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Nele foi inserido títulos em cada artigo, para facilitar a sua compreensão, e
marcações das partes mais importantes.
Além disso, nos dispositivos mais importantes para a prova da PM BA, constam
algumas explicações para facilitar a compreensão do aluno.
Bons estudos
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS................................................................................................................ 5
DO CRIME ............................................................................................................................................. 6
DO IMPUTABILIDADE PENAL......................................................................................................... 16
CONCURSO DE PESSOAS...................................................................... Erro! Indicador não definido.
CRIMES CONTRA A PESSOA ........................................................................................................... 18
Dos crimes contra a vida ................................................................................................................. 18
Das lesões corporais ......................................................................................................................... 24
Da rixa.................................................................................................................................................. 30
Dos crimes contra a liberdade pessoal ........................................................................................ 30
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ................................................................................................ 32
Do furto ............................................................................................................................................... 32
Do roubo e da extorsão ................................................................................................................... 37
Da apropriação indébita.................................................................................................................. 43
Da Receptação ................................................................................................................................... 45
CRIMES CONTRA DIGNIDADE SEXUAL........................................................................................ 46
Dos crimes contra a liberdade sexual .......................................................................................... 46
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................................... 47
Dos crimes praticados por particular contra a Administração em Geral ............................ 47
LEI N° 9.455, DE 07 DE ABRIL DE 1997 (CRIMES DE TORTURA) ............................................ 48
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS (DECRETO-LEI Nº 3.688/41) ......................................... 50
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Pessoal!
ASSUNTOS DO EDITAL
1. Do crime.
eficaz. 2.4. Arrependimento posterior. 2.5. Crime impossível. 2.6. Causas de exclusão de
ilicitude e culpabilidade.
3. Contravenção.
6. Dos crimes contra o patrimônio (furto, roubo, extorsão, apropriação indébita, receptação).
7. Dos crimes contra a dignidade sexual (estupro, importunação sexual, assédio sexual).
8. Corrupção ativa.
9. Corrupção passiva.
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DO CRIME
Esse assunto (do crime) é muito importante para a prova de soldado da PM BA. Trata-se de
título II, da parte geral do Código Penal.
CONCEITO DE CRIME
Enfoque formal Conduta descrita na norma penal incriminadora. Ou seja, é aquilo que
de aplicação da pena)
Brasil)
Enfoque legal Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de
Relação de causalidade
Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
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Crime consumado
MOMENTO DE CONSUMAÇÃO
Súmula 610 do STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o
agente a subtração de bens da vítima.
Tentativa
Requisitos da tentativa
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Início da execução
Não consumação
Por circunstancias alheias à vontade do agente
Punibilidade da tentativa
Art. 14, Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Qual o critério utilizado pelo magistrado para diminuir a pena no caso de tentativa?
Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança
detentiva, usando de violência contra a pessoa:
Teoria adotada
i) Teoria objetiva: a tentativa deve ser punida de forma mais branda, porque o bem jurídico
não foi lesado. Adotada pelo CP. Também chamada de realística ou dualista: diferencia a
tentativa do crime consumado.
ii) Teoria subjetiva: a tentativa deve ser apenada do mesmo modo que o crime consumado,
pois o dolo é o mesmo. Também chamada de voluntarista ou monista: não diferencia o crime
tentado do consumado, já que leva em conta a intenção do agente. Adotada como exceção
nos crimes de atentado ou empreendimento.
iii) Teoria sintomática: concentra-se na análise da periculosidade. Não se aplica (direito penal
do autor).
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Espécies de tentativa
Tentativa cruenta o objeto material (pessoa ou coisa que recai a conduta) é atingido.
(vermelha)
disposição.
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Contravenção Não se admite a tentativa por expressa previsão legal (art. 4º, LCP). Não é que
penal faticamente não exista, mas que juridicamente não interessa.
Crime Habitual O crime habitual não admite a tentativa porque, ou existe a reiteração de atos e o
Crimes A tentativa é incompatível com o crime omissivo próprio porque basta a omissão
omissivos para a configuração do crime, não havendo espaço para a tentativa. O tipo penal
próprios não exige resultado naturalístico.
dolo de consumação era para a lesão corporal, pois a morte não foi visualizada
como certa.
Crime culposo O crime se consuma porque o agente não observou o dever objetivo de cuidado e
Exceção: culpa imprópria (o agente quer um resultado certo, ainda que sob
descriminante putativa).
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Aprenda de uma vez todas as diferenças: vem comigo e não erre mais esse assunto nas provas!
Desistência voluntária
Fórmula de Frank: Na tentativa é como se o agente dissesse: “eu quero prosseguir, mas
não posso”. Na desistência voluntária: “eu posso prosseguir, mas não quero”.
DICAS DE PROVA
A desistência voluntária deve ser voluntária (depende da vontade do agente), mas não
necessariamente espontânea (exige algo mais, além da vontade é necessário que a vontade
parta do agente).
Arrependimento eficaz
Consequência dos dois institutos: só responde pelos atos já praticados. Ex.: não responde
por tentativa de homicídio, mas lesão corporal.
Doutrina: para designar esses institutos utilizava-se a expressão pontes de ouro, pois é como
se pegasse uma ponte para se voltar no tempo e mudar o dolo.
Arrependimento posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano
ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
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O agente retoma a situação de Aqui o agente não retoma a situação de licitude, não sendo
licitude e desiste de dar continuidade beneficiado pela excludente de tipicidade, mas terá sua pena
ao que se propôs, por circunstâncias reduzida.
inerentes à sua vontade (diferente da
tentativa)
Arrependimento eficaz: o agente A violência contra a coisa ou a violência culposa não excluem
desiste após esgotar todos os meios o benefício.
executórios disponíveis.
2) Reparação do dano ou restituição da coisa
Crime impossível
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Súmula 145 do STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível
a sua consumação.
Súmula 567 do STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência
de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração
do crime de furto
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Crime doloso
Crime culposo
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente.
É possível a aplicação das agravantes genéricas do art. 61 do CP aos crimes preterdolosos. Assim, nos
crimes preterdolosos, espécie de delito qualificado pelo resultado, é possível a incidência de
agravante genérica prevista no art. 61 do CP. Ex.: pode ser aplicada agravante genérica do art. 61, II,
“c”, do CP no delito de lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º, do CP). STJ. 6ª Turma. AgInt no
AREsp 1074503/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 18/09/2018.
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Discriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o
erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
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§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se
consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem
o agente queria praticar o crime.
Erro sobre a pessoa (art. 20, §3º, CP) Erro na execução (Art. 73, CP)
crime é errada
Nos dois casos o agente responde pelo crime considerando as qualidades da vítima
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência
da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem
(causa legal de exclusão da culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa).
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COAÇÃO IRRESISTÍVEL
(vis absoluta)
Fato é atípico
que este abra o cofre, caso contrário a sua mulher será morta.
Exclusão de ilicitude
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
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Estado de necessidade
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso
doloso ou culposo.
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços.
Legitima defesa
DO IMPUTABILIDADE PENAL
Esse assunto (da imputabilidade penal) é muito importante para a sua prova de soldado da
PM BA. Trata-se de título III, da parte geral do Código Penal – arts. 26 ao 28.
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento
(critério biopsicológico)
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Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não
era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento.
Emoção e paixão
I - a emoção ou a paixão;
Embriaguez
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito
ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente
de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
EMBRIAGUEZ
Acidental completa Exclui a culpabilidade (art. 28, §1º, CP) – isenção de pena
Acidental incompleta Redução de pena de 1/3 a 2/3 (art. 28, §2º, CP)
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O edital de direito penal para a PM BA, traz em seu item 4 o tópico crimes contra a vida, que
estão localizados dentro do capítulo dos crimes contra a pessoa. Além disso, apesar de
erroneamente constar os crimes de rixa e lesão corporal nos crimes contra a vida (são crimes
contra a pessoa, mas não contra a vida), trataremos destes delitos para que você não seja
surpreendido na hora da prova.
O assunto: “Dos crimes contra a vida” está inserido no capítulo I do título I (Crimes contra a
pessoa) do Código Penal. Dentre estes crimes, o edital previu a cobrança do crime de homicídio
que está tipificado no art. 121 do CP.
Homicídio simples
Fique atento!
Grupo de extermínio passou a ser uma causa de aumento previsto no art. 121, § 6° do CP.
Logo, o homicídio praticado por grupo de extermínio não é mais homicídio simples, é
homicídio majorado. Portanto, não tem mais nenhuma forma de homicídio simples que seja
crime hediondo.
a) Objetividade jurídica
Para existir homicídio não é necessário que seja vida viável. Ou seja, se a pessoa matar um
recém-nascido que iria morrer dois dias depois porque nasceu com uma anomalia incurável
haverá o crime de homicídio.
São crimes, pois ainda que a pessoa esteja à beira da morte, não se pode abreviar a sua morte.
Conceituando
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Não, pois a distanásia é o contrário da eutanásia, ou seja, ela significa prolongar a vida do
paciente por meio de aparelhos / medicamentos.
Crime de ação vinculada: só pode ser praticado por alguns determinados meios de execução
que estão descritos no tipo (tipo descreve a forma de execução – ex.: homicídio qualificado
pela tortura – meio de execução: tortura)
Crime de ação livre: admite qualquer forma de execução – ex.: homicídio simples.
Sim, desde que o omitente tenha o dever jurídico de evitar a morte da vítima (art. 13, § 2° do
CP). Se a pessoa não tem o dever jurídico de evitar a morte, responde apenas pelo crime de
omissão de socorro.
STJ: entendia que sim. A doença estava no começo e não havia nenhum tipo de tratamento.
Logo, a pessoa era infectada e algum tempo depois morria. Com o avanço da medicina esse
entendimento mudou.
STF/STJ: A transmissão intencional da AIDS configura lesão corporal gravíssima, que acarreta
enfermidade incurável (art. 129, § 2°)
c) Sujeitos do crime
Sujeito passivo: qualquer pessoa nascida e viva, ainda que esteja na iminência de morrer
d) Consumação
Consumação: ocorre com a morte encefálica (art. 3°, da Lei 9.434/97 – permite a remoção de
órgãos quando ocorre a morte encefálica)
e) Tentativa
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Art. 121, § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
moral, OU sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da
vítima, o juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3.
a) Circunstâncias
ii) Relevante valor social: valor que não pertence somente ao homicida, mas sim a toda
sociedade.
Cuidado com a expressão relevante: não é qualquer valor moral, ou qualquer valor social que
torna o homicídio privilegiado. Ou seja, tem que ser relevante, considerável por todos como
razoável.
iii) Sob o domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vitima
Obs. 1. Domínio de violenta emoção – o agente tem que estar cego. Se o agente estiver apenas
sob influência de violenta emoção, haverá mera atenuante do art. 65 do CP.
Obs. 2. Logo em seguida – leva-se em conta o momento em que o homicida tomou ciência
da provocação
Obs. 4. Não é necessária a intenção da vítima em provocar, basta que o homicida se sinta
provocado
Obs. 5. A provocação não precisa ser dirigida ao homicida, pode ser dirigida a uma terceira
pessoa.
b) Incomunicabilidade
São circunstancias subjetivas (pessoais), portanto não se comunica com coautor ou participe.
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Direito subjetivo do condenado, porque quem decide se houve ou não o privilégio é o júri.
Logo, se deixa de aplicar ofende a soberania dos veredictos.
A expressão “pode”, está relacionada a quanto o juiz pode diminuir: de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Art. 121, § 2°, VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
Art. 121, § 2°, VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:
Art. 121, § 2°, VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido: Lei nº 13.964,
de 2019
Art. 121, § 2°, IX - contra menor de 14 (quatorze) anos: (Lei nº 14.344, de 2022)
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outro crime
Feminicídio
Art. 121, § 2º-A - Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime
envolve:
Art. 121, § 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é aumentada de:
(Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)
I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que
implique o aumento de sua vulnerabilidade; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)
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II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge,
companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título
tiver autoridade sobre ela. (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)
Homicídio culposo
Art. 121, § 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta
de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, OU foge para
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço)
se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
de 1/3
Art. 121, § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se
as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal se torne desnecessária.
Exemplo: Pai, culposamente, mata o filho de um ano de idade ao sair do estacionamento com o
seu veículo. Nesse caso, considerando que as consequências da infração atingem o próprio agente de
forma tão grave que a sanção penal se torna desnecessária. Por isso, o juiz poderá deixar de aplicar a
pena.
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Art. 121, § 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado
por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio.
Homicídio praticado por grupo de extermínio está previsto na lei de crimes hediondos.
Homicídio praticado por milícia não está previsto na lei de crimes hediondos. Mas,
geralmente será qualificado por algum outro motivo.
Não é qualquer milícia que aplica essa causa de aumento de pena. A milícia que aumenta a
pena no homicídio é a que age a pretexto de prestar serviço de segurança.
Art. 121, § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime
for praticado:
II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou com doenças degenerativas
que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº
14.344, de 2022)
Conforme explanado anteriormente, o assunto: “Das lesões corporais” está inserido no capítulo
II do título I (Crimes contra a pessoa) do Código Penal – art. 129 e não nos crimes contra a vida
conforme trouxe o item 4 do edital. Todavia, para fins de evitar surpresas, trabalharemos agora
este crime.
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Lesão corporal
a) abrangência do tipo
Fique atento!
É possível, desde que o omitente tenha o dever jurídico de evitar a lesão da vítima (art. 13, §
2° do CP). Se a pessoa não tem o dever jurídico de evitar a lesão, responde apenas pelo crime
de omissão de socorro.
c) autolesão
A autolesão não é crime – princípio da alteridade: a pessoa não pode ser simultaneamente
sujeito ativo e passivo do próprio crime.
d) vias de fato
Agressão sem intenção de lesão configura contravenção de vias de fato do art. 21 LCP, por
exemplo, empurrão.
Pode configurar o crime de injúria real se a intenção é a humilhação OU pode configurar lesão
corporal de acordo com o entendimento de parte da doutrina (entendem que o cabelo integra
o corpo)
f) consentimento do ofendido
Causa supralegal da exclusão da ilicitude (criada pela doutrina) – aplicável nas pequenas lesões
autorizadas, ex.: colocar brinco, tatuagem, etc.
g) princípio da insignificância
É possível aplicar o princípio da insignificância na lesão corporal culposa e lesão dolosa leve.
h) tentativa
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Exceções: não é possível tentativa na lesão corporal culposa e preterdolosa, porque crime
culposo e preterdoloso não admite tentativa.
II - perigo de vida;
IV - aceleração de parto:
II - enfermidade incurável;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Grave (art. 129, §1º, CP) Gravíssima (art. 129, §2º, CP)
processo
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Art. 129, § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o
resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Art. 129, § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
moral OU sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima,
o juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3.
Art. 129, § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção
pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:
Art. 129, § 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§
4º e 6º do art. 121 deste Código.
Art. 129, § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121 (perdão judicial).
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Art. 129, § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente
das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Lesão leve – pena do art. 129 “caput” - detenção, de três meses a um ano.
Lesão leve em situação de violência doméstica – pena do art. 129, § 9° - detenção, de 3 (três)
meses a 3 (três) anos (Trata-se de uma lesão corporal leve qualificada pela violência doméstica)
Lesão grave, gravíssima ou seguida de morte em violência doméstica – pena do art. 129, §
1° a 3° c/c § 10 (aumenta-se a pena de 1/3)
Obs. 2. A penas ainda será aumentada de 1/3 se a vítima for portadora de necessidades
especiais
Jurisprudência
Súmula 536 do STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam
na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
Informativo 609 do STJ: Lesão corporal contra irmão configura o § 9º do art. 129 do CP não
importando onde a agressão tenha ocorrido. Não é inepta a denúncia que se fundamenta no
art. 129, § 9º, do CP – lesão corporal leve –, qualificada pela violência doméstica, tão somente
em razão de o crime não ter ocorrido no ambiente familiar. STJ. 5ª Turma. RHC 50.026-PA, Rel.
Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 3/8/2017.
Juris STJ: Sujeito passivo também pode ser homem. A qualificadora prevista no § 9º do art.
129 do CP aplica-se também às lesões corporais cometidas contra homem no âmbito das
relações domésticas. STJ. 5ª Turma. RHC 27.622-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 7/8/2012.
Aumento de pena
Art. 129, § 10. Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º deste artigo, se as circunstâncias são as
indicadas no § 9º deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).
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Art. 129, § 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de 1/3 se o crime for
cometido contra pessoa portadora de deficiência.
Art. 129, § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada
de um a dois terços.
Art. 129, § 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo
feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código: Lei nº 14.188, de 2021
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Da rixa
O assunto: “Da rixa” está inserido no capítulo IV do título I (Crimes contra a pessoa) do Código
Penal – art. 137. Assim, apesar de estar previsto como crime contra a vida no edital
trabalharemos este crime para que não haja surpresas na hora da sua prova.
Rixa
Art. 137, parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se,
pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
O assunto: “Dos crimes contra a liberdade pessoal” está inserido na seção I, capítulo VI, título
I (Crimes contra a pessoa) do Código Penal.
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver
reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite,
ou a fazer o que ela não manda:
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Ameaça
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico,
de causar-lhe mal injusto e grave:
Perseguição
Art. 147-A, § 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido: (Lei nº 14.132, de 2021)
II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art.
121 deste Código;
Art. 147-A, § 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à
violência. (Lei nº 14.132, de 2021)
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado:
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O tópico "Dos crimes contra o patrimônio" é o segundo título da Parte Especial do Código
Penal. Esse título é dividido em oito capítulos, porém iremos trabalhar somente aqueles
trazidos pelo edital de forma expressa.
Do furto
O assunto: “do furto” está inserido no capítulo I do título II (Crimes contra o patrimônio) do
Código Penal – art. 155 ao 156.
Furto simples
Furto simples
a) objetividade jurídica
b) consentimento do ofendido
Patrimônio é bem jurídico disponível – Ex.: Dono do supermercado vendo que o morador de
rua furtar bolacha e o deixa ir embora.
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c) objeto material
Cheque
E os objetos que estão enterrados com o cadáver, por exemplo, o dente de ouro?
Pelo princípio da “saisine”, quando uma pessoa falece, todos os bens dela são
automaticamente transferidos para os seus sucessores. Portanto, tem proprietário, logo, pode
ser objeto de furto, pois o objeto pertence aos sucessores do cadáver.
Abigeato é crime?
STJ: antes não era crime, pois não tinha valor econômico apreciável.
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STJ: Mudou em 2015 o entendimento. Hoje é pacifico no STJ que furto de talão de cheque em
branco é crime de furto.
d) princípio da insignificância
O princípio da insignificância pode ser aplicado, mas para que não seja aplicado de forma
indiscriminada e se torne escape para a criminalidade, o STF e STJ colocaram limitações a este
princípio, criando quatro requisitos objetivos para sua aplicação:
e) sujeitos do crime
Sujeito ativo
O proprietário pode cometer o crime do art. 346 do CP (exercício arbitrário das próprias razões)
Sim.
O que é famulato?
Sujeito passivo
f) elemento subjetivo
Dolo
Surge a figura do furto de uso, que é fato atípico – é ilícito meramente civil
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ii) Que haja a restituição do bem de forma rápida, espontânea e sem danos.
g) consumação
h) tentativa
Súmula 567 do STJ: sistema de vigilância em estabelecimentos comerciais não torna o furto
impossível, é tentativa.
Art. 155, § 1º - A pena aumenta-se de 1/3, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
JURISPRUDÊNCIA
A causa de aumento prevista no §1º do art. 155 do Código Penal (prática do crime de furto no
período noturno) não incide no crime de furto na sua forma qualificada (§4º). STJ. 3ª Seção. REsp
1.890.981-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 25/05/2022.
Furto privilegiado
Art. 155, § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a 2/3, ou aplicar somente a
pena de multa.
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Furto privilegiado
a) Requisitos
Infrator primário
Obs. 3: A expressão “pode” está na opção do juiz: reduzir a pena de reclusão OU substituir a
reclusão por detenção OU aplicar só a multa.
Prevalecia no STF e STJ que não. Benefícios do privilégio são incompatíveis com a gravidade
do furto privilegiado. No entanto, o STF e STJ mudaram o entendimento. Atualmente admite-
se a figura do furto privilegiado-qualificado, desde que a qualificadora seja de ordem objetiva,
exceto no furto qualificado por abuso de confiança.
Art. 155, § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha
valor econômico.
Furto qualificado
Art. 155, § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
Furto com emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum
Art. 155, § 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa, se o furto mediante fraude é
cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de
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§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso:
Furto de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
Art. 155, § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
Art. 155, § 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for
de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego.
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:
Art. 156, § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a
quota a que tem direito o agente.
Do roubo e da extorsão
O assunto: “do roubo e da extorsão” está inserido no capítulo II do título II (Crimes contra o
patrimônio) do Código Penal – art. 157 ao 160.
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Roubo simples
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
Roubo simples
a) classificação
Crime complexo: fusão de depois ou mais crimes (é a fusão do furto – subtrair para si ou para
outrem coisa alheia móvel + o crime de lesão corporal / ameaça / homicídio)
b) bem jurídico
Crime pluriofensivo: dupla objetividade jurídica – protege dois ou mais bens jurídicos
c) sujeitos do crime
Sujeito ativo: qualquer pessoa – crime comum, exceto o proprietário e o possuidor do bem.
Sujeito passivo: tanto o proprietário ou possuidor do bem, como também a pessoa que sofre
a violência ou grave ameaça.
Crime de duplasubjetividade passiva: existe dois sujeitos passivos, mas pode ocorrer do crime
ter apenas uma vítima.
Sim, vítima no que se refere ao aspecto patrimonial do crime. Ex.: ladrão que rouba dinheiro
de caixa do supermercado – sujeito passivo: supermercado (PJ) e funcionário.
d) objeto material
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Cheque
e) elemento subjetivo
Sim, porque o bem pode ser devolvido, mas a violência ou grave ameaça não pode ser
apagada, logo, já foi empregada e não tem como ser apagada.
2° Corrente: o roubo de uso configura o crime de constrangimento ilegal, não pode ser roubo
porque não se trata de uma subtração “para si ou para outrem” (definitiva)
f) formas de execução
ii) Grave ameaça (Violência moral) – palavras, escritos ou gestos (chamada de violência própria
ou absoluta)
iii) Outro meio que reduza a vítima a impossibilidade de resistência (chamada de violência
imprópria)
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Art. 157, § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega
violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a
detenção da coisa para si ou para terceiro.
Violência ou ameaça tem o objetivo de - É o crime que começa como furto e termina
permitir a subtração como roubo
I – (revogado);
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III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; Lei nº 13.964, de 2019
Art. 157, § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo
de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. Lei nº
13.964, de 2019
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de
fazer alguma coisa:
Art. 158, § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, OU com emprego de arma,
aumenta-se a pena de 1/3 até metade.
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Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate:
Extorsão indireta
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém,
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
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Da apropriação indébita
O assunto: “da apropriação indébita” está inserido no capítulo V do título II (Crimes contra o
patrimônio) do Código Penal – art. 168 ao 170.
Apropriação indébita
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
I - em depósito necessário;
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido
reembolsados à empresa pela previdência social.
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Art. 168-A, § 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se
o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento
da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais.
Art. 168-A, § 4º A faculdade prevista no § 3º deste artigo não se aplica aos casos de
parcelamento de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele
estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou
força da natureza:
Apropriação de tesouro
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que
tem direito o proprietário do prédio;
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de
restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro
no prazo de quinze dias.
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.
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Da Receptação
O assunto: “da receptação” está inserido no capítulo VII do título II (Crimes contra o patrimônio)
do Código Penal – art. 180 ao 180-A.
Receptação
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba
ou oculte:
Receptação qualificada
Art. 180, § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio
ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto
de crime:
Art. 180, § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer
forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência.
Receptação culposa
Art. 180, § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre
o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio
criminoso:
Receptação: punível
Art. 180, § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do
crime de que proveio a coisa.
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Receptação de animal
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com
a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda
que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime:
O tópico "Crimes contra a Dignidade Sexual" está previsto no título VI da Parte Especial do
Código Penal. Novamente, apesar de o título trazer vários crimes divididos por capítulos,
trabalharemos somente aqueles elencados no edital pela banca examinadora.
O assunto: “Dos crimes contra a liberdade sexual” está inserido no capítulo I do título VI (Crimes
contra a dignidade sexual) do Código Penal.
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal
ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Importunação sexual
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Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de
satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave.
Assédio sexual
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes
ao exercício de emprego, cargo ou função.
O tópico "Crimes contra a Administração Pública" está previsto no título XI da Parte Especial
do Código Penal. Dentro deste título, o edital previu somente a cobrança da corrupção ativa e
da corrupção passiva. Portanto, trabalharemos agora estes crimes.
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:
Art. 317, § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração
de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
O assunto: “Dos crimes praticados por particular contra a Administração em Geral” está
inserido no capítulo II do título XI (Crimes contra a Administração Pública) do Código Penal. E
dentro deste assunto está a corrupção ativa cobrada em seu edital.
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Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo
a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
CORRUPÇÃO ATIVA/PASSIVA
público
CRIME DE TORTURA
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal
ou medida de caráter preventivo.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a
sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal.
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§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-
las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Tome nota
Segundo Márcio Cavalcante, prevalece que o §3º é uma forma preterdolosa do crime de tortura. Isso
significa que somente se aplica o § 3º se a lesão corporal ou morte decorreu de culpa do agente. Se o
agente tinha a intenção de praticar tortura e de matar a vítima, ele deverá responder por tortura em
concurso formal com homicídio.
TORTURA HOMICÍDIO
QUALIFICADA PELA MORTE QUALIFICADO PELA TORTURA
(art. 1º, § 3º, da Lei 9.455/97) (art. 121, § 2º, III, do CP)
Equiparado a Hediondo Hediondo
Preterdoloso Doloso
Há dolo de torturar e a morte é resultado Há dolo de matar e a tortura é o meio de
culposo decorrente da tortura execução escolhido para matar
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento
da pena em regime fechado.
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Tome nota
Márcio Cavalcante explica que a literalidade do texto legal versa que o regime inicial de cumprimento de
pena será o fechado.
O STF possui um precedente minoritário sobre o tema, versando que o §7º é constitucional. Entretanto, a
Corte possui o entendimento sobre a inconstitucionalidade do regime integralmente e inicialmente
fechado para os crimes da lei 8.072/90, por ferir o princípio da individualidade da pena.
Para o STJ, não há obrigatoriedade de o regime inicial para condenados por tortura ser o regime fechado,
por força da decisão do STF sobre a lei 8.072/90. A doutrina acompanha este entendimento.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em
território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob
jurisdição brasileira.
Informativo
Informativo 548 do STJ: Tortura cometida contra brasileiro no exterior. Crime de tortura praticado
contra brasileiro no exterior: trata-se de hipótese de extraterritorialidade incondicionada (art. 2º da Lei
9.455⁄97). No Brasil, a competência para julgar será da Justiça Estadual.
O fato de o crime de tortura, praticado contra brasileiros, ter ocorrido no exterior, não torna, por si só, a
Justiça Federal competente para processar e julgar os agentes estrangeiros. Isso porque a situação não se
enquadra, a princípio, em nenhuma das hipóteses do art. 109 da CF/88. STJ. 3ª Seção. CC 107.397-DF, Rel.
Min. Nefi Cordeiro, julgado em 24/9/2014 (Info 548)
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do
Adolescente.
O edital prevê ainda, no item 3, o tema “Contravenção” se limitando a dizer isso, sem
especificar o que se cobrará de fato. Por isso, trabalharemos alguns temas importantes dentro
da parte geral do Decreto-Lei 3.688/41 que trata das contravenções penais.
PARTE GERAL
Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais do Código Penal, sempre que a presente
lei não disponha de modo diverso.
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Tome nota
Trata-se do chamado princípio da territorialidade exclusiva, segundo o qual a LCP só possui aplicação às
contravenções praticadas no território brasileiro.
I – prisão simples.
II – multa.
Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em
estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou
aberto.
§ 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados a pena de
reclusão ou de detenção.
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar
em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer
crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.
REINCIDÊNCIA
SENTENÇA NOVA INFRAÇÃO PENAL CONSEQUÊNCIA
CONDENATÓRIA
Crime (Brasil ou Crime Reincidente
estrangeiro) (art. 63, CP)
Crime (Brasil ou Contravenção Reincidente
estrangeiro) (art. 7, LCP)
Contravenção Contravenção Reincidente
Penal (Brasil) (art. 7, LCP)
Contravenção Crime Não gera Reincidência.
Penal (Brasil) Apenas maus
antecedentes
Contravenção Contravenção Não gera Reincidência.
Penal Penal (Brasil) Apenas maus
(estrangeiro) antecedentes
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Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de acordo com o que dispõe o Código Penal
sobre a conversão de multa em detenção.
Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a conversão em prisão simples se faz
entre os limites de quinze dias e três meses.
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior a cinco
anos, nem a importância das multas ultrapassar cinquenta contos.
Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior
a um ano nem superior a três, a execução da pena de prisão simples, bem como conceder
livramento condicional.
a) na interdição sob nº I, por um mês a dois anos, o condenado por motivo de contravenção
cometida com abuso de profissão ou atividade ou com infração de dever a ela inerente;
Art. 14. Presumem-se perigosos, além dos indivíduos a que se referem os ns. I e II do art. 78
do Código Penal:
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Márcio Cavalcante destaca que existe uma exceção na qual a Justiça Federal julgaria
contravenção penal. Trata-se da hipótese de contravenção penal praticada por pessoa com
foro privativo no TRF. Seria o caso, por exemplo, de contravenção penal cometida por Juiz
Federal ou Procurador da República. Em tais situações, o julgamento ocorreria no TRF (e não
na Justiça Estadual).
Súmula 720 do STF: O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato
perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à direção sem
habilitação em vias terrestres.
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