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1.Introdução ...................................................................................................................... 3
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Bibliografias ................................................................................................................... 13
No que tange a este aspecto, diz-se: “o poder constituinte actua sempre atado ao direito,
na moldura de um ordenamento jurídico, ao contrário daquele poder constituinte que
nasce das Revoluções, Golpes de Estado e das crises políticas profundas que acometem
os povos da mesma maneira que as enfermidades os indivíduos”.
E estas ocasiões não podem ser catalogadas a priori; somente podem ser apontados os
seus resultados típicos – a formação de um Estado ex novo, a sua restauração, a
transformação da estrutura dos Estados, a mudança de um regime político”.
Quanto a matéria de revisão, o princípio é que nem todas as matérias são susceptíveis de
revisão. A revisão constitucional conserva um valor integrativo, no sentido que deve
deixar o sistema constitucional no essencial idêntico, pois não se pode alterar a
Em primeiro lugar, releva definir o que são limites materiais ao poder constituído. Estão
em causa opções fundamentais do poder constituinte que denotam uma determinada
consciência jurídica e que o poder constituinte considera que são pilares da Constituição
que não podem ser mexidos.
Em seguida, é necessário definir o que são limites materiais expressos: são limites que
estão expressamente apontados no texto constitucional que inibem o poder de revisão.
Assim, temos um poder constituinte que não só impõe limites de ordem formal ao poder
constituído como ainda se acha com legitimidade para impor determinados valores ao
poder constituído.
A questão aqui é, portanto, saber se o poder constituinte tem ou não esta legitimidade.
Relativamente a esta questão existem 3 teses:
É preciso compreender que todas, mas todas as constituições têm aquilo a que
chamamos de limites materiais de revisão. Tentando ser muito simples no discurso, isso
significa que todas, mas todas as constituições, têm um conjunto de traves mestras, sem
o qual - ou destruído o qual - não estamos perante as mesmas constituições.
Essas traves mestras, numa palavra, são os ditos limites materiais à revisão
constitucional.
Para dar um exemplo, se, por revisão constitucional, os Deputados, cumprindo todas as
formalidades do processo de revisão constitucional, consagrassem, num preceito, a
confessionalidade do Estado, não estaríamos perante uma revisão constitucional, porque
quando se revê a Constituição, ela permanece a mesma, nas suas traves mestras, e, neste
caso, a trave mestra da separação das Igrejas do Estado teria sido atingida de morte.
Qualquer pessoa, sem dificuldade diria: esta coisa é uma coisa nova, mas não é a
Constituição de 2004.
É dentro de certas características básicas que convém destacar alguns pontos essenciais:
1. Conceito de revisão;
2. Objecto de revisão;
3. Processo de revisão, como revisar;
4. Iniciativa da revisão;
5. Adopção de determinado projecto de revisão;
6. Elaboração de lei especial de revisão.
Na tradição confederativa ele não poderia ser exercido, senão pelo acordo unânime dos
Estados-membros, co-contratantes, iguais entre eles. Esse processo conferia o direito de
veto a cada associado, no caso de modificação do pacto confederativo. Para não impedir
as possibilidades da evolução e elaboração dos procedimentos de revisão fazia-se a
intervenção das autoridades políticas da comunidade nacional e das comunidades
federadas.
As cláusulas de reforma ou revisão não podem esquecer que existe uma singularidade
da Constituição como norma jurídica, pelo que devemos destacar:
A tipologia das mutações constitucionais ou, para muitos doutrinadores, das mudanças
ou alterações constitucionais ocorre de diversas maneiras (emendas, reforma, revisão ou
por intermédio de interpretações decorrentes da releitura, concretização e actualização
do texto original).
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