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TEMA: Mandato
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
2º Grupo
Anara Vicente Chipirone
António Jorge
TEMA: Mandato
(Licenciatura em Direito)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Índice
1.Introdução.......................................................................................................................3
2.A Problemática...............................................................................................................3
3.Objectivos.......................................................................................................................4
3.1.Objectivo Geral:.......................................................................................................4
3.2.Objectivos Específicos.........................................................................................4
3.Metodologia....................................................................................................................4
4.Perguntas de Pesquisa.....................................................................................................4
5.Hipótese..........................................................................................................................5
6.Justificativa.....................................................................................................................5
7.Relevância do Tema.......................................................................................................5
8.Petição Inicial.................................................................................................................6
8.1.Conceito...................................................................................................................6
8.1.6.Indeferimento liminar.............................................................................................13
9.Contestação...................................................................................................................15
9.1.Conceito.................................................................................................................15
9.1.2.Elementos da contestação...............................................................................16
Conclusão........................................................................................................................20
Referência Bibliográfica..................................................................................................21
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1.Introdução
A presente trabalho tem por objectivo central abordar os aspectos processuais relativos a
elaboração da petição inicial assim como a contestação.
Em prol deste fim, será, inicialmente, explanado a actuação da jurisdição que, na
perspectiva do Direito Democrático, somente se legitima com a observância dos
princípios institutivos do processo. E este, por sua vez, baliza a estrutura técnica do
procedimento, que é instaurado por acto praticado pelo autor: a petição inicial e a
contestação que é a resposta do réu.
Após realizar a conceituação, pretende-se realizar incursões sobre os requisitos formais
da petição inicial assim como a contestação, elencados no Código Processual Civil, a
saber: o endereço, o cabeçalho ou intróito, a amarração e a conclusão, Designar o
tribunal onde a acção é proposta e identificar as partes, indicando os seus nomes,
domicílio ou sedes e, sempre que possível, profissão e locais de trabalho; Indicar a
forma do processo; Expor os factos e as razões de direito que servem de fundamento à
acção; Formular o pedido; Declarar o valor da causa e propositura da acção.
2.A Problemática
A questão da elaboração da petição inicial assim como da contestação tem sido
apontada como um dos maiores desafios que um profissional de Direito enfrenta
actualmente. De uma forma geral, é importante que um profissional procurar criar seu
próprio método de trabalho, autêntico e eficiente, para aplicação em todo e qualquer
caso. Cada um tem seu próprio sistema para execução das tarefas profissionais,
entretanto, é importante que, seja qual for o método, deva-se ter em mente, que o
mesmo deverá obedecer a certas regras primordiais, tais como a determinação de
objectivos a serem alcançados, organização. Deve o profissional de Direito ter um
cadastro do cliente, com todos os seus dados, para no caso de necessidades futuras,
poder fazer uma consulta rápida e precisa. Deve, também, manter activa uma pasta, quer
seja física ou electrónica, dos processos de seus clientes, de forma a ter sempre em mãos
todos os dados e andamento dos processos, sendo certo que este arquivo bem
organizado lhe será muito útil no trâmite dos processos, com em épocas futuras,
servindo de fonte de consulta, ainda que arquivado esteja o processo em questão.
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3.Objectivos.
3.1.Objectivo Geral:
Abordar os aspectos processuais relativos a elaboração da petição inicial assim
como a contestação.
3.2.Objectivos Específicos
Conceituar a petição inicial e as suas fases;
3.Metodologia
Em torno da metodologia ,usamos o metodo analitico ,visto que o trabalho em si só, dá
por analizar como funciona a petição inicial e a contesta ção , para a concretizarcao do
trabalho usamos a legislação, algumas teses cientificas, doutrinas encontradas na
Biblioteca e alguns sites da internet,vide na referência Bibliografica e nela foram
usadas as normas APA’S.
4.Perguntas de Pesquisa
Quais os factos que devem ser explanados na aplicação de tal Direito e quais os
mecanismos existentes para garantia da efectivação dos direitos do réu?
5.Hipótese
H1- A petição inicial é precisamente o acto processual pelo qual o titular do direito
violado ou ameaçado, nas acções de condenação, requer do tribunal o meio de tutela
jurisdicional destinado à reparação da violação ou ao afastamento da ameaça. Nas
acções de simples apreciação requer a obtenção da declaração da existência ou
inexistência dum direito ou dum facto, nas ações constitutivas pretende exercer um
direito potestativo
H2- A contestação pode consistir na impugnação dos factos articulados pelo autor ou na
invocação de uma ou várias excepções dilatórias ou peremptórias (art. 487º CPC). A
escolha da modalidade da defesa (por impugnação ou por excepção) é condicionada
pela posição que o réu pretende assumir na acção (arts. 487º/2 e 493º/2 e 3 CPC).
6.Justificativa
A razão que nos leva o estudo deste tema incide com base nos argumentos jurídicos
apresentados, defende-se que a petição inicial é o acto processual que exterioriza o
direito constitucionalizado de movimentar a jurisdição (direito de acção), com a
consequente instauração do procedimento. Nesse rumo, a petição apta é requisito de
admissibilidade para o julgamento de mérito da causa, por isso a importância do estudo
do tema exposto, isto é, a elaboração da petição inicial assim como a contestação.
No entanto, pretendemos com este estudo fazer entender que por causa da morosidade
processual, o autor da causa assim como o reu vê os seus direitos a serem violados, sem
poder intervir de alguma maneira, a espera de uma decisão jurisdicional que pode durar
por muito tempo.
7.Relevância do Tema
Este trabalho tem grande relevância porque diante dos argumentos expendidos nesta
pesquisa, infere-se que a petição inicial assim como a contestação são actos processuais
formais e solenes, sendo que a inobservância dos requisitos estabelecidos na lei, implica
em inexistência de um pressuposto de desenvolvimento de validade do procedimento, a
saber, “petição inicial apta” e constitui também uma grande ferramenta uma vez,
olhando num contesto de abrangência, ele engloba situações que possuem um impacto
para os profissionais de Direito, que maioritariamente denotamos que há uma grande
ligação com a lei, e assim sendo, este tratará um benefício ou interesse da colectividade.
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8.PETIÇÃO INICIAL
8.1.Conceito
Petição inicial é documento, apresentado ao juiz competente, em que a parte autora
alega seus direitos e exige providências jurisdicionais ou seja é o articulado em que
autor propõe uma acção, formulando pedido de tutela jurisdicional, expondo as razões
de factos e de direitos. A importância da petição inicial como instrumento de proposição
da acção resulta do princípio da iniciativa das partes que é, no fundo, corolário do
princípio do dispositivo nos termos do n.º 1 do artigo 3, e n.°1 do artigo 264 CC.
Segundo Antunes Varela, a acção não pode nascer da iniciativa do juiz, uma vez que
admitir o contrário seria fomentar situações numerosas de injustiça relativa, visto o juiz
não poder, por sua iniciativa, acudir a todas as situações de ilicitudes no foro do direito
privado.
A petição inicial é precisamente o acto processual pelo qual o titular do direito violado
ou ameaçado, nas acções de condenação, requer do tribunal o meio de tutela
jurisdicional destinado à reparação da violação ou ao afastamento da ameaça. Nas
acções de simples apreciação requer a obtenção da declaração da existência ou
inexistência dum direito ou dum facto, nas ações constitutivas pretende exercer um
direito potestativo. E a sua importância basilar resulta precisamente de não haver acção
sem que haja petição inicial apresentada pelo autor, isto é, não há concessão oficiosa da
tutela jurisdicional nos termos dos artigos 467. ° n.° 1, 264. °, n.°1 e 3. °, n.°1, 1.ᵃ parte.
8.1.2.Estrutura da petição inicial
A petição inicial estrutura-se em quatro partes fundamentais: o endereço, o cabeçalho
ou intróito, a amarração e a conclusão.
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Em alguns casos, é conveniente indicar o estado civil das partes, para determinar a
capacidade judiciária e a legitimidade, bem como a idade, naquelas situações em que a
parte ou partes sejam solteiras (por causa da determinação da capacidade judiciaria). Na
menção da forma do processo, bastará a expressão ‘’ com processo especial”, quando à
acção proposta corresponda qualquer dos processos especiais previstos na lei. Tratando-
se de acção sujeita ao processo comum, torna-se necessário indicar a forma de processo
comum aplicável (acção com processo ordinário, sumário ou sumaríssimo).
Deste modo, o autor deve expor de forma clara e concreta os factos que servem de base
à sua pretensão, indicando o modo, o local e o tempo em que os factos arrolados
ocorreram.
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Para além deles, é necessário ainda a indicação do valor da causa (artigo 305. °, ss.
CPC) e a junção, fazendo menção disso, do rol das testemunhas e dos documentos
destinados a fazer prova dos factores nele alegados, nos termos do disposto no n.º 2, do
artigo 467.
Trata-se de elementos que não sendo essenciais, regra geral a sua ausência não
compromete o êxito da acção, mas não deixam por isso, considerando as consequências
da sua omissão, de serem necessários para o bom andamento da sua causa. Por exemplo,
se o autor não indicar o valor da causa, pode ser convidado a fazê-lo, sob pena de
indeferimento, se não arrola as testemunhas, não o pode fazer mais tarde.
Acresce, ainda que caso existam testemunhas, as mesmas devem ser arrolados logo na
petição inicial, pois se isso não ocorrer não pode o autor, mais tarde, indica-las (artigos
512. °, 619. °, n° 2, do CPC) pois, depois dos articulados, a lei só admite a sua alteração
(artigos. 512. °, 631. ° do CPC), desistência (artigo 619. °, n.º 1 do CPC) ou substituição
(artigo 631. ° do CPC).
Por último, é necessária a assinatura da petição pelo autor ou pelo seu patrono, o que
confere autenticidade ao documento, sendo que, no caso de assinatura pelo patrono, se
dever-se-á juntar a respectiva procuração forense e indicar o número da carteira
profissional. Ao lado das menções essenciais discriminadas na lei, outras há que, não
sendo necessárias, a prática tem consagrado como habituais. Entre elas se destaca o
pedido de citação do réu. Não é necessário, uma vez que, segundo a prescrição expressa
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do artigo 478. °, 1 do CPC, não havendo motivo para indeferimento liminar e estando a
petição em termos de ser recebida, o juiz ordenará a citação do réu.
Entregue a petição na secretaria, a data dessa entrega relevará para verificar se o direito
de propositura da acção caducou ou não e em alguns casos mesmo para saber qual é a
lei aplicável ao processo. A petição inicial pode ser recusada pela secretaria (artigo. 213.
° do CPC), quando estiver errado o endereço, quando falta a assinatura, pois, esta
garante a sua autenticidade, quando falte a identificação das partes ou indicação do
valor da causa nos termos d o artigo 314. °, n.3. Recebida a petição inicial pela
secretaria, deverá, nesse mesmo dia, ser registada num livro próprio, registo esse que
fixa a data de entrada da acção, iniciando-se por conseguinte, o processo. Procede-se,
depois, à distribuição e indicação da secção em que o processo há –de correr nos termos
do artigo 209. ° do código processual civil.
8.1.4.Requisitos da petição inicial artigo 467.ºCPC
Designar o tribunal onde a acção é proposta e identificar as partes, indicando os
seus nomes, domicílio ou sedes e, sempre que possível, profissão e locais de
trabalho;
Indicar a forma do processo;
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Podemos, assim, dizer que o pedido é um elemento essencial da petição inicial, pois por
ele se estabelecem os limites da sentença, se a acção vier a ser julgada procedente. A
formulação do pedido reveste também a maior importância, porque o juiz não pode
condenar em quantidade superior ou em objecto diverso do que se pedir, nos termos do
661. °, n.°1, do CPC. É em face do pedido concreto formulado pelo autor que se
determina o valor da acção e, eventualmente, a competência do tribunal e a
possibilidade de recurso. Dependendo do pedido formulado pelo autor, a acção terá um
ou outro valor e o tribunal competente será um e não outro. O pedido deve ser
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inteligível (perceptível), idóneo (deve referir-se a uma tutela que o direito concede) e
preciso (claro). Para além disso, regra geral, o pedido deve ser único fixo, de prestação
liquida e de prestação já vencida, salvo os casos de pedidos alternativos (artigo. 468. °
do CPC), pedidos subsidiários (artigo. 469. ° CPC) pedido cumulativo (artigo 470. °
CPC), pedidos genéricos (artigo. 471. °) e pedido de prestações vincendas (artigo.
472.°)
8.4.5.Declarar o valor da causa
Segundo o n.°1 do artigo 305. ° a toda causa deve ser atribuído um valor certo, expresso
em moeda legal, o qual representa a utilidade económica imediata do pedido, valor esse
que servirá de base para determinar a competência do tribunal, a forma do processo
comum e a relação da causa com a alçada do tribunal, por ele se definindo o valor da
acção, a forma do processo, o tribunal competente e a possibilidade de recurso. O valor
da causa, deve retratar o estado de fato e de direito existente no momento que se
apresenta a petição inicial.
Deve então o autor demonstrar aquilo que se trata e sua conformidade legal para a
cobrança em juízo, dessa forma o valor da causa, quando não vinculado
processualmente, tem um cunho subjectivo peculiar, porque vai exprimir o quanto
significativo daquele litígio mediante os factores que levaram o demandante a agir, não
é apenas o objecto em si que o decidirá, nesse sentido são claras palavras de Humberto
Theodoro Júnior (2008,p.284), quando assevera que : o valor da causa não corresponde
necessariamente ao valor do objecto imediato material ou imaterial, em jogo no
processo, ou sobre o qual versa a pretensão do autor perante o réu. É o valor que se pode
atribuir à relação jurídica que se afirma existir sobre tal objecto.
Portanto um mesmo objecto poderá dar origem a várias situações fáctico jurídicas um
automóvel, por exemplo, pode estabelecer as mais diversas situações, como a compra, a
venda, o aluguel, empréstimo, sinistro, etc, e decorrendo qualquer problema
relacionado, o valor da causa, estará assentado ao tipo de relação constituída, e não
precisamente ao valor do objecto em si, porém, é óbvio que ele influenciará, só que
relativamente. Em qualquer hipótese há de haver sempre um valor económico que
deverá ser fixado, toda causa que se pretenda a prestação jurisdicional deverá ser
valorada.
Na ausência de alguns dos citados requisitos será ela considerada incompleta, o que
poderá ensejar sua emenda, ou seu indeferimento, frustrando a pretensão do autor de
pleitear o que acha seu de direito, este, não chegando nem ao menos ser apreciado
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A ineptidão da petição inicial é um vício de tal modo grave que a petição não se pode
aproveitar, devendo ser inutilizada. Tem como efeito o indeferimento liminar da petição
(art.474. °, n.°1 alínea a} e artigo 193 CPC). Outro vício é o erro na forma do processo
que importa apenas a anulação dos actos que não possam ser aproveitados, devendo
praticar-se os que forem estritamente necessários para que o processo se aproxime,
quando possível, da forma estabelecida pela lei (art.199. CPC).
8.1.6.Indeferimento liminar
Nos casos indicados no art. 474. °, deve o juiz indeferir liminarmente a petição inicial, o
que equivale a matar à nascença a acção. O indeferimento liminar é vício de tal forma
grave que a acção não tem o mínimo de viabilidade, nem tem condições para prosseguir
e, ainda que prosseguisse, certamente viria a terminar mais tarde por esses mesmos
motivos. Segundo Alberto Lopes de Freitas, uma acção manifestamente destinada ao
insucesso, sem viabilidade de qualquer ordem, não pode ter outra sorte que não seja o
indeferimento liminar.
sendo incompreensível, o juiz não tem condições de saber o que pretende o autor com a
propositura da acção.
A petição deve ser liminarmente indeferida quando a acção for proposta fora de tempo,
incluindo-se nessa situação, tanto a prematuridade, com a sua extemporaneidade, desde
que quando a esta última seja de conhecimento oficioso, o que acontece quando a acção
verse sobre matéria excluída da disponibilidade das partes (art.333. ° C.C). Petição
deve, igualmente, ser liminarmente indeferida quando, por outro motivo, seja manifesta
a improcedência ou inviabilidade da acção. Este indeferimento liminar corresponde a
um julgamento antecipado do mérito da causa, por o juiz ter concluído que não assiste
razão ao autor em face do direito material.
A petição inicial deve, ser liminarmente indeferida quando, por outro motivo, seja
manifesta a improcedência ou inviabilidade da acção. Este indeferimento liminar
corresponde a um julgamento antecipado do mérito da causa, por o juiz ter concluído
que não assiste razão ao autor em face do direito material. Por exemplo, uma acção em
que o autor pretende obter o cumprimento dum contrato – promessa de venda de terra
ou de venda duma parcela no espaço, não poderá prosseguir, devendo indeferir – se a
petição, pois é evidente a inviabilidade da acção, considerando tratar-se da venda de
objectos física e legalmente impossíveis (artigos. 86 da CRM e 280. Do C.C).
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9.CONTESTAÇÃO
9.1.Conceito
A contestação é a resposta do réu à petição inicial do autor, ou seja, é a manifestação da
posição do réu perante aquele articulado do autor.
O réu pode tomar uma de duas atitudes fundamentais perante a petição inicial: opor-se
ao pedido do autor ou não se opor a ele. A opção por uma destas condutas depende dos
factos averiguados pelo mandatário do réu e das provas de que esta parte possa dispor,
havendo, naturalmente, que observar o dever de verdade que recai sobre essa parte (art.
456º/2-a, b CPC) e o dever de não advogar contra a lei expressa e de não usar meios ou
expedientes ilegais que obriga o mandatário (art. 78º-b EOA).
O réu pode contestar no prazo de 20 dias a contar da sua citação (art. 486º CPC). A esse
prazo acresce uma dilação de 5 dias quando a citação não tenha sido realizada na
própria pessoa do réu (arts. 236º/2 e 240º/2 e 3 CPC) e quando o réu tenha sido citado
fora da comarca sede do Tribunal onde pende a acção (art. 252º-A/1 CPC).
9.1.2.Elementos da contestação
O articulado de contestação apresenta o mesmo conteúdo formal da petição inicial (art.
488º CPC).
- Se o réu se limita a negar o efeito jurídico pretendido pelo autor, isto é, a atribuir uma
diferente versão jurídica dos factos invocados pelo autor, há impugnação indirecta;
- Se, pelo contrário, o réu opõe a esse efeito a alegação de um facto impeditivo,
modificativo ou extintivo, verifica-se a dedução de uma excepção peremptória.
A réplica é admissível sempre que o réu deduza alguma excepção ou formule um pedido
reconvencional (art. 502º/1 CPC): naquele primeiro caso, a réplica destina-se a
possibilitar a impugnação pelo autor da excepção invocada pelo réu ou a alegação de
uma contra-excepção; no segundo, a réplica permite a apresentação pelo autor de
qualquer contestação, por impugnação ou por excepção (art. 487º/1 CPC), do pedido
reconvencional. A réplica encontra a sua justificação nos princípios da igualdade das
partes (art. 3º-A CPC) e do contraditório (art. 3º/1 e 3 CPC).
A falta da réplica ou a não impugnação dos factos novos alegados pelo réu implica, em
regra, a admissão por acordo dos factos não impugnados (art. 505º CPC). Esta admissão
não se verifica nas situações previstas do art. 490º/2 CPC, e, além disso, há que
conjugar o conteúdo da réplica com o da petição inicial, pelo que devem considerar-se
impugnados os factos alegados pelo réu que forem incompatíveis com aqueles que
constarem de qualquer desses articulados do autor.
Acessoriamente a estas funções, a réplica pode ser utilizada para o autor alterar
unilateralmente o pedido ou a causa de pedir (art. 273º/1 e 2 CPC)
9.1.5.Articulados supervenientes
Os articulados supervenientes são utilizados para a alegação de factos que, dada a sua
superveniência, não puderam ser invocados nos articulados normais (art. 506º/1 CPC).
Essa superveniência pode ser objectiva ou subjectiva:
condição se pode dar relevância desconhecimento do facto pela parte. O art. 506º/4
CPC, estabelece que o articulado superveniente deve ser rejeitado quando, por culpa da
parte, ele for apresentado fora de tempo, isto é, quando a parte não tenha tido
conhecimento atempado do facto por culpa própria (art. 506º/3 CPC). Portanto, a
superveniência subjectiva pressupõe o desconhecimento não culposo do facto.
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Conclusão
Depois da pesquisa feita sobre o Tema notou-se que a petição inicial é o documento que
começa todo um processo judicial. Tendo esse peso, é notável a importância da mesma
para o advogado, para a parte representada e para os julgadores, que, a partir dela, terão
uma dimensão das necessidades da parte.
Por isso, é imprescindível que todo o advogado saiba fazer uma boa petição inicial, pois
falhas, erros e descuidos podem custar não só a reputação do profissional, como
também a própria acção, que pode ser de suma importância para a parte.
Por outro temos a contestação é a resposta do réu à petição inicial do autor, ou seja, é a
manifestação da posição do réu perante aquele articulado do autor. Pode ser entendida
num sentido material ou formal. A contestação em sentido material é qualquer acto
praticado pelo réu, no qual essa parte mostre a sua oposição ao autor e ao pedido
formulado por esta parte (arts. 486º/2 e 487º/1 CPC).
Referência Bibliográfica
Legislação:
Doutrinas:
Theodoro Júnior.H. (2000).Curso de Direito Processual Civil. 22ª ed., Rio de Janeiro:
Forense, vol I.
http://direitomozeam.blogspot.com/p/direito-processual-civil-i-1-nocoes.html