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Pesquisa no Direito
Pesquisa operatória: abrange não só as disciplinas que tratam dos fenômenos sociais
relacionados ao direito, mas igualmente as disciplinas que abordam o direito como um
conjunto de instrumentos e técnicas. Pesquisa jurídica nos cursos de graduação e extensão
deve ser cada vez mais incentivada, objetivando a aquisição de novos conhecimentos em razão
do surgimento de novos modelos de paradigmas resultantes da globalização.
Motivos do atraso: Isolamento secular dos cursos de direito em relação às demais disciplinas,
o que prejudicou o ambiente acadêmico de produção científica das ciências humanas, e uma
confusão que é feita entre pesquisa e prática profissional. Direito e sua aplicação passaram a
ser objetos de estudo de ciências consideradas estranhas pelo meio jurídico. Há uma
defasagem relativa na pesquisa em direito, quando comparada às outras áreas das
humanidades. Privatização do ensino do direito pode ser associada aos interesses
mercadológicos, que em muitas circunstâncias não incentivam as atividades de pesquisa.
Lógica dos pareceres: tomada das experiências práticas e rotineiras dos operadores do direito
como parâmetro para o desenvolvimento de pesquisas jurídicas. Métodos focados no preparo
para exames ou concursos públicos que se utilizam de avaliações alheias aos critérios
científicos de pesquisa. Desconexas com a realidade institucional do Brasil, inclusive pesquisas
teóricas que acabam adotando modelos estrangeiros, sem a devida contextualização.
Comparação regional: apesar das regiões Sul e Sudeste serem as mais bem conceituadas em
pesquisa em direito, relativamente ao restante do país ainda se percebe a falta de
comprometimento institucional com o objetivo de desenvolver a pesquisa, ou seja, não há um
engajamento na organização de muitas instituições de ensino superior com vistas à promoção
da pesquisa em direito de qualidade.
Superação da lógica dos pareceres: Dentre algumas ideias favoráveis à pesquisa, é possível
citar a proposta segundo a qual as faculdades de direito devem implementar Núcleos de
Pesquisa e de Extensão com efetiva regulamentação e cumprimento das atividades destinadas
ao trabalho de conclusão de curso, sob a forma de monografia individual com defesa perante
banca. O acesso, a manutenção e a intensificação da pesquisa em direito depende de uma
regulamentação sólida da profissão, sobretudo para fazer frente às tendências mercadológicas,
a lógica dos pareceres e assegurar um campo seguro de desenvolvimento desta carreira no
país.
Objetivo da pesquisa jurídica: precisa ser tratada como um ramo no qual profissionais atuam
para desenvolver o conhecimento em direito e, em última instância, contribuir para o debate
da resolução de problemas sociais, estabelecendo relações com outras áreas das ciências
humanas a fim de potencializar o aproveitamento conjunto dos pontos de vista interno e
externo.
Saber Jurídico: não somente no céu militar republicano brilhou o sol positivista no Brasil,
impactou fortemente tal movimento todas as áreas do pensamento brasileiro. A doutrina
jurídica brasileira alicerçada em nomes de grande referência e reverência, nasce no ambiente
filosófico positivista spenceriano e comteano, com a respectiva noção de cientificidade que lhe
é própria (cientificismo). A filosofia de Comte torna-se oportuna no Brasil do Século XIX em
virtude da premente necessidade de se instalar o liberalismo e um novo regime.
Metodologia jurídica
Silogismo: é a forma típica do raciocínio jurídico e esse método dedutivo foi usado e abusado
da jurisprudência conceitual a qual originou a metodologia do direito privado que serviu de
exemplo para outros setores do direito.
Evolução do direito defendia o método teleológico, por ser considerada a força criadora do
direito e a fez compreende-la melhor. Silogismo jurídico.
Conhecer: é relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto ou fenômeno
alvo da pesquisa, (cognoscente/cognoscível) Conhecimento popular se correlaciona com o
conhecimento científico, e não se distinguem nem pela veracidade, nem pela natureza do
objeto conhecido, diferenciando em si só a forma. A ciência não é o único caminho de acesso
ao conhecimento e à verdade.
Se limita ao que é tido como verdade e aceito com certa estabilidade. Assistemático, não
possui uma organização prévia ou investigação de estudos para se chegar a uma conclusão,
associado ao conhecimento irrefletido, sem emprego de métodos (ametódico).
Conhecimento filosófico: é valorativo, seu ponto de partida são as hipóteses, baseiam-se nas
experiências, sendo racional, já que consiste em um conjunto de enunciados, logicamente,
correlacionados. É sistemático, visa uma representação coerente da realidade estudada, é
infalível e exato, já que vai buscar a realidade capaz de abranger todas as outras realidades,
não leva em conta a experimentação por teste de observação, esforço de questionar os
problemas humanos a razão pura e tentar discernir o certo e o errado.
É objetivo e homogêneo, uma vez que busca analisar o objeto em sua essência universal e as
leis gerais que regem os fenômenos. Tem a capacidade de afastar o homem do medo e da
superstição. Melhor forma de investigar, de buscar soluções para os problemas ditos científicos
está no estudo e na aplicação dos modelos de pesquisas que já tenham demonstrado
consistência teórica e prática.
Pesquisa
Processo bilateral de aprendizagem que envolve tanto o indivíduo que a realiza quanto a
sociedade que dela participa como destinatária de seus resultados. Mais sucintamente, a
pesquisa pode ser definida como um conjunto de atividades orientadas e planejadas para o
alcance do conhecimento. Em se tratando de Ciência a pesquisa é a busca de solução a um
problema que alguém queira saber a resposta.
Pesquisa Exploratória: É toda pesquisa que busca constatar algo num organismo ou num
fenômeno.
Pesquisa Social: É toda pesquisa que busca respostas de um grupo social. ⇨Pesquisa Histórica:
É toda pesquisa que estuda o passado.
Ciência e Direito
Ciência jurídica: pesquisa em direito contemporânea parece ter deixado de girar em torno da
aplicação de lei estatal a casos concretos. Passou a debater o que significa decidir o caso, ou
seja, quais são os critérios aceitáveis para fundamentar uma decisão, para além do texto legal.
A centralidade da lei estatal como fonte do direito está sendo posta em questão pelos debates
a respeito do pluralismo, a internacionalização do direito e a formação de ordens jurídicas
Tipos de Pesquisa Jurídica:
Problemas: isolamento em relação a outras disciplinas das ciências humanas e uma peculiar
confusão entre prática profissional e pesquisa acadêmica.
Evolução histórica:
Modelos teóricos:
Hermenêutico: sistema jurídico aplicado e compreensivo das condutas humanas por meio da
atividade discursiva-interpretativa;
Empírico: teoria da decisão jurídica, investigação das normas de convivência no interior ou nas
externalidades do ordenamento jurídico, para facilitar o processo decisório (formal e não
formal).
Todo conhecimento é local e total: sendo local, também é total, porque reconstitui os projetos
de conhecimento locais, incentiva a emigrarem para outros lugares cognitivos. O conhecimento
do paradigma emergente, ao ser total, não é determinístico e, ao ser local, não é descritivista.
Todo conhecimento é autoconhecimento: criação do conhecimento ocorre com a soma de
atos criativos individuais de cada cientista (autoconhecimento). Todo o ato de conhecer o
objeto é autoconhecimento, forma de o cientista conhecer. Afirma-se assim a ideia de que a
ciência não descobre, cria. Ato criativo protagonizado por cada cientista e pela comunidade
científica em seu conjunto.
Todo conhecimento visa constituir-se em senso comum: paradigma emergente versa sobre a
necessidade da transformação do conhecimento científico em senso comum, em que o autor
defende que o conhecimento deve tornar-se popular e não ficar concentrado nas mãos (e