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DIREITO

ADMINISTRATIVO
Terceiro Setor

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
230303509609

DIOGO SURDI

Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo


em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se
destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário
do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico
Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Terceiro Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. A Reforma Administrativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Administração Patrimonial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Administração Burocrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3. Administração Gerencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Princípio Constitucional da Eficiência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3. Contrato de Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4. Os Setores da Atividade Econômica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.1. O Primeiro Setor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.2. O Segundo Setor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.3. O Terceiro Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.4. O Quarto Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5. Entidades Paraestatais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.1. Serviços Sociais Autônomos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.2. Organizações Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.3. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.4. Entidades de Apoio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
6. Regime de Parcerias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
6.1. Entidades Aptas e Entidades Proibidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.2. Chamamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
6.3. Termo de Colaboração, Termo de Fomento e Acordo de Cooperação . . . . . . 34
6.4. Prestação de Contas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
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Terceiro Setor
Diogo Surdi

APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, conheceremos as regras relacionadas com as Entidades Paraestatais,
que compõem, como veremos em aula, o denominado Terceiro Setor.
Além disso, veremos as principais regras relacionadas com o “Regime das Parcerias”,
assunto que é objeto de análise da Lei 13.019/2014.

Obs.: Para Otimizar a Preparação:


As bancas de concursos costumar exigir a diferenciação entre os instrumentos
utilizados para a caracterização como Organização Social ou como OSCIP.
Também é importante conhecermos os conceitos estabelecidos na lei que estabelece o
“Regime de Parcerias”, com um destaque para as definições de Termo de Colaboração,
Termo de Fomento e Acordo de Cooperação.

Grande Abraço a todos e boa aula!


Diogo

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Terceiro Setor
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TERCEIRO SETOR

1. A REFORMA ADMINISTRATIVA
Historicamente, pode-se afirmar que a administração pública brasileira passou três
diferentes modelos de gestão dos recursos públicos, possuindo cada um deles características
próprias e objetivos distintos.

1.1. ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL


Com a administração patrimonial, tínhamos um modelo de gestão com o foco voltado
para as ações do soberano (normalmente, representado por um rei). Assim, todas as medidas
por ele adotadas não levavam em conta as necessidades da população, mas sim o interesse
predominantemente particular.
No patrimonialismo, não há uma clara separação entre o patrimônio público e o privado.
Com isso, o rei faz uso de todos os bens existentes do território (principalmente os estatais),
administrando-os de acordo com as suas necessidades. E como não há necessidade de
prestação de contas das medidas adotadas pelo superior, trata-se a administração patrimonial
de um modelo em que a corrupção e o nepotismo são frequentes.

1.2. ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA


Com o surgimento do capitalismo e da democracia, passamos a contar com uma distinção
entre o patrimônio público e o patrimônio particular, de forma que as medidas adotadas
pelo Poder Público teriam que, obrigatoriamente, satisfazer as necessidades da coletividade.
Em consonância com este novo modelo de gestão, o papel dos administradores passa
a ser o de gerir os interesses da população, que é a verdadeira titular do interesse público.
Como consequência, os administradores e gestores de recursos públicos possuem a obrigação
de prestar contas das medidas adotadas em sua gestão.
No modelo burocrático, prioriza-se o combate à corrupção e ao nepotismo, de forma
que a atuação da administração pública deve pautar-se em princípios balizadores do
Estado democrático, tal como a legalidade e a impessoalidade. E como forma de combater
o nepotismo e a corrupção, surgem os mecanismos de controle da atividade administrativa.
Entretanto, trata-se de um controle exercido, basicamente, sobre as atividades meio, o que
gera como consequência uma administração engessada e altamente legalista.

1.3. ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL


A administração gerencial surgiu em nosso ordenamento jurídico em meados da
década de 90, em plena sintonia com a reforma administrativa do Estado brasileiro. Com
este modelo, objetiva-se a adoção, em todos os órgãos e entidades da administração,
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Se no âmbito da administração burocrática tínhamos um modelo que priorizada o


controle exercido nas atividades meio, na administração gerencial o foco passa a ser o
controle das atividades fins. Da mesma forma, deixa a administração de atuar apenas de
acordo com a estrita legalidade e passa a adotar, em todas as suas ações, o princípio da
eficiência, que emerge da qualidade de princípio implícito e passa a constar como um dos
princípios constitucionalmente previstos para toda a administração pública.
Podemos sintetizar as principais características dos três modelos de administração
através da tabela a seguir.
Administração patrimonial Administração burocrática Administração gerencial
Patrimônio do soberano era
Distinção entre o patrimônio Distinção entre o patrimônio
confundido com o patrimônio
público e privado público e privado
público
Não há necessidade de Há necessidade de prestação de Há necessidade de prestação
prestação de contas contas de contas
Não há nenhum tipo de
Controle exercido sobre as Controle exercido sobre as
controle exercido sobre a
atividades-meios atividades fins
atividade estatal
Predomínio da corrupção e do Combate à corrupção e ao Combate à corrupção e ao
nepotismo nepotismo nepotismo
Administração pautada nos
Administração pautada no
Inexistência de princípios princípios da legalidade e da
princípio da eficiência
impessoalidade

Ressalta-se, entretanto, que as características de cada um dos modelos utilizados


ainda existem nos dias atuais. Logo, é incorreto afirmar que vigora, nos dias atuais, uma
administração estritamente gerencial, uma vez que certas características da administração
patrimonial e burocrática ainda podem ser identificadas no atual modelo de gestão.

EXEMPLO
Como exemplo de práticas patrimonialistas, temos a possibilidade de nomeação, para os cargos
em comissão, de servidores que não sejam oriundos dos quadros da administração pública.
Como exemplo de práticas burocráticas, temos a realização de concurso público para admissão
de pessoal e a obrigatoriedade de licitação para as contratações do Poder Público, uma vez
que, em ambas as situações, objetiva-se evitar as práticas de corrupção e nepotismo.
Como exemplo de práticas gerenciais, temos a necessidade de avaliação do servidor público por
meio de estágio probatório, sendo que apenas os servidores eficientes alcançarão a estabilidade.

Como decorrência da administração gerencial, duas são as principais medidas que podem
ser identificadas como balizadoras de toda a atividade da administração pública, sendo
elas: o status de princípio constitucional para a eficiência e a possibilidade de utilização
dos contratos de gestão.
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2. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA EFICIÊNCIA


Foi por intermédio da Emenda Constitucional 19 que a eficiência alcançou o status
de princípio constitucional, de forma que o caput do artigo 37, após a emenda, passou a
contar com o seguinte teor:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)

Importante frisar que todos os princípios observados no artigo constitucional possuem


o mesmo nível hierárquico, bem como que a sua observância é obrigatória por todos os
órgãos e entidades de todos os entes federativos.
O princípio da eficiência traduz a necessidade de termos uma administração pautada nas
características da economicidade e da produtividade. Dessa forma, ainda que os interesses
do Poder Público sejam opostos aos da iniciativa privada (uma vez que esta almeja o lucro
e a administração o bem estar coletivo), diversas práticas que comprovadamente deram
certo com as pessoas jurídicas de direito privado passam a ser adotadas pela administração.
Com a eficiência, os servidores passam a ter que observar critérios de produtividade no
desempenho de suas atribuições. Assim, diante de duas ou mais soluções possíveis, devem
adotar aquela que implique no alcance do objetivo pretendido com o menos custo possível
(o bom e velho “fazer mais com menos”).
Ressalta-se, no entanto, que ainda assim os servidores e demais agentes continuam
com o dever de observar a legalidade, uma vez que esta é postulado norteador de todos os
Estados democráticos de Direito. No entanto, a simples observância da legalidade torna-se
insuficiente, devendo a conduta dos agentes estatais pautar-se, também, na economicidade
das medidas adotadas.

3. CONTRATO DE GESTÃO
O contrato de gestão, também conhecido como acordo-programa, pode ser conceituado
como o vínculo estabelecido entre a administração direta com outros órgãos da administração,
com entidades da administração indireta ou ainda com as organizações sociais, entidades
do terceiro setor.
Nota-se, dessa forma, que a administração direta sempre será um dos polos da relação
contratual firmada. Salienta-se, no entanto, que parte da doutrina critica a possibilidade
de celebração de contrato entre a administração direta e seus próprios órgãos. Isso porque
o contrato possui como característica os interesses antagônicos, ou seja, cada uma das
partes possui objetivos distintos com a celebração contratual.
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EXEMPLO
Quando a administração celebra um contrato administrativo com um particular com o
propósito de este prestar serviços ao Poder Público, temos interesses distintos:
Para a administração, o objetivo é o recebimento dos serviços contratados sem a necessidade
de utilização de seu quadro funcional. Para o particular, o objetivo é auferir lucro com a
prestação da atividade.

Da mesma forma, temos que os órgãos que compões a administração direta não possuem
personalidade jurídica, de forma que, em última análise, a celebração do contrato de gestão
entre a administração direta e alguns de seus órgãos é a instrumentalização de um vínculo
em que a administração direta encontra-se dos dois lados. Por isso mesmo, o mais correto
seria a menção ao termo “convênio”, que possui como característica a busca de interesses
comuns entre os participantes. Ainda assim, o termo contrato será utilizado, uma vez que
é o adotado pelas bancas organizadoras.

Importante frisar que os efeitos da celebração do contrato de gestão são opostos a


depender de estarmos diante de um vínculo celebrado com órgãos e entidades públicas
ou com organizações sociais.
Quanto o contrato de gestão é celebrado com órgãos da administração direta ou com
entidades da administração indireta, temos um aumento da autonomia, de forma que tais órgãos
ou entidades passam a contar com uma maior liberdade para desempenhar suas atribuições.
Em contrapartida, exige-se deles a eficiência na prestação da atividade pública. Quando alguma
das entidades da administração indireta for uma autarquia ou uma fundação pública, estas,
após a celebração do contrato de gestão, passam a ser qualificadas como agências executivas.
Ocorrendo a celebração com as organizações sociais, que são entidades privadas e sem
fins lucrativos, a autonomia funcional, em sentido oposto, será restringida.
O motivo para tal é que tais entidades não integram a administração pública, podendo,
antes da celebração contratual, exercer suas atividades de acordo com o seu estrito
interesse. Com a celebração contratual, as organizações sociais passam a contar com uma
maior fiscalização por parte da administração, uma vez que devem, obrigatoriamente,
cumprir com todas as obrigações contratualmente estabelecidas, encontrando-se sujeitas
à deste
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A possibilidade de estipulação de contratos e gestão encontra previsão na Constituição


Federal, que, após a entrada da Emenda Constitucional 19, passou a contar, em seu artigo
37, §8º, com o seguinte teor:

Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da


administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho
para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.

Nota-se que a previsão constitucional apenas alcança a possibilidade de celebração de


contratos de gestão com órgãos ou entidades do Poder Público. Posteriormente, com a
edição da Lei 9.637, de 1998, passamos a contar com a possibilidade de celebração de tal
vínculo com as organizações sociais, conforme se observa do artigo 1º da mencionada norma:

Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

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Quando a celebração for feita com os órgãos e entidades públicas, o objetivo da


administração direta é aumentar a eficiência da prestação da atividade administrativa,
sendo que os órgãos e as entidades passam a contar com metas de desempenho que, se
atingidas, proporcionam um aumento da autonomia de atuação. Nesta forma de celebração
poderão ser utilizados, à critério do Poder Público, incentivos à remuneração dos servidores
baseados no alcance das metas estipuladas.
Quando a celebração ocorre com as organizações sociais, o objetivo da administração
direta é disciplinar a forma como ocorrerá a parceria entre o Poder Público e entidades que
não fazem parte da administração. Com a celebração, ocorre a publicização dos serviços
estatais não exclusivos, ou seja, a prestação de serviços que não sejam de competência
exclusiva do Estado pode passar a ser oferecida pelas organizações sociais.

4. OS SETORES DA ATIVIDADE ECONÔMICA


De forma geral, podemos sintetizar que a organização da atividade econômica se divide
em três setores, sendo eles a administração pública, o mercado e as entidades paraestatais.
Parte da doutrina identifica, ainda, um quarto setor, que seria formado pela economia
informal e pelas atividades ilícitas, tais como a corrupção e o tráfico de drogas.

4.1. O PRIMEIRO SETOR


O primeiro setor é constituído pelos órgãos e entidades do Poder Público que estão
encarregados de organizar e executar as políticas públicas. Fazem parte do primeiro setor,
desta forma, todos os órgãos públicos da administração direta e todas as entidades que
compõem a administração indireta.
No primeiro setor temos a utilização de dinheiro público para fins públicos.
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EXEMPLO
Quando a Receita Federal do Brasil expede uma certidão para um administrado, estamos
diante do primeiro setor, uma vez que trata-se de um órgão da administração direta.
Quando o Banco Central regula a atividade econômica, estamos igualmente diante do primeiro
setor, uma que a atividade é desempenhada por uma autarquia federal, entidade integrante
da administração indireta.

4.2. O SEGUNDO SETOR


O segundo setor é, em última análise, o próprio mercado, constituído pela vontade
das partes e regido pelo direito privado. Fazem parte do segundo setor todas as empresas
que disputam o mercado econômico, regidas pelo princípio da livre concorrência e com o
objetivo de auferir lucro. Tais empresas podem ser organizar mediante todas as formas
admitidas em nosso ordenamento, tal como a sociedade anônima ou sociedade por cotas
de responsabilidade limitada.
No segundo setor temos a utilização de dinheiro privado para fins privados.

EXEMPLO
Temos exemplo de atuação do segundo setor quando uma empresa privada abre diversas
filiais com a finalidade de aumentar seu lucro. Da mesma forma, é expressão do “mercado”
a atuação de um empresário individual que presta serviços a diversas pessoas físicas.
Em ambas as situações, nota-se que o Poder Público não possui interferência direta, sendo
que cada particular, ao desempenhar as atividades econômicas, assume o risco de seu negócio.

4.3. O TERCEIRO SETOR


Como o próprio nome sugere, o terceiro setor não é formado por pessoas jurídicas de
direito público (pois se assim o fossem seriam classificadas como primeiro setor). Da mesma
forma, não são pessoas jurídicas que objetivam o lucro (o que as colocaria no segundo
setor). Dessa forma, o terceiro setor é formado por pessoas jurídicas de direito privado,
sem fins lucrativos, e que prestam serviços de interesse público.
No terceiro setor, temos a utilização de dinheiro privado para fins públicos. São exemplos
de entidades do terceiro setor as organizações sociais, as organizações da sociedade civil
de interesse público e os serviços sociais autônomos. Tais entidades, de acordo com a
doutrina, são também conhecidas como entidades paraestatais.
Importante salientar que as entidades do terceiro setor não integram a administração
pública, atuando, por isso mesmo, “ao lado” do Estado, em regime de mútua colaboração.
Para entendermos como funciona uma entidade que compõe o terceiro setor, bem como
quais as vantagens, para o Poder Público, das mesmas executarem atividades tipicamente
estatais,
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EXEMPLO
Tomemos como exemplo o caso de uma organização social que se destine a preservar a
biodiversidade da Amazônia (como no caso da BIOAMAZÔNIA). Tal entidade, antes de vir
a integrar o terceiro setor, nada mais era do que uma organização privada, constituída e
financiada com recursos exclusivamente privados, e que se dedicava ao seu exclusivo propósito
(no caso, a preservação da biodiversidade da Amazônia).
O Poder Público, com o objetivo de utilizar a atividade desenvolvida pela organização como
forma de incentivar ou agregar valor as suas políticas públicas, firma com ela um contrato de
gestão, de forma que, ao mesmo tempo em que fomenta a atividade da entidade (por meio da
cessão de imóveis ou servidores custeados pelos cofres públicos), exige que as organizações
adotem políticas estratégicas de acordo com o plano governamental.
Basicamente, o que ocorre é a transferência, por parte do Estado, de atividades que não
sejam de sua competência exclusiva. Como contrapartida, o Poder Público concede benefícios
e incentivos a tais entidades.

4.4. O QUARTO SETOR


Parte da doutrina identifica, ainda, a existência de um quarto setor, que seria formado
pela economia informal e pelas atividades ilícitas, tais como a corrupção e o tráfico de drogas.
Os diversos setores que compõem a economia podem ser melhor visualizados por meio
do gráfico a seguir:

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5. ENTIDADES PARAESTATAIS
O termo Entidades Paraestatais, durante muito tempo, foi utilizado, por diversos autores,
para designar as entidades que estavam “ao lado” do Estado. O problema, no entanto, é que
cada autor tinha uma definição para quais seriam ou não as ditas entidades paraestatais.
Com o passar dos anos, a doutrina passou a chamar tais entidades de terceiro setor,
sendo que deles fazem parte, basicamente, as organizações sociais, as organizações da
sociedade civil de interesse público, os serviços sociais autônomos e os entes de cooperação.

5.1. SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS


Os serviços sociais autônomos podem ser conceituados como pessoas jurídicas de
direito privado, instituídas mediante autorização legal, para ministrar assistência ou ensino
a certas categorias profissionais.
No entanto, ainda que sejam constituídos para atender as demandas de determinada
categoria profissional, o leque de atuação dessas entidades, nos dias atuais, é bastante
amplo, alcançando, inclusive, pessoas não compreendidas na categoria atendida.

EXEMPLO
Como exemplo, podemos listar as entidades do Sistema S, tais como o Senai (ensino aos
trabalhadores da Indústria), Senac (ensino aos trabalhadores do comércio) e Senar (ensino
ao trabalhador rural).
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Tais entidades são mantidas por dotações orçamentárias e por contribuições corporativas
incidentes sobre a remuneração paga aos empregados pelas pessoas jurídicas compreendidas
no ramo de atuação da entidade. As contribuições corporativas são cobradas pela Receita
Federal do Brasil.

EXEMPLO
Assim, a título de exemplo, temos o SENAI (categoria da Indústria), que é financiado, além
das dotações orçamentárias, pelas contribuições devidas pelos empregadores da indústria
com base na remuneração que estes pagam a seus empregados.

Uma característica peculiar dos serviços sociais autônomos é que seus empregados
são regidos pela CLT, de forma que não é necessário concurso público como condição para
a admissão de pessoal, bastando, para tal, a realização de processo seletivo simplificado.
Neste sentido, merece destaque o entendimento do STF, expresso no julgado da ADIn 1864:

JURISPRUDÊNCIA
Não procede a afirmação de ofensa ao artigo 37, II, da Carta Federal, tendo em vista
que, conforme ficou salientado, os serviços sociais não integram a Administração
Pública, a quem está endereçada a norma constitucional. Somente a lei ou as normas
internas podem sujeitar os entes de cooperação à observância de contratar seus
empregados mediante concurso público.

Da mesma forma, segundo entendimento do TCU, tais entidades não se submetem,


integralmente, à lei das licitações, devendo apenas observar os princípios básicos da
administração pública para aquisição de bens ou prestação de serviços. Com isso, devem as
entidades elaborar um regulamento próprio, adotando as boas práticas de gestão quando
da contratação de bens e serviços particulares.
Tais características não impedem, no entanto, que os serviços sociais autônomos sejam
objeto de controle finalístico por parte do Poder Público. Da mesma forma, devem prestar
contas ao Tribunal de Contas dos recursos públicos recebidos, uma vez que, nestas hipóteses,
estão atuando como gestoras do patrimônio alheio.
No que se refere à justiça competente para processar e julgar as suas causas, o STF possui
entendimento sumulado de que estas devem ser propostas perante a Justiça Estadual,
conforme se observa da Súmula 516:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 516 - O Serviço Social da Indústria - SESI - está sujeito à jurisdição da Justiça
Estadual.

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Podemos resumir as características dos serviços sociais autônomos por meio do


seguinte esquema:

001. (CEBRASPE (CESPE)/ACE/TCE-RJ/CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2021) No


que se refere a serviços públicos, organizações sociais, sociedade civil de interesse público
e controle da administração pública, julgue o item seguinte.
Serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado, com ou sem fim
econômico, criadas por lei para desempenhar certas atividades, integrando a administração
pública indireta.

Os serviços sociais autônomos, assim como as demais entidades integrantes do terceiro


setor, não podem ter finalidade lucrativa. Além disso, tais entidades não fazem parte da
Administração Pública Indireta.
Errado.

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5.2. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS


As organizações sociais surgiram com a necessidade de enxugamento do Estado,
decorrentes das diretrizes da reforma gerencial iniciada em 1995, com a transferência
paulatina de certas atividades não exclusivas de Estado para o setor privado.

5.2.1. QUALIFICAÇÃO E DESQUALIFICAÇÃO


O próprio termo “organização social” não se trata da criação de uma nova entidade,
mas sim de uma qualificação que é concedida pelo Poder Público às pessoas jurídicas de
direito privado que atendam aos requisitos estabelecidos em lei.
Inicialmente, temos uma entidade de direito privado sem fins lucrativos (que pode
ser uma associação, uma organização outra forma de constituição). Posteriormente, tal
pessoa jurídica firma um contrato de gestão com o Poder Público, instrumento através do
qual se compromete a cumprir as metas estabelecidas pelo Estado e a prestar contas da
utilização dos recursos públicos. Como contrapartida, recebe isenções, dotações e outras
formas de fomento por parte do Poder Público.
Assim, podemos afirmar que, com a celebração do contrato de gestão, a agora organização
social possui uma redução na sua independência (uma vez que passa a ter que prestar
contas de suas atividades) e um aumento do seu leque de atuação (pois passa a participar
das políticas públicas do Estado, ainda que não integre a administração pública).
Para que uma entidade possa ser qualificada como organização social, deve cumprir
uma série de requisitos, que podem ser divididos em gerais e específicos.
Como requisitos gerais para a qualificação, temos a obrigatoriedade de a entidade ser
uma pessoa jurídica de direito privado, não possuir fins lucrativos e exercer suas atividades
em um dos seguintes setores: ensino, cultura, saúde, pesquisa científica, desenvolvimento
tecnológico ou proteção e preservação do meio ambiente.
Merece destaque, no que se refere aos requisitos gerais, o inteiro teor do artigo 1º da
Lei 9.637:

Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

Com relação aos requisitos específicos, temos a necessidade de aprovação, por parte
do Ministro da respectiva área, da conveniência e oportunidade da qualificação da entidade
como organização social.
Além disso, a entidade que deseja se qualificar deve comprovar o registro dos seus atos
constitutivos, que, obrigatoriamente, deverão dispor sobre (art. 2º, I, da Lei 9.637):
a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de atuação;
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b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes


financeiros no desenvolvimento das próprias atividades;
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e de
direção, um conselho de administração e uma diretoria definidos nos termos do estatuto,
asseguradas àquele composição e atribuições normativas e de controle básicas previstas
nesta Lei;
d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes
do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e
idoneidade moral;
e) composição e atribuições da diretoria;
f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos relatórios financeiros
e do relatório de execução do contrato de gestão;
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto;
h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer
hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou
membro da entidade;
i) previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das doações que lhe
foram destinados, bem como dos excedentes financeiros decorrentes de suas atividades, em
caso de extinção ou desqualificação, ao patrimônio de outra organização social qualificada
no âmbito da União, da mesma área de atuação, ou ao patrimônio da União, dos Estados,
do Distrito Federal ou dos Municípios, na proporção dos recursos e bens por estes alocados.

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Salienta-se que o ato de qualificação como organização social, que é de competência


do Ministro da área em que a entidade desempenhe suas tarefas ou do Ministro do MPOG,
será sempre um ato discricionário, ou seja, a qualificação pode ou não ser concedida à
entidade, ainda que esta atenda aos requisitos estabelecidos em Lei.
A fiscalização das atividades desempenhadas pela entidade será feita pelo órgão
superior da atividade que está sendo fomentada. Caso o responsável pela fiscalização,
verificando irregularidades, não as comunique ao Tribunal de Contas, será responsabilizado
solidariamente por todos os danos e prejuízos causados.
A desqualificação da entidade como organização social poderá ser solicitada tanto pela
entidade, a pedido, como pelo descumprimento das obrigações previstas no contrato de gestão.
Dessa forma, caso a entidade não cumpra com as obrigações estabelecidas no contrato
de gestão, deverá o Poder Público deverá instaurar processo administrativo com vistas a
assegurar à entidade o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Tendo sido verificadas as irregularidades, será decretada a desqualificação da entidade.

5.2.2. FORMAS DE INCENTIVO


Uma vez qualificadas como organizações sociais, as pessoas jurídicas passam a ser
declaradas como entidades de interesse social e utilidade pública, conforme previsão do
artigo 11 da Lei 9.637.
Como consequência, passam a poder usufruir dos seguintes incentivos concedidos pelo
Poder Público:
a) Cessão de servidores, mantido o ônus para a administração: Nesta situação, a
administração cede servidores para utilização das organizações sociais, que passa a contar
com pessoal suficiente para o desempenho de suas atribuições. Salienta-se que o ônus pelo
pagamento da remuneração e dos demais benefícios aos agentes público continua sendo
de responsabilidade do Poder Público.
b) Destinação de recursos orçamentários: A destinação de recursos orçamentários
trata da principal forma de incentivo das atividades desempenhadas pelas organizações
sociais. Desta forma, quando da elaboração do orçamento da administração pública, uma
parte dos valores é destinado às mencionadas entidades.
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c) Destinação de bens públicos: Os bens públicos necessários ao cumprimento das


finalidades das organizações sociais poderão ser cedidos pelo Poder Público. No entanto,
como estamos diante de bens públicos (que até então pertenciam à própria administração),
uma série de características devem ser observadas, tal como a impossibilidade de inalienação
e de penhora.
A cessão de bens públicos, quando destinados às organizações sociais, deve ser realizada
com dispensa de licitação. Caso, posteriormente à cessão, ocorra a desqualificação da
entidade, tais bens serão revertidos ao Poder Público que realizou a cessão.

5.2.3. PUBLICIZAÇÃO
Importante conceito relacionado com as organizações sociais é o de publicização, que
pode ser entendido como a concessão de diversos incentivos (tais como a cessão de imóveis
ou servidores e a isenção de tributos) como forma de fomentar a prestação de serviços
por parte das entidades.
Fala-se em publicização porque, ao firmar contrato de gestão e receber a qualificação
de organização social, as entidades passam a executar atividades que até então eram
desempenhadas pelo próprio Estado. Assim, o Poder Público deixa de o responsável pela
execução das políticas públicas desenvolvidas e passa a apenas controlar e regulamentar
como as atividades estão sendo desempenhadas pela organização social.
De acordo com o entendimento de José dos Santos Carvalho Filho, o termo publicização
refere-se, basicamente, a um processo de desestatização das atividades não exclusivas
do Estado:

O que existe, na realidade, é o cumprimento de mais uma etapa do processo de desestatização,


pelo qual o Estado se afasta do desempenho direto da atividade, ou, se se preferir, da prestação
direta de alguns serviços públicos, mesmo não econômicos, delegando-a a pessoas de direito
privado não integrantes da Administração Pública.
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5.3. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO


As organizações da sociedade civil de interesse público são entidades privadas, sem
fins lucrativos, que desenvolvem atividades de interesse do Estado. Possuem diversas
semelhanças com as organizações sociais, sendo que as diferenças entre as duas entidades
é constantemente objeto de questões de prova.

5.3.1. QUALIFICAÇÃO E DESQUALIFICAÇÃO


Quando estudamos as organizações sociais, verificamos que tais entidades recebem
esta qualificação após a celebração de um contrato de gestão com o Poder Público. Da
mesma forma, foi mencionado que a qualificação trata-se de um ato discricionário da
administração, que pode ou não conceder a qualificação ainda que as entidades preencham
todos os requisitos legais.
Para a qualificação como organização da sociedade civil de interesse público, no entanto,
o processo é outro. Assim, caso a entidade sem fins lucrativos atenda aos requisitos legais,
o Poder Público, obrigatoriamente, deve proceder à respectiva qualificação.
Cabe ao Ministro da Justiça, por meio de ato administrativo vinculado, a qualificação
das entidades como organização da sociedade civil de interesse público. Ao contrário do
que ocorre com as organizações sociais, no entanto, a simples qualificação não confere à
entidade o direito de receber incentivos do Poder Público.
Devem as oscips, após receberem tal qualificação, firmar termo de parceria com a
administração pública, oportunidade em que serão definidos os direitos, as obrigações
e as responsabilidades da entidade. É neste momento, também, que as oscips passam a
poder contar com incentivos concedidos pelo Poder Público em troca do cumprimento das
metas estabelecidas.
O termo de parceria em muito se assemelha ao contrato de gestão, sendo que as
principais diferenças entre os dois instrumentos residem no fato de que o termo de parceria
não prevê a utilização, como incentivo governamental, da cessão de bens públicos ou de
servidores públicos para a entidade parceira.
Como forma de facilitar o entendimento acerca das duas formas de qualificação,
relaciona-se abaixo como ocorrem ambos os processos:

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Destaque-se que a qualificação como organização da sociedade civil de interesse


público é anterior à celebração do termo de parceria, ao passo que a qualificação como
organização social ocorre com a celebração do contrato de gestão. Outra diferença é que a
celebração de contrato de gestão é ato discricionário do Poder Público. Já a qualificação
como oscip deve ser obrigatoriamente concedida a todas as entidades que preencham os
requisitos legais, tratando-se, por isso mesmo, de um ato vinculado.
A desqualificação de uma entidade como organização da sociedade civil de interesse público
pode ocorrer de duas formas: a pedido da própria entidade ou mediante decisão proferida em
processo administrativo ou judicial. Neste sentido, importante frisar que são competentes
para solicitar a instauração do processo o Ministério Público e qualquer cidadão. Em todos
os casos, deverá ser assegurada à entidade as garantias do contraditório e da ampla defesa.

Como regra, todas as pessoas jurídicas de direito privado que não possuam fins lucrativos
podem ser qualificadas como OSCIP, que, como já ressaltado, trata-se de um ato vinculado
do Poder Público. Em outras palavras, é correto afirmar que a administração, desde que
atendidos os requisitos legais, deve conceder a qualificação como OSCIP à entidade.
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Entretanto, duas são as situações em que a qualificação não poderá ser concedida,
sendo elas as referentes à área de atuação e às entidades expressamente vedadas por lei.
Em ambos os casos, o Poder Público não poderá proceder à qualificação da entidade.

5.3.2. ÁREAS DE ATUAÇÃO


Em seu artigo 3º, a Lei 9.790/1999 estabelece as áreas de atuação que devem ser exercidas
pela entidade sem fins lucrativos para que esta possa ser qualificada como organização
da sociedade civil de interesse público. Vejamos quais são as áreas passíveis de atuação:
• Promoção da assistência social;
• Promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
• Promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação
das respectivas organizações;
• Promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação
das respectivas organizações;
• Promoção da segurança alimentar e nutricional;
• Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável;
• Promoção do voluntariado;
• Promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
• Experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio produtivos e de sistemas
alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
• Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica
gratuita de interesse suplementar;
• Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de
outros valores universais;
• Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e
divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito
às atividades mencionadas neste artigo.

5.3.3. VEDAÇÕES À QUALIFICAÇÃO


Não são todas as pessoas jurídicas, ainda que de direito privado e sem fins lucrativos,
que podem ser qualificadas como organização da sociedade civil de interesse público.
A Lei Federal 9.790/1999, que é o diploma que regulamenta todas as condições de
funcionamento de tais entidades, estabelece uma lista das pessoas que não podem receber
tal qualificação (art. 2º). Nestes casos, ainda que as entidades exerçam suas atividades
em áreas que sejam do interesse das OSCIPs, a qualificação não poderá ser concedida.

Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
I – as sociedades comerciais;
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II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;


III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais;
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V – as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo
restrito de associados ou sócios;
VI – as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
IX – as organizações sociais;
X – as cooperativas;
XI – as fundações públicas;
XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público
ou por fundações públicas;

XIII – as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema
financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
Não constituem impedimento à qualificação como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público as operações destinadas a microcrédito realizadas com instituições
financeiras na forma de recebimento de repasses, venda de operações realizadas ou
atuação como mandatárias.
Importante salientar que uma mesma entidade não pode ser qualificada, simultaneamente,
como organização social e como organização da sociedade civil de interesse público, ainda
que reúna os requisitos necessários para as duas qualificações.
Vamos sintetizar, no quadro a seguir, as principais características das organizações
sociais e das organizações da sociedade civil de interesse público, bem como suas diferenças.
Organização da sociedade civil do interesse
Organização social
público
Pessoa jurídica de direito privado sem fins
Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos
lucrativos
Não integram a administração pública Não integram a administração pública
São fomentadas pelo poder público São fomentadas pelo poder público
Firmam contrato de gestão Firmam termo de parceria
Qualificação ocorre com a celebração do contrato de Qualificação é anterior à celebração de termo de
gestão parceria
Trata-se a qualificação de um ato discricionário Trata-se a qualificação de um ato vinculado
Qualificação é competência do Ministro da respectiva Qualificação é competência do Ministro da
área de atuação e do Ministro do MPOG Justiça
Recebem diversos incentivos, dentre os quais destaca- Recebem diversos incentivos, mas não pode haver
se a cessão de servidores e de bens públicos a cessão de servidores ou de bens públicos

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002. (CEBRASPE (CESPE)/PJ (MPE AP)/MPE AP/2021) A qualificação como organização da


sociedade civil de interesse público (OSCIP) apenas será útil para as entidades que pretendam
a) obter a qualificação de organizações sociais.
b) promover trabalho voluntário remunerado.
c) firmar termo de parceria com o poder público.
d) obter isenção do imposto de renda.
e) promover a assistência social custeada pelo Estado.

A qualificação como OSCIP é útil para as entidades que tenham o objetivo de firmar termo
de parceria com o poder público. Neste sentido, por exemplo, merece ser destacada a
previsão do artigo 9º da Lei 9.790/1999:

Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes,
para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.

Letra c.

5.4. ENTIDADES DE APOIO


Assim como ocorre com as demais entidades que fazem parte do “terceiro setor”,
as entidades de apoio são pessoas jurídicas de direito privado e sem fins lucrativos. No
entanto, uma série de controvérsias e divergência doutrinárias paira sobre as entidades
de apoio, conforme iremos analisar.
De início, precisamos conhecer o conceito de tais entidades, que, de acordo com a
professora Di Pietro, é o seguinte:

(...) as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores
públicos, porém em nome próprio, sob a forma de fundação, associação ou cooperativa, para
a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo vínculo
jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de convênio.

Uma primeira peculiaridade das entidades de apoio está na criação. Ao contrário do


que ocorre com as demais integrantes do terceiro setor, tais entidades são instituídas
por servidores públicos.

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Nada impede, no entanto, que a constituição seja feita por meio de outras pessoas
vinculadas à organização (como, por exemplo, a criação de uma entidade de apoio por ex-
alunos de uma faculdade).
Ainda que boa parte da doutrina afirme que as entidades de apoio são constituídas sob
a forma de fundação (sendo esta, inclusive, a regra em nosso ordenamento jurídico), tais
pessoas jurídicas podem perfeitamente ser constituídas, também, sob a forma de associação
ou cooperativa. O que não é possível, como já ressaltado, é a finalidade lucrativa da entidade.
As entidades de apoio não carecem de autorização legal para a sua criação. Após sua
constituição, passam elas a desempenhar uma atividade não exclusiva do Estado.
Como a atividade que será desempenhada não pode ser exclusiva do Poder Público, não
poderemos ter, por exemplo, a constituição de entidade de apoio com o objetivo de realizar
atividades de saúde, haja vista que remo de atividade, em nosso ordenamento, é exclusivo do Estado.
No entanto, as atividades a serem desempenhadas pelas entidades de apoio devem,
sempre, ser sociais, ou seja, ligadas a uma prestação de serviços para toda a coletividade.

Obs.: No Brasil, a imensa maioria das entidades de apoio desempenham atividades


relacionadas com a educação.
As entidades de apoio, assim como ocorre com as demais pessoas integrantes do terceiro
setor, estão sujeitas ao controle exercido pelo Tribunal de Contas. Frisa-se, contudo, que o
controle realizado incide apenas sobre a parcela da atividade ligada aos serviços sociais prestados.
Em sentido oposto, as demais atividades da entidade (que é, em última análise, uma
pessoa jurídica de direito privado) não são objeto de fiscalização.
A grande divergência, nos dias atuais, com relação às entidades de apoio, está na forma
como o vínculo é mantido entre a pessoa jurídica e a Administração Pública.
Inicialmente, era pacífico da doutrina o entendimento de que tal vínculo deveria ser
firmado por meio de convênio, uma vez que o interesse de ambas as partes, na celebração
do vínculo, era comum, em sentido oposto ao que ocorre, por exemplo, com os contratos
(onde temos interesses opostos sendo buscados pelas partes envolvidas).
Com a entrada em vigor da Lei 13.019/2014, que instituiu o regime de parcerias, os
convênios, inicialmente, passaram a ser uma possibilidade exclusiva das parcerias firmadas
entre os entes federados.

Art. 84. Salvo nos casos expressamente previstos, não se aplica às relações de fomento e de
colaboração regidas por esta Lei o disposto na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e na legislação
referente a convênios, que ficarão restritos a parcerias firmadas entre os entes federados.

Com isso, o entendimento doutrinário era o de que, por exclusão, o vínculo mantido
entre a Administração Pública e as entidades de apoio deveria ser feito por meio de termo
de colaboração ou fomento. No entanto, o entendimento não levava a um consenso por
parte dos principais autores administrativistas.
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Em 2015, com as alterações promovidas na Lei 13.019/2014, o texto do mencionado


artigo 84 foi revogado, passando a constar com a seguinte redação:

Art. 84. Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei n. 8.666, de 21 de junho
de 1993.
Parágrafo único. São regidos pelo art. 116 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, convênios:
I – entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas;
II – decorrentes da aplicação do disposto no inciso IV do art. 3º.

As características das entidades de apoio podem ser mais bem visualizadas por meio
do seguinte quadro:

6. REGIME DE PARCERIAS
A Lei 13.019, de 2014, foi a responsável por estabelecer o regime jurídico das parcerias
entre a Administração Pública e as organizações da sociedade civil.
Logo em seu artigo 1º, a norma em questão apresenta o objetivo a ser alcançado com a sua
edição, bem como o caráter que tais disposições apresentam em nosso ordenamento jurídico.

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Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações
da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.

Verifica-se, da leitura do artigo apresentado, que as parcerias, independente do


instrumento utilizado, terão, de um lado, a Administração Pública, e de outro uma organização
da sociedade civil.

Todos os três conceitos apresentados possuem, de acordo com a Lei 13.019/2014,


importantes definições.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


I – organização da sociedade civil:
a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou associados,
conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras,
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades,
e que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata
ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva;
b) as sociedades cooperativas previstas na Lei no 9.867, de 10 de novembro de 1999; as integradas
por pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social; as alcançadas por programas e
ações de combate à pobreza e de geração de trabalho e renda; as voltadas para fomento, educação e
capacitação de trabalhadores rurais ou capacitação de agentes de assistência técnica e extensão rural;
e as capacitadas para execução de atividades ou de projetos de interesse público e de cunho social.
c) as organizações religiosas que se dediquem a atividades ou a projetos de interesse público e
de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos;
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II – administração pública: União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias,


fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público,
e suas subsidiárias, alcançadas pelo disposto no § 9º do art. 37 da Constituição Federal;
III – parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação
jurídica estabelecida formalmente entre a administração pública e organizações da sociedade
civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco, mediante a execução de atividade ou de projeto expressos em termos de colaboração,
em termos de fomento ou em acordos de cooperação;

Com relação às organizações da sociedade civil, é importante salientar que estas, para
firmarem parceria com o Poder Público, não podem ter finalidade lucrativa.
Merece destaque, ainda, a definição de Administração Pública, que, ao contrário do que
ocorre quando do estudo da organização administrativa, não é composta, no regime de
parcerias, pelas empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de
atividades econômicas.
Em sentido diverso, a Administração Pública, para fins de celebração de parcerias com
as organizações da sociedade civil compreende as autarquias, as fundações públicas, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista prestadoras de serviço público
e, ainda, as respectivas subsidiárias.
São estas entidades, em última análise, as que podem celebrar termo de parcerias
com as organizações da sociedade civil.

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DICA
Considerando que a Lei 13.019/2019 é uma lei nacional
e instituidora de normas gerais, suas disposições são
aplicadas para as entidades da Administração Pública (acima
relacionadas) de todos os entes federativos: União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.

Com a edição do estatuto das parcerias, a regra passou a ser a possibilidade de celebração
deste tipo de vínculo entre o Poder Público e as organizações da sociedade civil.
Em caráter de exceção, deve ser ressaltado que as disposições da Lei 13.019/2014 não
são aplicadas a uma série de situações específicas, como por exemplo os contratos de gestão
firmados com as organizações sociais e os termos de parceria celebrados com as OSCIPs.
Vejamos as situações legalmente previstas em que as disposições da Lei 13.019/2014
não são aplicadas:
Art. 3º Não se aplicam as exigências desta Lei:
I – às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou autorizadas
pelo Senado Federal naquilo em que as disposições específicas dos tratados, acordos e
convenções internacionais conflitarem com esta Lei;
III – aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que cumpridos
os requisitos previstos na Lei n. 9.637, de 15 de maio de 1998;
IV – aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem fins
lucrativos nos termos do § 1º do art. 199 da Constituição Federal; (Convênios e contratos
celebrados para a participação complementar no sistema único de saúde)
V – aos termos de compromisso cultural referidos no § 1º do art. 9º da Lei no 13.018, de
22 de julho de 2014; (Transferências de recursos para entidades culturais)
VI – aos termos de parceria celebrados com organizações da sociedade civil de interesse
público, desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei no 9.790, de 23 de março de 1999;
VII – às transferências referidas no art. 2º da Lei no 10.845, de 5 de março de 2004, e nos
arts. 5º e 22 da Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009; (Transferências para a execução do
Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas
Portadoras de Deficiência, do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE e do
Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE)
IX – aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em
favor de organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas por:
a) membros de Poder ou do Ministério Público;
b) dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública;
c) pessoas jurídicas de direito público interno;
d) pessoas jurídicas integrantes da administração pública;
X livro
O conteúdo deste – àseletrônico
parcerias entre
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administração pública
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os serviços sociais
vedada, autônomos.
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6.1. ENTIDADES APTAS E ENTIDADES PROIBIDAS


Como anteriormente informado, a celebração de parcerias, com a entrada em vigor da
Lei 13.019/2014, passou a ser possível com todas as organizações da sociedade civil, desde
que estas, por sua vez, atendam aos requisitos legalmente previstos.
Neste sentido, merece destaque o artigo 33 da norma em estudo, que versa sobre os
requisitos específicos que devem ser atendidos pelas organizações da sociedade civil.

Art. 33. Para celebrar as parcerias previstas nesta Lei, as organizações da sociedade civil deverão
ser regidas por normas de organização interna que prevejam, expressamente:
I – objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e social;
III – que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido seja transferido a
outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos desta Lei e cujo objeto social
seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta;
IV – escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas
Brasileiras de Contabilidade;
V – possuir:
a) no mínimo, um, dois ou três anos de existência, com cadastro ativo, comprovados por meio
de documentação emitida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com base no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, conforme, respectivamente, a parceria seja celebrada no
âmbito dos Municípios, do Distrito Federal ou dos Estados e da União, admitida a redução desses
prazos por ato específico de cada ente na hipótese de nenhuma organização atingi-los;
b) experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza semelhante;
c) instalações, condições materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento
das atividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas.

Como veremos adiante, três são os instrumentos que poderão ser celebrados entre a
Administração Pública e as entidades da sociedade civil, sendo eles o termo de fomento,
o termo de colaboração e o acordo de colaboração.
Assim, quando o instrumento celebrado for o acordo de cooperação, apenas um dos
requisitos estabelecidos deverá ser atendido, sendo ele a necessidade da entidade ser regida
por uma norma interna que estabeleça objetivos voltados à promoção de atividades e
finalidades de relevância pública e social.
É importante conhecermos, em sentido oposto, as entidades que estão impedidas de
celebrar parcerias com o Poder Público. A lista expressa no texto da Lei 13.019/2014 é
taxativa, assim como ocorre com todas as listas que vedam o exercício de determinados
direitos ou exercícios.
Art. 39. Ficará impedida de celebrar qualquer modalidade de parceria prevista nesta
Lei a organização da sociedade civil que:
I – não esteja regularmente constituída ou, se estrangeira, não esteja autorizada a
funcionar no território nacional;
II –livroesteja
O conteúdo deste omissa
eletrônico nopara
é licenciado dever de
Simone prestar
Venâncio contas
dos Santos de
Xavier parceria vedada,
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III – tenha como dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão
ou entidade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado
o termo de colaboração ou de fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou
companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau;
IV – tenha tido as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos cinco anos,
exceto se:
a) for sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os débitos eventualmente
imputados;
b) for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição;
c) a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso com efeito
suspensivo;
V – tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que durar a penalidade:
a) suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração;
b) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública;
c) a prevista no inciso II do art. 73 desta Lei (suspensão temporária da participação
em chamamento público e impedimento de celebrar parceria ou contrato com órgãos
e entidades da esfera de governo da administração pública sancionadora, por prazo
não superior a dois anos).
d) a prevista no inciso III do art. 73 desta Lei (declaração de inidoneidade para participar
de chamamento público ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades
de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes da
punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que
aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a organização da sociedade civil
ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo
da sanção aplicada com base no inciso II).
VI – tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou
Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos
8 (oito) anos;
VII – tenha entre seus dirigentes pessoa:
a) cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares ou rejeitadas por
Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível,
nos últimos 8 (oito) anos;
b) julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão
ou função de confiança, enquanto durar a inabilitação;
c) considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem os prazos
estabelecidos nos incisos I, II e III do art. 12 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992. (Prazos
de 10, 5 e 3 anos)

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Por fim, a norma estabelece, ainda, que é vedada a celebração de parcerias que tenham por
objeto, envolvam ou incluam, direta ou indiretamente, a delegação das funções de regulação,
de fiscalização, de exercício do poder de polícia ou de outras atividades exclusivas de Estado.

6.2. CHAMAMENTO PÚBLICO


Ainda que a celebração de parcerias não dependa da realização de licitação, o legislador,
em plena sintonia com os princípios da isonomia e da impessoalidade, estabeleceu a
obrigatoriedade, como regra geral, da realização do chamamento público.
Trata-se o chamamento público, desta forma, de um procedimento realizado com o objetivo
de selecionar organizações da sociedade civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.
Basicamente, o chamamento público segue as mesmas etapas do procedimento licitatório,
ainda que não possa ser classificado como uma nova modalidade de licitação.
Assim, no âmbito do chamamento, tal como acontece com as licitações, a regra é a
realização do procedimento, sendo exceções as hipóteses de dispensa ou de inexigibilidade.

Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de
fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.

De acordo com a Lei 13.019/2014, o edital do chamamento público especificará, no


mínimo, as seguintes características:
• A programação orçamentária que autoriza e viabiliza a celebração da parceria;
• O objeto da parceria;
• As datas, os prazos, as condições, o local e a forma de apresentação das propostas;
• As datas e os critérios de seleção e julgamento das propostas, inclusive no que se
refere à metodologia de pontuação e ao peso atribuído a cada um dos critérios
estabelecidos, se for o caso;
• O valor previsto para a realização do objeto;
• As condições para interposição de recurso administrativo;
• A minuta do instrumento por meio do qual será celebrada a parceria;
• De acordo com as características do objeto da parceria, medidas de acessibilidade
para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e idosos.
Assim acontece com as licitações, os procedimentos utilizados no âmbito do chamamento
público devem ser claros, objetivos e simplificados, tendo como principais objetivos a orientação
aos interessados e a facilitação do acesso direto aos seus órgãos e instâncias decisórias.
Para que os objetivos sejam alcançados, a Administração Pública deverá estabelecer,
sempre que possível, critérios quanto às seguintes características:
a) objetos;
b) metas;
c)livro
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d) indicadores, quantitativos ou qualitativos, de avaliação de resultados.


A regra é a realização do chamamento público. Em caráter de exceção, a Lei 13.019/2014
elenca situações em que o procedimento não será realizado em virtude de dispensa ou,
ainda, de inexigibilidade.
A diferença entre os institutos está no fato de que a inexigibilidade está fundamentada
na impossibilidade jurídica de competição. Logo, na inexigibilidade o chamamento público não
poderá ocorrer, tratando-se a contratação direta de uma obrigatoriedade para o Poder Público.
Nas situações de dispensa, por sua vez, o chamamento pode ou não ser realizado,
tratando-se a realização do procedimento de uma faculdade para a Administração Pública.
Além disso, as situações de chamamento dispensável estão previstas de forma taxativa
no texto da norma, ao passo que as inexigibilidades, em sentido diverso, constam como
uma lista meramente exemplificativa. Vejamos as mencionadas hipóteses:
Art. 30. A administração pública poderá dispensar a realização do chamamento público:
I – no caso de urgência decorrente de paralisação ou iminência de paralisação de atividades
de relevante interesse público, pelo prazo de até cento e oitenta dias;
II – nos casos de guerra, calamidade pública, grave perturbação da ordem pública ou
ameaça à paz social;
III – quando se tratar da realização de programa de proteção a pessoas ameaçadas ou
em situação que possa comprometer a sua segurança;
VI – no caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de educação, saúde e
assistência social, desde que executadas por organizações da sociedade civil previamente
credenciadas pelo órgão gestor da respectiva política.
Art. 31. Será considerado inexigível o chamamento público na hipótese de inviabilidade
de competição entre as organizações da sociedade civil, em razão da natureza singular
do objeto da parceria ou se as metas somente puderem ser atingidas por uma entidade
específica, especialmente quando:
I – o objeto da parceria constituir incumbência prevista em acordo, ato ou compromisso
internacional, no qual sejam indicadas as instituições que utilizarão os recursos;
II – a parceria decorrer de transferência para organização da sociedade civil que esteja
autorizada em lei na qual seja identificada expressamente a entidade beneficiária, inclusive
quando se tratar da subvenção prevista no inciso I do § 3º do art. 12 da Lei no 4.320, de 17 de março
de 1964, observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.
Chamamento Público Dispensável Chamamento Público Inexigível
Procedimento pode ou não ser realizado Procedimento não pode ser realizado
Hipóteses previstas de forma
Hipóteses previstas de forma taxativa
exemplificativa
Vários são os fundamentos para a não Tem como fundamento a impossibilidade
realização, como a segurança e a urgência. jurídica de competição

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6.3. TERMO DE COLABORAÇÃO, TERMO DE FOMENTO E ACORDO DE COOPERAÇÃO


Três são os instrumentos que podem ser utilizados para a celebração das parcerias
regidas pela Lei 13.019/2014, sendo eles o termo de colaboração, o termo de fomento
e o acordo de cooperação.

Obs.: Termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela
administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros;
Termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações
da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros;
Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para
a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a
transferência de recursos financeiros;

Com relação ao termo de colaboração e ao termo de fomento, a diferença entre ambos


os instrumentos está na pessoa que propõe o plano de trabalho.
Quando o plano de trabalho for proposto pela Administração Pública, o instrumento
a ser utilizado é o termo de colaboração. Quando o plano de trabalho for proposto pela
entidade da sociedade civil, será feito uso do termo de fomento.
Ambos os institutos envolvem, obrigatoriamente, a transferência de recursos
financeiros, conforme previsão dos artigos 16 e 17 da norma em análise:

Art. 16. O termo de colaboração deve ser adotado pela administração pública para consecução
de planos de trabalho de sua iniciativa, para celebração de parcerias com organizações da
sociedade civil que envolvam a transferência de recursos financeiros.
Art. 17. O termo de fomento deve ser adotado pela administração pública para consecução de
planos de trabalho propostos por organizações da sociedade civil que envolvam a transferência
de recursos financeiros.

Mas será que as disposições da Lei 13.019/2014 são aplicadas, apenas, às parcerias que
envolvem a transferência de recursos financeiros?

De forma alguma! As parcerias também poderão ser formalizadas, em sentido diverso,


sem que haja, necessariamente, a transferência de recursos financeiros.

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Assim, sempre que estivermos diante de uma parceria entre o Poder Público e uma
entidade da sociedade civil e o instrumento pactuado não envolver a transferência de
recursos financeiros, deverá ser feito uso do acordo de cooperação.

003. (FCC/JE TJGO/TJ GO/2021) A Associação Goiana de Aeromodelismo, entidade privada


sem fins lucrativos, procura a Secretaria da Educação de Goiás, propondo a realização de
um projeto de oficinas de aeromodelismo nas escolas estaduais, sendo que tal proposta
se coaduna com um dos objetivos de seu estatuto social, referente à “promoção de ações
educativas associadas ao aeromodelismo”. Conforme o plano de trabalho proposto para
o ajuste, voluntários do quadro da entidade atuarão como instrutores de forma gratuita,
cabendo ao órgão estadual fornecer o material de consumo e disponibilizar as instalações
para desenvolvimento da atividade. Diante de tais características e tendo em vista o que
dispõe a Lei n. 13.019, de 31 de julho de 2014, constata-se que se pretende estabelecer um
a) convênio, visto que houve a apresentação de plano de trabalho pela entidade proponente.
b) termo de parceria, visto que a entidade, por suas características, pode ser considerada
uma OSCIP.
c) termo de fomento, haja vista que o projeto foi proposto pela entidade civil.
d) termo de colaboração, visto que o fornecimento de materiais pelo Estado pode ser
considerado uma forma de repasse financeiro.
e) acordo de cooperação, visto que o ajuste não implica transferência de recursos financeiros.
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Na medida em que ajuste pactuado não envolve a transferência de recursos financeiros, o


instrumento que deve ser utilizado é o acordo de cooperação.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


VIII – A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de
recursos financeiros;

Letra e.

Independentemente do instrumento celebrado, a Lei 13.019/2014 elenca uma série


de cláusulas que sempre deverão estar presentes quando da formalização das parcerias.
Vejamos todas elas...

Art. 42. As parcerias serão formalizadas mediante a celebração de termo de colaboração, de termo
de fomento ou de acordo de cooperação, conforme o caso, que terá como cláusulas essenciais:
I – a descrição do objeto pactuado;
II – as obrigações das partes;
III – quando for o caso, o valor total e o cronograma de desembolso;
V – a contrapartida, quando for o caso, observado o disposto no § 1º do art. 35;
VI – a vigência e as hipóteses de prorrogação;
VII – a obrigação de prestar contas com definição de forma, metodologia e prazos;
VIII – a forma de monitoramento e avaliação, com a indicação dos recursos humanos e tecnológicos
que serão empregados na atividade ou, se for o caso, a indicação da participação de apoio técnico
nos termos previstos no § 1º do art. 58 desta Lei;
IX – a obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos previstos nesta Lei;
X – a definição, se for o caso, da titularidade dos bens e direitos remanescentes na data da
conclusão ou extinção da parceria e que, em razão de sua execução, tenham sido adquiridos,
produzidos ou transformados com recursos repassados pela administração pública;
XII – a prerrogativa atribuída à administração pública para assumir ou transferir a responsabilidade
pela execução do objeto, no caso de paralisação, de modo a evitar sua descontinuidade;
XIV – quando for o caso, a obrigação de a organização da sociedade civil manter e movimentar
os recursos em conta bancária específica, observado o disposto no art. 51;
XV – o livre acesso dos agentes da administração pública, do controle interno e do Tribunal de
Contas correspondente aos processos, aos documentos e às informações relacionadas a termos
de colaboração ou a termos de fomento, bem como aos locais de execução do respectivo objeto;
XVI – a faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquer tempo, com as respectivas
condições, sanções e delimitações claras de responsabilidades, além da estipulação de prazo mínimo
de antecedência para a publicidade dessa intenção, que não poderá ser inferior a 60 (sessenta) dias;
XVII – a indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes da execução da parceria, estabelecendo
a obrigatoriedade da prévia tentativa de solução administrativa, com a participação de órgão
encarregado
O conteúdo deste livro eletrônico depara
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quaisquer meios e pública;
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XIX – a responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelo gerenciamento


administrativo e financeiro dos recursos recebidos, inclusive no que diz respeito às despesas
de custeio, de investimento e de pessoal;
XX – a responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelo pagamento dos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais relacionados à execução do objeto previsto no termo de
colaboração ou de fomento, não implicando responsabilidade solidária ou subsidiária da administração
pública a inadimplência da organização da sociedade civil em relação ao referido pagamento, os ônus
incidentes sobre o objeto da parceria ou os danos decorrentes de restrição à sua execução.

6.4. PRESTAÇÃO DE CONTAS


A prestação de contas pode ser definida como o procedimento em que se analisa e se
avalia a execução da parceria, pelo qual seja possível verificar o cumprimento do objeto
e o alcance das metas e dos resultados previstos, compreendendo duas fases:
a) apresentação das contas, de responsabilidade da organização da sociedade civil;
b) análise e manifestação conclusiva das contas, de responsabilidade da administração
pública, sem prejuízo da atuação dos órgãos de controle.
Com relação à esta etapa, devemos saber que a regra geral é a de que as entidades da
sociedade civil devem, conforme previsão da Lei 13.019/2014, apresentar a prestação de
contas no prazo de até 90 dias após o término da vigência da parceria. Tal prazo poderá,
quando necessário, ser prorrogado por mais 30 dias.
Quando, no entanto, a parceria exceder a um ano, a prestação de contas deverá ser
realizada, adicionalmente, ao término de cada exercício.
Constatada irregularidade ou omissão na prestação de contas, será concedido o prazo
de até 45 dias para que a organização da sociedade civil possa sanar a irregularidade ou
cumprir a obrigação.
Transcorrido o prazo para saneamento da irregularidade ou da omissão, não havendo
o saneamento, a autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade
solidária, deve adotar as providências para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis,
quantificação do dano e obtenção do ressarcimento, nos termos da legislação vigente.
Uma vez apresentadas, deve a Administração Pública apreciar a prestação final de contas no
prazo de até cento e cinquenta dias, contado da data de seu recebimento ou do cumprimento
de diligência por ela determinada, prorrogável justificadamente por igual período.
O transcurso do prazo definido sem que as contas tenham sido apreciadas:
a) não significa impossibilidade de apreciação em data posterior ou vedação a que se
adotem medidas saneadoras, punitivas ou destinadas a ressarcir danos que possam ter
sido causados aos cofres públicos;
b) nos casos em que não for constatado dolo da organização da sociedade civil ou de
seus prepostos, sem prejuízo da atualização monetária, impede a incidência de juros de
mora sobre débitos eventualmente apurados, no período entre o final do prazo referido
neste
O conteúdo parágrafo
deste livro e a data
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Venâncio a apreciação
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Após analisar a prestação de contas, deverá a Administração Pública decidir sobre uma
das seguintes medidas:
I – regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, o cumprimento dos
objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;
II – regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra
falta de natureza formal que não resulte em dano ao erário;
III – irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes circunstâncias:
a) omissão no dever de prestar contas;
b) descumprimento injustificado dos objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;
c) dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico;
d) desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos.
Quando a prestação de contas for avaliada como irregular, após exaurida a fase recursal,
se mantida a decisão, a organização da sociedade civil poderá solicitar autorização para
que o ressarcimento ao erário seja promovido por meio de ações compensatórias de
interesse público, mediante a apresentação de novo plano de trabalho, conforme o
objeto descrito no termo de colaboração ou de fomento e a área de atuação da organização,
cuja mensuração econômica será feita a partir do plano de trabalho original, desde que
não tenha havido dolo ou fraude e não seja o caso de restituição integral dos recursos.
Por fim, vejamos as sanções administrativas que podem ser aplicadas como decorrência
da execução irregular da parceria firmada com o Poder Público.

Art. 73. Pela execução da parceria em desacordo com o plano de trabalho e com as normas desta
Lei e da legislação específica, a administração pública poderá, garantida a prévia defesa, aplicar
à organização da sociedade civil as seguintes sanções:
I – advertência;
II – suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar
parceria ou contrato com órgãos e entidades da esfera de governo da administração pública
sancionadora, por prazo não superior a dois anos;
III – declaração de inidoneidade para participar de chamamento público ou celebrar parceria
ou contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os
motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a organização da sociedade
civil ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da
sanção aplicada com base no inciso II.

Importante salientar que as sanções de suspensão temporária, de impedimento de


celebrar parceria ou contrato e de declaração de inidoneidade são de competência exclusiva
de Ministro de Estado ou de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, conforme o caso.
Em ambos os casos, deve ser facultada a defesa do interessado no respectivo processo,
que será exercida no prazo de dez dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser
requerida após dois anos de aplicação da penalidade.
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004. (VUNESP/ADV (CODEN)/CODEN/2021) Acerca das parcerias entre a administração


pública e organizações da sociedade civil, a Lei Federal n. 13.019, de 31 de julho de 2014,
prevê procedimento em que se analisa e se avalia a execução da parceria, pelo qual seja
possível verificar o cumprimento do objeto da parceria e o alcance das metas e dos resultados
previstos, que corresponde a
a) prestação de contas.
b) apresentação das contas.
c) análise e manifestação conclusiva das contas.
d) procedimento averiguatório.
e) processo investigativo.

A definição apresentada é a de prestação de contas, nos termos da Lei 13.019/2014, de


seguinte redação:

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


XIV – prestação de contas: procedimento em que se analisa e se avalia a execução da parceria,
pelo qual seja possível verificar o cumprimento do objeto da parceria e o alcance das metas
e dos resultados previstos, compreendendo duas fases:
a) apresentação das contas, de responsabilidade da organização da sociedade civil;
b) análise e manifestação conclusiva das contas, de responsabilidade da administração pública,
sem prejuízo da atuação dos órgãos de controle;

Letra a.

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RESUMO
Ao longo dos anos, três foram as escolas presentes no âmbito da administração pública,
sendo elas a patrimonialista, a burocrática e a gerencial.
Com a administração patrimonial, tínhamos um modelo de gestão com o foco voltado
para as ações do soberano, sendo que todas as medidas por ele adotadas não levavam em
conta as necessidades da população, mas sim o interesse predominantemente particular.
Com a administração burocrática, passamos a contar com uma distinção entre o
patrimônio público e o patrimônio particular, de forma que as medidas adotadas pelo
Poder Público teriam que, obrigatoriamente, satisfazer as necessidades da coletividade.
A administração burocrática representou o início das formas de combate ao nepotismo
e à corrupção, tratando-se de um controle realizado sobre as atividades meio e pautado
nos princípios da legalidade e da impessoalidade.
Com a reforma administrativa, surge em nosso ordenamento a administração gerencial.
Com ela, o controle passa a ser exercido sobre as atividades fins, pautando-se no princípio
da eficiência.
Administração patrimonial Administração burocrática Administração gerencial
Patrimônio do soberano
Distinção entre o patrimônio público Distinção entre o patrimônio
era confundido com o
e privado público e privado
patrimônio público
Não há necessidade de Há necessidade de prestação de Há necessidade de prestação
prestação de contas contas de contas
Não há nenhum tipo de
Controle exercido sobre as Controle exercido sobre as
controle exercido sobre a
atividades meios atividades fins
atividade estatal
Predomínio da corrupção e Combate à corrupção e ao
Combate à corrupção e ao nepotismo
do nepotismo nepotismo
Administração pautada nos princípios Administração pautada no
Inexistência de princípios
da legalidade e da impessoalidade princípio da eficiência

Duas são as principais características da administração gerencial: o princípio da eficiência


e a possibilidade de celebração de contratos de gestão.
Com a Emenda Constitucional n. 19, a eficiência passou a ter o status de princípio
constitucional, sendo, por consequência, de observância obrigatória por toda a administração
pública de todos os entes federativos.
O princípio da eficiência traduz a necessidade de termos uma administração pautada
nas características da economicidade e da produtividade. Como exemplo, pode-se citar
a obrigatoriedade de aprovação em estágio probatório como condição para aquisição da
estabilidade do servidor público.

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O contrato de gestão, também conhecido como acordo programa, pode ser conceituado
como o vínculo estabelecido entre a administração direta com outros órgãos da administração,
com entidades da administração indireta ou ainda com as organizações sociais, entidades
do terceiro setor.
Quando ocorre a celebração de contrato de gestão com órgão da administração direta
ou com entidades da administração indireta, temos um aumento da autonomia. Em
sentido oposto, quando a celebração ocorre com entidades do terceiro setor, temos uma
redução da autonomia.
Três são os diferentes setores da atividade econômica.
O primeiro setor é constituído pelos órgãos e entidades do Poder Público que estão
encarregados de organizar e executar as políticas públicas.
O segundo setor é, em última análise, o próprio mercado, constituído pela vontade
das partes e regido pelo direito privado. Fazem parte do segundo setor todas as empresas
que disputam o mercado econômico, regidas pelo princípio da livre concorrência e com o
objetivo de auferir lucro.
O terceiro setor é formado por pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
e que prestam serviços de interesse público. No terceiro setor, temos a utilização de dinheiro
privado para fins públicos.
São exemplos de entidades do terceiro setor as organizações sociais, as organizações
da sociedade civil de interesse público e os serviços sociais autônomos. Tais entidades,
de acordo com a doutrina, são também conhecidas como entidades paraestatais.
Os serviços sociais autônomos podem ser conceituados como pessoas jurídicas de
direito privado, instituídas mediante autorização legal, para ministrar assistência ou ensino
a certas categorias profissionais.
São características dos serviços sociais autônomos: a) são pessoas jurídicas de
direito privado sem fins lucrativos, b) não integram a administração pública, c) estão
dispensados da regra constitucional do concurso público, devendo realizar processo seletivo,
d) não obedecem integralmente as normas de licitação, mas sim apenas os princípios da
administração pública, e) sua criação depende de lei autorizadora, f) são custeados por
contribuições corporativas incidentes na folha de pagamento, g) devem prestar contas de
sua gestão ao respectivo tribunal de contas e h) seus funcionários são regidos pela CLT.
As organizações sociais são uma qualificação que é concedida pelo Poder Público às
pessoas jurídicas de direito privado que atendam aos requisitos estabelecidos em lei.
Como requisitos gerais para a qualificação, temos a obrigatoriedade de a entidade
ser uma pessoa jurídica de direito privado, não possuir fins lucrativos e exercer suas
atividades em um dos seguintes setores: ensino, cultura, saúde, pesquisa científica,
desenvolvimento tecnológico ou proteção e preservação do meio ambiente.

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Diversas são as formas de incentivo concedidas pelo Poder Público às organizações


sociais, tais como a cessão de servidores com a manutenção do ônus para a administração,
a destinação de recursos orçamentários e a destinação de bens públicos.
As organizações sociais estão ligadas à necessidade de publicização das atividades estatais.
As organizações da sociedade civil de interesse público são entidades privadas, sem
fins lucrativos, que desenvolvem atividades de interesse do Estado.
As diferenças entre as organizações sociais e as organizações da sociedade civil de
interesse público podem ser visualizadas por meio do seguinte quadro:
Organização da sociedade civil do
Organização social
interesse público
Pessoa jurídica de direito privado sem fins Pessoa jurídica de direito privado sem fins
lucrativos lucrativos
Não integram a administração pública Não integram a administração pública
São fomentadas pelo poder público São fomentadas pelo poder público
Firmam contrato de gestão Firmam termo de parceria
Qualificação ocorre com a celebração do contrato Qualificação é anterior à celebração de
de gestão termo de parceria
Trata-se a qualificação de um ato
Trata-se a qualificação de um ato discricionário
vinculado
Qualificação é competência do Ministro da Qualificação é competência do Ministro da
respectiva área de atuação e do Ministro do MPOG Justiça
Recebem diversos incentivos, dentre os quais Recebem diversos incentivos, mas não
destaca-se a cessão de servidores e de bens pode haver a cessão de servidores ou de
públicos bens públicos

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (FGV/AGC (EPE)/EPE/RECURSOS HUMANOS/2022) A reforma administrativa ocorrida


no Brasil na década de 1990, pautou-se na ideia de modernizar e aumentar a eficiência do
aparelho do Estado e teve, como algumas de suas medidas principais, a descentralização da
estrutura interna da Administração Pública e o fortalecimento da capacidade regulatória.
No que tange às entidades paraestatais, assinale a afirmativa correta.
a) A absorção de atividades não exclusivas do Estado por Organizações Sociais foi promovida
por meio do processo de publicização.
b) As Organizações da Sociedade Civil foram instituídas para assessorar os ministérios na
coordenação de políticas públicas por meio de contrato de gestão.
c) O instrumento termo de parceria foi criado para estabelecer acordos de empreendimento
governamental entre os entes políticos e as unidades do sistema S.
d) As atividades estatais com fins lucrativos consideradas não essenciais foram delegadas,
por privatização, às entidades de apoio.
e) A concessão da execução de serviços públicos foi repassada por convênios às organizações
da sociedade civil de interesse público, a exemplos de agências executivas.

002. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/2022) A Associação Gama é uma instituição religiosa que se
dedica à promoção da assistência social e almeja obter recursos financeiros junto ao governo
federal a fim de fomentar suas atividades. Para tanto, seus representantes acreditam que
a melhor alternativa é a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público – OSCIP, razão pela qual procuram você, como advogado(a), a fim de esclarecer as
peculiaridades relacionadas à legislação de regência (Lei n. 9.790/99).
Acerca da situação hipotética apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) A qualificação da Associação Gama como OSCIP é ato discricionário, que deve ser pleiteado
junto ao Ministério da Justiça.
b) Após a sua qualificação como OSCIP, a Associação Gama deverá formalizar contrato de
gestão com a Administração Pública para a transferência de recursos financeiros.
c) A Associação Gama não poderá ser qualificada como OSCIP, pois as instituições religiosas
não são passíveis de tal qualificação.
d) O estatuto social da Associação Gama precisa vedar a participação de servidores públicos
na composição de conselho ou diretoria, a fim de que ela possa ser qualificada como OSCIP.

003. (FGV/ACE (TCE TO)/TCE TO/ADMINISTRAÇÃO/2022) A fundação de direito privado Beta


pretendia solicitar ao órgão competente do Estado Alfa a sua qualificação como organização
social, mas tinha dúvidas em relação aos requisitos a serem preenchidos e às consequências
dessa qualificação.
Ao
O conteúdo consultar
deste o seu
livro eletrônico advogado,
é licenciado foi
para Simone corretamente
Venâncio informado
dos Santos Xavier a vedada,
- 83712003153, Beta que:
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a) não é possível a obtenção da qualificação almejada, que somente pode ser deferida para
as associações;
b) a qualificação está condicionada à participação, no Conselho de Administração, entre
outros membros, de representantes do poder público;
c) a qualificação está condicionada à distribuição de lucros, aos membros do Conselho
Curador, na proporção máxima de 5% do proveito patrimonial obtido;
d) a qualificação independe de qualquer ato formal, bastando que Beta seja estruturada
da forma prevista em lei, o que lhe permitirá celebrar contratos de gestão;
e) a qualificação é obtida a partir da celebração de contrato de gestão, ocasião em que Beta
assumirá o compromisso de praticar os atos ajustados com o poder público.

004. (FGV/ADV (SEN)/SEN/2022) Determinada pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos e qualificada como Organização Social (OS), observadas as formalidades legais,
celebrou regularmente instrumento jurídico próprio com o ente federativo Alfa, que tem
por objeto o gerenciamento, a operacionalização e a execução de ações e serviços de saúde
na Unidade Hospitalar Beta.
No segundo mês à frente do hospital público Beta, a OS verificou que, para melhor exercer
suas obrigações e de maneira a viabilizar a prestação com mais eficiência do serviço de
saúde, seria importante a cessão de servidores públicos do ente Alfa para a OS.
O órgão da advocacia pública do ente Alfa, levando em consideração as normas de regência,
emitiu parecer no sentido de que a cessão de servidores pretendida é
a) vedada pela lei, pois, em razão de sua natureza, o termo de fomento em vigor veda ao
ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização já é remunerada
para a prestação dos serviços.
b) possível, eis que, ao Poder Executivo do ente Alfa, é facultada a cessão especial de servidor
para a OS, com ônus para o ente de origem, em razão do contrato de gestão em vigor.
c) vedada pela lei, pois, em razão de sua natureza, o contrato de gestão em vigor veda ao
ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização já é remunerada
para a prestação dos serviços.
d) vedada pela lei, pois, em razão da natureza do serviço prestado, o termo de colaboração
em vigor veda ao ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização
já é remunerada para a prestação dos serviços.
e) possível, eis que, ao Poder Executivo do ente Alfa, é facultada a cessão especial de servidor
para a OS, com ônus para a OS cessionária, em razão do termo de parceria em vigor.

005. (FGV/JE TJAP/TJ AP/2022) O Estado Alfa celebrou com uma organização da sociedade
civil (OSC) uma espécie de parceria, mediante transferência voluntária de recursos para
consecução de plano de trabalho proposto pelo poder público estadual, em regime de
mútua
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propostas pela Administração Pública, consistentes na promoção e divulgação do “Programa


à Vítima e Testemunha Ameaçadas no Estado Alfa”, garantindo, na forma da lei, às vítimas
e às testemunhas, alimentação, saúde, moradia, educação e lazer, de maneira a promover
a reinserção social dos sujeitos em proteção em um novo território fora do local de risco.
De acordo com a Lei n. 13.019/2014, no caso em tela, o instrumento adequado utilizado foi o:
a) contrato de gestão, e o serviço firmado foi delegado à OSC, contratada mediante licitação;
b) termo de colaboração, e a OSC foi selecionada por meio de chamamento público;
c) termo de parceria, e a OSC foi selecionada mediante inexigibilidade de licitação;
d) termo de fomento, e a OSC foi selecionada mediante contratação direta;
e) acordo de cooperação, e deve haver prestação de contas sobre os recursos financeiros
transferidos ao Tribunal de Contas.

006. (FGV/AG TE (SEFAZ BA)/SEFAZ BA/ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS/2022) Considere que


o Município X, preocupado com o alto número de moradores em situação de rua na região,
proponha uma parceria com entidade religiosa, conceituada como Organização da Sociedade
Civil (OSC), um acordo de cooperação para prestar assistência àquelas pessoas. Além disso,
como forma de auxiliar o serviço, haveria a transferência de um grande montante de recursos
financeiros do município para a OSC executar suas atividades.
Acerca da situação apresentada, à luz da Lei n. 13.019/2014, que dispõe sobre as Organizações
da Sociedade Civil, assinale a afirmativa correta.
a) A situação atende plenamente ao previsto na legislação.
b) A situação apresenta conformidade quanto à escolha de entidade religiosa, bem como
quanto ao uso de acordo de cooperação, mas não poderia haver a transferência de recursos
financeiros.
c) A situação apresenta conformidade quanto à escolha da instituição, mas o instrumento
de parceria deveria ser o termo de parceria, ainda que fosse possível a transferência de
recursos financeiros.
d) A situação apresenta conformidade quanto à escolha da instituição, mas o instrumento
se mostra inadequado, além do que, a transferência de recursos financeiros não é permitida
para Organizações da Sociedade Civil.
e) A situação apresenta irregularidade desde a escolha da instituição, visto que, em função
da laicidade do Estado, a entidade religiosa não pode ser considerada uma Organização da
Sociedade Civil, estando, portanto, impedida de celebrar parceria com o Município, bem
como receber recursos financeiros.

007. (FGV/CL (SEN)/SEN/ASSESSORAMENTO EM ORÇAMENTOS/ORÇAMENTO E ANÁLISE


ECONÔMICA/2022) O Município Alfa firmou parceria com a Organização da Sociedade Civil
Beta, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, para atuação na oferta de
serviços
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sociais oriundas de condições de dependência química relacionada ao álcool. Sabe-se que


a citada parceria foi estabelecida para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco propostas pela administração pública, para consecução de planos de trabalho de
sua iniciativa, que envolveram a transferência de recursos financeiros.
Conforme dispõe a Lei n. 13.019/14, o instrumento jurídico por meio do qual foi formalizada
tal parceria é o(a)
a) termo de fomento.
b) contrato de gestão.
c) termo de colaboração.
d) parceria público-privada.
e) acordo de cooperação.

008. (VUNESP/ADM (DOCAS PB)/DOCAS PB/2022) A legislação prevê diversos requisitos para
que as entidades privadas se habilitem à qualificação como organização social. Dentre tais
requisitos, está:
a) ser pessoa jurídica de direito privado, independentemente de fins lucrativos, cujas
atividades sejam dirigidas ao ensino, à saúde, entre outras.
b) comprovar que há previsão da participação, no órgão colegiado de deliberação superior,
de, pelo menos, três representantes do Poder Público.
c) a obrigatoriedade de publicação semestral, no Diário Oficial da União, dos relatórios
financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão.
d) a proibição de distribuição de bens exclusivamente no caso de falecimento de associado
ou membro da entidade.
e) comprovar o registro de seu ato constitutivo dispondo sobre composição e atribuições
da diretoria.

009. (VUNESP/APGO (PREF JUNDIAÍ)/PREF JUNDIAÍ/DIREITO/2022) Assinale a alternativa


que contempla um exemplo de entidade que pode ser legalmente qualificada como OSCIP
(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), desde que atenda aos demais requisitos
da Lei n. 9.790/99.
a) Organização não governamental, que tenha sido constituída e se encontre em funcionamento
regular há, no mínimo, um ano, e atue, por exemplo, na área da educação ou da saúde.
b) Pessoa física ou jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que tenha atuação nas
áreas de interesse da sociedade civil, constituída há pelo menos dois anos.
c) Organização não governamental que tenha sido constituída e se encontre em funcionamento
regular há, no mínimo, dois anos.
d) Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que tenha sido constituída e se
encontre em funcionamento regular há, no mínimo, três anos.
e) Cooperativa, sem fins lucrativos, que atue, em outras áreas, na defesa, preservação e
conservação
O conteúdo doé licenciado
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010. (VUNESP/APREV (PERUÍBEPREV)/PERUÍBEPREV/FINANCEIRA E INVESTIMENTOS/2022) A


União celebrou um contrato de gestão com uma Organização Social (OS) na área da saúde.
Durante a vigência desse contrato, constatou-se ilegalidade na utilização de recursos de
origem pública pela contratada. Nessa situação hipotética, a legislação que disciplina esse
tipo de convênio dispõe que os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato
devem dar ciência da ilegalidade
a) ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
b) ao Ministério Público, sob pena de responsabilidade subsidiária.
c) ao Poder Judiciário, sob pena de responsabilidade solidária.
d) à Advocacia-Geral da União, sob pena de responsabilidade subsidiária.
e) à Corregedoria-Geral da União, sob pena de responsabilidade solidária.

011. (VUNESP/PROC (PREF JUNDIAÍ)/PREF JUNDIAÍ/2021) Uma entidade de direito privado


pretende qualificar-se como Organização Social (OS) e prestar serviço à população na área
da saúde, e, para isso, propõe um acordo com o Município postulando benefícios como
dotações orçamentárias, isenções fiscais e uso de bens públicos, e, ainda, que sejam cedidos
dois servidores públicos municipais para atuar nessa área de prestação de serviço. Nessa
situação hipotética, portanto, e considerando apenas as informações fornecidas e o disposto
na Lei das Organizações Sociais (Lei no 9.637/1998), é correto afirmar que a entidade
a) pode qualificar-se como OS, desde que não tenha fins lucrativos, podendo atuar na área
da saúde e receber todos os benefícios mencionados, devendo ser celebrado um contrato
de parceria, mas não poderá haver cessão de funcionários públicos.
b) somente pode qualificar-se como OS se não tiver fins lucrativos e já atuar na área da
saúde, estando autorizada a receber dotações orçamentárias e isenções fiscais, sendo
vedado o uso de bens públicos e poderá ter a cessão de servidores públicos, que serão por
ela custeados.
c) embora possa qualificar-se como OS, tendo o direito de celebrar contrato de gestão
e receber todos os benefícios postulados, inclusive a cessão de, no máximo, um servidor
público, a suas custas, não poderá atuar na área da saúde.
d) não pode qualificar-se como OS se não provar que já atua na área da saúde, mas se
estiver apta a celebrar um contrato de colaboração com o Município, poderá ter todos os
benefícios postulados, exceto a cessão de servidores públicos.
e) pode qualificar-se como OS, desde que não tenha fins lucrativos, podendo atuar na
área da saúde, por meio de contrato de gestão com o Município, e pode receber todos os
benefícios mencionados, inclusive o uso de bens públicos e cessão de servidores, com ônus
para a origem.

012. (VUNESP/ADV (DOCAS PB)/DOCAS PB/2022) Assinale a alternativa que relaciona


corretamente
O conteúdo deste livro eletrônicoo conceito
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Simone sua explicação, conforme
dos Santos Xavier previsto
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vedada, por Lei nomeios 13.019/2014.
e a qualquer título,
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a) Termo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias


estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações
da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros.
b) Parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação
jurídica estabelecida formal ou informalmente entre a administração pública e organizações
da sociedade civil de interesse público, em regime de concorrência, para a consecução de
finalidades de interesse público, mediante a execução de atividade expressa em termos de
patrocínio público ou em acordos de cooperação.
c) Termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração
pública que envolvam a transferência de recursos financeiros.
d) Parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação
jurídica estabelecida formalmente entre a administração pública e organizações da sociedade
civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, mediante a execução de atividade ou de projeto expressos em termos
de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.
e) Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco que envolvam a transferência
de recursos financeiros.

013. (VUNESP/PROC J (CM JUNDIAÍ)/CM JUNDIAÍ/2022) Nas parcerias de que trata a Lei
Federal no 13.019/14, celebradas entre a administração pública e as organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, é vedada, em qualquer hipótese, a transferência de recursos
financeiros do ente público para realização de despesas com
a) pagamento de servidor ou empregado público, salvo nas hipóteses previstas em lei
específica e na lei de diretrizes orçamentárias.
b) custos indiretos necessários à execução do objeto, em qualquer proporção, em relação
ao valor total da parceria.
c) publicidade, inclusive de caráter educativo, informativo ou de orientação social.
d) remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de
pessoal próprio da organização da sociedade civil.
e) aquisição de equipamentos e materiais permanentes, e execução de serviços de adequação
de espaço físico necessários à respectiva instalação.

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014. (CEBRASPE (CESPE)/ANDR (CODEVASF)/CODEVASF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Julgue o


próximo item quanto a compras governamentais, gerenciamento de estoques, governabilidade,
governança, organizações sociais e agências executivas.
É permitido a pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos e com atividade dirigida
à pesquisa científica qualificada como organização social aplique seus recursos excedentes
aplicados em atividades distintas da própria atividade, de acordo com a Lei n.º 9.637/1998.

015. (FGV/ATCE (TCE-AM)/TCE-AM/MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2021) O Estado Alfa


firmou contrato de gestão com a Organização Social (OS) Gama para o gerenciamento,
operacionalização e execução de ações e serviços de saúde no Hospital Estadual Beta.
No caso em tela, na busca do cumprimento dos objetivos comuns indicados pelas partes
no contrato de gestão, de acordo com as disposições legais aplicáveis:
a) à OS Gama se aplica o controle externo exercido pela Secretaria Estadual de Saúde,
mediante seu poder hierárquico, pois integra a Administração indireta;
b) ao Poder Executivo do Estado Alfa é facultada a cessão especial de servidor para a OS
Gama, com ônus para a origem;
c) a OS Gama não se submete diretamente à lei de improbidade administrativa, nem se
sujeita a controle financeiro e contábil pelo Tribunal de Contas, por ostentar personalidade
jurídica de direito privado;
d) o conselho de administração da OS Gama deve estar estruturado nos termos em que
dispuser o seu respectivo estatuto, permitindo o controle social e vedada a participação
de representantes do poder público;
e) a OS Gama deve possuir finalidade não lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento
de metade de seus excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades,
facultada a divisão de lucros da outra metade aos associados.

016. (AMAUC/TEC (PREF SEARA)/PREF SEARA/CONTROLADOR INTERNO/2021) Pessoas


jurídicas de direito privado, sem finalidade lucrativa, instituídas por iniciativa de particulares,
a fim de desempenharem atividades e serviços não exclusivos do Estado e que firmam para
isso termo de parceria são conhecidas como:
a) Serviço social autônomo.
b) Organização da sociedade civil de interesse público.
c) Cooperativa.
d) Entidade de apoio.
e) Organização social.

017. (QUADRIX/AUX ADM (CRQ 10)/CRQ 10 (CE)/2021) No que concerne ao regramento


constitucional da Administração Pública e dos servidores públicos, julgue o item a seguir.
O chamado contrato de gestão autoriza a ampliação de autonomia de órgãos da Administração
mediante
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018. (CEBRASPE (CESPE)/ACE TCE RJ/TCE-RJ/CONTROLE EXTERNO/DIREITO/2021) Com


relação à organização administrativa, ao processo administrativo, ao estatuto jurídico da
empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias e à Lei de Acesso
a Informação, julgue o item a seguir.
Se organização da sociedade civil firmar alguma parceria com a administração pública,
celebrando o respectivo termo de fomento, ambas deverão divulgar a parceria na Internet,
devendo a primeira dar essa publicidade em locais visíveis de suas sedes sociais.

019. (QUADRIX/ANA DUF (IDURB)/IDURB/ADVOGADO/2020) Julgue o item a respeito das


organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).
As OSCIPs, mesmo depois de qualificadas como tal mediante celebração de termo de
parceria, conservam personalidade jurídica de direito privado.

020. (QUADRIX/ANA DUF (IDURB)/IDURB/ADVOGADO/2020) Julgue o item a respeito das


organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).
A outorga do título de OSCIP é ato administrativo vinculado, impondo um dever ao gestor
quando preenchidos os requisitos legais pela entidade.

021. (QUADRIX/ANA DUF (IDURB)/IDURB/ADVOGADO/2020) Julgue o item a respeito das


organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).
A entidade que deixar de preencher os requisitos necessários à sua qualificação como OSCIP
será, imediata e automaticamente, descredenciada.

022. (QUADRIX/ANA DUF (IDURB)/IDURB/ADVOGADO/2020) Julgue o item a respeito das


organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).
As compras e obras a serem realizadas pelas OSCIPs com recursos obtidos do Poder Público
exigirão licitação.

023. (FGV/ANA (TJ SC)/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2018) As organizações sociais (OS) são


entidades de direito privado que tiveram origem na estratégia de publicização de parte de
atividades exercidas pelo Estado.
Em relação às OS é correto afirmar que:
a) fazem parte da estrutura da administração indireta;
b) podem exercer qualquer tipo de atividade de interesse público;
c) são vinculadas à Administração Pública por meio do contrato de gestão;
d) podem adquirir qualificação de agência executiva por decreto presidencial;
e) devem se enquadrar no modelo societário de sociedade de economia mista.

024. (FGV/ANA (MPE AL)/MPE AL/GESTÃO PÚBLICA/2018) A denominação Terceiro Setor


está
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livro eletrônico é licenciado conjunto de organizações
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a) de qualquer natureza, que têm, em sua missão, os valores de cooperação e de solidariedade.


b) internacionais, que atuam no setor terciário da economia.
c) empresariais, que atuam principalmente na prestação de serviços.
d) públicas ou privadas, que produzem bens públicos.
e) privadas sem fins lucrativos, que prestam serviços de caráter público.

025. (FGV/ANA (MPE RJ)/MPE RJ/ADMINISTRATIVA/2019) O Município Alfa decidiu estimular


a participação de organização da sociedade civil sem fins lucrativos, que não contasse com
qualquer qualificação obtida com base em legislação específica, em projetos de interesse
público e recíproco. Para tanto, lançou chamamento público para que os interessados
apresentassem os seus projetos, sendo celebrado ajuste com a organização vencedora,
que seria contemplada com a transferência de recursos financeiros.
À luz da sistemática vigente, o referido ajuste terá a forma de:
a) termo de parceria;
b) contrato de gestão;
c) termo de interação;
d) termo de colaboração;
e) acordo de cooperação.

026. (FGV/ANA (MPE RJ)/MPE RJ/PROCESSUAL/2019) Considerando a relevância das atividades


desenvolvidas em benefício da educação, por determinada associação da sociedade civil
sem fins lucrativos, que não remunerava seus dirigentes e que empregava no seu objeto
social todos os recursos que obtinha, o Município Alfa decidiu celebrar ajuste com essa
associação, sem a transferência de recursos financeiros, para que pudessem desenvolver
determinado projeto em conjunto.
Considerando que a referida associação não possuía qualquer qualificação fornecida pela
legislação específica, o ajuste a ser celebrado é o:
a) convênio;
b) termo de fomento;
c) contrato de gestão;
d) termo de colaboração;
e) acordo de cooperação.

027. (FCC/AJ (TJ MA)/TJ MA/DIREITO/2019) Um ente público que se encontra em grave
situação financeiro- orçamentária está promovendo a reestruturação de suas atividades,
a fim de identificar oportunidades de redução de despesas. A Secretaria de Cultura do ente
administra alguns equipamentos públicos de grande relevância, os quais, embora tenham
bom histórico de visitação, representam parcela significativa do custeio do órgão. Vislumbra,
assim, oportunidade e necessidade de otimizar e dinamizar a gestão desses equipamentos,
o deste
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deeletrônico
acordo com apara
é licenciado legislação em vigor,
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a) celebração de contrato de gestão com pessoa jurídica de direito privado qualificada como
organização social, com estabelecimento de metas para prestação e melhoria dos serviços.
b) celebração de convênio com entidades do terceiro setor, estabelecendo remuneração
paga pelo poder público pela prestação dos serviços públicos a serem explorados.
c) formalização de contrato de permissão de serviço público, cabendo à empresa contratada
extrair remuneração exclusivamente da exploração da própria atividade.
d) contratação de prestação de serviços de administração e operação do equipamento
público, com base na Lei no 8.666/93, hipótese expressa de inexigibilidade de licitação.
e) formalização de contrato de gestão com pessoas jurídicas de direito privado para
exploração econômica do equipamento público em regime lucrativo.

028. (FCC/JE TJAL/TJ AL/2019) De acordo com as disposições da Lei federal no 13.019/2014,
o estabelecimento de parcerias entre o poder público e entidades da sociedade civil sem
fins lucrativos, para a execução de planos de trabalho por estas propostos,
a) se dá mediante termo de fomento, se envolver transferência de recursos públicos, vedada
a celebração de convênio para tal finalidade.
b) não pode envolver, direta ou indiretamente, a transferência de recursos públicos à entidade.
c) deve ser precedido de procedimento licitatório, na modalidade convite, salvo em se
tratando de entidades de assistência social.
d) deve ser feito mediante contrato de gestão, apenas com entidades pré-qualificadas.
e) deve ser precedido de chamamento público, obrigando-se o poder público a celebrar
termo de parceria com a entidade melhor classificada.

029. (FCC/ANA FOM (AFAP)/AFAP/CRÉDITO/2019) A formalização de termo de colaboração entre


a Administração pública e uma organização da sociedade civil, para que esta prossiga com o
desenvolvimento de trabalho social de acolhimento de desabrigados, bem como de recolocação
dessas pessoas no mercado de trabalho, mediante prévia capacitação e treinamento,
a) deve, em regra, ser precedida de chamamento público, além do preenchimento de
requisitos formais pela organização da sociedade civil, em observância à transparência.
b) demanda todas as providências, requisitos e procedimento previstos na Lei n. 8.666/1993.
c) demanda sempre prévio procedimento de seleção, observada a isonomia e legalidade,
na forma prevista na Lei n. 13.019/2017.
d) exige a elaboração e apresentação de plano de trabalho pela organização da sociedade
civil, esta que ficará integralmente responsável pela execução do mesmo, vedada ingerência
ou participação do poder público.
e) pode ser feita diretamente pelo Chefe do Executivo, desde que não surja interferência com
as autoridades formalmente competentes, sob pena de ser necessária prévia autorização
legislativa.
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030. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA - ASSISTENTE TÉCNICO


ADMINISTRATIVO/2018) As Organizações Sociais, assim qualificadas pelo Poder Executivo,
vinculam-se juridicamente à Administração pública por meio de
a) contrato de gestão, que pode ser firmado com pessoas jurídicas de direito privado,
sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à
saúde.
b) termo de colaboração ou de fomento, que podem ser firmados exclusivamente com
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas à
cultura e à saúde.
c) contrato de fornecimento, que pode ser firmado com pessoa jurídica de direto privado
com ou sem fins lucrativos, desde que demonstre ter capacidade técnica para a gestão
adequada e qualificada dos serviços que lhe serão transferidos.
d) contrato de concessão ou de permissão de serviço público, que pode ser firmado
independentemente de licitação, em razão da natureza da entidade contratada.
e) contrato de gestão, que pode ser firmado com pessoas jurídicas que tenham finalidade
lucrativa ou não, qualquer que seja a natureza social de seus objetivos e área de atuação,
liberdade necessária para democratização e qualificação do gasto público.

031. (CEBRASPE (CESPE)/DP RS/DPE RS/2022) A respeito das parcerias formais estabelecidas
entre o Poder Público e as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, inclusive
para atuação na área da saúde pública, julgue o item que se seguem.
Conforme a Lei n.º 9.637/1998, as organizações sociais, por integrarem o terceiro setor, não
fazem parte do conceito constitucional de administração pública e estão legitimamente
autorizadas a estabelecer vínculos formais com o poder público a partir da assinatura
de termos de parceria e ampla submissão aos princípios constitucionais relacionados ao
escopo de sua atuação.

032. (CEBRASPE (CESPE)/AA (IBAMA)/IBAMA/2022) No que se refere à gestão de redes


organizacionais, ao Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE),
ao Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG), à intermediação de
interesses e a organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP), julgue o item
que se segue.
Uma fundação pública que possua a finalidade de promover assistência social em regiões
de difícil acesso pode ser qualificada como OSCIP.

033. (FUNDATEC/APOG (SEPOG RS)/SEPOG RS/2022) As pessoas jurídicas de direito privado


sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e que se encontrem em funcionamento
regular há, no mínimo, 3 (três) anos podem qualificar-se como Organizações da Sociedade
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Civil de Interesse Público (OSCIP). São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
que não distribuam, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados
ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas
atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social. NÃO
são passíveis de qualificação como uma OSCIP:
I – Os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional.
II – As instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e
visões devocionais e confessionais.
III – As organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

034. (CEBRASPE (CESPE)/AAAJ (DP DF)/DP DF/ADMINISTRAÇÃO/2022) Quanto aos aspectos


de intermediação de interesses, mudanças institucionais, construção de agendas e políticas
públicas, julgue o item seguinte.
Promoção da assistência social, do voluntariado, do desenvolvimento econômico e social
e do combate à pobreza estão entre as finalidades que podem ter as organizações que
cumprem os requisitos para serem qualificadas como organizações da sociedade civil de
interesse público.

035. (INSTITUTO MAIS/RES (PREF SP)/PREF SP/JURÍDICA/2022) Desde que os respectivos


objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos legais, podem qualificar-se
como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito
privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento
regular há, no mínimo,
a) 5 (cinco) anos.
b) 3 (três) anos.
c) 1 (um) ano.
d) 4 (quatro) anos.
e) 2 (dois) anos.

036. (SELECON/TDTND/AMAZUL/TÉCNICO DE SECRETARIADO/2022) Dentre os tipos de


organizações existentes, aquela que cuja origem é na sociedade e é compreendida como
de utilidade pública é denominada:
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a) economia mista
b) terceiro setor
c) empresa pública
d) sociedade anônima

037. (CEBRASPE (CESPE)/PPE (SERES PE)/SERES PE/2022) São entidades privadas que
celebram contrato de gestão com o Estado para cumprimento de metas de desempenho
e recebimento de benefícios públicos
a) as organizações sociais.
b) as entidades de apoio.
c) os serviços sociais autônomos.
d) as organizações da sociedade civil de interesse público.
e) as fundações.

038. (SELECON/ADTND (AMAZUL)/AMAZUL/ANALISTA DE NEGÓCIOS 40 HORAS/2022) No que


tange à qualificação da Organização Social (OS), pode-se afirmar que o ato de qualificação
e a autoridade responsável são, respectivamente:
a) ato vinculado e Ministério da Justiça.
b) ato discricionário e Ministério da Justiça.
c) ato discricionário e ministério da área de atuação da OS.
d) ato vinculado e ministério da área de atuação da OS.

039. (SELECON/ADTND (AMAZUL)/AMAZUL/ANALISTA DE NEGÓCIOS 40 HORAS/2022) No


que concerne à Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), pode-se
afirmar que a participação do poder público em sua gestão e o instrumento celebrado são,
respectivamente:
a) facultativa e contrato de gestão.
b) facultativa e termo de parceria.
c) compulsória e contrato de gestão.
d) compulsória e termo de parceria.

040. (CEBRASPE (CESPE)/SUB PROC (MPCM PA)/TCM PA/2022) A organização do terceiro


setor que executa atividades não exclusivas do Estado, com incentivo e fiscalização pelo
poder público mediante termo de parceria é denominada
a) fundação pública.
b) sociedade de economia mista.
c) serviços sociais autônomos.
d) organização da sociedade civil de interesse público.
e) consórcio público.
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041. (CEPS UFPA/TEC (UFPA)/UFPA/CONTABILIDADE/2022) O ajuste firmado entre o Poder


Público e entidade da administração direta, indireta ou organização não governamental
para criar direitos e obrigações recíprocos entre elas, com vistas à descentralização das
atividades do Estado, refere-se ao contrato de
a) alienação.
b) concessão.
c) serviço.
d) obra pública.
e) gestão.

042. (FCC/AJ TRT22/TRT 22/ÁREA JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2022)


Conforme jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores e do TCU, embora ostentem
personalidade de direito privado, aplicam-se aos serviços sociais autônomos criados em
âmbito federal (“Sistema S”) algumas normas típicas do regime jurídico-administrativo,
dentre elas,
a) o pagamento de suas dívidas por precatórios.
b) a competência da Justiça Federal para julgamento das ações em que forem parte.
c) a obrigatoriedade de concurso público para admissão de pessoal de caráter permanente.
d) a observância das regras constantes da legislação federal sobre licitações.
e) a fiscalização pelo Tribunal de Contas da União.

043. (FCC/AJ TRT22/TRT 22/ÁREA JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2022) As chamadas


Organizações Sociais (OS) são entes de colaboração com a Administração Pública e seu
regime legal se caracteriza
a) por serem escolhidas mediante processo licitatório, para desempenho de serviços públicos
em caráter descentralizado.
b) pela participação de representantes do Poder Público em seu conselho de administração.
c) pela obrigatoriedade de seleção de seus funcionários por concurso, em vista do princípio
da impessoalidade.
d) pelo exercício de quaisquer atividades de interesse público, desde que não haja finalidade
lucrativa.
e) pela celebração de termo de parceria, em que são fixadas as regras do regime de colaboração
entre a OS e o Poder Público.

044. (METROCAPITAL/PJUR (PREF N ODESSA)/PREF NOVA ODESSA/2022) Dos requisitos


específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior (1º) habilitem-se
à qualificação como organização social, descritos no artigo 2º da Lei 9637/98, temos no
caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma:
a) das próprias atividades.
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b) do contrato de gestão.
c) do relatório de execução.
d) dos relatórios financeiros.
e) do estatuto.

045. (IDECAN/AJ (TJ PI)/TJ PI/ADMINISTRATIVA/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2022) As


alternativas a seguir apresentam exemplos de entidades paraestatais, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) “Entidades de apoio”
b) Associações de Moradores
c) Serviços Sociais Autônomos
d) Organizações Sociais (OS)
e) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)

046. (FCC/DP (DPE AP)/DPE AP/2022) As organizações sociais são definidas como pessoas
jurídicas de direito
a) público, sem fins lucrativos, mas que se consolidam por meio de um contrato de gestão,
no qual são repassados incentivos à entidade executora das atividades.
b) público, com fins lucrativos, que compõem a administração indireta, para executar
serviços tipicamente públicos.
c) privado, que constituem instrumento de privatização para diminuir as atividades desenvolvidas
pelo Estado, repassando-as, de forma perene, para execução da administração indireta.
d) privado, sem fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos
não privativos do Estado.
e) privado, no intuito de fomentar a execução de atividades do Estado, seja por meio de
contrato com ou sem repasse de recursos.

047. (AVANÇASP/PROC (CM SOROCABA)/CM SOROCABA/2022) A qualificação das OSCIP,


observado em qualquer caso, o princípio da universalização dos serviços, no respectivo
âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham, entre outros, pelo menos uma
das seguintes finalidades, abaixo, exceto:
a) promoção da segurança alimentar e nutricional.
b) defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável.
c) promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de
outros valores universais.
d) experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas alternativos
de produção, comércio, emprego e crédito.
e)deste
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048. (INSTITUTO CONSULPLAN/TEC INFO (PGE SC)/PGE SC/2022) Uma fundação pública,
instituída do âmbito de determinado município e em funcionamento há quatro anos,
se dedica exclusivamente à promoção da cultura. Referida fundação não atua com fins
lucrativos, exerce atividade social e deseja ser qualificada como Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público. Considerando o tema entidades do terceiro setor, assinale a
afirmativa correta.
a) Fundações públicas não são passíveis de qualificação como Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público.
b) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois não atua com finalidade lucrativa.
c) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois está em funcionamento há mais de três anos.
d) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, desde que tenha sido instituída em âmbito federal.
e) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois se dedica exclusivamente à atividade de cultura.

049. (FGV/CL (SEN)/SEN/ASSESSORAMENTO EM ORÇAMENTOS/ORÇAMENTO E ANÁLISE


ECONÔMICA/2022) O Município Alfa firmou parceria com a Organização da Sociedade Civil
Beta, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, para atuação na oferta de
serviços de proteção social especial para população em situação de vulnerabilidades e riscos
sociais oriundas de condições de dependência química relacionada ao álcool. Sabe-se que
a citada parceria foi estabelecida para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco propostas pela administração pública, para consecução de planos de trabalho de
sua iniciativa, que envolveram a transferência de recursos financeiros.
Conforme dispõe a Lei n. 13.019/14, o instrumento jurídico por meio do qual foi formalizada
tal parceria é o(a)
a) termo de fomento.
b) contrato de gestão.
c) termo de colaboração.
d) parceria público-privada.
e) acordo de cooperação.

050. (CEBRASPE (CESPE)/PROC JUD (RECIFE)/PREF RECIFE/2022) Segundo a Lei n.º


13.019/2014, o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco que, propostas pelas organizações da sociedade
civil, envolvam a transferência de recursos financeiros é denominado
a) convênio.
b)deste
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c) parceria.
d) termo de fomento.
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GABARITO
1. a 37. a
2. c 38. c
3. b 39. b
4. b 40. d
5. b 41. e
6. b 42. e
7. c 43. b
8. e 44. e
9. d 45. b
10. a 46. d
11. e 47. e
12. d 48. a
13. a 49. c
14. E 50. d
15. b
16. b
17. C
18. C
19. C
20. E
21. E
22. C
23. c
24. e
25. d
26. e
27. a
28. a
29. a
30. a
31. E
32. E
33. e
34. C
35. b
36. b
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GABARITO COMENTADO

001. (FGV/AGC (EPE)/EPE/RECURSOS HUMANOS/2022) A reforma administrativa ocorrida


no Brasil na década de 1990, pautou-se na ideia de modernizar e aumentar a eficiência do
aparelho do Estado e teve, como algumas de suas medidas principais, a descentralização da
estrutura interna da Administração Pública e o fortalecimento da capacidade regulatória.
No que tange às entidades paraestatais, assinale a afirmativa correta.
a) A absorção de atividades não exclusivas do Estado por Organizações Sociais foi promovida
por meio do processo de publicização.
b) As Organizações da Sociedade Civil foram instituídas para assessorar os ministérios na
coordenação de políticas públicas por meio de contrato de gestão.
c) O instrumento termo de parceria foi criado para estabelecer acordos de empreendimento
governamental entre os entes políticos e as unidades do sistema S.
d) As atividades estatais com fins lucrativos consideradas não essenciais foram delegadas,
por privatização, às entidades de apoio.
e) A concessão da execução de serviços públicos foi repassada por convênios às organizações
da sociedade civil de interesse público, a exemplos de agências executivas.

a) Certa. Quando a celebração do contrato de gestão ocorre com as organizações sociais,


o objetivo da Administração Direta é disciplinar a forma como ocorrerá a parceria entre o
Poder Público e entidades que não fazem parte da administração.
Com a celebração, ocorre a publicização dos serviços estatais não exclusivos, ou seja, a
prestação de serviços que não são de competência exclusiva do Estado pode passar a ser
executada pelas organizações sociais.
Sendo assim, é correto afirmar que a absorção de atividades não exclusivas do Estado por
Organizações Sociais foi promovida por meio do processo de publicização.
b) Errada. São as organizações sociais que formalizam contato de gestão com o Poder
Público. Em relação às OSCIPs, o vínculo é efetivado por meio de termo de parceria.
c) Errada. O termo de parceria é utilizado nos vínculos estabelecidos com as OSCIPs, e não
com as entidades do denominado “Sistema S”.
d) Errada. As atividades estatais com fins lucrativos devem ser desempenhadas pelas
empresas estatais, e não pelas entidades de apoio.
e) Errada. A execução de serviços públicos para as organizações da sociedade civil de interesse
público ocorre por meio de termo de parceria.
Letra a.

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002. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/2022) A Associação Gama é uma instituição religiosa que se
dedica à promoção da assistência social e almeja obter recursos financeiros junto ao governo
federal a fim de fomentar suas atividades. Para tanto, seus representantes acreditam que
a melhor alternativa é a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público – OSCIP, razão pela qual procuram você, como advogado(a), a fim de esclarecer as
peculiaridades relacionadas à legislação de regência (Lei n. 9.790/99).
Acerca da situação hipotética apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) A qualificação da Associação Gama como OSCIP é ato discricionário, que deve ser pleiteado
junto ao Ministério da Justiça.
b) Após a sua qualificação como OSCIP, a Associação Gama deverá formalizar contrato de
gestão com a Administração Pública para a transferência de recursos financeiros.
c) A Associação Gama não poderá ser qualificada como OSCIP, pois as instituições religiosas
não são passíveis de tal qualificação.
d) O estatuto social da Associação Gama precisa vedar a participação de servidores públicos
na composição de conselho ou diretoria, a fim de que ela possa ser qualificada como OSCIP.

a) Errada. O termo de parceria é um ato vinculado do Ministério da Justiça.


b) Errada. O contrato de gestão é celebrado com as organizações sociais. Nas OSCIPs, o
vínculo é efetivado por meio de termo de parceria.
c) Certa. Assim como afirmado, as instituições religiosas estão dentre aquelas que não
podem ser qualificadas como OSCIPs.

Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais;

d) Errada. O Parágrafo Único do artigo 4º da Lei 9.790/1999 estabelece que “É permitida a


participação de servidores públicos na composição de conselho ou diretoria de Organização
da Sociedade Civil de Interesse Público”.
Letra c.

003. (FGV/ACE (TCE TO)/TCE TO/ADMINISTRAÇÃO/2022) A fundação de direito privado Beta


pretendia solicitar ao órgão competente do Estado Alfa a sua qualificação como organização
social, mas tinha dúvidas em relação aos requisitos a serem preenchidos e às consequências
dessa qualificação.
Ao consultar o seu advogado, foi corretamente informado a Beta que:
a) não é possível a obtenção da qualificação almejada, que somente pode ser deferida para
as associações;
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b) a qualificação está condicionada à participação, no Conselho de Administração, entre


outros membros, de representantes do poder público;
c) a qualificação está condicionada à distribuição de lucros, aos membros do Conselho
Curador, na proporção máxima de 5% do proveito patrimonial obtido;
d) a qualificação independe de qualquer ato formal, bastando que Beta seja estruturada
da forma prevista em lei, o que lhe permitirá celebrar contratos de gestão;
e) a qualificação é obtida a partir da celebração de contrato de gestão, ocasião em que Beta
assumirá o compromisso de praticar os atos ajustados com o poder público.

a) Errada. A fundação de direito privado, desde que atenda aos requisitos legais, pode
qualificar-se como organização social, nos termos do artigo 1º da Lei 9.637/1998.

Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

b) Certa. Um dos requisitos que devem ser observados para a qualificação como organização
social é a participação, no Conselho de Administração, dentre outros membros, de
representantes do Poder Público.

Art. 3º O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o respectivo
estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de qualificação, os seguintes
critérios básicos:
I – ser composto por:
a) 20 a 40% (vinte a quarenta por cento) de membros natos representantes do Poder Público,
definidos pelo estatuto da entidade;

c) Errada. A qualificação ocorre em relação a entidades sem fins lucrativos. Logo, não há
que se falar em distribuição de lucros.
d) Errada. Diferente do que afirmado, a qualificação depende de aprovação do Ministro de
Estado da respectiva área de atuação.

Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
II – haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização
social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente
ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado.

e) Errada. A qualificação como organização social ocorre com a aprovação, quanto à


conveniência e oportunidade, por parte do Ministro de Estado. Após, é celebrado o contrato
de gestão com a organização social.
Letra b.
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004. (FGV/ADV (SEN)/SEN/2022) Determinada pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos e qualificada como Organização Social (OS), observadas as formalidades legais,
celebrou regularmente instrumento jurídico próprio com o ente federativo Alfa, que tem
por objeto o gerenciamento, a operacionalização e a execução de ações e serviços de saúde
na Unidade Hospitalar Beta.
No segundo mês à frente do hospital público Beta, a OS verificou que, para melhor exercer
suas obrigações e de maneira a viabilizar a prestação com mais eficiência do serviço de
saúde, seria importante a cessão de servidores públicos do ente Alfa para a OS.
O órgão da advocacia pública do ente Alfa, levando em consideração as normas de regência,
emitiu parecer no sentido de que a cessão de servidores pretendida é
a) vedada pela lei, pois, em razão de sua natureza, o termo de fomento em vigor veda ao
ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização já é remunerada
para a prestação dos serviços.
b) possível, eis que, ao Poder Executivo do ente Alfa, é facultada a cessão especial de servidor
para a OS, com ônus para o ente de origem, em razão do contrato de gestão em vigor.
c) vedada pela lei, pois, em razão de sua natureza, o contrato de gestão em vigor veda ao
ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização já é remunerada
para a prestação dos serviços.
d) vedada pela lei, pois, em razão da natureza do serviço prestado, o termo de colaboração
em vigor veda ao ente Alfa a cessão de servidores para a OS, haja vista que a organização
já é remunerada para a prestação dos serviços.
e) possível, eis que, ao Poder Executivo do ente Alfa, é facultada a cessão especial de servidor
para a OS, com ônus para a OS cessionária, em razão do termo de parceria em vigor.

Estabelece o artigo 14 da Lei 9.637/1998 que “É facultado ao Poder Executivo a cessão


especial de servidor para as organizações sociais, com ônus para a origem”.
Consequentemente, deve ser emitido parecer no sentido de que a cessão de servidores
pretendida é possível, eis que, ao Poder Executivo do ente Alfa, é facultada a cessão especial de
servidor para a OS, com ônus para o ente de origem, em razão do contrato de gestão em vigor.
Letra b.

005. (FGV/JE TJAP/TJ AP/2022) O Estado Alfa celebrou com uma organização da sociedade
civil (OSC) uma espécie de parceria, mediante transferência voluntária de recursos para
consecução de plano de trabalho proposto pelo poder público estadual, em regime de
mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pela Administração Pública, consistentes na promoção e divulgação do “Programa
à Vítima e Testemunha Ameaçadas no Estado Alfa”, garantindo, na forma da lei, às vítimas
e às testemunhas, alimentação, saúde, moradia, educação e lazer, de maneira a promover
a deste
O conteúdo reinserção social
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De acordo com a Lei n. 13.019/2014, no caso em tela, o instrumento adequado utilizado foi o:
a) contrato de gestão, e o serviço firmado foi delegado à OSC, contratada mediante licitação;
b) termo de colaboração, e a OSC foi selecionada por meio de chamamento público;
c) termo de parceria, e a OSC foi selecionada mediante inexigibilidade de licitação;
d) termo de fomento, e a OSC foi selecionada mediante contratação direta;
e) acordo de cooperação, e deve haver prestação de contas sobre os recursos financeiros
transferidos ao Tribunal de Contas.

Na situação narrada, o instrumento utilizado foi o termo de colaboração, tendo em vista


que a proposta de celebração partiu de iniciativa da Administração Pública. De igual forma, a
organização da sociedade civil foi selecionada por meio do processo de chamamento público.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


VII – termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam
a transferência de recursos financeiros;
XII – chamamento público: procedimento destinado a selecionar organização da sociedade civil
para firmar parceria por meio de termo de colaboração ou de fomento, no qual se garanta a
observância dos princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório,
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos;

Letra b.

006. (FGV/AG TE (SEFAZ BA)/SEFAZ BA/ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS/2022) Considere que


o Município X, preocupado com o alto número de moradores em situação de rua na região,
proponha uma parceria com entidade religiosa, conceituada como Organização da Sociedade
Civil (OSC), um acordo de cooperação para prestar assistência àquelas pessoas. Além disso,
como forma de auxiliar o serviço, haveria a transferência de um grande montante de recursos
financeiros do município para a OSC executar suas atividades.
Acerca da situação apresentada, à luz da Lei n. 13.019/2014, que dispõe sobre as Organizações
da Sociedade Civil, assinale a afirmativa correta.
a) A situação atende plenamente ao previsto na legislação.
b) A situação apresenta conformidade quanto à escolha de entidade religiosa, bem como
quanto ao uso de acordo de cooperação, mas não poderia haver a transferência de recursos
financeiros.
c) A situação apresenta conformidade quanto à escolha da instituição, mas o instrumento
de parceria deveria ser o termo de parceria, ainda que fosse possível a transferência de
recursos
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d) A situação apresenta conformidade quanto à escolha da instituição, mas o instrumento


se mostra inadequado, além do que, a transferência de recursos financeiros não é permitida
para Organizações da Sociedade Civil.
e) A situação apresenta irregularidade desde a escolha da instituição, visto que, em função
da laicidade do Estado, a entidade religiosa não pode ser considerada uma Organização da
Sociedade Civil, estando, portanto, impedida de celebrar parceria com o Município, bem
como receber recursos financeiros.

Inicialmente, precisamos saber que as organizações religiosas podem, desde que atendam
aos requisitos legais, celebrar parcerias com a Administração Pública.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


c) as organizações religiosas que se dediquem a atividades ou a projetos de interesse público e
de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos;

Outro ponto é que o acordo de cooperação mencionado pela questão é um dos instrumentos
que podem ser utilizados no momento da celebração das parcerias.

Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações
da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.

Contudo, o acordo de cooperação é o instrumento utilizado quando a parceria entre a


entidade e a Administração Pública não envolva a transferência de recursos financeiros.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


VIII – A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros;

Com base nestas informações, bem como no enunciado da questão, é possível inferir que
a situação apresenta conformidade quanto à escolha de entidade religiosa, bem como
quanto ao uso de acordo de cooperação. No entanto, a parceria não poderia envolver a
transferência de recursos financeiros.
Letra b.

007. (FGV/CL (SEN)/SEN/ASSESSORAMENTO EM ORÇAMENTOS/ORÇAMENTO E ANÁLISE


ECONÔMICA/2022) O Município Alfa firmou parceria com a Organização da Sociedade Civil
Beta, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, para atuação na oferta de
serviços de proteção social especial para população em situação de vulnerabilidades e riscos
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sociais oriundas de condições de dependência química relacionada ao álcool. Sabe-se que


a citada parceria foi estabelecida para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco propostas pela administração pública, para consecução de planos de trabalho de
sua iniciativa, que envolveram a transferência de recursos financeiros.
Conforme dispõe a Lei n. 13.019/14, o instrumento jurídico por meio do qual foi formalizada
tal parceria é o(a)
a) termo de fomento.
b) contrato de gestão.
c) termo de colaboração.
d) parceria público-privada.
e) acordo de cooperação.

No caso apresentado, estamos diante de uma parceria estabelecida para a consecução de


finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública, tendo
por finalidade a consecução de planos de trabalho de sua iniciativa, que envolveram a
transferência de recursos financeiros.
Sendo assim, o instrumento que deve ser utilizado é o termo de colaboração, nos termos
da Lei 13.019/2014, de seguinte teor:

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


VII – termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam
a transferência de recursos financeiros;

Letra c.

008. (VUNESP/ADM (DOCAS PB)/DOCAS PB/2022) A legislação prevê diversos requisitos para
que as entidades privadas se habilitem à qualificação como organização social. Dentre tais
requisitos, está:
a) ser pessoa jurídica de direito privado, independentemente de fins lucrativos, cujas
atividades sejam dirigidas ao ensino, à saúde, entre outras.
b) comprovar que há previsão da participação, no órgão colegiado de deliberação superior,
de, pelo menos, três representantes do Poder Público.
c) a obrigatoriedade de publicação semestral, no Diário Oficial da União, dos relatórios
financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão.
d) a proibição de distribuição de bens exclusivamente no caso de falecimento de associado
ou membro da entidade.
e) comprovar o registro de seu ato constitutivo dispondo sobre composição e atribuições
da
O conteúdo diretoria.
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Os requisitos para que as entidades privadas possam se habilitar à qualificação como


organização social constam no artigo 2º da Lei 9.637/1998, de seguinte teor:

Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de atuação;
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros
no desenvolvimento das próprias atividades;
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e de direção, um
conselho de administração e uma diretoria definidos nos termos do estatuto, asseguradas àquele
composição e atribuições normativas e de controle básicas previstas nesta Lei;
d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder
Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral;
e) composição e atribuições da diretoria;
f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos relatórios financeiros e
do relatório de execução do contrato de gestão;
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto;
h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese,
inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade;
i) previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das doações que lhe foram
destinados, bem como dos excedentes financeiros decorrentes de suas atividades, em caso de
extinção ou desqualificação, ao patrimônio de outra organização social qualificada no âmbito da
União, da mesma área de atuação, ou ao patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, na proporção dos recursos e bens por estes alocados;
II – haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização
social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente
ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado.

Letra e.

009. (VUNESP/APGO (PREF JUNDIAÍ)/PREF JUNDIAÍ/DIREITO/2022) Assinale a alternativa


que contempla um exemplo de entidade que pode ser legalmente qualificada como OSCIP
(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), desde que atenda aos demais requisitos
da Lei n. 9.790/99.
a) Organização não governamental, que tenha sido constituída e se encontre em funcionamento
regular há, no mínimo, um ano, e atue, por exemplo, na área da educação ou da saúde.
b) Pessoa física ou jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que tenha atuação nas
áreas de interesse da sociedade civil, constituída há pelo menos dois anos.
c) Organização não governamental que tenha sido constituída e se encontre em funcionamento
regular
O conteúdo deste livrohá, no mínimo,
eletrônico doisSimone
é licenciado para anos.Venâncio dos Santos Xavier - 83712003153, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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d) Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que tenha sido constituída e se
encontre em funcionamento regular há, no mínimo, três anos.
e) Cooperativa, sem fins lucrativos, que atue, em outras áreas, na defesa, preservação e
conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável.

A alternativa correta é a Letra D, conforme previsão do artigo 1º da Lei 9.790/1999, com


o seguinte teor:
Art. 1º Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas
jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem
em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos
sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei.

Letra d.

010. (VUNESP/APREV (PERUÍBEPREV)/PERUÍBEPREV/FINANCEIRA E INVESTIMENTOS/2022) A União


celebrou um contrato de gestão com uma Organização Social (OS) na área da saúde. Durante a
vigência desse contrato, constatou-se ilegalidade na utilização de recursos de origem pública pela
contratada. Nessa situação hipotética, a legislação que disciplina esse tipo de convênio dispõe
que os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato devem dar ciência da ilegalidade
a) ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
b) ao Ministério Público, sob pena de responsabilidade subsidiária.
c) ao Poder Judiciário, sob pena de responsabilidade solidária.
d) à Advocacia-Geral da União, sob pena de responsabilidade subsidiária.
e) à Corregedoria-Geral da União, sob pena de responsabilidade solidária.

Estabelece o artigo 9º da Lei 9.637/1998 que


Os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de gestão, ao tomarem conhecimento
de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens de origem pública
por organização social, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

Letra a.

011. (VUNESP/PROC (PREF JUNDIAÍ)/PREF JUNDIAÍ/2021) Uma entidade de direito privado


pretende qualificar-se como Organização Social (OS) e prestar serviço à população na área
da saúde, e, para isso, propõe um acordo com o Município postulando benefícios como
dotações orçamentárias, isenções fiscais e uso de bens públicos, e, ainda, que sejam cedidos
dois servidores públicos municipais para atuar nessa área de prestação de serviço. Nessa
situação hipotética, portanto, e considerando apenas as informações fornecidas e o disposto
nadeste
O conteúdo Leilivro
das Organizações
eletrônico Sociais
é licenciado para (Lei nodos
Simone Venâncio 9.637/1998), é correto
Santos Xavier - 83712003153, afirmar
vedada, que ameios
por quaisquer entidade
e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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a) pode qualificar-se como OS, desde que não tenha fins lucrativos, podendo atuar na área
da saúde e receber todos os benefícios mencionados, devendo ser celebrado um contrato
de parceria, mas não poderá haver cessão de funcionários públicos.
b) somente pode qualificar-se como OS se não tiver fins lucrativos e já atuar na área da
saúde, estando autorizada a receber dotações orçamentárias e isenções fiscais, sendo
vedado o uso de bens públicos e poderá ter a cessão de servidores públicos, que serão por
ela custeados.
c) embora possa qualificar-se como OS, tendo o direito de celebrar contrato de gestão
e receber todos os benefícios postulados, inclusive a cessão de, no máximo, um servidor
público, a suas custas, não poderá atuar na área da saúde.
d) não pode qualificar-se como OS se não provar que já atua na área da saúde, mas se
estiver apta a celebrar um contrato de colaboração com o Município, poderá ter todos os
benefícios postulados, exceto a cessão de servidores públicos.
e) pode qualificar-se como OS, desde que não tenha fins lucrativos, podendo atuar na
área da saúde, por meio de contrato de gestão com o Município, e pode receber todos os
benefícios mencionados, inclusive o uso de bens públicos e cessão de servidores, com ônus
para a origem.

A Lei 9.637/1998 estabelece, em seu artigo 1º, que

O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

A celebração, por sua vez, ocorrerá por meio do instrumento denominado contrato de gestão.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação
de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas
no art. 1º.

Em relação ao uso de bens públicos e à cessão de servidores (que ocorrerá com ônus para a
origem), o fundamento utilizado tem como base os artigos 12 e 14 da norma em questão.

Art. 12. Às organizações sociais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos
necessários ao cumprimento do contrato de gestão.
Art. 14. É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as organizações sociais,
com ônus para a origem.

Letra e.

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012. (VUNESP/ADV (DOCAS PB)/DOCAS PB/2022) Assinale a alternativa que relaciona


corretamente o conceito com a sua explicação, conforme previsto na Lei no 13.019/2014.
a) Termo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações
da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros.
b) Parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação
jurídica estabelecida formal ou informalmente entre a administração pública e organizações
da sociedade civil de interesse público, em regime de concorrência, para a consecução de
finalidades de interesse público, mediante a execução de atividade expressa em termos de
patrocínio público ou em acordos de cooperação.
c) Termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração
pública que envolvam a transferência de recursos financeiros.
d) Parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação
jurídica estabelecida formalmente entre a administração pública e organizações da sociedade
civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, mediante a execução de atividade ou de projeto expressos em termos
de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.
e) Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco que envolvam a transferência
de recursos financeiros.

Vejamos, de acordo com a Lei 13.019/2014, as definições apresentadas pela questão.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


III – parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação jurídica
estabelecida formalmente entre a administração pública e organizações da sociedade civil, em
regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco,
mediante a execução de atividade ou de projeto expressos em termos de colaboração, em termos
de fomento ou em acordos de cooperação; (Erro da Letra B e acerto da Letra D)
VII – termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam
a transferência de recursos financeiros; (Erro da Letra A)
VIII – termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades
de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam
a transferência
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Venâncio dos Santos(Erro
Xavierda Letra C) vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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VIII – A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos
financeiros; (Erro da Letra E)

Letra d.

013. (VUNESP/PROC J (CM JUNDIAÍ)/CM JUNDIAÍ/2022) Nas parcerias de que trata a Lei
Federal no 13.019/14, celebradas entre a administração pública e as organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, é vedada, em qualquer hipótese, a transferência de recursos
financeiros do ente público para realização de despesas com
a) pagamento de servidor ou empregado público, salvo nas hipóteses previstas em lei
específica e na lei de diretrizes orçamentárias.
b) custos indiretos necessários à execução do objeto, em qualquer proporção, em relação
ao valor total da parceria.
c) publicidade, inclusive de caráter educativo, informativo ou de orientação social.
d) remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de
pessoal próprio da organização da sociedade civil.
e) aquisição de equipamentos e materiais permanentes, e execução de serviços de adequação
de espaço físico necessários à respectiva instalação.

A questão deve ser respondida com base nas disposições do artigo 45 da Lei 13.019/2014,
de seguinte redação:

Art. 45. As despesas relacionadas à execução da parceria serão executadas nos termos dos
incisos XIX e XX do art. 42, sendo vedado:
I – utilizar recursos para finalidade alheia ao objeto da parceria;
II – pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público com recursos vinculados à
parceria, salvo nas hipóteses previstas em lei específica e na lei de diretrizes orçamentárias;

Letra a.

014. (CEBRASPE (CESPE)/ANDR (CODEVASF)/CODEVASF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Julgue o


próximo item quanto a compras governamentais, gerenciamento de estoques, governabilidade,
governança, organizações sociais e agências executivas.
É permitido a pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos e com atividade dirigida
à pesquisa científica qualificada como organização social aplique seus recursos excedentes
aplicados em atividades distintas da própria atividade, de acordo com a Lei n.º 9.637/1998.
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A aplicação dos recursos excedentes deve obrigatoriamente ocorrer, por parte da entidade
qualificada como organização social, no desenvolvimento das próprias atividades, sem a
possibilidade, diferente do que afirmado pela questão, na aplicação em atividades distintas.

Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros
no desenvolvimento das próprias atividades;

Errado.

015. (FGV/ATCE (TCE-AM)/TCE-AM/MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2021) O Estado Alfa


firmou contrato de gestão com a Organização Social (OS) Gama para o gerenciamento,
operacionalização e execução de ações e serviços de saúde no Hospital Estadual Beta.
No caso em tela, na busca do cumprimento dos objetivos comuns indicados pelas partes
no contrato de gestão, de acordo com as disposições legais aplicáveis:
a) à OS Gama se aplica o controle externo exercido pela Secretaria Estadual de Saúde,
mediante seu poder hierárquico, pois integra a Administração indireta;
b) ao Poder Executivo do Estado Alfa é facultada a cessão especial de servidor para a OS
Gama, com ônus para a origem;
c) a OS Gama não se submete diretamente à lei de improbidade administrativa, nem se
sujeita a controle financeiro e contábil pelo Tribunal de Contas, por ostentar personalidade
jurídica de direito privado;
d) o conselho de administração da OS Gama deve estar estruturado nos termos em que
dispuser o seu respectivo estatuto, permitindo o controle social e vedada a participação
de representantes do poder público;
e) a OS Gama deve possuir finalidade não lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento
de metade de seus excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades,
facultada a divisão de lucros da outra metade aos associados.

a) Errada. A Organização Social não integra a Administração Indireta, diferente do que


afirmado. Além disso, o controle destas entidades será realizado pelos respectivos Tribunais
de Contas, uma vez que tais organizações movimentam recursos públicos.
b) Certa. A questão está de acordo com as disposições do artigo 14 da Lei 9.637/1998,
que estabelece que “É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as
organizações sociais, com ônus para a origem”.

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c) Errada. A OS se sujeita, ao contrário do que afirmado, a controle financeiro e contábil


pelo Tribunal de Contas. Além disso, há possibilidade de responsabilização pela eventual
prática de atos de improbidade administrativa.
d) Errada. O conselho de administração das organizações sociais será composto, dentre
outros membros, por 20 a 40% de membros natos representantes do Poder Público.

Art. 3º O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o respectivo
estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de qualificação, os seguintes
critérios básicos:
I – ser composto por:
a) 20 a 40% (vinte a quarenta por cento) de membros natos representantes do Poder Público,
definidos pelo estatuto da entidade;

e) Errada. Todo o excedente financeiro da organização social (e não apenas a metade) deve
ser investido no desenvolvimento das suas próprias atividades.

Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros
no desenvolvimento das próprias atividades;

Letra b.

016. (AMAUC/TEC (PREF SEARA)/PREF SEARA/CONTROLADOR INTERNO/2021) Pessoas


jurídicas de direito privado, sem finalidade lucrativa, instituídas por iniciativa de particulares,
a fim de desempenharem atividades e serviços não exclusivos do Estado e que firmam para
isso termo de parceria são conhecidas como:
a) Serviço social autônomo.
b) Organização da sociedade civil de interesse público.
c) Cooperativa.
d) Entidade de apoio.
e) Organização social.

A definição apresentada é a de organização da sociedade civil de interesse público. Ao passo


que as OSCIPS firmam termo de parceria, as organizações sociais celebram contrato de gestão.

Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.

Letra b.
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017. (QUADRIX/AUX ADM (CRQ 10)/CRQ 10 (CE)/2021) No que concerne ao regramento


constitucional da Administração Pública e dos servidores públicos, julgue o item a seguir.
O chamado contrato de gestão autoriza a ampliação de autonomia de órgãos da Administração
mediante a fixação de metas.

Quanto o contrato de gestão é celebrado com órgãos da administração direta ou com


entidades da administração indireta, temos um aumento da autonomia, de forma que
tais órgãos ou entidades passam a contar com uma maior liberdade para desempenhar
suas atribuições. Ocorrendo a celebração com as organizações sociais, que são entidades
privadas e sem fins lucrativos, a autonomia funcional, em sentido oposto, será restringida.
No que se refere à celebração de contrato de gestão com órgãos ou entidades da
Administração Pública, devemos fazer uso das disposições do artigo 37, §8º, de seguinte
teor:

Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da


administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho
para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.

Certo.

018. (CEBRASPE (CESPE)/ACE TCE RJ/TCE-RJ/CONTROLE EXTERNO/DIREITO/2021) Com


relação à organização administrativa, ao processo administrativo, ao estatuto jurídico da
empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias e à Lei de Acesso
a Informação, julgue o item a seguir.
Se organização da sociedade civil firmar alguma parceria com a administração pública,
celebrando o respectivo termo de fomento, ambas deverão divulgar a parceria na Internet,
devendo a primeira dar essa publicidade em locais visíveis de suas sedes sociais.

De acordo com o regime de parcerias, tanto a Administração Pública quanto a entidade


privada devem dar ampla divulgação da parceria firmada. Especificamente em relação às
entidades, a Lei 13.019/2014 estabelece que a publicidade deverá ocorrer em locais visíveis
de suas sedes sociais.

Art. 10. A administração pública deverá manter, em seu sítio oficial na internet, a relação das
parcerias celebradas e dos respectivos planos de trabalho, até cento e oitenta dias após o
respectivo
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Art. 11. A organização da sociedade civil deverá divulgar na internet e em locais visíveis de suas
sedes sociais e dos estabelecimentos em que exerça suas ações todas as parcerias celebradas
com a administração pública.

Certo.

019. (QUADRIX/ANA DUF (IDURB)/IDURB/ADVOGADO/2020) Julgue o item a respeito das


organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).
As OSCIPs, mesmo depois de qualificadas como tal mediante celebração de termo de
parceria, conservam personalidade jurídica de direito privado.

A qualificação como OSCIP não retira o caráter de pessoa jurídica de direito privado da
respectiva instituição. O que ocorre, apenas, é que a OSCIP passa a desempenhar atividades
em regime de colaboração com o Poder Público, integrando o terceiro setor.
Certo.

020. (QUADRIX/ANA DUF (IDURB)/IDURB/ADVOGADO/2020) Julgue o item a respeito das


organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).
A outorga do título de OSCIP é ato administrativo vinculado, impondo um dever ao gestor
quando preenchidos os requisitos legais pela entidade.

Questão cujo enunciado ficou bastante dúbio. De fato, o ato de qualificação como OSCIP é
classificado como vinculado. Contudo, o requerimento para a celebração do termo de parceria
não é uma obrigatoriedade do gestor da entidade, que pode ou não requerer a qualificação
como OSCIP. Caso ela seja solicitada, e desde que atenda aos requisitos necessários, aí sim
o ato deverá ser deferido, uma vez que trata-se de atividade vinculada do Poder Público.
Errado.

021. (QUADRIX/ANA DUF (IDURB)/IDURB/ADVOGADO/2020) Julgue o item a respeito das


organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).
A entidade que deixar de preencher os requisitos necessários à sua qualificação como OSCIP
será, imediata e automaticamente, descredenciada.

O descredenciamento como OSCIP não ocorre de forma imediata, ainda que a entidade
deixe de preencher os requisitos necessários à sua qualificação. Em sentido oposto, o
descredenciamento ocorrerá após a instauração de processo administrativo, possibilitando
com
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Art. 7º Perde-se a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a pedido


ou mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou
do Ministério Público, no qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório.

Errado.

022. (QUADRIX/ANA DUF (IDURB)/IDURB/ADVOGADO/2020) Julgue o item a respeito das


organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).
As compras e obras a serem realizadas pelas OSCIPs com recursos obtidos do Poder Público
exigirão licitação.

Temos aqui uma importante peculiaridade. Ainda que os OSCIPs tenham a obrigação de
realizar licitação para as compras efetuadas com recursos públicos, o rito a ser observado
não é o da Lei das Licitações.
Em sentido oposto, deverá a entidade publicar regulamento próprio, que conterá os
procedimentos que adotará para a contratação de obras e serviços, bem como para compras
com emprego de recursos provenientes do Poder Público.
Ainda assim, é correto afirmar que as compras e obras decorrentes de recursos públicos
serão objeto de licitação por parte das mencionadas entidades.

Art. 14. A organização parceira fará publicar, no prazo máximo de trinta dias, contado da assinatura
do Termo de Parceria, regulamento próprio contendo os procedimentos que adotará para a
contratação de obras e serviços, bem como para compras com emprego de recursos provenientes
do Poder Público, observados os princípios estabelecidos no inciso I do art. 4º desta Lei.

Certo.

023. (FGV/ANA (TJ SC)/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2018) As organizações sociais (OS) são


entidades de direito privado que tiveram origem na estratégia de publicização de parte de
atividades exercidas pelo Estado.
Em relação às OS é correto afirmar que:
a) fazem parte da estrutura da administração indireta;
b) podem exercer qualquer tipo de atividade de interesse público;
c) são vinculadas à Administração Pública por meio do contrato de gestão;
d) podem adquirir qualificação de agência executiva por decreto presidencial;
e) devem se enquadrar no modelo societário de sociedade de economia mista.

a) Errada. As organizações sociais não fazem parte da estrutura da Administração Pública,


seja ela direta ou indireta.
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b) Errada. As OS não podem exercer qualquer tipo de atividade de interesse público, mas
sim apenas aquelas que não sejam exclusivas do Poder Público. A título de exemplo, a Lei
9.637/1998 estabelece uma lista exemplificativa de serviços que podem ser prestados.
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

c) Certa. O vínculo mantido entre o Poder Público e as organizações sociais é o contrato de gestão.
d) Errada. As agências executivas são uma qualificação conferida às autarquias e fundações
públicas, não estando relacionadas com as organizações sociais.
e) Errada. Não há um modelo societário específico que deve ser utilizado pelas organizações
sociais. O que elas não podem é ter finalidade lucrativa.
Letra c.

024. (FGV/ANA (MPE AL)/MPE AL/GESTÃO PÚBLICA/2018) A denominação Terceiro Setor


está relacionada com o conjunto de organizações
a) de qualquer natureza, que têm, em sua missão, os valores de cooperação e de solidariedade.
b) internacionais, que atuam no setor terciário da economia.
c) empresariais, que atuam principalmente na prestação de serviços.
d) públicas ou privadas, que produzem bens públicos.
e) privadas sem fins lucrativos, que prestam serviços de caráter público.

O terceiro setor é composto por organizações privadas sem fins lucrativos. Tais organizações,
por atuarem ao lado do Estado, prestam serviços de caráter público não essencial.
Letra e.

025. (FGV/ANA (MPE RJ)/MPE RJ/ADMINISTRATIVA/2019) O Município Alfa decidiu estimular


a participação de organização da sociedade civil sem fins lucrativos, que não contasse com
qualquer qualificação obtida com base em legislação específica, em projetos de interesse
público e recíproco. Para tanto, lançou chamamento público para que os interessados
apresentassem os seus projetos, sendo celebrado ajuste com a organização vencedora,
que seria contemplada com a transferência de recursos financeiros.
À luz da sistemática vigente, o referido ajuste terá a forma de:
a) termo de parceria;
b) contrato de gestão;
c) termo de interação;
d) termo de colaboração;
e)deste
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De acordo com as disposições da Lei 13.019/2014, temos a seguinte definição para o termo
de colaboração.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


VII – termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que
envolvam a transferência de recursos financeiros;

Aqui, o grande detalhe para resolver a questão era sabermos que, no termos de colaboração,
quem propõe a parceria é a Administração Pública.
E observe que é exatamente isso que ocorre no enunciado da questão, que afirma que o
Município Alfa fez uso de chamamento público com o objetivo de angariar propostas de
parcerias a serem celebradas.
Letra d.

026. (FGV/ANA (MPE RJ)/MPE RJ/PROCESSUAL/2019) Considerando a relevância das atividades


desenvolvidas em benefício da educação, por determinada associação da sociedade civil
sem fins lucrativos, que não remunerava seus dirigentes e que empregava no seu objeto
social todos os recursos que obtinha, o Município Alfa decidiu celebrar ajuste com essa
associação, sem a transferência de recursos financeiros, para que pudessem desenvolver
determinado projeto em conjunto.
Considerando que a referida associação não possuía qualquer qualificação fornecida pela
legislação específica, o ajuste a ser celebrado é o:
a) convênio;
b) termo de fomento;
c) contrato de gestão;
d) termo de colaboração;
e) acordo de cooperação.

O acordo de cooperação é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias


estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência
de recursos financeiros.
Na questão, o Município Alfa decidiu celebrar ajuste com a associação sem a transferência
de recursos financeiros. Logo, o ajuste a ser celebrado é o termo de colaboração.
Letra e.

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027. (FCC/AJ (TJ MA)/TJ MA/DIREITO/2019) Um ente público que se encontra em grave
situação financeiro- orçamentária está promovendo a reestruturação de suas atividades,
a fim de identificar oportunidades de redução de despesas. A Secretaria de Cultura do ente
administra alguns equipamentos públicos de grande relevância, os quais, embora tenham
bom histórico de visitação, representam parcela significativa do custeio do órgão. Vislumbra,
assim, oportunidade e necessidade de otimizar e dinamizar a gestão desses equipamentos,
o que, de acordo com a legislação em vigor, pode se dar por meio de
a) celebração de contrato de gestão com pessoa jurídica de direito privado qualificada como
organização social, com estabelecimento de metas para prestação e melhoria dos serviços.
b) celebração de convênio com entidades do terceiro setor, estabelecendo remuneração
paga pelo poder público pela prestação dos serviços públicos a serem explorados.
c) formalização de contrato de permissão de serviço público, cabendo à empresa contratada
extrair remuneração exclusivamente da exploração da própria atividade.
d) contratação de prestação de serviços de administração e operação do equipamento
público, com base na Lei no 8.666/93, hipótese expressa de inexigibilidade de licitação.
e) formalização de contrato de gestão com pessoas jurídicas de direito privado para
exploração econômica do equipamento público em regime lucrativo.

a) Certa. O contrato de gestão pode ser celebrado com as organizações sociais, que são
entidades privadas sem fins lucrativos. Após a celebração, as entidades passam a auxiliar
o Poder Público na execução de determinadas atividades, tendo uma série de metas para
prestação e melhoria dos serviços.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado entre o
Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria
entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas no art. 1º.

b) Errada. Nos convênios, não há o recebimento de remuneração, uma vez que há reciprocidade
de ambas as partes no objetivo a ser alcançado.
c) Errada. De acordo com o enunciado, a Administração Pública quer, com a medida, “otimizar
e dinamizar a gestão desses equipamentos”. E esta gestão não adentra no conceito de
serviços públicos, não havendo que se falar em delegação por meio de permissão.
d) Errada. A inexigibilidade de licitação, tanto na Lei 8.666/1993 quanto na Lei 14.133/2021
(nova lei das licitações), apenas ocorre nas situações em que houver impossibilidade jurídica
de competição, o que não ocorre na situação mencionada.
e) Errada. O contrato de gestão deve ser celebrado para a execução de atividades tipicamente
públicas, e não para a exploração econômica em regime lucrativo. Não podemos confundir
o contrato de gestão com os contratos administrativos, que, estes sim, são celebrados com
o objetivo de uma das partes alcançar a lucratividade.
Letra a.
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028. (FCC/JE TJAL/TJ AL/2019) De acordo com as disposições da Lei federal no 13.019/2014,
o estabelecimento de parcerias entre o poder público e entidades da sociedade civil sem
fins lucrativos, para a execução de planos de trabalho por estas propostos,
a) se dá mediante termo de fomento, se envolver transferência de recursos públicos, vedada
a celebração de convênio para tal finalidade.
b) não pode envolver, direta ou indiretamente, a transferência de recursos públicos à entidade.
c) deve ser precedido de procedimento licitatório, na modalidade convite, salvo em se
tratando de entidades de assistência social.
d) deve ser feito mediante contrato de gestão, apenas com entidades pré-qualificadas.
e) deve ser precedido de chamamento público, obrigando-se o poder público a celebrar
termo de parceria com a entidade melhor classificada.

a) Certa. Considerando que o plano de trabalho foi proposto pela organização da sociedade
civil, o instrumento que deve ser utilizada para a celebração da parceria é o termo de fomento.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


VIII – termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades
de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam
a transferência de recursos financeiros;

b) Errada. A transferência de recursos financeiros é possível, conforme verificado no artigo


da alternativa anterior.
c) Errada. Não é o convite que é utilizado, mas sim, como regra geral, o chamamento público.

Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de
fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.

d) Errada. O estabelecimento de parcerias entre o poder público e entidades da sociedade


civil sem fins lucrativos ocorre de diversas formas. No caso do contrato de gestão, temos
um vínculo mantido, apenas, com uma organização social, e não com as demais organizações
da sociedade civil. Logo, diversas são as outras formas de celebração das parcerias.
e) Errada. O chamamento público é a regra, mas pode, em determinadas situações, ser
dispensado ou declarado inexigível. Além disso, o termo de parceria trata-se de um
instrumento específico celebrado com as OSCIPs.
Letra a.

029. (FCC/ANA FOM (AFAP)/AFAP/CRÉDITO/2019) A formalização de termo de colaboração entre


a Administração pública e uma organização da sociedade civil, para que esta prossiga com o
desenvolvimento de trabalho social de acolhimento de desabrigados, bem como de recolocação
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a) deve, em regra, ser precedida de chamamento público, além do preenchimento de


requisitos formais pela organização da sociedade civil, em observância à transparência.
b) demanda todas as providências, requisitos e procedimento previstos na Lei n. 8.666/1993.
c) demanda sempre prévio procedimento de seleção, observada a isonomia e legalidade,
na forma prevista na Lei n. 13.019/2017.
d) exige a elaboração e apresentação de plano de trabalho pela organização da sociedade
civil, esta que ficará integralmente responsável pela execução do mesmo, vedada ingerência
ou participação do poder público.
e) pode ser feita diretamente pelo Chefe do Executivo, desde que não surja interferência com
as autoridades formalmente competentes, sob pena de ser necessária prévia autorização
legislativa.

a) Certa. A regra geral é a necessidade, para formalização de termo de colaboração entre a


Administração pública e uma organização da sociedade civil, de realização de chamamento
público, conforme previsão da Lei 13.019:

Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de
fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.

Além disso, devem as entidades, para poder celebrar vínculo com o Poder Público, atender
aos demais requisitos legais.
b) Errada. Em sentido contrário ao que informado, o artigo 84 da Lei 13.019 estabelece
que “Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei n. 8.666, de 21 de junho
de 1993”. Atualmente, a regra deve ser estendida para as disposições da Lei 14.133/2021.
c) Errada. Conforme verificado na Letra A, não são todas as situações que demandam a
realização de chamamento público, havendo, em sentido contrário, exceções legais.
d) Errada. As parcerias serão celebradas em regime de mútua colaboração, uma vez que
destinadas à consecução de finalidades de interesse público e recíproco. Logo, não é vedada
a ingerência ou participação do poder público.

Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações
da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.

e) Errada. A formalização não pode ser realizada diretamente pelo Chefe do Poder Executivo.
Além disso, não há necessidade de autorização legislativa para a celebração dos instrumentos
de parceria legalmente previstos.
Letra a.
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030. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA - ASSISTENTE TÉCNICO


ADMINISTRATIVO/2018) As Organizações Sociais, assim qualificadas pelo Poder Executivo,
vinculam-se juridicamente à Administração pública por meio de
a) contrato de gestão, que pode ser firmado com pessoas jurídicas de direito privado,
sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à
saúde.
b) termo de colaboração ou de fomento, que podem ser firmados exclusivamente com
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas à
cultura e à saúde.
c) contrato de fornecimento, que pode ser firmado com pessoa jurídica de direto privado
com ou sem fins lucrativos, desde que demonstre ter capacidade técnica para a gestão
adequada e qualificada dos serviços que lhe serão transferidos.
d) contrato de concessão ou de permissão de serviço público, que pode ser firmado
independentemente de licitação, em razão da natureza da entidade contratada.
e) contrato de gestão, que pode ser firmado com pessoas jurídicas que tenham finalidade
lucrativa ou não, qualquer que seja a natureza social de seus objetivos e área de atuação,
liberdade necessária para democratização e qualificação do gasto público.

As organizações sociais se vinculam com o Poder Público por meio de contrato de gestão.
Com isso, eliminamos as Letras B, C e D. Na Letra E, o erro está em afirmar que tal contrato
pode ser celebrado com pessoas jurídicas que tenham finalidade lucrativa.
Assim, a alternativa correta é a Letra A, nos termos do artigo 1º da Lei 9.637/1998:

Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

Letra a.

031. (CEBRASPE (CESPE)/DP RS/DPE RS/2022) A respeito das parcerias formais estabelecidas
entre o Poder Público e as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, inclusive
para atuação na área da saúde pública, julgue o item que se seguem.
Conforme a Lei n.º 9.637/1998, as organizações sociais, por integrarem o terceiro setor, não
fazem parte do conceito constitucional de administração pública e estão legitimamente
autorizadas a estabelecer vínculos formais com o poder público a partir da assinatura
de termos de parceria e ampla submissão aos princípios constitucionais relacionados ao
escopo de sua atuação.
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As organizações sociais celebram com o Poder Público um contato de gestão, e não o termo
de parceria, diferente do que afirmado pela questão.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de
parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas
no art. 1º.

Errado.

032. (CEBRASPE (CESPE)/AA (IBAMA)/IBAMA/2022) No que se refere à gestão de redes


organizacionais, ao Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE),
ao Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG), à intermediação de
interesses e a organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP), julgue o item
que se segue.
Uma fundação pública que possua a finalidade de promover assistência social em regiões
de difícil acesso pode ser qualificada como OSCIP.

As fundações públicas estão dentre as entidades que não podem, por previsão legal expressa,
ser qualificadas como OSCIP.

Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
XI – as fundações públicas;

Errado.

033. (FUNDATEC/APOG (SEPOG RS)/SEPOG RS/2022) As pessoas jurídicas de direito privado


sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e que se encontrem em funcionamento
regular há, no mínimo, 3 (três) anos podem qualificar-se como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público (OSCIP). São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
que não distribuam, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados
ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas
atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social. NÃO
são passíveis de qualificação como uma OSCIP:
I – Os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional.
II – As instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e
visões devocionais e confessionais.
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III – As organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações.


Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Todos os itens elencados apresentam entidades que não podem vir a ser qualificadas como
OSCIP.

Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e
visões devocionais e confessionais;
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;

Letra e.

034. (CEBRASPE (CESPE)/AAAJ (DP DF)/DP DF/ADMINISTRAÇÃO/2022) Quanto aos aspectos


de intermediação de interesses, mudanças institucionais, construção de agendas e políticas
públicas, julgue o item seguinte.
Promoção da assistência social, do voluntariado, do desenvolvimento econômico e social
e do combate à pobreza estão entre as finalidades que podem ter as organizações que
cumprem os requisitos para serem qualificadas como organizações da sociedade civil de
interesse público.

O enunciado estabelece algumas das finalidades que as entidades podem ter como condição
para a qualificação como OSCIP.

Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da
universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será
conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais
tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:
I – promoção da assistência social;
VII – promoção do voluntariado;
VIII – promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;

Certo.
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035. (INSTITUTO MAIS/RES (PREF SP)/PREF SP/JURÍDICA/2022) Desde que os respectivos


objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos legais, podem qualificar-se
como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito
privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento
regular há, no mínimo,
a) 5 (cinco) anos.
b) 3 (três) anos.
c) 1 (um) ano.
d) 4 (quatro) anos.
e) 2 (dois) anos.

A questão deve ser respondida com base nas disposições do artigo 1º da Lei 9.790/199,
que estabelece que

Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas


jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem
em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos
sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei”.

Letra b.

036. (SELECON/TDTND/AMAZUL/TÉCNICO DE SECRETARIADO/2022) Dentre os tipos de


organizações existentes, aquela que cuja origem é na sociedade e é compreendida como
de utilidade pública é denominada:
a) economia mista
b) terceiro setor
c) empresa pública
d) sociedade anônima

As entidades do terceiro setor nada mais são do que pessoas jurídicas de direito privado sem
fins lucrativos. Logo, é correto afirmar que tais entidades são exemplos de organizações
constituídas pela sociedade, tendo por finalidade uma utilidade pública.
Letra b.

037. (CEBRASPE (CESPE)/PPE (SERES PE)/SERES PE/2022) São entidades privadas que
celebram contrato de gestão com o Estado para cumprimento de metas de desempenho
e recebimento de benefícios públicos
a) as organizações sociais.
b)deste
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entidades
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c) os serviços sociais autônomos.


d) as organizações da sociedade civil de interesse público.
e) as fundações.

O contrato de gestão é celebrado pelas organizações sociais, de forma que a entidade passa
a desempenhar atividades públicas em regime de colaboração com o Estado.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação
de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas
no art. 1º.

Letra a.

038. (SELECON/ADTND (AMAZUL)/AMAZUL/ANALISTA DE NEGÓCIOS 40 HORAS/2022) No que


tange à qualificação da Organização Social (OS), pode-se afirmar que o ato de qualificação
e a autoridade responsável são, respectivamente:
a) ato vinculado e Ministério da Justiça.
b) ato discricionário e Ministério da Justiça.
c) ato discricionário e ministério da área de atuação da OS.
d) ato vinculado e ministério da área de atuação da OS.

Um dos requisitos para a qualificação como organização social é a aprovação, quanto à


conveniência e a oportunidade (ato discricionário), por parte do Ministro ou titular de
órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social.

Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
II – haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização
social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente
ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado.

Letra c.

039. (SELECON/ADTND (AMAZUL)/AMAZUL/ANALISTA DE NEGÓCIOS 40 HORAS/2022) No


que concerne à Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), pode-se
afirmar que a participação do poder público em sua gestão e o instrumento celebrado são,
respectivamente:
a) facultativa e contrato de gestão.
b) facultativa e termo de parceria.
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c) compulsória e contrato de gestão.


d) compulsória e termo de parceria.

Inicialmente, precisamos saber que as OSCIPs celebram termo de parceria com o Poder
Público, e não contrato de gestão.

Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.

Além disso, a norma estabelece que é permitida a participação de servidores públicos


na composição de conselho ou diretoria de Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público. Sendo assim, a participação do poder público na gestão das entidades é facultativa,
podendo ou não ocorrer.

Art. 4º, Parágrafo único. É permitida a participação de servidores públicos na composição de


conselho ou diretoria de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

Letra b.

040. (CEBRASPE (CESPE)/SUB PROC (MPCM PA)/TCM PA/2022) A organização do terceiro


setor que executa atividades não exclusivas do Estado, com incentivo e fiscalização pelo
poder público mediante termo de parceria é denominada
a) fundação pública.
b) sociedade de economia mista.
c) serviços sociais autônomos.
d) organização da sociedade civil de interesse público.
e) consórcio público.

A entidade que celebra termo de parceria com o Poder Público para o desempenho de
atividades não exclusivas do Estado é a organização da sociedade civil de interesse público
(OSCIP).

Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.

Letra d.

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041. (CEPS UFPA/TEC (UFPA)/UFPA/CONTABILIDADE/2022) O ajuste firmado entre o Poder


Público e entidade da administração direta, indireta ou organização não governamental
para criar direitos e obrigações recíprocos entre elas, com vistas à descentralização das
atividades do Estado, refere-se ao contrato de
a) alienação.
b) concessão.
c) serviço.
d) obra pública.
e) gestão.

A definição apresentada é a de contrato de gestão, cuja definição consta no texto da Lei


9.637/1998 da seguinte forma:

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação
de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas
no art. 1º.

Letra e.

042. (FCC/AJ TRT22/TRT 22/ÁREA JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2022)


Conforme jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores e do TCU, embora ostentem
personalidade de direito privado, aplicam-se aos serviços sociais autônomos criados em
âmbito federal (“Sistema S”) algumas normas típicas do regime jurídico-administrativo,
dentre elas,
a) o pagamento de suas dívidas por precatórios.
b) a competência da Justiça Federal para julgamento das ações em que forem parte.
c) a obrigatoriedade de concurso público para admissão de pessoal de caráter permanente.
d) a observância das regras constantes da legislação federal sobre licitações.
e) a fiscalização pelo Tribunal de Contas da União.

Para responder a questão, vejamos, inicialmente, o entendimento do STF acerca dos serviços
sociais autônomos.

JURISPRUDÊNCIA
(RE 789874) Os serviços sociais autônomos integrantes do denominado Sistema “S”,
vinculados a entidades patronais de grau superior e patrocinados basicamente por
recursos recolhidos do próprio setor produtivo beneficiado, ostentam natureza de pessoa
jurídica de direito privado e não integram a Administração Pública, embora colaborem
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com ela na execução de atividades de relevante significado social. Tanto a Constituição


Federal de 1988, como a correspondente legislação de regência (como a Lei 8.706/93,
que criou o Serviço Social do Trabalho – SEST) asseguram autonomia administrativa a
essas entidades, sujeitas, formalmente, apenas ao controle finalístico, pelo Tribunal
de Contas, da aplicação dos recursos recebidos. Presentes essas características, não
estão submetidas à exigência de concurso público para a contratação de pessoal, nos
moldes do art. 37, II, da Constituição Federal.

a) Errada. O pagamento das dívidas não ocorre por meio de precatórios, uma vez que as
entidades não integram o conceito de Fazenda Pública.
b) Errada. A Súmula 516 do STF estabelece que

JURISPRUDÊNCIA
O Serviço Social da Indústria (SESI) está sujeito à jurisdição da Justiça estadual.

c) Errada. Por não integrarem a Administração Pública, as entidades do terceiro setor não
estão obrigadas a seguir a regra da realização de concurso público como forma de admissão
de pessoal.
d) Errada. O terceiro setor não deve observar as regras constantes da legislação federal
sobre licitações. O que deve ser realizado é um procedimento simplificado, definido pela
entidade, e que observe os princípios constitucionais da Administração Pública.
e) Certa. Tendo em conta que os serviços sociais autônomos gerenciam recursos públicos,
devem as entidades se submeter à fiscalização do Tribunal de Contas.

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Letra e.

043. (FCC/AJ TRT22/TRT 22/ÁREA JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2022) As chamadas


Organizações Sociais (OS) são entes de colaboração com a Administração Pública e seu
regime legal se caracteriza
a) por serem escolhidas mediante processo licitatório, para desempenho de serviços públicos
em caráter descentralizado.
b) pela participação de representantes do Poder Público em seu conselho de administração.

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c) pela obrigatoriedade de seleção de seus funcionários por concurso, em vista do princípio


da impessoalidade.
d) pelo exercício de quaisquer atividades de interesse público, desde que não haja finalidade
lucrativa.
e) pela celebração de termo de parceria, em que são fixadas as regras do regime de colaboração
entre a OS e o Poder Público.

a) Errada. Não há necessidade de licitação para a escolha das organizações sociais. De acordo
com o entendimento do STF, basta que sejam observados os princípios da Administração
Pública e que a seleção da entidade seja feita de forma objetiva e impessoal.
b) Certa. Uma das características das organizações sociais é que as entidades contam, na
composição do Conselho de Administração, com participantes do Poder Público.

Art. 3º O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o respectivo
estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de qualificação, os seguintes
critérios básicos:
I – ser composto por:
a) 20 a 40% (vinte a quarenta por cento) de membros natos representantes do Poder Público,
definidos pelo estatuto da entidade;

c) Errada. Por não integrarem a Administração Pública, as organizações sociais não estão
obrigadas a realizar concurso público como forma de admissão de pessoal.
d) Errada. As atividades que podem ser desempenhadas pelas organizações sociais constam
no artigo 1º da Lei 9.637/1998, de seguinte redação:

Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

e) Errada. As organizações sociais celebram contrato de gestão, e não termo de parceria.


Letra b.

044. (METROCAPITAL/PJUR (PREF N ODESSA)/PREF NOVA ODESSA/2022) Dos requisitos


específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior (1º) habilitem-se
à qualificação como organização social, descritos no artigo 2º da Lei 9637/98, temos no
caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma:
a) das próprias atividades.
b) do contrato de gestão.
c) do relatório de execução.
d) dos relatórios financeiros.
e)deste
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A presente questão deve ser resolvida de acordo com as disposições do artigo 2º, I, g, da
Lei 9.637/1998:

Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto;

Letra e.

045. (IDECAN/AJ (TJ PI)/TJ PI/ADMINISTRATIVA/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2022) As


alternativas a seguir apresentam exemplos de entidades paraestatais, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) “Entidades de apoio”
b) Associações de Moradores
c) Serviços Sociais Autônomos
d) Organizações Sociais (OS)
e) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)

Apenas a Letra B não retrata um exemplo de entidade que, de acordo com a doutrina, é
classificada como entidade paraestatal. Sendo assim, uma associação de moradores pode
ser definida como uma entidade constituída com a finalidade de defender os interesses
da comunidade, não contando, no entanto, com nenhum vínculo com o Poder Público (algo
que acontece com as entidades paraestatais).
Letra b.

046. (FCC/DP (DPE AP)/DPE AP/2022) As organizações sociais são definidas como pessoas
jurídicas de direito
a) público, sem fins lucrativos, mas que se consolidam por meio de um contrato de gestão,
no qual são repassados incentivos à entidade executora das atividades.
b) público, com fins lucrativos, que compõem a administração indireta, para executar
serviços tipicamente públicos.
c) privado, que constituem instrumento de privatização para diminuir as atividades desenvolvidas
pelo Estado, repassando-as, de forma perene, para execução da administração indireta.
d) privado, sem fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos
não privativos do Estado.
e) privado, no intuito de fomentar a execução de atividades do Estado, seja por meio de
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As organizações sociais podem ser definidas como pessoas jurídicas de direito privado, sem
fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos não privativos
do Estado. Com as entidades mencionadas, o que ocorre é a prestação de atividades públicas
não exclusivas em regime de colaboração com o Poder Público.
Letra d.

047. (AVANÇASP/PROC (CM SOROCABA)/CM SOROCABA/2022) A qualificação das OSCIP,


observado em qualquer caso, o princípio da universalização dos serviços, no respectivo
âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham, entre outros, pelo menos uma
das seguintes finalidades, abaixo, exceto:
a) promoção da segurança alimentar e nutricional.
b) defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável.
c) promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de
outros valores universais.
d) experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas alternativos
de produção, comércio, emprego e crédito.
e) organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações.

Apenas a Letra E está incorreta, uma vez que é vedada a qualificação como OSCIP, dentre
outras situações, das organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações.
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;

Todas as demais alternativas refletem alguma das finalidades das OSCIPs, nos termos da
legislação de regência.
Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da
universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será
conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais
tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:
V – promoção da segurança alimentar e nutricional; (Letra A)
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável; (Letra B)
IX – experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos
de produção, comércio, emprego e crédito; (Letra D)
XI – promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros
valores universais; (Letra C)

Letra
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048. (INSTITUTO CONSULPLAN/TEC INFO (PGE SC)/PGE SC/2022) Uma fundação pública,
instituída do âmbito de determinado município e em funcionamento há quatro anos,
se dedica exclusivamente à promoção da cultura. Referida fundação não atua com fins
lucrativos, exerce atividade social e deseja ser qualificada como Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público. Considerando o tema entidades do terceiro setor, assinale a
afirmativa correta.
a) Fundações públicas não são passíveis de qualificação como Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público.
b) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois não atua com finalidade lucrativa.
c) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois está em funcionamento há mais de três anos.
d) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, desde que tenha sido instituída em âmbito federal.
e) A fundação pública poderá ser qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, pois se dedica exclusivamente à atividade de cultura.

A resposta da questão é a Letra A, tendo em conta que as fundações públicas não são
passíveis de qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
XI – as fundações públicas;

Letra a.

049. (FGV/CL (SEN)/SEN/ASSESSORAMENTO EM ORÇAMENTOS/ORÇAMENTO E ANÁLISE


ECONÔMICA/2022) O Município Alfa firmou parceria com a Organização da Sociedade Civil
Beta, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, para atuação na oferta de
serviços de proteção social especial para população em situação de vulnerabilidades e riscos
sociais oriundas de condições de dependência química relacionada ao álcool. Sabe-se que
a citada parceria foi estabelecida para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco propostas pela administração pública, para consecução de planos de trabalho de
sua iniciativa, que envolveram a transferência de recursos financeiros.
Conforme dispõe a Lei n. 13.019/14, o instrumento jurídico por meio do qual foi formalizada
tal parceria é o(a)
a) termo de fomento.
b) contrato de gestão.
c) termo de colaboração.
d) parceria público-privada.
e)deste
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Na situação narrada, estamos diante de uma parceria estabelecida para a consecução de


finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública, para
consecução de planos de trabalho de sua iniciativa, que envolveram a transferência de
recursos financeiros. Logo, o instrumento que deve ser utilizado como forma de efetivar
a mencionada parceria é, nos termos da Lei 13.019/2014, o termo de colaboração.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


VII – termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam
a transferência de recursos financeiros;

Letra c.

050. (CEBRASPE (CESPE)/PROC JUD (RECIFE)/PREF RECIFE/2022) Segundo a Lei n.º


13.019/2014, o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco que, propostas pelas organizações da sociedade
civil, envolvam a transferência de recursos financeiros é denominado
a) convênio.
b) termo de colaboração.
c) parceria.
d) termo de fomento.
e) acordo de cooperação.

O instrumento que atende à definição do enunciado é, nos termos da Lei 13.019/2014, o


termo de fomento.

Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:


VIII – termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades
de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam
a transferência de recursos financeiros;

Letra d.

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