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PÚBLICA FEDERAL
Decreto Lei n. 200/1967 –
Estrutura Organizacional da
Administração Pública Federal
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
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uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
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CÓDIGO:
240111175137
DIOGO SURDI
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Administração Pública Federal
Decreto Lei n. 200/1967 – Estrutura Organizacional da Administração Pública Federal
Diogo Surdi
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Decreto Lei n. 200/1967 - Estrutura Organizacional da Administração Pública Federal. . . 5
1. Administração Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Sentidos da Administração Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Administração Direta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3. Administração Indireta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2. Princípios Fundamentais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.1. Planejamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2. Coordenação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.3. Descentralização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.4. Delegação de Competência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.5. Controle. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3. Planejamento, Orçamento-Programa e Programação Financeira . . . . . . . . . . . . . 24
4. Supervisão Ministerial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5. Sistema de Atividades Auxiliares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6. Poder Executivo e Presidência da República. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
7. Normas de Administração Financeira e de Contabilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
8. Disposições Referentes ao Pessoal Civil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
9. Reforma Administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
9.1. Administração Patrimonial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
9.2. Administração Burocrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
9.3. Administração Gerencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
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APRESENTAÇÃO
Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos as disposições relacionadas com o Decreto-Lei n. 200/1967.
A norma, ainda que editada em 1967, conta com importantes previsões relacionadas
com a Estrutura e Organização da Administração Pública.
Muitas das previsões, no entanto, foram revogadas ou não se encontram mais em uso
nos dias atuais. Desta forma, estudaremos as disposições do Decreto-Lei que, atualmente,
podem ser exigidas em provas de concurso público.
Grande Abraço e boa aula!
Diogo
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Diogo Surdi
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O Decreto-Lei n. 200/1967 é responsável por estabelecer regras relacionadas com diversos
assuntos da Administração Pública. Neste sentido, devemos, para a correta compreensão
da norma em estudo, compreender o que vem a ser “Administração Pública” em nosso
ordenamento jurídico.
Teremos a elaboração de uma política pública quando o Poder Legislativo edita uma lei
determinando a adoção de certas medidas com a finalidade de manutenção do bem-estar
coletivo (tal como ocorre, por exemplo, com a edição de uma norma que estabelece que certos
estabelecimentos comerciais apenas podem permanecer abertos até determinado horário).
Teremos a execução de uma política pública quando o Poder Executivo, por meio de seus
agentes públicos, fiscaliza se a norma em questão está sendo observada pelos proprietários
de estabelecimentos comerciais.
Adotando o conceito de administração pública em sentido amplo, as duas situações são
consideradas “administração pública”.
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Se tomarmos como referência o exemplo anterior, apenas a execução das atividades necessárias
à verificação do cumprimento do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais
é considerada administração pública. Em sentido oposto, a elaboração da mencionada lei não
entra no conceito estrito de administração.
O sentido estrito é o adotado em nosso ordenamento jurídico, de forma que apenas será
considerada administração pública as atividades destinadas à execução das políticas públicas.
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Dessa forma, ainda que uma atividade não seja de suma importância para a população,
ainda assim ela será considerada administração pública pelo critério formal, bastando, para
tal, que seja exercida pela administração direta ou indireta.
Todos os entes que compõem a administração direta são considerados pessoas jurídicas
de direito público, estando sujeitos ao regime jurídico administrativo e sendo dotadas de
autonomia. Temos administração direta, dessa forma, em todas as esferas políticas.
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Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
Estes dois incisos são preciosos para o nosso estudo. Dada sua importância, lista-se
abaixo as informações necessárias para a correta compreensão do enunciado.
a) Para a criação de uma autarquia, é necessário apenas a edição de uma lei específica.
Para as demais entidades, ao contrário, a lei específica apenas autoriza a sua criação, sendo
necessário, ainda, que o ente político promova a inscrição dos atos respectivos no registro
público competente;
b) As autarquias adquirem personalidade jurídica com a edição da lei específica. As
demais entidades, com o registro público de seus atos constitutivos;
c) Um cuidado maior deve ser dado às fundações: ainda que o texto constitucional
as relacione ao lado das demais entidades com personalidade jurídica de direito privado
(sociedades de economia mista e empresas públicas), o STF já se posicionou no sentido
de admitir que as fundações também possam ser criadas com personalidade jurídica de
direito público, oportunidade em que seriam classificadas como uma espécie do gênero
autarquia, mais precisamente como autarquias fundacionais ou fundações autárquicas.
d) Ainda que a Constituição Federal estabeleça ser necessária autorização legislativa
para a criação de subsidiárias das entidades da administração indireta, o STF já decidiu que
basta a simples menção, na lei que cria ou autoriza a criação da entidade, de autorização
para a criação da subsidiária.
Caso um Município resolva criar uma autarquia e queira, futuramente, criar subsidiárias dessa
entidade, basta que a lei específica que tenha criado a autarquia disponha, em algum de seus
artigos, que fica autorizada, desde já, a criação das respectivas subsidiárias.
Evita-se, com isso, a necessidade de nova edição de lei específica com o único propósito de
autorizar a criação das subsidiárias das entidades da administração indireta.
e) Um cuidado maior deve ser dado no que se refere à participação das entidades da
administração indireta no capital de empresas privadas. Neste caso, obrigatoriamente
devemos ter a edição de uma autorização legislativa para cada uma das situações.
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Participação no
•Não há possibilidade de autorização no mesmo
capital das
diploma que cria as entidades, dependendo, por isso
empresas
mesmo, de autorização legislativa específica.
privadas
f) A parte final do artigo 37, XIX, prevê que lei complementar estabelecerá as áreas
de atuação das Fundações. Como veremos em momento oportuno, as fundações públicas
podem ser tanto de direito público quanto de direito privado. Para ambos os tipos de
fundação, a regra da necessidade de edição de uma lei complementar é aplicada.
No entanto, não podemos confundir as fundações públicas de direito privado com as
fundações privadas. Estas, que não fazem parte da administração pública (sendo reguladas,
por isso mesmo, pelo Direito Civil), não necessitam da edição da mencionada norma.
Necessita de lei
Não necessita de lei
complementar estabelecendo
complementar
as áreas de atuação
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criou. A personalidade jurídica das entidades da administração indireta pode ser de direito
público ou de direito privado, o que implica em uma série de diferenças nas características
de cada uma delas.
b) Têm legitimidade ativa para propor uma Ação Civil Pública.
c) Possuem autonomia administrativa e financeira, mas não detém uma parcela do
poder político, que é característica apenas das entidades políticas (entes federativos).
d) Estão sujeitas, assim como os órgãos públicos, ao controle do Poder Legislativo e do
Tribunal de Contas da União, uma vez que utilizam, para o desempenho de suas atividades,
recursos públicos.
e) Devem realizar concurso público para contratação de pessoal. Assim, ainda que os
agentes das entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado sejam regidos
pelas disposições da CLT (sendo considerados empregados públicos), a realização de concurso
público para admissão de pessoal é regra aplicável a toda a administração pública.
f) Seus servidores respondem por atos de improbidade administrativa, estando regidos
pelas disposições da Lei 8.429/1992.
g) Devem observar a vedação à acumulação de cargos públicos como a regra no âmbito
do desempenho das funções estatais, de forma que a acumulação apenas será possível nas
hipóteses previstas no texto da Constituição Federal.
h) Devem observar todos os princípios atribuídos à administração pública pela Constituição
Federal, dentre os quais se destacam, de acordo com o artigo 37, caput, os da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
i) Não estão subordinadas hierarquicamente ao ente federativo que as criou ou autorizou,
mas sim apenas vinculadas à respectiva administração direta, que, por meio da tutela
administrativa, verifica se as entidades estão realizando as atividades para as quais foram
instituídas.
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econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência
administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.
III – Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da
Administração Indireta.
IV – Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que
não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por
recursos da União e de outras fontes.
1.3.2.1. AUTARQUIAS
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por lei específica
para o exercício de atividades típicas da administração pública. Com as autarquias, é
como se o Estado (através de suas entidades políticas), descentralizasse certas atividades
para entidades dotadas de maior especialização.
E justamente por serem “especialistas” na área em que atuam, a ideia é que os serviços
por elas prestados sejam mais eficazes e atinjam de maior forma a sua finalidade, que é o
bem comum da coletividade. Por isso mesmo, costuma-se afirmar que as autarquias são
um serviço público descentralizado.
Por prestarem este serviço público especializado é que as autarquias devem se assemelhar,
em tudo o que for possível, ao próprio Estado. Dessa forma, elas estão rigorosamente sujeitas
ao mesmo regime jurídico que o Estado está sujeito. Hely Lopes Meirelles chega a afirmar
que as autarquias representam uma “longa manus” do Estado, ou seja, são executoras de
ordens dadas pelo respectivo ente federativo.
Com as autarquias, é como se o próprio Estado estivesse desempenhando as atividades.
Como consequência, todos os privilégios processuais que são atribuídos ao Estado devem
ser estendidos às respectivas entidades autárquicas.
Tanto a administração direta quando as autarquias são consideradas, para efeitos
processuais, como Fazenda Pública, fazendo jus a uma série de privilégios processuais:
a) Prazo em dobro para todas as manifestações processuais: No âmbito das relações
entre particulares, as ações judiciais podem ser objeto de contestação e de recursos.
Assim, a perda do prazo por uma das partes acarreta a preclusão administrativa, ou seja,
a impossibilidade de nova atuação.
Com as autarquias, antes da entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil, o
prazo para apresentação de contestação era contado em quádruplo, sendo o prazo para
apresentação de recursos contato de dobro.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 232 – STJ: A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência
do depósito prévio dos honorários do perito.
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer
direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
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No âmbito federal, temos como exemplo de fundação pública o IBGE. Logo, quando da sua
criação, tivemos a doação de bens por parte do ente instituidor (União), de forma que a
fundação passou a ter recursos para prestar suas atividades.
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Com base no que foi exposto, consegue-se identificar uma série de similaridades e
diferenças entre as fundações públicas e as fundações privadas, conforme se observa por
meio da tabela a seguir:
Não podem ter finalidade lucrativa Não podem ter finalidade lucrativa
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A diferença entre elas é quanto à atividade que exercem: se ela for prestadora de serviço
público, a atividade desempenhada, como não poderia deixar de ser, é regida pelo direito
público, de acordo com o artigo 175 da Constituição Federal:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Se ela for exploradora de atividade econômica, e como forma de evitar assim que o
princípio da livre concorrência seja prejudicado, tais atividades serão reguladas pelo direito
privado, conforme disposição do artigo 173 da Constituição Federal:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios
da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização
legislativa, com a totalidade do capital público e regime organizacional livre.
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As sociedades de economia mista, por sua vez, são pessoas jurídicas de direito
privado, criadas por autorização legislativa, com a maioria do capital público e organizadas,
obrigatoriamente, sob a forma de sociedades anônimas (S/A).
Da análise dos dois conceitos apresentados, consegue-se perceber que três são as
características que diferenciam as duas entidades da administração indireta, sendo elas
a forma de constituição, o modo como ocorre a formação de seu capital social e a
competência para o julgamento das ações judiciais.
Com relação à forma de constituição, as empresas públicas podem se organizar
adotando qualquer uma das formas admitidas em nosso ordenamento jurídico. Podem
ainda, caso seja necessário, serem criadas com a utilização de uma forma jurídica até então
não utilizada para as demais empresas, oportunidade em que teremos a adoção de uma
forma “sui generis”, ou seja, sem precedentes anteriores.
Como consequência, as empresas públicas podem adotar qualquer tipo societário
admitido, tal como as de sociedade limitada (LTDA) ou sociedade anônima (S/A). A depender
da forma utilizada, a entidade deverá registrar seus documentos na junta comercial ou no
cartório de registro de pessoas jurídicas.
As sociedades de economia mista, por outro lado, apenas podem ser constituídas sob a
forma de sociedade anônima (S/A). Consequentemente, sempre serão registradas na junta
comercial, possuindo caráter mercantil e sendo regidas pelas disposições da Lei 6.404/1976.
Na formação do capital, As empresas públicas possuem todo o seu capital formado
por recursos públicos, que podem ser de apenas um ente público (unipessoal) ou de mais
de um ente público (pluripessoal).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter unipessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de apenas um ente federativo (a União, por exemplo).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter pluripessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de mais de um ente federativo ou das respectivas entidades da administração
indireta dotadas de personalidade jurídica de direito público (autarquias e fundações públicas).
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Com relação ao julgamento das ações, estabelece a Constituição Federal, em seu artigo
109, I, que as ações judiciais em que as empresas públicas federais forem interessadas na
qualidade de autoras, rés, assistentes ou opoentes (com exceção às ações de falência, às
ações que envolvam acidentes de trabalho, às ações da Justiça Eleitoral e da Justiça do
Trabalho) serão processadas e julgadas por intermédio da Justiça Federal.
Tal regra estabelece o foro privilegiado para julgamento das ações judiciais envolvendo
empresas públicas federais.
No âmbito das sociedades de economia mista federais, tal regra não prevalece, de forma
que as ações judiciais serão processadas e julgadas por intermédio da Justiça Estadual. Ainda
assim, ressalta-se que as ações envolvendo as sociedades de economia mista poderão ser
levadas à análise da Justiça Federal. Para tal, deve ocorrer a intervenção da União como
assistente ou opoente, conforme entendimento do STF, expresso na Súmula 517:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 517 - As sociedades de economia mista só têm foro na justiça federal, quando
a união intervém como assistente ou opoente.
Tais regras, salienta-se, estão previstas apenas para as situações em que as entidades
envolvidas sejam da esfera federal. Entretanto, como a criação de entidades da administração
indireta pode ser feita por todos os entes federativos, as ações judiciais envolvendo empresas
públicas ou sociedades de economia mista estaduais ou municipais serão processadas e
julgadas pela Justiça Estadual.
Entidade Foro competente
Empresa pública federal Justiça Federal
Sociedade de economia mista federal Justiça Estadual
Empresa pública estadual ou municipal Justiça Estadual
Sociedade de economia mista estadual ou municipal Justiça Estadual
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2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
De acordo com as disposições do Decreto Lei n. 200/1967, as atividades da Administração
Pública devem observar cinco diferentes princípios, sendo eles:
a) Planejamento;
b) Coordenação;
c) Descentralização;
d) Delegação de Competência;
e) Controle.
2.1. PLANEJAMENTO
Toda a ação governamental deve observar um planejamento que tenha como objetivo a
promoção do desenvolvimento econômico e social do país e a segurança nacional. Para isso,
o planejamento deverá estar detalhado em planos e programas elaborados, que deverão
compreender a elaboração e a atualização dos seguintes instrumentos básicos:
a) plano geral de governo;
b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;
c) orçamento-programa anual;
d) programação financeira de desembolso.
2.2. COORDENAÇÃO
As atividades da Administração Pública (principalmente as relacionadas com a execução
dos planos e programas de governo) serão objeto de constante e permanente coordenação.
Neste sentido, a coordenação será exercida em todos os níveis da administração, sendo
adotadas as seguintes práticas:
a) atuação das chefias individuais;
b) realização sistemática de reuniões com a participação das chefias subordinadas;
c) a instituição e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo.
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No artigo 9º, o Decreto Lei estabelece a forma como a coordenação será exercida com
relação aos órgãos que operam na mesma área geográfica. De acordo com o mencionado artigo,
tais órgãos serão submetidos à coordenação com o objetivo de assegurar a programação
e execução integrada dos serviços.
No entanto, sempre que ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio,
por parte dos órgãos federais, com relação a outros órgãos estaduais e municipais que
exerçam atividades idênticas, os órgãos federais buscarão a realização de coordenação
com os órgãos dos demais entes federativos. A ideia, com a medida, é evitar a dispersão
de esforços e de investimentos na mesma área geográfica.
Sendo assim, devemos memorizar, para fins de prova, que sempre que mais de um órgão
de diferentes entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) operarem na
mesma área geográfica e desempenharem atividades idênticas, a primeira iniciativa será
a celebração de convênio. Não sendo possível, será realizada a coordenação.
2.3. DESCENTRALIZAÇÃO
Especificamente com relação à Administração Pública Federal, o Decreto-Lei estabelece
a execução das atividades será amplamente descentralizada, sendo colocada em prática
por meio de três planos principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível
de direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente
aparelhadas e mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.
Para que as atividades de descentralização sejam realizadas, os serviços que compõem
a estrutura central de direção, em cada órgão público, devem permanecer liberados das
rotinas de execução e das tarefas de mera formalização de atos administrativos. Com isso,
podem eles se concentrarem nas atividades de planejamento, supervisão, coordenação
e controle.
Mas e como será que a descentralização ocorre com relação aos órgãos da Adminis-
tração Pública Federal?
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Art. 10, § 4º Compete à estrutura central de direção o estabelecimento das normas, critérios,
programas e princípios, que os serviços responsáveis pela execução são obrigados a respeitar
na solução dos casos individuais e no desempenho de suas atribuições.
§ 5º Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconveniência, a execução
de programas federais de caráter nitidamente local deverá ser delegada, no todo ou em
parte, mediante convênio, aos órgãos estaduais ou municipais incumbidos de serviços
correspondentes.
§ 6º Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa e
exercerão controle e fiscalização indispensáveis sobre a execução local, condicionando-se a
liberação dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e convênios.
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Em seu artigo 12, o Decreto-Lei objeto de estudo estabelece situações em que a delegação
de competência poderá ser exercida. Ainda que a norma verse sobre a administração pública
federal, as medidas podem ser utilizadas, nos demais entes federativos, desde que sejam
feitas as adaptações necessárias.
Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades
da Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme
se dispuser em regulamento.
Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade
delegada e as atribuições objeto de delegação.
2.5. CONTROLE
O controle da administração pública pode ser entendido como a soma de todas as
atividades, internas e externas, que possuem como objetivo garantir a preservação do
interesse público e assegurar que as funções administrativas estão sendo desempenhadas
de acordo com a lei.
Merece destaque, neste sentido, o conceito de controle da administração pública extraído
da obra de José dos Santos Carvalho Filho:
Os mecanismos de controle da Administração Pública podem ser entendidos como ações que
têm como objetivos fundamentais garantir o respeito aos direitos subjetivos dos usuários e
assegurar a observância das diretrizes constitucionais da Administração.
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3. PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO-PROGRAMA E
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
A Constituição Federal estabelece três diferentes instrumentos para a elaboração do
ciclo orçamentário, sendo eles o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a
lei orçamentária anual.
O plano plurianual é elaborado para um período de 4 anos, consistindo, em linhas gerais,
em um conjunto de programas, metas e objetivos a serem alcançados neste período de tempo.
A lei orçamentária, por sua vez, é elaborada anualmente, tratando-se da forma como
o orçamento efetivamente é executado. Assim, é por meio da lei orçamentária anual que
os gestores públicos dos diversos entes federativos estabelecem as receitas previstas e as
despesas que serão realizadas no período de 1 ano.
Contudo, o PPA e a LOA não são ligados diretamente, cabendo à LDO assumir este papel.
Desta forma, trata-se a LDO do instrumento que estabelece, com base no PPA, as metas
a serem alcançadas por meio da LOA.
LDO •Elaborada
•Elaborado a cada 4 anualmente
anos
•Trata-se do
•Estabelece os •Elaborada anualmente instrumento que
programas, metas e •Instrumento que prevê as receitas que
objetivos a serem estabelece, com base no serão arrecadadas e
alcançados PPA, as metas a serem as despesas que serão
estabelecidas na LOA realizadas
PPA
LOA
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Para que isso ocorra, cabe a cada Ministro de Estado orientar e dirigir a elaboração do
programa setorial e regional correspondente a seu Ministério. Além disso, cabe ao Ministro
de Estado, Chefe da Secretaria de Planejamento, auxiliar diretamente o Presidente da
República na coordenação, revisão e consolidação dos programas setoriais e regionais e na
elaboração da programação geral do Governo.
DICA
A aprovação dos planos e programas gerais, setoriais e
regionais é da competência do Presidente da República.
Art. 16. Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará a etapa do
programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução
coordenada do programa anual.
Parágrafo único. Na elaboração do orçamento-programa serão considerados, além dos recursos
consignados no Orçamento da União, os recursos extra orçamentários vinculados à execução
do programa do Governo.
Art. 17. Para ajustar o ritmo de execução do orçamento-programa ao fluxo provável de recursos,
o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e o Ministério da Fazenda elaborarão, em
conjunto, a programação financeira de desembolso, de modo a assegurar a liberação automática
e oportuna dos recursos necessários à execução dos programas anuais de trabalho.
Art. 18. Toda atividade deverá ajustar-se à programação governamental e ao orçamento-programa
e os compromissos financeiros só poderão ser assumidos em consonância com a programação
financeira de desembolso.
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4. SUPERVISÃO MINISTERIAL
Como regra geral, todo e qualquer órgão da Administração Federal, direta ou indireta,
está sujeito à supervisão do Ministro de Estado competente. A exceção fica por conta
dos órgãos de assessoramento direto da Presidência da República, que, como não poderia
ser diferente, estão submetidos à supervisão do Presidente da República.
Neste sentido, o Ministro de Estado é responsável, perante o Presidente da República, pela
supervisão dos órgãos da Administração Federal enquadrados em sua área de competência.
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A supervisão ministerial, exercida com o apoio dos órgãos centrais, será realizada
através da orientação, coordenação e controle das atividades dos órgãos subordinados ou
vinculados ao Ministério.
Importante destacar que haverá, na estrutura de cada Ministério Civil os seguintes
órgãos centrais:
a) órgãos centrais de planejamento, coordenação e controle financeiro.
b) órgãos centrais de direção superior.
Nos artigos 25 e 26 do Decreto-Lei, encontramos os objetivos a serem alcançados com
a realização da atividade de supervisão ministerial. Vejamos...
Art. 25. A supervisão ministerial tem por principal objetivo, na área de competência do Ministro
de Estado:
I – Assegurar a observância da legislação federal.
II – Promover a execução dos programas do Governo.
III – Fazer observar os princípios fundamentais enunciados no Título II.
IV – Coordenar as atividades dos órgãos supervisionados e harmonizar sua atuação com a dos
demais Ministérios.
V – Avaliar o comportamento administrativo dos órgãos supervisionados e diligenciar no sentido
de que estejam confiados a dirigentes capacitados.
VI – Proteger a administração dos órgãos supervisionados contra interferências e pressões
ilegítimas.
VII – Fortalecer o sistema do mérito.
VIII – Fiscalizar a aplicação e utilização de dinheiros, valores e bens públicos.
IX – Acompanhar os custos globais dos programas setoriais do Governo, a fim de alcançar uma
prestação econômica de serviços.
X – Fornecer ao órgão próprio do Ministério da Fazenda os elementos necessários à prestação
de contas do exercício financeiro.
XI – Transmitir ao Tribunal de Contas, sem prejuízo da fiscalização deste, informes relativos à
administração financeira e patrimonial dos órgãos do Ministério.
Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar,
essencialmente:
I – A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.
II – A harmonia com a política e a programação do Governo no setor de atuação da entidade.
III – A eficiência administrativa.
IV – A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.
Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas, além de
outras estabelecidas em regulamento:
a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se for o caso, eleição dos dirigentes da entidade,
conforme sua natureza jurídica;
b) designação, pelo Ministro dos representantes do Governo Federal nas Assembleias Gerais e
órgãos de administração ou controle da entidade;
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Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
Do mencionado artigo constitucional é que tiramos a base para todo o controle que é
exercido na atividade administrativa. Importante frisar que duas são as características dos
Poderes estabelecidos pela Constituição Federal: independência e harmonia.
Assim, consegue-se interpretar que a ideia do constituinte foi justamente estabelecer
um sistema onde, ainda que cada Poder tivesse autonomia para tomar todas as decisões que
fossem necessárias, esta liberdade não poderia implicar em condutas que contrariassem
a própria finalidade para os quais os Poderes foram instituídos.
Em outras palavras, a Constituição estabelece atividades típicas para cada um dos
poderes, mas deixa claro que é competência dos demais o controle e a fiscalização de
tais atividades.
Desta forma, temos que a atividade típica do Poder Judiciário é a de julgar, a do Poder
Legislativo é a de legislar e fiscalizar e a do Poder Executivo a de administrar.
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No entanto, ainda que a regra seja a de que cada poder desempenha as suas atividades
típicas, temos que todos os poderes desempenham, de forma atípica, as atividades
originariamente atribuídas aos demais poderes.
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros
de Estado.
Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de
Estado.
Art. 2º O Presidente da República e os Ministros de Estado exercem as atribuições de sua
competência constitucional, legal e regulamentar com o auxílio dos órgãos que compõem a
Administração Federal.
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dos órgãos e entidades públicas de terem suas atividades controladas de forma externa
ou interna.
Art. 68. O Presidente da República prestará anualmente ao Congresso Nacional as contas relativas
ao exercício anterior, sobre as quais dará parecer prévio o Tribunal de Contas.
Art. 69. Os órgãos da Administração Direta observarão um plano de contas único e as normas
gerais de contabilidade e da auditoria que forem aprovados pelo Governo.
Art. 75. Os órgãos da Administração Federal prestarão ao Tribunal de Contas, ou suas delegações,
os informes relativos à administração dos créditos orçamentários e facilitarão a realização das
inspeções de controle externo dos órgãos de administração financeira, contabilidade e auditorias.
Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados
da gestão.
Art. 80. Os órgãos de contabilidade inscreverão como responsável todo o ordenador da
despesa, o qual só poderá ser exonerado de sua responsabilidade após julgadas regulares suas
contas pelo Tribunal de Contas.
§ 1º Ordenador de despesas é toda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem emissão
de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de recursos da União ou pela
qual esta responda.
§ 2º O ordenador de despesa, salvo conivência, não é responsável por prejuízos causados à
Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados por agente subordinado que exorbitar
das ordens recebidas.
§ 3º As despesas feitas por meio de suprimentos, desde que não impugnadas pelo ordenador,
serão escrituradas e incluídas na sua tomada de contas, na forma prescrita; quando impugnadas,
deverá o ordenador determinar imediatas providências administrativas para a apuração das
responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, sem prejuízo do julgamento da regularidade
das contas pelo Tribunal de Contas.
Destaca-se que todo ordenador de despesa ficará sujeito a tomada de contas realizada
pelo órgão de contabilidade e verificada pelo órgão de auditoria interna, antes de ser
encaminhada ao Tribunal de Contas.
As tomadas de contas serão objeto de pronunciamento expresso do Ministro de Estado,
dos dirigentes de órgãos da Presidência da República ou de autoridade a quem estes
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Por fim, como não poderia ser diferente, estabelece o artigo 93 que “quem quer que
utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regular emprego na conformidade das
leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades administrativas competentes”.
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Art. 99, § 1º Sem prejuízo da iniciativa do órgão de pessoal da repartição, todo responsável por
setor de trabalho em que houver pessoal ocioso deverá apresentá-lo aos centros de redistribuição
e aproveitamento de pessoal que deverão ser criados, em caráter temporário, sendo obrigatório
o aproveitamento dos concursados.
§ 2º A redistribuição de pessoal ocorrerá sempre no interesse do Serviço Público, tanto na
Administração Direta como em autarquia, assim como de uma para outra, respeitado o regime
jurídico pessoal do servidor.
§ 3º O pessoal ocioso deverá ser aproveitado em outro setor, continuando o servidor a receber pela
verba da repartição ou entidade de onde tiver sido deslocado, até que se tomem as providências
necessárias à regularização da movimentação.
§ 4º Com relação ao pessoal ocioso que não puder ser utilizado na forma deste artigo, será
observado o seguinte procedimento:
a) extinção dos cargos considerados desnecessários, ficando os seus ocupantes exonerados ou
em disponibilidade, conforme gozem ou não de estabilidade, quando se tratar de pessoal regido
pela legislação dos funcionários públicos;
b) dispensa, com a consequente indenização legal, dos empregados sujeitos ao regime da
legislação trabalhista.
§ 5º Não se preencherá vaga nem se abrirá concurso na Administração Direta ou em autarquia,
sem que se verifique, previamente, no competente centro de redistribuição de pessoal, a
inexistência de servidor a aproveitar, possuidor da necessária qualificação.
§ 6º Não se exonerará, por força do disposto neste artigo, funcionário nomeado em virtude de
concurso.
Outra importante previsão é a que determina que “Todo servidor que estiver
percebendo vencimento, salário ou provento superior ao fixado para o cargo nos planos
de classificação e remuneração, terá a diferença caracterizada como vantagem pessoal,
nominalmente identificável, a qual em nenhuma hipótese será aumentada, sendo absorvida
progressivamente pelos aumentos que vierem a ser realizados no vencimento, salário ou
provento fixado para o cargo nos mencionados planos”.
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9. REFORMA ADMINISTRATIVA
O Decreto-Lei n. 200/1967 foi o responsável por dar início a uma verdadeira reforma
na Administração Pública. Foi por meio desta norma, por exemplo, que a estrutura da
Administração Pública ficou organizada tal como ocorre nos dias atuais, ou seja, com a
Administração Direta composta por órgãos públicos e com a Administração Indireta
formada por quatro diferentes entidades, a saber: autarquias, empresas públicas, fundações
públicas e sociedades de economia mista.
Para compreendermos a importância de uma reforma administrativa, é preciso saber
que, historicamente, pode-se afirmar que a administração pública brasileira passou três
diferentes modelos de gestão dos recursos públicos, possuindo cada um deles características
próprias e objetivos distintos.
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Em consonância com este novo modelo de gestão, o papel dos administradores passa
a ser o de gerir os interesses da população, que é a verdadeira titular do interesse público.
Como consequência, os administradores e gestores de recursos públicos possuem a obrigação
de prestar contas das medidas adotadas em sua gestão.
No modelo burocrático, prioriza-se o combate à corrupção e ao nepotismo, de forma
que a atuação da administração pública deve pautar-se em princípios balizadores do
Estado democrático, tal como a legalidade e a impessoalidade. E como forma de combater
o nepotismo e a corrupção, surgem os mecanismos de controle da atividade administrativa.
Entretanto, trata-se de um controle exercido, basicamente, sobre as atividades meio, o que
gera como consequência uma administração engessada e altamente legalista.
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Em seu artigo 146, a norma estabelece a forma como ocorreria, à época, a intitulada
reforma administrativa.
Art. 146. A Reforma Administrativa, iniciada com esta lei, será realizada por etapas, à medida
que se forem ultimando as providências necessárias à sua execução.
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, o Poder Executivo:
a) promoverá o levantamento das leis, decretos e atos regulamentares que disponham sobre
a estruturação, funcionamento e competência dos órgãos da Administração Federal, com o
propósito de ajustá-los às disposições desta Lei;
b) obedecidas as diretrizes, princípios fundamentais e demais disposições da presente lei expedirá
progressivamente os atos de reorganização, reestruturação lotação, definição de competência,
revisão de funcionamento e outros necessários a efetiva implantação da reforma.
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RESUMO
A Administração Federal compreende:
I – A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades,
dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.
As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em
cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.
A Autarquia é o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio
e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram,
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
A Empresa Pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de
atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou
de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas
em direito.
A Sociedade de Economia Mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade
da Administração Indireta.
A Fundação Pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento
de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com
autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção,
e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
De acordo com as disposições do Decreto Lei n. 200/1967, as atividades da Administração
Pública devem observar cinco diferentes princípios, sendo eles:
a) Planejamento;
b) Coordenação;
c) Descentralização;
d) Delegação de Competência;
e) Controle.
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Toda a ação governamental deve observar um planejamento que tenha como objetivo a
promoção do desenvolvimento econômico e social do país e a segurança nacional. Para isso,
o planejamento deverá estar detalhado em planos e programas elaborados, que deverão
compreender a elaboração e a atualização dos seguintes instrumentos básicos:
a) plano geral de governo;
b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;
c) orçamento-programa anual;
d) programação financeira de desembolso.
As atividades da Administração Pública (principalmente as relacionadas com a execução
dos planos e programas de governo) serão objeto de constante e permanente coordenação.
Neste sentido, a coordenação será exercida em todos os níveis da administração, sendo
adotadas as seguintes práticas:
a) atuação das chefias individuais;
b) realização sistemática de reuniões com a participação das chefias subordinadas;
c) a instituição e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo.
Especificamente com relação à Administração Pública Federal, o Decreto-Lei estabelece
a execução das atividades será amplamente descentralizada, sendo colocada em prática
por meio de três planos principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível
de direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam
devidamente aparelhadas e mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.
A administração casuística, assim entendida a decisão de casos individuais, compete,
em princípio, ao nível de execução, especialmente aos serviços de natureza local, que
estão em contato com os fatos e com o público.
Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão
e controle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina
administrativa, a administração procurará desobrigar-se da realização material de tarefas
executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante contrato,
desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada a
desempenhar os encargos de execução.
Na delegação, temos o exercício da competência por agente ou autoridade de mesma
ou inferior hierarquia. Na avocação, por sua vez, temos o exercício da competência por
autoridade hierarquicamente superior.
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GABARITO COMENTADO
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006. (QUADRIX/ASS ADM (CRP 11)/CRP 11 (CE)/2022) Com base nas disposições do Decreto-
Lei n. 200/1967, julgue o item.
Autarquia consiste no serviço autônomo, criado por lei, sem personalidade jurídica, com
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública
que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada
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007. (QUADRIX/ASS ADM (CRP 11)/CRP 11 (CE)/2022) Com base nas disposições do Decreto-
Lei n. 200/1967, julgue o item.
Considera-se como sociedade de economia mista a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa,
para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de
direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos
órgãos de direção e funcionamento custeado por recursos da União.
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III – A delegação de competência tem por objetivo assegurar maior rapidez e objetividade
às decisões, enquanto o controle deve ser evitado quando se evidenciar como puramente
formal ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I, II e III.
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( ) As autarquias e as empresas públicas são criadas por lei para a exploração de atividade
econômica.
( ) As autarquias são criadas por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios.
( ) As empresas públicas, com personalidade jurídica de direito público, compõem a
administração direta.
( ) As fundações públicas são entidades sem fins lucrativos e com autonomia
administrativa.
( ) As sociedades de economia mista são dotadas de personalidade jurídica de direito
privado.
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a) Coordenação.
b) Planejamento.
c) Descentralização.
d) Centralização de controle.
e) Delegação de competência.
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022. (IBADE/AUX ADM (VIVA RIO)/VIVA RIO/2021) De acordo com o Decreto-Lei N. 200, de
25 de fevereiro de 1967, a Administração Indireta compreende as seguintes categorias de
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) autarquias, empresas públicas e fundações públicas.
b) empresas privadas, sociedade de economia privada e fundações mistas.
c) sociedades de economia mista, fundações mistas e autonomia
d) fundações públicas, autonomia e empresas privadas.
e) economia privada, fundações mistas e autarquia.
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GABARITO
1. c 36. C
2. c 37. E
3. d 38. E
4. a 39. C
5. c 40. C
6. E 41. C
7. E 42. E
8. b 43. E
9. c 44. E
10. c 45. C
11. c 46. C
12. c 47. E
13. c 48. E
14. d 49. E
15. e 50. E
16. d
17. a
18. c
19. a
20. d
21. b
22. a
23. e
24. a
25. a
26. b
27. e
28. a
29. e
30. a
31. a
32. E
33. C
34. E
35. d
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GABARITO COMENTADO
Letra c.
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d) A autarquia caracteriza-se como ente de serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração
pública que, requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
centralizada.
e) A fundação pública constitui-se como entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, sem autonomia administrativa e sem patrimônio próprio e funcionamento custeado
exclusivamente com recursos da União.
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Letra c.
Letra d.
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Inicialmente, temos que saber que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) é uma empresa
pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Por ser uma empresa pública, estamos
diante de uma entidade integrante da Administração Indireta.
Letra a.
Letra c.
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006. (QUADRIX/ASS ADM (CRP 11)/CRP 11 (CE)/2022) Com base nas disposições do Decreto-
Lei n. 200/1967, julgue o item.
Autarquia consiste no serviço autônomo, criado por lei, sem personalidade jurídica, com
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública
que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada
Errado.
007. (QUADRIX/ASS ADM (CRP 11)/CRP 11 (CE)/2022) Com base nas disposições do Decreto-
Lei n. 200/1967, julgue o item.
Considera-se como sociedade de economia mista a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa,
para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de
direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos
órgãos de direção e funcionamento custeado por recursos da União.
Errado.
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C) Errada. Aqui, temos a definição de sociedade de economia mista, e não de empresa pública.
D) Errada. O conceito é o de empresa pública, e não de sociedade de economia mista.
Letra b.
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Para responder a questão, temos que conhecer as definições estabelecidas para cada uma
das entidades da Administração Pública Indireta.
Observa-se assim que os Itens II e III estão incorretos, uma vez que os conceitos de empresa
pública e de sociedade de economia mista não correspondem ao legalmente previsto.
Letra c.
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II – Errado. É a descentralização, e não a centralização, que deve ser posta em prática dentro
dos quadros da administração federal, nas unidades federadas e para a órbita privada.
Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção
do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente
aparelhadas e mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.
III – Correto. Estabelece o artigo 11 que “A delegação de competência será utilizada como
instrumento de descentralização administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez
e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a
atender”.
Letra c.
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Letra c.
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Letra c.
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( ) As autarquias e as empresas públicas são criadas por lei para a exploração de atividade
econômica.
( ) As autarquias são criadas por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios.
( ) As empresas públicas, com personalidade jurídica de direito público, compõem a
administração direta.
( ) As fundações públicas são entidades sem fins lucrativos e com autonomia
administrativa.
( ) As sociedades de economia mista são dotadas de personalidade jurídica de direito
privado.
I – Falso. As autarquias não são criadas para a exploração de atividade econômica, fato que
só ocorre com as empresas públicas e com as sociedades de economia mista.
II – Verdadeiro. O item está correto, retratando a definição e as caraterísticas das autarquias.
III – Falso. As empresas públicas possuem personalidade jurídica de direito privado. Além
disso, tais entidades integram a Administração Indireta, e não a Administração Direta.
IV – Verdadeiro. A definição de fundação pública é a seguinte: a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de
autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução
por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos
da União e de outras fontes.
IV – Verdadeiro. Assim como acontece com as empresas públicas, as sociedades de economia
mista são entidades com personalidade jurídica de direito privado.
Letra C.
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Vejamos, por meio do artigo 5º, as entidades que integram a denominada Administração
Indireta.
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A) Errada. A empresa pública pode ser utilizada para a exploração de atividade econômica.
Logo, é incorreto afirmar que a entidade não possui finalidade lucrativa.
B) Errada. A definição apresentada é a de autarquia, e não de fundação pública.
C) Errada. A autarquia é o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita próprios.
D) Certa. Temos aqui a definição de sociedade de economia mista, nos termos da norma
objeto de estudo.
E) Errada. O consórcio público não possui definição no texto do Decreto-Lei n. 200/1967.
Na prática, os consórcios podem ser de direito público ou de direito privado.
Letra d.
A) Errada. O §1º do artigo 8º estabelece que “A coordenação será exercida em todos os níveis
da administração, mediante a atuação das chefias individuais, a realização sistemática de
reuniões com a participação das chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de
comissões de coordenação em cada nível administrativo”.
B) Errada. Neste caso, os órgãos serão submetidos à coordenação com o objetivo de assegurar
a programação e execução integrada dos serviços federais.
Art. 9º Os órgãos que operam na mesma área geográfica serão submetidos à coordenação com
o objetivo de assegurar a programação e execução integrada dos serviços federais.
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Letra e.
Letra d.
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PRINCIPIOS
I – Delegação.
II – Coordenação.
III – Planejamento.
CARACTERISTICAS
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do Governo. Idêntico procedimento será adotado nos demais níveis da Administração Federal,
antes da submissão dos assuntos à decisão da autoridade competente.
Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização
administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-
as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Letra a.
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Letra c.
Letra a.
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Letra d.
Art. 25. A supervisão ministerial tem por principal objetivo, na área de competência do Ministro
de Estado:
I – Assegurar a observância da legislação federal.
II – Promover a execução dos programas do Governo.
III – Fazer observar os princípios fundamentais enunciados no Título II.
IV – Coordenar as atividades dos órgãos supervisionados e harmonizar sua atuação com a dos
demais Ministérios.
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Letra b.
022. (IBADE/AUX ADM (VIVA RIO)/VIVA RIO/2021) De acordo com o Decreto-Lei N. 200, de
25 de fevereiro de 1967, a Administração Indireta compreende as seguintes categorias de
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) autarquias, empresas públicas e fundações públicas.
b) empresas privadas, sociedade de economia privada e fundações mistas.
c) sociedades de economia mista, fundações mistas e autonomia
d) fundações públicas, autonomia e empresas privadas.
e) economia privada, fundações mistas e autarquia.
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Nos termos legais, a autarquia é o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
Letra e.
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As lacunas do enunciado da questão devem ser preenchidas com base nas disposições do
artigo 4º, de seguinte redação:
Letra a.
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Decreto Lei n. 200/1967 – Estrutura Organizacional da Administração Pública Federal
Diogo Surdi
O Decreto-Lei n. 200/1967 define autarquia como “o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da
Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa
e financeira descentralizada”, confirmando com isso a Letra A como resposta da questão.
Letra a.
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Letra e.
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Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente
descentralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais (...)
Letra a.
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Letra e.
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Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades
da Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme
se dispuser em regulamento.
Errado.
De acordo com o artigo 13, “O controle das atividades da Administração Federal deverá
exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos (...)”.
Logo, todos os órgãos terão, conforme afirmado, sua atividade controlada.
Certo.
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Errado.
De acordo com o artigo 36, “Para auxiliá-lo na coordenação de assuntos afins ou interdependentes,
que interessem a mais de um Ministério, o Presidente da República poderá incumbir de missão
coordenadora um dos Ministros de Estado, cabendo essa missão, na ausência de designação
específica, ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Planejamento”.
Letra d.
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Certo.
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Certo.
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A supervisão ministerial será exercida mediante a adoção de uma série de medidas. Dentre
elas, consta a intervenção por motivo de interesse público.
Art. 26, Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas,
além de outras estabelecidas em regulamento:
i) intervenção, por motivo de interesse público.
Certo.
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Errado.
Com a edição do Decreto-Lei, cada uma das mencionadas entidades passou a ter definição
e competências próprias, se tornando especialista em sua área de atuação. Logo, houve
uma expansão destas entidades.
Certo.
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Errado.
De acordo com o artigo 10, “A execução das atividades da Administração Federal deverá ser
amplamente descentralizada”.
Errado.
O Alto Comando das Forças Armadas, ainda que seja um órgão de assessoramento do
Presidente da República, não participa das decisões relativas à responsabilização de agentes
políticos por corrupção ou insubordinação, conforme previsão do artigo 47:
Art. 47. O Alto Comando das Forças Armadas é um órgão de assessoramento do Presidente da
República, nas decisões relativas à política militar e à coordenação de assuntos pertinentes às
Forças Armadas.
Errado.
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