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NOÇÕES DE DIREITO

ADMINISTRATIVO
Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
230801368812

DIEGO TONIAL

Graduado em Direito (2016), pela UNOESC Joaçaba-SC. Pós-graduado em Direito


Imobiliário (2020), pela UniCesumar, e em Direito Tributário (2021), pela UNOESC.
Advogado desde 2016. Procurador no Município de Joaçaba-SC desde 2020, aprovado
em 2019.

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Noções de Direito Administrativo
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Diego Tonial

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Lei de Introdução como Fonte Primária do Direito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
LINDB na Administração Pública – Lei n. 13.655/2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Celebração de Compromisso pela Administração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Responsabilização do Agente Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Normas Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Outras Disposições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Vigência da Lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Revogação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Obrigatoriedade da Lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Integração das Normas Jurídicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Aplicação das Normas Jurídicas no Tempo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Aplicação das Normas no Espaço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Diego Tonial

APRESENTAÇÃO
Olá, tudo bem? Espero que sim!
Nesta aula, eu vou te ajudar a fixar os conteúdos para que você gabarite a sua prova,
por isso, você vai estudar o seguinte tópico de Direito Processual Civil:
Noções de Direito Administrativo: Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
(Decreto-Lei n. 4.657/1942 com Redação dada pela Lei n. 12.376/2010) e sua aplicação
na Administração Pública.
Essa lei é a famosa LINDB, que antigamente era chamada de LICC. Ela basicamente
norteia nosso ordenamento jurídico, pois é uma lei que visa regular outras leis.
Vem comigo?
Grande abraço e boa aula!
Diego.

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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Diego Tonial

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO


BRASILEIRO

LEI DE INTRODUÇÃO COMO FONTE PRIMÁRIA DO DIREITO


Antes de adentrar ao mérito cabe trazer o motivo da alteração na nomenclatura da lei.
O título do Decreto-Lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942 de “Lei de Introdução ao
Código Civil” (LICC). Contudo, tal decreto-lei nunca trouxe normas só de direito civil, mas
sim normas que são aplicáveis a todos os ramos do direito, por isso, a Lei n. 12.376, de
20 de dezembro de 2010, alterou o nome para Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro (LINDB).
Justamente por abranger todo o sistema jurídico nacional que a LINDB é a fonte primária
do direito, pois é dirigida para todos e autoriza ou não determinadas condutas essenciais
para a resolução de conflitos.
Por isso, a lei é a fonte primária do direito brasileiro e possui as seguintes características:
• Generalidade: a norma jurídica é destinada para todos os cidadãos, sem qualquer
distinção.
• Imperatividade: a norma impõe deveres e condutas para os membros da coletividade.
• Permanência: a lei perdura até que seja revogada por outra ou perca a eficácia.
• Competência: a norma deve ser feita por autoridade competente e respeitado o
processo de elaboração.
• Autorizante: a norma autoriza ou não determinada conduta.
• Obrigatoriedade: essa obrigatoriedade é mais um princípio, que está insculpido no artigo
3º da LINDB, que traz que ninguém pode deixar de cumprir a lei pelo desconhecimento.
Agora que você já sabe um pouco da parte geral, bora estudar o restante da LINDB.

LINDB NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – LEI N. 13.655/2018


Vou inverter a ordem da própria lei, a fim de dar maior foco na parte da administração
pública, que são os artigos 20 a 30 da redação atual da LINDB, após as modificações inseridas
com a Lei Federal n. 13.655/2018.
Inicialmente, a LINDB trata que nas esferas administrativa, controladoria e judicial, as
decisões não devem ser baseadas em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas
as consequências práticas da decisão.
Por isso, as decisões devem ser motivadas (atenção à motivação do ato) ao passo que
se deve prezar nessa motivação pela necessidade e adequação da medida imposta ou da
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face
das possíveis alternativas.
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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
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Portanto, sempre que for um caso de invalidação do ato, deve ser motivada a sua real
necessidade e adequação, ponderando se não são cabíveis outras alternativas.
Da mesma forma, na invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa,
a decisão administrativa, controladora ou judicial deve indicar (motivar) expressamente as
consequências jurídicas e administrativas, bem como deverá indicar as condições para que
a regularização ocorra de forma proporcional e sem grandes prejuízos.
Veja ainda o seguinte dispositivo:

Art. 21. Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o
caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e
sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas
que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos.

Portanto, a decisão sobre a invalidade deve observar nada mais do que o interesse
público e não as peculiaridades individuais.
É imperiosa a observância, quando da interpretação de normas de gestão pública, dos
obstáculos e as dificuldades do gestor nas exigências das políticas públicas quando houver
a interpretação da norma sobre gestão pública.

Como assim, professor?

É a famosa reserva do possível e observância da própria realidade frente ao máximo


desejável, a administração tem suas inúmeras limitações, que devem ser observadas nos
seguintes casos:
• Observâncias das circunstâncias práticas do que foi imposto, limitado ou condicionado
à ação do agente, nas decisões sobre regularidade de conduta ou validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa.
• Na aplicação de sanções (penas), serão consideradas a natureza e a gravidade da
infração cometida, os danos para a administração pública, as circunstâncias agravantes
ou atenuantes e os antecedentes do agente.
• Além disso, as sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria
das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato.

Percebeu acima que a LINDB meio que “copia” do código penal a dosimetria da pena?
Esses artigos foram justamente criados para tornar mais parecidas possíveis as decisões
das esferas penal, cível e administrativa, pois para o grupo de juristas que elaborou o projeto
desses artigos, a ideia é de que um gestor não pode ser absolvido na ação penal e condenado
na ação de improbidade, sem que se considere a decisão da sentença que o absolveu.

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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
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A LINDB também estabelece que a decisão administrativa, controladora ou judicial que


estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado,
impondo novo dever ou novo condicionamento de direito deve observar:
Um regime de transição (quando for indispensável para que o novo dever ou
condicionamento de direito seja cumprido) que não prejudique os interesses gerais.

EXEMPLO
Nos chamados processos estruturais, nos quais uma decisão acarreta uma criação de norma
pelo judiciário, mudando toda a forma de atuação.
A doutrina cita o caso Brown vs Board of Education of Tapeka como o marco do processo
estrutural, sendo o caso marcado pela não aceitação de negros em uma escola de educação
branca, o que foi considerado como inconstitucional pela Suprema Corte norte-americana
em decisão inédita nesse sentido.

O art. 24 da LINDB também traz uma norma de interpretação histórica, pois deve-se
considerar as circunstâncias sempre da época de ocorrência dos atos:

Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará
em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior
de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas.

Professor, o que seriam as orientações gerais da época?

A norma também nos responde como sendo as interpretações e especificações contidas


em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária,
e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.

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001. (FCC/MANAUSPREV/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2021) A Lei Federal n. 13.655/2018,


ao inserir na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei n.
4.657/1942) dispositivos sobre a aplicação do direito público, teve por efeito alterar
significativamente a teoria
a) da aparência, uma vez que afastou a convalidação de atos administrativos que tenham
sido praticados por agentes incompetentes.
b) da nulidade dos atos administrativos, ampliando a possibilidade de estabilização dos
efeitos de atos inválidos, recomendando a adoção de solução proporcional e equânime aos
sujeitos atingidos pela invalidação.
c) dos motivos determinantes, na medida em que desvinculou os fundamentos da decisão
administrativa ao controle de sua validade jurídica.
d) da imputação volitiva, na medida em que afasta a responsabilidade estatal, quando o
agente tiver atuado com dolo ou erro grosseiro.
e) da autotutela, uma vez que impede a invalidação administrativa dos atos que repercutirem
na esfera patrimonial de terceiros.

Inicialmente, veja o que traz o art. 21:

Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso
suas consequências jurídicas e administrativas.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso,
indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e
sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou
perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos.

Portanto, estamos tratando dos casos de nulidade/anulação de atos, já que o termo amplo
fala em invalidação.
E o que trouxe o legislador, de modo geral com a lei de 2018 é a imposição para a observância
das consequências, acima da mera forma, com vistas ao interesse público como objetivo
maior.
Letra b.

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CELEBRAÇÃO DE COMPROMISSO PELA ADMINISTRAÇÃO


Passa-se a possibilitar que a administração firme compromisso com interessados, com a
finalidade de eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação
do direito público (inclusive sobre a expedição de licenças), com os seguintes requisitos:
• oitiva do órgão jurídico;
• consulta pública (quando for o caso);
• razões de interesse social relevantes;
• observância da legislação aplicável.

Tal compromisso só produz efeitos após a publicação oficial.


Além das finalidades gerais (eliminar incerteza e o contencioso), deve-se garantir com
o acordo que:
• Uma solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses
gerais;
• Não conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito
reconhecidos por orientação geral;
• Prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as
sanções aplicáveis em caso de descumprimento.

002. (FCC/TRT 14ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) Nos termos do Decreto-lei n.


4.657/1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), para eliminar irregularidade,
incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público, a autoridade
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização
de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso
com os interessados, observada a legislação aplicável. Referido compromisso
a) só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
b) buscará solução jurídica compatível com interesses individuais.
c) poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito
reconhecidos por orientação geral.
d) deverá prever com clareza as obrigações das partes e o prazo para seu cumprimento,
exceto sanções aplicáveis em caso de descumprimento, vez que estas últimas decorrem
de norma legal específica.
e) não será possível para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa
no caso de expedição de licença.
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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
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Em consulta a Lei citada no enunciado da questão, mais precisamente no artigo 26 você


encontra a resposta caro(a) aluno(a):
Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do
direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá,
após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes
razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a
legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:
I – buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses
gerais:
II – (VETADO);
III – não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito
reconhecidos por orientação geral;
IV – deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as
sanções aplicáveis em caso de descumprimento.

Letra a.

COMPENSAÇÃO DE BENEFÍCIOS INDEVIDOS


Passou-se a prever a possibilidade de compensação de benefícios indevidos ou prejuízos
anormais ou injustos que resultarem de processo ou da conduta dos envolvidos.
Claro que tal decisão deve ser motivada, com a oitiva prévia das partes, forma e o valor.
A própria compensação pode ser prevenida pelo instituto do compromisso processual.

RESPONSABILIZAÇÃO DO AGENTE PÚBLICO


O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em
caso de dolo ou erro grosseiro.
Portanto, o ato decorrente da culpa, em qualquer de suas formas, não é mais passível
de responsabilidade civil, administrativa e mesmo penal.

NORMAS GERAIS
Visando aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, a administração deve
atuar inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas,
os quais terão caráter vinculante no órgão/ente de destinação.
Outro ponto destacável é o aumento da participação popular, já que o art. 29 possibilita a
consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico,
quando da edição de atos normativos de qualquer órgão ou poder, exceto quando de mera
organização interna.

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OUTRAS DISPOSIÇÕES

VIGÊNCIA DA LEI
Antes de adentrar à vigência da lei, é importante que você saiba, que para que uma lei
seja válida no ordenamento jurídico, ela deve passar por basicamente três fases (elaboração
da lei, promulgação e publicação), para depois ocorrer o prazo da vigência da lei.
Após a última etapa, a publicação, inicia-se então a vigência da lei, ou seja, ela começa
a produzir os efeitos. Mas esses efeitos podem não ser imediatos,
Veja então que o art. 1º diz:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.

E no campo do direito é chamado de vacatio legis.


Ou seja, após passar por todo o trâmite das três fases, a lei irá produzir efeitos 45 dias
depois de oficialmente publicada, exceto se houver previsão legal em contrário.
Aliás, é comum que leis simples comecem a viger no dia de sua publicação. Em outros
casos, de complexidade, como o código civil, tem início após um ano:

Art. 2.044. Este Código entrará em vigor 1 (um) ano após a sua publicação.

Ainda, repare, caro(a) aluno(a) que o caput do artigo 1º trata a vigência das leis dentro
do Brasil, mas também há casos em que a lei brasileira é aplicável aos estados estrangeiros,
por isso, o tempo de vigência deverá ser maior que os 45 dias, veja:

§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia


três meses depois de oficialmente publicada.

PARA FIXAR:

Atente-se ao fato de no período antes da vigência – em vacatio, pode ser corrigida


a lei, quando então o prazo de 45 dias ou outro indicado recomeçam a correr da nova
publicação da lei.
Cuidado para não confundir com a correção de lei que já foi esgotado o prazo da vigência.
Nesse caso a correção é considerada lei nova.

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Professor, e a lei tem um prazo para acabar?

Excelente pergunta, querido(a) aluno(a)!


Em regra não!
Contudo, a lei poderá ter a vigência temporária, desde que esteja expresso na lei
essa condição.
Caso não tenha tal previsão, considerar-se-á em vigor a lei até que outra a modifique
ou revogue.
Por isso chama-se que o artigo 2º da LINDB possui como preceito o princípio da
continuidade.
Para fixar o conteúdo:

003. (FCC/DPE PR/DEFENSOR PÚBLICO/2017) Com base no Decreto-Lei n. 4.657/1942 − Lei


de Introdução às normas do Direito Brasileiro − LINDB, é correto afirmar:
a) As correções de texto, de qualquer natureza, ocorridas após a publicação da lei, não
interferem no termo a quo de sua vigência, na medida em que não se consideram lei nova
por não alterar seu conteúdo.
b) A despeito de ser executada no Brasil, a lei brasileira não será aplicada quando a obrigação
for constituída fora do país, pois, para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei
do país em que se constituírem.
c) Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada a pessoa. No
caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro domicílio conjugal regerá tanto
os casos de invalidade do matrimônio quanto o regime de bens.
d) Quando a lei estrangeira for aplicada a demanda judicial no Brasil, ter-se-á em vista
somente os dispositivos invocados pelas partes, inclusive eventuais remissões a outras leis.
e) Compete exclusivamente à autoridade judiciária estrangeira processar e julgar as ações
cujo réu possua domicílio no exterior ou cuja obrigação lá tenha de ser cumprida, ainda que
versadas sobre bens imóveis situados no Brasil.

Questão que abrange vários aspectos da lei, claro que o foco aqui é na letra A, mas você já
pode ir vendo as demais disposições:
a) Errada.

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

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b) Errada.

Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial,
será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos
extrínsecos do ato.

c) Certa.

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei
do primeiro domicílio conjugal.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

d) Errada.

Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-
se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.

e) Errada.

Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil
ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis
situados no Brasil.

Letra c.

REVOGAÇÃO
Comecei tratando contigo sobre o início da lei, agora vamos tratar do seu fim legal.
Como eu disse ali em cima, a lei permanece em vigor até que outra a revogue.

Mas o que seria a revogação, professor?

A revogação de uma lei ocorre quando a lei perde a vigência, ou seja, deixa de produzir
efeitos legais, com algumas ressalvas, que eu já vou te trazer.
Pode ser dividida a revogação em 04 espécies:

Art. 2º
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

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Assim, veja que quanto à forma, pode-se classificar em revogação expressa (expressamente
declarado na lei nova) ou tácita (ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria
de que tratava a lei anterior).
Quanto à extensão da revogação, pode-se classificar em ab-rogação (total) e derrogação
(parcial).
Bora lá estudar o que significada cada espécie:
Ab-rogação (revogação total): quando uma lei é revogada totalmente, ou seja, atinge
todos os dispositivos legais.

EXEMPLO
Quando o Código Civil de 2002 revogou o Código Civil de 1916, dispôs o CC/2002: “Art. 2.045.
Revogam-se a Lei n. 3.071, de 1º de janeiro de 1916 - Código Civil [...]”.

Derrogação (revogação parcial): quando somente parte da lei é revogada, ou seja, apenas
determinados dispositivos de lei são revogados e os outros permanecem inalterados.

EXEMPLO
E no mesmo artigo do exemplo anterior, consta o seguinte trecho: “Art. 2.045. Revogam-se
[...] a Parte Primeira do Código Comercial, Lei n. 556, de 25 de junho de 1850”.

Revogação expressa: quando uma lei nova, declara expressamente, que está revogando a
lei velha, ou ainda, pode enumerar os dispositivos de uma determinada lei a serem revogados.
Cuidado para não confundir com a extensão da revogação. A expressa pode ser tanto
total ou parcial, desde que esteja expressamente descrita a revogação.
Já a revogação tácita: não há uma revogação expressamente dita, mas sim quando a
lei nova é incompatível com os preceitos trazidos pela lei velha.
Também é importante que você saiba e tenha em mente de que a lei nova que estabelecer
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
Nesse caso não há “alteração” do texto da lei velha, mas sim o estabelecimento de
disposições gerais e especiais da lei velha, por isso não há a revogação e nem a modificação da lei.
PARA FIXAR:

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A LINDB também trata do fenômeno da repristinação. Veja o que diz a lei:


Art. 2º
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência.

O efeito repristinatório ocorre quando uma norma revogada volta a valer no caso de
revogação da norma que causou a sua revogação (revogadora).
Confuso, não? Calma que o exemplo ajuda:

EXEMPLO
Imagine que existem três leis. A lei “A”, lei “B” e lei “C”.
A lei “A” é válida.
Aí vem a lei “B” que revoga a lei “A”.
E por último a lei “C” revoga a lei “B”.
Nesse caso, a lei “A” que já foi revogada pela lei “B”, não pode voltar a valer pelo fato de a lei
“C” ter revogado a lei “B”, exceto se expressamente informar o contrário na lei.
Portanto, não se admite esse efeito repristinatório automático da lei. Sendo essa a
regra geral. Só que como quase toda regra há exceção, aqui também não seria diferente.
Exceção ao efeito repristinatório: a lei “A” volta a valer quando a lei “B” for declarada
inconstitucional ou quando o legislador determinar expressamente.

OBRIGATORIEDADE DA LEI
A obrigatoriedade da lei é traduzida pelo princípio da obrigatoriedade, onde a LINDB
traz que ninguém pode deixar de cumprir a lei alegando que não a conhece.
Nem poderia ser o contrário, já que aí ninguém ia cumprir nada, pela simples alegação
de desconhecimento.
Contudo, tal princípio não deve ser visto como absoluto, devendo ser analisado em cada
caso concreto e partindo-se na orientação de que a prática de algo contra o que está na
lei, não deve ser o motivo justificante da atitude o não conhecimento da lei.
Esse princípio possui três correntes doutrinárias que o justificam.
1 – Teoria da ficção legal: a obrigatoriedade da lei foi instituída para trazer segurança jurídica.
2 – Teoria da presunção absoluta: parte-se do pressuposto que todos deveriam
conhecer a lei.
3 – Teoria da necessidade social: essa teoria diz que as normas devem ser conhecidas
para que sejam melhor observadas.
Em verdade é que o nosso país é um Estado Democrático de Direito, ou seja, é baseado
em normas, partindo da própria Constituição Federal, para então chegar às normas legais
e infralegais.
Acredito que essa última é a mais plausível e que justifica a obrigatoriedade da lei.

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INTEGRAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS


Veja o que a LINDB diz a respeito da integração das normas jurídicas:

Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.

Então, quando a lei possuir alguma lacuna o juiz não pode simplesmente se negar a
decidir, ele deve utilizar a integração de demais fontes que serão estudadas abaixo, pois o
sistema jurídico brasileiro é um sistema aberto e não há leis que disciplinem tudo.
Abaixo você irá estudar cada forma de integração.

ANALOGIA
Como falei acima, quando há alguma lacuna na lei o juiz deve buscar as demais fontes
de integração e a analogia é uma das formas que deve ser utilizada para suprir essa lacuna.
A analogia então é a aplicação de uma norma próxima ou um conjunto de normas
próximas, quando inexistente/omissa uma norma para determinado caso concreto.
Um exemplo de aplicação da analogia é quando há a aplicação do código civil que dispõe
sobre os cônjuges nos casos em que se referem aos companheiros, veja:

EXEMPLO
No código civil há a seguinte disposição: “Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges,
com relação a bens excluídos da comunhão”.

Perceba que a norma somente se refere aos cônjuges, mas também pode ser aplicada
por analogia aos companheiros (união estável), já que, via de regra, possuem o mesmo
regime de comunhão, que é a comunhão parcial.
Por isso, pode ser aplicada tal disposição aos companheiros por analogia.
Também é importante que você saiba que nas normas que dispõem sobre exceções, a
analogia não pode ser aplicada.

COSTUMES
Os costumes também são fontes de integração no ordenamento jurídico brasileiro e
são também são aplicados em caso de lacuna legal.
Lá nos primórdios não existiam muitas leis, antes do conhecido estado moderno, por
isso eram aplicados aos casos os costumes que haviam em determinada região.
Por isso, os costumes são conceituados como a prática e usos reiterados com conteúdo
lícito e relevância jurídica. Podem ser divididos em três modalidades segundo Flávio
Tartuce (2020):

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Costumes segundo a lei: o nome já diz tudo, quando há na lei a menção de aplicação
conforme os costumes, veja um exemplo que está no código civil:

Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Costumes na falta da lei: o nome também já diz tudo. Nesse caso a lei é omissa e não
trata sobre os costumes.
Um caso bem comum e muito aplicado na realidade é a emissão de cheques pós ou
pré-datados.
Como você sabe, o cheque é uma ordem de pagamento à vista, portanto, na data da
emissão do cheque, deveria ser a data própria emitida e não a data posterior. Aquele famoso
“bom para”.
Não há qualquer disposição legal que proíbe a emissão de cheques nessa modalidade,
mas a grande maioria das pessoas aceitam tais cheques e aguardam a data para fazer o
desconto e a própria jurisprudência já encampou a ideia.
Costumes contra a lei: esse caso não é pacífico no ordenamento jurídico, já que a
aplicação do costume é contra o contido na lei.
Tal modalidade somente poderia ser aplicada em caso de desuso de lei, mas ainda não
é entendimento pacificado.

PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO

Os princípios gerais do direito também servem para aplicação em casos de lacuna


da norma jurídica e são os mais utilizados pois são os mais, amplos, abstratos e que até
possuem algumas definições básicas na constituição federal.
São amplos e abstratos pois reúnem a maioria das normas de integração para a sua
criação (normas jurídicas, costumes, doutrina, jurisprudências, aspectos políticos, econômicos
e sociais).
Por isso, os princípios gerais do direito são regramentos básicos que norteiam um
determinado instituto ou ramo jurídico como forma de auxílio do aplicador da norma, a
fim de que seja buscada a justiça e a pacificação social.
Um exemplo que já foi até mesmo tratado nessa aula é o princípio da continuidade que
está positivado no artigo 2º da LINDB.
Atenção ao fato de que os princípios não precisam estar positivados nas normas jurídicas,
um caso bastante conhecido é o princípio da função social do contrato que está expresso
no código civil e implícito no código de defesa do consumidos e na consolidação das leis
do trabalho.

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EQUIDADE
A equidade também é uma norma de integração utilizada quando há lacunas legais,
por isso, é aplicada no caso concreto a fim de que seja garantido o bom senso, a justiça e
a adaptação razoável da lei em cada caso.
A lei em si busca a igualdade, mas nem sempre a aplicação da lei de forma igual para
todos trará a justiça.
A existência de quotas em concursos é um exemplo da aplicação de equidade, pois se
retira o pressuposto de que todos têm igualdades de condições.

004. (CESPE/CEBRASPE/TRF 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2015) De acordo com


a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e a posição doutrinária em relação à
interpretação dessas normas, assinale a opção correta.
a) Novo texto normativo de lei federal poderá entrar em vigor ainda no seu período de
vacatio legis, quando reforçar tendências doutrinárias e jurisprudenciais que se tenham
formado na vigência da lei anterior.
b) Consoante o princípio da vigência sincrônica, salvo disposição contrária, a lei orçamentária
sujeita-se ao prazo de quarenta e cinco dias para entrada em vigor em todo o país.
c) É defeso ao juiz, ao aplicar a lei, corrigir erro material nela contido e não sanado pelo
legislador.
d) A lei, depois de publicada e decorrido o prazo da vacatio legis, torna-se obrigatória para
todos, o que impede a alegação de erro de direito como causa de anulabilidade de um
negócio jurídico.
e) Nos casos de omissão da lei, deve o juiz decidir de acordo com a analogia, os costumes,
os princípios gerais do direito e a equidade, pois lhe é vedado o non liquet.

Veja cada alternativa caro(a) aluno(a):


a) Errada. De acordo com o artigo 1º da LINDB:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.

Neste caso deve ser respeitado o período de vacatio legis, o qual serve para que todos
possam ter conhecimento da lei.
b) Errada. De acordo com a LINDB, no artigo 1º, a lei passa a vigorar em todo o país ao
mesmo tempo.

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c) Errada. Veja o que diz o art. 1º, § 3º, da LINDB:


§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção,
o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

d) Errada. De acordo com a LINDB:


Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

e) Certa. LINDB:
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.

Letra e.

APLICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS NO TEMPO


Para que o juiz alcance o fim comum e a justiça, deve aplicar a lei com a observância dos
fins sociais e as exigências do bem comum, esse é o preceito insculpido no artigo 5º da LINDB.
Lembra que tratei contigo sobre a revogação das normas e o fim de seus efeitos? Pois é,
tal lei só para de produzir efeitos futuros (via de regra), mas os que já aconteceram durante
a sua vigência precisam ser respeitados, para o bem da segurança jurídica!
Por isso, ao entrar em vigor uma lei, ela deve ter efeito imediato e geral, devendo ser
respeitado o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
O ato jurídico perfeito é classificado como o ato já consumado segundo a lei vigente
ao tempo em que se efetuou.

EXEMPLO
Existe um contrato que foi celebrado pela aplicação da lei anterior, tal contrato deve ser
respeitado, já que gera efeitos.
O direito adquirido é o direito incorporado no patrimônio de uma pessoa natural,
jurídica ou ente despersonalizado.
Veja o conceito trazido pela LINDB:
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer,
como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.

EXEMPLO
Antes da reforma previdenciária havia a aposentadoria só por tempo de contribuição.
As pessoas que já tinham direito a se aposentar por essa modalidade antes da reforma, não
podem ser prejudicadas, pois deve ser respeitado o direito adquirido.

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E a coisa julgada é a decisão judicial que não cabe mais recurso, ou seja, todas as vias
foram esgotadas.

APLICAÇÃO DAS NORMAS NO ESPAÇO


Eu já te falei acima que a LINDB é uma norma geral e traz conceitos básicos e amplos
aplicáveis ao direito brasileiro. Só que além do direito brasileiro, foi surgindo a necessidade
de ter normas de integração que dispusessem de coisas básicas aplicáveis em outros países
e que não fosse tão aprofundada quando o direito internacional público e privado.
Então, a LINDB traz normas de direito internacional público e privado, dos artigos 7º ao
19, com base nos princípios da territorialidade e extraterritorialidade, uma vez que a lei
estrangeira possa ser aplicada em determinadas hipóteses, bem como tenha eficácia no
território nacional e que não seja comprometida a soberania nacional.
Como são normas gerais, o tema não será tão aprofundado nessa aula, já que nesta
parte do edital você está estudando apenas a LINDB.
Porém, antes de continuar o estudo da LINDB, é importante que você saiba a diferença
entre os seguintes princípios:
Territorialidade: quando a norma jurídica é aplicável no território do Estado e é estendida
as embaixadas, consulados, navios de guerra, onde quer que se encontrem, navios mercantes
em águas territoriais ou em alto-mar, navios estrangeiros (menos os de guerra em águas
territoriais), as aeronaves, no espaço aéreo do estado e os barcos e guerra onde quer que
se encontrem.
Já a extraterritorialidade: é a aplicação da norma em território de outro estado, segundo
os princípios e as convenções internacionais, por isso a norma estrangeira passa a integrar
momentaneamente o direito nacional, para solucionar determinado caso.

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Você precisa ter em mente esses dois princípios para ter uma noção de qual lei seria
aplicada em cada caso concreto.

EXEMPLO
Ocorre um crime dentro de um navio internacional que está atracado num porto de algum
estado brasileiro. Qual lei é aplicável? A nacional ou a internacional?

A LINDB traz de forma resumida que:

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

005. (CESPE/CEBRASPE/TJ RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO COMISSÁRIO DE JUSTIÇA DA INFÂNCIA,


DA JUVENTUDE E DO IDOSO/2021) A respeito da eficácia da lei no espaço, da capacidade
da pessoa natural, dos contratos e da prova do fato jurídico, julgue os itens a seguir.
I – De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, as regras sobre o
começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade do estrangeiro domiciliado no
Brasil são aquelas vigentes no local de seu nascimento.
II – São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil todos aqueles
que, por causa permanente, não puderem exprimir sua vontade.
III – A recusa da parte em se submeter à perícia médica determinada pelo magistrado pode
ser utilizada para suprir a prova que se desejava produzir com o exame.
IV – Os contratos de natureza privada são informados pelo princípio da intervenção estatal
mínima e pelo caráter excepcional de sua revisão contratual.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

Para responder esta questão você deve observar o que diz a LINDB, a capacidade da pessoa
e noções e princípios do direito contratual.
I – Errado. O artigo 7º da LINDB diz que a lei do país em que domiciliada a pessoa (e não do
país em que nasceu) determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome,
a capacidade e os direitos de família.
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II – Errado. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os


menores de 16 (dezesseis) anos, de acordo com o art. 3º do Código civil. Já os que por causa
permanente, não puderem exprimir sua vontade são considerados relativamente incapazes.
III – Certo. Nos termos do art. 232 do CC o que concerne às provas, a recusa à perícia médica
ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
IV – Certo. De acordo com o art. 421, parágrafo único, do CC nas relações contratuais
privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão
contratual. No caso do princípio da intervenção mínima quer dizer que o Estado deve se
abster de intervir nas relações privadas, bem como, o segundo princípio nos traz que apenas
excepcionalmente o contrato será revisado.
Letra c.

Retomando ao conteúdo, você vai estudar cada peculiaridade:


No caso sobre o casamento, se um brasileiro ou um estrangeiro, ou ambos estrangeiros
se casarem no Brasil, será aplicável a lei brasileira sobre os casos de impedimentos e
formalidades da celebração do casamento, veja:

§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos
dirimentes e às formalidades da celebração.

Por isso, caso ambos os estrangeiros queiram se casar no Brasil, será celebrado o
casamento no consulado do país dos estrangeiros, veja:

§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou


consulares do país de ambos os nubentes.

Nesse caso, o casamento será celebrado segundo a lei do país de qualquer dos que estão
casando (nubente é quem está casando).
Além disso, os brasileiros residentes no exterior podem se casar no consulado brasileiro,
sendo vedado o casamento no consultado de brasileiro com estrangeiro.
E caso os nubentes tenham domicílio diferentes, a lei aplicável em relação a invalidade
do matrimônio, será a do primeiro domicílio conjugal.
É também a lei do domicílio dos nubentes que disciplina o regime de bens no casamento
(§4º do artigo 7º da LINDB).
A LINDB também traz a opção do estrangeiro casado que queira se naturalizar como
brasileiro, que poderá, com a expressa anuência do cônjuge, requerer ao juiz a adoção do
regime de comunhão parcial de bens, desde que seja respeitado os direitos de terceiros e
esta opção seja levada ao competente registro.

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A LINDB trata ainda sobre o divórcio de (residentes em outros países) estrangeiros,


sendo ambos brasileiros, ou um brasileiro e outro estrangeiro, que só será reconhecido no
Brasil depois de 01 ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação
judicial por igual prazo.
Ainda sobre casamentos, a LINDB estabelece que em caso de brasileiros, é de competência
das autoridades consulares brasileiras a celebração dos atos de casamento, bem como os
atos de registro civil e de tabelionato (inclusive os atos de registro de nascimento e de óbito
dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do consulado).
Como as autoridades possuem a competência de celebrar os casamentos, a LINDB
também prorroga a competência para realização de separação e divórcio consensual dos
brasileiros (sem filhos menores ou incapazes).
Nesses atos mencionados acima, é indispensável a assistência de advogado constituído
para subscrição da petição, não sendo necessário a assinatura do advogado na escritura pública.
Com relação ao domicílio, a LINDB dispõe que o domicílio do chefe da família é estendido
ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob
sua guarda, exceto em caso de abandono.
E caso uma pessoa não tenha domicílio, a LINDB considera como domicílio o lugar da
residência ou onde a pessoa se encontra.
Sobre os bens, a LINDB determina que é aplicável a lei do país em que se encontrem.
No caso de proprietário de bens, é aplicável a lei do país em que a pessoa é domiciliada,
quanto aos bens móveis que o proprietário trouxer ou que se destinarem a transporte para
outros lugares.
Por fim, a LINDB também trata sobre o penhor, aplicando a lei do domicílio da pessoa
cuja posse se encontre a coisa apenhada.
No caso de obrigações, a LINDB determina a aplicação da lei do país em que as obrigações
foram constituídas.
Caso a obrigação deva ser executada no Brasil e que dependa de forma essencial, a LINDB
determina que deve ser observada a lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
Por fim, a obrigação resultante do contrato é considerada constituída no lugar em que
residir o proponente.
Quanto aos casos de sucessão, tanto por morte ou por ausência (caso de desaparecimento),
é aplicável a lei do país em que a pessoa era domiciliada, qualquer que seja a natureza e a
situação dos bens.
No caso de sucessão de bens estrangeiros que estejam situados no Brasil, a lei aplicável
é a brasileira, exceto se não for mais favorável a lei do de cujus.
Por fim, a lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
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Para fixar o conteúdo:

006. (CESPE/CEBRASPE/DPE PI/DEFENSOR PÚBLICO/2022) Alice, brasileira, casou-se no


Brasil com Artur, estrangeiro, sob o regime da comunhão universal de bens, no ano de
2003. O primeiro e atual domicílio do casal é um país da Europa. Da união adveio um filho,
Joaquim, ainda menor de idade, nascido no país do primeiro domicílio do casal. Durante a
união foram adquiridos dois imóveis: um localizado no Brasil e outro localizado em país da
América do Norte, além de um veículo com registro e em circulação no Brasil.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Em caso de morte de Artur, a sucessão obedecerá à lei brasileira.
b) Em caso de morte de Artur, a lei brasileira regulará a capacidade para suceder de Alice.
c) Somente à autoridade judiciária brasileira compete conhecer ação relativa aos bens
adquiridos por Alice e Artur.
d) O regime de bens do casamento de Alice e Artur foi necessariamente convencionado em
pacto antinupcial.
e) Em caso de morte de Alice e Artur, a sucessão do veículo será regulada pela lei brasileira
em benefício de Joaquim, em qualquer hipótese.

Para responder esta questão caro(a) aluno(a) veja o que diz a Lei de Introdução às normas
do Direito Brasileiro sobre regime de bens, sucessão hereditária e competência:
a) Errada. De acordo com o artigo 10:
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes
seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

b) Errada. De acordo com o art. 10, §2º: “A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula
a capacidade para suceder.”.
c) Errada. Compete à autoridade judiciária brasileira conhecer sobre as ações relativas a
imóveis situados no Brasil.
d) Certa. O regime de comunhão parcial de bens é o regime legal do nosso ordenamento
jurídico, e se não houver nenhum pacto antenupcial, o regime será o de comunhão parcial,
conforme o art. 1.640, do CC:
Art. 1640 Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre
os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos
regimes que este código regula.

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No enunciado fala que Alice e Artur casaram pelo regime de comunhão universal de bens,
tiveram que convencionar, por meio de pacto antenupcial a escolha por tal regime.
e) Errada. Art. 10, §1º da LINDB.:
Art. 10, §1º - A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

Letra d.

No caso de órgãos:
As organizações com interesses coletivos, as sociedades e as fundações devem obedecer
as leis do estado em que forem constituídas.
A LINDB veda a existência de filiais, agências e estabelecimentos no Brasil antes de terem
os atos constitutivos aprovados pelo governo brasileiro, de modo que todas se sujeitam
as leis brasileiras.
A LINDB autoriza a aquisição da propriedade dos prédios necessários à sede dos
representantes diplomáticos ou dos agentes consulares, mas veda aos governos estrangeiros
e as organizações de qualquer natureza que tais governos tenham constituídos a aquisição
de bens imóveis ou suscetíveis de desapropriação.
No caso das autoridades judiciárias brasileiras: a LINDB estabelece a competência quando
for réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
Também estabelece a competência da autoridade no conhecimento de ações relativas
a imóveis situados no Brasil.
Ainda, sobre a prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro deve ser regida pela lei
que vigorar, quanto aos ônus e aos meios de produzir, de modo que não é admitido pelos
tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
E caso o juiz brasileiro não conheça a lei estrangeira, ele poderá solicitar a quem invocou
a lei, a prova do texto e da vigência.
A LINDB também disciplina cinco requisitos essenciais sobre a execução de sentença
proferida no estrangeiro no Brasil.
1) a sentença deve ter sido proferida por juiz competente;
2) as partes devem ter sido citadas ou a revelia deve ter sido legalmente verificada;
3) deve haver o trânsito em julgado com todas as formalidades necessárias para
a execução;
4) deve ser traduzida por intérprete autorizado e
5) deve ser homologada pelo STF.
Ainda, importante que você saiba, querido(a) aluno(a) que as leis, atos e sentenças de
outros países ou declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil quando ofenderem
a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

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Para fixar o conteúdo:

007. (CESPE/CEBRASPE/TJ PB/JUIZ LEIGO/2013) No que se refere ao que dispõe a Lei de


Introdução às normas do Direito Brasileiro, assinale a opção correta.
a) Em razão da aplicação do princípio da justiça universal, as sentenças proferidas no
estrangeiro terão eficácia no Brasil ainda quando ofenderem os bons costumes.
b) A proibição do non liquet não é dirigida ao juiz.
c) A lei do país em que a pessoa tenha nascido determina as regras acerca do começo e do
fim da personalidade.
d) A sucessão por morte obedece à lei do país em que tenha falecido o de cujus.
e) A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto
ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei
brasileira desconheça.

a) Errada. De acordo com o artigo 17 da LINDB:

Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade,
não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons
costumes.

b) Errada. Para esta alternativa veja a definição da vedação ao non liquet no artigo 126 do
CPC e o artigo 4º e 5º da LINDB:

Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.
Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do
bem comum.
Art. 126 CPC. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade
da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à
analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.

c) Errada. De acordo com o artigo 7 da LINDB:

Art. 7º - A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim
da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

d) Errada. Veja o que diz o artigo 10 da LINDB:

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

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e) Certa. Conforme o artigo 13 da Lei n. 12.376/2010:

Art. 13 A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto
ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei
brasileira desconheça.

Letra e.

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RESUMO

LEI DE INTRODUÇÃO COMO FONTE PRIMÁRIA DO DIREITO

A LINDB é a fonte primária do direito pois é dirigida para todos e autoriza ou não
determinadas condutas essenciais para a resolução de conflitos.
Possui as seguintes características básicas: generalidade, imperatividade, permanência,
competência, autorizante e obrigatoriedade.

APLICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A lei trata que nas esferas administrativa, controladoria e judicial, as decisões não devem
ser baseadas em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências
práticas da decisão.
Por isso, as decisões devem ser motivadas ao passo que se deve prezar pela necessidade
e adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou
norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.
Já nos casos de invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, a
decisão administrativa, controladora ou judicial deve indicar expressamente as consequências
jurídicas e administrativas, bem como deverá indicar as condições para que a regularização
ocorra de forma proporcional e sem grandes prejuízos.
A LINDB também traz a necessidade de observar os obstáculos e as dificuldades do
gestor nas exigências das políticas públicas quando houver a interpretação da norma sobre
gestão pública.
A LINDB também estabelece preceitos básicos nos casos em que há interpretação ou
orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, que imponha novo dever ou
novo condicionamento de direito.
Nesse caso deverá ser previsto regime de transição (quando for indispensável para
que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido) que não prejudique os
interesses gerais.
Também é prevista a necessidade de revisão nos casos de validade de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa. Tal revisão deve levar em conta as orientações
gerais daquela época, sendo vedada que a base de mudança posterior da orientação geral
seja declarada inválida as situações plenamente constituídas.
A LINDB também trata a possibilidade de compensação (celebração de compromisso)
por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes de processo ou da
conduta dos envolvidos quando for tomada alguma decisão.

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VIGÊNCIA DA LEI
A vigência da lei é o tempo de duração que ela possui para produzir efeitos. E no campo
do direito é chamado de vacatio legis.
Após passar por todo o trâmite das fases, a lei irá produzir efeitos 45 dias depois de
oficialmente publicada, exceto se houver previsão legal em contrário.
Também há casos em que a lei brasileira é aplicável aos estados estrangeiros, por isso,
o tempo de vigência deverá ser maior que os 45 dias, veja:

§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia


três meses depois de oficialmente publicada.

Se durante esse prazo de vigência houver a correção e ocorrer nova publicação da lei,
o prazo começará a contar novamente da nova publicação.
Já a correção de lei que já foi esgotado o prazo da vigência é considerada lei nova.
A lei poderá ter a vigência temporária, desde que esteja expresso na lei essa condição.
Mas caso não tenha, considera-se em vigor a lei até que outra a modifique ou revogue.
Revogação: A revogação de uma lei ocorre quando a lei perde a vigência, ou seja, a lei
deixa de produzir efeitos legais.
Pode ser dividida a revogação em 04 espécies.
Quanto à extensão da revogação, pode-se classificar em ab-rogação (total) e derrogação
(parcial). E quanto à forma, pode-se classificar em revogação expressa ou tácita.
Também é importante que você saiba e tenha em mente de que a lei nova que estabelecer
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
Nesse caso não há “alteração” do texto da lei velha, mas sim o estabelecimento de
disposições gerais e especiais da lei velha, por isso não há a revogação e nem a modificação da lei.
A LINDB também trata do fenômeno da repristinação. O efeito repristinatório ocorre
quando uma norma revogada volta a valer no caso de revogação da sua revogadora. Há
exceção desse efeito quando a lei for declarada inconstitucional ou quando o legislador
determinar expressamente.
Obrigatoriedade da lei: A obrigatoriedade da lei é traduzida pelo princípio da
obrigatoriedade, onde a LINDB traz que ninguém pode deixar de cumprir a lei alegando
que não a conhece.

INTEGRAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS


Quando a lei possuir alguma lacuna o juiz, ao decidir, deve utilizar a integração de demais
normas jurídicas pela analogia, costumes, princípios gerais do direito e a equidade.
Analogia: A analogia é a aplicação de uma norma próxima ou um conjunto de normas
próximas, quando inexistente/omissa uma norma para determinado caso concreto.

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Também é importante que você saiba que nas normas que dispõem sobre exceções, a
analogia não pode ser aplicada.
Costumes: Os costumes são conceituados como a prática e usos reiterados com conteúdo
lícito e relevância jurídica.
Princípios Gerais do Direito: Os princípios gerais do direito são regramentos básicos que
norteiam um determinado instituto ou ramo jurídico como forma de auxílio do aplicador
da norma, a fim de que seja buscada a justiça e a pacificação social.
Equidade: A lei em si busca a igualdade, mas nem sempre a aplicação da lei de forma
igual para todos trará a justiça.

APLICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS NO TEMPO


Para que o juiz alcance o fim comum e a justiça, deve aplicar a lei com a observância dos
fins sociais e as exigências do bem comum, esse é o preceito insculpido no artigo 5º da LINDB.
Por isso, ao entrar em vigor uma lei, ela deve ter efeito imediato e geral, devendo ser
respeitado o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
O ato jurídico perfeito é classificado como o ato já consumado segundo a lei vigente ao
tempo em que se efetuou.
O direito adquirido é o direito incorporado no patrimônio de uma pessoa natural, jurídica
ou ente despersonalizado.
E a coisa julgada é a decisão judicial que não cabe mais recurso, ou seja, todas as vias
foram esgotadas.

APLICAÇÃO DAS NORMAS NO ESPAÇO


A LINDB traz normas de direito internacional público e privado, dos artigos 7º ao 19, com
base nos princípios da territorialidade e extraterritorialidade, uma vez que a lei estrangeira
possa ser aplicada em determinadas hipóteses, bem como tenha eficácia no território
nacional e que não seja comprometida a soberania nacional.
A LINDB traz de forma resumida que:

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

No caso sobre o casamento, se um brasileiro ou um estrangeiro, ou ambos estrangeiros


se casarem no Brasil, será aplicável a lei brasileira sobre os casos de impedimentos e
formalidades da celebração do casamento.
Por isso, caso ambos os estrangeiros queiram se casar no Brasil, será celebrado o
casamento no consulado do país dos estrangeiros. Nesse caso, o casamento será celebrado
segundo a lei do país de qualquer dos que estão casando.

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Além disso, os brasileiros residentes no exterior podem se casar no consulado brasileiro,


sendo vedado o casamento no consultado de brasileiro com estrangeiro.
E caso os nubentes tenham domicílio diferentes, a lei aplicável em relação a invalidade
do matrimônio, será a do primeiro domicílio conjugal.
É também a lei do domicílio dos nubentes que disciplina o regime de bens no casamento.
A LINDB trata ainda sobre o divórcio de (residentes em outros países) estrangeiros,
sendo ambos brasileiros, ou um brasileiro e outro estrangeiro, que só será reconhecido no
Brasil depois de 01 ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação
judicial por igual prazo.
Com relação ao domicílio, a LINDB dispõe que o domicílio do chefe da família é estendido
ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob
sua guarda, exceto em caso de abandono.
E caso uma pessoa não tenha domicílio, a LINDB considera como domicílio o lugar da
residência ou onde a pessoa se encontra.
Sobre os bens, a LINDB determina que é aplicável a lei do país em que se encontrem.
No caso de proprietário de bens, é aplicável a lei do país em que a pessoa é domiciliada,
quanto aos bens móveis que o proprietário trouxer ou que se destinarem a transporte para
outros lugares.
No caso de obrigações, a LINDB determina a aplicação da lei do país em que as obrigações
foram constituídas.
Caso a obrigação deva ser executada no Brasil e que dependa de forma essencial, a LINDB
determina que deve ser observada a lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
Por fim, a obrigação resultante do contrato é considerada constituída no lugar em que
residir o proponente.
Quanto aos casos de sucessão, tanto por morte ou por ausência (caso de desaparecimento),
é aplicável a lei do país em que a pessoa era domiciliada, qualquer que seja a natureza e a
situação dos bens.
Por fim, a lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
No caso de órgãos:
As organizações com interesses coletivos, as sociedades e as fundações devem obedecer
as leis do estado em que forem constituídas.
No caso das autoridades judiciárias brasileiras: a LINDB estabelece a competência quando
for réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
Também estabelece a competência da autoridade no conhecimento de ações relativas
a imóveis situados no Brasil.
Ainda, sobre a prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro deve ser regida pela lei
que vigorar, quanto aos ônus e aos meios de produzir, de modo que não é admitido pelos
tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
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A LINDB também disciplina cinco requisitos essenciais sobre a execução de sentença


proferida no estrangeiro no Brasil.
1) a sentença deve ter sido proferida por juiz competente;
2) as partes devem ter sido citadas ou a revelia deve ter sido legalmente verificada;
3) deve haver o trânsito em julgado com todas as formalidades necessárias para
a execução;
4) deve ser traduzida por intérprete autorizado e
5) deve ser homologada pelo STF.

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MAPA MENTAL
Decisão administrativa:

Vigência da lei:

Espécies de revogação:

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Aplicação das normas no tempo:

Requisitos para execução de sentença proferida no estrangeiro no Brasil:

Interpretação de normas sobre gestão pública:

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Realização de compromissos:

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (FCC/DPE AM/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Fátima Aparecida, brasileira, viaja a Las


Vegas, a passeio. Vai a um cassino, no qual perde no jogo valor em dólares equivalente a
R$ 20.000,00. Volta ao Brasil sem pagar a dívida e é acionada judicialmente. Considerada a
legalidade da cobrança no país estrangeiro, aplica-se a lei
a) brasileira, por ser a devedora aqui domiciliada, analisando-se somente o conceito de
obrigação natural da dívida de jogo para ser ou não eficaz para a cobrança.
b) brasileira, pela inexistência de previsão de cabimento de leis estrangeiras às obrigações,
ainda que constituídas fora do país.
c) norte-americana, por se tratar de atividade legal naquele país, examinando-se no Brasil
somente os aspectos formais da constituição da obrigação, para ser eficaz a cobrança
judicial em nosso país.
d) norte-americana, no tocante ao direito material, uma vez que a obrigação foi constituída
nos Estados Unidos, examinando-se sua compatibilidade ou não com a lei brasileira no
exame dos conceitos de ordem pública, soberania e bons costumes.
e) brasileira, porque aplicar-se a lei estrangeira para obrigações contraídas por cidadã
brasileira infringiria a soberania nacional e os bons costumes.

002. (FCC/MPE PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2018) A sucessão por morte ou


ausência obedece à lei
a) brasileira, quanto aos bens situados no Brasil, se aqui abrir-se a sucessão, independentemente
do domicílio ou nacionalidade do defunto ou desaparecido.
b) da nacionalidade do defunto ou desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação
dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
c) do país em que se abriu a sucessão, mas a capacidade para suceder se regula pela lei
do domicílio do herdeiro, salvo se brasileiro, quanto aos bens situados no Brasil, se a lei
brasileira lhe for mais favorável, sendo então esta a aplicável.
d) do país em que se abrir a sucessão, mas a capacidade para suceder se regula pela lei da
nacionalidade do herdeiro.
e) do país em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza
e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros situados no Brasil será
regulada pela lei brasileira, em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem
os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

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003. (FCC/SEFAZ SC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2018) Diante do advento de


uma nova lei que não apresente qualquer disposição a respeito do início de sua vigência,
a) haverá período de vacatio legis pelo prazo de noventa dias depois de oficialmente publicada.
b) não haverá período de vacatio legis, passando a lei a ter eficácia imediata.
c) a lei será nula, uma vez que a disposição a respeito da vacatio legis é requisito de validade
da lei.
d) haverá período de vacatio legis pelo prazo de quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada.
e) haverá período de vacatio legis pelo prazo de um ano depois de oficialmente publicada.

004. (FCC/PREFEITURA DE CARUARU-PE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Em relação às


alterações promovidas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, em especial no
que se refere aos interesses difusos e coletivos de transparência, informação e participação
na gestão pública, é correto afirmar:
a) Na edição dos atos normativos, é vedada a órgão ou Poder Público realizar prévia consulta
pública para manifestação dos interessados, sendo autorizado, no entanto, a realização
posterior de audiências públicas para discussão de seus efeitos.
b) O agente público somente responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões
técnicas na comprovação de dolo.
c) A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, não poderá
impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes
do processo ou da conduta dos envolvidos.
d) Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.
e) A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou
orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito não terá, em qualquer hipótese, aplicação aos casos em andamento.

005. (FCC/TCE PI/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2014) Telma comprou bilhete


da loteria federal e foi contemplada com um prêmio de muitos milhões de reais. No entanto,
antes de receber o prêmio, sobreveio lei proibindo todo e qualquer tipo de jogo, incluindo os da
loteria federal, que eram permitidos à época em que Telma realizou a aposta. Neste caso, Telma
a) poderá exigir o recebimento do prêmio, em razão da proteção conferida ao direito
adquirido.
b) não poderá exigir o recebimento do prêmio, por se tratar de obrigação natural.
c) não poderá exigir o recebimento do prêmio, pois a lei nova tem efeito imediato, atingindo
as relações em curso.
d) poderá exigir o recebimento do prêmio apenas se a lei nova estiver no período de vacatio
legis.
e) não poderá exigir o recebimento do prêmio, pois o jogo constitui prática imoral.
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006. (FCC/TRT 18ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2014) Em relação à hierarquia, integração


e interpretação da lei, examine os enunciados seguintes:
I – A própria lei, prevendo a possibilidade de inexistir norma jurídica adequada ao caso
concreto, indica os meios de suprir a omissão, prescrevendo caber ao julgador decidir de
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
II – Nos meios de integração da norma em face de omissão da lei ao caso concreto, há rígida
hierarquia, não podendo o Juiz valer-se indistintamente da analogia, usos e costumes ou
princípios gerais de direito conforme seu critério discricionário, de oportunidade e conveniência.
III – Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia não admitem o emprego da analogia, nem
a interpretação extensiva, pois dispõe a lei que são interpretados estritamente.
Está correto o que consta APENAS em
a) III.
b) I e II.
c) II e III.
d) II.
e) I e III.

007. (FCC/TCE CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO ATIVIDADE JURÍDICA/2015) Em caso de


conflito de leis no tempo, considera-se que o herdeiro, em relação aos bens de propriedade
de pessoa viva, possui
a) apenas expectativa de direito, que não se equipara a direito adquirido.
b) direito sob condição suspensiva, o qual se equipara a direito adquirido.
c) direito a termo, o qual se equipara a direito adquirido.
d) expectativa de direito qualificada, a qual se equipara a direito adquirido.
e) direito sob condição suspensiva, o qual não se equipara a direito adquirido.

008. (FCC/TJ PE/JUIZ SUBSTITUTO/2015) O negócio jurídico celebrado durante a vacatio


de uma lei que o irá proibir é
a) anulável, porque assim se considera aquele em que se verifica a prática de fraude.
b) nulo, por faltar licitude ao seu objeto.
c) inexistente, porque assim se considera aquele que tiver por objetivo fraudar lei imperativa.
d) válido, porque a lei ainda não está em vigor.
e) ineficaz, porque a convenção dos particulares não pode derrogar a ordem pública.

009. (FCC/TJ SC/JUIZ SUBSTITUTO/2017) A sucessão por morte ou ausência obedece à


lei do país
a) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação
dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
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b) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza


e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem
os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
c) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão de bens de
estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável
a lei pessoal do de cujus.
d) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a
situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será sempre
regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge ou filhos brasileiros.
e) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja a natureza
e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem
os represente, em qualquer circunstância.

010. (FCC/TRE AP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Akira, japonês, faleceu no seu país de origem,
onde estava domiciliado, deixando filhos brasileiros e dois imóveis em Sergipe, em relação
aos quais, será aplicável à sucessão a lei
a) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, tendo em vista a nacionalidade
brasileira dos filhos de Akira.
b) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, pois é a lei aplicável quando
existirem bens imóveis em território nacional.
c) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, em razão de ser o último
domicílio do de cujus.
d) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, tendo em vista a
nacionalidade do de cujus.
e) brasileira, salvo se a lei do Japão for mais favorável aos filhos de Akira.

011. (FCC/MPE RN/ANALISTA/2012) Na tentativa de descobrir o princípio consagrado pelo


legislador, aquele que o investiga deverá seguir uma ordem. Nesta ordem, em último lugar
deverá o investigador pesquisar determinado princípio
a) no Direito em sua plenitude
b) no instituto que aborda a matéria
c) em todo o Direito Positivo
d) no Direito Público ou no Direito Privado
e) em vários institutos afins

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012. (FCC/TRT 20ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) Com autorização de lei, a empresa


“Z” descarta resíduos sólidos em área próxima a uma represa. Se revogada a lei que autoriza
o descarte nesta área, a empresa “Z”
a) não poderá continuar a fazê-lo, pois a lei nova possui efeito imediato e a empresa “Z”
não tem direito adquirido, devendo adequar-se ao novo regime jurídico.
b) não poderá continuar a fazê-lo, pois, embora a empresa “Z” tenha direito adquirido, a
lei de ordem pública tem efeito retroativo.
c) poderá continuar a fazê-lo, pois a empresa “Z” tem direito adquirido, o qual obsta o
efeito imediato da lei nova.
d) poderá continuar a fazê-lo, pois a empresa “Z” tem direito adquirido, o qual obsta o
efeito retroativo da lei nova.
e) não poderá continuar a fazê-lo, pois, de acordo com as Normas de Introdução às Leis
do Direito Brasileiro, a lei nova possui efeito retroativo, seja de ordem pública ou não, e a
empresa “Z” não tem direito adquirido, devendo adequar-se ao novo regime jurídico.

013. (FCC/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) André adquiriu um terreno onde pretendia


construir uma fábrica de tintas. Na época da aquisição, não havia lei impedindo esta atividade
na região em que se localizava o terreno. Passado o tempo, porém, antes de André iniciar
qualquer construção, sobreveio lei impedindo o desenvolvimento de atividades industriais
naquela área, por razões ambientais. A lei tem efeito
a) imediato e atinge André, que não tem direito adquirido ao regime jurídico anterior a seu
advento.
b) retroativo e atinge André, por tratar de questão de ordem pública.
c) imediato, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídico anterior
a seu advento.
d) retroativo, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídico anterior
a seu advento.
e) retroativo mas não atinge André, por tratar de direito disponível.

014. (FCC/TRT 24ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Sobre a Lei de Introdução às normas


do Direito Brasileiro, NÃO é requisito essencial para a sentença proferida no estrangeiro
ser executada no Brasil.
a) a homologação pelo Supremo Tribunal Federal.
b) a tradução por intérprete autorizado.
c) o trânsito em julgado para as partes.
d) a citação regular das partes ou verificação legal da ocorrência da revelia.
e) a prolação por juiz competente.
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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
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015. (FCC/DPE PR/DEFENSOR PÚBLICO/2017) Com base no Decreto-Lei n. 4.657/1942 − Lei


de Introdução às normas do Direito Brasileiro − LINDB, é correto afirmar:
a) As correções de texto, de qualquer natureza, ocorridas após a publicação da lei, não
interferem no termo a quo de sua vigência, na medida em que não se consideram lei nova
por não alterar seu conteúdo.
b) A despeito de ser executada no Brasil, a lei brasileira não será aplicada quando a obrigação
for constituída fora do país, pois, para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei
do país em que se constituírem.
c) Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada a pessoa. No
caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro domicílio conjugal regerá tanto
os casos de invalidade do matrimônio quanto o regime de bens.
d) Quando a lei estrangeira for aplicada a demanda judicial no Brasil, ter-se-á em vista
somente os dispositivos invocados pelas partes, inclusive eventuais remissões a outras leis.
e) Compete exclusivamente à autoridade judiciária estrangeira processar e julgar as ações
cujo réu possua domicílio no exterior ou cuja obrigação lá tenha de ser cumprida, ainda que
versadas sobre bens imóveis situados no Brasil.

016. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) João, nascido na Espanha, naturalizou-se


italiano, casou-se na França e estabeleceu domicílio único no Brasil, juntamente com sua
esposa. Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
serão definidas pela lei do Brasil as regras sobre
a) o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
b) a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o nome serão definidas
pela lei da Espanha.
c) o nome, a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o começo e o
fim da personalidade serão definidas pela lei da Itália.
d) o começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade, enquanto as regras sobre os
direitos de família serão definidas pela lei da França.
e) o começo e o fim da personalidade, enquanto as regras sobre a capacidade serão definidas
pela lei da Itália.

017. (FCC/PROCON MA/FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR/2017) De acordo com a Lei de


Introdução às Normas do Direito Brasileiro
a) salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após
sua publicação oficial.
b) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
c) como regra geral, a lei revogada restaura-se quando a lei revogadora perder a vigência.

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d) quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo com a vontade presumida do legislador
em face da realidade social.
e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revoga
ou modifica a lei anterior.

018. (FCC/TRT 21ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) De acordo com a Lei de Introdução


às normas do Direito Brasileiro, se a lei “A” for revogada pela “B”, e a lei “B” for revogada
pela lei “C”, a lei “A”
a) voltará a ter vigência somente se a lei “C” prever expressamente esse efeito.
b) voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” não preveja expressamente esse efeito.
c) voltará a ter vigência desde que a lei “C” não vede expressamente esse efeito.
d) não voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” preveja expressamente esse efeito.
e) não voltará a ter vigência somente se a lei “C” disciplinar inteiramente a matéria que era
por ela regulada.

019. (FCC/TRF 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Suponha que venha a ser editada,


sancionada e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil. Nesse caso, de acordo
com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, a nova lei começará a vigorar em
todo o País, salvo disposição em contrário,
a) 30 dias depois de oficialmente publicada.
b) 45 dias depois de oficialmente publicada.
c) 90 dias depois de oficialmente publicada.
d) 180 dias depois de oficialmente publicada.
e) na data da sua publicação oficial.

020. (FCC/TRT 6ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Ao dizer que, salvo disposição em


contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, a Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro está referindo-se à
a) anterioridade legal.
b) resilição.
c) retroação da lei.
d) repristinação.
e) sub-rogação.

021. (FCC/PREFEITURA DE CARUARU-PE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) No tocante à


Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro,
a) a repristinação normativa é regra geral.
b) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

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c) a lei começa a vigorar imediatamente após sua publicação oficial, salvo disposição contrária.
d) a lei posterior revoga a anterior somente se for com ela incompatível ou quando
expressamente o declare.
e) toda lei nacional destina-se à vigência indeterminada, vigorando até que outra a modifique
ou revogue, não se admitindo a edição de leis temporárias, em razão de sua natureza geral
e abstrata.

022. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2018) A Lei de Introdução


às Normas de Direito Brasileiro estabelece que a lei do país em que domiciliada a pessoa
determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os
direitos de família. Outrossim, estabelece que
I – Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei
do último domicílio conjugal.
II – O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, à do último domicílio conjugal.
III – O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou
consulares do país de ambos os nubentes.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) III.
e) I e III.

023. (FCC/MPE PE/PROMOTOR DE JUSTIÇA E PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2022) De


acordo com o que disciplina o ordenamento jurídico em relação à vigência de lei brasileira,
considere as assertivas abaixo:
I – Constitui regra obrigatória que a vigência de lei brasileira se inicia com a sanção.
II – Não há vedação para que lei brasileira, em seu texto, estabeleça sua vigência imediata.
III – A lei brasileira, em regra, terá efeito imediato e geral no território nacional, após 45
dias da sua publicação oficial.
IV – A lei brasileira, em regra, terá efeito imediato e geral nos estados estrangeiros, após
60 dias da sua publicação oficial.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e IV.
c) I e II.
d) III e IV.
e) I e III.

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024. (FCC/PGE AM/PROCURADOR DO ESTADO DA 3ª CLASSE/2022) O Decreto-Lei n.


4.657/1942, com a redação dada pela Lei n. 3.283/1957, dispõe: Art. 6º − a lei em vigor
terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa
julgada. Esta regra
a) é contraditória, devendo prevalecer apenas a segunda parte por força de disposição
constitucional que assegura o respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à
coisa julgada.
b) não é contraditória, mas foi derrogada pela Constituição Federal de 1988 que apenas
dispôs sobre o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
c) não é contraditória, porque dispõe, respectivamente, sobre as partes posteriores dos
fatos pendentes e sobre a preservação dos direitos incorporados ao patrimônio do sujeito,
antes da superveniência de outra lei sobre o mesmo objeto.
d) perdeu o suporte de validade em virtude da superveniência da Constituição Federal de
1988, que desacolheu o princípio do efeito imediato da lei.
e) regula o direito intertemporal diversamente do que veio a estabelecer a Constituição Federal
de 1988 e foi tacitamente revogada, porque o texto constitucional regulou integralmente
a matéria de que a regra infraconstitucional tratava.

025. (FCC/TRT 22ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) De acordo com a Lei de Introdução


às Normas do Direito Brasileiro, quando a lei for omissa, o Juiz decidirá o caso
a) segundo as normas do direito estrangeiro.
b) de acordo com a analogia, com os costumes e com os princípios gerais de direito.
c) por equidade.
d) por equanimidade.
e) pelas máximas da experiência.

026. (FCC/TRT 22ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2022) A Lei n. 13.655/2018 introduziu


disposições na Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei n. 4.657/1942)
que visam promover maior segurança jurídica e eficiência na criação e aplicação do direito
público, dentre as quais:
a) a interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as
dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo
dos direitos dos administrados.
b) A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa sempre terá efeito ex tunc.
c) A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado
levará em conta a evolução da interpretação jurídica dada à matéria, vedada a manutenção
de ato praticado em desacordo às novas orientações.

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d) As circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do


agente serão consideradas apenas para fins de mitigação de sanções a ele aplicáveis.
e) Na esfera administrativa é vedado decidir com base em valores abstratos.

027. (FCC/SEFAZ AP/AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL/2022) A lei


a) terá vigor até que outra a modifique ou revogue, ou caia em desuso.
a) nova não revoga nem modifica a lei anterior no caso de estabelecer disposições especiais
a par das já existentes.
a) começa a vigorar em todo o país noventa dias depois de oficialmente publicada, salvo
disposição contrária.
d) cujo texto for modificado antes de entrar em vigor tem o prazo de vacatio legis estendido
em quinze dias.
e) posterior só revoga a anterior quando expressamente o declare.

028. (FCC/SEFAZ AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2022) De acordo com a Lei de introdução


às Normas do Direito Brasileiro, o agente público
a) não responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas, nem mesmo em
caso de dolo ou de culpa grave.
b) responderá pessoalmente por suas decisões, em caso de dolo ou erro grosseiro, mas não
responderá, em nenhuma hipótese, por meras opiniões técnicas.
c) responderá pessoalmente por suas decisões apenas em caso de dolo, podendo responder
por suas opiniões técnicas somente em caso de erro grosseiro.
d) responderá pessoalmente por suas decisões e opiniões técnicas em caso de dolo ou erro
grosseiro.
e) responderá pessoalmente por opiniões técnicas em caso de dolo, mas não responderá,
em nenhuma hipótese, por suas decisões.

029. (FCC/SEFAZ PE/AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL/2022) De acordo com Lei de


Introdução às Normas do Direito Brasileiro, as regras sobre o começo e o fim da personalidade,
o nome, a capacidade e os direitos de família são ordinariamente determinadas segundo
a lei do país onde a pessoa
a) for domiciliada
b) tiver nascido
c) se encontrar, ainda que a título transitório
d) tiver morrido
e) tiver registrado o seu assento de nascimento, mesmo que nascida em outro país.

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030. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO


MUNICIPAL/2019) No tocante à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é
correto afirmar:
a) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das existentes, revoga
ou modifica a lei anterior.
b) Em nosso ordenamento jurídico, a revogação de uma lei deve ser sempre expressa.
c) As correções a texto de lei já em vigor referem-se à própria norma, não se considerando
lei nova.
d) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após
sua publicação oficial.
e) Embora não seja a regra geral, é possível haver repristinação legal, desde que haja
disposição expressa nesse sentido.

031. (FCC/TRE PB/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2015) Considere:


I – As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
II – Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia
seis meses depois de oficialmente publicada.
III – Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a vigência.
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto o que se
afirma APENAS em
a) II e III
b) I e II
c) I
d) I e III
e) III

032. (FCC/PGE GO/PROCURADOR DO ESTADO SUBSTITUTO/2021) Com a edição da Lei Federal


n. 13.655/2018, que alterou o Decreto-lei n. 4.657/1942 (Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro), o controle externo dos atos da Administração pública
a) passou a, expressamente, dever considerar as consequências práticas das decisões
proferidas nesse âmbito, assim como demonstrar a necessidade e adequação das medidas
impostas, embora o princípio da proporcionalidade e a motivação dos atos já informassem
aquela atuação.
b) continua abrangendo a possibilidade de imposição de sanção aos agentes públicos,
inovando, no entanto, no que se refere a dosimetria da pena, que passou a admitir a
aplicação de sanção não positivada, além de considerar a natureza e gravidade da infração.

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c) passou a levar em consideração as consequências práticas das decisões administrativas,


não havendo que se falar em anulação ou nulidade de atos administrativos que não tenham
gerado prejuízo ao erário.
d) continua a ser exercido nas mesmas circunstâncias, passando a responsabilidade do
agente público, no entanto, a apenas ter lugar nas hipóteses de conduta dolosa.
e) passou a abranger a possibilidade de sustação e declaração de nulidade de atos e contratos
administrativos diretamente pelos Tribunais de Contas, sempre que restar evidenciado
prejuízo ao erário ou erro grosseiro por parte do agente público.

033. (FCC/MANAUSPREV/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2021) A Lei Federal n. 13.655/2018,


ao inserir na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei n.
4.657/1942) dispositivos sobre a aplicação do direito público, teve por efeito alterar
significativamente a teoria
a) da aparência, uma vez que afastou a convalidação de atos administrativos que tenham
sido praticados por agentes incompetentes.
b) da nulidade dos atos administrativos, ampliando a possibilidade de estabilização dos
efeitos de atos inválidos, recomendando a adoção de solução proporcional e equânime aos
sujeitos atingidos pela invalidação.
c) dos motivos determinantes, na medida em que desvinculou os fundamentos da decisão
administrativa ao controle de sua validade jurídica.
d) da imputação volitiva, na medida em que afasta a responsabilidade estatal, quando o
agente tiver atuado com dolo ou erro grosseiro.
e) da autotutela, uma vez que impede a invalidação administrativa dos atos que repercutirem
na esfera patrimonial de terceiros.

034. (FCC/SEFAZ SC/ANALISTA DA RECEITA ESTADUAL/2021) A vigência e os conflitos entre


as leis, no tempo, são disciplinados pela chamada Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro (Decreto-Lei n. 4.657/1942). De acordo com esse diploma, a lei nova que estabeleça
disposições gerais ou especiais a par das já existentes
a) não modifica nem revoga a lei anterior.
b) revoga e modifica a lei anterior.
c) revoga, mas não modifica a lei anterior.
d) não revoga, mas modifica a lei anterior.
e) revoga ou, alternativamente, apenas modifica a lei anterior.

035. (FCC/TRT 22ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) De acordo com a Lei de Introdução


às Normas do Direito Brasileiro, a lei nova
a) só revoga a anterior se regular inteiramente a matéria.

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b) começa a viger, salvo disposição em contrário, na data de sua publicação.


c) possui, em regra, efeitos repristinatórios.
d) sempre revoga a anterior, se tiverem o mesmo objeto.
e) tem efeitos prospectivos limitados pela proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico
perfeito e à coisa julgada.

036. (FCC/SEFAZ AP/AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL/2022) Na esfera administrativa,


a revisão da validade de ato cuja produção já se houver completado levará em conta as
orientações gerais
a) da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se
declarem inválidas situações plenamente constituídas.
b) vigentes ao tempo da revisão, mesmo que diferentes daquelas aplicáveis à época do ato,
podendo-se declarar inválidas situações plenamente constituídas com base em mudança
de orientação geral ocorrida posteriormente ao ato.
c) da época, podendo-se declarar inválidas situações plenamente constituídas com base em
mudança de orientação geral ocorrida posteriormente ao ato, desde que inexista prejuízo
ou os prejudicados sejam indenizados.
d) vigentes ao tempo da revisão, mesmo que diferentes daquelas aplicáveis à época do
ato, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem
inválidas situações plenamente constituídas, salvo se a orientação anterior passar a ser
reputada inadmissível pela jurisprudência majoritária.
e) vigentes à época ou ao tempo da revisão, desde que adotado entendimento idêntico em
relação a todos aqueles que estejam na mesma situação, podendo-se declarar inválidas
situações plenamente constituídas com base em mudança de orientação geral ocorrida
somente quando a lei nova assim autorizar.

037. (FCC/TRT 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) Suponha que o órgão jurídico de


determinado ente público tenha proferido parecer opinando pela legalidade de aditivo
contratual, celebrado em função do reconhecimento de obrigação legal do contratante público
em reestabelecer a equação econômico financeira original do contrato. Com base em tal aditivo,
que previa um determinado fluxo de pagamentos futuros, o particular contraiu financiamento
bancário para executar suas obrigações contratuais. Ocorre que o órgão jurídico da entidade
alterou seu entendimento geral quanto à aplicação das hipóteses legais que determinam o
reequilíbrio, o que levou a entidade a anunciar a intenção de anular todos os aditivos fundados
na orientação jurídica superada. O contratado, por seu turno, invocou em seu benefício os
preceitos da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro (LINDB). Tal invocação mostra-se
a) parcialmente cabível, pois, embora não autorize a manutenção de atos ou contratos
fundados em orientação jurídica superada, referido diploma determina a adoção de medidas
de modulação.

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b) descabida, eis que o referido diploma veio justamente alargar a margem de interpretação
administrativa in abstrato, esta que não deve levar em conta os efeitos concretos em
relação ao administrado.
c) impertinente, dado que referido diploma aplica-se às relações envolvendo a Administração
pública exclusivamente no que concerne à responsabilização dos agentes em caso de erro
grosseiro.
d) cabível, na medida em que o referido diploma veio a limitar a autotutela da Administração
apenas a situações que envolvam dolo, vedando a revisão de atos em que o referido elemento
subjetivo não esteja presente.
e) pertinente, em tese, eis que referida Lei veda a revisão da validade de ato ou contrato
que envolvam situações plenamente constituídas com base em mudança posterior de
orientação geral.

038. (FCC/TRT 14ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) Nos termos do Decreto-lei n.


4.657/1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), para eliminar irregularidade,
incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público, a autoridade
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização
de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso
com os interessados, observada a legislação aplicável. Referido compromisso
a) só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
b) buscará solução jurídica compatível com interesses individuais.
c) poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito
reconhecidos por orientação geral.
d) deverá prever com clareza as obrigações das partes e o prazo para seu cumprimento,
exceto sanções aplicáveis em caso de descumprimento, vez que estas últimas decorrem
de norma legal específica.
e) não será possível para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa
no caso de expedição de licença.

039. (FCC/MANAUSPREV/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2021) De acordo com as regras


estabelecidas na Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro, uma Lei Federal que não
seja temporária, salvo disposição contrária, começa a vigorar em todo o território brasileiro
a) quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, e segue em vigor até que seja
modificada ou revogada por uma lei posterior, e seus efeitos podem retroagir para afetar
a coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.
b) três meses depois de oficialmente publicada e segue em vigor até que seja modificada
ou revogada por uma lei posterior, mas seus efeitos não podem retroagir para afetar a
coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.

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c) no dia em que for oficialmente publicada e segue em vigor até que seja modificada ou
revogada por uma lei posterior, mas seus efeitos não podem retroagir para afetar a coisa
julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.
d) quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, e segue em vigor até que seja
modificada ou revogada por uma lei posterior, mas seus efeitos não podem retroagir para
afetar a coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.
e) três meses depois de oficialmente publicada e segue em vigor até que seja modificada
ou revogada por uma lei posterior, mas seus efeitos podem retroagir para afetar a coisa
julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.

040. (FCC/MANAUSPREV/TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO/2021) O Congresso Nacional aprovou,


em 2020, uma lei federal, que entrou em vigor na data de sua publicação. Posteriormente
o Congresso aprovou uma outra lei em 2021, que tratava sobre o mesmo assunto. Nesse
caso, de acordo com as regras estabelecidas na Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, a lei
a) nova somente revoga a anterior se regulamentar inteiramente a matéria que era tratada
pela lei anterior.
b) mais antiga continuará em vigor, mesmo naquilo que a lei nova lhe for contrária, salvo
se tiver sido expressamente revogada pela lei nova.
c) anterior sempre é revogada pela posterior, independentemente da especialidade ou
generalidade das suas disposições ou daquelas contidas na lei nova.
d) nova pode revogar a anterior no que lhe for contrária, ainda que tacitamente.
e) nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revoga

041. (FCC/TRT 14ª REGIÃO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2022) Considere as


afirmativas a seguir:
I – Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as
dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo
dos direitos dos administrados.
II – As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções
de mesma natureza e relativas ao mesmo fato.
III – A decisão administrativa que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre
norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de
direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou
condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e
sem prejuízo aos interesses gerais.

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IV – A revisão, na esfera administrativa, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou


norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações
gerais da época, sendo permitido que, com base em mudança posterior de orientação geral,
se declarem inválidas situações plenamente constituídas.
Nos termos do Decreto-lei n. 4.657/1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro),
está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

042. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) Ryan, inglês, em uma de suas viagens


a lazer pelo Brasil e pelo Estado do Espírito Santo, conheceu Perla, brasileira nata, e ambos
iniciaram relacionamento amoroso e casaram-se na cidade de Vitória, onde residiram
por cerca de dez anos e adquiriram um imóvel residencial de alto padrão e dois conjuntos
comerciais. Do relacionamento entre Ryan e Perla nasceram Pedro e Mariana, também na
cidade de Vitória. No mês de Janeiro de 2012 Ryan e Perla mudaram-se definitivamente
para a Inglaterra e, no mês de Julho, Ryan faleceu em decorrência de um infarto fulminante.
Neste caso, em regra, a sucessão de bens amealhados pelo casal e que estão no Brasil, será
regulada pela lei
a) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, independentemente de
eventual conteúdo favorável aos herdeiros da lei inglesa.
b) inglesa, tendo em vista a nacionalidade de Ryan.
c) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) inglesa, tendo em vista o local do falecimento de Ryan.
e) brasileira ou inglesa, cabendo aos herdeiros exercer a opção no momento da abertura
da sucessão.

043. (FCC/TCM GO/AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2015) Em relação à lei, é


correto afirmar:
a) Como regra geral, a lei revogada restaura-se por ter a lei revogadora perdido a vigência.
b) Como regra geral, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após sua publicação
oficial.
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
d) O desconhecimento da lei é justificativa legítima para seu descumprimento.
e) Quando a lei brasileira for admitida no exterior, sua vigência inicia-se seis meses depois
de oficialmente publicada.

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044. (FCC/AL RN/ASSESSOR TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/2013) No tocante à lei, sua


eficácia no tempo e modos de revogação,
a) se o legislador omitir-se em dizer quando a lei entrará em vigor, isto ocorrerá em trinta
dias no Brasil e em três meses no exterior.
b) a lei terá sempre vigência imediata e indeterminada.
c) a vigência de lei com prazo certo e determinado chama-se regra cronológica.
d) norma repristinatória é aquela que revoga a norma revogadora dando eficácia à norma
anteriormente revogada.
e) ab-rogação é a revogação parcial da norma jurídica; derrogação é sua revogação total.

045. (FCC/TRE SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A Lei nova “A” estabeleceu disposições


gerais a par das já existentes. A Lei nova “B” estabeleceu disposições especiais a par das já
existentes. Nestes casos, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
a) as Leis “A” e “B” não revogam e nem modificam a lei anterior.
b) as Leis “A” e “B” revogam e modificam a lei anterior.
c) apenas a Lei “B” revoga e modifica a lei anterior.
d) apenas a Lei “A” revoga e modifica a lei anterior.
e) as Leis “A” e “B” não revogam a lei anterior, mas a modificam.

046. (FCC/TRE AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) Considere:


I – A Lei X revogou expressamente a Lei Y. Salvo disposição em contrário, se a lei X perder
a sua vigência, a Lei Y será restaurada.
II – A Lei Z regulou inteiramente a matéria de que trata a lei anterior W. Neste caso, ocorreu
a revogação da Lei W.
III – A Lei H estabeleceu disposições gerais a par das já existentes na lei F. Neste caso, a Lei
H não revogou a lei anterior F.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, está correto o que se
afirma em
a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.

047. (FCC/TRT 23ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) Objetivando construir uma casa,


Cássio adquiriu terreno no qual existe um pequeno riacho. Depois da aquisição, entrou em
vigor lei proibindo a construção em terrenos urbanos nos quais haja qualquer tipo de curso
d’água. Referida lei possui efeito
a) imediato, atingindo Cássio, porque a lei de ordem pública se sobrepõe ao direito adquirido.

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b) retroativo, por tratar de meio ambiente, mas não atinge Cássio, porque a lei de ordem
pública não se sobrepõe ao direito adquirido.
c) imediato, atingindo Cássio, porque este não possui direito adquirido.
d) retroativo, por tratar de meio ambiente, atingindo Cássio, porque a lei de ordem pública
se sobrepõe ao direito adquirido.
e) imediato, mas não atinge Cássio, porque a lei de ordem pública não se sobrepõe ao direito
adquirido.

048. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ADVOGADO/2016) A Lei de Introdução às Normas


de Direito Brasileiro estabelece que a lei do país em que domiciliada a pessoa determina
as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de
família. Outrossim, estabelece que
I – Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei
do último domicílio conjugal.
II – O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, à do último domicílio conjugal.
III – O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou
consulares do país de ambos os nubentes.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) III.
e) I e III.

049. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2016) Alterada uma


lei, durante o prazo de vacatio legis da lei nova, aplica-se
a) o Código Civil, apenas
b) a lei alterada
c) a lei que for escolhida pelo Magistrado, de acordo com seu livre convencimento e poder
de arbítrio
d) a lei mais benéfica
e) a lei nova publicada antes da alteração

050. (FCC/SEGEP MA/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/2016) José cumpriu todos os requisitos


para a aposentação, inclusive o temporal. Contudo, apesar de poder se aposentar, optou
por continuar trabalhando. Passado algum tempo, entrou em vigência lei que ampliou o
prazo necessário à aposentação. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, referida lei possui efeito
a) retroativo e atingirá José, tendo em vista que o interesse público se sobrepõe sobre o particular.
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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
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b) imediato, e atingirá José, que possuía mera faculdade jurídica a se aposenta no prazo
da lei anterior.
c) imediato, e atingirá José, que possuía mera expectativa de direito a se aposentar no
prazo da lei anterior.
d) imediato, porém não atingirá José, porque a lei nova não revoga a anterior quando há
direitos adquiridos a serem resguardados.
e) imediato, porém não atingirá José, que tem direito adquirido a se aposentar no prazo
da lei anterior.

051. (FCC/PGE MT/ANALISTA/2016) Maria doou a Emília um vestido de noiva. Estipulou,


porém, que o bem somente seria entregue se e quando Emília casasse. Caso sobrevenha
lei nova, afetando o contrato, esta
a) atingirá o direito de Emília somente se tiver natureza cogente, pois a lei de ordem pública
possui efeito retroativo.
b) atingirá o direito de Emília, que possui mera expectativa de direito.
c) atingirá o direito de Emília, que possui mera faculdade jurídica.
d) atingirá o direito de Emília, pois, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, a lei nova tem efeito retroativo, atingindo as situações pendentes.
e) não atingirá o direito de Emília, pois a lei considera adquiridos os direitos sob condição
suspensiva, para fins de direito intertemporal.

052. (FCC/TJ AP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2014) De acordo com a Lei de Introdução às Normas


do Direito Brasileiro, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais de direito quando a lei
a) for injusta
b) for omissa
c) tiver caído em desuso
d) tiver sido revogada por outra que haja regulado inteiramente a matéria
e) ofender direito adquirido

053. (CESPE/CEBRASPE/MPC PA/ANALISTA MINISTERIAL CONTROLE EXTERNO/2019) De acordo


com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é cabível a responsabilização pessoal
de um agente público em razão de suas opiniões técnicas se ficar provada a existência de
a) dolo ou erro grosseiro.
b) dolo ou culpa.
c) negligência, imprudência ou imperícia.
d) erro grosseiro ou negligência.
e) má-fé ou culpa grave.

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054. (CESPE/CEBRASPE/PGE RO/PROCURADOR DO ESTADO/2022) Com base na Lei n.


13.655/2018, que incluiu, na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, disposições
acerca da segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público, assinale
a opção correta.
a) Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do
direito público, a autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico, desde que
presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados,
que poderá envolver transação quanto a sanções e créditos relativos ao passado e, ainda,
o estabelecimento de regime de transição.
b) Não mais se admitem, nas esferas administrativa, controladora e judicial, decisões
baseadas em valores jurídicos abstratos.
c) Na aplicação de sanções, serão considerados a natureza e a gravidade da infração cometida,
os danos dela provenientes para a administração pública, as circunstâncias, o comportamento
da vítima, a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente.
d) A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou
orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando este for indispensável
para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional,
equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.
e) Quando necessário por razões de segurança jurídica de interesse geral, o ente poderá propor
ação declaratória de validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa,
cuja sentença fará coisa julgada com eficácia erga omnes.

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GABARITO

1. d 35. e
2. e 36. a
3. d 37. e
4. d 38. a
5. a 39. d
6. e 40. d
7. a 41. d
8. d 42. c
9. b 43. c
10. e 44. d
11. a 45. a
12. a 46. e
13. a 47. c
14. a 48. d
15. c 49. b
16. a 50. e
17. b 51. e
18. a 52. b
19. b 53. a
20. d 54. d
21. b
22. d
23. a
24. c
25. b
26. a
27. b
28. d
29. a
30. e
31. c
32. a
33. b
34. a

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GABARITO COMENTADO

001. (FCC/DPE AM/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Fátima Aparecida, brasileira, viaja a Las


Vegas, a passeio. Vai a um cassino, no qual perde no jogo valor em dólares equivalente a
R$ 20.000,00. Volta ao Brasil sem pagar a dívida e é acionada judicialmente. Considerada a
legalidade da cobrança no país estrangeiro, aplica-se a lei
a) brasileira, por ser a devedora aqui domiciliada, analisando-se somente o conceito de
obrigação natural da dívida de jogo para ser ou não eficaz para a cobrança.
b) brasileira, pela inexistência de previsão de cabimento de leis estrangeiras às obrigações,
ainda que constituídas fora do país.
c) norte-americana, por se tratar de atividade legal naquele país, examinando-se no Brasil
somente os aspectos formais da constituição da obrigação, para ser eficaz a cobrança
judicial em nosso país.
d) norte-americana, no tocante ao direito material, uma vez que a obrigação foi constituída
nos Estados Unidos, examinando-se sua compatibilidade ou não com a lei brasileira no
exame dos conceitos de ordem pública, soberania e bons costumes.
e) brasileira, porque aplicar-se a lei estrangeira para obrigações contraídas por cidadã
brasileira infringiria a soberania nacional e os bons costumes.

Para responder esta questão veja o que dizem os artigos 9º e 17 da LINDB:

Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade,
não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os
bons costumes.

Assim, a cobrança de dívidas contraídas em países onde jogos de azar são legais pode ser
feita por meio de ação ajuizada pelo credor no Brasil, submetendo-se ao ordenamento
jurídico nacional. A cobrança pode ser feita no Brasil por causa do domicílio de Fátima,
apesar de a dívida ser constituída em Las Vegas, onde a exploração em cassinos é legal.
Ainda, mesmo que a dívida seja decorrente de cassino, tal fato não ofende a soberania
nacional, uma vez que a concessão de validade a negócio jurídico realizado no estrangeiro
não retira o poder do Estado em seu território e nem cria nenhuma forma de dependência
ou subordinação a outros Estados soberanos.
Por fim, com relação a ofensa da ordem pública, é importante mencionar que no Brasil é admitido
outros tipos de jogos de azar, como loterias e raspadinhas, e por esse motivo, considera-se
razoável o pedido de cobrança da dívida de cassino, outra modalidade de jogos de azar.
Letra d.

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002. (FCC/MPE PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2018) A sucessão por morte ou


ausência obedece à lei
a) brasileira, quanto aos bens situados no Brasil, se aqui abrir-se a sucessão, independentemente
do domicílio ou nacionalidade do defunto ou desaparecido.
b) da nacionalidade do defunto ou desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação
dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
c) do país em que se abriu a sucessão, mas a capacidade para suceder se regula pela lei
do domicílio do herdeiro, salvo se brasileiro, quanto aos bens situados no Brasil, se a lei
brasileira lhe for mais favorável, sendo então esta a aplicável.
d) do país em que se abrir a sucessão, mas a capacidade para suceder se regula pela lei da
nacionalidade do herdeiro.
e) do país em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza
e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros situados no Brasil será
regulada pela lei brasileira, em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem
os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

Veja o que diz a LINDB sobre este tema, caro(a) aluno(a), mais precisamente o artigo 10:

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei n. 9.047, de 1995)
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.

Letra e.

003. (FCC/SEFAZ SC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2018) Diante do advento de


uma nova lei que não apresente qualquer disposição a respeito do início de sua vigência,
a) haverá período de vacatio legis pelo prazo de noventa dias depois de oficialmente publicada.
b) não haverá período de vacatio legis, passando a lei a ter eficácia imediata.
c) a lei será nula, uma vez que a disposição a respeito da vacatio legis é requisito de validade
da lei.
d) haverá período de vacatio legis pelo prazo de quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada.
e) haverá período de vacatio legis pelo prazo de um ano depois de oficialmente publicada.

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Em consulta ao artigo 1º da LINDB você encontrará a resposta para esta questão:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.

Letra d.

004. (FCC/PREFEITURA DE CARUARU-PE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Em relação às


alterações promovidas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, em especial no
que se refere aos interesses difusos e coletivos de transparência, informação e participação
na gestão pública, é correto afirmar:
a) Na edição dos atos normativos, é vedada a órgão ou Poder Público realizar prévia consulta
pública para manifestação dos interessados, sendo autorizado, no entanto, a realização
posterior de audiências públicas para discussão de seus efeitos.
b) O agente público somente responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões
técnicas na comprovação de dolo.
c) A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, não poderá
impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes
do processo ou da conduta dos envolvidos.
d) Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.
e) A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou
orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito não terá, em qualquer hipótese, aplicação aos casos em
andamento.

Veja cada alternativa de acordo com a LINDB:


a) Errada.

Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade administrativa,
salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para
manifestação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada
na decisão.

b) Errada.

Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em
caso de dolo ou erro grosseiro.

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c) Errada.

Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá
impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do
processo ou da conduta dos envolvidos.

d) Certa.

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

e) Errada.

Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação


ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que
o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime
e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.

Letra d.

005. (FCC/TCE PI/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2014) Telma comprou bilhete


da loteria federal e foi contemplada com um prêmio de muitos milhões de reais. No entanto,
antes de receber o prêmio, sobreveio lei proibindo todo e qualquer tipo de jogo, incluindo os da
loteria federal, que eram permitidos à época em que Telma realizou a aposta. Neste caso, Telma
a) poderá exigir o recebimento do prêmio, em razão da proteção conferida ao direito
adquirido.
b) não poderá exigir o recebimento do prêmio, por se tratar de obrigação natural.
c) não poderá exigir o recebimento do prêmio, pois a lei nova tem efeito imediato, atingindo
as relações em curso.
d) poderá exigir o recebimento do prêmio apenas se a lei nova estiver no período de vacatio legis.
e) não poderá exigir o recebimento do prêmio, pois o jogo constitui prática imoral.

Se você ler atentamento o artigo 6º, §2º, encontrará a resposta para esta questão, caro(a)
aluno(a), uma vez que a lei nova foi posterior ao jogo e deve respeitar o direito adquirido:

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer,
como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.

Letra a.

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006. (FCC/TRT 18ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2014) Em relação à hierarquia, integração


e interpretação da lei, examine os enunciados seguintes:
I – A própria lei, prevendo a possibilidade de inexistir norma jurídica adequada ao caso
concreto, indica os meios de suprir a omissão, prescrevendo caber ao julgador decidir de
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
II – Nos meios de integração da norma em face de omissão da lei ao caso concreto, há rígida
hierarquia, não podendo o Juiz valer-se indistintamente da analogia, usos e costumes
ou princípios gerais de direito conforme seu critério discricionário, de oportunidade e
conveniência.
III – Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia não admitem o emprego da analogia, nem
a interpretação extensiva, pois dispõe a lei que são interpretados estritamente.
Está correto o que consta APENAS em
a) III.
b) I e II.
c) II e III.
d) II.
e) I e III.

Os itens I e II estão contidos na LINDB, artigos 4º e 5º, veja:

Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.
Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do
bem comum.

Portanto, o item I é correto e o II é incorreto. Quanto ao item III, a alternativa também é


CORRETA, veja o que disciplina o código civil sobre o tema:

Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.

Letra e.

007. (FCC/TCE CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO ATIVIDADE JURÍDICA/2015) Em caso de


conflito de leis no tempo, considera-se que o herdeiro, em relação aos bens de propriedade
de pessoa viva, possui
a) apenas expectativa de direito, que não se equipara a direito adquirido.
b) direito sob condição suspensiva, o qual se equipara a direito adquirido.
c) direito a termo, o qual se equipara a direito adquirido.
d) expectativa de direito qualificada, a qual se equipara a direito adquirido.
e) direito sob condição suspensiva, o qual não se equipara a direito adquirido.

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Cuidado nesta resposta caro(a) aluno(a)! Herança não tem termo inalterável e o herdeiro de
pessoa viva tem a expectativa de receber a herança, mas isso não garante que vai receber.
Veja o que diz o artigo 6º, §2º, da LINDB:

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-
estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.

Letra a.

008. (FCC/TJ PE/JUIZ SUBSTITUTO/2015) O negócio jurídico celebrado durante a vacatio


de uma lei que o irá proibir é
a) anulável, porque assim se considera aquele em que se verifica a prática de fraude.
b) nulo, por faltar licitude ao seu objeto.
c) inexistente, porque assim se considera aquele que tiver por objetivo fraudar lei imperativa.
d) válido, porque a lei ainda não está em vigor.
e) ineficaz, porque a convenção dos particulares não pode derrogar a ordem pública.

Para responder esta questão veja o que diz o artigo 6º, §1º, da LINDB:

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei
vigente ao tempo em que se efetuou.

Letra d.

009. (FCC/TJ SC/JUIZ SUBSTITUTO/2017) A sucessão por morte ou ausência obedece à


lei do país
a) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação
dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
b) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza
e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem
os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

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c) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão de bens de


estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável
a lei pessoal do de cujus.
d) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a
situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será sempre
regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge ou filhos brasileiros.
e) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja a natureza
e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem
os represente, em qualquer circunstância.

A resposta para esta questão você encontra no artigo 10 da LINDB:

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes
seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.

Letra b.

010. (FCC/TRE AP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Akira, japonês, faleceu no seu país de origem,
onde estava domiciliado, deixando filhos brasileiros e dois imóveis em Sergipe, em relação
aos quais, será aplicável à sucessão a lei
a) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, tendo em vista a nacionalidade
brasileira dos filhos de Akira.
b) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, pois é a lei aplicável quando
existirem bens imóveis em território nacional.
c) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, em razão de ser o último
domicílio do de cujus.
d) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, tendo em vista a
nacionalidade do de cujus.
e) brasileira, salvo se a lei do Japão for mais favorável aos filhos de Akira.

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Você vai usar o artigo 10, § 1º, para responder esta questão, pois a aplicação da lei brasileira
é que ocorre nesse caso, desde que a do Japão não seja a mais favorável, veja:

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes
seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

Letra e.

011. (FCC/MPE RN/ANALISTA/2012) Na tentativa de descobrir o princípio consagrado pelo


legislador, aquele que o investiga deverá seguir uma ordem. Nesta ordem, em último lugar
deverá o investigador pesquisar determinado princípio
a) no Direito em sua plenitude
b) no instituto que aborda a matéria
c) em todo o Direito Positivo
d) no Direito Público ou no Direito Privado
e) em vários institutos afins

Para responder esta questão você deve ver o que diz o artigo 4º da LINDB:

Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.
Portanto, para tentar descobrir o princípio consagrado, deve ser analisada todas as fontes do
direito.

Letra a.

012. (FCC/TRT 20ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) Com autorização de lei, a empresa


“Z” descarta resíduos sólidos em área próxima a uma represa. Se revogada a lei que autoriza
o descarte nesta área, a empresa “Z”
a) não poderá continuar a fazê-lo, pois a lei nova possui efeito imediato e a empresa “Z”
não tem direito adquirido, devendo adequar-se ao novo regime jurídico.
b) não poderá continuar a fazê-lo, pois, embora a empresa “Z” tenha direito adquirido, a
lei de ordem pública tem efeito retroativo.
c) poderá continuar a fazê-lo, pois a empresa “Z” tem direito adquirido, o qual obsta o
efeito imediato da lei nova.

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d) poderá continuar a fazê-lo, pois a empresa “Z” tem direito adquirido, o qual obsta o
efeito retroativo da lei nova.
e) não poderá continuar a fazê-lo, pois, de acordo com as Normas de Introdução às Leis
do Direito Brasileiro, a lei nova possui efeito retroativo, seja de ordem pública ou não, e a
empresa “Z” não tem direito adquirido, devendo adequar-se ao novo regime jurídico.

Preste atenção no enunciado da questão, pois neste caso a empresa Z tinha uma autorização
para descarte por lei, se revogada a lei cessa a autorização, mas isso não quer dizer que era
direito adquirido, era uma expectativa de direito. Quanto a revogação da lei veja o que diz
o artigo 6º da LINDB:

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.

Letra a.

013. (FCC/TRE SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) André adquiriu um terreno onde pretendia


construir uma fábrica de tintas. Na época da aquisição, não havia lei impedindo esta atividade
na região em que se localizava o terreno. Passado o tempo, porém, antes de André iniciar
qualquer construção, sobreveio lei impedindo o desenvolvimento de atividades industriais
naquela área, por razões ambientais. A lei tem efeito
a) imediato e atinge André, que não tem direito adquirido ao regime jurídico anterior a seu
advento.
b) retroativo e atinge André, por tratar de questão de ordem pública.
c) imediato, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídico anterior
a seu advento.
d) retroativo, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídico anterior
a seu advento.
e) retroativo mas não atinge André, por tratar de direito disponível.

Mais uma situação em que se aplica o artigo 6º da LINDB:

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.

Letra a.

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014. (FCC/TRT 24ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Sobre a Lei de Introdução às normas


do Direito Brasileiro, NÃO é requisito essencial para a sentença proferida no estrangeiro
ser executada no Brasil.
a) a homologação pelo Supremo Tribunal Federal.
b) a tradução por intérprete autorizado.
c) o trânsito em julgado para as partes.
d) a citação regular das partes ou verificação legal da ocorrência da revelia.
e) a prolação por juiz competente.

Em consulta ao artigo 15 da LINDB você encontrará a resposta para esta questão, caro(a)
aluno(a):
Art. 15, LINDB. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os
seguintes requisitos:
a) haver sido proferida por juiz competente;
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no
lugar em que foi proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

Portanto, segundo a LINDB não há necessidade de ter homologação do STF.


Letra a.

015. (FCC/DPE PR/DEFENSOR PÚBLICO/2017) Com base no Decreto-Lei n. 4.657/1942 − Lei


de Introdução às normas do Direito Brasileiro − LINDB, é correto afirmar:
a) As correções de texto, de qualquer natureza, ocorridas após a publicação da lei, não
interferem no termo a quo de sua vigência, na medida em que não se consideram lei nova
por não alterar seu conteúdo.
b) A despeito de ser executada no Brasil, a lei brasileira não será aplicada quando a obrigação
for constituída fora do país, pois, para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei
do país em que se constituírem.
c) Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada a pessoa. No
caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro domicílio conjugal regerá tanto
os casos de invalidade do matrimônio quanto o regime de bens.
d) Quando a lei estrangeira for aplicada a demanda judicial no Brasil, ter-se-á em vista
somente os dispositivos invocados pelas partes, inclusive eventuais remissões a outras leis.
e) Compete exclusivamente à autoridade judiciária estrangeira processar e julgar as ações
cujo réu possua domicílio no exterior ou cuja obrigação lá tenha de ser cumprida, ainda que
versadas sobre bens imóveis situados no Brasil.
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A resposta para esta questão você encontra na LINDB, veja item por item:
a) Errada.

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

b) Errada.

Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial,
será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos
extrínsecos do ato.

c) Certa.

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei
do primeiro domicílio conjugal.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

d) Errada.

Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-
se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.

e) Errada.

Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil
ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis
situados no Brasil.

Letra c.

016. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) João, nascido na Espanha, naturalizou-se


italiano, casou-se na França e estabeleceu domicílio único no Brasil, juntamente com sua
esposa. Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
serão definidas pela lei do Brasil as regras sobre
a) o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
b) a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o nome serão definidas
pela lei da Espanha.

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c) o nome, a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o começo e o


fim da personalidade serão definidas pela lei da Itália.
d) o começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade, enquanto as regras sobre os
direitos de família serão definidas pela lei da França.
e) o começo e o fim da personalidade, enquanto as regras sobre a capacidade serão definidas
pela lei da Itália.

O artigo 7º da LINDB tem a resposta para esta questão, veja:

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

Letra a.

017. (FCC/PROCON MA/FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR/2017) De acordo com a Lei de


Introdução às Normas do Direito Brasileiro
a) salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após
sua publicação oficial.
b) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
c) como regra geral, a lei revogada restaura-se quando a lei revogadora perder a vigência.
d) quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo com a vontade presumida do legislador
em face da realidade social.
e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revoga
ou modifica a lei anterior.

Esta está fácil não é mesmo? Veja o que diz o §4º do artigo 1º, aliás o próprio caput do
referido artigo diz que a alternativa “a” está errada:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.

Já a alternativa “b” apresenta-se correta, veja da LINDB: § 4º As correções a texto de lei já


em vigor consideram-se lei nova.
Letra b.

018. (FCC/TRT 21ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) De acordo com a Lei de Introdução


às normas do Direito Brasileiro, se a lei “A” for revogada pela “B”, e a lei “B” for revogada
pela lei “C”, a lei “A”
a) voltará a ter vigência somente se a lei “C” prever expressamente esse efeito.

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b) voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” não preveja expressamente esse efeito.
c) voltará a ter vigência desde que a lei “C” não vede expressamente esse efeito.
d) não voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” preveja expressamente esse efeito.
e) não voltará a ter vigência somente se a lei “C” disciplinar inteiramente a matéria que era
por ela regulada.

Para responder esta veja o que diz o §3º do artigo 2º da LINDB:


Art. 2º
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência.

Portanto, a lei “A” somente voltará a viger se a lei “C” tiver essa previsão de modo expresso.
Letra a.

019. (FCC/TRF 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Suponha que venha a ser editada,


sancionada e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil. Nesse caso, de acordo
com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, a nova lei começará a vigorar em
todo o País, salvo disposição em contrário,
a) 30 dias depois de oficialmente publicada.
b) 45 dias depois de oficialmente publicada.
c) 90 dias depois de oficialmente publicada.
d) 180 dias depois de oficialmente publicada.
e) na data da sua publicação oficial.

Esta questão está fácil não é mesmo caro(a) aluno(a)? Veja o que prevê o artigo 1º da LINDB:
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.

Letra b.

020. (FCC/TRT 6ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Ao dizer que, salvo disposição em


contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, a Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro está referindo-se à
a) anterioridade legal.
b) resilição.
c) retroação da lei.
d) repristinação.
e) sub-rogação.
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Esse fenômeno é o que a lei chama de repristinação e que você estudou na aula, que é o
instituto pelo qual se restabelece a vigência de uma lei revogada pela revogação da lei que
a tinha revogado.
Parece complicado, mas não é, veja o que dispõe a LINDB:
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue.
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência.

Letra d.

021. (FCC/PREFEITURA DE CARUARU-PE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) No tocante à


Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro,
a) a repristinação normativa é regra geral.
b) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
c) a lei começa a vigorar imediatamente após sua publicação oficial, salvo disposição contrária.
d) a lei posterior revoga a anterior somente se for com ela incompatível ou quando
expressamente o declare.
e) toda lei nacional destina-se à vigência indeterminada, vigorando até que outra a modifique ou
revogue, não se admitindo a edição de leis temporárias, em razão de sua natureza geral e abstrata.

Para responder esta questão veja o que diz a LINDB:


a) Errada. A repristinação não é regra geral:
Art. 2º
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência.

b) Certa. É o texto do §4º do artigo 1º:


§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

c) Errada. Existe o período do vacatio legis de 45 dias.


d) Errada Veja a LINDB:
Art. 2º
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

e) Errada. A LINDB admite a edição de leis temporárias.


Letra b.

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022. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2018) A Lei de Introdução


às Normas de Direito Brasileiro estabelece que a lei do país em que domiciliada a pessoa
determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os
direitos de família. Outrossim, estabelece que
I – Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei
do último domicílio conjugal.
II – O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, à do último domicílio conjugal.
III – O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou
consulares do país de ambos os nubentes.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) III.
e) I e III.

Se você consultar o artigo 7º, § 2º, 3º e 4º, encontrará a resposta para esta questão:

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou
consulares do país de ambos os nubentes.
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do
primeiro domicílio conjugal.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

Letra d.

023. (FCC/MPE PE/PROMOTOR DE JUSTIÇA E PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2022) De


acordo com o que disciplina o ordenamento jurídico em relação à vigência de lei brasileira,
considere as assertivas abaixo:
I – Constitui regra obrigatória que a vigência de lei brasileira se inicia com a sanção.
II – Não há vedação para que lei brasileira, em seu texto, estabeleça sua vigência imediata.
III – A lei brasileira, em regra, terá efeito imediato e geral no território nacional, após 45
dias da sua publicação oficial.
IV – A lei brasileira, em regra, terá efeito imediato e geral nos estados estrangeiros, após
60 dias da sua publicação oficial.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e III.
b) I e IV.
c) I e II.
d) III e IV.
e) I e III.

A resposta desta questão você encontra no artigo 1º da LINDB caro(a) aluno(a), veja:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.
§ 1º Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três
meses depois de oficialmente publicada.
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção,
o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

Letra a.

024. (FCC/PGE AM/PROCURADOR DO ESTADO DA 3ª CLASSE/2022) O Decreto-Lei n.


4.657/1942, com a redação dada pela Lei n. 3.283/1957, dispõe: Art. 6º − a lei em vigor
terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa
julgada. Esta regra
a) é contraditória, devendo prevalecer apenas a segunda parte por força de disposição
constitucional que assegura o respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à
coisa julgada.
b) não é contraditória, mas foi derrogada pela Constituição Federal de 1988 que apenas
dispôs sobre o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
c) não é contraditória, porque dispõe, respectivamente, sobre as partes posteriores dos
fatos pendentes e sobre a preservação dos direitos incorporados ao patrimônio do sujeito,
antes da superveniência de outra lei sobre o mesmo objeto.
d) perdeu o suporte de validade em virtude da superveniência da Constituição Federal de
1988, que desacolheu o princípio do efeito imediato da lei.
e) regula o direito intertemporal diversamente do que veio a estabelecer a Constituição Federal
de 1988 e foi tacitamente revogada, porque o texto constitucional regulou integralmente
a matéria de que a regra infraconstitucional tratava.

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Para responder esta questão você deve consultar o que diz o artigo 6º da LINDB:

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se
efetuou.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer,
como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.

Letra c.

025. (FCC/TRT 22ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) De acordo com a Lei de Introdução


às Normas do Direito Brasileiro, quando a lei for omissa, o Juiz decidirá o caso
a) segundo as normas do direito estrangeiro.
b) de acordo com a analogia, com os costumes e com os princípios gerais de direito.
c) por equidade.
d) por equanimidade.
e) pelas máximas da experiência.

O artigo 4º da LINDB é bem claro quanto a este tema:

Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.

Letra b.

026. (FCC/TRT 22ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2022) A Lei n. 13.655/2018 introduziu


disposições na Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei n. 4.657/1942)
que visam promover maior segurança jurídica e eficiência na criação e aplicação do direito
público, dentre as quais:
a) a interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as
dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo
dos direitos dos administrados.
b) A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa sempre terá efeito ex tunc.

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c) A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato,


contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado
levará em conta a evolução da interpretação jurídica dada à matéria, vedada a manutenção
de ato praticado em desacordo às novas orientações.
d) As circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do
agente serão consideradas apenas para fins de mitigação de sanções a ele aplicáveis.
e) Na esfera administrativa é vedado decidir com base em valores abstratos.

Para responder esta questão veja o que o artigo 22 prevê, caro(a) aluno(a):
a) Certa. Veja o que diz a LINDB:

Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos
e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem
prejuízo dos direitos dos administrados.
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo
ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto,
limitado ou condicionado a ação do agente.
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida,
os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes do agente.
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções
de mesma natureza e relativas ao mesmo fato.

b) Errada. Não há na LINDB trecho que se reporta a eficácia da decisão, veja:

Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso
suas consequências jurídicas e administrativas.

c) Errada. Não é levado em conta a evolução, mas sim as orientações gerais da época. Ainda,
veda-se a mudança posterior de orientação geral que sejam declaradas inválidas situações
plenamente constituídas, veja:

Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará
em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior
de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas.

d) Errada. A questão faz uma confusão com o que contem no artigo 22 e no §1º, veja:

Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e
as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo
dos direitos dos administrados.

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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
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§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo


ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto,
limitado ou condicionado a ação do agente.

e) Errada. A lei também traz no artigo 20 a necessidade de se considerar as consequências


práticas da decisão, veja:

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

Letra a.

027. (FCC/SEFAZ AP/AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL/2022) A lei


a) terá vigor até que outra a modifique ou revogue, ou caia em desuso.
a) nova não revoga nem modifica a lei anterior no caso de estabelecer disposições especiais
a par das já existentes.
a) começa a vigorar em todo o país noventa dias depois de oficialmente publicada, salvo
disposição contrária.
d) cujo texto for modificado antes de entrar em vigor tem o prazo de vacatio legis estendido
em quinze dias.
e) posterior só revoga a anterior quando expressamente o declare.

O artigo 2º da LINDB tem a resposta para esta questão, caro(a) aluno(a):

Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue.
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga
nem modifica a lei anterior.
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência.

Letra b.

028. (FCC/SEFAZ AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2022) De acordo com a Lei de introdução


às Normas do Direito Brasileiro, o agente público
a) não responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas, nem mesmo em
caso de dolo ou de culpa grave.
b) responderá pessoalmente por suas decisões, em caso de dolo ou erro grosseiro, mas não
responderá, em nenhuma hipótese, por meras opiniões técnicas.

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c) responderá pessoalmente por suas decisões apenas em caso de dolo, podendo responder
por suas opiniões técnicas somente em caso de erro grosseiro.
d) responderá pessoalmente por suas decisões e opiniões técnicas em caso de dolo ou erro
grosseiro.
e) responderá pessoalmente por opiniões técnicas em caso de dolo, mas não responderá,
em nenhuma hipótese, por suas decisões.

Para responder esta questão consulte o artigo 28 da LINDB:

Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas
em caso de dolo ou erro grosseiro.

Letra d.

029. (FCC/SEFAZ PE/AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL/2022) De acordo com Lei de


Introdução às Normas do Direito Brasileiro, as regras sobre o começo e o fim da personalidade,
o nome, a capacidade e os direitos de família são ordinariamente determinadas segundo
a lei do país onde a pessoa
a) for domiciliada
b) tiver nascido
c) se encontrar, ainda que a título transitório
d) tiver morrido
e) tiver registrado o seu assento de nascimento, mesmo que nascida em outro país.

O artigo 7º da LINDB tem a resposta para esta questão.

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim
da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

Letra a.

030. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO


MUNICIPAL/2019) No tocante à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é
correto afirmar:
a) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das existentes, revoga
ou modifica a lei anterior.
b) Em nosso ordenamento jurídico, a revogação de uma lei deve ser sempre expressa.
c) As correções a texto de lei já em vigor referem-se à própria norma, não se considerando
lei nova.

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d) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após
sua publicação oficial.
e) Embora não seja a regra geral, é possível haver repristinação legal, desde que haja
disposição expressa nesse sentido.

Essa está fácil não é mesmo? É para você memorizar e gabaritar, veja o que prevê o artigo
2º, §3º, da LINDB

Art. 2º
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência.

Letra e.

031. (FCC/TRE PB/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2015) Considere:


I – As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
II – Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia
seis meses depois de oficialmente publicada.
III – Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a vigência.
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto o que se
afirma APENAS em
a) II e III
b) I e II
c) I
d) I e III
e) III

I – Certo. A única opção correta é a I, de acordo com o que prevê o art. 1º, § 4º, veja:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

II – Errado. A LINDB prevê no §1º do artigo o prazo de três meses.


III – Errado Trata-se de exceção na LINDB:

Art. 2º
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência.

Letra c.

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032. (FCC/PGE GO/PROCURADOR DO ESTADO SUBSTITUTO/2021) Com a edição da Lei Federal


n. 13.655/2018, que alterou o Decreto-lei n. 4.657/1942 (Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro), o controle externo dos atos da Administração pública
a) passou a, expressamente, dever considerar as consequências práticas das decisões
proferidas nesse âmbito, assim como demonstrar a necessidade e adequação das medidas
impostas, embora o princípio da proporcionalidade e a motivação dos atos já informassem
aquela atuação.
b) continua abrangendo a possibilidade de imposição de sanção aos agentes públicos,
inovando, no entanto, no que se refere a dosimetria da pena, que passou a admitir a
aplicação de sanção não positivada, além de considerar a natureza e gravidade da infração.
c) passou a levar em consideração as consequências práticas das decisões administrativas,
não havendo que se falar em anulação ou nulidade de atos administrativos que não tenham
gerado prejuízo ao erário.
d) continua a ser exercido nas mesmas circunstâncias, passando a responsabilidade do
agente público, no entanto, a apenas ter lugar nas hipóteses de conduta dolosa.
e) passou a abranger a possibilidade de sustação e declaração de nulidade de atos e contratos
administrativos diretamente pelos Tribunais de Contas, sempre que restar evidenciado
prejuízo ao erário ou erro grosseiro por parte do agente público.

Veja o que prevê o artigo 20 da LINDB sobre este assunto:

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta
ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face
das possíveis alternativas.

Letra a.

033. (FCC/MANAUSPREV/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2021) A Lei Federal n. 13.655/2018,


ao inserir na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei n.
4.657/1942) dispositivos sobre a aplicação do direito público, teve por efeito alterar
significativamente a teoria
a) da aparência, uma vez que afastou a convalidação de atos administrativos que tenham
sido praticados por agentes incompetentes.
b) da nulidade dos atos administrativos, ampliando a possibilidade de estabilização dos
efeitos de atos inválidos, recomendando a adoção de solução proporcional e equânime aos
sujeitos atingidos pela invalidação.

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c) dos motivos determinantes, na medida em que desvinculou os fundamentos da decisão


administrativa ao controle de sua validade jurídica.
d) da imputação volitiva, na medida em que afasta a responsabilidade estatal, quando o
agente tiver atuado com dolo ou erro grosseiro.
e) da autotutela, uma vez que impede a invalidação administrativa dos atos que repercutirem
na esfera patrimonial de terceiros.

Com certeza a LINDB foi alterada em face da nulidade dos atos administrativos, veja o que
diz o artigo 21 da LINDB:

Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso
suas consequências jurídicas e administrativas.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso,
indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e
sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou
perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos.

Letra b.

034. (FCC/SEFAZ SC/ANALISTA DA RECEITA ESTADUAL/2021) A vigência e os conflitos entre


as leis, no tempo, são disciplinados pela chamada Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro (Decreto-Lei n. 4.657/1942). De acordo com esse diploma, a lei nova que estabeleça
disposições gerais ou especiais a par das já existentes
a) não modifica nem revoga a lei anterior.
b) revoga e modifica a lei anterior.
c) revoga, mas não modifica a lei anterior.
d) não revoga, mas modifica a lei anterior.
e) revoga ou, alternativamente, apenas modifica a lei anterior.

Para responder esta questão veja o que prevê o § 2º do artigo 2º da LINDB:

Art. 2º
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga
nem modifica a lei anterior.

Letra a.

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035. (FCC/TRT 22ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) De acordo com a Lei de Introdução


às Normas do Direito Brasileiro, a lei nova
a) só revoga a anterior se regular inteiramente a matéria.
b) começa a viger, salvo disposição em contrário, na data de sua publicação.
c) possui, em regra, efeitos repristinatórios.
d) sempre revoga a anterior, se tiverem o mesmo objeto.
e) tem efeitos prospectivos limitados pela proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico
perfeito e à coisa julgada.

A lei citada no enunciado da questão em seu artigo 6º diz que:


Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer,
como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.

Letra e.

036. (FCC/SEFAZ AP/AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL/2022) Na esfera administrativa,


a revisão da validade de ato cuja produção já se houver completado levará em conta as
orientações gerais
a) da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se
declarem inválidas situações plenamente constituídas.
b) vigentes ao tempo da revisão, mesmo que diferentes daquelas aplicáveis à época do ato,
podendo-se declarar inválidas situações plenamente constituídas com base em mudança
de orientação geral ocorrida posteriormente ao ato.
c) da época, podendo-se declarar inválidas situações plenamente constituídas com base em
mudança de orientação geral ocorrida posteriormente ao ato, desde que inexista prejuízo
ou os prejudicados sejam indenizados.
d) vigentes ao tempo da revisão, mesmo que diferentes daquelas aplicáveis à época do
ato, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem
inválidas situações plenamente constituídas, salvo se a orientação anterior passar a ser
reputada inadmissível pela jurisprudência majoritária.
e) vigentes à época ou ao tempo da revisão, desde que adotado entendimento idêntico em
relação a todos aqueles que estejam na mesma situação, podendo-se declarar inválidas
situações plenamente constituídas com base em mudança de orientação geral ocorrida
somente quando a lei nova assim autorizar.
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Em consulta a LINDB, mais precisamente ao artigo 24 você encontrará a resposta para esta
questão, veja:
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará
em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior
de orientação geral, se declarem inválidas situações Plenamente Constituídas.
Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas
em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e
ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.

Letra a.

037. (FCC/TRT 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) Suponha que o órgão jurídico de


determinado ente público tenha proferido parecer opinando pela legalidade de aditivo
contratual, celebrado em função do reconhecimento de obrigação legal do contratante
público em reestabelecer a equação econômico financeira original do contrato. Com base
em tal aditivo, que previa um determinado fluxo de pagamentos futuros, o particular
contraiu financiamento bancário para executar suas obrigações contratuais. Ocorre que o
órgão jurídico da entidade alterou seu entendimento geral quanto à aplicação das hipóteses
legais que determinam o reequilíbrio, o que levou a entidade a anunciar a intenção de anular
todos os aditivos fundados na orientação jurídica superada. O contratado, por seu turno,
invocou em seu benefício os preceitos da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro (LINDB).
Tal invocação mostra-se
a) parcialmente cabível, pois, embora não autorize a manutenção de atos ou contratos
fundados em orientação jurídica superada, referido diploma determina a adoção de medidas
de modulação.
b) descabida, eis que o referido diploma veio justamente alargar a margem de interpretação
administrativa in abstrato, esta que não deve levar em conta os efeitos concretos em
relação ao administrado.
c) impertinente, dado que referido diploma aplica-se às relações envolvendo a Administração
pública exclusivamente no que concerne à responsabilização dos agentes em caso de erro
grosseiro.
d) cabível, na medida em que o referido diploma veio a limitar a autotutela da Administração
apenas a situações que envolvam dolo, vedando a revisão de atos em que o referido elemento
subjetivo não esteja presente.
e) pertinente, em tese, eis que referida Lei veda a revisão da validade de ato ou contrato
que envolvam situações plenamente constituídas com base em mudança posterior de
orientação geral.

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Para responder esta questão veja o que prevê o artigo 24 da LINDB:

Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará
em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior
de orientação geral, se declarem inválidas situações Plenamente Constituídas.
Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas
em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e
ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.

Letra e.

038. (FCC/TRT 14ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) Nos termos do Decreto-lei n.


4.657/1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), para eliminar irregularidade,
incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público, a autoridade
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização
de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso
com os interessados, observada a legislação aplicável. Referido compromisso
a) só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
b) buscará solução jurídica compatível com interesses individuais.
c) poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito
reconhecidos por orientação geral.
d) deverá prever com clareza as obrigações das partes e o prazo para seu cumprimento,
exceto sanções aplicáveis em caso de descumprimento, vez que estas últimas decorrem
de norma legal específica.
e) não será possível para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa
no caso de expedição de licença.

Em consulta a Lei citada no enunciado da questão, mais precisamente no artigo 26 você


encontra a resposta caro(a) aluno(a):

Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do
direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá,
após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes
razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a
legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:
I – buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses
gerais:

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II – (VETADO);
III – não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito
reconhecidos por orientação geral;
IV – deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as
sanções aplicáveis em caso de descumprimento.

Letra a.

039. (FCC/MANAUSPREV/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2021) De acordo com as regras


estabelecidas na Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro, uma Lei Federal que não
seja temporária, salvo disposição contrária, começa a vigorar em todo o território brasileiro
a) quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, e segue em vigor até que seja
modificada ou revogada por uma lei posterior, e seus efeitos podem retroagir para afetar
a coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.
b) três meses depois de oficialmente publicada e segue em vigor até que seja modificada
ou revogada por uma lei posterior, mas seus efeitos não podem retroagir para afetar a
coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.
c) no dia em que for oficialmente publicada e segue em vigor até que seja modificada ou
revogada por uma lei posterior, mas seus efeitos não podem retroagir para afetar a coisa
julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.
d) quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, e segue em vigor até que seja
modificada ou revogada por uma lei posterior, mas seus efeitos não podem retroagir para
afetar a coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.
e) três meses depois de oficialmente publicada e segue em vigor até que seja modificada
ou revogada por uma lei posterior, mas seus efeitos podem retroagir para afetar a coisa
julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.

Para responder esta questão você precisa consultar o artigo 1º, o §1º do artigo 2º e o artigo
6º da legislação citada no enunciado:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.
Art. 2º, § 1º - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja
com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.

Letra d.

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040. (FCC/MANAUSPREV/TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO/2021) O Congresso Nacional aprovou,


em 2020, uma lei federal, que entrou em vigor na data de sua publicação. Posteriormente
o Congresso aprovou uma outra lei em 2021, que tratava sobre o mesmo assunto. Nesse
caso, de acordo com as regras estabelecidas na Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, a lei
a) nova somente revoga a anterior se regulamentar inteiramente a matéria que era tratada
pela lei anterior.
b) mais antiga continuará em vigor, mesmo naquilo que a lei nova lhe for contrária, salvo
se tiver sido expressamente revogada pela lei nova.
c) anterior sempre é revogada pela posterior, independentemente da especialidade ou
generalidade das suas disposições ou daquelas contidas na lei nova.
d) nova pode revogar a anterior no que lhe for contrária, ainda que tacitamente.
e) nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revoga

Se você consultar o artigo 2º da LINDB encontrará a resposta para a questão:

Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue.
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga
nem modifica a lei anterior.
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência.

Letra d.

041. (FCC/TRT 14ª REGIÃO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2022) Considere as


afirmativas a seguir:
I – Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as
dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo
dos direitos dos administrados.
II – As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções
de mesma natureza e relativas ao mesmo fato.
III – A decisão administrativa que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre
norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de
direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou
condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e
sem prejuízo aos interesses gerais.

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IV – A revisão, na esfera administrativa, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou


norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações
gerais da época, sendo permitido que, com base em mudança posterior de orientação geral,
se declarem inválidas situações plenamente constituídas.
Nos termos do Decreto-lei n. 4.657/1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro),
está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

Se você consultar a LINDB achará a resposta para as alternativas, veja:


I – Certo.

Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e
as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo
dos direitos dos administrados.

II – Certo.

Art. 22 § 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais
sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato atenuantes e os antecedentes do agente.

III – Certo.

Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação


ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que
o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e
eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.

IV – Errado.

Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará
em conta as orientações gerais da época, sendo vedado (PROIBIDO) que, com base em mudança
posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas.

Letra d.

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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Diego Tonial

042. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) Ryan, inglês, em uma de suas viagens


a lazer pelo Brasil e pelo Estado do Espírito Santo, conheceu Perla, brasileira nata, e ambos
iniciaram relacionamento amoroso e casaram-se na cidade de Vitória, onde residiram
por cerca de dez anos e adquiriram um imóvel residencial de alto padrão e dois conjuntos
comerciais. Do relacionamento entre Ryan e Perla nasceram Pedro e Mariana, também na
cidade de Vitória. No mês de Janeiro de 2012 Ryan e Perla mudaram-se definitivamente
para a Inglaterra e, no mês de Julho, Ryan faleceu em decorrência de um infarto fulminante.
Neste caso, em regra, a sucessão de bens amealhados pelo casal e que estão no Brasil, será
regulada pela lei
a) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, independentemente de
eventual conteúdo favorável aos herdeiros da lei inglesa.
b) inglesa, tendo em vista a nacionalidade de Ryan.
c) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) inglesa, tendo em vista o local do falecimento de Ryan.
e) brasileira ou inglesa, cabendo aos herdeiros exercer a opção no momento da abertura
da sucessão.

O artigo 10 da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro prevê que:

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.

Letra c.

043. (FCC/TCM GO/AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2015) Em relação à lei, é


correto afirmar:
a) Como regra geral, a lei revogada restaura-se por ter a lei revogadora perdido a vigência.
b) Como regra geral, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após sua publicação
oficial.
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
d) O desconhecimento da lei é justificativa legítima para seu descumprimento.
e) Quando a lei brasileira for admitida no exterior, sua vigência inicia-se seis meses depois
de oficialmente publicada.

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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
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Em consulta ao artigo 1º, § 4º, você encontrará a resposta para esta questão:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

Letra c.

044. (FCC/AL RN/ASSESSOR TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/2013) No tocante à lei, sua


eficácia no tempo e modos de revogação,
a) se o legislador omitir-se em dizer quando a lei entrará em vigor, isto ocorrerá em trinta
dias no Brasil e em três meses no exterior.
b) a lei terá sempre vigência imediata e indeterminada.
c) a vigência de lei com prazo certo e determinado chama-se regra cronológica.
d) norma repristinatória é aquela que revoga a norma revogadora dando eficácia à norma
anteriormente revogada.
e) ab-rogação é a revogação parcial da norma jurídica; derrogação é sua revogação total.

a) Errada. O prazo para o Brasil é de 45 dias, conforme caput do art. 1º da LINDB.


b) Errada. A vigência da lei somente se inicia depois de oficialmente publicada, vide caput
do art. 1º da LINDB.
c) Errada. Chama-se vigência temporária, veja a LINDB:

Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

d) Certa. Em consulta ao artigo 2º, § 3º, da LINDB você encontrará a resposta para esta
questão caro(a) aluno(a):

Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência.

e) Errada. A questão inverteu os conceitos.


Letra d.

045. (FCC/TRE SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A Lei nova “A” estabeleceu disposições


gerais a par das já existentes. A Lei nova “B” estabeleceu disposições especiais a par das já
existentes. Nestes casos, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
a) as Leis “A” e “B” não revogam e nem modificam a lei anterior.

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b) as Leis “A” e “B” revogam e modificam a lei anterior.


c) apenas a Lei “B” revoga e modifica a lei anterior.
d) apenas a Lei “A” revoga e modifica a lei anterior.
e) as Leis “A” e “B” não revogam a lei anterior, mas a modificam.

Em consulta a legislação citada no enunciado da questão, mais precisamente no § 2º do


artigo 2º você encontrará a resposta:

Art. 2º
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga
nem modifica a lei anterior.

Letra a.

046. (FCC/TRE AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) Considere:


I – A Lei X revogou expressamente a Lei Y. Salvo disposição em contrário, se a lei X perder
a sua vigência, a Lei Y será restaurada.
II – A Lei Z regulou inteiramente a matéria de que trata a lei anterior W. Neste caso, ocorreu
a revogação da Lei W.
III – A Lei H estabeleceu disposições gerais a par das já existentes na lei F. Neste caso, a Lei
H não revogou a lei anterior F.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, está correto o que se
afirma em
a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.

Em consulta a LINDB você achará as respostas para cada alternativa, veja:


I – Errado.

Art. 2º § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se


restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

II – Certo.

Art. 2º § 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

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III – Certo.
Art. 2º § 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,
não revoga nem modifica a lei anterior.

Letra e.

047. (FCC/TRT 23ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) Objetivando construir uma casa,


Cássio adquiriu terreno no qual existe um pequeno riacho. Depois da aquisição, entrou em
vigor lei proibindo a construção em terrenos urbanos nos quais haja qualquer tipo de curso
d’água. Referida lei possui efeito
a) imediato, atingindo Cássio, porque a lei de ordem pública se sobrepõe ao direito adquirido.
b) retroativo, por tratar de meio ambiente, mas não atinge Cássio, porque a lei de ordem
pública não se sobrepõe ao direito adquirido.
c) imediato, atingindo Cássio, porque este não possui direito adquirido.
d) retroativo, por tratar de meio ambiente, atingindo Cássio, porque a lei de ordem pública
se sobrepõe ao direito adquirido.
e) imediato, mas não atinge Cássio, porque a lei de ordem pública não se sobrepõe ao direito
adquirido.

Em consulta ao artigo 6º, § 2º, da LINDB você encontra a resposta:


Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer,
como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.

Cassio não possui direito adquirido, uma vez que o riacho já existia antes de a lei nova entrar
em vigor e também pelo fato de, na alterativa, não mencionar que Cassio teria algum direito
sobre a possibilidade de construção em locais com curso de água.
Letra c.

048. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ADVOGADO/2016) A Lei de Introdução às Normas


de Direito Brasileiro estabelece que a lei do país em que domiciliada a pessoa determina
as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de
família. Outrossim, estabelece que
I – Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei
do último domicílio conjugal.
II – O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, à do último domicílio conjugal.
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III – O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou


consulares do país de ambos os nubentes.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) III.
e) I e III.

As respostas para as alternativas estão contidas no artigo 7º da LINDB:


I – Errado.
Art. 7º § 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio
a lei do primeiro domicílio conjugal.

II – Errado.
Art. 7º § 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

III – Certo.
Art. 7º § 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas
ou consulares do país de ambos os nubentes.

Letra d.

049. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2016) Alterada uma


lei, durante o prazo de vacatio legis da lei nova, aplica-se
a) o Código Civil, apenas
b) a lei alterada
c) a lei que for escolhida pelo Magistrado, de acordo com seu livre convencimento e poder
de arbítrio
d) a lei mais benéfica
e) a lei nova publicada antes da alteração

Fácil esta não é mesmo? Veja o § 3º do artigo 1º da LINDB:


Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a
correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

Letra b.

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050. (FCC/SEGEP MA/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/2016) José cumpriu todos os requisitos


para a aposentação, inclusive o temporal. Contudo, apesar de poder se aposentar, optou
por continuar trabalhando. Passado algum tempo, entrou em vigência lei que ampliou o
prazo necessário à aposentação. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, referida lei possui efeito
a) retroativo e atingirá José, tendo em vista que o interesse público se sobrepõe sobre o
particular.
b) imediato, e atingirá José, que possuía mera faculdade jurídica a se aposenta no prazo
da lei anterior.
c) imediato, e atingirá José, que possuía mera expectativa de direito a se aposentar no
prazo da lei anterior.
d) imediato, porém não atingirá José, porque a lei nova não revoga a anterior quando há
direitos adquiridos a serem resguardados.
e) imediato, porém não atingirá José, que tem direito adquirido a se aposentar no prazo
da lei anterior.

Para responder esta questão consulte o artigo 6º da LINDB:

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.

Letra e.

051. (FCC/PGE MT/ANALISTA/2016) Maria doou a Emília um vestido de noiva. Estipulou,


porém, que o bem somente seria entregue se e quando Emília casasse. Caso sobrevenha
lei nova, afetando o contrato, esta
a) atingirá o direito de Emília somente se tiver natureza cogente, pois a lei de ordem pública
possui efeito retroativo.
b) atingirá o direito de Emília, que possui mera expectativa de direito.
c) atingirá o direito de Emília, que possui mera faculdade jurídica.
d) atingirá o direito de Emília, pois, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, a lei nova tem efeito retroativo, atingindo as situações pendentes.
e) não atingirá o direito de Emília, pois a lei considera adquiridos os direitos sob condição
suspensiva, para fins de direito intertemporal.

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Nesta questão você acha a resposta no §2º do artigo 6º da LINDB:

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer,
como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.

Letra e.

052. (FCC/TJ AP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2014) De acordo com a Lei de Introdução às Normas


do Direito Brasileiro, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais de direito quando a lei
a) for injusta
b) for omissa
c) tiver caído em desuso
d) tiver sido revogada por outra que haja regulado inteiramente a matéria
e) ofender direito adquirido

Você encontra a resposta para esta questão no artigo 4º da LINDB, caro(a) aluno(a):

Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.

Letra b.

053. (CESPE/CEBRASPE/MPC PA/ANALISTA MINISTERIAL CONTROLE EXTERNO/2019) De acordo


com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é cabível a responsabilização pessoal
de um agente público em razão de suas opiniões técnicas se ficar provada a existência de
a) dolo ou erro grosseiro.
b) dolo ou culpa.
c) negligência, imprudência ou imperícia.
d) erro grosseiro ou negligência.
e) má-fé ou culpa grave.

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Veja o que diz a LINDB no que se refere à responsabilidade pessoal dos agentes públicos,
caro(a) aluno(a):

Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em
caso de dolo ou erro grosseiro.

Letra a.

054. (CESPE/CEBRASPE/PGE RO/PROCURADOR DO ESTADO/2022) Com base na Lei n. 13.655/2018,


que incluiu, na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, disposições acerca da segurança
jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público, assinale a opção correta.
a) Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do
direito público, a autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico, desde que
presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados,
que poderá envolver transação quanto a sanções e créditos relativos ao passado e, ainda,
o estabelecimento de regime de transição.
b) Não mais se admitem, nas esferas administrativa, controladora e judicial, decisões
baseadas em valores jurídicos abstratos.
c) Na aplicação de sanções, serão considerados a natureza e a gravidade da infração cometida,
os danos dela provenientes para a administração pública, as circunstâncias, o comportamento
da vítima, a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente.
d) A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou
orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando este for indispensável
para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional,
equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.
e) Quando necessário por razões de segurança jurídica de interesse geral, o ente poderá propor
ação declaratória de validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa,
cuja sentença fará coisa julgada com eficácia erga omnes.

Analise as alternativas em consulta ao que diz a Lei de Introdução às Normas do Direito


Brasileiro caro(a) aluno(a):
a) Errada. Conforme o artigo 26 da LINDB:

Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do
direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá,
após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes
razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a
legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.

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b) Errada. De acordo com o art. 20 da LINDB:

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

c) Errada. Conforme artigo 22, § 2º, da LINDB:

Art. 22
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida,
os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes do agente.

d) Certa. De acordo com o art. 23 da LINDB:

Art. 23 A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação


ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que
o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e
eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.

e) Errada. A redação fazia parte do projeto de lei, mas foi vetado com a justificativa de que
tal previsão poderia acarretar excessiva demanda judicial injustificada.
Letra d.

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