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CONSTITUCIONAL
Direitos Sociais
Livro Eletrônico
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Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
221027408287
LUCIANO DUTRA
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor
de livros. Professor de Direito Constitucional com ampla experiência em cursos
preparatórios para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais e on-line.
Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela Universidade
Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado
em Ciências Militares.
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Direito Constitucional
Direitos Sociais
Luciano Dutra
SUMÁRIO
Direitos Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1. Princípio da Proibição do Retrocesso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2. Princípio do Mínimo Existencial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3. Princípio da Reserva do Possível. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.4. Conflito entre o Mínimo Existencial e a Reserva do Possível: o Ativismo
Judicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.5. Direitos Sociais em Espécie. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2. Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
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Luciano Dutra
DIREITOS SOCIAIS
1. INTRODUÇÃO
Meu(minha) aluno(a), como está? Espero que este texto o(a) encontre bem.
Terminado o estudo do Capítulo I do Título II (Direitos e Deveres Individuais e Coletivos),
vamos agora começar o estudo do Capítulo II, também do Título II, que trata dos direitos sociais.
Mas como os direitos sociais caem na prova? A resposta para essa pergunta é de suma
importância para balizar nosso estudo.
Pois bem. Ou o examinador cobrará os princípios pertinentes (proibição do retrocesso,
mínimo existencial, reserva do possível) ou cobrará o conhecimento sobre o ativismo judicial,
ou, o que é mais provável, trará os direitos sociais em espécie (a transcrição da Constituição
Federal na sua prova).
Sendo assim, vamos trabalhar inicialmente os princípios atinentes aos direitos sociais
e, depois, estudar os artigos 6º ao 11, dando especial ênfase às normas mais cobradas.
A título de recordação, lembremos que os direitos sociais são, de acordo com a evolução
dos direitos e garantias fundamentais, qualificados como de segunda geração. Isso já
caiu, perceba!
Lembrando que são direitos de segunda geração os direitos sociais, econômicos e culturais.
Certo.
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Luciano Dutra
EXEMPLO
Vamos a um exemplo hipotético: hoje, parcela dos estudantes de ensino médio de escolas
públicas tem acesso ao ensino superior de forma gratuita nas universidades públicas. Se o
governo resolvesse privatizar as universidades públicas, isso caracterizaria um retrocesso
social no grau de concretização do direito à educação. Mas, se o governo adotasse a medida
compensatória de garantir bolsa integral e gratuita a todos os alunos oriundos de escola
pública, será que haveria um retrocesso social? Sem nenhum viés político-ideológico, parece-
nos que não. Sairíamos de uma situação de parcela dos estudantes de ensino médio público
com acesso ao ensino superior gratuito para uma totalidade. A nosso sentir, nesse exemplo
hipotético, haveria um avanço nas conquistas alcançadas no que tange ao processo de
efetivação do direito social à educação superior. Antes de qualquer polêmica, friso se tratar
de apenas um exemplo hipotético sem nenhum cunho político. Deixemos as discussões
político-ideológicas fora da nossa aula. Combinado?
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Exatamente isso!!!
Certo.
Por fim, a doutrina diferencia a reserva do possível fática da reserva do possível jurídica.
Segundo Daniel Sarmento, a reserva do possível fática deve ser compreendida como a
capacidade financeira do Estado de arcar com a universalização da prestação material
postulada, para todas as pessoas que estiverem nas mesmas condições daquele que a
requereu. Ou seja, corresponde à existência de reserva financeira suficiente para arcar
com determinada política pública para todos que dela necessitam. Por seu turno, a reserva
do possível jurídica é a existência de autorização legislativa em lei orçamentária para
a satisfação da política pública em questão, diretamente ligada ao princípio da legalidade
orçamentária. A inexistência de previsão orçamentária obstaculiza a implementação da
política pública, em razão da reserva do possível jurídica.
DE OLHO NA DOUTRINA
Costuma-se distinguir entre reserva do possível fática e reserva do possível jurídica.
A reserva fática se relaciona aos limites dos recursos públicos disponíveis para a
satisfação do direito prestacional, enquanto a reserva jurídica se relaciona com a
previsão orçamentária, com a destinação dos recursos à realização da despesa exigida
para a efetivação do direito.
(SARMENTO, Daniel. Dignidade da pessoa humana: conteúdo, trajetória e metodologia.
Belo Horizonte: Fórum, 2016, p. 230)
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DE OLHO NA DIVERGÊNCIA
Quanto à reserva do possível jurídica, creio que o posicionamento doutrinário acima
exposto é o mais adequado. Entretanto, há quem entenda que a reserva do possível
jurídica se relaciona com a necessária ponderação de interesses que deve ser feita pelo
magistrado, no caso concreto, para balizar a melhor decisão. Se, numa prova objetiva,
o examinador disser isso, pode marcar correto. Combinado?
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003. (STM/JUIZ AUDITOR/2013) A cláusula da reserva do possível não é limitada pela garantia
do mínimo existencial.
É limitada sim. Se o direito se insere no mínimo existencial, o Estado DEVE prestar a política
pública adequada e jamais se esconder atrás do escudo do financeiramente possível.
Errado.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Segundo o STJ, “não podem os direitos sociais ficar condicionados à boa vontade
do Administrador, sendo de suma importância que o Judiciário atue como órgão
controlador da atividade administrativa. Seria uma distorção pensar que o princípio
da separação dos poderes, originalmente concebido com o escopo de garantia dos
direitos fundamentais, pudesse ser utilizado justamente como óbice à realização dos
direitos sociais, igualmente importantes. Tratando-se de direito essencial, incluso no
conceito de mínimo existencial, inexistirá empecilho jurídico para que o Judiciário
estabeleça a inclusão de determinada política pública nos planos orçamentários do
ente político, mormente quando não houver comprovação objetiva da incapacidade
econômico-financeira da pessoa estatal”
(REsp 771.537/RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJ 3.10.2005).
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Para fixar os princípios aplicáveis aos direitos sociais, vamos a um mapa mental.
Vistos, portanto, os princípios aplicáveis ao estudo dos direitos sociais, podemos, a partir
de agora, estudar os próprios direitos sociais previstos nos artigos 6º ao 11 da Constituição
Federal. Vamos adiante!
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Primeira informação relevante é que esse art. 6º nos traz um rol exemplificativo de
direitos sociais. O rol é exemplificativo, porque existem outros direitos sociais espalhados
pela Constituição Federal, especialmente no Título VIII, que versa justamente sobre a
Ordem Social.
Desse rol exemplificativo de direitos sociais, cuidado com o direito ao transporte, que
foi inserido por último pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015.
Ainda, em razão da recente alteração da Constituição Federal, para se inserir um parágrafo
único ao art. 6º, o direito constitucional a uma renda básica familiar a todo brasileiro que
se encontre em situação de vulnerabilidade social, será garantido por meio de política
pública permanente de transferência de renda, não se admitindo, portanto, que a política
social aplicável ao caso seja descontinuada pelo poder público, qualquer que seja o governo.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Muito embora o art. 6º resguarde a moradia como direito social, o STF (RE 439.003)
assentou que é possível a penhora de bem de família (a casa) com o objetivo de pagar
as despesas condominiais do imóvel.
É o citado art. 6º, da CF/1988, somado à informação trazida na introdução da nossa aula
de que os direitos sociais correspondem aos chamados direitos de segunda geração.
Certo.
Como visto, existem outros direitos sociais espalhados pela Constituição Federal,
especialmente no Título VIII, que versa justamente sobre a Ordem Social.
Errado.
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O art. 7º, caput, diz que “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social [...]”. Este caput do art. 7º nos informa que os
direitos sociais individuais dos trabalhadores urbanos e rurais são os mesmos.
Vejamos os incisos deste art. 7º, que consagram os direitos sociais dos trabalhadores
urbanos e rurais.
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
A proteção da relação de emprego contra a despedida arbitrária ou sem justa causa não
contempla o direito à estabilidade do trabalhador. Concedeu apenas o direito à indenização
compensatória, no caso de dispensa imotivada, de acordo com o tempo de serviço do
empregado.
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Segundo a parte final deste art. 7º, inc. IV, o salário mínimo não pode servir de indexador
para fins econômicos. A ideia é deixar o salário mínimo livre para que, com o tempo, tenha
ganhos reais acima da inflação. Caso não houvesse essa proibição de vinculação do salário
mínimo, haveria uma pressão para reajustes menores, obstaculizando a implementação de
uma política salarial que permita que o salário mínimo seja capaz, com o tempo, de atender
às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Sobre esse ponto,
cuidado com a Súmula Vinculante n. 4:
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Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado,
nem ser substituído por decisão judicial.
Quando a Súmula Vinculante n. 4 prevê “salvo nos casos previstos na Constituição”, está
se referindo ao art. 58 do ADCT, que determina que:
Art. 58. Os benefícios de prestação continuada, mantidos pela previdência social na data da
promulgação da Constituição, terão seus valores revistos, a fim de que seja restabelecido o poder
aquisitivo, expresso em número de salários mínimos, que tinham na data de sua concessão,
obedecendo-se a esse critério de atualização até a implantação do plano de custeio e benefícios
referidos no artigo seguinte.
Parágrafo único. As prestações mensais dos benefícios atualizadas de acordo com este artigo
serão devidas e pagas a partir do sétimo mês a contar da promulgação da Constituição.
A razão por trás da Súmula Vinculante 6 tem a ver com o fato de que os militares
federais, enquanto prestam o serviço militar obrigatório, recebem uma ajuda de custo e
não um salário. Já a Súmula Vinculante 16, significa que o total da remuneração do servidor
público tem que ser maior que o salário mínimo e não apenas o vencimento-base. Em
outras palavras, se o vencimento somado às gratificações ultrapassar o salário mínimo,
foi respeitada a Súmula Vinculante 16.
Por fim, o Supremo Tribunal Federal reafirmou a jurisprudência da Corte no sentido de
que a fixação de pensão alimentícia em salários mínimos não viola a Constituição (ARE
842.157, com repercussão geral reconhecida).
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF decidiu que é proibido o pagamento de remuneração em valor inferior ao salário
mínimo a servidor público, mesmo em caso de jornada reduzida de trabalho.
Entende-se por piso salarial um valor mínimo garantido ao trabalhador urbano e rural
de determinadas profissões regulamentadas (como médicos, engenheiros, advogados
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Art. 611, caput, da CLT: convenção coletiva de trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo
qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais
estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às
relações individuais de trabalho.
Vale dizer, no caso do acordo coletivo, de um lado teremos o sindicato dos empregados
e de outro a própria empresa.
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Sabendo agora o que é uma convenção ou acordo coletivo, frise-se que a Constituição
Federal assegura, em princípio, a irredutibilidade nominal do salário, vedando mudanças que
provoquem a diminuição do seu valor. Porém, admite que convenção coletiva de trabalho
ou acordo coletivo de trabalho diminua o salário.
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
Isto é, tem direito à preservação do salário mínimo aqueles que recebem remuneração
fixa, bem como aqueles que recebem remuneração variável (no somatório dos ganhos
variáveis durante o mês, o total deve estar acima do salário mínimo).
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
Cuidado! Só caracterizará crime se a retenção for dolosa. Se for culposa, não será
crime. Essa retenção dolosa caracteriza-se pela vontade livre e consciente do empregador
de se beneficiar financeiramente à custa do empregado, mediante fraude e/ou má-fé.
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se confunde com a possível participação nos lucros ou resultados. Esta participação nos
lucros ou resultados é uma remuneração complementar paga pelo empregador relativa a
uma parcela dos lucros auferidos pela empresa.
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
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Perceba que a Constituição não exige que seja aos domingos, mas que seja
preferencialmente aos domingos. Ou seja, pode ocorrer o repouso semanal remunerado
em outro dia da semana, conforme o que ficar pactuado entre o empregador e o empregado.
Uma empresa de eventos, por exemplo, pode dar o repouso remunerado numa segunda-feira.
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
1) O STF confirmou que o marco inicial da licença-maternidade e do salário-maternidade
é a alta hospitalar da mãe ou do recém-nascido - o que ocorrer por último. A medida
se restringe aos casos mais graves, em que as internações excedam duas semanas.
2) Nos termos da jurisprudência firmada pelo STF, a Constituição Federal não permite
discrímen entre a mãe biológica e a mãe adotiva, de modo que se revela inconstitucional
ato normativo que institui períodos distintos de licença maternidade para as hipóteses
e, da mesma forma, mostram-se colidentes com a Carta Política prazos de licença
diferentes em razão da idade da criança adotada.
Segundo o art. 10, § 1º, do ADCT, até que a lei venha a disciplinar o disposto nesse art.
7º, XIX, o prazo da licença-paternidade será de cinco dias.
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Esse inciso XXII traz uma diretriz para que a lei busque normatizar a redução dos riscos
inerentes ao trabalho, assim entendidos como os infortúnios do trabalho, como doenças
profissionais e acidentes de trabalho.
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
Muito cuidado com esse inciso XXV, uma vez que as bancas examinadoras gostam de
afirmar que a assistência gratuita aos filhos e dependentes será do nascimento até 6
anos de idade. Errado! Como visto, essa assistência gratuita será do nascimento até os
5 anos de idade.
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
Conforme ensinado linhas acima, as convenções coletivas são pactos firmados entre
o sindicato patronal e o sindicato dos empregados. Já os acordos coletivos, são pactos
celebrados entre empresa(s) e o sindicato dos empregados.
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Essa previsão do inciso XXVII mostra a preocupação da Constituição Federal com relação
aos possíveis reflexos negativos da automação em relação a perda de postos de trabalho
e os possíveis impactos no meio ambiente do trabalho que possar causar acidentes e
enfermidades.
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho;
O inciso XXXI é autoexplicativo. A pessoa com deficiência não pode ser discriminada
no tocante a salário e critérios de admissão se for capaz de executar o mesmo trabalho.
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Como fica então? Até quatorze anos incompletos, não pode realizar nenhum trabalho. Ao
completar quatorze anos até dezesseis anos incompletos, só pode trabalhar como aprendiz.
Completados dezesseis anos, pode realizar qualquer trabalho, desde que não seja noturno,
perigoso ou insalubre. A partir de dezoito anos completos, pode exercer qualquer trabalho.
Muito embora o assunto seja de Direito do Trabalho, entende-se por trabalhador avulso
aquele que presta serviço a diversas empresas, sem vínculo empregatício, mediante
a intermediação do sindicato da categoria ou de um órgão gestor de mão de obra. Esse
trabalhador avulso e o empregado com vínculo empregatício permanente terão os mesmos
direitos trabalhistas.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento
das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração
à previdência social. 1
1
Emenda Constitucional n. 72, de 2 de abril de 2013 que altera a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição
Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalha-
dores urbanos e rurais.
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DICA DO LD
Cuidado: pelo fato de não trabalharem em empresas, os
trabalhadores domésticos não gozam de todos os direitos
sociais extensíveis aos demais trabalhadores urbanos e
rurais. Por exemplo, não há que se falar em participação de
lucros ou resultados para o trabalhador doméstico (art. 7º,
XI). O empregador doméstico não exerce atividade lucrativa.
Ademais, não está previsto, aos empregados domésticos, a
aplicação do prazo prescricional fixado constitucionalmente
quanto a créditos trabalhistas.
São assegurados aos trabalhadores domésticos,
independentemente de lei regulamentadora:
1) salário mínimo;
2) irredutibilidade do salário;
3) 13º salário;
4) proteção quanto à retenção dolosa do salário;
5) jornada de 44 horas semanais;
6) repouso semanal remunerada;
7) remuneração pelo serviço extraordinário;
8) férias + 1/3;
9) licença maternidade de 120 dias;
10) licença paternidade;
11) aviso prévio;
12) redução dos riscos inerentes ao trabalho;
13) aposentadoria;
14) proibição de diferença de salários, de exercício de
funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil;
15) proibição de qualquer discriminação no tocante a
salário e critérios de admissão do trabalhador portador
de deficiência;
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Não se pode afirmar que são todos os direitos, mas apenas os que o parágrafo único do art. 7º expõe.
Errado.
De fato, o inciso XXIX não está previsto no parágrafo único do art. 7º.
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O registro é uma exigência do inciso I do art. 8º, da CF/1988. Esse registro não se confunde
com a autorização, que é vedada pela mesma norma.
Certo.
Perceba que a Súmula citada aborda o princípio da unicidade. Mas o que é isso? É o
que veremos a seguir.
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III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou administrativas;
Esse inciso III trata da função de representação do sindicato que poderá defender
os direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, nas esferas judicial e
administrativa.
O inciso V do art. 8º consagra a liberdade sindical sob a ótica dos sindicalizados. Ou seja,
a filiação e a permanência do trabalhador ou do empregador no respectivo sindicato é uma
faculdade e não uma obrigação.
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
Para que o trabalhador aposentado possa manter o direito de votar e de ser votado nas
organizações sindicais, deverá permanecer filiado. Tal previsão tem o escopo de evitar que
a aposentadoria do trabalhador o retire do processo decisório das organizações sindicais.
Cuidado: tal previsão também se aplica ao servidor público aposentado. Essa informação
já foi cobrada, perceba!
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Exatamente isso!!!
Certo.
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2) ADI 3.330: Programa Universidade para Todos (PROUNI). Ações afirmativas do Estado.
Cumprimento do princípio constitucional da isonomia. (...) A educação, notadamente a
escolar ou formal, é direito social que a todos deve alcançar. Por isso mesmo, dever do
Estado e uma de suas políticas públicas de primeiríssima prioridade. A Lei 11.096/2005
não laborou no campo material reservado à lei complementar. Tratou, tão somente, de
erigir um critério objetivo de contabilidade compensatória da aplicação financeira em
gratuidade por parte das instituições educacionais. Critério que, se atendido, possibilita
o gozo integral da isenção quanto aos impostos e contribuições mencionados no art.
8º do texto impugnado. (...) Toda a axiologia constitucional é tutelar de segmentos
sociais brasileiros historicamente desfavorecidos, culturalmente sacrificados e
até perseguidos, como, verbi gratia, o segmento dos negros e dos índios. Não por
coincidência os que mais se alocam nos patamares patrimonialmente inferiores da
pirâmide social. A desigualação em favor dos estudantes que cursaram o ensino médio
em escolas públicas e os egressos de escolas privadas que hajam sido contemplados
com bolsa integral não ofende a Constituição pátria, porquanto se trata de um discrímen
que acompanha a toada da compensação de uma anterior e factual inferioridade (“ciclos
cumulativos de desvantagens competitivas”). Com o que se homenageia a insuperável
máxima aristotélica de que a verdadeira igualdade consiste em tratar igualmente os
iguais e desigualmente os desiguais, máxima que Ruy Barbosa interpretou como o
ideal de tratar igualmente os iguais, porém na medida em que se igualem; e tratar
desigualmente os desiguais, também na medida em que se desigualem. [ADI 3.330,
rel. min. Ayres Britto, j. 3-5-2012, P, DJE de 22-3-2013.]
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5) ADI 639: (...) deve-se mencionar que o rol de garantias do art. 7º da Constituição não
exaure a proteção aos direitos sociais. [ADI 639, voto do rel. min. Joaquim Barbosa, j.
2-6-2005, P, DJ de 21-10-2005.]
10) ARE 842.157: (...) a vedação da vinculação ao salário mínimo insculpida no art. 7º,
IV, da Constituição visa impossibilitar a utilização do mencionado parâmetro como
fator de indexação para as obrigações não dotadas de caráter alimentar. Conforme
precedentes desta Suprema Corte, a utilização do salário mínimo como base de cálculo
do valor da pensão alimentícia não ofende o dispositivo constitucional invocado, dada
a premissa de que a prestação tem por objetivo a preservação da subsistência humana
e o resguardo do padrão de vida daquele que a percebe, o qual é hipossuficiente e,
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por isso mesmo, dependente do alimentante, seja por vínculo de parentesco, seja por
vínculo familiar. [ARE 842.157 RG, voto do rel. min. Dias Toffoli, j. 4-6-2015, P, DJE de
20-8-2015, Tema 821.]
11) Súmula 675, do STF: Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante
a jornada de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de
revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, da Constituição.
12) AI 642.528: O art. 7º, XVI, da CF, que cuida do direito dos trabalhadores urbanos e
rurais à remuneração pelo serviço extraordinário com acréscimo de, no mínimo, 50%,
aplica-se imediatamente aos servidores públicos, por consistir em norma autoaplicável.
[AI 642.528 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 25-9-2012, 1ª T, DJE de 15-10-2012.]
14) Súmula 736, do STF: Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham
como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança,
higiene e saúde dos trabalhadores.
15) ADI 3.937: O consenso dos órgãos oficiais de saúde geral e de saúde do trabalhador
em torno da natureza altamente cancerígena do amianto crisotila, a existência de
materiais alternativos à fibra de amianto e a ausência de revisão da legislação federal
revelam a inconstitucionalidade superveniente (sob a óptica material) da Lei Federal
9.055/1995, por ofensa ao direito à saúde (art. 6º e 196, CF/88), ao dever estatal de
redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e
segurança (art. 7º, inciso XXII, CF/88), e à proteção do meio ambiente (art. 225, CF/88). Diante
da invalidade da norma geral federal, os estados-membros passam a ter competência
legislativa plena sobre a matéria, nos termos do art. 24, § 3º, da CF/88. Tendo em vista
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que a Lei 12.684/2007 do Estado de São Paulo proíbe a utilização do amianto crisotila
nas atividades que menciona, em consonância com os preceitos constitucionais (em
especial, os arts. 6º, 7º, inciso XXII; 196 e 225 da CF/88) e com os compromissos
internacionais subscritos pelo Estado brasileiro, não incide ela no mesmo vício de
inconstitucionalidade material da legislação federal.
[ADI 3.937, rel. p/ o ac. min. Dias Toffoli, j. 24-8-2017, P, DJE de 1º-2-2019.]
18) Súmula Vinculante 22: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar
as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda
não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da EC
45/2004.
19) RE 828.040: O art. 927, parágrafo único, do Código Civil é compatível com o art. 7º,
XXVIII, da Constituição Federal, sendo constitucional a responsabilização objetiva do
empregador por danos decorrentes de acidentes de trabalho nos casos especificados
em lei ou quando a atividade normalmente desenvolvida, por sua natureza, apresentar
exposição habitual a risco especial, com potencialidade lesiva, e implicar ao trabalhador
ônus maior do que aos demais membros da coletividade.
[RE 828.040, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 12-3-2020, P, Informativo 969, RG, Tema
932.]
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20) Súmula 683, do STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se
legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
21) ADI 5.400: A adoção do tempo de serviço para fins de escalonamento dos subsídios
de servidores públicos caracteriza discrímen razoável que não ofende o disposto no
artigo 7º, XXX, da Constituição Federal. [ADI 5.400, rel. min. Luiz Fux, j. 21-2-2020, P,
DJE de 12-3-2020.]
22) ADI 5.760: A deficiência física, por si só, não incapacita generalizadamente o
trabalhador para o desempenho de atividades laborais em embarcações, não existindo
exigência legal ou convencional de plena capacidade física para toda e qualquer
atividade marítima. A eventual incompatibilidade entre determinadas atividades e
certas limitações físicas não justifica a exclusão do trabalho marítimo do alcance da
política pública de inclusão social das pessoas com deficiência. A exclusão de postos
de trabalho marítimo embarcado do cálculo destinado a apurar o número de vagas
destinadas aos deficientes (art. 93 da Lei 8.213/1991) é desprovido de razoabilidade e
desproporcionalidade, caracterizando-se como diferenciação normativa discriminatória.
A previsão dificulta arbitrariamente o acesso de pessoas com deficiência ao trabalho
nas empresas de navegação, pois diminui a disponibilidade de vagas de trabalho para
pessoas com deficiência. [ADI 5.760, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 13-9-2019, P,
DJE de 26-9-2019.]
23) ADI 5.794: A Carta Magna não contém qualquer comando impondo a compulsoriedade
da contribuição sindical, na medida em que o art. 8º, IV, da Constituição remete à lei
a tarefa de dispor sobre a referida contribuição e o art. 149 da Lei Maior, por sua vez,
limita-se a conferir à União o poder de criar contribuições sociais, o que, evidentemente,
inclui a prerrogativa de extinguir ou modificar a natureza de contribuições existentes.
A supressão do caráter compulsório das contribuições sindicais não vulnera o
princípio constitucional da autonomia da organização sindical, previsto no art. 8º, I,
da Carta Magna, nem configura retrocesso social e violação aos direitos básicos de
proteção ao trabalhador insculpidos nos artigos 1º, III e IV, 5º, XXXV, LV e LXXIV, 6º
e 7º da Constituição. [ADI 5.794, rel. p/ o ac. min. Luiz Fux, j. 29-6-2018, P, DJE de
23-4-2019.]
24) Súmula 677, do STF: Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério
do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do
princípio da unicidade.
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25) ADI 4.461: O art. 8º, III, da Constituição não trata da necessidade de participação
das entidades sindicais representativas de servidores públicos na reformulação de
planos de cargos e remuneração que atinjam as categorias representadas. [ADI 4.461,
rel. min. Roberto Barroso, j. 11-11-2019, P, DJE de 4-12-2019.]
26) Súmula Vinculante 40: A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da
CF só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
27) RE 777.227: O STF assentou entendimento de que o art. 8º, VIII, da CF, ao fazer
a distinção, no caput, entre associação e sindicato, teria conferido a garantia de
estabilidade provisória somente ao último, ou seja, aos dirigentes ou representantes
sindicais.
[RE 777.227 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 25-8-2017, 1ª T, DJE de 9-8-2017.]
28) Súmula 316, do STF: A simples adesão à greve não constitui falta grave.
29) ARE 654.432: O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade,
é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente
na área de segurança pública. 2 - É obrigatória a participação do Poder Público em
mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos
termos do art. 165 do Código de Processo Civil, para vocalização dos interesses da
categoria.
[ARE 654.432, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 5-4-2017, P, DJE de 11-6-2018,
Tema 541.]
É isso!!! Como havia dito de maneira preambular, ou cairão os princípios atinentes aos
direitos sociais ou o ativismo judicial, ou, ainda, a própria Constituição Federal do art. 6º
ao art. 11 (que é o mais provável). Nesse viés, é importante uma leitura atenta das normas
constitucionais transcritas e fixar o conhecimento, fazendo muitos exercícios.
Como fechamento da nossa aula, quero trazer dois lembretes: 1) o Gran Cursos Online
possui um fórum de dúvidas para que possamos ajudá-lo(a) na plena compreensão do
Direito Constitucional; 2) gostaria de receber sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é
muito importante para nós.
Espero que tenha se divertido com o estudo dos direitos sociais. Fortíssimo abraço,
fique com Deus e bons estudos!
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RESUMO
Princípio da Proibição do Retrocesso: também conhecido como efeito “cliquet”, no
grau de concretização dos direitos sociais, o Estado brasileiro somente pode avançar, jamais
retroceder. O Brasil não pode desconstituir as conquistas sociais já alcançadas pelo povo
brasileiro.
Princípio do Mínimo Existencial: traduz-se na preservação de um rol mínimo de direitos
vitais básicos indispensáveis a uma vida humana digna.
Princípio da Reserva do Possível: significa que a implementação dos direitos sociais, de
caráter sempre oneroso, esbarra no óbice do financeiramente possível, vale dizer, o Estado
brasileiro só poderá concretizar os direitos sociais quando houver orçamento adequado
para tanto.
Ativismo Judicial: em situações em que o Estado brasileiro deixa de entregar o mínimo
existencial, o prejudicado poderá buscar a tutela judicial do seu direito violado. Isto é,
diante da omissão estatal quanto ao seu dever de entregar ao povo brasileiro o mínimo
existencial, cabe ao Poder Judiciário determinar excepcionalmente a execução das políticas
públicas pertinentes, sem que isso fira a separação dos Poderes. Essa atuação excepcional
do Poder Judiciário na determinação da execução de políticas públicas é o que se denomina
ativismo judicial.
Art. 6º: são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância,
a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (rol exemplificativo).
Art. 7º: direitos sociais individuais dos trabalhadores urbanos e rurais (memorizar os
incisos e o parágrafo único).
Art. 8º: direitos sociais sindicais (memorizar os incisos e o parágrafo único).
Art. 9º: é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. A lei
definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade. Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Art. 10: é assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados
dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto
de discussão e deliberação.
Art. 11: nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
com os empregadores.
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EXERCÍCIOS
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007. (TRT-19ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Foi editada lei federal dispondo a respeito das
organizações sindicais, determinando
I – a obrigatoriedade da participação dos sindicatos dos empregados nas negociações
coletivas de trabalho, salvo se substituído por comissão eleita pelos próprios empre-
gados interessados no acordo.
II – que o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais.
III – que cabe ao sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
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010. (EXAME DA OAB/2008.1) Acerca dos direitos sociais na ordem constitucional brasileira,
julgue os itens a seguir.
I – O direito de greve, por ser relativo, pode sofrer limitações, inclusive, em relação às
atividades consideradas essenciais.
II – Em virtude da liberdade de associação profissional ou sindical, consagrada na Cons-
tituição, a lei não pode exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato.
III – O princípio da unicidade sindical veda a criação de mais de uma organização sindical,
em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma
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012. (STM/JUIZ AUDITOR/2013) A cláusula da reserva do possível não é limitada pela garantia
do mínimo existencial.
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029. (INÉDITA) São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais previstos na Constituição
Federal, EXCETO:
a) seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
b) irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
c) remuneração do trabalho diurno superior à do noturno.
d) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho.
e) remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à
do normal.
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com prazo prescricional de cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato
de trabalho, é um direito garantido pela CF.
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d) proteção do salário na forma da lei, sendo considerado como crime a sua retenção dolosa
ou culposa.
e) ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
três anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho.
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b) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção
na organização sindical.
c) Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a um sindicato, razão pela qual
não é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
d) A candidatura a cargo de direção ou representação sindical não é motivo de dispensa do
empregado sindicalizado, sendo a estabilidade garantida apenas no caso de sua eleição,
pelo prazo de dois anos após o final do mandato.
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que o país reconhece e que são amparados por leis específicas. Segundo o referido artigo,
são direitos sociais, entre outros, a educação,
a) a saúde, a propriedade.
b) a saúde, a alimentação.
c) a propriedade, o trabalho.
d) a moradia, a licença maternidade.
e) a assistência aos desamparados, a licença maternidade.
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066. (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRMV – FISCAL) O salário mínimo deve ser capaz de atender
as necessidades vitais básicas do trabalhador e às de sua família, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.
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b) cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de um ano após a extinção
do contrato de trabalho.
c) cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho.
d) dez anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho.
e) dez anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de um ano após a extinção
do contrato de trabalho.
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a) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 6 anos de idade
em creches e pré-escolas.
b) Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, excluída a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em culpa.
c) Possibilidade de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
d) Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso.
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GABARITO
1. c 35. c 69. b
2. c 36. c 70. c
3. d 37. C 71. e
4. e 38. E 72. d
5. b 39. C 73. d
6. b 40. C 74. e
7. e 41. d 75. a
8. d 42. c 76. d
9. a 43. b 77. a
10. d 44. b 78. e
11. C 45. c 79. a
12. E 46. c 80. d
13. C 47. a 81. a
14. E 48. a
15. C 49. b
16. E 50. a
17. C 51. a
18. C 52. c
19. E 53. c
20. C 54. a
21. C 55. e
22. E 56. b
23. E 57. d
24. E 58. a
25. E 59. b
26. c 60. E
27. b 61. E
28. b 62. E
29. c 63. d
30. c 64. e
31. e 65. d
32. a 66. C
33. b 67. c
34. e 68. c
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GABARITO COMENTADO
Segundo o art. 6º, “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade
e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
Letra c.
De acordo com o art. 7º, X, “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social: […] proteção do salário na forma da
lei, constituindo crime sua retenção dolosa”.
Letra c.
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Conforme o art. 7º, XI, da CF/1988, a participação na gestão da empresa, conforme definido
em lei, é excepcional e não prioritária.
Letra d.
De acordo com o art. 6º, da CF/1988, “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,
o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
Letra e.
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Não existe menção de tal benefício no art. 7º, da CF/1988, onde são elencados os direitos
sociais individuais dos trabalhadores urbanos e rurais.
Letra b.
Segundo o art. 7º, XII, da CF/1988, o salário-família é pago apenas em razão do dependente
do trabalhador de baixa renda.
Letra b.
007. (TRT-19ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Foi editada lei federal dispondo a respeito das
organizações sindicais, determinando
I – a obrigatoriedade da participação dos sindicatos dos empregados nas negociações
coletivas de trabalho, salvo se substituído por comissão eleita pelos próprios empre-
gados interessados no acordo.
II – que o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais.
III – que cabe ao sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
I . Errada. Segundo o art. 8º, VI, da CF/1988, “é obrigatória a participação dos sindicatos
nas negociações coletivas de trabalho”. Trata-se de uma norma cogente, sem flexibilização.
Portanto, o item está errado, haja vista não haver ressalvas.
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II. Certa. É a expressão do art. 8º, VII, da CF/1988, segundo o qual “o aposentado filiado tem
direito a votar e ser votado nas organizações sindicais”.
III. Certa. Exatamente o que dispõe o inciso III desse mesmo art. 8º da CF/1988, que estabelece
que “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou administrativas”.
Letra e.
A presente questão traz à baila o art. 8º, que versa sobre os direitos sociais sindicais. Vamos
analisar.
I. Errada. A autonomia sindical prevista no art. 8º, I, impede que lei exija autorização do
Estado para a fundação de sindicato. Perceba:
Art. 8º, I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na
organização sindical.
II. Errada. O art. 8º, VII, determina que o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado
nas organizações sindicais, desta forma é assegurada sua participação nas decisões a serem
tomadas.
Art. 8º, VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
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Art. 8º, III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
Letra d.
De acordo com o art. 8º, VII, da CF/1988, “é livre a associação profissional ou sindical, observado
o seguinte [...] o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais”. Nesse sentido, Mateus, trabalhador operário aposentado, filiado à determinada
organização sindical, tem direito a voto e a ser votado.
Letra a.
010. (EXAME DA OAB/2008.1) Acerca dos direitos sociais na ordem constitucional brasileira,
julgue os itens a seguir.
I – O direito de greve, por ser relativo, pode sofrer limitações, inclusive, em relação às
atividades consideradas essenciais.
II – Em virtude da liberdade de associação profissional ou sindical, consagrada na Cons-
tituição, a lei não pode exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato.
III – O princípio da unicidade sindical veda a criação de mais de uma organização sindical,
em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma
base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessa-
dos, não podendo ser inferior à área de um município.
IV – Os menores de dezoito anos estão proibidos de exercer trabalho noturno, perigoso
ou insalubre.
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a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
I. Certa. A Constituição Federal, no art. 9º, caput, consagra o direito de greve, segundo
o qual: “é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”. No
entanto, o exercício do direito a greve só pode ser levado à efeito se respeitados o que a lei
definir como serviços ou atividades essenciais (Lei n. 7.783/1989). Vale dizer, o movimento
paredista deve observar as necessidades inadiáveis da comunidade (art. 9º, § 1º, da CF/1988).
Ademais, a Carta Magna preleciona que os abusos cometidos durante o exercício da greve
sujeitam os responsáveis às penas da lei (art. 9º, § 2º, da CF/1988). Nesse contexto, constitui
uma das características essenciais do direito de greve ser relativo, podendo sofrer limitações,
notadamente em relação às atividades consideradas essenciais.
II. Certa. À luz do art. 8º, I, da CF/1988: “é livre a associação profissional ou sindical, observado
o seguinte: I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical”.
III. Certa. Segundo o art. 8º, II, da CF/1988, que consagra o princípio da unicidade sindical:
“é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um
Município”.
IV. Certa. O art. 7º, XXXIII, da CF/1988, assegura a “proibição de trabalho noturno, perigoso
ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”.
Letra d.
O disposto está em conformidade com o art. 8º, VI, da CF/1988, que diz que “é obrigatória
a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho”.
Certo.
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012. (STM/JUIZ AUDITOR/2013) A cláusula da reserva do possível não é limitada pela garantia
do mínimo existencial.
A efetivação do mínimo existencial não se sujeita à reserva do possível, pois tais direitos
se encontram na estrutura dos serviços públicos essenciais. Na omissão estatal, caberia
ao Judiciário determinar a entrega das prestações positivas enquadradas no mínimo
existencial, uma vez que tais direitos fundamentais não se encontram na órbita discricionária
da Administração ou do Legislativo, mas compreendem a concretização da dignidade da
pessoa humana. Quando se trata de direitos relacionados ao mínimo existencial, a reserva
do possível não deve servir como um escudo apto a impedir a satisfação do direito vindicado.
Errado.
Conforme o art. 7º, XXXII, da CF/1988, há a expressa proibição de distinção entre trabalho
manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos.
Certo.
Segundo o art. 8º, I, da CF/1988, a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao poder público
a interferência e a intervenção na organização sindical.
Errado.
Cuidado com as questões que cobrem os direitos dos trabalhadores domésticos, haja
vista recente alteração promovida pela Emenda Constitucional n. 72/2013, que igualou os
direitos dessa classe com os demais trabalhadores urbanos e rurais. De acordo com o art. 7º,
parágrafo único, são assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,
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Nem todos os direitos sociais assegurados na CF/1988 aos trabalhadores urbanos e rurais
são garantidos aos servidores públicos civis. Na verdade, à luz do art. 39, § 2º, aplica-se a
esses servidores o disposto no art. 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
XXII, XXIII e XXX.
Errado.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso
Certo.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer,
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 64,
de 2010)
Certo.
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Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer,
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 64,
de 2010)
Errado.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer,
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 64,
de 2010)
Certo.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
Certo.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
Errado.
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Errado.
Errado.
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Os direitos coletivos são aqueles de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria
ou classe de pessoas, ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica (ou
seja, pessoas determináveis).
EXEMPLO
Liberdade de associação profissional e sindical.
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida
em juízo individualmente, ou a título coletivo. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida
quando se tratar de:
I – interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias
de fato;
II – interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si
ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III – interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem
comum.
Letra c.
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b) moradia.
c) propriedade.
d) gratuidade do registro civil de nascimento.
e) assistência jurídica e integral gratuita.
De acordo com o art. 6º, “caput”, da CF/1988, “são direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia [...]”.
Letra b.
029. (INÉDITA) São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais previstos na Constituição
Federal, EXCETO:
a) seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
b) irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
c) remuneração do trabalho diurno superior à do noturno.
d) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho.
e) remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à
do normal.
Segundo o art. 7º, IX, da CF/1988, é o contrário, ou seja, a remuneração do trabalho noturno
é superior à do diurno.
Letra c.
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É justamente o disposto no art. 7º, XXV, da CF/1988, segundo o qual são direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais “assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas”.
Letra c.
Conforme o art. 8º, V, da CF/1988, não há exceções previstas em lei. De acordo com o texto
constitucional, “ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato”.
Letra e.
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De acordo com o art. 7º, XXXIII, da CF/1988, é prevista a “proibição de trabalho noturno,
perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”.
Letra b.
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É justamente o art. 8º, “caput”, da CF/1988, que diz que “é livre a associação profissional
ou sindical” e em seus incisos existem as observações constitucionais.
Letra e.
São os direitos sociais dos trabalhadores presentes no art. 7º, XVII e VIII, da CF/1988.
Letra c.
Conforme o art. 7º, X, da CF/1988, é direito dos trabalhadores urbanos e rurais a proteção
do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa.
Letra c.
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O pai da criança não usufrui do mesmo período de tempo de licença que a genitora, conforme
o disposto no art. 7º, XIX, da CF/1988.
Errado.
Quanto ao aviso prévio, tem-se no art. 7º, XXI, da CF/1988, que deve ser proporcional ao
tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
Certo.
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a) Transporte.
b) Proteção à maternidade e à infância.
c) Moradia.
d) Previdência privada.
O disposto está em conformidade com o art. 7º, XXIX, da CF/1988, que diz que é direito
dos trabalhadores “ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de
dois anos após a extinção do contrato de trabalho”.
Letra c.
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b) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas.
c) relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei ordinária, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos.
d) proteção do salário na forma da lei, sendo considerado como crime a sua retenção dolosa
ou culposa.
e) ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
três anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho.
O art. 7º, XXV, da CF/1988, inclui como direito do trabalhador “assistência gratuita aos filhos
e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas”.
Letra b.
São direitos assegurados a todos os trabalhadores, conforme o art. 7º, XXVI, da CF/1988.
Letra b.
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lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.
É o único item não mencionado no art. 6º da CF/1988, segundo o qual “são direitos sociais a
educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança,
a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados,
na forma desta Constituição”.
Letra a.
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Segundo o art. 11, da CF/1988, “nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada
a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores”.
Letra a.
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b) Em que pese ser proibida a diferença de critério de admissão por motivo de sexo, cor
ou estado civil, é possível, na forma da lei, a diferença de critério de admissão por idade.
c) A Constituição Federal, apesar de prever a licença-maternidade como direito social, não
garante, de forma expressa, o mesmo direito aos trabalhadores do sexo masculino.
d) É garantido o direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo de, no
mínimo, oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior.
e) A Constituição Federal garante o direito à indenização por acidente de trabalho, a ser
paga pelo empregador que incorrer em dolo ou culpa, salvo se este arcar com o seguro
contra acidentes de trabalho.
Essa exceção está no art. 7º, XXXIII, da CF/1988, segundo o qual há a “proibição de trabalho
noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”.
Letra a.
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É a garantia dada pelo art. 8º, VIII, da CF/1988, que diz que “é vedada a dispensa do empregado
sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical
e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta
grave nos termos da lei”.
Letra c.
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Segundo o art. 11, da CF/1988, “nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada
a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores”.
Letra a.
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Conforme o art. 8º, V, da CF/1988, ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado
a sindicato. Já o art. 8º, VI, da CF/1988, é obrigatória a participação dos sindicatos nas
negociações coletivas de trabalho.
Letra a.
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Segundo o art. 7º, VI, da CF/1988, é assegurada a irredutibilidade do salário, salvo o disposto
em convenção ou acordo coletivo.
Errado.
Determina o art. 7º, XX, da CF/1988, a proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos específicos, nos termos da lei.
Errado.
Conforme o art. 8º, V, da CF/1988, ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado
a sindicato.
Errado.
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a) sem prejuízo do emprego e com redução de 20% do salário, com a duração de cento e
oitenta dias
b) sem garantia de estabilidade no emprego e sem redução do salário, com a duração de
cento e vinte dias.
c) sem prejuízo do emprego e com redução de 20% do salário, com a duração de noventa
dias.
d) sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
e) sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de noventa dias.
Conforme o art. 7º, XVIII, da CF/1988, as trabalhadoras urbanas e rurais têm direito à licença
à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
Letra d.
066. (2020/INSTITUTO QUADRIX/CRMV – FISCAL) O salário mínimo deve ser capaz de atender
as necessidades vitais básicas do trabalhador e às de sua família, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.
Conforme o art. 7º, I, da CF/1988, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
de outros que visem à melhoria de sua condição social, salário mínimo, fixado em lei,
nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim.
Certo.
Segundo o art. 6º, “caput”, da CF/1988, “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,
o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
Letra c.
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Conforme o art. 7º, XXIX, CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social, ação, quanto aos créditos resultantes
das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores
urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho”.
Letra c.
Segundo o art. 7º, XXXIII, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social, proibição de trabalho noturno,
perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”.
Letra b.
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De acordo com o art. 7º, XXXIV, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social, igualdade de direitos entre o
trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso”.
Letra e.
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À luz do art. 7º, XXXIV, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social, igualdade de direitos entre o trabalhador
com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso”.
Letra d.
Em consonância com o art. 7º, VIII, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, décimo terceiro salário
com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria”.
Letra e.
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Conforme o art. 7º, XXVIII, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social, seguro contra acidentes de
trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa”.
Letra a.
Em respeito ao art. 7º, XXXII, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social, proibição de distinção entre
trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos”.
Letra d.
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Em conformidade com o art. 7º, XXV, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, assistência gratuita
aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e
pré-escolas”.
Letra a.
Em consonância com o art. 7º, VIII, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, décimo terceiro salário
com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria”.
Letra e.
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Conforme o art. 7º, XXVIII, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social, seguro contra acidentes de
trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa”.
Letra a.
Em respeito ao art. 7º, XXXII, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social, proibição de distinção entre
trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos”.
Letra d.
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e) Não haverá igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente
e o trabalhador avulso.
Em conformidade com o art. 7º, XXV, da CF/1988, “são direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, assistência gratuita
aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e
pré-escolas”.
Letra a.
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