Comentário ao Direito
Constitucional
Índice
Introdução........................................................................................................................3
Introdução ao Direito Constitucional..........................................................................4
Estado...............................................................................................................................5
Historicidade…...........................................................................................................5
Conceito e Elementos do Estado..............................................................................6
Povo..............................................................................................................................7
Território......................................................................................................................8
Poder Político..............................................................................................................8
Sujeição do Estado e das demais Instituições ao Direito......................................9
Regimes, Formas De Governo, Sistemas Políticos.................................................9
Conceito:....................................................................................................................10
Tipos de Constituição..............................................................................................10
Constitucionalismo Francês....................................................................................11
Constitucionalismo norte americano.....................................................................12
Constitucionalismo Africano:.................................................................................12
Classificação das Constituições..................................................................................12
Poder Constituinte........................................................................................................13
Teorização de Emanuel Sieyés................................................................................15
As teorias sobre o poder Constituinte...................................................................16
supreme power:....................................................................................................16
Sieyès e o “Pouvoir Constituant”.......................................................................16
Procedimento Constituinte.........................................................................................16
Decisões pré-constituintes:..................................................................................17
Decisões Constituintes:........................................................................................17
Vinculação Jurídica Do Poder Constituinte..........................................................17
Princípios Constitucionais Da República De Angola Os Princípios Fundantes:
Dignidade Da Pessoa Humana E Princípio Republicano...................................18
Res Pública e Res Privata.........................................................................................18
Direitos Fundamentais.............................................................................................20
Dimensão Negativa E Dimensão Positiva: Limite Do Poder E
Responsabilidade Pelo Poder.................................................................................20
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Introdução
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Por conta disso, é justo que o primeiro tema a se dar atenção em direito
Constitucional seja o Estado, porque é o Estado 1 a estrutura que suporta a
Constituição, sendo que não há Constituição se não houver Estado e, não há
Estado se não houver uma Constituição.
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Povo, Território e Poder Político = Estado. Para efeitos introdutórios vamos tomar
equivalentes Estado, Nação e País, mas só na introdução.
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Estado
Historicidade…
Tudo começa com uma única pessoa num espaço geográfico amplo.
Volvido um tempo, uma segunda pessoa se junta a esta e, passam a coabitar e
se entre ajudar. Estes por sua vez, se reproduzem, gerando uma terceira pessoa
e surge assim uma família2.
Sobre como o Estado em sentido restrito surgiu existe ainda outra teoria,
que é a defendida pela escola Anarcocapitalista 4, para eles o Estado teria
surgido a partir da teoria do Bandido Estancionário.
Para entender essa teoria, precisamos antes nos lembrar das três classes
que devem existir numa cidade justa para o filósofo Platão: a Classe dos
Artesões, dos Guerreiros e dos Sábios.
Segundo essa teoria, uma parte pequena da classe dos sábios, subornou a
classe dos guerreiros e dominaram toda a sociedade, fazendo estância no poder,
mais tarde, os personagens foram se substituindo e tomando várias formas ao
longo do tempo, sem nunca devolver o poder que fora assaltado por seus
ancestrais, a soberania individual.
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A família é o primeiro grupo que a pessoa se insere e, portanto, é por excelência a primeira e a
mais importante de todas as instituições sociais.
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Note que essa ideia basilar de “regras comuns” vai acabar sendo a Lei Fundamental.
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Anarcocapitalismo (UNCAP) é uma filosofia política capitalista que pretende a eliminação do
Estado e a proteção à Soberania do individuo através da propriedade privada e do mercado
livre.
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Povo
É o primeiro elemento do Estado e, quele que é composto por pessoas.
Por conceito de povo, entendemos todas as pessoas que se encontram ligadas a
um Estado pelo vínculo de nacionalidade.
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Território
Poder Político
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Essa abordagem geral, tem maior desdobramento no artigo 105º nº1, cuja
epígrafe é “Órgãos de Soberania”, são estes o Presidente da República (PR), a
Assembleia Nacional (AN) e os Tribunais. São estes órgãos de soberania e,
portanto, políticos porque é neles onde reside o poder popular e são estes que o
exercem democraticamente.
A perentória ideia de lei, indica que está acima de qualquer pessoa, todos
somos obrigados a observar e obedecer a lei, só que este sentido não é só para
pessoas individuais, é também para pessoas coletivas, incluindo as pessoas
coletivas públicas7.
O Estado tem o direito de criar e cumprir o direito que ele mesmo criou e
posteriormente fazer cumprir esse mesmo direito pelos demais. Esse direito a
que se fala, é na verdade o elemento jurídico do poder político, que se traduz
num conjunto de regras e princípios, regras e princípios estes que devem estar
espelhados na Constituição.
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Quem lhe é transferida a soberania.
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Uma Pessoa Coletiva Pública é um órgão colegial, político ou administrativo, que exerce o
poder em nome do povo através da prossecução dos seus interesses que são por excelência os
interesses da comunidade.
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Regimes Político, tem que ver necessariamente com a relação que se estabelece
entre todos os órgãos da sociedade que direta ou indiretamente influenciam no
exercício do poder. Assim quando um regime se diz aberto a comunicação entre
todos os órgãos que influenciam no poder é aberta e com base em direitos, ao
passo que quando se diz fechado, há uma barreira entre os diferentes atores
políticos, a sociedade civil e a mídia.
Assim podemos verificar uma variedade sobre vários aspetos nas formas
que os Estados se organizam que um mesmo Estado em diferentes épocas, quer
entre diferentes Estados, mas o comum é a sua sujeição ao Direito positivo, em
todos eles essa formulação e sujeição é imutável.
Conceito:
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Tipos de Constituição
A doutrina aponta para dois tipos de constituição, uma que é aprontada a partir
de coordenadas jurídico-científicas por Assembleia própria e que revela
expressamente a vontade do povo, sendo esta a Constituição Moderna ao
passo que a outra é depreendida dos costumes, da jurisprudência e da vontade
implícita do povo que é constatada a partir de princípios, essa é, portanto, a
Constituição Histórica.
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Constitucionalismo Francês
O que marca aqui é que a linha de evolução foi constitucional foi adjacente à da
Inglaterra, aqui se procurou expressamente quebrar com o regime anterior,
consolidando novas formulas de reveleção do poder e elaboração de conceitos
novos, procurando a afirmação da autonomia do individuo; e foi aqui onde
reclamou-se o direito de escrever uma lei base que fosse opunível a todas as
pessoas de todas as classes
Constitucionalismo Africano:
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Feita esta incursão histórica sobre as constituições, seus países paternais até ao
nosso continente, urge então classificar as constituições, mas antes mesmo que
avencemos a professora Mihaela Webba ensaia um conceito de Constituição
que para todos os efeitos é aqui refletido:
“A Constituição, também chamada de Lex Mater, Lei Fundamental, Magna Carta, Lei
Suprema do Estado, consiste num conjunto de normas jurídicas (princípios e regras),
escritas ou consuetudinárias (isto é costumeiras), que regulam o Estado, seus elementos
e órgãos, nomeadamente, os direitos fundamentais dos cidadãos (Povo), o espaço
geográfico pertença do Estado, suas regras e limites (Território), o sistema e a forma de
governo, o modo de aquisição, manutenção e o exercício do poder (Poder Político), bem
como o as garantias de efectividade e respeito da própria Constituição”. (Neto, 2017)
Há 3 critérios de classificação:
Poder Constituinte
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Quem é o titular?
O Titular é o povo que engloba os indivíduos, as instituições, as igrejas, grupos,
comunidades, associações, etc.
Quais os tipos?
O poder Constituinte pode ser originário ou derivado.
Este por sua vez pode ser: Derivado Reformador, consistindo na faculdade
transferida a uma Assembleia de reformar o texto constitucional, cujo os limites
nela contidos não podem ser ultrapassados. Ex.: Brasil e EUA
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Uma Assembleia Constituinte é um grupo legítimo que funcionas através de prerrogativas de
poder transferidas pelo povo e têm a sua função de criar ou extinguir uma Constituição.
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Referendo ou Plesbicito, com as devidas ressalvas, é uma consulta popular feita ao povo, que é
chamado a decidir sobre uma determinada questão por meio do voto.
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Formais11, a Constituição impõe que a sua revisão deve ser feita mediante uma
Lei de revisão Constitucional. Se a iniciativa for do PR o nome é projeto, se for
da Assembleia o nome é proposta. Se algum ato não for conforme, geraria um
vício formal, porque não obedeceu a forma do ato;
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Para ele o poder constituinte originário é inicial (antes dele não existe
outro); autónomo, porque só a ele cabe decidir quando e como fará a sua
constituição e, omnipotente, pois decide quais princípios e regras deverão ser
consagrados na sua constituição.
supreme power:
John Locke apresentou a teoria do supreme power, que pode ser depreendido
nos seguintes pilares:
1. O estado de natureza é de carácter social;
2. Esfera de Direitos antecedentes a formação de qualquer Estado
3. O poder supremo conferido à sociedade;
4. O contrato social povo legitima o legislador, mas esse esta limitado, não
arbitrário.
5. Só o povo, pode estabelecer uma constituição.
Procedimento Constituinte
1. As Decisões pré-constituintes;
2. As Decisões constituintes – o acto procedimental constituinte.
Decisões pré-constituintes:
Diz respeito ao conjunto de procedimentos ordinários, que precedem a
elaboração de uma constituição.
a. A Própria decisão de elaborar uma lei fundamental;
b. Leis Constitucionais provisorias de modo a dar a primeira forma ao
Estado.
Decisões Constituintes:
A Decisões Constituintes são os atos, de facto, que visam formular uma
Constituição.
O primeiro procedimento é a constituição da Assembleia Constituinte que pode
ser:
a) Assembleia constituinte soberana (tem o poder de elaborar e aprovar);
b) Assembleia constituinte não soberana (elabora, mas não aprova);
c) Assembleia Constituinte e Convenções do Povo (Elabora e cada grupo
aprova).
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“ o princípio republicano está intimamente ligado com princípio democrático que impõe
que se realizem eleições periodicamente; já o princípio republicano vai impôr os limites
ao poder, porque ninguém pode exercer um cargo político de forma vitalícia permitindo
que um maior número de cidadãos possa exercer esses cargos e impede que não haja
personalização e abusos de poder de conformidade com o Prof. Jorge Miranda “ (Neto,
2017).
Hans Kelsen foi seu percursor, que elaborou a famosa piramede das leis,
onde a Constituição se encontra no topo, trata-se de uma ideia de hegemonia ou
seja reconhecesse a constituição a supracapacidade enquanto força que se
impõe ao estado e aos seus atos normativos. Na CRA se encontra no art.6º
A Força e supremacia deste princípio consiste necessariamente na sua
obrigatoriedade.
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Juridicidade;
Constitucionalidade;
Direitos Fundamentais.
Juridicidade: tem que ver com a Matéria, Procedimento e Forma, visando dar
resposta a questão do conteúdo, extensão e o modo de elaboração;
Direitos Fundamentais
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ACTOS DA DEMOCRACIA
Referendo:
É uma consulta popular feita ao povo, que decidi por meio do voto sobre
uma determinada questão, sendo objetivo o seu texto apenas admite que sejam
respondidos sim ou não e no máximo só apresenta 3 perguntas, as questões
barradas a referendo normalmente aparecem na Constituição ou na lei.
Tribunais
Tribunais:
Órgãos colegial com competências adversas em matéria da jurisdição
comum e das demais formas previstas na lei e na CRA. Em Angola podem ser:
Tribunais de primeira instância, Tribunais de segunda instância ou
Tribunais da Relação;
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Tribunal Constitucional
É a instância jurisdicional com competência em matérias constitucionais.
Para entender o modo de eleição dos juízes, visite o art. 180 da CRA. O
Mandato de um juiz tem a duração de 7 anos.
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Prova Resolvida
Prova A
Das Seguintes frases escolha em cada número. A afirmação verdadeira
transcrevendo-a para a sua folha de prova, indicando a respectiva alínea e
fundamentando a sua escolha:
I°
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