pesquisa descritiva e explo-
ratória, em que o pesquisador simplesmente
observa o objeto sem interferência.
A pesquisa possibilita, também, diferen-
ciar ou examinar situações que já estão consoli-
dadas. O estudo não experimental aplica-se em
situações em que as características ou variáveis,
não podem ou não devem ser manipuladas.

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3.2 Pesquisa Bibliográfica

Com referência à natureza das fontes


utilizadas para a abordagem e tratamento de
seu objeto, a pesquisa pode ser bibliográfica,
de laboratório e de campo.
Para Lakatos (2010), a pesquisa bi-
bliográfica é aquela que se realiza a partir do
registro disponível, decorrente de pesquisas
anteriores, em documentos impressos, como
livros, artigos, teses etc.
Esta pesquisa busca os dados ou as
categorias teóricas já trabalhadas por outros
pesquisadores e devidamente registradas. As
contribuições dos autores tornam-se fontes
para novos temas a serem pesquisados.
Vale estendermos um pouco mais as
questões sobre a pesquisa bibliográfica, con-
siderando que na maioria dos trabalhos cientí-
ficos, utiliza-se essa prática. A pesquisa desse
tipo tem como objetivo a contribuição de in-
formações e de pesquisas baseadas em acervos
de diversos autores, que já estudaram sobre o
tema em questão.
Conforme Trujillo, a pesquisa bi-
bliográfica:

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“Trata-se de levantamentos de toda bibliogra-
fia já publicada em forma de livros, revistas,
publicações avulsas e imprensa escrita. Sua
finalidade é colocar o pesquisador em contato
direto com tudo que foi escrito sobre deter-
minado assunto, com o objetivo de permitir
ao cientista “o reforço paralelo na análise de
suas pesquisas ou manipulação das suas in-
formações”. (1974. p 32, grifo do autor)

Com as contribuições dadas pela pes-


quisa do tipo bibliográfica, é possível que o
pesquisador possa definir ou resolver proble-
mas já conhecidos ou explorar novas áreas,
onde possam existir problemas que ainda não
foram solucionados.
Para Gil (2002), a pesquisa biblio-
gráfica, geralmente, desenvolve-se a partir
de buscas em materiais já produzidos, que
são compostos principalmente de livros e
artigos científicos.
No entanto, a maioria dos estudos
exige trabalhos dessa natureza, como há pes-
quisas produzidas somente a partir de fontes
bibliográficas. Essa modalidade de pesqui-
sa cobre uma imensa gama de fenômenos, o

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que oferece grande vantagem ao pesquisador,
que é fundamental no caso de uma grande de-
manda de dados ou da complexidade do tema,
para solucionar o problema pesquisado. Por
exemplo: a pesquisa bibliográfica é aplicada
nos estudos históricos, pois facilita o conheci-
mento dos fatos ocorridos no passado.
Severino (2007) colabora e comple-
menta as considerações sobre a pesquisa biblio-
gráfica, quando aponta suas oito fases distintas:
a) Escolha do tema;
b) Elaboração do plano de trabalho;
c) Identificação;
d) Localização;
e) Compilação;
f) Fichamento;
g) Análise e interpretação;
h) Redação.

3.3 Pesquisa Exploratória,


Descritiva e Explicativa
Os estudos de Andrade (2010) e Seve-
rino (2007) trazem contribuições para enten-
dermos sobre a pesquisa que pode ainda ser

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classificada, quanto aos objetivos em três gru-
pos: exploratória, descritiva e explicativa. Vale
ressaltar que estes três grupos, geralmente, de-
finem os objetivos específicos de uma pesquisa.
A pesquisa exploratória - é um tipo
de pesquisa bibliográfica, que proporciona
maiores informações sobre determinado as-
sunto; facilita a delimitação e escolha de uma
temática de estudo; define os objetivos ou
formula as hipóteses de uma pesquisa e des-
cobre um novo enfoque para o estudo que se
pretende realizar.
Essa pesquisa tem como objetivo
principal, como o próprio nome diz, explorar
e aprimorar as ideias ou a descoberta de intui-
ções. Severino complementa: “a pesquisa ex-
ploratória levanta informações sobre um de-
terminado objeto, assim delimita um campo
de trabalho, investigando as condições de ma-
nifestação desse objeto. Pode ser uma prévia
para a pesquisa explicativa.
Basicamente, a pesquisa exploratória
compreende: a) levantamento bibliográfi-
co; b) entrevistas com pessoas relacionadas
com o problema pesquisado; c) análise de
exemplos que evidenciem a compreensão
do fato estudado.

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Tal pesquisa viabiliza o desenvolvi-
mento de estudos inéditos e interessantes,
sobre um determinado tema. Pois, possibilita
uma maior familiaridade com o problema, e o
explicita de forma mais ampla.
O planejamento é bastante flexível e
geralmente se enquadra na pesquisa e a amplia
com vistas a torná-lo mais explícito. Consti-
tui um estudo preliminar ou preparatório para
embasamento de outras pesquisas.
A pesquisa exploratória - em um
primeiro momento esse tipo de pesquisa pri-
ma pela observação, pelos registros. Procura
analisar e classificar minuciosamente além de
interpretar os fatos ou fenômenos (variáveis),
em que o pesquisador não utiliza da interfe-
rência ou manipulação.
O objetivo principal nesse tipo de pes-
quisa é descrever as características dos fatos
ou fenômenos. Estuda e investiga as relações
entre variáveis, ou seja, as características de
um determinado grupo. Busca com objeti-
vidade a frequência com que um fenômeno
ocorre, procura compreender sua relação com
os outros, sua natureza e características.
A pesquisa descritiva - pressupõe o
desenvolvimento de muitos estudos e possui

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características próprias. Utiliza-se de técnicas
já padronizadas de coletas de dados como:
questionário, observação sistemática, formu-
lário. Essa pesquisa é utilizada também no
caso de levantamento de dados, o que se usa
geralmente por pesquisadores das áreas de
Ciências humanas e sociais, em situações de
atuação prática.
A pesquisa explicativa – também
registra, analisa e interpreta os fenômenos
estudados, mas preocupa-se com a identifica-
ção dos fatores determinantes, que influen-
ciam na ocorrência dos fenômenos, buscan-
do suas causas.
Nessa perspectiva, a pesquisa explica-
tiva permite o aprofundamento da compreen-
são da realidade, quando explica a razão e a
origem das coisas.
O nível de complexidade desse tipo
de pesquisa é maior tendo em vista a preo-
cupação com os determinantes e as causas
das ocorrências dos fenômenos. Ao procurar
compreender e explicar a realidade pode tam-
bém estar sujeito a erros.
No entanto, as bases da pesquisa ex-
plicativa e seus resultados possibilitam uma
consistente fundamentação na produção do

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conhecimento científico. Essa pesquisa tem
como finalidade o registro e a análise dos
fenômenos estudados, buscando a identifi-
cação de suas causas. Utiliza a aplicação do
método experimental/matemático, e em al-
guns casos por meio da interpretação nos
métodos qualitativos.
As considerações sucintas sobre tais
tipos de pesquisa visam auxiliar o estudante,
de forma objetiva na elaboração do seu pro-
jeto de pesquisa, norteando suas intenções
na estruturação da investigação que consta-
rá no seu projeto.

3.4 Métodos da Pesquisa


Qualitativa e Quantitativa
Alguns autores não fazem distinção
entre métodos qualitativos ou quantitativos,
porém, Lakatos (2008) aponta diferenças mar-
cantes em relação à forma como são aborda-
dos os fatos, dependendo de cada estudo.
As diferenças entre o método quali-
tativo e o quantitativo estão na questão dos
instrumentos estatísticos e na forma de coleta
e análise de dados.

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Na metodologia qualitativa existe a
preocupação em analisar e interpretar os as-
pectos mais profundos, detalhando e descre-
vendo a complexidade do comportamento hu-
mano. “Fornece análise mais detalhada sobre
as investigações, hábitos, atitudes, tendências,
valores de comportamento etc.” (LAKATOS,
2008, p. 269)
No método quantitativo, os pesqui-
sadores lidam com amostras amplas e de in-
formações numéricas em coletas estruturadas.
Seguem, rigorosamente, um plano previamen-
te estabelecido, com base em hipóteses claras
e variáveis definidas.
Podemos considerar a metodologia
quantitativa como a descrição objetiva e sis-
temática dos dados, cuja análise se dá com
informação numérica resultante da investi-
gação, que pode se apresentar em forma de
quadros, tabelas e medidas, portanto, usa
modelos estatísticos.

“Três traços bem definidos no conteúdo quan-


titativo devem ser observados: objetividade,
sistematização e quantificação dos conceitos,
evidenciados na comunicação. Na análise
do conteúdo quantitativo, a ênfase de recair

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na quantificação dos seus ingredientes.”
(LAKATOS, 2008, p. 284)

No enfoque quantitativo existe o le-


vantamento de dados para provar as hipóte-
ses, com base na medida numérica e na análise
estatística para estabelecer padrões de com-
portamento. Neste caso, busca-se a expansão
dos dados, ou seja, a informação.
Já, a pesquisa qualitativa permite a rea-
lização de articulações entre teoria e prática no
desenvolvimento do estudo. Pesquisar o coti-
diano em uma abordagem qualitativa é buscar
aproximações com a realidade.
Minayo destaca que:

“A pesquisa qualitativa responde a questões


muito particulares. Ela se preocupa, nas ci-
ências sociais, com um nível de realidade que
não pode ser quantificado [...] ela trabalha
com o universo de significados, motivos, as-
pirações, crenças, valores, atitudes, o que res-
ponde a um espaço mais profundo das rela-
ções, dos processos e dos fenômenos que não
podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis”. (2003, p. 21).

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A abordagem qualitativa leva o pes-
quisador a entrar em contato direto com o
problema em questão. Podendo investigar
sua complexidade, especificidade e diferen-
ciações que o problema apresenta. Com a
contribuição da abordagem qualitativa, é
possível reunir uma vasta gama de informa-
ções necessárias e valiosas para o desenvolvi-
mento de uma pesquisa.

Exercícios Propostos
1. Qual o seu entendimento sobre pesquisa
experimental e não experimental?
2. Defina a pesquisa bibliográfica.
3. As pesquisas exploratória, descritiva e expli-
cativa podem definir os objetivos específicos
na pesquisa? Esclareça.
4. Quais as diferenças básicas na pesquisa qualita-
tiva e na quantitativa?
5. Explique com suas palavras o método
qualitativo e o método quantitativo de uma
pesquisa.

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Referências Bibliográficas
Complementares
DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científi-
co e educativo. 8ª. Ed. – São Paulo: Cortez,
2001.

LUDWIG, Antonio Carlos Will. Fundamen-


tos e prática da Metodologia Científica.
Petrópolis RJ: Vozes, 2009.

MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de


pesquisa. Marina de Andrade Marconi - Eva
Maria Lakatos. – 7ª. Ed. – São Paulo: Atlas, 2008.

65
O PROBLEMA
NA PESQUISA

UNIDADE 4
Nesta unidade, estudaremos o proble-
ma na pesquisa. Discutiremos a formulação do
problema e as implicações do seu enunciado.
Apresentaremos os elementos básicos a serem
considerados na definição de um problema, tais
como as hipóteses e variáveis.

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4. Formulação do Problema
O tema de uma pesquisa é o assunto
que se deseja provar ou desenvolver: “é uma
dificuldade, ainda sem solução, que é mister
determinar com precisão, para intentar, em se-
guida, seu exame, avaliação crítica e solução”
(ASTI VERA, 1976, p. 97)
Lakatos (2010) diz que é preciso ter
bem claro o que se quer na pesquisa. É o mo-
mento de enunciar um problema, ou seja, de-
terminar o objeto da pesquisa.
O tema de uma pesquisa pode ser de
alguma forma abrangente, porém a formulação
do problema é específica. É um questionamen-
to ou uma dificuldade que se pretende resolver.

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“Formular o problema consiste em dizer,
de maneira explícita, clara, compreensível e
operacional, qual a dificuldade com a qual
nos defrontamos e que pretendemos resolver,
limitando o seu tempo e apresentando suas
características. Dessa forma, o objetivo da
formulação do problema da pesquisa é torná-
-lo individualizado, específico, inconfundí-
vel”. (RUDIO, 1979, p. 75)

Geralmente, o processo de investigação


inicia-se com um problema. Problema é uma
situação real ou artificial, perplexa e desafiado-
ra, cuja solução exige pensamento reflexivo. É
uma questão concernente às relações existentes
entre conjuntos de eventos (variáveis).
Conduz-se a pesquisa com o intuito
de encontrar respostas para os questionamen-
tos. Nesse sentido, o problema exige respostas
para uma questão, para uma pergunta que se
faz na pesquisa.
O problema na pesquisa é o objeto da
mesma, uma dificuldade, teórica ou prática,
em que se busca a solução.
Ao definir o problema, estaremos es-
pecificando também os caminhos para solu-

70
cioná-lo. Desse modo, é interessante ter clare-
za, concisão e objetividade. Além de facilitar a
construção da hipótese central, orienta quanto
ao método e o tipo de pesquisa a ser utilizado.

“A caracterização do problema define e


identifica o assunto em estudo, ou seja, um
problema muito abrangente torna a pesqui-
sa mais complexa. Quando bem delimitado,
simplifica e facilita a maneira de conduzir a
investigação”. (MARINHO, 1980, p. 55)

Para definir o problema na pesquisa é


necessário refletir com tranquilidade; requer
leituras sobre o assunto a ser pesquisado, ou
seja, conhecimentos prévios, com o máximo
de informações possíveis que assegurem con-
dições de formulação do mesmo.
A proposição do problema não é ta-
refa fácil, e não se faz de imediato; é o mer-
gulho no assunto em todos os seus aspectos,
que viabiliza definir o problema no plano de
hipóteses e de informações.

“Nem sempre é possível ao pesquisador for-


mular clara, precisa e adequadamente o seu

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problema de pesquisa. Em muitas situações,
o pesquisador possui uma dúvida bastante
geral, vaga, desordenada e até mesmo confu-
sa, a respeito do que pretende investigar. Ele
identificou o problema, mas sente dificuldades
na formulação clara e operacional do enun-
ciado”. (GRESSLER, 2003, p. 113)

A definição ou formulação do proble-


ma permite seguir as etapas previstas, para se
atingir o objetivo da pesquisa. No entanto, an-
tes de ser considerado apropriado, o problema
deve ser analisado.
Veja os seguintes aspectos e as possi-
bilidades de execução:
a) Viabilidade: pode ser eficazmente resolvi-
do através da pesquisa.
b) Relevância: deve ser capaz de trazer co-
nhecimentos novos.
c) Novidade: estar adequado ao estádio atual
da evolução científica.
d) Exequibilidade: pode chegar a uma con-
clusão válida.
e) Oportunidade: atender a interesses parti-
culares e gerais.

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Na visão de Gressler (2003), o pro-
blema, assim, consiste em um enunciado
explicitado de forma clara e compreensível,
com possibilidades de operacionalização.
O problema também pode se constituir em
forma de pergunta.
Algumas questões apontadas por
Gressler (2003) auxiliam-nos a proposição
do problema.
a) Corresponde a interesses pessoais, sociais e
científicos, isto é, de conteúdo e metodológi-
cos? Estes interesses estão harmonizados?
b) Constitui-se o problema em questão cientí-
fica, ou seja, relacionada entre si pelo menos
dois fenômenos (fatos, variáveis)?
c) Pode ser objeto de investigação sistemática,
controlada e crítica?
d) Pode ser empiricamente verificado em suas
consequências?

4.1 Problema e Hipótese


A definição ou formulação do proble-
ma e a verificação de sua validade científica
supõe uma provável resposta, que é provisó-
ria, a que chamamos de hipótese. O problema

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ou a hipótese são enunciados de relação entre
variáveis (fatos, fenômenos); o que difere en-
tre ambos, é que o problema consiste em uma
interrogação e a hipótese é uma sentença afir-
mativa mais detalhada. (GRESSLER, 2003)

4.2 Formulações de Hipóteses


Lakatos (2010) considera a hipótese
como um enunciado geral de relação entre vari-
áveis (fatos, fenômenos) e podem ser:
a) Formulada como solução provisória para
um determinado problema;
b) Apresentando caráter explicativo ou pre-
ditivo;
c) Compatível com o conhecimento científico;
d) Sendo possível a verificação empírica em
suas consequências.
A hipótese enquanto uma suposta, pro-
vável e provisória resposta a um problema, de-
verá ser verificada através da pesquisa; interes-
sa-nos o que é como se formula um problema.
Para a ciência é imprescindível três re-
quisitos básicos à formulação das hipóteses:
1) a hipótese deve ser formalmente correta e
não se apresentar “vazia” semanticamente;

74
2) a hipótese deve estar fundamentada, até
certo ponto, em conhecimento anterior;
3) a hipótese tem de ser empiricamente con-
trastável, por intermédio de procedimentos
objetivos da Ciência.

“É preciso não confundir hipótese com pressu-


posto, com evidência prévia. Hipótese é o que
se pretende demonstrar e não o que já se tem
demonstrado evidente, desde o ponto de partida.
[...] nesses casos não há mais nada a demons-
trar, e não se chegará a nenhuma conquista e
o conhecimento não avança” (SEVERINO,
2006, p. 161)

O trabalho de formular hipóteses a


serem testadas é sempre um desafio que de-
pende da área na qual está sendo desenvolvida
a pesquisa. É uma fase de reflexão e análise,
com base em algumas considerações a respei-
to do assunto que será explorado, para supor
possíveis resultados.
Não é possível, o pesquisador pen-
sar em uma pesquisa, projetar o seu inte-
resse e intenção sem formular hipóteses
necessárias ao andamento da pesquisa. Mui-

75
tas vezes, pode ser levantada mais de uma
hipótese em um projeto; a única diferença
é que pode ser uma hipótese geral e várias
específicas. (LAKATOS, 2008)

4.3 Variáveis
O que são variáveis?
Podemos dizer que variáveis são
características passíveis de observação do
fenômeno a ser estudado e estão presentes
todos os tipos de pesquisa. Esclarecemos
o seguinte: nas pesquisas quantitativas, são
mensuráveis; nas pesquisas qualitativas são
descritas ou explicadas.
As chamadas variáveis apresentam ca-
racterísticas sociais, econômicas, ideológicas,
demográficas, estatísticas, matemáticas, mer-
cadológicas etc. Depende do tipo de pesquisa
e das características de cada estudo proposto.
Para Lakatos e Marconi (2007, p. 139),
“uma variável pode ser considerada como uma
classificação ou medida; uma quantidade que
varia; um conceito operacional que contém ou
apresenta valores; ou ainda, um aspecto, pro-
priedade ou fator, discernível em um objeto
de estudo e passível de mensuração.”

76
É preciso o cuidado com as variáveis,
pois todas interferem no objeto a ser estudado
e de certa forma podem comprometer ou in-
validar a pesquisa, se não forem controladas.
Encontra-se em Lakatos e Marconi
(2007, p. 139-155), um estudo mais aprofun-
dado sobre variáveis independentes e depen-
dentes, fixidez (fixas) ou alterabilidade das va-
riáveis; variáveis moderadoras e de controle;
variáveis extrínsecas e componentes; variáveis
intervenientes e antecedentes.
Segundo Lipset e Bendix (In: Trujillo,
1974, p. 144), “variável é um conceito opera-
cional, sendo que recíproca não é verdadeira:
nem todo conceito operacional constitui-se
em variável. Para ser definida, a variável pode
conter valores.”
Entendemos uma variável como clas-
sificação ou medida; uma quantidade que va-
ria; um conceito operacional, que contém ou
apresenta valores; aspecto, propriedade ou fa-
tor, que está evidente no objeto de estudo e
passível de ser medida.
Existem os valores que são adiciona-
dos ao conceito operacional, para transformá-
-lo em variável, por exemplo: quantidades,
qualidades, características, magnitudes, traços

77
etc., podem ser alterados dependendo do caso,
são abrangentes e exclusivos, problema etc.
Imaginemos o “universo” da ciência
como constituído de três níveis: no primeiro,
ocorrem as observações de fatos, fenômenos,
comportamentos e atividades reais; no segundo,
encontramos as hipóteses; finalmente no ter-
ceiro, surgem as teorias, hipóteses válidas e sus-
tentáveis. O enunciado das variáveis viabiliza a
constatação ou a refutação dos fenômenos, fatos
ou comportamentos.

Exercícios Propostos
1. Em sua opinião, o que é o problema na pes-
quisa?
2. Aspectos importantes precisam ser leva-
dos em conta na formulação do problema.
Aponte-os.
3. Por que o problema está relacionado com as
hipóteses? Esclareça.
4. Defina com suas palavras o que é hipótese.
5. Defina com suas palavras o que é variável.

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Referências Bibliográficas
Complementares
DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico
e educativo. 8ª. Ed. – São Paulo: Cortez, 2001.

LUDWIG, Antonio Carlos Will. Fundamen-


tos e prática da Metodologia Científica.
Petrópolis RJ: Vozes, 2009.

MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de


Pesquisa. Marina de Andrade Marconi - Eva
Maria Lakatos. – 7ª. Ed. – São Paulo: Atlas, 2008.

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Luci Carlos de Andrade

1
O PROJETO DE
PESQUISA

UNIDADE 5
Nesta unidade, estudaremos o pro-
jeto de pesquisa. Apresentaremos as etapas
de estruturação de um projeto e discutiremos
cada uma delas.

82
5. O Projeto de Pesquisa
Não há uma norma rígida para a for-
matação e estruturação de um projeto de pes-
quisa. Há, contudo, algumas definições que
devem ser observadas, bem como alguns con-
teúdos imprescindíveis. Neste sentido, apre-
sentamos, aqui, uma proposta elementar de
estruturação de projeto que deve servir como
orientação para o estudante. (BELLO, 2007)
Podemos definir a pesquisa como uma
proposta teórica prévia, formulada sobre um
assunto que se deseja investigar.
O projeto constitui a previsão das eta-
pas que serão executadas na pesquisa. Que deve
responder aos questionamentos propostos.
Independente do problema, do refe-

83
rencial teórico ou da metodologia utilizada,
uma pesquisa supõe o preenchimento de três
requisitos (GRESSLER, 2003):
a) A existência de uma pergunta que se deseja
responder;
b) A elaboração (e descrição) de um conjunto
de passos que permitam obter a informação
necessária para respondê-la;
c) A indicação do grau de confiabilidade na
resposta obtida.
O procedimento de coleta de infor-
mações é outro requisito básico da pesquisa.
Irá garantir um recorte significativo da realida-
de. Outro requisito importante supõe resposta
coerente, fundamentadas pelos dados e infor-
mações que a sustentam.
Não podemos considerar que a Ciência
é fruto somente da genialidade humana. É pre-
ciso reconhecer a gama de pesquisadores que
logram êxito em suas investigações. Os pesqui-
sadores iniciantes têm o seu valor na perspectiva
da continuidade das investigações e da validade
de suas intenções, para o progresso da Ciência.
As descobertas requerem esforço e
persistência e demandam muito trabalho e es-
tudo. Requer também maturidade e consciên-
cia quanto ao valor da investigação.

84
Pois, muitas vezes, não ocorre a apli-
cação imediata dos resultados de uma pes-
quisa. Algumas soluções parecem ficar no
esquecimento ou na não validação, e anos
mais tarde, surgem e redimensionam a reali-
dade e o conhecimento.

5.1 Estrutura do Projeto de Pesquisa


Geralmente, um projeto de pesquisa
apresenta uma mesma organização por etapas,
que devem ser levadas em conta, com vistas a
objetividade e êxito na execução da pesquisa.
De acordo com Bello (2007), um proje-
to de pesquisa deve apresentar basicamente em
sua estrutura os seguintes elementos:
Elementos pré-textuais: Capa ou
Falsa Folha de Rosto (obrigatório); Folha
de Rosto (obrigatório, Anexo 3); Sumário
(obrigatório);

85
5.2 Textuais

Escolha e Delimitação do Tema


A variedade de fenômenos a ser estu-
dada é infinita e as possibilidades de investiga-
ção são inúmeras. Estudar certos aspectos de
um fenômeno inserido na realidade torna-se
um grande desafio.
Escolher um tema é uma etapa da pes-
quisa que exige reflexão profunda para funda-
mentar a decisão do investigador.
O tema de uma pesquisa poderá re-
sultar das condições socioeconômicas, do
momento histórico, de situações políticas ou
religiosas, de estímulos provenientes de asso-
ciações científicas, da moda, da liberdade e ini-
ciativa do pesquisador, do acaso etc.
O pesquisador pode ter uma idéia
inicial como ponto de partida. Após delimi-
tá-la, o seu enunciado se tornará mais claro
e mais compreensível.
Nas considerações de Bello (2007), a
delimitação exige especificação. Por exemplo: o
investigador está interessado em fazer uma pes-
quisa sobre esporte. O assunto esporte é amplo
e vago. Deverá, então, especificar o que mais

86
concretamente lhe interessa. Suponha-se que
seja o papel do futebol na sociedade brasileira.
Dessa forma, ao se definir o tema,
chega-se, geralmente, ao enunciado do título
do projeto. Ao observar algumas recomenda-
ções sobre o enunciado de um título, verifica-
-se que o mesmo deverá abranger o fenômeno
ou objeto estudado, o local e as circunstâncias
em que foi desenvolvido o estudo e, se possí-
vel, a época em que este se situa.
Ter-se-ia, portanto, voltado ao exem-
plo anterior, o seguinte título: “O futebol bra-
sileiro como mecanismo liberatório de tensões
de operários de Mato Grosso do Sul, enquan-
to espectadores da década de 80”.
Existem dois tipos de fatores, bási-
cos, para a escolha de um tema para o traba-
lho de pesquisa: os externos e os internos.
Para tanto, procuramos relacionar algumas
questões que devem ser levadas em conside-
ração nesta escolha:

A) FATORES EXTERNOS:

a) Limite pessoal: faz-se necessário que o pes-


quisador tenha consciência dos seus limites de
conhecimento, a fim de não entrar em uma

87
área, totalmente, desconhecida;
b) Prazer, gosto pessoal pelo assunto
ou alto grau de interesse pessoal, caso contrá-
rio poderá tornar a pesquisa num trabalho de
sofrimento, angústias e tortura;
c) Tempo, levando sempre em consi-
deração o volume de atividades as serem reali-
zadas para a execução do trabalho.

B) FATORES INTERNOS:

a) Objetividade, escolha de temas que


tenham importância para pessoas, grupo de
pessoas ou para a sociedade em geral, gerando
assim valores acadêmicos, sociais e culturais;
b) Disponibilidade de material para
consulta. Às vezes, o tema escolhido não foi
muito trabalhado e há a presença de pou-
cas fontes secundárias para consulta. A falta
destas não impede a realização da pesquisa,
porém, faz com que o pesquisador busque
fontes primárias de informação necessitando,
portanto, de um tempo maior para a realiza-
ção do trabalho. Este problema não impede a
realização da pesquisa, mas deve ser levado em
consideração para que o tempo institucional
não seja ultrapassado.

88
c) Prazos legais pra entrega do traba-
lho. Observar e cumprir os prazos estipulados
para o trabalho final. (GRESSLER, 2003)

Levantamento ou
Revisão de Literatura
Localizar e obter documentos perti-
nentes ao tema a ser trabalhado tendo dispo-
nível, em mãos, o material que subsidiará o
tema do trabalho de pesquisa. Este levanta-
mento deverá ser realizado junto às bibliote-
cas e Internet com o intuito de buscar livros,
papers, periódicos e outros materiais existen-
tes para a confecção do trabalho.
Quando do início, do trabalho, deter-
mine com antecedência que bibliotecas, insti-
tuições, indivíduos, agências governamentais,
agências particulares ou acervos que deverão
ser procurados. Esteja preparado para copiar
os documentos, seja através de xerox, fotogra-
fias ou outro meio qualquer.

Organização do Material Encontrado


É necessário separar os documentos
recolhidos de acordo com os critérios de sua
pesquisa, podendo ser:

89
a) Nível geral do tema a ser tratado: relacionar
todas as obras ou documentos sobre o assunto;
b) Nível específico a ser tratado: relacionar
somente as obras ou documentos que con-
tenham dados referentes à especificidade do
tema a ser tratado.

Delimitação do Problema
A definição ou formulação do proble-
ma é um passo importante em um projeto de
pesquisa. Depois de definido o tema, procura-
-se levantar uma questão para ser respondida
através de uma hipótese, que será confirmada
ou negada através do trabalho de pesquisa.
O problema é criado pelo próprio autor
e relacionado ao tema escolhido. O problema é
o questionamento para definir o alcance de sua
pesquisa. Alguns autores sugerem que ele seja
expresso em forma de pergunta ou afirmação;
não existem regras rígidas nessa questão.
Bello (2007) traz notas importantes
que auxiliam na delimitação do problema:
• Situá-lo no tempo e no espaço, localizando as
fontes de origem;
• O problema deve ser formulado de forma
interrogativa;

90
• O problema deve ser claro e preciso;
• O problema deve ser delimitado a uma di-
mensão viável.

Hipótese = Suposição
Tende a responder o problema su-
gerido no tema escolhido para a pesquisa. É
a suposição da resposta, da solução para o
problema. A realização do trabalho irá con-
firmar ou negar a hipótese levantada.

Exemplo: (em relação ao Problema defi-


nido acima).

Hipótese: A sociedade burguesa, representada


pela classe dominante, marginaliza a população
carente no processo educacional.

Justificativa
A justificativa são as argumentações
que irão convencer de que o trabalho de pes-
quisa deve ser efetivado. Embasado no tema
escolhido pelo pesquisador e na hipótese le-
vantada, enfatiza-se a necessidade de compro-
vação do tema a ser trabalhado. É preciso cau-

91
tela neste tópico para não se tentar justificar a
hipótese levantada, ou seja, não se deve tentar
responder ou concluir o que ainda será pes-
quisado. Menciona-se a pretensão do trabalho
e seu valor nos seguintes aspectos:
Relevância científica: O que essa pesquisa
pode acrescentar à Ciência?
Relevância social: Que benefício pode trazer
à comunidade?
Interesse: O que levou à escolha do tema?
Viabilidade: Quais as possibilidades concre-
tas desta pesquisa?
A justificativa posiciona o projeto no
contexto científico e tecnológico. Deve escla-
recer os motivos pelos quais o tema foi esco-
lhido, qual a sua oportunidade e relevância so-
cioeconômica, cultural ou histórica.
Deve, também, levar em conta o
potencial do estudo de vir a interessar ou
afetar pessoas, instituições, meio ambiente,
entre outros.
Pode, ainda, apontar a potencialida-
de do assunto de conduzir a resultados ori-
ginais, assim como a viabilidade de execução
do estudo, que deve considerar prazos, re-
cursos e aptidão pessoal do pesquisador.
A originalidade de um projeto refere-

92
-se, também, a novos enfoques, novos argu-
mentos e pontos de vista, e sua contribuição
para algum esclarecimento.
O processo de seleção de pesquisa en-
volve uma cadeia de opções na qual, além de
sua viabilidade, a importância dos resultados é
também fundamental.
Quais consequências terão as conclu-
sões e resultados das pesquisas? Qual o valor
da contribuição proposta?
Sintetizando, a justificativa do projeto
deverá responder à seguinte pergunta: Por que
executar o projeto? As razões apresentadas de-
vem levar em consideração que a justificativa:
a) Esteja diretamente relacionada com a ques-
tão abordada;
b) Reforce os dados e as estatísticas apresenta-
das, fundamentando a existência da questão e
a necessidade de que seja resolvida.

Objetivos
Para Gressler (2007), o objetivo é a
diretriz, o elemento que dá a direção ao tra-
balho. O objetivo do projeto deve refletir sua
finalidade, ou seja, o que se pretende alcançar
com sua realização.

93
O objetivo pressupõe o resultado total
final que o projeto visa diretamente produzir.
Deve, portanto, abranger os resultados e a si-
tuação esperada ao final da execução do pro-
jeto. Deve ser exposto com precisão, clareza e
sem ambiguidades.
Pode ser descrito em tempos quanti-
tativos e qualitativos. É dimensionado e ex-
presso em forma de metas explícitas, precisas
e verificáveis. Deve estar coerente com todos
os elementos do projeto.
O enunciado do objetivo, geralmente,
começa com um verbo expresso no infinitivo,
que indique uma ação passível de mensuração
ou observação.
O objetivo define aonde o pesquisador
“quer chegar” com seu trabalho de pesquisa. Po-
dem ser Objetivos Gerais e Objetivos Específi-
cos. Utiliza-se, geralmente, o verbo no infinitivo.
Este quadro apresenta alguns verbos
que basicamente podem ser utilizados na lin-
guagem científica:
Acreditar Constatar Inferir Propiciar Analisar
Demonstrar Julgar Proporcionar Apreciar Elaborar
Notar Refletir Avaliar Estudar Observar
Sugerir Concluir Evidenciar Oportunizar Supor
Configurar Examinar Perceber Verificar Identificar
Pesquisar Visualizar Compreender Ampliar Estabelecer

94
Meta
Uma “meta” é considerada uma medi-
da explícita, objetivamente verificável e, sem-
pre que possível, pode ser quantificada, nos
resultados pretendidos, dentro de um deter-
minado período de tempo. As metas descre-
vem a situação ou as condições que existirão
quando o projeto atingir o seu objetivo.
As metas são consideradas as etapas
necessárias à obtenção de resultados, as quais,
em sua somatória, levarão à consecução do
objetivo. As metas devem ser:
a) Mensuráveis (refletir a quantidade a ser atingida);
b) Específicas (remeter-se a questões não ge-
néricas);
c) Temporais (indicar prazo para sua realização);
d) Alcançáveis (serem factíveis, realizáveis);
e) Significativas (guardar correlação entre os
resultados a serem obtidos e o problema a ser
solucionado ou minimizado).

Metodologia
A metodologia explica detalhadamen-
te os passos de como será feita a pesquisa. O
método que será utilizado, o tipo de pesquisa,

95
os instrumentos de coleta de dados (questio-
nário, entrevista), os sujeitos a serem pesquisa-
dos, a quantidade, o local, o tempo previsto, a
equipe de trabalho (se tiver) e qual o tratamen-
to dos dados.

Cronograma
O cronograma é um item importante
na elaboração de um projeto porque de forma
organizada coloca-se a previsão de tempo, que
será gasto na realização do trabalho de acordo
com as atividades a serem cumpridas. A pre-
visão, no entanto, é estabelecida a partir das
características da pesquisa e dos critérios de-
terminados pelo autor do trabalho.
Podem ser divididos em dias, semanas,
quinzenas, meses, etc. e, devem ser determina-
dos, a partir dos critérios de tempo adotados
por cada pesquisador.

Exemplo:

96
Atividades / Períodos Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
1 Levantamento de Literatura X
2 Elaboração do Projeto X
3 Coleta de dados X X X X
4 Tratamento dos dados X X X X
5 Elaboração do Relatório Final X X X
6 Revisão do texto X X
7 Entrega do trabalho X

97
Recursos
Os recursos são explicitados no caso
do projeto ser apresentado às instituições fi-
nanciadoras de projetos de pesquisa.
Podem ser divididos em: Material
Permanente, Material de Consumo e Pessoal.
Cabe a cada organização definir os critérios
e exigências da instituição, onde está sendo
apresentado o projeto.

Anexos
Inclui-se este item, no caso juntar ao
Projeto, documentos que venham trazer escla-
recimentos ao texto. A inclusão, ou não, fica a
critério do autor da pesquisa.

5.3 Pós-Textuais: Referências

Referências
As referências (ou listagem) dos docu-
mentos consultados para a elaboração do pro-
jeto é um item obrigatório. Nas referências,
constam os documentos e demais fontes de

98
informação consultada no Levantamento de
Literatura.
O documento final do projeto de pes-
quisa deve conter a seguinte estrutura:
Capa ou Falsa Folha de Rosto (obrigatório)
Folha de Rosto (obrigatório)
Sumário (obrigatório)
Texto do projeto contendo:
a) Introdução (obrigatório);
b) Levantamento de Literatura (obrigatório;)
c) Problema (obrigatório);
d) Hipótese (obrigatório);
e) Objetivos (obrigatório);
f) Justificativa (obrigatório);
g) Metodologia (obrigatório);
h) Cronograma (se achar necessário, porém,
seria muito interessante colocá-lo);
i) Recursos (se achar necessário, não obriga-
tório);
j) Anexos (se achar necessário, não obrigatório);
Referências (obrigatório);
Contra Capa.

Exercícios Propostos
1. A pesquisa, enquanto proposta teórica,
pressupõe três requisitos básicos para a sua

99
elaboração. Aponte-os.
2. Esclareça a importância da delimitação do
tema na pesquisa.
3. Qual o seu entendimento sobre os fatores
externos e internos que devem ser levados em
conta na delimitação do tema?
4. Alguns aspectos merecem atenção na ela-
boração da justificativa do projeto. Aponte-os.
5. O cronograma é importante no projeto.
Esclareça.

Referências Bibliográficas
Complementares
DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científi-
co e educativo. 8ª. Ed. – São Paulo: Cortez,
2001.

LUDWIG, Antonio Carlos Will. Fundamen-


tos e prática da Metodologia Científica.
Petrópolis RJ: Vozes, 2009.

MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas


de pesquisa. Marina de Andrade Marcon
- Eva Maria Lakatos. – 7ª. Ed. – São Paulo:
Atlas, 2008.

100
ARTIGO
CIENTÍFICO

UNIDADE 6
Nesta unidade, veremos o Artigo
Científico. Estudaremos as condições e sua
utilização, com orientações sobre as etapas e a
estruturação do Artigo Científico.

102
6. Artigo Científico
O artigo é um trabalho sucinto que
pode ser original, quando apresenta temas
como resultado de pesquisas do autor, e de re-
visão (bibliográfica), é o caso quando o autor
resume, analisa criticamente, discute ou gera
novas informações, com base em informações
já publicadas, complementando com reflexões
próprias, na perspectiva da abordagem original.
No artigo, as informações científicas
são divulgadas, geralmente por publicações
impressas, sob a forma de um documento
científico. Independentemente de seu méri-
to científico, a redação adequada aumenta as
possibilidades de sua publicação.
O artigo científico tem como objeti-
vo divulgar a produção dos estudiosos das di-

103
versas áreas do conhecimento. Cada área tem
suas características próprias, que irão refletir-
-se na redação do artigo. Os estudos literários,
por exemplo, costumam apresentar-se na for-
ma de ensaio. (GRESSLER, 2007)
Usualmente, a apresentação do artigo
obedece a normas próprias, regulamentadas
pela ABNT (NBR 6022/1994), e constitui-se
de uma versão resumida do relatório de pes-
quisa, que enfatiza o objetivo do trabalho, os
procedimentos metodológicos seguidos e os
resultados encontrados.
Quanto à extensão dos trabalhos: o
texto deve ser tão curto quanto possível, por
razões de ordem econômica (custo da publi-
cação), de ordem prática (artigos longos são
de leitura difícil e estafante), de ordem lógica e
ética (um trabalho científico não deve conter
mais do que o texto suficiente para comunicar
a informação que o autor tem a transmitir).
Assim, o texto de um artigo deve:
a) Apresentar de forma metódica os resulta-
dos de suas observações e experiências;
b) Ter redação clara, precisa e concisa dos da-
dos ou ideias, sem perder de vista os requisitos
técnicos do veículo de divulgação a utilizar (re-
vistas, livros etc.), bem como dos dispositivos

104
existentes de acumulação e triagem das infor-
mações (bibliotecas, fichários, microfilmes, pu-
blicações de resumo, índices etc.).
Mesmo no caso de artigos de revisão
devem acrescentar aplicações ou ideias novas
à área de estudo, não devendo constituir sim-
ples encadeamento de ideias resumidas dos
autores consultados. Gressler (2003) classifica
os artigos científicos em analíticos, classifica-
tórios ou argumentativos.
 Os artigos analíticos definem e descrevem o
assunto, apresentando suas diversas partes e as
relações existentes entre elas;
 O artigo classificatório efetua a ordenação
das partes de um assunto de acordo com de-
terminado critério;
 No artigo argumentativo foca-se um argu-
mento, para o qual são apresentados fatos que
o provem ou refutem.
Geralmente, o artigo é escrito para
ser publicado, o que, no entanto, nem sem-
pre ocorre, pois depende da qualidade do
artigo, da orientação do conselho editorial /
científico do veículo, entre outros fatores.
É comum, a conversão de uma mo-
nografia (dissertação ou tese) em artigo
para publicação em periódico, na área do

105
tema abordado.
Mesmo durante a realização de uma
pesquisa, são publicados artigos referentes a as-
pectos teóricos ou resultados parciais do tema,
como partes de um trabalho mais amplo.
Para submeter um artigo científico à
apreciação de comitês ou conselhos edito-
riais de periódicos para fins de publicação, é
preciso adequá-lo às normas de editoração de
cada periódico.
Bello (2007) nos traz a estrutura do ar-
tigo que compreende três partes básicas:

Pré-texto, Texto e Pós-texto.

1.Pré-texto

O artigo dispensa capa e folha de ros-


to. Assim, os elementos pré-textuais compre-
endem:

1.1 Título do artigo:

O título deve ser definido da forma


mais clara e concisa possível. Inicia a primeira
página, é centralizado e escrito em corpo 14,
negritado.

106
1.2 Autoria:

O(s) nome(s) completo(s) do(s) autor


(es) é ou são escritos duas linhas abaixo do
título, alinhado(s) à direita, negritado(s). Em
nota de rodapé, devem ser colocados as cre-
denciais do autor (especialmente dados que
tenham a ver com o assunto do artigo) e seu
endereço de contato.

1.3 Instituição de origem:

Logo abaixo do nome, também ali-


nhado à direita, escreve-se a instituição (fa-
culdade, curso, universidade) à qual cada au-
tor pertence.

1.4 Resumo:

Resumo em português, com no máxi-


mo 250 palavras, contendo o objetivo, meto-
dologia e principais resultados. É justificado,
sem parágrafos (texto corrido).

1.5 Palavras-chave:

Listar de três a cinco palavras-chave

107
em português, como indicativos do tema cen-
tral do artigo.
Abstract: Tradução do resumo em in-
glês. (se necessário, depende da finalidade do
artigo e da exigência ).
Key words: Tradução das palavras-
-chave em inglês.
Observação: Ao invés de inglês, pode ser
escolhido o espanhol como segunda língua.

2. Texto:

O texto divide-se em: Introdução, De-


senvolvimento e Conclusão (Considerações).
Os títulos devem ser centralizados, em
corpo 14 e negritados.
A Introdução e a Conclusão cons-
tituem títulos. Já, o desenvolvimento deve
receber títulos/subtítulos, conforme o tipo
de estudo, da mesma forma que os vários
tipos de monografia.
Assim, em um estudo empírico, o de-
senvolvimento poderá subdividir-se em Mé-
todo (Amostra, Instrumento, Procedimento),
Resultados e Discussão.
No caso de estudo empírico, a revisão
bibliográfica poderá fazer parte da Introdu-

108
ção, ou constituir capítulo à parte.
Em artigo de revisão, o desenvolvi-
mento poderá receber subtítulos de acordo
com a organização do assunto.
As figuras e tabelas devem ser apre-
sentadas em preto e branco, não excedendo o
tamanho de 17,5 (largura) x 23,5 (altura). Para
a construção de figuras/tabelas sugere-se a
utilização de Word for Windows e Excel, ou
compatíveis. Deve ser utilizado o sistema de
chamada autor-data.

3. Pós-texto

3.1 Referências e/ou Bibliografia:

Devem ser listadas em ordem alfabética.

As Referências Bibliográficas ou Bi-


bliografia referem-se à listagem das obras con-
sultadas mencionadas no corpo do trabalho.
Podem ser documentos, livros, revistas, perió-
dicos, documentos digitais, sites da Internet.
O objetivo é apresentar ao leitor as obras
e os autores que serviram de base para a elabora-
ção do mesmo. Oferece também uma ideia geral
da documentação consultada e possibilitam ao

109
leitor aprofundar o tema, mediante consulta pes-
soal às fontes originais.
A elaboração das referências biblio-
gráficas é regida por normas estabelecidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, desde 1970, e que devem ser rigorosa-
mente obedecidas. Para maiores detalhes, ver:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS-ABNT, Rio
de Janeiro. AGO
1989/ NBR/ 6023. Referências bi-
bliográficas. Rio de Janeiro, 1990.

3.2 Anexos:

Se julgar necessário, anexar docu-


mentos que servem de ilustração, comprova-
ção ou fundamentação.
As normas de digitação, número de
laudas etc., deverão atender à normalização
própria de cada instituição ou órgão (revista,
periódico), onde será publicado o artigo.

4. Redação Científica

É interessante ressaltar algumas notas


gerais sobre a redação em um trabalho cien-

110
tífico. Pois, no artigo científico mais espe-
cificamente é utilizado um estilo chamado
técnico-científico, diferente dos utilizados
em outros tipos de elaborações. O artigo
científico tem características próprias, é um
trabalho sucinto e objetivo, portanto requer
uma redação especificamente elaborada,
o que exige do autor um elevado conheci-
mento sobre o que irá escrever e uma leitura
apurada do material a ser pesquisado.
Pontos que merecem destaque em
uma redação científica, no caso do artigo, de
acordo com Bastos (2000):
a) Clareza - não deixe margem a interpreta-
ções diversas;
b) Não utilize linguagem rebuscada, termos
desnecessários ou ambíguos; evite falta de or-
dem na apresentação das ideias;
c) Precisão - cada palavra traduz exatamente o
que o autor transmite;
d) Comunicabilidade - abordagem direta e
simples dos assuntos; lógica e continuidade
no desenvolvimento das ideias; uso correto
do pronome relativo “que”; uso criterioso da
pontuação;
e) Consistência - de expressão gramatical; de
categoria - equilíbrio existente nas seções de

111
um capítulo ou subseções de uma seção; de
sequência - ordem na apresentação de capítu-
los, seções e subseções do trabalho.
Para uma melhor compreensão da
leitura, é preciso ter o cuidado também
para elaborar parágrafos curtos para não
tornar a leitura cansativa, e dar margens a
interpretações confusas ou ambíguas.
O texto deve ficar apresentável com a
inserção de citações e suas respectivas referên-
cias bibliográficas, indicando as leituras existen-
tes e, devidamente fundamentadas. Deve tam-
bém apresentar coerência e articulação entre as
partes. Interrelacionando, portanto a introdu-
ção, o desenvolvimento e a conclusão.

Exercícios Propostos
1. Com suas palavras defina o artigo científico.
2. O artigo científico tem características próprias.
Esclareça.
3. Na opinião de Gressler (2003), os Artigos
Científicos podem ser analíticos, classificató-
rios ou argumentativos. O que entende sobre
que cada um deles?
4. A estrutura de um Artigo Científico é com-

112
posta por três partes básicas. Quais são?
5. Em sua opinião, qual a função das referên-
cias no trabalho científico?

Referências Bibliográficas
Complementares
DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio cientí-
fico e educativo. 8ª. Ed. – São Paulo: Cor-
tez, 2001.

LUDWIG, Antonio Carlos Will. Fundamen-


tos e prática da Metodologia Científica.
Petrópolis RJ: Vozes, 2009.

MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas


de pesquisa. Marina de Andrade Marconi
- Eva Maria Lakatos. – 7ª. Ed. – São Paulo:
Atlas, 2008.

113
114
Gabarito
Unidade 1
1. Resposta pessoal.
2. Popular - é o conhecimento transmitido
de geração para geração por meio da Educa-
ção informal, baseada em imitação e experi-
ência pessoal.
Científico – o Conhecimento Científico é trans-
mitido por intermédio de treinamento apropria-
do, sendo um conhecimento obtido de modo
racional, conduzido por meio de procedimentos
científicos.
3. Com o sucesso do Conhecimento Cientí-
fico para explicação dos fenômenos, a Ciên-
cia passou a encarar também o homem como

115
objeto de seu Conhecimento, a ser abordado
da mesma forma que os outros fenômenos
naturais.
4. Resposta pessoal.
5. Na Universidade, a pesquisa assume a trípli-
ce dimensão, pois tem o compromisso com a
questão epistemológica, ou seja, a validação do
Conhecimento. Só se conhece construído o sa-
ber, ou seja, praticando a significação dos obje-
tos por meio da pesquisa.

Unidade 2
1. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal.
3. Existem as finalidades motivadas por ra-
zões de ordem intelectual, pessoal. O pes-
quisador pressupõe uma trajetória solidifi-
cada por meio das práticas da investigação
e das produções científicas e razões de or-
dem prática, a pesquisa é desenvolvida com
vistas às aplicações práticas, cujo objetivo é
atender às exigências da vida moderna.
4. Conhecimento do assunto a ser pesquisa-
do, curiosidade, criatividade, integridade in-
telectual, atitude autocorretiva, sensibilidade

116
social, imaginação disciplinada, perseverança,
paciência e confiança na experiência.
5. Resposta Pessoal

Unidade 3
1. Resposta pessoal.
2. A pesquisa bibliográfica é aquela que se rea-
liza a partir do registro disponível, decorrente
de pesquisas anteriores, em documentos im-
pressos, como livros, artigos, teses etc.
3. Resposta pessoal.
3. As diferenças entre o método qualitativo e o
quantitativo estão na questão dos instrumen-
tos estatísticos e na forma de coleta e análise
de dados.
4. Resposta pessoal.

Unidade 4
1. Resposta pessoal.
2. a) Viabilidade. Pode ser eficazmente resolvi-
do através da pesquisa.
b) Relevância. Deve ser capaz de trazer conhe-
cimentos novos.
c) Novidade. Estar adequado ao estádio atual da
evolução científica.
d) Exequibilidade. Pode chegar a uma conclu-
são válida.
e) Oportunidade. Atender a interesses particu-
lares e gerais.
117
3. Resposta pessoal.
4. Resposta pessoal.
5. Resposta pessoal.

Unidade 5
1. A existência de uma pergunta que se dese-
ja responder; a elaboração (e descrição) de um
conjunto de passos que permitam obter a infor-
mação necessária para respondê-la; a indicação
do grau de confiabilidade na resposta obtida.
2. Resposta pessoal.
3. Resposta pessoal.
4. RELEVÂNCIA CIENTÍFICA: O que essa
pesquisa pode acrescentar à Ciência?
RELEVÂNCIA SOCIAL: Que benefício
pode trazer à comunidade?
INTERESSE: O que levou à escolha do tema?
VIABILIDADE: Quais as possibilidades con-
cretas desta pesquisa?
5. Resposta pessoal.

Unidade 6
1. Resposta pessoal;
2. Resposta pessoal;

118
3. Resposta pessoal;
4. Pré-texto, Texto e Pós-texto;
5. Resposta pessoal.

119
120
Referências
Unidade 1
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Cientí-
fica/ Eva Maria Lakatos - Maria de Andrade
Marconi. – 5ªed. – São Paulo: Atlas, 2008.

LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Me-


todologia Científica - Maria de Andrade Mar-
coni, Eva Maria Lakatos. -7ªed. – São Paulo:
Atlas, 2010.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia


do trabalho Científico / Antônio Joaquim Se-
verino. -23ªed. São Paulo: Cortez 2007.

121
SITE:http://analgesi.com

SITE: www.google.com.br/ Disponível em:


Acesso: 15 de maio/2011.

SITE:http://wikepedia.org/ Disponível em :
Acesso: 15 de maio/2011.

SITE: http://ne.miguelito.com/ Disponível


em: Acesso: 15 de maio/2011.

Unidade 2

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução


à Metodologia do trabalho Científico:

Elaboração de trabalhos na graduação - Maria


Margarida de Andrade.-10ª.Ed.-São Paulo:

Atlas, 2010.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia


Científica. 3ª. Ed. São Paulo: Mcgraw-Hill do
Brasil, 1983.

GIL, Antonio Carlos. Pesquisa Social. 5ª. Ed.

122
São Paulo: Atlas, 1999.

GRESSLER, Lori Alice. Introdução à Pesqui-


sa: projetos e relatórios. São Paulo: Edições
Loyola, 2003.

LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de me-


todologia científica - Maria de Andrade Mar-
coni, Eva Maria Lakatos. -7ª. Ed. – São Paulo:
Atlas, 2010.

SALOMON, D. V. Como fazer uma mono-


grafia: elementos de metodologia do trabalho
Científico. 5ª. Ed. Belo Horizonte: Interlivros,
1977.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia


do trabalho Científico - Antônio Joaquim Se-
verino. 23ª. Ed. São Paulo: Cortez 2007.

Unidade 3
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução
à Metodologia do trabalho Científico: Ela-

boração de trabalhos na graduação- Maria

123
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