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DIREITO

CONSTITUCIONAL
Organização Político-Administrativa
do Estado

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
221027543743

LUCIANO DUTRA

Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor
de livros. Professor de Direito Constitucional com ampla experiência em cursos
preparatórios para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais e on-line.
Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela Universidade
Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado
em Ciências Militares.

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Direito Constitucional
Organização Político-Administrativa do Estado
Luciano Dutra

SUMÁRIO
Organização Político-Administrativa do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Conceito de Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Formas De Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3. Formas de Governo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4. Sistemas de Governo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5. Regimes de Governo ou Regimes Políticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6. Art. 18, Caput. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
7. União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8. Estados-Membros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9. Distrito Federal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
10. Municípios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
11. Territórios Federais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
12. Formação dos Estados-Membros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
13. Formação dos Municípios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
14. Vedação aos Entes Federados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
15. Intervenção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

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Organização Político-Administrativa do Estado
Luciano Dutra

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO
ESTADO
Olá, meu(minha) aluno(a), como está? Espero que esta aula o(a) encontre bem.
A partir de agora, estudaremos o Título III da nossa Constituição Federal, que trata
da Organização do Estado, dividindo o nosso encontro, para, num primeiro momento,
tratarmos da organização político-administrativa do Estado brasileiro e, após, da repartição
de competências, ok?
Então, aperte o cinto que o avião do Gran Cursos Online vai decolar!

1. CONCEITO DE ESTADO
Querido(a) aluno(a), podemos conceituar Estado como uma reunião de um povo, em
um território determinado, dotado de um governo soberano.
Desse conceito, extraem-se boa parte dos elementos que compõem o Estado: povo,
território, governo e soberania. Incluo como elemento do Estado também a finalidade.
Vejamos cada um deles.
Povo é o conjunto de nacionais, no nosso caso, o conjunto de brasileiros natos e
naturalizados.
Por sua vez, o território é o espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce o seu poder
soberano, compreendido pelo espaço terrestre, pelo mar territorial 1 e pelo espaço aéreo
sobrejacente.
Chama-se governo o conjunto de decisões políticas.
Já soberania, conforme estudamos no Título I da nossa Constituição Federal, ao tratar
dos fundamentos do Estado brasileiro, é, no plano interno, o poder que o Estado tem de,
dentro de seu território e sobre o seu povo, impor sua ordem jurídica (suas normas); já
na órbita internacional, é o dever de observância da igualdade entre os Estados, todos
igualmente soberanos.
Por fim, considera-se a finalidade de um Estado o atingimento do bem comum, em
outras palavras, o Estado existe para buscar a concretização do interesse público.

1
Mar territorial: segundo o art. 1º da Lei n. 8.617, 1993, compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura.

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reunião de um povo sobre um território determinado


dotado de governo soberano
Conceito

Povo – conjunto de nacionais


ESTADO Território – espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce sua
soberania
Governo – conjunto de decisões políticas

Elementos Ótica interna – poder de impor a ordem jurídica


Soberania Ótica externa – dever de observância da igualdade
entre os Estados

Finalidade – atingimento do bem comum

Dito isso, vamos retomar um tema que, certa medida, já tratamos ao estudarmos o Título I
(Princípios Fundamentais). Vamos diferenciar forma de Estado, forma de Governo, sistema
de Governo e regime de Governo.
Não confunda as nomenclaturas que serão expostas. Fechado?

2. FORMAS DE ESTADO
Meu(minha) aluno(a), para saber qual é a forma de Estado adotada por um determinado
país, devemos observar se há, ou não, repartição do exercício do poder, em função do
território estatal.
Se não houver repartição de poder, ou seja, se o poder é exercido de forma central,
se tratará de Estado unitário, também chamado de Estado simples (exemplo: Uruguai).
O Estado unitário pode ser classificado em:
a) Estado unitário puro ou centralizado: caso em que haverá somente um Poder
Executivo, um Poder Legislativo e um Poder Judiciário, exercido de forma central; e
b) Estado unitário descentralizado: situação em que existirá a formação de entes
regionais com autonomia para exercer questões administrativas ou judiciárias fruto
de delegação, mas não se concede a autonomia legislativa que continua pertencendo
exclusivamente ao poder central.
Já se houver repartição de poderes por entes regionais dotados de autonomia política,
o Estado será federal, também chamado de federado, complexo ou composto.
É importante lembrar que o Brasil é uma Federação de 3º grau, por segregação, cooperativa
e assimétrica, conforme já vimos nos princípios fundamentais. Façamos uma revisão!
O Brasil possui um federalismo de 3º grau, porque é formado por três níveis:
• um nível nacional: exercido pela União;
• um nível regional: exercido pelos Estados-membros;
• um nível local: exercido pelos Municípios.

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Por sua vez, a Federação brasileira é formada por segregação, porque éramos um Estado
unitário (à luz da CF de 1824) e houve uma descentralização política do Poder (a partir da
CF de 1891), o que deu origem ao surgimento de outros entes regionais autônomos que
passaram a exercer parcela do poder estatal. Conforme aponta a doutrina, trata-se de
movimento centrífugo (para fora) de formação estatal e distribuição do poder.
Para diferenciar, ocorre uma federação por agregação quando Estados soberanos
se unem para formar um novo Estado, como aconteceu, por exemplo, na formação dos
Estados Unidos da América (EUA). Na formação de uma Federação por agregação, há um
movimento centrípeto (para dentro) de formação estatal.
Somos, ainda, uma Federação cooperativa, na medida em que não há uma rígida
divisão de competências entre o ente de maior grau (União) e os demais entes federados
subnacionais (Estados-membros, Distrito Federal e Municípios). Tal fato é observado a
partir da leitura dos arts. 23, que trata das competências comuns, e 24, que elenca as
competências concorrentes.
Por outro lado, nos Estados que adotam o modelo de federalismo dual, é verificada
uma rígida separação de competências entre o ente de maior grau e os demais entes
descentralizados (como é o caso dos EUA).
Por fim, no federalismo assimétrico, como o nosso, a Constituição Federal parte da
premissa de que há sérias desigualdades socioeconômicas entre os Estados-membros
a exigir um tratamento diferenciado na busca da igualdade entre os componentes da
federação. É o modelo adotado pelo Estado brasileiro, conforme se percebe da leitura do
art. 3º, inciso III.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


[...]
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

Já no federalismo simétrico, há divisão igualitária das competências e das receitas estatais.

001. (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) Em face da descentralização administrativa e


política que caracteriza o Estado brasileiro, a República Federativa do Brasil constitui um
estado unitário descentralizado, dispondo os entes políticos estatais de autonomia para a
tomada de decisão, no caso concreto, a respeito da execução das medidas adotadas pela
esfera central de governo.

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Na verdade, em face da descentralização administrativa e política que caracteriza o Estado


brasileiro, a República Federativa do Brasil constitui um Estado federal, dispondo os entes
políticos estatais de autonomia política.
Errado.

Há autores, ainda, que identificam uma terceira forma de Estado: a Confederação.


Aqui, o que se tem é a reunião de Estados soberanos a partir da assinatura de um tratado
internacional. Enquanto na Federação a ideia é a indissolubilidade do pacto federativo,
na Confederação, os Estados-partes podem romper a qualquer momento com o tratado
internacional, ou seja, a regra é a dissolubilidade da Confederação.

Há repartição do exercício do poder em função do território?

Poder é central
Cada ente descentralizado possui apenas autonomia
Unitário administrativa

FORMAS DE
ESTADO Poder é descentralizado
Cada ente descentralizado possui autonomia política
Federação
Pacto indissolúvel
Criado pela Constituição Federal

Cada Estado-parte possui soberania


Pacto dissolúvel
Confederação
Criado por tratado

DICA DO LD
Características da federação brasileira:
a) a organização dos nossos entes políticos está disciplinada
no texto constitucional;
b) todos os entes políticos (União, Estados-membros,
Distrito Federal e Municípios) são dotados, apenas, de
autonomia política;
c) os entes políticos não possuem direito de secessão,
isto é, não podem se separar da República Federativa do
Brasil – princípio da indissolubilidade do pacto federativo
previsto no art. 1º;
d) movimento centrífugo de formação da federação;
e) federalismo assimétrico, tendo em vista o tratamento
desigual dado pela Constituição aos Estados-membros;
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f) federação protegida como cláusula pétrea, de acordo


com o art. 60, § 4º, I;
g) participação dos Estados-membros na formação
da vontade nacional, caracterizada pela paridade de
representação no Senado Federal (art. 46, § 1º).

3. FORMAS DE GOVERNO
Já a forma de Governo refere-se à maneira pela qual se dá a instituição do poder na
sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. As formas de Governo
são: República ou Monarquia.

002. (AFRE-RN/2005) Sistema de governo pode ser definido como a maneira pela qual se dá a
instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados.

O conceito refere-se à forma de Governo. Percebeu como é importante tomar cuidado


com as nomenclaturas?
Errado.

A República possui as seguintes características:


• eletividade: os representantes são eleitos de forma direta e, excepcionalmente, de
forma indireta;
• cumprimento de mandato: significa a temporariedade de permanência no governo
(necessidade de alternância no poder);
• dever de prestar contas de seus atos: o governante possui responsabilidades
perante o povo que o elegeu.

003. (MP-TO/ANALISTA MINISTERIAL/ESPECIALIDADE CIÊNCIAS JURÍDICAS/2006) Decorre do


princípio republicano a regra constitucional de que o mandato do Presidente da República
será de quatro anos.

A República exige alternância no poder, isto é, os detentores do poder político devem


cumprir mandato com prazo certo.
Certo.

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Por sua vez, na Monarquia, as características são:


• hereditariedade: a instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por
vínculo sanguíneo (o filho do rei, rei será);
• vitaliciedade: não temporário; o governante fica no poder até sua morte ou eventual
abdicação do trono;
• não prestação de contas: o monarca não presta contas de seus atos (ideia que vem
desde a Idade Média, segundo a qual o rei não pode errar).
Vejamos um paralelo entre a República e a Monarquia:

República Monarquia
Eletividade Hereditariedade
Mandato Vitaliciedade
Dever de prestar contas Sem dever de prestar contas

Como se dá a relação entre governantes e governados? Há eletividade


e mandato ou hereditariedade e vitaliciedade?

eletividade
FORMAS DE mandato
República dever de prestar contas
GOVERNO

hereditariedade
vitaliciedade
Monarquia
sem dever de prestar contas

4. SISTEMAS DE GOVERNO
Os sistemas de Governo podem ser o parlamentarista ou o presidencialista, a depender
de como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo no exercício das funções
governamentais, com independência entre eles ou não.

004. (AFC/STN/2005) Forma de governo diz respeito ao modo como se relacionam os


poderes, especialmente os Poderes Legislativo e Executivo, sendo os Estados, segundo a
classificação dualista de Maquiavel, divididos em repúblicas ou monarquias.

Na verdade, o sistema de Governo diz respeito ao modo como se relacionam os Poderes,


especialmente os Poderes Legislativo e Executivo.
Errado.

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No sistema parlamentarista, o primeiro-ministro possui mandato por prazo incerto, uma


vez que a responsabilidade do governante (chefe de governo) se dá perante o parlamento,
ou seja, esse sistema é caracterizado pela interdependência entre os Poderes Executivo
e Legislativo.
Nesse sistema, o primeiro-ministro exerce apenas a chefia de governo, cabendo ao rei
(no caso da Monarquia) ou ao Presidente (no caso da República) exercer a chefia de Estado.
Portanto, haverá uma chefia dual.
Já no presidencialismo, o Presidente da República cumpre mandato por prazo certo.
Nesse caso, há clara independência entre os Poderes Executivo e Legislativo. É o modelo
brasileiro, conforme se depreende da leitura do art. 2º, para o qual “são Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Aqui, o
Presidente da República exerce, a um só tempo, a chefia de governo e a chefia de Estado
(chamada de chefia única).

005. (FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ACRE/2006) O parlamentarismo e o presidencialismo


são formas de governo previstas no texto constitucional.

O parlamentarismo e o presidencialismo são sistemas de Governo. Mais uma vez, o


examinador “jogou” com as nomenclaturas.
Errado.

006. (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) No sistema presidencialista adotado no Brasil,


o presidente, que, em regra, é escolhido pelo povo, governa por um prazo fixo e determinado
e assume a chefia de Estado e de governo.

Exatamente isso.
Certo.

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Como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo?

independência
Sistemas mandato por prazo certo
Presidencialismo responsabilidade perante o povo
de Governo
chefia monocrática

interdependência
mandato por prazo incerto
Parlamentarismo
responsabilidade perante o parlamento
chefia dual

5. REGIMES DE GOVERNO OU REGIMES POLÍTICOS


Aqui, devemos constatar se há ou não participação popular nas formulações estatais.
No regime de Governo autocrático, o povo não participa das formulações políticas
do Estado, vale dizer, o Governo é estruturado de cima para baixo, a partir da imposição
da vontade unilateral do detentor do poder político.
Já no regime democrático, há efetiva participação do povo por meio do voto, da
iniciativa popular de leis, da presença nos tribunais do júri, propondo ação popular etc. É
um Governo estruturado de baixo para cima (governo do povo, pelo povo e para o povo).
Conforme já estudamos, o regime de Governo democrático manifesta-se de três
maneiras distintas: na forma de democracia direta, na forma de democracia indireta (ou
representativa) e na forma de democracia semidireta (ou participativa). Na democracia
direta, todas as decisões políticas são tomadas diretamente pelo povo (existiu num passado
remoto; hoje é muito pouco provável que exista pelo mundo). Por sua vez, na democracia
indireta (ou representativa), todas as decisões políticas são tomadas indiretamente, por meio
de representantes eleitos pelo povo. Por fim, na democracia semidireta (ou participativa),
a maioria das decisões políticas são tomadas por representantes eleitos, mas há traços de
democracia direta. É o modelo adotado pelo Brasil.

Há participação do povo na formação da vontade estatal?

Regimes de há participação do povo


Democracia governo estruturado de baixo para cima
Governo

não há participação do povo


Autocracia governo estruturado de cima para baixo

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Ultrapassada essa parte conceitual, vamos avançar pelo estudo da Constituição Federal
brasileira, vendo, agora, o art. 18, ok? Venha comigo!

6. ART. 18, CAPUT


Estabelece a norma em questão que a organização político-administrativa da República
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
todos autônomos, nos termos da Constituição Federal.

007. (PREF. JOÃO PESSOA-PB/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/2018) No âmbito


da organização político-administrativa do Estado, apenas a União, os estados e o Distrito
Federal são considerados entes autônomos.

Todas entidades federativas são autônomas, incluídos os Municípios.


Errado.

Essas entidades políticas (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios),


segundo o Código Civil, possuem natureza jurídica de direito público interno. Perceba:

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.

008. (EPPGG/MPOG/2009) A organização político-administrativa da União compreende


os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos na forma do disposto na
própria Constituição Federal.

Percebeu a pegadinha sutil? A organização político-administrativa da República Federativa


do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos
na forma do disposto na própria Constituição Federal.
Errado.

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009. (CNJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADO) As entidades políticas são pessoas jurídicas


de direito público interno, como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

É o que estabelece o art. 41 do Código Civil.


Certo.

Muito cuidado com o que eu vou destacar agora! A banca tentará confundi-lo(a) afirmando
que a União é soberana. Na verdade, a União é autônoma, lembrando, conforme detalhamos
ao tratar do princípio federativo, que ter autonomia é possuir capacidades de: auto-
organização; autogoverno; autolegislação (ou normatização própria); e autoadministração.

I) Auto-organização: capacidade das entidades federativas (União, Estados-membros, Distrito


Federal e Municípios) de se auto-organizarem por meio das constituições e leis orgânicas. A
União se auto-organiza pela Constituição Federal; os vinte e seis Estados-membros se auto-
organizam por suas Constituições Estaduais; o Distrito Federal se auto-organiza por sua Lei
Orgânica; e os mais de cinco mil Municípios se auto-organizam por suas Leis Orgânicas.

Apesar de o Distrito Federal se auto-organizar por uma Lei Orgânica, esta, na sua essência,
é uma verdadeira Constituição Estadual. Conforme consignado na ADI n. 3.756, o Distrito
Federal, muito embora submetido a um regime constitucional diferenciado, está bem mais
próximo da estruturação dos Estados-membros do que dos Municípios, haja vista que:
• ao tratar da competência concorrente, a Constituição Federal colocou o Distrito
Federal em pé de igualdade com os Estados e a União (art. 24);
• ao versar sobre o tema da intervenção, a Constituição Federal dispôs que a “União
não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal” (art. 34), reservando para os
Municípios um artigo em apartado (art. 35);
• o Distrito Federal tem, em plenitude, os três orgânicos Poderes estatais, ao passo
que os Municípios somente têm dois (inciso I do art. 29);
• a Constituição Federal tratou de maneira uniforme os Estados-membros e o Distrito
Federal quanto ao número de deputados distritais, à duração dos respectivos mandatos,
aos subsídios dos parlamentares etc. (§ 3º do art. 32);
• no tocante à legitimação para propositura de ação direta de inconstitucionalidade
perante o STF, a Constituição Federal dispensou à Mesa da Câmara Legislativa do
Distrito Federal o mesmo tratamento dado às Assembleias Legislativas Estaduais
(inciso IV do art. 103);

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• no modelo constitucional brasileiro, o Distrito Federal se coloca ao lado dos Estados-


membros para compor a pessoa jurídica da União;
• tanto os Estados-membros como o Distrito Federal participam da formação da vontade
legislativa da União (arts. 45 e 46).

II) Autogoverno: capacidade das entidades federativas (União, Estados-membros,


Distrito Federal e Municípios) de estruturarem os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

A capacidade de autogoverno do Distrito Federal e dos Municípios é limitada, uma vez que
não possuem Poder Judiciário próprio. No caso específico do Distrito Federal, à luz do
art. 21, inciso XIII, cabe à União organizar e manter o Poder Judiciário do Distrito Federal.

Art. 21. Compete à União:


[...]
XIII – organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;

III) Autolegislação (ou normatização própria): capacidade das entidades políticas


(União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) de criarem normas jurídicas gerais
e abstratas.
IV) Autoadministração: capacidade das entidades federativas (União, Estados-membros,
Distrito Federal e Municípios) de administrar a coisa pública sob sua gestão, especialmente
servidores e bens.

AUTO-ORGANIZAÇÃO

AUTOLEGISLAÇÃO AUTONOMIA AUTOADMINISTRAÇÃO


POLÍTICA

AUTOGOVERNO

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Mais uma vez, volto a chamar a sua atenção para não confundir autonomia com soberania.
Somente o Estado brasileiro (a República Federativa do Brasil), reconhecido como
pessoa jurídica de direito público internacional, possui soberania. Já a União, os Estados-
membros, o Distrito Federal e os Municípios possuem apenas autonomia política. Fechou?

010. (MPOG/EPPGG/2009) Nem o governo federal, nem os governos dos Estados, nem os
dos Municípios ou o do Distrito Federal são soberanos, porque todos são limitados, expressa
ou implicitamente, pelas normas positivas da Constituição Federal.

De fato, o governo federal, os governos dos Estados-membros, os governos dos Municípios


e o governo do Distrito Federal possuem tão somente autonomia política e não soberania.
Certo.

011. (MPOG/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/2013) A


União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são autônomos e possuem capacidade
de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração.

Exatamente isso!!!
Certo.

Dito isso, vamos estudar agora as entidades federativas (União, Estados-membros, Distrito
Federal e Municípios) e, também, entender o perfil constitucional dos Territórios. Vamos lá!

7. UNIÃO
A União é uma entidade federativa dotada de autonomia política, possuindo as
capacidades de auto-organização, por meio da Constituição Federal, de autogoverno (arts.
44, 76 e 92), de autolegislação (art. 22) e de autoadministração (art. 20).
No uso da capacidade de autolegislação, a União pode legislar privativamente sobre as
matérias do art. 22.
O autogoverno da União fica evidenciado pela capacidade de estruturar o Congresso
Nacional (art. 44), o Poder Executivo federal (art. 76) e os órgãos federais que compõem o
Poder Judiciário brasileiro (art. 92).
Dentro da capacidade de autoadministração, os bens da União estão previstos no art.
20, a saber:

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I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos: esse inciso
nos mostra que os bens da União elencados no art. 20 representam um rol meramente
exemplificativo.

II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e


construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei: nem todas as terras devolutas pertencem à União, apenas as indispensáveis
à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental. As demais terras devolutas pertencem aos Estados-
membros (art. 26, IV).

III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou


que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam
a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as
praias fluviais: o inciso em questão traz o domínio sobre as águas. Da leitura deste inciso
e do art. 26, I, extrai-se que as águas pertencem à União ou aos Estados-membros, jamais
pertencerão aos Municípios ou a particulares.

IV – as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede
de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental
federal, e as referidas no art. 26, II: as ilhas marítimas podem ser costeiras ou oceânicas.
Estas ilhas pertencem, em princípio, à União. Entretanto, a ilha costeira que contiver sede
de Município pertencerá ao Município (exemplo: a ilha de Florianópolis), a não ser a parcela
desta ilha que for afetada ao serviço público federal e a unidade ambiental federal, que será
área de domínio da União. Agora, em obediência à parte final deste inciso IV, pertencerá aos
Estados-membros as áreas nas ilhas oceânicas e costeiras que estiverem sob o seu domínio.

V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva: o


que se entende por plataforma continental e zona econômica exclusiva são conhecimentos
do Direito Administrativo. De todo modo, a título de cooperação, entende-se por plataforma
continental o leito e o subsolo do mar até o bordo exterior da margem continental brasileira
ou até 200 milhas marítimas (art. 11, da Lei nº 8.617, de 1993). Já a zona econômica exclusiva
representa a faixa de mar que se estende das 12 a 200 milhas marítimas (art. 6º, da Lei nº
8.617, de 1993).

VI – o mar territorial: tal qual o entendimento sobre a plataforma continental e a


zona econômica exclusiva, o conceito de mar territorial é extraído também do Direito

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Administrativo. Entende-se por mar territorial a faixa de 12 milhas marítimas, onde o


Estado brasileiro exerce a sua soberania (art. 1º, da Lei nº 8.617, de 1993).

VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos: também estudado no Direito


Administrativo, na parte que trata dos bens públicos, entende-se por terreno de marinha
a faixa de 33 metros de terra às margens dos mares, dos rios navegáveis e lagos.

VIII – os potenciais de energia hidráulica: são de domínio da União o aproveitamento


energético dos cursos de água.

IX– os recursos minerais, inclusive os do subsolo: tome cuidado porque as bancas


gostam de “jogar uma casca de banana” aqui. São de domínio da União os recursos minerais,
INCLUSIVE os do subsolo.
X – as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos:
qualquer lugar em que se situar uma cavidade natural subterrânea, bem como locais de
interesse arqueológicos, serão de domínio da União.

XI – as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios: são de domínio da União as


terras tradicionalmente ocupadas pelos índio, com o intuito de preservá-las e manter o
vínculo dos índios sobre elas.

O parágrafo primeiro deste art. 20 cuida da participação no resultado ou compensação


financeira à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Segundo a norma, é
assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos
para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração (redação dada pela EC nº 102, de 2019). A participação
no resultado está ligada a uma vantagem econômica em razão do domínio sobre o bem
público a ser explorado. Já a compensação financeira, tem natureza indenizatória, em
razão de algum dano proveniente desta exploração.
Por fim, o parágrafo segundo deste art. 20 trata da faixa de fronteira. Diz a norma que
a faixa de até 150 quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada
como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e
sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Tem que memorizar esse art. 20, especialmente para concursos federais. Assuma esse
compromisso consigo mesmo(a). Combinado?

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DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF fixou que a EC 46, de 2005, não interferiu na propriedade da União sobre os
terrenos de marinha e seus acrescidos, nos moldes do art. 20, inc. VII, situados em ilhas
costeiras sede de Municípios. Isso significa que são propriedade da União todos os
terrenos de marinha e seus acrescidos, inclusive aqueles situados nas ilhas costeiras
com sede de Município.

012. (IRB/DIPLOMATA/2013) Por abranger toda a ordem jurídica do Estado Federal brasileiro,
a União é pessoa jurídica de direito público internacional que se confunde com a República
Federativa do Brasil.

Todas as unidades federativas, inclusive a União, são pessoas jurídicas de direito público
interno. Além do mais, a União não se confunde com a República Federativa do Brasil.
Errado.

013. (MP-PE/ANALISTA/2012) De acordo com o artigo 20, inciso V, da Constituição Federal,


os recursos naturais da zona econômica exclusiva são bens
a) do Município de Salvador – BA.
b) do Estado de Pernambuco.
c) do Estado de Roraima.
d) da União.
e) do Município de Recife – PE

Esse tipo de questão nos mostra a importância de memorizar o acima transcrito art. 20,
da CF/1988.
Letra d.

014. (MPU/TÉCNICO DO MPU/2018) Será compartilhado o domínio de rio que banhe mais de
um estado-membro, pertencendo a cada um deles a parte que adentrar o seu território.

É bem da União, conforme o art. 20, III, da CF/1988.


Errado.

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015. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) As atuais terras indígenas demarcadas e localizadas


no estado do Maranhão são bens públicos federais.

É o que estabelece o art. 20, XI, da CF/1988.


Certo.

8. ESTADOS-MEMBROS
Os Estados-membros são entes que integram a Federação dotados de autonomia política,
em razão das capacidades de auto-organização (art. 25, caput), de autoadministração (art.
26), de autogoverno (arts. 27, 28 e 125) e de autolegislação (art. 25, §§ 1º, 2º e 3º).
A capacidade de auto-organização dos Estados-membros fica evidenciada pelo caput
do art. 25 que determina que os Estados se organizem por suas Constituições.
Por sua vez, a autolegislação está consignada nos parágrafos deste art. 25, segundo o qual:

Art. 25, [...]


§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes,
para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Vou tratar deste art. 25 com mais profundidade ao ensinar repartição de competências.
De acordo com o autogoverno dos Estados, o art. 27 trata da estruturação do Poder
Legislativo estadual, o art. 28 da estruturação do Poder Executivo estadual e o art. 125 da
estruturação do Poder Judiciário estadual. Vejamos.
O art. 27 regula o Poder Legislativo estadual, que será unicameral. Segundo o art.
27, caput, o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da
representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Ou seja,
se um Estado-membro da Federação tem até 12 Deputados Federais, basta multiplicar
esse número por 3 para saber quantos Deputados Estaduais haverá. Agora, se o Estado
tem mais de 12 Deputados Federais, o número de Deputados Estaduais será de 36 mais
o número que ultrapassar 12 Deputados Federais. Pensemos no Estado de São Paulo que
possui 70 Deputados Federais. O número de Deputados Estaduais será de 36 + (70-12)
= 94 Deputados Estaduais. Agora, pensemos no Distrito Federal que possui 8 Deputados
Federais. O número de Deputados Distritais será 8 x 3 = 24. Compreendeu?

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Já o § 1º do art. 27, determina que será de quatro anos o mandato dos Deputados
Estaduais, aplicando-se-lhes as regras da Constituição Federal sobre sistema eleitoral,
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e
incorporação às Forças Armadas.
Por seu turno, o § 2º do art. 27 assevera que o subsídio dos Deputados Estaduais será
fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, 75% daquele
estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.
O art. 27, § 3º, diz que compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento
interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
Por fim, o art. 27, § 4º, traz a possibilidade de iniciativa popular no processo legislativo
estadual, exigindo uma regulamentação por lei.
O art. 28, por sua vez, regulamenta o Poder Executivo estadual, definindo que a
eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao
mais, o disposto no art. 77 (que será trabalhado ao tratarmos do Poder Executivo federal)
(redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021).
Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público (art. 28, § 1º).
Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão
fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa (art. 28, § 2º).
Já o art. 125, permite que os Estados organizem seu Poder Judiciário, observados os
princípios estabelecidos na Constituição Federal (autogoverno). Aprofundaremos esse
estudo em Poder Judiciário.
À luz da autoadministração dos Estados-membros, são bens dos Estados (art. 26):

I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,


neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas
sob domínio da União, dos Municípios ou de terceiros;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

016. (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) As capacidades de auto-organização, autogoverno,


autoadministração e autolegislação reconhecidas aos Estados federados exemplificam a
autonomia que lhes é conferida pela Carta Constitucional.

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Exatamente isso!!!
Certo.

017. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) Ilha lacustre que não pertença à União pode ser
bem do estado federado ou do município, a depender da localização territorial.

Ilha lacustre que não pertença à União pertencerá ao Estado, conforme prevê o art. 26, III,
da CF/1988.
Errado.

9. DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal (DF) é um ente federativo com competências parcialmente tuteladas
pela União, conforme se extrai do art. 21, incisos XIII e XIV. Da leitura destes dois incisos,
verificamos que 6 órgãos que atuam no DF são organizados e mantidos pela União, quais
sejam: 1) o Poder Judiciário; 2) o Ministério Público; 3) a polícia civil; 4) a polícia militar; 5)
o corpo de bombeiros militares e 6) a polícia penal (de acordo com a nova redação dada
pela Emenda Constitucional n. 104, de 2019)
O DF possui autonomia política com capacidades de auto-organização (art. 32, caput),
de autogoverno (art. 32, §§ 2º e 3º), de autoadministração (art. 32, § 4º) e de autolegislação
(art. 32, § 1º).
Segundo a cabeça do art. 32, o DF se auto-organiza por sua Lei Orgânica, votada em
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
O Distrito Federal possui capacidade de autolegislação, conforme consigna o parágrafo
1º do art. 32, determinando que são atribuídas ao DF as competências legislativas reservadas
aos Estados e Municípios (a chamada competência cumulativa).
A capacidade de autogoverno do DF fica evidenciada pelos parágrafos 2º e 3º, que
tratam, respectivamente, da estruturação do Poderes Executivo e Legislativo. Vejamos:

Art. 32,
[...]
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos
Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato
de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.

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Ainda, dentro da capacidade de autoadministração do DF, o parágrafo 4º do art. 32


assevera que lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da
polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 104, de 2019).
Muito cuidado com os pontos que irei trabalhar doravante!
Inicialmente, atenção quanto à Capital Federal. Brasília é a Capital Federal, e não o
Distrito Federal, segundo o que prevê art. 18, § 1º.

018. (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) O Distrito Federal é a capital da República


Federativa do Brasil.

Brasília é a Capital Federal.


Errado.

Outro ponto que merece destaque é que a Constituição Federal vedou a possibilidade
de o Distrito Federal se dividir em Municípios, à luz do art. 32, caput.

019. (DPRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2013) O Distrito Federal (DF) é ente federativo


autônomo, pois possui capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração,
sendo vedado subdividi-lo em Municípios.

Exatamente conforme ensinamos.


Certo.

020. (PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) O Distrito Federal


(DF) não é um estado nem um município, mas possui competências legislativas de tais. As
características do DF não incluem
a) a auto-organização.
b) o autogoverno.
c) as autonomias tributária e financeira.
d) a possibilidade de subdividir-se em Municípios.
e) a autoadministração.

Por expressa determinação constitucional (art. 32, caput, da CF/1988), o DF não pode criar
Municípios.
Letra d.

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021. (MPE-ES/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2010) O DF é entidade federativa que


acumula as competências legislativas reservadas pela CF aos Estados e aos Municípios,
sendo permitida sua divisão em Municípios, desde que aprovada pela população diretamente
interessada, por meio de plebiscito, e pelo Congresso Nacional, mediante a edição de lei
complementar.

Na verdade, o DF é entidade federativa que acumula as competências legislativas reservadas


pela CF/1988 aos Estados e aos Municípios, sendo vedada sua divisão em Municípios.
Errado.

Brasília é a capital federal


Art. 18, § 1o

Vedada a divisão em Municípios


DF Art. 32, “caput” Rege-se por lei orgânica

Art. 21, XIII e XIV: Poder Judiciário, Ministério Público, polícia civil, polícia militar,
corpo de bombeiro militar e polícia penal serão mantidos pela União.
Autogoverno
Art. 32, § 4o
limitado

10. MUNICÍPIOS
Querido(a) aluno(a), apesar de existir uma corrente minoritária que diz o contrário,
segundo a doutrina majoritária, os Municípios são entes federativos dotados de autonomia
política, haja vista que são citados nos arts. 1º e 18 como integrantes da federação brasileira.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.

Como entidade federativa, os Municípios possuem autonomia política com capacidades


de auto-organização (art. 29, caput), de autolegislação (art. 30), de autogoverno (incisos
do art. 29) e de autoadministração (art. 30).
Segundo a cabeça do art. 29, o Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da
Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição
Federal e na Constituição do respectivo Estado-membro (capacidade de auto-organização
dos Municípios).

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Os incisos do art. 29 e do art. 29-A evidenciam o autogoverno dos Municípios. Tome


cuidado com os detalhes, especialmente se você fará concurso para um cargo municipal.
O inciso I do art. 29 define que a eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores,
para mandato de 4 anos, será realizada mediante pleito direto e simultâneo realizado em
todo o País. Especificamente com relação à eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, diz o inciso
II do art. 29 que será realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término
do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios
com mais de 200 mil eleitores. Ou seja, só haverá segundo turno nos Municípios com mais
de 200.000 eleitores. Nos Municípios com um número de eleitores inferior a este, haverá
um turno único para a eleição de Prefeitos e Vice-Prefeitos. Cuidado com isso. A posse do
Prefeito e do Vice-Prefeito será no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição.
O art. 29, inc. IV, estabelece limites para a composição das Câmaras Municipais, em
razão do número de habitantes da municipalidade. Assim, para a composição das Câmaras
Municipais, será observado o limite máximo de:

a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;


b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até
30.000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até
50.000 (cinquenta mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até
80.000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de
até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009)
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes
e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes
e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e
de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta
mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e
de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil)
habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes
e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes;
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta
mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;

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n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos
mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta
mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos
mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos
mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos
mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de
habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de
habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de
habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de
habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de
habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de
habitantes;

De acordo com o art. 29, inc. V, os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos


Secretários Municipais serão fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal. Já o subsídio
dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para
a subsequente, observado o que dispõe a Constituição Federal, observados os critérios
estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos (art. 29, VI):

a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá
a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

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Importante dizer que o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não
poderá ultrapassar o montante de 5% da receita do Município, segundo o art. 29, inc. VII.
Com relação à imunidade material dos Vereadores, a Constituição Federal assegura a
inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato, mas limita esta
imunidade material aos limites territoriais da circunscrição do Município (art. 29, VIII). Por
seu turno, o art. 29, inc. IX, assevera que as proibições e as incompatibilidades, no exercício
da vereança, serão similares, no que couber, ao disposto na Constituição Federal para os
membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros
da Assembleia Legislativa.
Cuidado com o seguinte detalhe: o Vereador não tem foro por prerrogativa de função.
Caso cometa um crime comum, será processado e julgado pelo juízo de primeira instância.
No entanto, se praticar um crime doloso contra a vida, será processado e julgado perante
o tribunal do júri.
Como vimos, a Constituição Federal não previu foro especial para os Vereadores, mas
o fez para os Prefeitos, que serão julgados pelo cometimento de crime comum perante o
Tribunal de Justiça do seu Estado-membro (art. 29, X).
Os incs. XI e XII deste art. 29 preveem: a) a organização das funções legislativas e
fiscalizadoras da Câmara Municipal; e b) cooperação das associações representativas no
planejamento municipal.
O art. 29, inc. XIII, prevê a possibilidade de iniciativa popular no processo legislativo
municipal. Isso é muito importante. Segundo a norma, a iniciativa popular de projetos de
lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, exige a manifestação de,
pelo menos, 5% do eleitorado municipal.
Por fim, o art. 29, inc. XIV estende aos Prefeitos a possibilidade de perda do mandato
quando assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada
a posse em virtude de concurso público.
O art. 29-A traz limites para a despesa das Câmaras de Vereadores. Segundo a norma,
o total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e
excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais:
I – 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;
II – 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000
(trezentos mil) habitantes;
III – 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e
500.000 (quinhentos mil) habitantes;
IV – 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre
500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
V – 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um)
e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
VI – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de
8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.

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DICA DO LD
Essa redação apresentada do “caput” do art. 29-A é a que
está em vigor. Mas em 2025 será diferente. Vejamos!
Foi publicado a Emenda Constitucional nº 109, de 2021,
alterando o “caput” do art. 29-A, passando a prever a seguinte
redação: “o total da despesa do Poder Legislativo Municipal,
incluídos os subsídios dos Vereadores e os demais gastos
com pessoal inativo e pensionistas, não poderá ultrapassar
os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita
tributária e das transferências previstas no § 5º do art.
153 e nos arts. 158 e 159 desta Constituição, efetivamente
realizado no exercício anterior: [...]”.
Perceba que o que mudou foi a INCLUSÃO dos gastos com
inativos e pensionistas no teto de gastos da Câmara de
Vereadores. Só que essa nova redação ainda não está em
vigor, em razão do art. 7º, da EC nº 109, de 2021, que diz
que “esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de
sua publicação, exceto quanto à alteração do art. 29-A da
Constituição Federal, a qual entra em vigor a partir do
início da primeira legislatura municipal após a data de
publicação desta Emenda Constitucional”.
O início da próxima legislatura municipal só se dará em 2025.
Resumo da ópera:
1) a redação apresentada inicialmente, que exclui do teto
de gastos da Câmara de Vereadores os valores pagos aos
inativos, é o que está valendo até 2025;
2) em 2025, as Câmaras Municipais deverão incluir no seu
teto de gastos os proventos pagos a inativos e pensionistas.
Compreendeu? Colou com o LD?

Ademais, a Câmara Municipal não gastará mais de 70% de sua receita com folha
de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores (art. 29-A, § 1º).
Caso o Presidente da Câmara Municipal desrespeite este limite, cometerá crime de
responsabilidade (art. 29-A, § 3º).
O § 2º do art. 29-A, por sua vez, assevera que constitui crime de responsabilidade do
Prefeito Municipal: I – efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo 29-A;
II – não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou III – enviá-lo a menor em relação à
proporção fixada na Lei Orçamentária.

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O art. 30 traz as competências legislativas municipais, o que demonstra a autolegislação


dos Municípios. Vejamos.

Art. 30. Compete aos Municípios:


I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação
infantil e de ensino fundamental;
VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento
à saúde da população;
VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e
controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual.

Por fim, o art. 31 regulamenta como se dará os controles externo e interno dos Municípios.
Muito cuidado com a redação deste art. 31, especialmente para concursos municipais. De
acordo com este artigo, a fiscalização dos Municípios:
1) será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei;
2) o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais
de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios, onde houver;
3) o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros
da Câmara Municipal;
4) as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição
de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei;
5) é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Quando
diz que é vedada a criação, significa que os Tribunais de Contas Municipais que já existiam
antes do avento da atual Constituição Federal continuaram existindo. São os casos dos
Tribunais de Contas dos Municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo. Fora esses, não existem
outros Tribunais de Contas Municipais.

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022. (TJ-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) A autonomia municipal funda-se na capacidade


de auto-organização, autogoverno, autoadministração e capacidade normativa própria,
de acordo com a Constituição Federal de 1988.

Exatamente conforme ensinamos.


Certo.

023. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) O município de São Luís, no estado do Maranhão,


é competente para organizar serviços públicos de interesse local; entretanto, se esses
serviços forem de transporte coletivo, tal competência será da União.

Segundo o art. 30, V, da CF/1988, compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente
ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído
o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.
Errado.

024. (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) As leis orgânicas dos municípios podem criar


conselhos ou órgãos de contas municipais para exercer o controle externo do Poder Executivo
municipal.

De acordo com o art. 31, § 4º, da CF/1988, é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou
órgãos de Contas Municipais.
Errado.

025. (PREF. JOÃO PESSOA-PB/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/2018) Conforme


a CF, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios possuem Poder Legislativo,
Poder Executivo e Poder Judiciário, independentes e harmônicos entre si.

Essa questão é muito interessante. Tal qual o Distrito Federal, os Municípios também não
possuem Poder Judiciário próprio.
Errado.

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Regem-se por lei orgânica, votada em 2 turnos, com o interstício mínimo


de 10 dias, e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal
e na Constituição do respectivo Estado-membro.
Art. 29, “caput”

MUNICÍPIOS

Autogoverno não possuem Poder Judiciário próprio


limitado

11. TERRITÓRIOS FEDERAIS


Prezado(a) aluno(a), muito cuidado com os Territórios! Despencam em concurso público.
Os Territórios possuem natureza jurídica de autarquias federais, integrantes da
Administração Pública indireta da União. São também chamados de autarquias territoriais.
Perceba que os Territórios não são entidades federativas, portanto, não possuem
autonomia política.
Apesar de não existirem, é possível a criação de novos Territórios federais, basta a
edição de uma lei complementar, conforme determina o art. 18, § 2º:

Art. 18, § 2º os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

026. (MF/PROCESSO SELETIVO INTERNO/2008) Na atualidade, não existem Territórios


Federais. Contudo, se criados, integrarão unidade autônoma, e não a própria União, razão
pela qual terão organização administrativa própria.

Na verdade, na atualidade, não existem Territórios federais e, se criados, não integrarão


unidade autônoma, mas sim integrarão a União na qualidade de autarquia.
Errado.

027. (CGU/AFC/2008) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, depende
de emenda à Constituição Federal.

A criação de Territórios federais, que fazem parte da União, depende de lei complementar.
Errado.

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028. (MPU/NÍVEL MÉDIO/2013) O constituinte originário atribuiu caráter de ente federativo


aos Municípios e territórios federais, ainda que lhes tenha conferido autonomia limitada,
caracterizada pela ausência de Poder Judiciário, Ministério Público (MP) e defensoria pública
nessas esferas de governo.

A questão estaria correta se fossem retirados do contexto da afirmação os Territórios, que


não possuem caráter de ente federativo. O correto seria: o constituinte originário atribuiu
caráter de ente federativo aos Municípios, ainda que lhes tenha conferido autonomia
limitada, caracterizada pela ausência de Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria
Pública nessa esfera de governo.
Errado.

029. (FUNASA/NÍVEL SUPERIOR/2013) Nos termos da CF, os territórios federais não são
considerados entes federativos, isto é, não gozam de autonomia política, mas integram a
União e possuem natureza de mera autarquia.

Exatamente como ensinamos.


Certo.

Ainda sobre os Territórios, o art. 33 traz algumas informações interessantes:


1) os Territórios poderão ser divididos em Municípios. Olha que curioso: o Distrito
Federal, que é entidade federativa, não pode ser subdividido em Municípios. Já os Territórios,
que não são entes federativos, podem ser dividido em Municípios;
2) as contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer
prévio do Tribunal de Contas da União. Isso ocorre por se tratar de uma autarquia territorial federal;
3) nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador
nomeado na forma da Constituição Federal (pelo Presidente da República, com aprovação
do Senado Federal), haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros
do Ministério Público e defensores públicos federais.

DICA DO LD
Os Municípios criados nos Territórios federais serão entidades
federativas semelhantes aos demais Municípios situados nos
Estados-Membros, portanto, terão autonomia política.

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030. (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) Atualmente, não existem territórios federais


no Brasil, mas a Constituição Federal de 1988 prevê a possibilidade de serem criados por
meio de lei complementar.

É o que prevê o art. 18, § 2º, da CF/1988.


Certo.

031. (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011) De acordo com a CF, são entes da Federação a União,
os Estados e o DF, não sendo os territórios e os Municípios considerados entes autônomos,
visto que os primeiros representam autarquias territoriais da União e os segundos, divisões
político-territoriais dos Estados-membros.

O erro está na afirmação de que os Municípios não são entes da Federação.


Errado.

autarquias federais (não possuem autonomia política)


contas são submetidas ao Congresso Nacional, com
Natureza
parecer do TCU (art. 33, § 2o)
Jurídica

TERRITÓRIOS Poderão ser divididos em Municípios (art. 33 § 1o)

Governador nomeado pelo Presidente da República (art. 84,


Com mais de 100 XIV), com aprovação do Senado (art. 52, III, “c”)
mil habitantes, terão Poder Judiciário de 1a e 2a instância
(art. 33, § 3o): Ministério Público
Defensoria Pública

12. FORMAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS


Segundo o art. 18, § 3º, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Portanto, a criação de novos Estados-membros depende da satisfação de dois requisitos:
• aprovação da população diretamente interessada por plebiscito;
• lei complementar federal.

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A formação de novos Estados-membros pode se aperfeiçoar por:


a) fusão: incorporação de Estados-membros entre si, formando um terceiro e novo
Estado-membro; aqui os Estados-membros originários deixam de existir;
b) cisão: um Estado-membro subdivide-se, formando dois ou mais Estados-membros
novos; neste caso, o Estado-membro originário também desaparece;
c) desmembramento: desmembramento de um Estado-membro em outro(s), sem que o
originário deixe de existir. Pode se dar por desmembramento-anexação ou desmembramento-
formação: i) desmembramento-anexação: a parte desmembrada anexa-se a outro Estado-
membro preexistente, ampliando o seu território inicial; ii) desmembramento-formação:
a parte desmembrada se transformará em um, ou mais de um, novo Estado-membro
(exemplo: art. 13 do ADCT – criação do Estado de Tocantins pelo desmembramento do
Estado de Goiás).

DICA DO LD
Aprovada a criação de um novo Estado-membro pela
população diretamente interessada, mediante plebiscito,
o Poder Legislativo federal (o Congresso Nacional) tem
liberdade plena para decidir pela criação ou não da entidade
federativa. Agora, se o plebiscito for desfavorável, o
procedimento está encerrado, uma vez que a aprovação
da população diretamente interessada constitui verdadeira
condição de procedibilidade do processo legislativo da lei
complementar.

13. FORMAÇÃO DOS MUNICÍPIOS


Por seu turno, à luz do art. 18, § 4º, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
de Municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar
federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados
e publicados na forma da lei.
Ou seja, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento dos Municípios dependem
de quatro requisitos:
• lei complementar federal, que determinará o período e o procedimento a ser adotado;
• Estudo de Viabilidade Municipal, o qual deve ser apresentado, na forma da lei;

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• plebiscito convocado pela respectiva Assembleia Legislativa, desde que o resultado


do Estudo de Viabilidade Municipal seja positivo;
• lei estadual, dentro do período que a lei complementar federal definir, se os requisitos
anteriores forem respeitados.

DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF declarou que a norma do art. 18, § 4º, é de eficácia limitada. Dessa forma, a não
edição da lei complementar federal fez com que o Plenário da Suprema Corte declarasse a
inconstitucionalidade das leis estaduais que criaram Municípios sem a existência da citada
lei complementar federal, mas não pronunciou a nulidade dos atos atacados, mantendo-os
vigentes por mais dois anos.

032. (TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2006) Nos termos da Constituição Federal,


a criação de novos Municípios, que é feita por lei estadual, só poderá se realizar quando
for publicada a lei complementar federal que disciplinará o período dentro do qual será
autorizada essa criação.

Conforme o art. 18, § 4º, da CF/1988.


Certo.

033. (MPOG/EPPGG/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de


Municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados
na forma da lei.

Transcrição do art. 18, § 4º, da CF/1988.


Certo.

034. (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A CF permite a fusão de municípios, desde


que autorizada por lei estadual e precedida por consulta em plebiscito às populações dos
municípios envolvidos, após a divulgação de estudo de viabilidade municipal.

De acordo com o art. 18, § 4º, da CF/1988.


Certo.

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aprovação da população direta-


mente interessada (plebiscito)
Estados lei complementar federal

lei complementar federal


FORMAÇÃO Municípios estudo de viabilidade municipal
consulta às populações dos Municípios
envolvidos (plebiscito)
lei estadual

lei complementar federal


Territórios

14. VEDAÇÃO AOS ENTES FEDERADOS


Segundo o art. 19, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
1) estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcio-
namento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Isso se dá
pela laicidade do Estado brasileiro, que não adota nenhuma religião oficial;
2) recusar fé aos documentos públicos;
3) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. À luz desta vedação, o STF
não tem admitido que haja preferência em licitações a produtos de empresas situa-
das em determinada região, tampouco que se dê preferência em concurso público a
pessoas nascidas em determinado lugar.

DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Com amparo no art. 19, III, o STF assentou que é inconstitucional a lei estadual que estabeleça
como condição de acesso a licitação pública, para aquisição de bens ou serviços, que a empresa
licitante tenha a fábrica ou sede no Estado-membro.

15. INTERVENÇÃO
O que é a intervenção? Intervenção é uma medida excepcional tomada por uma
entidade federativa de maior grau (União ou Estado-membro) em face de outra entidade
federativa de menor grau (Estado-membro, Distrito Federal ou Município), em que se afasta
temporariamente a autonomia política do ente onde se opera a intervenção.
A União intervém nos Estados-membros ou no Distrito Federal e os Estados-membros
intervém nos seus Municípios. Mas será que haveria a possibilidade da União intervir
diretamente em Municípios? Sim, mas apenas em Municípios situados em Território Federal.
Isto é, a União jamais intervirá em Municípios situados nos Estados-membros.

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As hipóteses de intervenção federal estão previstas (em rol taxativo) no art. 34, são elas:
I – manter a integridade nacional;
II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais (conhecidos como
princípios constitucionais sensíveis):
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde.
Da leitura dos incisos dos art. 34 e 36, extraímos que há 4 tipos de intervenção. Vejamos.
1) intervenção espontânea: são as hipóteses presentes nos incs. I, II, III e V do art. 34.
Nesse caso, o Presidente da República tem liberdade para decidir pela intervenção
(ou não), ouvindo antes o Conselho da República (art. 90, I) e o Conselho de Defesa
Nacional (art. 91, § 1º II);
2) intervenção provocada por solicitação: é a hipótese prevista no art. 34, IV, quando
a coação recair sobre o Poder Legislativo ou o Poder Executivo do Estado ou do Dis-
trito Federal. Nesse caso, o Poder coagido solicita ao Presidente da República a inter-
venção federal, porém o Presidente da República não estará vinculado ao pleito. Pelo
contrário, terá liberdade para intervir ou não, ouvindo antes o Conselho da República
(art. 90, I) e o Conselho de Defesa Nacional (art. 91, § 1º II);
3) intervenção provocada por requisição: são as hipóteses do mesmo art. 34, IV (quan-
do a coação for exercida contra o Poder Judiciário) e do art. 34, VI, segunda parte (no
caso de desobediência de ordem ou decisão judicial). Se se tratar de matéria eleito-
ral, a requisição fica a cargo do Tribunal Superior Eleitoral. Se estiver sendo descum-
prida uma ordem do Superior Tribunal de Justiça, a ele cabe a requisição. Nas demais
matérias, a requisição compete ao Supremo Tribunal Federal. Aqui, o Presidente da
República estará vinculado à requisição do Poder Judiciário.
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4) intervenção provocada por provimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de


representação do Procurador-Geral da República (PGR): também chamada de re-
presentação interventiva ou ação direta de inconstitucionalidade interventiva, ocor-
re no caso do art. 34, VII (desrespeito aos princípios constitucionais sensíveis) e para
prover a execução de lei federal (art. 34, VI, parte inicial). Se o STF der provimento à
representação do PGR, o Presidente da República será obrigado a intervir.
Por sua vez, o art. 35 traz as hipóteses taxativas de intervenção estadual, quais sejam:
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada;
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e de-
senvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância
de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de
ordem ou de decisão judicial.

DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Segundo o STF, é inconstitucional - por violação aos princípios da simetria e da
autonomia dos entes federados - norma de Constituição Estadual que prevê hipótese
de intervenção do Estado-membro no Município fora das que são taxativamente
elencadas no art. 35, da Constituição Federal.

O instrumento normativo que efetivamente deflagra a intervenção é o decreto do Chefe


do Poder Executivo competente. Conforme o art. 36, § 1º, o decreto de intervenção, que
especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o
interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa
do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. Isso para que o Poder Legislativo competente
realize o controle político sobre essa medida excepcional.
Para viabilizar o controle político sobre a intervenção, determina o art. 36, § 2º, que
se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á
convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
Nos casos do art. 34, VI e VII, e do art. 35, IV, não haverá controle político pelo Poder
Legislativo competente. Conforme o art. 36, § 3º, nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art.
35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o
decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade.

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Por fim, determina o art. 36, § 4º, que, cessados os motivos da intervenção, as autoridades
afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

excepcional possibilidade de supressão temporária da


autonomia política realizada por um ente de maior grau
sobre um ente de menor grau
Conceito

Art. 34
Intervenção Federal nos Estados ou no Distrito Federal e nos Municípios
situados em Territórios
INTERVENÇÃO
Art. 35
Intervenção nos seus Municípios
Estadual

Rol taxativo

Art. 34, I, II, III e V


Presidente da República age de ofício, ouvido o Conselho da República
Espontânea
(art. 90, I) e o Conselho de Defesa Nacional (art. 91, § 1o, II)

Art. 34 - quando a coação recair sobre os Poderes


Legislativo ou Executivo
Dependerá de solicitação do Poder coagido (art. 36, I,
Provocada por primeira parte)
solicitação o Presidente da República não estará vinculado à
solicitação
INTERVENÇÃO
FEDERAL Art. 34, IV - quando a coação dependerá de requisição do STF
recair sobre o Poder Judiciário (art. 36, I, parte final)
Provocada por Art. 34, VI, segunda parte - deso- dependerá de requisição do STF, do
requisição bediência de ordem ou decisão STJ ou do TSE (de acordo com a
judicial matéria)(art. 36, II)
o Presidente da República estará vinculado à requisição

Provocada por
provimento de Art. 34, VII - desrespeito aos princípios constitucionais sensíveis
representação Art. 34, VI, parte inicial - prover a execução de lei federal
do PGR

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Decreto do Chefe do Poder Executivo (arts. 84, X, e 36, § 1°)


INSTRUMENTO
INTERVENÇÃO FEDERAL Congresso Nacional (art. 49, IV)
INTERVENÇÃO ESTADUAL Assembleia Legislativa
CONTROLE POLÍTICO
(ART. 36, § 3°) Art. 34, VI e VII
DISPENSADO
Art. 35, IV
INTERVENÇÃO
RECESSO PARLAMENTAR Convocação extraordinária em 24 h
(ART. 36, § 2º )

FIM DA INTERVENÇÃO Retorno das autoridades afastadas


(ART. 36, § 4°)

SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIA APLICÁVEIS


1) ADI 4.579: A lei estadual não pode impor o comparecimento de representante
de uma entidade federal, no caso, a Ordem dos Advogados do Brasil, para integrar
órgão da Administração Pública estadual, sob pena de ofensa à autonomia dos entes
federativos (artigo 18 da Constituição Federal). [ADI 4.579, rel. min. Luiz Fux, j. 13-2-
2020, P, DJE de 28-4-2020.]

2) ADI 1.842: A CF conferiu ênfase à autonomia municipal ao mencionar os Municípios


como integrantes do sistema federativo (art. 1º da CF/1988) e ao fixá-la junto
com os Estados e o Distrito Federal (art. 18 da CF/1988). A essência da autonomia
municipal contém primordialmente (i) autoadministração, que implica capacidade
decisória quanto aos interesses locais, sem delegação ou aprovação hierárquica; e (ii)
autogoverno, que determina a eleição do chefe do Poder Executivo e dos representantes
no Legislativo. O interesse comum e a compulsoriedade da integração metropolitana
não são incompatíveis com a autonomia municipal. O mencionado interesse comum
não é comum apenas aos Municípios envolvidos, mas ao Estado e aos Municípios do
agrupamento urbano.
[ADI 1.842, rel. min. Gilmar Mendes, j. 6-3-2013, P, DJE de 16-9-2013.]

3) ADI 2.452: Vedação à aquisição pelos demais Estados-membros de ações de


propriedade do Estado de São Paulo no capital das concessionárias de eletricidade
paulistas. Razões econômicas e políticas legitimam a restrição contida no preceito
impugnado. A limitação mencionada afasta possível tensão nas relações entre as
unidades federativas envolvidas.
[ADI 2.452, rel. min. Eros Grau, j. 17-6-2010, P, DJE de 17-9-2010.]

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4) ADI 692: Viola a autonomia dos Municípios (art. 29, IV, da CF/1988) lei estadual que
fixa número de vereadores ou a forma como essa fixação deve ser feita.
[ADI 692, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 2-8-2004, P, DJ de 1º-10-2004.]

5) ACO 1.062: O STF tem reconhecido a ocorrência de conflito federativo em situações


nas quais a União, valendo-se de registros de supostas inadimplências dos Estados
no Siafi e no Cadastro de Créditos não quitados do setor público federal (Cadin),
impossibilita sejam firmados acordos de cooperação, convênios e operações de crédito
entre Estados e entidades federais. O registro da entidade federada por suposta
inadimplência nesses cadastros federais pode sujeitá-la a efeitos gravosos, com
desdobramentos para a transferência de recursos.
[AC 2.200 MC-REF, rel. min. Cármen Lúcia, j. 2-2-2009, P, DJE de 27-2-2009.]
Vide ACO 1.062 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 13-8-2014, P, DJE de 25-8-2014

6) RE 1.171.699: Declaração de inconstitucionalidade da alteração dos limites


intermunicipais por ausência de observância do § 4º do art. 18 da Constituição da
República. A exigência da realização de plebiscito, como se determina no § 4º do art.
18 da Constituição da República, não foi afastada pelo art. 96 do ato das disposições
constitucionais transitórias, introduzido pela emenda constitucional 57/2008, sendo
ilegítimo o município ocupante para cobrar o imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana – IPTU nos territórios indevidamente incorporados.
[RE 1.171.699, rel. min. Carmen Lúcia, j. 29-11-2019, P, DJE de 18-12-2019, Tema 400.]

7) ADI 3.478: O direito à liberdade de religião, como expectativa normativa de um


princípio da laicidade, obsta que razões religiosas sejam utilizadas como fonte de
justificação de práticas institucionais e exige de todos os cidadãos, os que professam
crenças teístas, os não teístas e os ateístas, processos complementares de aprendizado
a partir da diferença. O direito dos militares à assistência religiosa exige que o Estado
abstenha-se de qualquer predileção, sob pena de ofensa ao art. 19, I, da CRFB. Norma
estadual que demonstra predileção por determinada orientação religiosa em detrimento
daquelas inerentes aos demais grupos é incompatível com a regra constitucional de
neutralidade e com o direito à liberdade de religião.
[ADI 3.478, rel. min. Edson Fachin, j. 20-12-2019, P, DJE de 19-2-2020.]

8) ADI 5.257: A oficialização da Bíblia como livro-base de fonte doutrinária para


fundamentar princípios, usos e costumes de comunidades, igrejas e grupos no Estado
de Rondônia implica inconstitucional discrímen entre crenças, além de caracterizar
violação da neutralidade exigida do Estado pela Constituição Federal.
[ADI 5.257, rel. min. Dias Toffoli, j. 20-9-2018, P, DJE de 3-12-2018.]

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9) ADPF 54: O Brasil é uma república laica, surgindo absolutamente neutro quanto às
religiões.
[ADPF 54, rel. min. Marco Aurélio, j. 12-4-2012, P, DJE de 30-4-2013.]
Vide ADI 4.439, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 27-9-2017, P, DJE de 21-6-2018

10) ADI 5.776: Lei Estadual 6.677/1994 do Estado da Bahia. Concurso público. Empate
entre candidatos. Preferência em ordem de classificação a candidato que contar mais
tempo de serviço prestado ao ente. (...) O dispositivo legal impugnado tem o claro
propósito de conferir tratamento mais favorável a servidores do Estado da Bahia, em
detrimento dos demais Estados da Federação, estando em frontal desacordo com o
art. 19, III, da CF, que veda o estabelecimento de distinções entre brasileiros com base
na origem ou procedência.
[ADI 5.776, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 19-12-2018, P, DJE de 3-4-2019.]

11) ADI 3.583: É inconstitucional a lei estadual que estabeleça como condição de acesso
a licitação pública, para aquisição de bens ou serviços, que a empresa licitante tenha
a fábrica ou sede no Estado-membro.
[ADI 3.583, rel. min. Cezar Peluso, j. 21-2-2008, P, DJE de 14-3-2008.]

12) Súmula 650, do STF: Os incisos I e XI do art. 20 da CF não alcançam terras de


aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.

13) Súmula 479, do STF: As margens dos rios navegáveis são de domínio público,
insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.

14) RE 636.199: Ao equiparar o regime jurídico-patrimonial das ilhas costeiras em


que sediados Municípios àquele incidente sobre a porção continental do território
brasileiro, a EC 46/2005 não interferiu na propriedade da União, nos moldes do art. 20, VII,
da Constituição da República, sobre os terrenos de marinha e seus acrescidos situados
em ilhas costeiras sede de Municípios, incólumes as relações jurídicas daí decorrentes.
[RE 636.199, rel. min. Rosa Werber, j. 27-4-2017, P, DJE de 3-8-2017, Tema 676.]

15) ADI 2.080: (...) conforme já decidido pelo Plenário desta Suprema Corte quando
do indeferimento da medida cautelar (...), entendo não violar a Constituição Federal
a previsão, em Constituição e Legislação Estaduais, para fins tributários, de que as
porções do mar territorial, da plataforma continental e da zona econômica exclusiva
integram o território do Estado do Rio de Janeiro e Municípios do litoral.
[ADI 2.080, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 18-10-2019, P, DJE de 6-11-2019.]
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16) ADI 4.846: Os royalties são receitas originárias da União, tendo em vista a propriedade
federal dos recursos minerais, e obrigatoriamente transferidas aos Estados e Municípios.
(...) É constitucional a imposição legal de repasse de parcela das receitas transferidas
aos Estados para os municípios integrantes da territorialidade do ente maior.
[ADI 4.846, rel. min. Edson Fachin, j. 9-10-2019, P, DJE de 18-2-2020.]

17) ADI 4.606: Segundo jurisprudência assentada nesta CORTE, as rendas obtidas nos
termos do art. 20, § 1º, da CF constituem receita patrimonial originária, cuja titularidade
– que não se confunde com a dos recursos naturais objetos de exploração – pertence
a cada um dos entes federados afetados pela atividade econômica. Embora sejam
receitas originárias de Estados e Municípios, as suas condições de recolhimento e
repartição são definidas por regramento da União, que tem dupla autoridade normativa
na matéria, já que cabe a ela definir as condições (legislativas) gerais de exploração
de potenciais de recursos hídricos e minerais (art. 22, IV e XII, da CF), bem como as
condições (contratuais) específicas da outorga dessa atividade a particulares (art.
176, parágrafo único, da CF). Atualmente, a legislação de regência determina seja o
pagamento ‘efetuado, mensalmente, diretamente aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios e aos órgãos da Administração Direta da União’ (art. 8º da Lei 7.990/1989).
[ADI 4.606, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 28-2-2019, P, DJE de 6-5-2019.]

18) ADI 5.520: A Emenda Constitucional 61/2012 de Santa Catarina conferiu status
de carreira jurídica, com independência funcional, ao cargo de delegado de polícia.
Com isso, alterou o regime do cargo e afetou o exercício de competência típica da
chefia do Poder Executivo, o que viola a cláusula de reserva de iniciativa do chefe do
Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, c, extensível aos Estados-Membros por força do art.
25 da CF).
[ADI 5.520, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 6-9-2019, P, DJE de 20-9-2019.]

19) ADI 5.007: Nos termos do § 1º do art. 27 da Constituição da República, os Estados-


membros deverão observar as normas relativas à perda de mandato previstas no § 3º
do art. 55 da Constituição da República. (...) O condicionamento da perda de mandato
de deputados estaduais e de governador ao trânsito em julgado de decisão da Justiça
Eleitoral contraria os princípios constitucionais da República brasileira por atrasar, sem
fundamento constitucional, o cumprimento de medidas que densificam a soberania
popular, a moralidade administrativa e a separação dos Poderes.
[ADI 5.007, rel. min. Cármen Lúcia, j. 11-4-2019, P, DJE de 26-6-2019.]

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20) ADI 5.690: É constitucional legislação federal que estabeleça novas eleições para os
cargos majoritários simples – isto é, Prefeitos de Municípios com menos de duzentos
mil eleitores e Senadores da República – em casos de vacância por causas eleitorais.
[ADI 5.690, rel. min. Roberto Barroso, j. 8-3-2018, P, Informativo 893.]

21) RE 881. 422: O art. 29, IV, da CF de 1988, em sua redação original, estabelecia três
faixas populacionais para nortear as quantidades máximas e mínimas de vereadores em
cada Município, devendo esse, atendendo ao princípio da proporcionalidade, estabelecer
o quantitativo suficiente ao atendimento das demandas locais. A amplitude elastecida
do espaço de decisão legislativa quanto ao número de vereadores permitiu distorções
no sistema, levando o Congresso Nacional a editar a EC 58, de 23 de setembro de
2009, que conferiu nova redação para o art. 29, IV, da CF/1988, ampliando de 3 para
25 as faixas populacionais que orientariam essa fixação e estabelecendo tão somente
o limite máximo do número de vereadores para cada faixa populacional. A intenção
do constituinte reformador foi conferir objetividade no estabelecimento do número
de vereadores, sem, contudo, coartar a autonomia dos Municípios, princípio que foi
valorizado pela Constituição de 1988, permitindo certa flexibilidade na definição do
número de representantes das casas legislativas municipais. (...) A EC 58/2009 buscou
viabilizar, exatamente, que Municípios de realidades distintas, apesar de possuírem
número aproximado de habitantes, pudessem fixar quantitativo de vereadores
compatível com sua realidade, assegurando-se, ao mesmo tempo, o cumprimento
dos princípios da proporcionalidade, da autonomia municipal e da isonomia. Para tanto
é que foram retirados do texto constitucional os limites mínimos, permitindo certa
flexibilidade na atuação das Câmaras Municipais, sem que se corresse o risco de ser
malferida a razoabilidade na fixação do número de vereadores.
[RE 881.422, rel. min. Dias Toffoli, j. 7-2-2018, P, DJE de 16-5-2018.]

22) Súmula 703, do STF: A extinção do mandato do prefeito não impede a instauração
de processo pela prática dos crimes previstos no art. 1º do DL 201/1967.

23) Súmula 702, do STF: A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos
restringe-se aos crimes de competência da Justiça comum estadual; nos demais casos,
a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.

24) ADI 5.763: A interpretação sistemática dos parágrafos 1º e 4º do artigo 31 da


Constituição Federal revela ser possível a extinção de Tribunal de Contas responsável
pela fiscalização dos Municípios mediante a promulgação de Emenda à Constituição

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estadual, surgindo impróprio afirmar que o Constituinte proibiu a supressão desses


órgãos. (...) É inviável, a partir de leitura sistemática dos preceitos constitucionais,
assentar a impossibilidade de Emenda à Constituição, de iniciativa parlamentar, versar
a extinção de Tribunal de Contas estadual.
[ADI 5.763, rel. min. Marco Aurélio, j. 26-10-2017, P, DJE de 23-10-2019.]

É isso! Conseguiu acompanhar? Espero que sim. De todo modo, estou disponível no
nosso fórum de dúvidas. Gostaria de receber sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é
muito importante para nós.
Forte abraço, fique com Deus e bons estudos!

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RESUMO
Conceito de Estado: reunião de um povo, em um território determinado, dotado de
um governo soberano.
Elementos dos Elementos do Estado: povo, território, governo, soberania e finalidade.
Povo: é o conjunto de nacionais, no nosso caso, o conjunto de brasileiros natos e
naturalizados.
Território: é o espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce o seu poder soberano,
compreendido pelo espaço terrestre, pelo mar territorial e pelo espaço aéreo sobrejacente.
Governo: conjunto de decisões políticas.
Soberania: é, no plano interno, o poder que o Estado tem de, dentro de seu território
e sobre o seu povo, impor sua ordem jurídica (suas normas); já na órbita internacional, é o
dever de observância da igualdade entre os Estados, todos igualmente soberanos.
Finalidade: atingimento do bem comum.
Formas de Estado: a) Unitário - não há repartição de poder, ou seja, o poder é exercido
de forma central; b) Federado - há repartição de poderes por entes regionais dotados de
autonomia política.
Formas de Governo: a) República - possui as seguintes características: 1) eletividade:
os representantes são eleitos de forma direta e, excepcionalmente, de forma indireta;
2) cumprimento de mandato: significa a temporariedade de permanência no governo
(necessidade de alternância no poder); 3) dever de prestar contas de seus atos: o governante
possui responsabilidades perante o povo que o elegeu; b) Monarquia - as características
são: 1) hereditariedade: a instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por
vínculo sanguíneo; 2) vitaliciedade: não temporário; o governante fica no poder até sua
morte ou eventual abdicação do trono; 3) não prestação de contas: o monarca não presta
contas de seus atos.
Sistemas de Governo: a) parlamentarista: o primeiro-ministro possui mandato por
prazo incerto, uma vez que a responsabilidade do governante se dá perante o parlamento,
ou seja, esse sistema é caracterizado pela interdependência entre os Poderes Executivo e
Legislativo; b) presidencialista: o Presidente da República cumpre mandato por prazo certo.
Nesse caso, há clara independência entre os Poderes Executivo e Legislativo.
Regimes de Governo: a) autocrático: o povo não participa das formulações políticas
do Estado; b) democrático: há efetiva participação do povo por meio do voto, da iniciativa
popular de leis, da presença nos tribunais do júri, propondo ação popular etc.
Art. 18, “Caput”: a organização político-administrativa da República Federativa do
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos
(autonomia política), nos termos da Constituição Federal.

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Autonomia Política: significa possuir as capacidades de auto-organização, de autogoverno,


de autolegislação (ou normatização própria) e de autoadministração.
Bens da União: art. 20.
Participação no Resultado ou Compensação Financeira: é assegurada, nos termos da
lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração
direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no
respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva,
ou compensação financeira por essa exploração.
Faixa de Fronteira: a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo
das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental
para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Bens dos Estados: art. 26.
Formação dos Estados-Membros: os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-
se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito,
e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Distrito Federal: é um ente federativo com competências parcialmente tuteladas
pela União, conforme se extrai do art. 21, incisos XIII e XIV. Da leitura destes dois incisos,
verificamos que 6 órgãos que atuam no DF são organizados e mantidos pela União, quais
sejam: 1) o Poder Judiciário; 2) o Ministério Público; 3) a polícia civil; 4) a polícia militar;
5) o corpo de bombeiros militares; e 6) a polícia penal. Não pode se dividir em Municípios.
Capital Federal: Brasília.
Fiscalização dos Municípios: 1) será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na
forma da lei; 2) o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas
dos Municípios, onde houver; 3) o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as
contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de
dois terços dos membros da Câmara Municipal; 4) as contas dos Municípios ficarão, durante
sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação,
o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei; 5) é vedada a criação de
Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
Formação dos Municípios: a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar
federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados
na forma da lei.
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Territórios Federais: 1) possuem natureza jurídica de autarquias federais, integrantes


da Administração Pública indireta da União; 2) não são entidades federativas, portanto,
não possuem autonomia política; 3) apesar de não existirem, é possível a criação de novos
Territórios federais, basta a edição de uma lei complementar; 4) poderão ser divididos em
Municípios; 5) as contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional,
com parecer prévio do Tribunal de Contas da União; 6) nos Territórios Federais com mais de
cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma da Constituição Federal (pelo
Presidente da República, com aprovação do Senado Federal), haverá órgãos judiciários de
primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais.
Vedação aos Entes Federados: é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios: 1) estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; 2) recusar fé aos
documentos públicos; 3) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. OAB/EXAME DA ORDEM XXVIII/2019 A população do Estado X, insatisfeita com os rumos da


política nacional e os sucessivos escândalos de corrupção que assolam todas as esferas do governo,
inicia uma intensa campanha pleiteando sua separação do restante da Federação brasileira. Um
plebiscito é então organizado e 92% dos votantes opinaram favoravelmente à independência
do Estado. Sobre a hipótese, com base no texto constitucional, assinale a afirmativa correta.
a) Diante do expressivo quórum favorável à separação do Estado X, a Assembleia Legislativa do
referido ente deverá encaminhar ao Congresso Nacional proposta de Emenda Constitucional
que, se aprovada, viabilizará a secessão do Estado X.
b) Para o exercício do direito de secessão, exige-se lei estadual do ente separatista, dentro
do período determinado por Lei Complementar federal, dependendo ainda de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos demais Estados, após divulgação dos estudos
de viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei.
c) Diante da autonomia dos entes federados, admite-se a dissolução do vínculo existente
entre eles, de modo que o Estado X poderia formar um novo país, mas, além da aprovação
da população local por meio de plebiscito ou referendo, seria necessária a edição de Lei
Complementar federal autorizando a separação.
d) A forma federativa de Estado é uma das cláusulas pétreas que norteiam a ordem constitucional
brasileira, o que conduz à conclusão de que se revela inviável o exercício do direito de secessão
por parte de qualquer dos entes federados, o que pode motivar a intervenção federal.

002. (POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR/2019) De acordo com a Constituição Federal, assinale


a alternativa correta acerca da Organização Político-Administrativa do Estado.
a) Os Territórios Federais integram a União e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei ordinária.
b) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por
lei complementar.
c) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei
federal, dentro do período determinado por Lei Ordinária.
d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
das Assembleias Legislativas dos Estados diretamente interessados e do Congresso Nacional,
por lei ordinária.
e) São considerados como bens dos Estados da Federação os recursos minerais, inclusive
os do subsolo.

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003. (DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) O Tribunal de Contas do Estado, ao apreciar


as contas apresentadas por determinado Prefeito Municipal, entendeu que apresentavam
irregularidade insanável. À luz da sistemática constitucional, o referido entendimento:
a) por si só, importa na rejeição das contas;
b) será apreciado pela Câmara Municipal, que pode acolhê-lo, ou não, pelo voto da maioria
de seus membros;
c) será apreciado pelo Governador do Estado, que pode acolhê-lo, ou não;
d) será apreciado pelo Conselho de Prefeitos, que pode acolhê-lo, ou não;
e) será apreciado pela Câmara Municipal, que somente pode rejeitá-lo por decisão de dois
terços dos seus membros.

004. (DPE-RJ/TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA PÚBLICA/2019) A Câmara dos Vereadores


do Município Alfa aprovou o diploma normativo que regeria o Município, por dois terços dos
seus membros, após dois turnos de votação, com o interstício de dez dias entre cada uma
delas. O referido diploma normativo, na sistemática constitucional, é:
a) a Constituição Municipal;
b) a Lei Orgânica Municipal;
c) a Lei Complementar Municipal;
d) a Lei Ordinária Municipal;
e) o Estatuto Municipal.

005. (TJ-MG/OUTORGA DE DELEGAÇÕES DE NOTAS E DE REGISTRO/2012) A organização


político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende, EXCETO
a) os Estados.
b) os Municípios e os Territórios.
c) o Distrito Federal.
d) a União.

006. (SEPLAG/GESTOR GOVERNAMENTAL/2008) Constitui bem ambiental de domínio


dos Estados:
a) a mata atlântica.
b) os sítios arqueológicos.
c) as águas subterrâneas.
d) as cavidades naturais subterrâneas.

007. (ADVOGADO/2002) A Constituição Federal vigente NÃO assegura ao Município:


a) capacidade normativa própria.
b) capacidade de autogoverno.

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c) autonomia financeira.
d) representação no Senado Federal.

008. (ADVOGADO/2002) É INCORRETO afirmar que a Lei Orgânica Municipal:


a) é elaborada pelo Município no exercício de sua capacidade de auto-organização.
b) deve atender aos princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição do
respectivo Estado.
c) não deve tratar da matéria de competência exclusiva do Município.
d) deve atender aos preceitos enumerados nos incisos do Art. 29 da Constituição Federal.

009. (PGJ/ANALISTA DE SISTEMAS/2002) É CORRETO afirmar que a criação de Municípios


se fará por:
a) lei estadual.
b) lei federal.
c) lei complementar estadual.
d) lei complementar federal.

010. (PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) O Distrito Federal


(DF) não é um estado nem um município, mas possui competências legislativas de tais.
As características do DF não incluem
a) a auto-organização.
b) o autogoverno.
c) as autonomias tributária e financeira.
d) a possibilidade de subdividir-se em municípios.
e) a autoadministração.

011. (MP-PE/ANALISTA/2012) De acordo com o artigo 20, inciso V, da Constituição Federal,


os recursos naturais da zona econômica exclusiva são bens
a) do Município de Salvador-BA)
b) do Estado de Pernambuco.
c) do Estado de Roraima.
d) da União.
e) do Município de Recife-PE).

012. (PREFEITURA DE CAMPINAS/AGENTE ADMINISTRATIVO/2012) Sobre o que dispõe a


Constituição Federal de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei, a colaboração de interesse público.
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II – recusar fé aos documentos públicos.


III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
É correto o que está contido em
a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.

013. (MTUR/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2014) O Estado é pessoa jurídica territorial


soberana formada por três elementos indissociáveis e indispensáveis para a noção de um
Estado independente. Assinale a opção que contenha os três elementos essenciais para a
existência do Estado.
a) Povo, Carta Constitucional e Território.
b) Autonomia, Governo e Povo.
c) Território, Povo e Governo.
d) Carta Constitucional, Povo e Governo.
e) Autonomia, Povo e Território.

014. (CÂMARA DE SÃO PAULO/PROCURADOR LEGISLATIVO/2014) Ao disciplinar a instituição


de regiões metropolitanas, determinou a Constituição Federal que
a) poderão ser instituídas apenas por lei complementar estadual.
b) poderão ser constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes ou não.
c) tem como objetivo a transferência de competências municipais para o âmbito exclusivo
do Estado-membro.
d) a integração do município à região metropolitana não é compulsória.
e) cabe à União editar normas gerais a respeito da instituição das regiões metropolitanas.

015. (EXAME DE OAB/2007.1) Acerca da organização do Estado, na forma como prevista na


Constituição Federal, assinale a opção correta.
a) A Federação é forma de Estado, ao passo que a República é forma de governo.
b) Viola um princípio sensível, constante da Constituição Federal, o fato de um estado-
membro proceder ao provimento de cargo efetivo no âmbito da administração pública
centralizada sem realizar concurso público.
c) É cláusula pétrea a regra constitucional segundo a qual a matéria constante de proposta
de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legislativa.

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d) No âmbito da competência concorrente, a ausência de norma estadual possibilita ao


município dispor sobre a matéria de forma supletiva. O advento de norma estadual suspende
a execução da norma municipal com ela incompatível, de forma que, revogada a lei estadual
superveniente, a norma municipal volta a viger.

016. (EXAME DA OAB/2007.3) Nos termos da Constituição de 1988, o Estado federal brasileiro
a) é formado pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal (DF),
todos autônomos, sendo apenas a União detentora do atributo da soberania.
b) adota um sistema de repartição de competências que enumera os poderes da União, define
indicativamente os dos municípios e atribui os poderes remanescentes para os estados.
c) destina à União, como ente central, competências de caráter exclusivo e privativo, restando
aos estados, ao DF e aos municípios apenas o exercício de competências legislativas em
caráter remanescente e suplementar.
d) não admite que os municípios, mesmo de forma suplementar, possam legislar sobre as
matérias que são objeto da legislação federal e estadual.

017. (EXAME DA OAB/2008.2) Assinale a opção correta acerca da disciplina constitucional


dos municípios.
a) Os municípios, que são dotados de autonomia, podem editar constituição própria.
b) Compete privativamente aos municípios legislar sobre trânsito e transporte.
c) É vedada a criação de tribunais de contas municipais.
d) A posse de prefeitos e vice-prefeitos ocorrerá no dia 15 de fevereiro do ano subsequente
ao da eleição.

018. (EXAME DA OAB/2008.2) Não constitui causa de intervenção da União nos estados e no DF
a necessidade de
a) manter a integridade nacional.
b) prover a execução de ordem judicial.
c) assegurar o princípio da autonomia municipal.
d) garantir a aplicação do mínimo exigido da receita na segurança pública.

019. (EXAME DA OAB/2009.1) Acerca do federalismo nacional, assinale a opção correta.


a) A CF, ao extinguir os territórios federais até então existentes, vedou a criação de novos
territórios.
b) A CF não atribuiu ao território a chamada tríplice capacidade.
c) Segundo preceitua a CF, são entes federativos os estados-membros, o DF, os municípios
e os territórios federais.
d) O DF não possui capacidade de autoadministração visto que não organiza nem mantém
suas próprias polícias.

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020. (EXAME DA OAB/2009.1) De acordo com a CF e com a doutrina, a intervenção federal


a) exige do Presidente da República, quando provocada por requisição, a submissão do ato
ao Conselho da República e ao Conselho de Defesa Nacional, para posterior exame quanto
à conveniência e oportunidade da decretação.
b) é provocada por solicitação quando a coação ou o impedimento recaem sobre cada um
dos três Poderes do Estado.
c) dispensa, quando espontânea, a autorização prévia do Congresso Nacional.
d) exige, em qualquer hipótese, o controle político.

021. (EXAME DA OAB/2009.2) Considerando as normas constitucionais que versam sobre


a organização do Estado Federal, assinale a opção correta.
a) A subdivisão e o desmembramento dos estados dar-se-ão mediante aprovação das
populações diretamente interessadas, bem como das respectivas assembleias legislativas,
por lei complementar.
b) Os prefeitos dispõem, como foro especial por prerrogativa de função, do Superior Tribunal
de Justiça, ao qual cabe processá-los e julgá-los.
c) Em obediência ao princípio da isonomia e da equivalência entre os diversos estados da
Federação, os subsídios do governador e do vice-governador, que têm como parâmetro os
subsídios dos ministros do STF, são fixados por lei federal.
d) Aos deputados estaduais aplicam-se as regras da CF sobre sistema eleitoral, inviolabilidade,
imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às
Forças Armadas.

022. (EXAME DA OAB/2009.3) Assinale a opção correta quanto à disciplina sobre a


intervenção federal.
a) No caso de descumprimento, por algum estado-membro, dos princípios constitucionais
sensíveis, a decretação de intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação
do procurador-geral da República.
b) Se houver, por parte de estado-membro, ameaça ao livre exercício de qualquer dos
poderes, o pedido de intervenção federal dependerá de requisição do STF.
c) A União só poderá intervir nos estados após prévia anuência do Congresso Nacional.
d) O estado só poderá intervir em seus municípios se a assembleia legislativa, por maioria
absoluta, aprovar a decretação da intervenção.

023. (EXAME DA OAB/2009.3) No tocante às hipóteses de criação de estados-membros,


previstas na CF, assinale a opção correta.
a) No desmembramento para a anexação de outro estado, a parte desmembrada constituirá
novo estado, com identidade própria.

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b) Na fusão, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formação de um novo


estado, o que implica perda da personalidade primitiva.
c) Na cisão, o estado subdivide-se em dois ou mais estados-membros, com personalidades
distintas, mantendo o estado originário sua personalidade jurídica.
d) No desmembramento para a formação de novo estado, o estado originário perde sua
identidade, para formar um novo estado com personalidade jurídica própria.

024. (EXAME DA OAB/2011.2) Os Estados são autônomos e compõem a Federação com


a União, os Municípios e o Distrito Federal. À luz das normas constitucionais, quanto aos
Estados, é correto afirmar que
a) podem incorporar-se entre si mediante aprovação em referendo.
b) a subdivisão não pode gerar a formação de novos territórios.
c) o desmembramento deve ser precedido de autorização por lei ordinária.
d) se requer lei complementar federal aprovando a criação de novos entes estaduais.

025. (OAB/EXAME XXIV/2017) Em observância aos princípios da transparência, publicidade


e responsabilidade fiscal, o prefeito do Município Alfa elabora detalhado relatório contendo
a prestação de contas anual, ficando tal documento disponível, para consulta e apreciação,
no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração. Carlos,
morador do Município Alfa, contribuinte em dia com suas obrigações civis e políticas,
constata diversas irregularidades nos demonstrativos apresentados, apontando indícios
de superfaturamento e desvios de verbas em obras públicas. Em função do exposto e com
base na Constituição da República, você, como advogado de Carlos, deve esclarecer que
a) a fiscalização das referidas informações, concernentes ao Município Alfa, conforme
previsto na Constituição brasileira, é de responsabilidade exclusiva dos Tribunais de Contas
do Estado ou do Município, onde houver.
b) Carlos tem legitimidade para questionar as contas do Município Alfa, já que, todos os
anos, as contas permanecem à disposição dos contribuintes durante sessenta dias para
exame e apreciação.
c) a impugnação das contas apresentadas pelo Chefe do Executivo local exige a adesão
mínima de um terço dos eleitores do Município Alfa.
d) a CRFB/88 não prevê qualquer forma de participação popular no controle das contas
públicas, razão pela qual Carlos deve recorrer ao Ministério Público Estadual para que seja
apresentada ação civil pública impugnando os atos lesivos ao patrimônio público praticados
pelo prefeito do Município Alfa.

026. (OAB/EXAME XXIII/2017) As contas do Município Alfa referentes ao exercício financeiro


de 2014, apresentadas pelo prefeito em 2015, receberam parecer desfavorável do Tribunal
de Contas do referido Município, o qual foi criado antes da promulgação da Constituição
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da República Federativa do Brasil de 1988. O Presidente da Câmara, após o regular trâmite


interno, editou resolução e aprovou as referidas contas públicas municipais, uma vez
que as demonstrações contábeis de exercícios financeiros anteriores deveriam ter sido
analisadas em consonância com o plano plurianual. Diante da narrativa exposta, assinale
a afirmativa correta.
a) A competência para julgar as contas é do Tribunal de Contas do Município, órgão do Poder
Judiciário, não podendo, em nenhuma hipótese, o Legislativo local afastá-la, sob pena de
violação ao princípio da separação e harmonia entre os Poderes.
b) O parecer do Tribunal de Contas do Município a respeito da rejeição das contas somente não
será acatado pela Câmara Municipal por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros deste órgão.
c) Considerando que o Tribunal de Contas do Município é órgão do Poder Legislativo e o
Presidente da Câmara é a autoridade máxima de sua estrutura, é constitucional o afastamento,
pelo Chefe do Poder Legislativo local, do entendimento de órgão a ele subordinado.
d) O Presidente da Câmara agiu corretamente, pois a periodicidade para análise das contas
públicas do Município deve ser de 5 (cinco) anos, e tal disposição não foi observada pelo
Tribunal de Contas do Município.

027. (XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A parte da população do Estado V situada ao sul do
seu território, insatisfeita com a pouca atenção que vem recebendo dos últimos governos,
organiza-se e dá início a uma campanha para promover a criação de um novo Estado-membro
da República Federativa do Brasil – o Estado N, que passaria a ocupar o território situado
na parte sul do Estado V. O tema desperta muita discussão em todo o Estado, sendo que
alguns argumentos favoráveis e outros contrários ao desmembramento começam a ganhar
publicidade na mídia. Reconhecido constitucionalista analisa os argumentos listados a seguir
e afirma que apenas um deles pode ser referendado pelo sistema jurídico-constitucional
brasileiro. Assinale-o.
a) O desmembramento não poderia ocorrer, pois uma das características fundamentais do
Estado Federal é a impossibilidade de ocorrência do chamado direito de secessão.
b) O desmembramento poderá ocorrer, contanto que haja aprovação, por via plebiscitária,
exclusivamente por parte da população que atualmente habita o território que formaria
o Estado N.
c) Além de aprovação pela população interessada, o desmembramento também pressupõe
a edição de lei complementar pelo Congresso Nacional com esse objeto.
d) Além de manifestação da população interessada, o sistema constitucional brasileiro
exige que o desmembramento dos Estados seja precedido de divulgação de estudos de
viabilidade.

028. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) José é cidadão do município W, onde está localizado
o distrito de b. Após consultas informais, José verifica o desejo da população distrital de

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obter a emancipação do distrito em relação ao município de origem. De acordo com as


normas constitucionais federais, dentre outros requisitos para legitimar a criação de um
novo Município, são indispensáveis:
a) lei estadual e referendo.
b) lei municipal e plebiscito.
c) lei municipal e referendo.
d) lei estadual e plebiscito.

029. (XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Determinado Governador de Estado, inconformado


com decisões proferidas pelo Poder Judiciário local, que determinaram o fechamento
de diversos estabelecimentos comprovadamente envolvidos com ilícitos, decidiu que os
órgãos estaduais a ele subordinados não cumpririam as decisões judiciais. Alegou que os
negócios desenvolvidos nesses estabelecimentos, mesmo sendo ilícitos, geravam empregos
e aumentavam a arrecadação do Estado, e que o não cumprimento das ordens emanadas do
Poder Judiciário se justificava em razão da repercussão econômica que o seu cumprimento
teria. Das opções a seguir, assinale a que se mostra consentânea com a Constituição Federal.
a) O Presidente da República, após a requisição do Supremo Tribunal Federal, decretará a
intervenção federal, dispensado, nesse caso, o controle pelo Congresso Nacional.
b) O Governador de Estado, tendo por base a inafastável autonomia concedida aos Estados
em uma organização federativa, está juridicamente autorizado a adotar o indicado
posicionamento.
c) O Presidente da República poderá decretar a intervenção federal, se provocado pelo
Procurador Geral da República e com autorização prévia do Congresso Nacional, que exercerá
um controle político.
d) O Supremo Tribunal Federal, prescindindo de qualquer atuação por parte do Presidente
da República, determinará, ele próprio, a intervenção federal, que será posteriormente
apreciada pelo Congresso Nacional.

030. (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) O instituto da intervenção é de extrema


excepcionalidade, razão pela qual restam minuciosamente delineadas as hipóteses na
CRFB/88. Assinale a opção que contempla, à luz da CRFB/88, hipótese correta de intervenção.
a) O Estado X, sob o pretexto de celeridade e efetividade, vem realizando somente contratações
diretas, sem a aplicação da Lei Federal de Licitações e Contratos Administrativos – Lei n.
8.666/93. Nessa situação, poderá a União intervir no Estado X para prover a execução de
lei federal.
b) O Município Y, localizado no Estado Z, não vem destinando nos últimos seis meses o
mínimo exigido da receita municipal na manutenção das escolas públicas municipais, sob
o fundamento de que a iniciativa privada realiza melhor ensino. Nesta hipótese, tanto a

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União quanto o Estado Z, à luz da CRFB/88, poderão intervir no Município Y para garantir a
aplicação do mínimo exigido da receita municipal na aludida manutenção.
c) Nos casos de desobediência à ordem ou decisão judiciária, a decretação de intervenção
independe de requisição judicial.
d) O Município Z, em razão de problemas orçamentários, em 2013, decidiu, excepcionalmente,
pela primeira vez na sua história, não realizar o pagamento da sua dívida fundada. À luz
da CRFB/88, poderá o Estado W, onde está localizado o referido Município, intervir no ente
menor para garantir o pagamento da dívida fundada.

031. (MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ/ASSISTENTE MINISTERIAL DE


CONTROLE EXTERNO/2019) Considerando-se as disposições da Constituição Federal de
1988 (CF), é correto afirmar que a subvenção a cultos religiosos e igrejas
a) pode ser realizada independentemente de lei, desde que não seja mantida relação de
dependência entre um ente federado e eventuais cultos religiosos e igrejas por ele subvencionados.
b) é admitida no caso de colaboração de interesse público, desde que seja feita na forma da lei.
c) é legítima se prevista na Lei Orgânica do município, independentemente de caracterizar-
se como colaboração de interesse público.
d) é vedada aos municípios em qualquer hipótese, sendo permitida apenas à União,
aos estados e ao Distrito Federal.
e) somente é admitida no caso de religiões que sejam oficialmente adotadas pelo Estado
brasileiro, que consiste em uma federação não laica.

032. (PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO-PE/ASSISTENTE DE PROCURADORIA/2019) Por gozar


de autonomia, o Distrito Federal pode auto-organizar-se por meio de lei orgânica própria.

033. (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA/PROCURADOR MUNICIPAL/2019)


A Constituição Federal de 1988 assegura aos municípios a participação no resultado da
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia
elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, ou a compensação financeira
por essa exploração.

034. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2019) A integridade territorial


do Paraná, protegida pela Constituição desse estado, somente pode ser alterada mediante
a) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar federal.
b) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar estadual.
c) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar federal.
d) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar estadual.
e) lei complementar estadual de iniciativa popular.
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035. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA/JUIZ SUBSTITUTO/2019) Na propriedade


de Roberto, localizada em um município do estado de Santa Catarina, existe um conjunto
de cavidades naturais subterrâneas, sobre o qual Roberto pretende construir um
empreendimento. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a pretensão de Roberto
é juridicamente inviável, porque essas cavidades são bens de titularidade
a) do estado de Santa Catarina.
b) do município de localização da propriedade.
c) da União.
d) comum da União, do estado de Santa Catarina e do município de localização da propriedade.
e) concorrente da União, do estado de Santa Catarina e do município de localização da
propriedade.

036. (SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Tendo em vista a organização


do Estado e o fato de que o texto constitucional prevê a possibilidade de determinados
órgãos do Poder Judiciário requisitarem ao presidente da República intervenção federal no
caso de desobediência à ordem ou à decisão judiciária, julgue os itens seguintes. Nos casos
de requisição de intervenção federal, o presidente da República estará obrigado a editar
o decreto de intervenção, não lhe cabendo, a despeito da sua condição de chefe do Poder
Executivo, exercer juízo de conveniência ou de oportunidade da providência requerida.

037. (ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/2018) As terras devolutas indispensáveis à defesa


das fronteiras e os terrenos de marinha e seus acrescidos são bens pertencentes à União.

038. (TRIBUNAL DE CONTAS MUNICIPAL-BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA/2018)


Com relação à organização político-administrativa do Estado Federal, é correto afirmar que
a) os territórios brasileiros são excluídos da composição da organização político-administrativa
da República Federativa do Brasil.
b) os recursos minerais do subsolo são de propriedade do município em que forem encontrados.
c) os estados podem incorporar-se entre si ou desmembrar-se para formarem novos
territórios estaduais.
d) a organização e a prestação de serviços de transporte rodoviário interestadual e local
são de competência dos estados.
e) as cavidades naturais subterrâneas são patrimônio do estado onde se localizarem.

039. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)


As atuais terras indígenas demarcadas e localizadas no estado do Maranhão são bens
públicos federais.

040. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)


Ilha lacustre que não pertença à União pode ser bem do estado federado ou do município,
a depender da localização territorial.

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041. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ASSISTENTE PORTUÁRIO/2018)


Rio que banhe os estados do Maranhão e do Piauí é um bem da União.

042. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ASSISTENTE PORTUÁRIO/2018)


As águas superficiais maranhenses são bens do estado, ainda que, na forma da lei, sejam
decorrentes de obras da União.

043. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018) O


Distrito Federal é a capital da República Federativa do Brasil.

044. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018) Para


que um estado seja incorporado a outro, é necessária consulta prévia à população dos dois
estados, por meio de plebiscito.

045. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018)


Atualmente, não existem territórios federais no Brasil, mas a Constituição Federal de 1988
prevê a possibilidade de serem criados por meio de lei complementar.

046. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018) É


inconstitucional a parceria entre Estado e entidade religiosa que promova educação de jovens
e adultos em periferias de uma grande cidade, em razão de dispositivo constitucional que
veda essa aliança.

047. (INSTITUTO RIO BRANCO/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/2018)


A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os estados, o Distrito Federal, os municípios e os territórios, todos entes federativos
autônomos dotados de capacidade de autogoverno e autoadministração.

048. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) As leis orgânicas dos


municípios podem criar conselhos ou órgãos de contas municipais para exercer o controle
externo do Poder Executivo municipal.

049. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Será


compartilhado o domínio de rio que banhe mais de um estado-membro, pertencendo a
cada um deles a parte que adentrar o seu território.

050. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018) A


Constituição Federal de 1988 dispõe que são bens da União
a) as águas superficiais fluentes.
b) as águas subterrâneas em depósito.

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c) as terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental.


d) as ilhas fluviais e lacustres.
e) as ilhas oceânicas e costeiras.

051. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018)


Determinado estado-membro se desfez de parte de seu território, e a população ali residente
foi unida a outro estado-membro, sem que aquele perdesse a sua identidade originária.
Nessa situação, ocorreu a modalidade de formação de estados federados denominada
a) incorporação.
b) subdivisão.
c) desmembramento por anexação.
d) desmembramento por formação.
e) fusão.

052. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018) A


Constituição Federal de 1988 veda expressamente a edição de medida provisória que
a) verse sobre a seguridade social.
b) trate das diretrizes e bases da educação nacional.
c) regulamente a concessão de serviços locais de gás canalizado.
d) implique a instituição ou majoração de impostos.
e) regulamente o regime de portos e a navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial.

053. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018)


Determinado município apresentou, por cinco anos seguidos, graves problemas na sua
prestação de contas, em razão de desvios de recursos públicos por parte de seus gestores.
Tendo constatado a recorrência desse problema, o servidor do tribunal de contas local
responsável pelo controle dessas contas propôs a criação de um tribunal de contas municipal
para garantir melhor controle dos gastos do município. Conforme a Constituição Federal
de 1988 (CF), a proposta do servidor do tribunal de contas é
a) viável somente para as capitais dos estados, porque sua estrutura administrativa, mais
complexa, justifica a criação desse órgão de controle.
b) inconstitucional, pois é vedada expressamente pelo texto da CF.
c) inconstitucional, uma vez que a CF, quando da sua promulgação, determinou a extinção
dos tribunais de contas municipais existentes.
d) recomendada para municípios com mais de vinte mil habitantes.
e) recomendada para estados que tenham muitos municípios, para que o controle de contas
seja mais eficiente e transparente.
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054. (SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


FAZENDÁRIO/2018) Acerca da organização dos estados, é correto afirmar que
a) a criação de um território federal é regulada por lei ordinária.
b) aos estados-membros compete explorar os serviços locais de gás canalizado.
c) a iniciativa popular no processo legislativo estadual não é admitida.
d) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar
dos estados-membros para legislar.
e) o texto constitucional autoriza a criação de tribunais de contas municipais.

055. (2020/IDIB/CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MATO GROSSO/


ADVOGADO) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos entre
si. Por outro lado, a Constituição Federal prevê também a figura dos Territórios Federais.
Sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) É possível, conforme previsto constitucionalmente, que haja a reintegração do Território
Federal ao Estado de origem.
b) Os Territórios Federais integram a União e o respectivo Estado federado onde estiver
situado.
c) A Constituição Federal proíbe a formação de novos Territórios Federais.
d) A transformação do Território Federal em Estado será regulada pela respectiva Constituição
Estadual.

056. (2020/IDIB/PREFEITURA DE GRAVATÁ-PE/AGENTE LEGISLATIVO) Analise os itens abaixo


sobre a organização dos Municípios:
I. A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
II. Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal a prática de homofobia.
III. Compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que
tem caráter essencial.
Assinale
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.

057. (2020/IDIB/PREFEITURA DE GRAVATÁ-PE/AGENTE LEGISLATIVO) Assinale abaixo a única


alternativa correspondente a bens públicos dos Estados.

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a) Mar territorial e terrenos de marinha.


b) Recursos minerais e rios intermunicipais.
c) As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União.
d) Terreno de marinha e as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

058. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/FISCAL


DE OBRAS) Cabe aos municípios estabelecer e subvencionar cultos religiosos ou igrejas,
mantendo, com seus representantes, relações de dependência e aliança.

059. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/FISCAL DE


OBRAS) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios far-se-ão por
lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após
divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

060. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/ANALISTA


DE DESENVOLVIMENTO URBANO E FUNDIÁRIO) Os entes federativos, ainda que não possam
estabelecer cultos ou religiões oficiais, podem com eles estabelecer cooperações para a
consecução de fins de interesse público.

061. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/ANALISTA DE


DESENVOLVIMENTO URBANO E FUNDIÁRIO) O desmembramento de estado para anexação a
outro depende de aprovação da população residente na parcela que se pretende desmembrar.

062. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/ANALISTA


DE DESENVOLVIMENTO URBANO E FUNDIÁRIO) Os Territórios Federais são entes federativos
autônomos.

063. (2020/CESPE/CEBRASPE/TJ PA - AUXILIAR JUDICIÁRIO) A autonomia do Estado para


gerir negócios próprios, pela ação administrativa do governador, denomina-se
a) autogestão.
b) autolegislação.
c) autoadministração.
d) autogoverno.
e) soberania.

064. (2020/FCC/ALE - ANALISTA LEGISLATIVO - ÁREA: ATIVIDADE LEGISLATIVA - ESPECIALIDADE:


TÉCNICO LEGISLATIVO) Entidades da sociedade civil atuantes em um grupo de Municípios
limítrofes, integrantes do mesmo Estado da federação, defendem que seja instituída região

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metropolitana para integrar organização, planejamento e execução de funções públicas de


interesse comum aos Municípios em questão. Nessa hipótese, à luz da Constituição Federal,
a instituição de região metropolitana
a) dependerá apenas de lei complementar estadual.
b) deverá ser precedida de consulta, mediante plebiscito, à população diretamente
interessada, assim entendida a do Estado a que pertencem os Municípios
c) dependerá de lei estadual e de consulta, mediante plebiscito, à população dos Municípios
envolvidos, após a divulgação de estudos de viabilidade, apresentados e publicados na
forma da lei.
d) dependerá de lei estadual e, se assim previsto na respectiva Constituição estadual, de
aprovação prévia pelas Câmaras de Vereadores dos Municípios envolvidos.
e) é descabida, uma vez que a execução das funções, ainda que de interesse comum, não
está compreendida no escopo de uma região metropolitana.

065. (2020/IBFC/CBM BA - SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO) A República Federativa


do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito. Sobre a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Territórios, assinale a alternativa correta.
a) Considerando a hierarquia entre os entes políticos da federação brasileira, a União é
hierarquicamente superior aos Estados
b) A Constituição impossibilita aos entes federativos estabelecer cultos religiosos ou
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração
de interesse público
c) O Distrito Federal divide-se em Municípios, assim como os Estados-Membros da Federação
brasileira
d) Os Estados-Membros possuem autonomia na Federação, mas a depender da situação
também assumem a soberania como característica do seu poder
e) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, sendo exigido para
tanto, a divulgação de estudo de viabilidade urbana e, após, a realização de plebiscito

066. (2020/CESPE/CEBRASPE/TJ PA - OFICIAL DE JUSTIÇA - ÁREA AVALIADOR) Determinado


estado da Federação pretende instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Nessa
situação, o ente federativo poderá efetivar tal medida mediante

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a) lei ordinária federal.


b) lei complementar federal.
c) medida provisória estadual.
d) lei ordinária estadual de iniciativa do Poder Executivo.
e) lei complementar estadual de iniciativa parlamentar.

067. (2020/FACET CONCURSOS/PREFEITURA - ANALISTA ADMINISTRATIVO) A Constituição


faculta a criação, incorporação, fusão e o desmembramento de Municípios, desde que se faça:
a) Por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos,
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma
da lei.
b) Por lei Federal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
c) Por lei Federal, dentro do período determinado por Lei Complementar, e dependerão de
consulta posterior, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
d) Por lei Estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar, e dependerão
de consulta posterior, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
e) Por lei Federal, dentro do período determinado por Lei Orgânica, e dependerão de consulta
posterior, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

068. (2020/INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO E PESQUISA/PREFEITURA - AUDITOR DE


CONTROLE INTERNO - ÁREA: ENGENHEIRO CIVIL) O município reger-se-á por lei orgânica,
votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na
Constituição de 1988, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos, EXCETO:
a) Julgamento do prefeito perante o Tribunal de Justiça.
b) Organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal.
c) Cooperação das associações representativas no planejamento municipal.
d) Iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do município, da cidade ou
de bairros, através de manifestação de, pelo menos, dez por cento do eleitorado.

069. (2020/FADESP/UEPA - AGENTE ADMINISTRATIVO) De acordo com a Constituição Federal


Brasileira de 1988, a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende
a) os Estados, os Municípios e os Territórios, tão somente.

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b) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.


c) a União, os Estados, os Territórios e os Municípios, exclusivamente.
d) os Estados, os Territórios, os Municípios e os Distritos, apenas.

070. (2020/INSTITUTO ÂNIMA SOCIESC/FISCAL TRIBUTÁRIO) Segundo o art. 19 da Constituição


Federal de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I. Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei, a colaboração de interesse público.
II. Promover igualdade entre brasileiros.
III. Recusar fé aos documentos públicos.
Está correto o que se afirma em:
a) Somente I.
b) Somente III.
c) Somente I e III.
d) Somente II e III.
e) Todas as afirmativas.

071. (2021/CESPE/CEBRASPE/CODEVASF - ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL


- ÁREA: ADMINISTRAÇÃO) A organização político-administrativa da República Federativa
do Brasil abrange não somente a União, os estados e o Distrito Federal, mas também os
municípios, sendo todos esses entes autônomos.

072. (2020/IDIB/TÉCNICO JURÍDICO) Analise as afirmativas a seguir sobre a União, os Estados,


os Municípios, o Distrito Federal e os Territórios:
I. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre
brasileiros ou preferências entre si.
II. Compete aos Municípios estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade
de garimpagem, em forma associativa.
III. Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além de Governador, haverá
órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e
defensores públicos federais.
É correto o que se afirma
a) apenas em I.
b) apenas em I e II.
c) apenas em I e III.
d) apenas em I, II e III.

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073. (2020/CESPE/CEBRASPE/SEFAZ - AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Em razão da


capacidade de auto-organização dos estados-membros, as constituições estaduais não se
sujeitam a quaisquer limitações previstas pela Constituição Federal de 1988.

074. (2022/IPREV/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO II) Em Municípios de mais de 600.000


(seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes, deverá
ser respeitado o limite máximo de:
a) 21 (vinte e um) vereadores.
b) 23 (vinte e três) vereadores.
c) 25 (vinte e cinco) vereadores.
d) 27 (vinte e sete) vereadores.
e) 29 (vinte e nove) vereadores.

075. (2022/PREFEITURA DE PARANATAMA-PE/PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 6º


AO 9º ANO) Quando não forem prestadas contas devidas, na forma da lei, pelos Municípios,
é CORRETO afirmar que:
a) O Estado poderá, excepcionalmente, intervir nos Municípios, mas a regra geral é de não
intervenção.
b) O Estado não poderá intervir nos Municípios.
c) O Estado deverá intervir nos Municípios, pois a regra geral é a da intervenção.
d) O Estado pode intervir apenas em dois Municípios por ano.
e) O Estado poderá intervir apenas em um Município do território.

076. (2022/PREFEITURA DE DEZESSEIS DE NOVEMBRO-RS/SERVENTE/MERENDEIRA) De


acordo com a Constituição Federal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios: I. Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento, podendo, entretanto, manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança. II. Recusar fé aos documentos públicos. III. Criar distinções entre
brasileiros ou preferências entre si. Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente os itens I e II.
b) Somente os itens I e III.
c) Somente os itens II e III.
d) Todos os itens.

077. (2022/PREFEITURA DE DEZESSEIS DE NOVEMBRO-RS/AGENTE ADMINISTRATIVO) De


acordo com a Constituição Federal, assinalar a alternativa CORRETA:
a) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da
Constituição.

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b) O Distrito Federal é a Capital Federal.


c) Os Territórios Federais integram os Municípios, e sua criação, transformação em Estado
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas mediante decreto.
d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por
lei complementar.

078. (2022/PREFEITURA DE CARMO DO PARANAÍBA-MG/ASSISTENTE SOCIAL) Consoante


disposições expressas na Constituição Federal, no tocante ao tema fiscalização municipal,
assinalar a alternativa CORRETA:
a) O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve
prestar semestralmente, deixará de prevalecer somente por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal.
b) É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
c) As contas dos Municípios ficarão, durante trinta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.
d) O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas
da União.

079. (2022/CÂMARA DE SERTANÓPOLIS-PR/ADVOGADO) Acerca da intervenção, conforme


a Constituição Federal, é INCORRETO afirmar que:
a) o Estado intervirá no Município quando deixar de ser paga, sem motivo de força maior,
por dois anos consecutivos, a dívida fundada.
b) o Estado intervirá no Município quando o Tribunal de Justiça der provimento a representação
para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para
prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
c) a União pode intervir no Estado-membro para manter a integridade nacional.
d) a União intervirá no Estado-membro para assegurar a aplicação do mínimo exigido da
receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências,
na manutenção e desenvolvimento do ensino, da segurança pública e nas ações e serviços
públicos de saúde.
e) é impossível que um Estado-membro intervenha em Município pertencente a outro Estado.

080. (2022/TJ-PI/OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR) De acordo com a organização político-


administrativa do Estado, os entes federativos são proprietários de bens discriminados no
texto constitucional. À União pertencem

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a) as terras devolutas.
b) aldeamentos desfeitos, ocupados por indígenas em época passada.
c) as ilhas costeiras, mesmo que sejam sede de município.
d) as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos.
e) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem sob domínio de um Estado.

081. (2022/AFEAM/ESPECIALISTA DE FOMENTO/JURÍDICO) No que se refere às disposições


constitucionais aplicáveis aos Municípios, assinale a alternativa incorreta.
a) A Constituição Federal autoriza a criação de órgãos de Contas Municipais
b) As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade,
nos termos da lei
c) A fiscalização do Município deve ser exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na
forma da lei
d) O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da
Câmara Municipal

082. (2022/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA) De acordo com o disposto na CF/88, a criação e


o desmembramento de municípios serão realizados por meio de
a) lei complementar municipal, dentro do período determinado por lei complementar
federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios
envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
b) lei complementar estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos,
após divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
c) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após
divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
d) decreto estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos,
após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
e) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão
de consulta às populações dos municípios envolvidos, mediante referendo, após divulgação
dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

083. (2022/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA) É autorizada a intervenção do estado no


município quando

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a) não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e


desenvolvimento da seguridade social.
b) não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
c) deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por pelo menos três anos consecutivos,
a dívida fundada.
d) o tribunal de justiça der provimento a representação para assegurar a observância de
princípios indicados na Lei Orgânica municipal.
e) forem praticados, na administração municipal, atos de corrupção devidamente
comprovados.

084. (2022/MPC-SC/TÉCNICO EM ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS) A CF proíbe que os entes


da Federação criem distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

085. (2022/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO) A respeito do controle externo promovido pelo


Poder Legislativo Municipal, em relação ao Poder Executivo Municipal, com o auxílio do
Tribunal de Contas, é correto afirmar em relação a este órgão que
a) seus pareceres técnicos poderão deixar de prevalecer, caso seja atingido o quórum de
dois terços dos membros da Câmara Municipal, exigido pela Constituição.
b) não é possível o afastamento das conclusões de seus pareceres técnicos, salvo se
comprovada fraude.
c) é possível que seus Conselheiros fixem prazo para a consideração de seus pareceres
técnicos pela Câmara dos Vereadores, haja vista o sistema de freios e contrapesos.
d) possui autonomia e exerce, algumas vezes, jurisdição durante o exercício do controle
externo, apesar de ser órgão auxiliar do Poder Legislativo Municipal.
e) suas decisões são dotadas de força de coisa julgada, sendo que eventual reforma deve
se dar por meio de ação rescisória.

086. (2022/PREFEITURA DE CÓRREGO NOVO-MG/PROCURADOR MUNICIPAL) Complete


as lacunas CORRETAMENTE: O Município reger-se-á por _________, votada em _______,
com o interstício mínimo de _____ dias, e aprovada por _______ dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na
Constituição do respectivo Estado...
a) lei orgânica; dois turnos; 10 dias; 2/3;
b) lei complementar; 1 turno; 15 dias; 2/3;
c) Lei orgânica; 2 turnos; 10 dias; 1/3;
d) lei ordinária; 2 turnos; 10 dias; 1/3.

087. (2022/SEA-SC/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A composição das Câmaras


Municipais dar-se-á no limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 10.000 (dez mil) habitantes.

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b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes.


c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 15.000 (quinze mil) habitantes até
30.000 (trinta mil) habitantes.
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e de até
80.000 (oitenta mil) habitantes.
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios com mais de 80.000 (oitenta mil) até 110.000
(cento e dez mil) habitantes.

088. (2022/SEA-SC/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que diz respeito à intervenção


da União nos Estados Federados, pode-se afirmar que a União não intervirá nos Estados
nem no Distrito Federal:
a) salvo se ocorrer atraso em pagamento de dívida fundada.
b) salvo se ocorrer a suspensão de pagamento de dívida fundada por mais de 1 (um) ano
consecutivo.
c) salvo quando não tiver sido aplicado o mínimo exigido nas ações de segurança pública.
d) salvo se ocorrer a suspensão de pagamento de dívida fundada por mais de 3 (três) anos
consecutivos.
e) salvo para assegurar o princípio da autonomia municipal.

089. (2022/CÂMARA DE IPUIUNA-MG/SECRETÁRIO LEGISLATIVO) Os municípios, precisamente


nos termos constitucionais, regem-se por
a) normas regionais.
b) leis orgânicas.
c) leis estaduais
d) leis distritais e no que couber leis de países amigos.

090. (2022/CÂMARA DE IPUIUNA-MG/SECRETÁRIO LEGISLATIVO) Conforme art. 18


da Constituição 1988, atualizada e consolidada, compreende a organização político-
administrativa do Brasil:
a) União e Estados, exclusivamente.
b) União, Estados e Municípios, exclusivamente.
c) Estados, Municípios e Distrito Federal, exclusivamente.
d) Distrito Federal, Municípios, Estados e a União.

091. (2022/PREFEITURA DE FAZENDA VILANOVA-RS/MÉDICO VETERINÁRIO) De acordo


com a Constituição Federal, é CORRETO afirmar que o Estado poderá intervir em seus
Municípios quando:
a) O tribunal de justiça der provimento a representação para assegurar a observância de
decisão judicial ou administrativa.

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b) For necessário manter a integridade nacional.


c) Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
d) Forem prestadas as contas devidas, na forma da lei.

092. (2022/VUNESP/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO I) A respeito da organização


político-administrativa da República Federativa do Brasil, assinale a alternativa correta,
de acordo com a Constituição Federal.
a) A União, Estados e Distrito Federal são autônomos entre si, de modo que os Municípios
são subordinados aos seus respectivos Estados.
b) É expressamente vedada a criação de Territórios Federais, dado que os existentes até
a promulgação da Constituição Federal foram extintos e sua origem remonta ao controle
de regiões estratégicas pelo governo federal.
c) Os Territórios Federais integram a União e poderão ser criados, transformados em Estado
ou reintegrados ao Estado de origem, conforme lei complementar.
d) Os Municípios, se fundidos, poderão originar novo Estado.
e) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem estabelecer cultos religiosos
em suas respectivas repartições.

093. (2022/MPE-PE/PROMOTOR DE JUSTIÇA E PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Em


conformidade com a disciplina da Organização do Estado na Constituição Federal,
a) o Distrito Federal é a Capital Federal.
b) a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
c) os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei ordinária.
d) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Senado Federal, mediante
Resolução.
e) é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos
religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com
eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ainda que na forma de
colaboração de interesse público.

094. (2022/PGE-RJ/ANALISTA PROCESSUAL) Os estados poderão, mediante lei ordinária,


instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes.

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095. (2022/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Os territórios federais não integram


a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil.

096. (2022/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Os estados podem subdividir-se


para a formação de novos estados, contanto que haja aprovação da população diretamente
interessada, mediante referendo, e da assembleia legislativa estadual, por lei complementar.

097. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE) Em projeto de


lei apresentado pelos próprios Vereadores, a Câmara de Vereadores do Município Alfa votou
e aprovou a fixação dos subsídios dos referidos agentes, daí resultando a Lei municipal nº
XX. O padrão remuneratório assim fixado gerou muitos debates em relação à higidez do
processo legislativo e à necessidade de serem observados certos parâmetros em sua fixação,
sendo sustentada uma necessária correspondência percentual em relação ao subsídio dos
Deputados Estaduais. Sobre o caso narrado, com base no texto constitucional, assinale a
afirmativa correta.
a) A fixação dos subsídios dos Vereadores é de competência da Câmara Municipal, não
podendo ultrapassar determinado percentual do subsídio dos Deputados Estaduais,
percentual este que varia conforme a população do Município;
b) A referida lei padece de vício de iniciativa, eis que compete privativamente ao Prefeito do
Município Alfa dispor sobre os subsídios dos membros dos Poderes Executivo e Legislativo.
c) Diante do princípio da separação dos poderes, inexiste vedação para que os subsídios
dos integrantes do Poder Legislativo local superem aqueles recebidos pelo Deputados
Estaduais, desde que respeitado o teto constitucional.
d) É de competência comum da Câmara Municipal e do Prefeito Municipal a fixação dos
subsídios dos Vereadores, os quais não podem ultrapassar o subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, excetuadas vantagens pessoais, não tendo
vinculação com os Deputados Estaduais.

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GABARITO

1. d 35. c 69. b
2. b 36. C 70. c
3. e 37. C 71. c
4. b 38. a 72. c
5. b 39. C 73. E
6. c 40. E 74. d
7. d 41. C 75. a
8. c 42. E 76. c
9. a 43. E 77. d
10. d 44. C 78. b
11. d 45. C 79. d
12. a 46. E 80. d
13. c 47. E 81. a
14. a 48. E 82. c
15. a 49. E 83. b
16. b 50. c 84. C
17. c 51. c 85. a
18. d 52. c 86. a
19. b 53. b 87. d
20. c 54. b 88. e
21. d 55. a 89. b
22. a 56. b 90. d
23. b 57. c 91. c
24. d 58. E 92. c
25. b 59. C 93. b
26. b 60. C 94. E
27. c 61. E 95. C
28. d 62. E 96. E
29. a 63. c 97. a
30. a 64. a
31. b 65. b
32. C 66. e
33. C 67. a
34. a 68. d

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GABARITO COMENTADO

001. (OAB/EXAME DA ORDEM XXVIII/2019) A população do Estado X, insatisfeita com os rumos


da política nacional e os sucessivos escândalos de corrupção que assolam todas as esferas do
governo, inicia uma intensa campanha pleiteando sua separação do restante da Federação
brasileira. Um plebiscito é então organizado e 92% dos votantes opinaram favoravelmente
à independência do Estado. Sobre a hipótese, com base no texto constitucional, assinale
a afirmativa correta.
a) Diante do expressivo quórum favorável à separação do Estado X, a Assembleia Legislativa do
referido ente deverá encaminhar ao Congresso Nacional proposta de Emenda Constitucional
que, se aprovada, viabilizará a secessão do Estado X.
b) Para o exercício do direito de secessão, exige-se lei estadual do ente separatista, dentro
do período determinado por Lei Complementar federal, dependendo ainda de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos demais Estados, após divulgação dos estudos
de viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei.
c) Diante da autonomia dos entes federados, admite-se a dissolução do vínculo existente
entre eles, de modo que o Estado X poderia formar um novo país, mas, além da aprovação
da população local por meio de plebiscito ou referendo, seria necessária a edição de Lei
Complementar federal autorizando a separação.
d) A forma federativa de Estado é uma das cláusulas pétreas que norteiam a ordem
constitucional brasileira, o que conduz à conclusão de que se revela inviável o exercício
do direito de secessão por parte de qualquer dos entes federados, o que pode motivar a
intervenção federal.

Segundo o art. 60, § 4º, “não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente
a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais”. A vedação ao exercício
do direito de secessão está estampada na cabeça do Art. 1º, que leciona que a federação
brasileira é formada a partir de uma união indissolúvel, perceba: “a República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito”. Se um determinado Estado resolver romper com
a federação, sofrerá intervenção federal para a manutenção da integridade nacional. É o
que diz o Art. 34, I: “a União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional”.
Letra d.

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002. (POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR/2019) De acordo com a Constituição Federal, assinale


a alternativa correta acerca da Organização Político-Administrativa do Estado.
a) Os Territórios Federais integram a União e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei ordinária.
b) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por
lei complementar.
c) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei
federal, dentro do período determinado por Lei Ordinária.
d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
das Assembleias Legislativas dos Estados diretamente interessados e do Congresso Nacional,
por lei ordinária.
e) São considerados como bens dos Estados da Federação os recursos minerais, inclusive
os do subsolo.

É a expressão do Art. 18, § 3º, segundo o qual “os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.
Letra b.

003. (DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) O Tribunal de Contas do Estado, ao apreciar


as contas apresentadas por determinado Prefeito Municipal, entendeu que apresentavam
irregularidade insanável. À luz da sistemática constitucional, o referido entendimento:
a) por si só, importa na rejeição das contas;
b) será apreciado pela Câmara Municipal, que pode acolhê-lo, ou não, pelo voto da maioria
de seus membros;
c) será apreciado pelo Governador do Estado, que pode acolhê-lo, ou não;
d) será apreciado pelo Conselho de Prefeitos, que pode acolhê-lo, ou não;
e) será apreciado pela Câmara Municipal, que somente pode rejeitá-lo por decisão de dois
terços dos seus membros.

É o ensinamento retirado do art. 31, § 2º. De acordo com a Constituição Federal, “a fiscalização
do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal (Câmara Municipal), mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na

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forma da lei. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas
dos Municípios, onde houver. O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as
contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de
dois terços dos membros da Câmara Municipal”.
Letra e.

004. (DPE-RJ/TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA PÚBLICA/2019) A Câmara dos Vereadores


do Município Alfa aprovou o diploma normativo que regeria o Município, por dois terços dos
seus membros, após dois turnos de votação, com o interstício de dez dias entre cada uma
delas. O referido diploma normativo, na sistemática constitucional, é:
a) a Constituição Municipal;
b) a Lei Orgânica Municipal;
c) a Lei Complementar Municipal;
d) a Lei Ordinária Municipal;
e) o Estatuto Municipal.

De acordo com a cabeça do art. 29, “o Município reger-se-á por lei orgânica, votada em
dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros
da Câmara Municipal, que a promulgará”.
Letra b.

005. (TJ-MG/OUTORGA DE DELEGAÇÕES DE NOTAS E DE REGISTRO/2012) A organização


político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende, EXCETO
a) os Estados.
b) os Municípios e os Territórios.
c) o Distrito Federal.
d) a União.

Os Territórios não são entidades federativas. Conforme o art. 18, “caput”, da CF/1988,
“a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos
desta Constituição”.
Letra b.

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006. (SEPLAG/GESTOR GOVERNAMENTAL/2008) Constitui bem ambiental de domínio


dos Estados:
a) a mata atlântica.
b) os sítios arqueológicos.
c) as águas subterrâneas.
d) as cavidades naturais subterrâneas.

Está em conformidade com o art. 26, I, da CF/1988, que determina que são bens dos Estados
“as águas superficiais ou subterrâneas [...]”.
Letra c.

007. (ADVOGADO/2002) A Constituição Federal vigente NÃO assegura ao Município:


a) capacidade normativa própria.
b) capacidade de autogoverno.
c) autonomia financeira.
d) representação no Senado Federal.

Somente os Estados-membros e o Distrito Federal possuem representação no Senado Federal.


Letra d.

008. (ADVOGADO/2002) É INCORRETO afirmar que a Lei Orgânica Municipal:


a) é elaborada pelo Município no exercício de sua capacidade de auto-organização.
b) deve atender aos princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição do
respectivo Estado.
c) não deve tratar da matéria de competência exclusiva do Município.
d) deve atender aos preceitos enumerados nos incisos do Art. 29 da Constituição Federal.

Na verdade, a Lei Orgânica Municipal deve tratar de matéria de competência exclusiva do


Município.
Letra c.

009. (PGJ/ANALISTA DE SISTEMAS/2002) É CORRETO afirmar que a criação de Municípios


se fará por:
a) lei estadual.
b) lei federal.
c) lei complementar estadual.
d) lei complementar federal.

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O item está de acordo com o disposto no art. 18, § 4º, da CF/1988, segundo o qual “a criação,
a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei”.
Letra a.

010. (PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) O Distrito Federal


(DF) não é um estado nem um município, mas possui competências legislativas de tais.
As características do DF não incluem
a) a auto-organização.
b) o autogoverno.
c) as autonomias tributária e financeira.
d) a possibilidade de subdividir-se em municípios.
e) a autoadministração.

Segundo a cabeça do art. 32, “o Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á
por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por
dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
nesta Constituição”.
Letra d.

011. (MP-PE/ANALISTA/2012) De acordo com o artigo 20, inciso V, da Constituição Federal,


os recursos naturais da zona econômica exclusiva são bens
a) do Município de Salvador - BA)
b) do Estado de Pernambuco.
c) do Estado de Roraima.
d) da União.
e) do Município de Recife - PE).

Diz o importantíssimo art. 20 que “são bens da União: V - os recursos naturais da plataforma
continental e da zona econômica exclusiva”.
Letra d.

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012. (PREFEITURA DE CAMPINAS/AGENTE ADMINISTRATIVO/2012) Sobre o que dispõe a


Constituição Federal de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei, a colaboração de interesse público.
II – recusar fé aos documentos públicos.
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
É correto o que está contido em
a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.

É a expressão do art. 19: “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Letra a.

013. (MTUR/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2014) O Estado é pessoa jurídica territorial


soberana formada por três elementos indissociáveis e indispensáveis para a noção de um
Estado independente. Assinale a opção que contenha os três elementos essenciais para a
existência do Estado.
a) Povo, Carta Constitucional e Território.
b) Autonomia, Governo e Povo.
c) Território, Povo e Governo.
d) Carta Constitucional, Povo e Governo.
e) Autonomia, Povo e Território.

Numa visão mais ampla, poder-se-ia identificar cinco elementos constitutivos do Estado:
povo, território, governo, soberania e finalidade.
Letra c.

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014. (CÂMARA DE SÃO PAULO/PROCURADOR LEGISLATIVO/2014) Ao disciplinar a instituição


de regiões metropolitanas, determinou a Constituição Federal que
a) poderão ser instituídas apenas por lei complementar estadual.
b) poderão ser constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes ou não.
c) tem como objetivo a transferência de competências municipais para o âmbito exclusivo
do Estado-membro.
d) a integração do município à região metropolitana não é compulsória.
e) cabe à União editar normas gerais a respeito da instituição das regiões metropolitanas.

Segundo o art. 25, § 3º, da CF/1988, “os Estados poderão, mediante lei complementar
[estadual], instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões,
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum”.
Letra a.

015. (EXAME DE OAB/2007.1) Acerca da organização do Estado, na forma como prevista na


Constituição Federal, assinale a opção correta.
a) A Federação é forma de Estado, ao passo que a República é forma de governo.
b) Viola um princípio sensível, constante da Constituição Federal, o fato de um estado-
membro proceder ao provimento de cargo efetivo no âmbito da administração pública
centralizada sem realizar concurso público.
c) É cláusula pétrea a regra constitucional segundo a qual a matéria constante de proposta
de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legislativa.
d) No âmbito da competência concorrente, a ausência de norma estadual possibilita ao
município dispor sobre a matéria de forma supletiva. O advento de norma estadual suspende
a execução da norma municipal com ela incompatível, de forma que, revogada a lei estadual
superveniente, a norma municipal volta a viger.

Os Estados podem adotar duas formas de Estado: o unitário ou o federado (ou federação).
Por sua vez, são formas de governo a República e a Monarquia. O Estado unitário, também
chamado de Estado simples, é aquele em que existe um único centro dotado de capacidade
legislativa, administrativa e política, do qual emanam todos os comandos normativos e
no qual se concentram todas as competências constitucionais. Como exemplo, o Estado
do Uruguai. De outra banda, os Estados federativos, também chamados de federados,
complexos ou compostos, são aqueles em que as capacidades políticas, legislativas e
administrativas são atribuídas constitucionalmente a entes regionais, que passam a gozar

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de autonomias (e não soberanias) próprias. Na República, o poder é exercido pelo povo, por
intermédio de mandatários eleitos temporariamente. Possuem as seguintes características:
i) eletividade: os representantes são eleitos de forma direta ou indireta; ii) periodicidade
da renovação representativa: temporariedade no governo; iii) representação popular: o
Governo representa o povo; e iv) dever de prestar contas de seus atos: responsabilidade dos
atos do governante. Na Monarquia, o poder é exercido por quem o detém naturalmente,
sem representar o povo por meio do mandato. As características desta forma de Governo
são: i) hereditariedade: a instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por
vínculo sanguíneo; ii) vitaliciedade: não temporário; iii) não representatividade popular: o
Monarca não representa o povo, mas sim a uma linhagem familiar; e iv) não prestação de
contas: o Monarca não presta contas de seus atos.
Letra a.

016. (EXAME DA OAB/2007.3) Nos termos da Constituição de 1988, o Estado federal brasileiro
a) é formado pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal (DF),
todos autônomos, sendo apenas a União detentora do atributo da soberania.
b) adota um sistema de repartição de competências que enumera os poderes da União, define
indicativamente os dos municípios e atribui os poderes remanescentes para os estados.
c) destina à União, como ente central, competências de caráter exclusivo e privativo, restando
aos estados, ao DF e aos municípios apenas o exercício de competências legislativas em
caráter remanescente e suplementar.
d) não admite que os municípios, mesmo de forma suplementar, possam legislar sobre as
matérias que são objeto da legislação federal e estadual.

A técnica de repartição de competência utilizada pela Carta da República é o da predominância


do interesse. Segundo ela, à União caberão as matérias de interesse geral (arts. 21 e 22,
da CF/1988) e aos Municípios as questões de predominante interesse local (art. 30, da
CF/1988). No que tange aos Estados, a Constituição Federal reservou-lhes as competências
não atribuídas à União e aos Municípios, chamada de competência residual (art. 25, § 1º, da
CF/1988). Para o Distrito Federal, a Carta Política atribuiu as competências reservadas aos
Estados e Municípios, denominada de competência cumulativa (art. 32, 1º, da CF/1988).
Letra b.

017. (EXAME DA OAB/2008.2) Assinale a opção correta acerca da disciplina constitucional


dos municípios.
a) Os municípios, que são dotados de autonomia, podem editar constituição própria.

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b) Compete privativamente aos municípios legislar sobre trânsito e transporte.


c) É vedada a criação de tribunais de contas municipais.
d) A posse de prefeitos e vice-prefeitos ocorrerá no dia 15 de fevereiro do ano subsequente
ao da eleição.

É o que prevê o art. 31, § 4º, da CF/1988, para o qual “é vedada a criação de Tribunais,
Conselhos ou órgãos de Contas Municipais”.
Letra c.

018. (EXAME DA OAB/2008.2) Não constitui causa de intervenção da União nos estados e
no DF a necessidade de
a) manter a integridade nacional.
b) prover a execução de ordem judicial.
c) assegurar o princípio da autonomia municipal.
d) garantir a aplicação do mínimo exigido da receita na segurança pública.

A intervenção é uma excepcional possibilidade de supressão temporária da autonomia


de um ente federativo. A intervenção federal nos Estados e no Distrito Federal somente
ocorrerá nas hipóteses taxativamente elencadas no Art. 34, da CF/1988, são elas: I - manter
a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação
em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre
exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças
da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de
dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios
receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI -
prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância
dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e
regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação
de contas da administração pública, direta e indireta; e) aplicação do mínimo exigido da
receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Assim,
a única alternativa que não consagra uma hipótese de intervenção federal nos Estados e
no Distrito Federal é a letra d).
Letra d.

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019. (EXAME DA OAB/2009.1) Acerca do federalismo nacional, assinale a opção correta.


a) A CF, ao extinguir os territórios federais até então existentes, vedou a criação de novos
territórios.
b) A CF não atribuiu ao território a chamada tríplice capacidade.
c) Segundo preceitua a CF, são entes federativos os estados-membros, o DF, os municípios
e os territórios federais.
d) O DF não possui capacidade de autoadministração visto que não organiza nem mantém
suas próprias polícias.

Os territórios possuem natureza jurídica de autarquias territoriais integrantes da


Administração Pública Indireta da União. Nesse sentido, não são entidades federativas
dotadas de tríplice capacidade.
Letra b.

020. (EXAME DA OAB/2009.1) De acordo com a CF e com a doutrina, a intervenção federal


a) exige do Presidente da República, quando provocada por requisição, a submissão do ato
ao Conselho da República e ao Conselho de Defesa Nacional, para posterior exame quanto
à conveniência e oportunidade da decretação.
b) é provocada por solicitação quando a coação ou o impedimento recaem sobre cada um
dos três Poderes do Estado.
c) dispensa, quando espontânea, a autorização prévia do Congresso Nacional.
d) exige, em qualquer hipótese, o controle político.

Nas hipóteses dos artigos 34, VI e VII e 35, IV, ficam dispensadas a apreciação pelo Congresso
Nacional, vale dizer, o controle exercido pelo Congresso Nacional será posterior. Nesses
casos, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida
bastar ao restabelecimento da normalidade (Art. 36, § 3º, da CF/88).
Letra c.

021. (EXAME DA OAB/2009.2) Considerando as normas constitucionais que versam sobre


a organização do Estado Federal, assinale a opção correta.
a) A subdivisão e o desmembramento dos estados dar-se-ão mediante aprovação das
populações diretamente interessadas, bem como das respectivas assembleias legislativas,
por lei complementar.
b) Os prefeitos dispõem, como foro especial por prerrogativa de função, do Superior Tribunal
de Justiça, ao qual cabe processá-los e julgá-los.

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c) Em obediência ao princípio da isonomia e da equivalência entre os diversos estados da


Federação, os subsídios do governador e do vice-governador, que têm como parâmetro os
subsídios dos ministros do STF, são fixados por lei federal.
d) Aos deputados estaduais aplicam-se as regras da CF sobre sistema eleitoral, inviolabilidade,
imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às
Forças Armadas.

É o que se extrai do Art. 27, § 1º, da CF/1988, segundo o qual “será de quatro anos o
mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre
sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença,
impedimentos e incorporação às Forças Armadas.”
Letra d.

022. (EXAME DA OAB/2009.3) Assinale a opção correta quanto à disciplina sobre a


intervenção federal.
a) No caso de descumprimento, por algum estado-membro, dos princípios constitucionais
sensíveis, a decretação de intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação
do procurador-geral da República.
b) Se houver, por parte de estado-membro, ameaça ao livre exercício de qualquer dos
poderes, o pedido de intervenção federal dependerá de requisição do STF.
c) A União só poderá intervir nos estados após prévia anuência do Congresso Nacional.
d) O estado só poderá intervir em seus municípios se a assembleia legislativa, por maioria
absoluta, aprovar a decretação da intervenção.

A representação interventiva (Art. 36, III, da CF/1988), também denominada ação direta de
inconstitucionalidade interventiva, é a ação destinada a aferir legitimidade ao processo de
intervenção, que pode ocorrer em duas hipóteses constitucionais: i) ofensa aos princípios
sensíveis (Art. 34, VII, da CF/1988); e ii) recusa à execução de lei federal (Art. 34, VI, da
CF/1988). Nessas duas situações, a intervenção federal dependerá de provimento pelo
Supremo Tribunal Federal de representação interventiva proposta pelo Procurador-Geral
da República.
Letra a.

023. (EXAME DA OAB/2009.3) No tocante às hipóteses de criação de estados-membros,


previstas na CF, assinale a opção correta.
a) No desmembramento para a anexação de outro estado, a parte desmembrada constituirá
novo estado, com identidade própria.
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b) Na fusão, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formação de um


novo estado, o que implica perda da personalidade primitiva.
c) Na cisão, o estado subdivide-se em dois ou mais estados-membros, com personalidades
distintas, mantendo o estado originário sua personalidade jurídica.
d) No desmembramento para a formação de novo estado, o estado originário perde sua
identidade, para formar um novo estado com personalidade jurídica própria.

Da leitura art. 18, § 3º, da CF/1988, extraímos que os Estados podem incorporar-se
entre si (fusão), subdividir-se (cisão) ou desmembrar-se para se anexarem a outros
(desmembramento-anexação), ou formarem novos Estados ou Territórios Federais
(desmembramento-formação). Nessa senda, a formação de novos Estados pode se
aperfeiçoar por: a) fusão: incorporação dos Estados entre si, desaparecendo os
Estados primitivos; cisão: ocorre quando um Estado subdivide-se, formando dois ou mais
Estados novos. Neste caso, o Estado originário também desaparece; desmembramento:
desmembramento do Estado originário em outros, sem que aquele deixe de existir. Pode se
dar por desmembramento-anexação ou desmembramento-formação: i) desmembramento-
anexação: a parte desmembrada anexa-se a outro Estado preexistente, ampliando o seu
território geográfico; ii) desmembramento-formação: a parte desmembrada se transformará
em um ou mais de um Estado novo, que não existia.
Letra b.

024. (EXAME DA OAB/2011.2) Os Estados são autônomos e compõem a Federação com a


União, os Municípios e o Distrito Federal. À luz das normas constitucionais, quanto aos
Estados, é correto afirmar que
a) podem incorporar-se entre si mediante aprovação em referendo.
b) a subdivisão não pode gerar a formação de novos territórios.
c) o desmembramento deve ser precedido de autorização por lei ordinária.
d) se requer lei complementar federal aprovando a criação de novos entes estaduais.

À luz do art. 18, § 3º, “os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar”.
Letra d.

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025. (OAB/EXAME XXIV/2017) Em observância aos princípios da transparência, publicidade


e responsabilidade fiscal, o prefeito do Município Alfa elabora detalhado relatório contendo
a prestação de contas anual, ficando tal documento disponível, para consulta e apreciação,
no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração. Carlos,
morador do Município Alfa, contribuinte em dia com suas obrigações civis e políticas,
constata diversas irregularidades nos demonstrativos apresentados, apontando indícios
de superfaturamento e desvios de verbas em obras públicas. Em função do exposto e com
base na Constituição da República, você, como advogado de Carlos, deve esclarecer que
a) a fiscalização das referidas informações, concernentes ao Município Alfa, conforme
previsto na Constituição brasileira, é de responsabilidade exclusiva dos Tribunais de Contas
do Estado ou do Município, onde houver.
b) Carlos tem legitimidade para questionar as contas do Município Alfa, já que, todos os
anos, as contas permanecem à disposição dos contribuintes durante sessenta dias para
exame e apreciação.
c) a impugnação das contas apresentadas pelo Chefe do Executivo local exige a adesão
mínima de um terço dos eleitores do Município Alfa.
d) a CRFB/88 não prevê qualquer forma de participação popular no controle das contas
públicas, razão pela qual Carlos deve recorrer ao Ministério Público Estadual para que seja
apresentada ação civil pública impugnando os atos lesivos ao patrimônio público praticados
pelo prefeito do Município Alfa.

É o que estabelece o Art. 31, § 3º, segundo o qual “as contas dos Municípios ficarão, durante
sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação,
o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei”.
Letra b.

026. (OAB/EXAME XXIII/2017) As contas do Município Alfa referentes ao exercício financeiro


de 2014, apresentadas pelo prefeito em 2015, receberam parecer desfavorável do Tribunal
de Contas do referido Município, o qual foi criado antes da promulgação da Constituição
da República Federativa do Brasil de 1988. O Presidente da Câmara, após o regular trâmite
interno, editou resolução e aprovou as referidas contas públicas municipais, uma vez
que as demonstrações contábeis de exercícios financeiros anteriores deveriam ter sido
analisadas em consonância com o plano plurianual. Diante da narrativa exposta, assinale
a afirmativa correta.
a) A competência para julgar as contas é do Tribunal de Contas do Município, órgão do Poder
Judiciário, não podendo, em nenhuma hipótese, o Legislativo local afastá-la, sob pena de
violação ao princípio da separação e harmonia entre os Poderes.
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b) O parecer do Tribunal de Contas do Município a respeito da rejeição das contas somente


não será acatado pela Câmara Municipal por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros
deste órgão.
c) Considerando que o Tribunal de Contas do Município é órgão do Poder Legislativo e o
Presidente da Câmara é a autoridade máxima de sua estrutura, é constitucional o afastamento,
pelo Chefe do Poder Legislativo local, do entendimento de órgão a ele subordinado.
d) O Presidente da Câmara agiu corretamente, pois a periodicidade para análise das contas
públicas do Município deve ser de 5 (cinco) anos, e tal disposição não foi observada pelo
Tribunal de Contas do Município.

Em respeito ao art. 31, § 2º, “o parecer prévio, emitido pelo órgão competente [no caso o
Tribunal de Contas do Município] sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar,
só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal”.
Letra b.

027. (XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A parte da população do Estado V situada ao sul do
seu território, insatisfeita com a pouca atenção que vem recebendo dos últimos governos,
organiza-se e dá início a uma campanha para promover a criação de um novo Estado-membro
da República Federativa do Brasil – o Estado N, que passaria a ocupar o território situado
na parte sul do Estado V. O tema desperta muita discussão em todo o Estado, sendo que
alguns argumentos favoráveis e outros contrários ao desmembramento começam a ganhar
publicidade na mídia. Reconhecido constitucionalista analisa os argumentos listados a seguir
e afirma que apenas um deles pode ser referendado pelo sistema jurídico-constitucional
brasileiro. Assinale-o.
a) O desmembramento não poderia ocorrer, pois uma das características fundamentais do
Estado Federal é a impossibilidade de ocorrência do chamado direito de secessão.
b) O desmembramento poderá ocorrer, contanto que haja aprovação, por via plebiscitária,
exclusivamente por parte da população que atualmente habita o território que formaria o
Estado N.
c) Além de aprovação pela população interessada, o desmembramento também pressupõe
a edição de lei complementar pelo Congresso Nacional com esse objeto.
d) Além de manifestação da população interessada, o sistema constitucional brasileiro
exige que o desmembramento dos Estados seja precedido de divulgação de estudos de
viabilidade.

É o que estabelece o art. 18, § 3º.


Letra c.

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028. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) José é cidadão do município W, onde está localizado
o distrito de b. Após consultas informais, José verifica o desejo da população distrital de
obter a emancipação do distrito em relação ao município de origem. De acordo com as
normas constitucionais federais, dentre outros requisitos para legitimar a criação de um
novo Município, são indispensáveis:
a) lei estadual e referendo.
b) lei municipal e plebiscito.
c) lei municipal e referendo.
d) lei estadual e plebiscito.

Conforme o art. 18, § 4º, “a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de


Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados
na forma da lei”.
Letra d.

029. (XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Determinado Governador de Estado, inconformado


com decisões proferidas pelo Poder Judiciário local, que determinaram o fechamento
de diversos estabelecimentos comprovadamente envolvidos com ilícitos, decidiu que os
órgãos estaduais a ele subordinados não cumpririam as decisões judiciais. Alegou que os
negócios desenvolvidos nesses estabelecimentos, mesmo sendo ilícitos, geravam empregos
e aumentavam a arrecadação do Estado, e que o não cumprimento das ordens emanadas do
Poder Judiciário se justificava em razão da repercussão econômica que o seu cumprimento
teria. Das opções a seguir, assinale a que se mostra consentânea com a Constituição Federal.
a) O Presidente da República, após a requisição do Supremo Tribunal Federal, decretará a
intervenção federal, dispensado, nesse caso, o controle pelo Congresso Nacional.
b) O Governador de Estado, tendo por base a inafastável autonomia concedida aos Estados
em uma organização federativa, está juridicamente autorizado a adotar o indicado
posicionamento.
c) O Presidente da República poderá decretar a intervenção federal, se provocado pelo
Procurador Geral da República e com autorização prévia do Congresso Nacional, que exercerá
um controle político.
d) O Supremo Tribunal Federal, prescindindo de qualquer atuação por parte do Presidente
da República, determinará, ele próprio, a intervenção federal, que será posteriormente
apreciada pelo Congresso Nacional.

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No caso de intervenção federal provocada por requisição para exigir cumprimento de decisão
judicial (Art. 34, VI, parte final), o Presidente da República, após a requisição do Supremo
Tribunal Federal, decretará a intervenção federal, dispensado, nesse caso, o controle pelo
Congresso Nacional.
Letra a.

030. (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) O instituto da intervenção é de extrema


excepcionalidade, razão pela qual restam minuciosamente delineadas as hipóteses na
CRFB/88. Assinale a opção que contempla, à luz da CRFB/88, hipótese correta de intervenção.
a) O Estado X, sob o pretexto de celeridade e efetividade, vem realizando somente contratações
diretas, sem a aplicação da Lei Federal de Licitações e Contratos Administrativos – Lei n. 8.666/93.
Nessa situação, poderá a União intervir no Estado X para prover a execução de lei federal.
b) O Município Y, localizado no Estado Z, não vem destinando nos últimos seis meses o
mínimo exigido da receita municipal na manutenção das escolas públicas municipais, sob
o fundamento de que a iniciativa privada realiza melhor ensino. Nesta hipótese, tanto a
União quanto o Estado Z, à luz da CRFB/88, poderão intervir no Município Y para garantir a
aplicação do mínimo exigido da receita municipal na aludida manutenção.
c) Nos casos de desobediência à ordem ou decisão judiciária, a decretação de intervenção
independe de requisição judicial.
d) O Município Z, em razão de problemas orçamentários, em 2013, decidiu, excepcionalmente,
pela primeira vez na sua história, não realizar o pagamento da sua dívida fundada. À luz
da CRFB/88, poderá o Estado W, onde está localizado o referido Município, intervir no ente
menor para garantir o pagamento da dívida fundada.

É a hipótese trazida pelo art. 34, VI, parte inicial.


Letra a.

031. (MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ/ASSISTENTE MINISTERIAL DE


CONTROLE EXTERNO/2019) Considerando-se as disposições da Constituição Federal de
1988 (CF), é correto afirmar que a subvenção a cultos religiosos e igrejas
a) pode ser realizada independentemente de lei, desde que não seja mantida relação de
dependência entre um ente federado e eventuais cultos religiosos e igrejas por ele subvencionados.
b) é admitida no caso de colaboração de interesse público, desde que seja feita na forma da lei.
c) é legítima se prevista na Lei Orgânica do município, independentemente de caracterizar-
se como colaboração de interesse público.

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d) é vedada aos municípios em qualquer hipótese, sendo permitida apenas à União,


aos estados e ao Distrito Federal.
e) somente é admitida no caso de religiões que sejam oficialmente adotadas pelo Estado
brasileiro, que consiste em uma federação não laica.

Essa ressalva é dada pelo art. 19, I, da CF/1988, que diz que é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios “estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-
los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações
de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”.
Letra b.

032. (PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO-PE/ASSISTENTE DE PROCURADORIA/2019) Por gozar


de autonomia, o Distrito Federal pode auto-organizar-se por meio de lei orgânica própria.

Segundo o art. 32, “caput”, da CF/1988, “o Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios,
reger-se-á por lei orgânica”, estando em conformidade com o enunciado.
Certo.

033. (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) A


Constituição Federal de 1988 assegura aos municípios a participação no resultado da exploração
de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros
recursos minerais no respectivo território, ou a compensação financeira por essa exploração.

Conforme o disposto no art. 20, § 1º, da CF/1988, “é assegurada, nos termos da lei, à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado da exploração
de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e
de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial
ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração”.
Certo.

034. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2019) A integridade territorial


do Paraná, protegida pela Constituição desse estado, somente pode ser alterada mediante
a) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar federal.
b) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar estadual.
c) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar federal.
d) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar estadual.
e) lei complementar estadual de iniciativa popular.
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De acordo com o art. 18, § 3º, da CF/1988, “os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.
Letra a.

035. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA/JUIZ SUBSTITUTO/2019) Na propriedade


de Roberto, localizada em um município do estado de Santa Catarina, existe um conjunto
de cavidades naturais subterrâneas, sobre o qual Roberto pretende construir um
empreendimento. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a pretensão de Roberto
é juridicamente inviável, porque essas cavidades são bens de titularidade
a) do estado de Santa Catarina.
b) do município de localização da propriedade.
c) da União.
d) comum da União, do estado de Santa Catarina e do município de localização da propriedade.
e) concorrente da União, do estado de Santa Catarina e do município de localização da
propriedade.

Conforme o art. 20, X, da CF/1988, são bens da União as cavidades naturais subterrâneas
e os sítios arqueológicos e pré-históricos.
Letra c.

036. (SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Tendo em vista a organização


do Estado e o fato de que o texto constitucional prevê a possibilidade de determinados
órgãos do Poder Judiciário requisitarem ao presidente da República intervenção federal no
caso de desobediência à ordem ou à decisão judiciária, julgue os itens seguintes. Nos casos
de requisição de intervenção federal, o presidente da República estará obrigado a editar
o decreto de intervenção, não lhe cabendo, a despeito da sua condição de chefe do Poder
Executivo, exercer juízo de conveniência ou de oportunidade da providência requerida.

Nos casos de intervenção provocada por requisição do Poder Judiciário, o Presidente estará
obrigado a realizar a intervenção federal.
Certo.

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037. (ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/2018) As terras devolutas indispensáveis à defesa


das fronteiras e os terrenos de marinha e seus acrescidos são bens pertencentes à União.

Segundo o art. 20, II e VII, da CF/1988, são bens da União as terras devolutas indispensáveis
à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei, e os terrenos de marinha e seus
acrescidos.
Certo.

038. (TRIBUNAL DE CONTAS MUNICIPAL-BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA/2018)


Com relação à organização político-administrativa do Estado Federal, é correto afirmar que
a) os territórios brasileiros são excluídos da composição da organização político-administrativa
da República Federativa do Brasil.
b) os recursos minerais do subsolo são de propriedade do município em que forem encontrados.
c) os estados podem incorporar-se entre si ou desmembrar-se para formarem novos territórios
estaduais.
d) a organização e a prestação de serviços de transporte rodoviário interestadual e local
são de competência dos estados.
e) as cavidades naturais subterrâneas são patrimônio do estado onde se localizarem.

Os territórios não estão no art. 18, “caput”, da CF/1988, que diz que “a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”.
Letra a.

039. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)


As atuais terras indígenas demarcadas e localizadas no estado do Maranhão são bens
públicos federais.

De acordo com o art. 20, XI, da CF/1988, são bens da União as terras tradicionalmente
ocupadas pelos índios.
Certo.

040. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)


Ilha lacustre que não pertença à União pode ser bem do estado federado ou do município,
a depender da localização territorial.
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À luz do art. 26, III, da CF/1988, se não pertencer à União, pertencerá ao Estado-membro.
Errado.

041. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ASSISTENTE PORTUÁRIO/2018)


Rio que banhe os estados do Maranhão e do Piauí é um bem da União.

Conforme o art. 20, III, da CF/1988, “os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos
de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado [...]” são bens da União.
Certo.

042. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ASSISTENTE PORTUÁRIO/2018)


As águas superficiais maranhenses são bens do estado, ainda que, na forma da lei, sejam
decorrentes de obras da União.

As águas superficiais decorrentes de obras da União são ressalvadas pelo art. 26, I, da
CF/1988, assim, não podem ser bens dos Estados.
Errado.

043. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018) O


Distrito Federal é a capital da República Federativa do Brasil.

O art. 18, § 1º, da CF/1988, é claro ao afirmar que “Brasília é a Capital Federal”.
Errado.

044. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018) Para


que um estado seja incorporado a outro, é necessária consulta prévia à população dos dois
estados, por meio de plebiscito.

Esse é um dos requisitos, apresentados pelo art. 18, § 3º, da CF/1988, para que um Estado
seja incorporado a outro.
Certo.

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045. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018)


Atualmente, não existem territórios federais no Brasil, mas a Constituição Federal de 1988
prevê a possibilidade de serem criados por meio de lei complementar.

Conforme o art. 18, § 2º, da CF/1988, “os Territórios Federais integram a União, e sua
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas
em lei complementar”.
Certo.

046. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018) É


inconstitucional a parceria entre Estado e entidade religiosa que promova educação de
jovens e adultos em periferias de uma grande cidade, em razão de dispositivo constitucional
que veda essa aliança.

Tal situação encontra-se protegida pelo art. 19, I, da CF/1988. De acordo com a norma de
regência, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer
cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma
da lei, a colaboração de interesse público.
Errado.

047. (INSTITUTO RIO BRANCO/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/2018)


A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os estados, o Distrito Federal, os municípios e os territórios, todos entes federativos
autônomos dotados de capacidade de autogoverno e autoadministração.

Os territórios não são entidades federativas. Conforme o multicitado o art. 18, “caput”,
da CF/1988, “a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Constituição”.
Errado.

048. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) As leis orgânicas dos


municípios podem criar conselhos ou órgãos de contas municipais para exercer o controle
externo do Poder Executivo municipal.

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De acordo com o art. 31, § 4º, da CF/1988, “é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou
órgãos de Contas Municipais”.
Errado.

049. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Será


compartilhado o domínio de rio que banhe mais de um estado-membro, pertencendo a
cada um deles a parte que adentrar o seu território.

É bem da União, segundo o art. 20, III, da CF/1988.


Errado.

050. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018) A


Constituição Federal de 1988 dispõe que são bens da União
a) as águas superficiais fluentes.
b) as águas subterrâneas em depósito.
c) as terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental.
d) as ilhas fluviais e lacustres.
e) as ilhas oceânicas e costeiras.

É o disposto no art. 20, II, da CF/1988, segundo o qual, são bens da União as terras devolutas
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias
federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.
Letra c.

051. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018)


Determinado estado-membro se desfez de parte de seu território, e a população ali residente
foi unida a outro estado-membro, sem que aquele perdesse a sua identidade originária.
Nessa situação, ocorreu a modalidade de formação de estados federados denominada
a) incorporação.
b) subdivisão.
c) desmembramento por anexação.
d) desmembramento por formação.
e) fusão.

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A formação de novos Estados-membros pode se aperfeiçoar por: a) fusão: incorporação


de Estados-membros entre si, formando um terceiro e novo Estado-membro; aqui os
Estados-membros originários deixam de existir; b) cisão: um Estado-membro subdivide-se,
formando dois ou mais Estados--membros novos; neste caso, o Estado-membro originário
também desaparece; c) desmembramento: desmembramento de um Estado-membro em
outro(s), sem que o originário deixe de existir. Pode se dar por desmembramento-anexação
ou desmembramento-formação: i) desmembramento-anexação: a parte desmembrada
anexa-se a outro Estado-membro preexistente, ampliando o seu território primitivo; ii)
desmembramento-formação: a parte desmembrada se transformará em um, ou mais de
um, novo Estado-membro (exemplo: Art. 13 do ADCT).
Letra c.

052. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018) A


Constituição Federal de 1988 veda expressamente a edição de medida provisória que
a) verse sobre a seguridade social.
b) trate das diretrizes e bases da educação nacional.
c) regulamente a concessão de serviços locais de gás canalizado.
d) implique a instituição ou majoração de impostos.
e) regulamente o regime de portos e a navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e
aeroespacial.

O art. 25, § 2º, da CF/1988, dispõe que “cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação”.
Letra c.

053. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018)


Determinado município apresentou, por cinco anos seguidos, graves problemas na sua
prestação de contas, em razão de desvios de recursos públicos por parte de seus gestores.
Tendo constatado a recorrência desse problema, o servidor do tribunal de contas local
responsável pelo controle dessas contas propôs a criação de um tribunal de contas municipal
para garantir melhor controle dos gastos do município. Conforme a Constituição Federal
de 1988 (CF), a proposta do servidor do tribunal de contas é
a) viável somente para as capitais dos estados, porque sua estrutura administrativa, mais
complexa, justifica a criação desse órgão de controle.

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b) inconstitucional, pois é vedada expressamente pelo texto da CF.


c) inconstitucional, uma vez que a CF, quando da sua promulgação, determinou a extinção
dos tribunais de contas municipais existentes.
d) recomendada para municípios com mais de vinte mil habitantes.
e) recomendada para estados que tenham muitos municípios, para que o controle de contas
seja mais eficiente e transparente.

É inconstitucional, uma vez que o art. 31, § 4º, da CF/1988, vedada a criação de Tribunais,
Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
Letra b.

054. (SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


FAZENDÁRIO/2018) Acerca da organização dos estados, é correto afirmar que
a) a criação de um território federal é regulada por lei ordinária.
b) aos estados-membros compete explorar os serviços locais de gás canalizado.
c) a iniciativa popular no processo legislativo estadual não é admitida.
d) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar
dos estados-membros para legislar.
e) o texto constitucional autoriza a criação de tribunais de contas municipais.

Conforme o art. 25, § 2º, da CF/1988, “cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado [...]”.
Letra b.

055. (2020/IDIB/CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MATO GROSSO/


ADVOGADO) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos entre
si. Por outro lado, a Constituição Federal prevê também a figura dos Territórios Federais.
Sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) É possível, conforme previsto constitucionalmente, que haja a reintegração do Território
Federal ao Estado de origem.
b) Os Territórios Federais integram a União e o respectivo Estado federado onde estiver
situado.
c) A Constituição Federal proíbe a formação de novos Territórios Federais.
d) A transformação do Território Federal em Estado será regulada pela respectiva Constituição
Estadual.

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Segundo o art. 18, § 2º, da CF/1988, “Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei
complementar.
Letra a.

056. (2020/IDIB/PREFEITURA DE GRAVATÁ-PE/AGENTE LEGISLATIVO) Analise os itens abaixo


sobre a organização dos Municípios:
I. A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
II. Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal a prática de homofobia.
III. Compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que
tem caráter essencial.
Assinale
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.

I. Certo: é o que determina o art. 29-A, § 1º, da CF/1988; II. Errado: os crimes de responsabilidade
dos Prefeitos estão previstos no art. 29-A, § 2º, da CF/1988; III. Certo: esta competência
está prevista no art. 30, V, da CF/1988.
Letra b.

057. (2020/IDIB/PREFEITURA DE GRAVATÁ-PE/AGENTE LEGISLATIVO) Assinale abaixo a única


alternativa correspondente a bens públicos dos Estados.
a) Mar territorial e terrenos de marinha.
b) Recursos minerais e rios intermunicipais.
c) As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União.
d) Terreno de marinha e as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

É o que prevê o art. 26, III, da CF/1988.


Letra c.

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058. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/FISCAL


DE OBRAS) Cabe aos municípios estabelecer e subvencionar cultos religiosos ou igrejas,
mantendo, com seus representantes, relações de dependência e aliança.

Essa hipótese trazida pela questão é vedada pelo art. 19, I, da CF/1988.
Errado.

059. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/FISCAL DE


OBRAS) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios far-se-ão por
lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após
divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Situação trazida pelo art. 18, § 4º, da CF/1988.


Certo.

060. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/ANALISTA


DE DESENVOLVIMENTO URBANO E FUNDIÁRIO) Os entes federativos, ainda que não possam
estabelecer cultos ou religiões oficiais, podem com eles estabelecer cooperações para a
consecução de fins de interesse público.

Essa permissão está prevista na parte final do art. 19, I, da CF/1988.


Certo.

061. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/ANALISTA DE


DESENVOLVIMENTO URBANO E FUNDIÁRIO) O desmembramento de estado para anexação a
outro depende de aprovação da população residente na parcela que se pretende desmembrar.

Conforme o art. 18, § 3º, da CF/1988, “Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-
se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito,
e do Congresso Nacional, por lei complementar”. Entende-se por população diretamente
interessada, nesse caso, a população de todo o estado.
Errado.

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062. (2020/INSTITUTO QUADRIX/INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-PA/ANALISTA


DE DESENVOLVIMENTO URBANO E FUNDIÁRIO) Os Territórios Federais são entes federativos
autônomos.

Os Territórios não são entes federativos, mas autarquias que integram a Administração
Pública Indireta da União.
Errado.

063. (2020/CESPE/CEBRASPE/TJ PA - AUXILIAR JUDICIÁRIO) A autonomia do Estado para


gerir negócios próprios, pela ação administrativa do governador, denomina-se
a) autogestão.
b) autolegislação.
c) autoadministração.
d) autogoverno.
e) soberania.

A capacidade de autoadministração que possuem todas as entidades federativas diz


respeito à gestão própria daquilo que lhe é próprio, especialmente a gestão de servidores
públicos e bens públicos.
Letra c.

064. (2020/FCC/ALE - ANALISTA LEGISLATIVO - ÁREA: ATIVIDADE LEGISLATIVA - ESPECIALIDADE:


TÉCNICO LEGISLATIVO) Entidades da sociedade civil atuantes em um grupo de Municípios
limítrofes, integrantes do mesmo Estado da federação, defendem que seja instituída região
metropolitana para integrar organização, planejamento e execução de funções públicas de
interesse comum aos Municípios em questão. Nessa hipótese, à luz da Constituição Federal,
a instituição de região metropolitana
a) dependerá apenas de lei complementar estadual.
b) deverá ser precedida de consulta, mediante plebiscito, à população diretamente
interessada, assim entendida a do Estado a que pertencem os Municípios
c) dependerá de lei estadual e de consulta, mediante plebiscito, à população dos Municípios
envolvidos, após a divulgação de estudos de viabilidade, apresentados e publicados na
forma da lei.
d) dependerá de lei estadual e, se assim previsto na respectiva Constituição estadual, de
aprovação prévia pelas Câmaras de Vereadores dos Municípios envolvidos.
e) é descabida, uma vez que a execução das funções, ainda que de interesse comum, não
está compreendida no escopo de uma região metropolitana.

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Conforme o art. 25, § 3º, da CF/1988, “Os Estados poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum”.
Letra a.

065. (2020/IBFC/CBM BA - SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO) A República Federativa


do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito. Sobre a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Territórios, assinale a alternativa correta.
a) Considerando a hierarquia entre os entes políticos da federação brasileira, a União é
hierarquicamente superior aos Estados
b) A Constituição impossibilita aos entes federativos estabelecer cultos religiosos ou
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração
de interesse público
c) O Distrito Federal divide-se em Municípios, assim como os Estados-Membros da Federação
brasileira
d) Os Estados-Membros possuem autonomia na Federação, mas a depender da situação
também assumem a soberania como característica do seu poder
e) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, sendo exigido para
tanto, a divulgação de estudo de viabilidade urbana e, após, a realização de plebiscito.

É o que prevê o art. 19, I, da CF/1988.


Letra b.

066. (2020/CESPE/CEBRASPE/TJ PA - OFICIAL DE JUSTIÇA - ÁREA AVALIADOR) Determinado


estado da Federação pretende instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Nessa
situação, o ente federativo poderá efetivar tal medida mediante
a) lei ordinária federal.
b) lei complementar federal.
c) medida provisória estadual.
d) lei ordinária estadual de iniciativa do Poder Executivo.
e) lei complementar estadual de iniciativa parlamentar.

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Conforme o art. 25, § 3º, da CF/1988, “Os Estados poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum”.
Letra e.

067. (2020/FACET CONCURSOS/PREFEITURA - ANALISTA ADMINISTRATIVO) A Constituição


faculta a criação, incorporação, fusão e o desmembramento de Municípios, desde que se faça:
a) Por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos,
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma
da lei.
b) Por lei Federal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
c) Por lei Federal, dentro do período determinado por Lei Complementar, e dependerão de
consulta posterior, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
d) Por lei Estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar, e dependerão
de consulta posterior, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
e) Por lei Federal, dentro do período determinado por Lei Orgânica, e dependerão de consulta
posterior, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

É a previsão do art. 18, § 4º, da CF/1988.


Letra a.

068. (2020/INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO E PESQUISA/PREFEITURA - AUDITOR DE


CONTROLE INTERNO - ÁREA: ENGENHEIRO CIVIL) O município reger-se-á por lei orgânica,
votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na
Constituição de 1988, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos, EXCETO:
a) Julgamento do prefeito perante o Tribunal de Justiça.
b) Organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal.

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c) Cooperação das associações representativas no planejamento municipal.


d) Iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do município, da cidade ou
de bairros, através de manifestação de, pelo menos, dez por cento do eleitorado.

Conforme o art. 29, XIII, da CF/1988, “iniciativa popular de projetos de lei de interesse
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos,
cinco por cento do eleitorado”.
Letra d.

069. (2020/FADESP/UEPA - AGENTE ADMINISTRATIVO) De acordo com a Constituição Federal


Brasileira de 1988, a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende
a) os Estados, os Municípios e os Territórios, tão somente.
b) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
c) a União, os Estados, os Territórios e os Municípios, exclusivamente.
d) os Estados, os Territórios, os Municípios e os Distritos, apenas.

É o que prevê o “caput” do art. 18 da CF/1988.


Letra b.

070. (2020/INSTITUTO ÂNIMA SOCIESC/FISCAL TRIBUTÁRIO) Segundo o art. 19 da Constituição


Federal de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I. Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei, a colaboração de interesse público.
II. Promover igualdade entre brasileiros.
III. Recusar fé aos documentos públicos.
Está correto o que se afirma em:
a) Somente I.
b) Somente III.
c) Somente I e III.
d) Somente II e III.
e) Todas as afirmativas.

I. Certo: é o que estabelece o art. 19, I, da CF/1988; II. Errado: não há essa previsão do art.
19; III. Está previsto no art. 19, II, da CF/1988.
Letra c.

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071. (2021/CESPE/CEBRASPE/CODEVASF - ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL


- ÁREA: ADMINISTRAÇÃO) A organização político-administrativa da República Federativa
do Brasil abrange não somente a União, os estados e o Distrito Federal, mas também os
municípios, sendo todos esses entes autônomos.

É o que estabelece o art. 18, “caput”, da CF/1988.


Letra c.

072. (2020/IDIB/TÉCNICO JURÍDICO) Analise as afirmativas a seguir sobre a União, os Estados,


os Municípios, o Distrito Federal e os Territórios:
I. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre
brasileiros ou preferências entre si.
II. Compete aos Municípios estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade
de garimpagem, em forma associativa.
III. Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além de Governador, haverá
órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e
defensores públicos federais.
É correto o que se afirma
a) apenas em I.
b) apenas em I e II.
c) apenas em I e III.
d) apenas em I, II e III.

I. Certo: é a situação posta no art. 19, III, da CF/1988; II. Errado: é uma competência da
União (art. 21, XXV, da CF/1988); III. Certo: é o que prevê o art. 33, § 3º, da CF/1988.
Letra c.

073. (2020/CESPE/CEBRASPE/SEFAZ - AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Em razão da


capacidade de auto-organização dos estados-membros, as constituições estaduais não se
sujeitam a quaisquer limitações previstas pela Constituição Federal de 1988.

Conforme o “caput” do art. 25, da CF/1988, os Estados organizam-se e regem-se pelas


Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal.
Errado.

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074. (2022/IPREV/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO II) Em Municípios de mais de 600.000


(seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes, deverá
ser respeitado o limite máximo de:
a) 21 (vinte e um) vereadores.
b) 23 (vinte e três) vereadores.
c) 25 (vinte e cinco) vereadores.
d) 27 (vinte e sete) vereadores.
e) 29 (vinte e nove) vereadores.

Segundo o art. 29, IV, j, da CF/1988, “para a composição das Câmaras Municipais, será
observado o limite máximo de 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de
600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes”.
Letra d.

075. (2022/PREFEITURA DE PARANATAMA-PE/PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 6º


AO 9º ANO) Quando não forem prestadas contas devidas, na forma da lei, pelos Municípios,
é CORRETO afirmar que:
a) O Estado poderá, excepcionalmente, intervir nos Municípios, mas a regra geral é de não
intervenção.
b) O Estado não poderá intervir nos Municípios.
c) O Estado deverá intervir nos Municípios, pois a regra geral é a da intervenção.
d) O Estado pode intervir apenas em dois Municípios por ano.
e) O Estado poderá intervir apenas em um Município do território.

Conforme o art. 35, II, da CF/1988, o Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União
nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando, dentre outras hipóteses,
não forem prestadas contas devidas, na forma da lei.
Letra a.

076. (2022/PREFEITURA DE DEZESSEIS DE NOVEMBRO-RS/SERVENTE/MERENDEIRA) De


acordo com a Constituição Federal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios: I. Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento, podendo, entretanto, manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança. II. Recusar fé aos documentos públicos. III. Criar distinções entre
brasileiros ou preferências entre si. Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente os itens I e II.

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b) Somente os itens I e III.


c) Somente os itens II e III.
d) Todos os itens.

Em respeito ao art. 19, da CF/1988, “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes
o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos
documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”.
Letra c.

077. (2022/PREFEITURA DE DEZESSEIS DE NOVEMBRO-RS/AGENTE ADMINISTRATIVO) De


acordo com a Constituição Federal, assinalar a alternativa CORRETA:
a) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da
Constituição.
b) O Distrito Federal é a Capital Federal.
c) Os Territórios Federais integram os Municípios, e sua criação, transformação em Estado
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas mediante decreto.
d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por
lei complementar.

De acordo com o art. 18, § 3º, da CF/1988, “os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.
Letra d.

078. (2022/PREFEITURA DE CARMO DO PARANAÍBA-MG/ASSISTENTE SOCIAL) Consoante


disposições expressas na Constituição Federal, no tocante ao tema fiscalização municipal,
assinalar a alternativa CORRETA:
a) O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve
prestar semestralmente, deixará de prevalecer somente por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal.

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b) É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.


c) As contas dos Municípios ficarão, durante trinta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.
d) O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas
da União.

Conforme o art. 31, § 4º, da CF/1988, “é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos
de Contas Municipais”.
Letra b.

079. (2022/CÂMARA DE SERTANÓPOLIS-PR/ADVOGADO) Acerca da intervenção, conforme


a Constituição Federal, é INCORRETO afirmar que:
a) o Estado intervirá no Município quando deixar de ser paga, sem motivo de força maior,
por dois anos consecutivos, a dívida fundada.
b) o Estado intervirá no Município quando o Tribunal de Justiça der provimento a representação
para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para
prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
c) a União pode intervir no Estado-membro para manter a integridade nacional.
d) a União intervirá no Estado-membro para assegurar a aplicação do mínimo exigido da
receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências,
na manutenção e desenvolvimento do ensino, da segurança pública e nas ações e serviços
públicos de saúde.
e) é impossível que um Estado-membro intervenha em Município pertencente a outro Estado.

Segundo o art. 34, VII, e, da CF/1988, a União não intervirá nos Estados nem no Distrito
Federal, exceto para, dentre outras hipóteses, assegurar a observância dos seguintes
princípios constitucionais: [...] aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde”.
Letra d.

080. (2022/TJ-PI/OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR) De acordo com a organização político-


administrativa do Estado, os entes federativos são proprietários de bens discriminados no
texto constitucional. À União pertencem
a) as terras devolutas.

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b) aldeamentos desfeitos, ocupados por indígenas em época passada.


c) as ilhas costeiras, mesmo que sejam sede de município.
d) as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos.
e) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem sob domínio de um Estado.

Segundo o art. 20, X, da CF/1988, “são bens da União as cavidades naturais subterrâneas
e os sítios arqueológicos e pré-históricos”.
Letra d.

081. (2022/AFEAM/ESPECIALISTA DE FOMENTO/JURÍDICO) No que se refere às disposições


constitucionais aplicáveis aos Municípios, assinale a alternativa incorreta.
a) A Constituição Federal autoriza a criação de órgãos de Contas Municipais
b) As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade,
nos termos da lei
c) A fiscalização do Município deve ser exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na
forma da lei
d) O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da
Câmara Municipal

Em respeito ao art. 31, § 4º, da CF/1988, “é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou


órgãos de Contas Municipais”.
Letra a.

082. (2022/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA) De acordo com o disposto na CF/88, a criação e


o desmembramento de municípios serão realizados por meio de
a) lei complementar municipal, dentro do período determinado por lei complementar
federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios
envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
b) lei complementar estadual, dentro do período determinado por lei complementar
federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios
envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados
na forma da lei.

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c) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após
divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
d) decreto estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos,
após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
e) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão
de consulta às populações dos municípios envolvidos, mediante referendo, após divulgação
dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

É o que determina o art. 18, § 4º, da CF/1988, segundo o qual “a criação, a incorporação, a
fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei”.
Letra c.

083. (2022/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA) É autorizada a intervenção do estado no


município quando
a) não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento da seguridade social.
b) não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
c) deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por pelo menos três anos consecutivos,
a dívida fundada.
d) o tribunal de justiça der provimento a representação para assegurar a observância de
princípios indicados na Lei Orgânica municipal.
e) forem praticados, na administração municipal, atos de corrupção devidamente comprovados.

De acordo com o art. 35, da CF/1988, “o Estado não intervirá em seus Municípios, nem a
União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser
paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não
forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido
da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar
a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução
de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Letra b.

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084. (2022/MPC-SC/TÉCNICO EM ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS) A CF proíbe que os entes


da Federação criem distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

É o que determina o art. 19, III, da CF/1988.


Certo.

085. (2022/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO) A respeito do controle externo promovido pelo


Poder Legislativo Municipal, em relação ao Poder Executivo Municipal, com o auxílio do
Tribunal de Contas, é correto afirmar em relação a este órgão que
a) seus pareceres técnicos poderão deixar de prevalecer, caso seja atingido o quórum de
dois terços dos membros da Câmara Municipal, exigido pela Constituição.
b) não é possível o afastamento das conclusões de seus pareceres técnicos, salvo se
comprovada fraude.
c) é possível que seus Conselheiros fixem prazo para a consideração de seus pareceres
técnicos pela Câmara dos Vereadores, haja vista o sistema de freios e contrapesos.
d) possui autonomia e exerce, algumas vezes, jurisdição durante o exercício do controle
externo, apesar de ser órgão auxiliar do Poder Legislativo Municipal.
e) suas decisões são dotadas de força de coisa julgada, sendo que eventual reforma deve
se dar por meio de ação rescisória.

Conforme o art. 31, § 2º, da CF/1988, “o parecer prévio, emitido pelo órgão competente
sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por
decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal”. Letra a.
Letra a.

086. (2022/PREFEITURA DE CÓRREGO NOVO-MG/PROCURADOR MUNICIPAL) Complete


as lacunas CORRETAMENTE: O Município reger-se-á por _________, votada em _______,
com o interstício mínimo de _____ dias, e aprovada por _______ dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na
Constituição do respectivo Estado...
a) lei orgânica; dois turnos; 10 dias; 2/3;
b) lei complementar; 1 turno; 15 dias; 2/3;
c) Lei orgânica; 2 turnos; 10 dias; 1/3;
d) lei ordinária; 2 turnos; 10 dias; 1/3.

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De acordo com o “caput” do art. 29, da CF/1988, “o Município reger-se-á por lei orgânica,
votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços
dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado”.
Letra a.

087. (2022/SEA-SC/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A composição das Câmaras


Municipais dar-se-á no limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 10.000 (dez mil) habitantes.
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes.
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 15.000 (quinze mil) habitantes até
30.000 (trinta mil) habitantes.
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e de até
80.000 (oitenta mil) habitantes.
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios com mais de 80.000 (oitenta mil) até 110.000
(cento e dez mil) habitantes.

Segundo o art. 29, IV, d, da CF/1988, “para a composição das Câmaras Municipais, será
observado o limite máximo de 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000
(cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes”.
Letra d.

088. (2022/SEA-SC/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que diz respeito à intervenção


da União nos Estados Federados, pode-se afirmar que a União não intervirá nos Estados
nem no Distrito Federal:
a) salvo se ocorrer atraso em pagamento de dívida fundada.
b) salvo se ocorrer a suspensão de pagamento de dívida fundada por mais de 1 (um) ano
consecutivo.
c) salvo quando não tiver sido aplicado o mínimo exigido nas ações de segurança pública.
d) salvo se ocorrer a suspensão de pagamento de dívida fundada por mais de 3 (três) anos
consecutivos.
e) salvo para assegurar o princípio da autonomia municipal.

Conforme o art. 34, da CF/1988, “a União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal,
exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma
unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem

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pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento
da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b)
deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão
judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma
republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c)
autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde.
Letra e.

089. (2022/CÂMARA DE IPUIUNA-MG/SECRETÁRIO LEGISLATIVO) Os municípios, precisamente


nos termos constitucionais, regem-se por
a) normas regionais.
b) leis orgânicas.
c) leis estaduais
d) leis distritais e no que couber leis de países amigos.

É o que estabelece o “caput” do art. 29 da CF/1988.


Letra b.

090. (2022/CÂMARA DE IPUIUNA-MG/SECRETÁRIO LEGISLATIVO) Conforme art. 18


da Constituição 1988, atualizada e consolidada, compreende a organização político-
administrativa do Brasil:
a) União e Estados, exclusivamente.
b) União, Estados e Municípios, exclusivamente.
c) Estados, Municípios e Distrito Federal, exclusivamente.
d) Distrito Federal, Municípios, Estados e a União.

Diz o art. 18, “caput”, da CF/1988, que “A organização político-administrativa da República


Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
todos autônomos, nos termos desta Constituição”.
Letra d.

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091. (2022/PREFEITURA DE FAZENDA VILANOVA-RS/MÉDICO VETERINÁRIO) De acordo


com a Constituição Federal, é CORRETO afirmar que o Estado poderá intervir em seus
Municípios quando:
a) O tribunal de justiça der provimento a representação para assegurar a observância de
decisão judicial ou administrativa.
b) For necessário manter a integridade nacional.
c) Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
d) Forem prestadas as contas devidas, na forma da lei.

De acordo com o art. 35, da CF/1988, “O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a
União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser
paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não
forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo
exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação
para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para
prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Letra c.

092. (2022/VUNESP/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO I) A respeito da organização


político-administrativa da República Federativa do Brasil, assinale a alternativa correta,
de acordo com a Constituição Federal.
a) A União, Estados e Distrito Federal são autônomos entre si, de modo que os Municípios
são subordinados aos seus respectivos Estados.
b) É expressamente vedada a criação de Territórios Federais, dado que os existentes até
a promulgação da Constituição Federal foram extintos e sua origem remonta ao controle
de regiões estratégicas pelo governo federal.
c) Os Territórios Federais integram a União e poderão ser criados, transformados em Estado
ou reintegrados ao Estado de origem, conforme lei complementar.
d) Os Municípios, se fundidos, poderão originar novo Estado.
e) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem estabelecer cultos religiosos
em suas respectivas repartições.

Conforme o art. 18, § 2º, da CF/1988, “os Territórios Federais integram a União, e sua
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas
em lei complementar”.
Letra c.

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093. (2022/MPE-PE/PROMOTOR DE JUSTIÇA E PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Em


conformidade com a disciplina da Organização do Estado na Constituição Federal,
a) o Distrito Federal é a Capital Federal.
b) a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
c) os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei ordinária.
d) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Senado Federal, mediante
Resolução.
e) é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos
religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com
eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ainda que na forma de
colaboração de interesse público.

Em obediência ao art. 18, § 4º, da CF/1988, “a criação, a incorporação, a fusão e o


desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado
por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
apresentados e publicados na forma da lei”.
Letra b.

094. (2022/PGE-RJ/ANALISTA PROCESSUAL) Os estados poderão, mediante lei ordinária,


instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes.

Conforme o art. 25, § 3º, da CF/1988, “os Estados poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum”.
Errado.

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095. (2022/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Os territórios federais não integram


a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil.

Em respeito ao art. 18, § 2º, da CF/1988, “os Territórios Federais integram a União, e sua
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas
em lei complementar”. Os territórios possuem natureza jurídica de autarquias federais.
Certo.

096. (2022/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Os estados podem subdividir-se


para a formação de novos estados, contanto que haja aprovação da população diretamente
interessada, mediante referendo, e da assembleia legislativa estadual, por lei complementar.

Na verdade, conforme o art. 18, § 3º, da CF/1988, “os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.
Errado.

097. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE) Em projeto de


lei apresentado pelos próprios Vereadores, a Câmara de Vereadores do Município Alfa votou
e aprovou a fixação dos subsídios dos referidos agentes, daí resultando a Lei municipal nº
XX. O padrão remuneratório assim fixado gerou muitos debates em relação à higidez do
processo legislativo e à necessidade de serem observados certos parâmetros em sua fixação,
sendo sustentada uma necessária correspondência percentual em relação ao subsídio dos
Deputados Estaduais. Sobre o caso narrado, com base no texto constitucional, assinale a
afirmativa correta.
a) A fixação dos subsídios dos Vereadores é de competência da Câmara Municipal, não
podendo ultrapassar determinado percentual do subsídio dos Deputados Estaduais,
percentual este que varia conforme a população do Município;
b) A referida lei padece de vício de iniciativa, eis que compete privativamente ao Prefeito do
Município Alfa dispor sobre os subsídios dos membros dos Poderes Executivo e Legislativo.
c) Diante do princípio da separação dos poderes, inexiste vedação para que os subsídios
dos integrantes do Poder Legislativo local superem aqueles recebidos pelo Deputados
Estaduais, desde que respeitado o teto constitucional.
d) É de competência comum da Câmara Municipal e do Prefeito Municipal a fixação dos
subsídios dos Vereadores, os quais não podem ultrapassar o subsídio mensal, em espécie,

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dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, excetuadas vantagens pessoais, não tendo
vinculação com os Deputados Estaduais.

É o que determina o art. 29, VI, da CF/1988, para quem “o subsídio dos Vereadores será
fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente,
observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva
Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: a) em Municípios de até dez mil habitantes, o
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados
Estaduais; b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes, o subsídio máximo
dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; c) em
Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; d) em Municípios
de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá
a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; e) em Municípios de trezentos
mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá
a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; f) em Municípios de mais de
quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e
cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.
Letra a.

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