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Olá, concurseiro!

Seja bem-vindo ao estudo para o


Concurso TSE!
O certame representa uma grande oportunidade para você que
quer ingressar no serviço público e conquistar as grandes
vantagens, que incluem excelentes salários, que alcançam mais
de R$ 13 mil, estabilidade e muito mais!

Para o Concurso TSE estão previstas 500 vagas imediatas,


distribuídas por diversas regiões do país, além da formação de
Cadastro Reserva, que possibilitará a convocação de mais
candidatos do que o número inicialmente previsto.

E se você quer aproveitar essa oportunidade, então esse material


será o ponto de partida perfeito! Aqui, nós iniciamos elencando
dicas de estudo que serão úteis tanto para os concurseiros de
primeira viagem, quanto para aqueles que já perseguiram outros
desafios no passado.

Em seguida, nós fizemos um estudo muito cuidadoso de quais


são os assuntos mais cobrados nas disciplinas que compõem o
Concurso TSE e trouxemos para você de forma totalmente
gratuita todo o conteúdo que você precisa saber sobre esses
temas.

Curtiu? Então tá esperando o quê? Vamos juntos iniciar os


estudos e conquistar a sua aprovação!
SUMÁRIO

DICAS DE ESTUDO.............................................................................................................................................6
LINGUA PORTUGUESA.....................................................................................................................................8
1. Interpretação de Texto...........................................................................................................................8
1.1 Ferramentas preparatórias para a interpretação.............................................................8
1.2 Ferramentas preparatórias para a interpretação.............................................................9
1.3 Pontos assertivos para interpretar........................................................................................10
2. Estrutura de Formação das Palavras............................................................................................12
2.1 Morfemas.............................................................................................................................................12
2.2 Radicais.................................................................................................................................................12
2.3 Desinências.........................................................................................................................................12
2.4 Afixos.....................................................................................................................................................12
2.4.1 Prefixos.............................................................................................................................................12
2.4.2 Sufixos...............................................................................................................................................13
2.5 Formação das palavras.................................................................................................................14
2.6 Principais processos de formação das palavras............................................................14
DIREITO CONSTITUCIONAL........................................................................................................................16
3. Direitos e Garantias Fundamentais...............................................................................................16
3.1 Classificação dos Direitos Fundamentais...........................................................................16
3.2 Características dos direitos fundamentais........................................................................16
3.3 Direitos Individuais Básicos.......................................................................................................17
4. Administração Pública..........................................................................................................................18
DIREITO ADMINISTRATIVO........................................................................................................................23
5. Regime Jurídico dos Servidores Públicos..................................................................................23
5.1 Teto remuneratório........................................................................................................................24
5.2 Estabilidade dos servidores públicos...................................................................................25
5.3 Acumulação de cargos, funções e empregos públicos.............................................26
6. Licitações e contratos administrativos........................................................................................28
6.1 Competência para legislar..........................................................................................................29
6.2 Modalidades de licitação............................................................................................................30
6.2.1 Concorrência..................................................................................................................................30
6.2.2 Pregão...............................................................................................................................................31
6.2.3 Concurso..........................................................................................................................................31
6.2.4 Leilão..................................................................................................................................................32
6.2.5 Diálogo competitivo..................................................................................................................32
6.2.6 Comissão de licitação...............................................................................................................33
6.2.7 Contratação direta......................................................................................................................33
6.2.8 Dispensa de Licitação...............................................................................................................33
7. Atos Administrativos.............................................................................................................................36
7.1 Atributos dos Atos Administrativos.....................................................................................36
7.1.1 Presunção de Legitimidade e Veracidade.....................................................................36
7.1.2 Imperatividade..............................................................................................................................36
7.1.3 Autoexecutoriedade..................................................................................................................37
7.1.4 Tipicidade........................................................................................................................................37
7.2 Classificação dos atos administrativos:..............................................................................37
7.2.1 Quanto ao grau de liberdade em sua prática:...........................................................37
7.2.2 Quanto aos destinatários.......................................................................................................37
7.2.3 Quanto ao alcance......................................................................................................................38
7.2.4 Quanto à formação de vontade.........................................................................................38
7.2.5 Quanto às prerrogativas (ou quanto ao objeto):.....................................................39
7.2.6 Quanto aos efeitos.....................................................................................................................39
7.2.7 Quanto aos requisitos de validade...................................................................................39
7.2.8 Quanto à exequibilidade.........................................................................................................40
DIREITO ELEITORAL........................................................................................................................................41
8. Alistamento Eleitoral.............................................................................................................................41
8.1 Exclusão e cancelamento da inscrição eleitoral.............................................................41
9. Inelegibilidade...........................................................................................................................................43
9.1 Causas de inelegibilidade...........................................................................................................43
9.1.1 Inelegibilidades Constitucionais.........................................................................................43
INFORMÁTICA....................................................................................................................................................46
10. Edição de planilhas (ambiente Microsoft Office)..................................................................46
11. Rede de Computadores.......................................................................................................................48
DICAS DE ESTUDO

Como todos nós sabemos, não existe receita milagrosa para a aprovação em
concursos. Existe, porém, práticas que podem promover um melhor desempenho,
trazendo para o estudante mais confiança, uma organização mais prática do seu
tempo e potencialização de seu armazenamento de informações.

Dica 1: Trace um objetivo.


Em primeiro lugar é necessário que o concurseiro trace um objetivo para o seu
estudo. O ato de focar em um cargo em específico pode lhe ajudar muito, visto que
reduz o campo de visão para aquilo que realmente é cobrado naquele estilo de prova.

Dica 2: Estabeleça metas REAIS de estudo.


Quando se fala em meta REAL, que dizer a meta que você pode alcançar
conforme seu tempo disponível. Para isso, é necessário que o aluno organize seu
tempo de estudos com base na sua realidade. Muitos concurseiros ficam frustrados
por não atingir um determinado quantitativo de horas de estudo por dia, porém não é
isso que vai garantir a sua aprovação.

Se você trabalha, estuda e tem outros afazeres ao longo do dia, tente encaixar
em um horário livre, ou até mesmo fracionar seu tempo de estudo, conforme for
aparecendo um tempinho livre.

Porém, uma coisa muito importante: Não se prive de um tempo de qualidade de


lazer! Sem o lazer, o cérebro fica esgotado e sua capacidade de armazenamento é
diminuída.

Dica 3: Faça revisões periódicas.


As revisões são essenciais para a maior fixação da matéria durante o estudo
para concursos. São elas que irão fazer os assuntos criarem raízes.

Um método muito utilizado para realizar essas revisões são por meio de mapas
mentais. Você mesmo pode fazer os mapas, ou procurar mapas prontos.

Outro método que, além de fixar a matéria, também exercita e estimula o


raciocínio é a prática recorrente de resolução de questões. Caso tenha acesso a provas
antigas, melhor ainda!

Dica 4: Foque nas matérias de peso maior, mas sem subestimar as de


peso menor.
Na prova do TSE, as matérias de maior peso são Direito Eleitoral, Direito
Constitucional e Direito Administrativo, possuindo o peso equivalente a 3. Logo depois
vem Língua Portuguesa com o peso equivalente a 2. O restante das matérias possui o
peso equivalente a 1.

Dica 5: Não desista!


Pode parecer clichê a frase “O melhor ainda está por vir.”, mas é a mais pura
verdade. Se você realmente deseja essa vaga, lute por ela, persevere. Se não for dessa
vez, será da próxima. Não desanime.

A equipe CERS estará aqui para fornecer todo o suporte necessário e garantir a
sua aprovação. Pode contar conosco! Vamos juntos!
LINGUA PORTUGUESA

1. Interpretação de Texto
Existe um fator em todo concurso que pode influenciar no seu desempenho em
todas as questões da prova. De nada adianta ter todo o conteúdo programático na
ponta da língua sem saber, ao certo, interpretar o que está sendo pedido em cada
questão.
Sabemos que invariavelmente as provas dos concursos cobram a interpretação
de texto e muitas vezes nos voltamos bastante para a parte gramatical e nos
esquecemos de praticar esse conteúdo tão importante.

Numa média simples dentre todas as provas de concursos, chegamos a pelo


menos 20% de tudo o que é cobrado em português com relação direta com a
interpretação do texto. Os capítulos abordados anteriormente na maioria das vezes são
abordados de forma ‘’camuflada’’, como se fossem respondidas por pura leitura de
texto, quando na verdade necessitam de análise e conhecimento básico do que seriam
os pilares morfológicos (verbos, advérbios etc.), sintáticos (orações e períodos) e
comunicativos (tipos textuais, gêneros e etc.). Portanto, torna-se necessária a análise
gramatical e textual concomitante durante a realização da questão.

1.1 Ferramentas preparatórias para a interpretação


 Conhecimento histórico: Escolas e gêneros literários, movimentos artísticos e
leitura sobre conhecimentos gerais atuais e históricos relacionando-as.
 Conhecimento gramatical: Como já dito, a boa bagagem sintática e semântica
é fundamental para interpretar bem os textos.
 Observação e capacidade de síntese – Distinguir a ideia central das
secundária é um recurso fundamental para o discernimento do que foi pedido
pela questão.
 Leitura: Quanto mais você ler sobre um tema, mais facilidade e velocidade terá
para responder questões sobre ele. O costume da leitura fará com que cada
vez mais você tenha conhecimento de palavras e expressões novas, o que irá
ajudar muito caso o examinador coloque sinônimos desconhecidos na sua
prova.
 Técnica de Leitura: Ao se deparar com um texto tente lê-lo por inteiro
marcando todas as palavras que você não souber. Ao realizar a leitura
completa do texto, será possível ter uma noção inicial do assunto que está
sendo abordado. Após isso, tente entender, pelo contexto, as palavras que
não souber. Depois disso, procure as palavras em um dicionário e tente
trocá-las por alguma outra que conheça. É muito importante que você faça a
busca por sinônimos dessas palavras, não somente para a resolução das
questões de compreensão e interpretação de texto, mas também para
aumentar o seu vocabulário, o que fará uma enorme diferença em provas
dissertativas. Leia pausadamente, tente entender a linguagem adotada pelo
autor, bem como as palavras e expressões utilizadas. Questione o texto e faça
perguntas para si próprio a respeito do que acabou de ler. Leia atentamente
cada parágrafo e tente fazer um resumo (mentalmente ou, até mesmo, no
canto da prova) a respeito do que aquele parágrafo quer dizer. Tente extrair
qual é a informação essencial que temos ali. Após isso, faça perguntas
relativas ao conteúdo escrito no parágrafo que acabou de ler. Veja se as
informações estão fazendo sentido e se a história está se conectando. Essa
prática irá, com certeza, auxiliar você no que diz respeito a compreensão e
interpretação de textos.

1.2 Ferramentas preparatórias para a interpretação


 Conhecimento histórico: Escolas e gêneros literários, movimentos artísticos e
leitura sobre conhecimentos gerais atuais e históricos relacionando-as.
 Conhecimento gramatical: Como já dito, a boa bagagem sintática e semântica
é fundamental para interpretar bem os textos.
 Observação e capacidade de síntese – Distinguir a ideia central das
secundária é um recurso fundamental para o discernimento do que foi pedido
pela questão.
 Leitura: Quanto mais você ler sobre um tema, mais facilidade e velocidade terá
para responder questões sobre ele. O costume da leitura fará com que cada
vez mais você tenha conhecimento de palavras e expressões novas, o que irá
ajudar muito caso o examinador coloque sinônimos desconhecidos na sua
prova.
 Técnica de Leitura: Ao se deparar com um texto tente lê-lo por inteiro
marcando todas as palavras que você não souber. Ao realizar a leitura
completa do texto, será possível ter uma noção inicial do assunto que está
sendo abordado. Após isso, tente entender, pelo contexto, as palavras que
não souber. Depois disso, procure as palavras em um dicionário e tente
trocá-las por alguma outra que conheça. É muito importante que você faça a
busca por sinônimos dessas palavras, não somente para a resolução das
questões de compreensão e interpretação de texto, mas também para
aumentar o seu vocabulário, o que fará uma enorme diferença em provas
dissertativas. Leia pausadamente, tente entender a linguagem adotada pelo
autor, bem como as palavras e expressões utilizadas. Questione o texto e faça
perguntas para si próprio a respeito do que acabou de ler. Leia atentamente
cada parágrafo e tente fazer um resumo (mentalmente ou, até mesmo, no
canto da prova) a respeito do que aquele parágrafo quer dizer. Tente extrair
qual é a informação essencial que temos ali. Após isso, faça perguntas
relativas ao conteúdo escrito no parágrafo que acabou de ler. Veja se as
informações estão fazendo sentido e se a história está se conectando. Essa
prática irá, com certeza, auxiliar você no que diz respeito a compreensão e
interpretação de textos.

1.3 Pontos assertivos para interpretar


 Entender o título:

Se um candidato sai da prova e não se lembra do título do texto, isso é sinal de


que ele não interpretou bem! Assim, sempre que for realizar a interpretação, observe o
título e procure entender a relação dele com o tema central. É ele que normalmente
resume a ideia central do texto.

 Leia as questões antes do texto:


Ao se deparar com questões de interpretação de textos, você verá na prova que
o examinador trará um texto e, muito provavelmente, irá dizer quais questões
deverão ser respondidas baseadas naquele texto. Fazendo isso, será possível ter uma
ideia do que será exigido e, assim, você deverá focar diretamente nos pontos que
leu, evitando a releitura excessiva do texto e economizando tempo.

 Ler o texto pelo menos duas vezes:


Não se deixe levar pela primeira impressão. Ao fazer uma prova qualquer, leia o
texto pelo menos duas vezes, atentamente, antes de responder a qualquer questão.
Primeiro, é preciso captar sua mensagem, entendê-lo como um todo, e isso não
pode ser alcançado com uma simples leitura. A cada leitura, novas ideias serão
compreendidas. Tenha paciência! Só depois tente resolver as questões propostas.

 Comparar a afirmação de cada alternativa com o texto:


Dizemos que as questões textuais devem ser respondidas por meio da
comparação de seis textos: o de cada alternativa (a, b, c, d, e) com o texto. Quem
monta as questões de interpretação deve sempre mostrar para a coordenação da
banca por que determinada alternativa é a correta e por que as demais estão erradas.
 Sempre realizar as questões de interpretação de texto por eliminação de
alternativas:

Elimine as alternativas que não apresentam ideias semelhantes ao texto. Com


isso, você já consegue eliminar de duas a três alternativas, numa primeira passagem na
questão. Se você ficar na dúvida entre duas, por exemplo, busque palavras-chave no
enunciado da questão que podem dar pistas da alternativa correta.
 Entender a estrutura do texto:
Normalmente a estrutura do texto já nos aponta em que parte estão os
elementos mais importantes, porque normalmente damos uma ideia geral do que
queremos falar e em seguida ampliamos, detalhamos, aprofundamos as ideias. Assim
também ocorre no texto que devemos interpretar. Mas logicamente depende da
intenção comunicativa do autor.
 Interpretar o ponto de vista do autor, e não o nosso:

Quantas vezes lemos um texto e não concordamos com as informações ali


colocadas? No dia a dia, ao percebermos isso, basta mudar a página e ler outro texto
mais agradável ou com ideologias ou informações com as quais compartilho. Porém,
num concurso não é assim.
2. Estrutura de Formação das Palavras
2.1 Morfemas
São elementos constituintes das palavras providos de significação. Ele possui 4
elementos que ocorrem nas palavras: Radical, Desinência, Vogal temática e afixos.

2.2 Radicais
É o elemento mórfico que funciona como base do significado e que nos remete
a um conceito existente na realidade (objetiva ou subjetiva). Ex. Ferro, Ferreiro.
As palavras que provêm do mesmo radical são chamadas de palavras cognatas (ou de
famílias etimológicas). O radical também pode apresentar variações. Ex. Ouro, Ourives,
áureo (ou/aur).

2.3 Desinências
São elementos mórficos que se opõem ao radical para assinalar as flexões da
palavra (gênero, modo, tempo, número e pessoa).

 Nominais: Indicam o gênero e o número. Ex. menino, menina. Ex. menina,


meninas.

 Verbais: Indicam, nos verbos, as desinências número-pessoais e modo-temporais.


Ex. cantá va (desin. Modo-temporal🡪 passado) mos (mais de uma pessoa).

2.4 Afixos
São elementos mórficos que se agregam ao radical, alterando-lhe o sentido. Eles
podem se classificar em:

 Prefixos: quando vem antes do radical ou antes de outro prefixo. Ex. Desfazer,
redescobrir.
 Sufixos: quando vem depois do radical. Ex. lealdade, Felizmente.

2.4.1 Prefixos
 Origem Grega: Podem aparecer no primeiro seguimento das palavras. Ex. Agro
(campo), Antropo (homem), biblio (livro), cine (movimento), cosmo (mundo),
cromo (cor), arqueo (antigo), cardio (coração) e etc. Também podem aparecer no
segundo seguimento. Ex. cefalia (cabeça) – hidrocefalia, cracia (governo) -
democracia, fobia (medo) - hidrofobia etc. Existem também os numerais de
origem grega. Ex. mono (um), tetra (quatro). Prefixos de origem grega: a/na-
negação, anti (ação contrária), anfi (duplicidade), epi (posição superior), hemi
(metade), etc.
 Origem latina: Apresentam radicais que aparecem como primeiro elemento na
composição das palavras. Ex. ambi (duplicidade), agri (campo), ego (eu), frater
(irmão), multi (muito), oni (todo) e etc. Também apresentam radicais que
compõem a palavra no segundo elemento de formação das palavras. Ex. cida
(que mata) - homicida, paro (que come) - ovíparo, voro (que come) - carnívoro.
Prefixos: ab/abs (separação/afastamento), bi/bis(dois), circum (movimento em
torno), ex, es,e (movimento para fora), semi (meio), etc.

2.4.2 Sufixos
 Valor aumentativo: alhão – ex. dramalhão; aço/aça – ex. barcaça, ricaço; eirão –
ex. chaveirão; (z)arrão – homenzarrão. Obs. Palavras terminadas em ‘’ão’’, mesmo
sendo femininas pertencerão ao gênero masculino. Ex. a sala/o salão.
 Valor diminutivo: inho/(z)inho - barzinho; ebre - casebre; eco – livreco; icho –
barbicho; isco – chuvisco; ulo/culo – glóbulo, grânulo, partícula.

Obs.: Nem sempre quando terminar em ‘’ão’’ou ‘’inho’’ vai indicar


aumentativo/diminutivo. Ex. cartão, portão, calcinha, coxinha.

 Sufixos que formam substantivos por meio de outros substantivos: ada-


alfinetada (alfinete); aria- borracharia (borracha);
 Sufixos que formam substantivos por meio mde adjetivos: dade-lealdade (leal);
ice-burrice (burro).
 Sufixos que formam substantivos por meio de verbos: aço- cançaso (cansar);
ança-confiança (confiar).
 Sufixos verbais: ar-analisar; ear-falsear; izar-terceirizar.
 Sufixo adverbial: ‘’mente’’ – ligeiramente, modestamente, fielmente etc.

2.5 Formação das palavras


Antes de entramos na questão das formas de composição das palavras, é válido
pontuar que em português existe a seguinte classificação das palavras:

 Primitivas: aquelas que não provém de outras. Ex. pedra, casa e flor.
 Derivadas: Aquelas que provém de outra: casebre, pedreiro, florzinha.
 Simples: Aquelas que apresentam apenas um radical. Ex. flor, florista, cavalo,
cavalgada.
 Composta: Aquelas que possuem mais de um radical. Ex. Couve-flor,
passatempo, cavalo-marinho, planalto.
2.6 Principais processos de formação das palavras
 Composição: Junta-se as palavras que tem vida autônoma na língua. Isso pode
acontecer por JUSTAPOSIÇÃO (quando juntam os radicais sem alteração
fonética. Ex. couve-flor, girassol.) ou por AGLUTINAÇÃO (quando a junção gera
alteração fonética. Ex. Aguardente, planalto etc.).
 Derivação Por acréscimo de AFIXOS: pode ser por prefixos (Ex. pré-história, anti-
higiênico), por sufixos (Ex. Felizmente, livraria etc.) ou, ainda, por derivação
Parassintética (quando é adicionado um prefixo e um sufixo simultaneamente.
Ex. en trist ecer).
 Derivação Regressiva: Quando a palavra é obtida pela redução da palavra
primitiva. Ex. Caçar- caça; Chorar-choro.
 Derivação Imprópria: Tem esse nome porque a alteração não se dá
morfologicamente, mas sim semanticamente. Ex. ‘’O que o interessava era o
‘como’ e não o ‘porquê’ das coisas.” (Leon Tolstoi) No caso, ‘’como’’, que é
adverbio, e ‘’porque’’, que é uma conjunção, viram substantivos, mudando,
assim, a categoria gramatical.
 Onomatopeia: são palavras que tentam reproduzir aproximadamente sons e
ruídos. Ex. zum-zum, tique-taque, miar, cacarejar.
 Abreviação: Consiste no emprego de uma palavra pelo todo. Ex. moto-
motocicleta, foto-fotografia. As siglas tão entram nessa classificação. Ex. ONG-
Organização Não overnamental, OAB- Ordem dos Advogados do Brasil.
 Hibridismo: Se dá quando os elementos mórficos derivam de origens diferentes.
Ex. auto(grego) móvel(latim).
 Palavra-válise: É aquela resultante da junção de partes de outras palavras. Ex.
bebemorar: de beber + comemorar, Showmício: Show + comício.
 Decalque: é um empréstimo linguístico em que se traduz uma palavra ou
expressão estrangeira. Ex. cachorro-quente (do inglês: hot-dog), lua de mel (do
inglês: honey moon) e etc.
DIREITO CONSTITUCIONAL

3. Direitos e Garantias Fundamentais


3.1 Classificação dos Direitos Fundamentais
O ministro Alexandre de Moraes aponta que a Constituição Federal de 1988
trouxe em seu Título II os direitos e garantias fundamentais, subdividindo-os em cinco
capítulos: direitos individuais e coletivos; direitos sociais; nacionalidade; direitos
políticos e partidos políticos.

O constituinte estabeleceu a classificação com cinco espécies ao gênero direitos


e garantias fundamentais: direitos e garantias individuais e coletivos; direitos sociais;
direitos de nacionalidade; direitos políticos; e direitos relacionados à existência,
organização e participação em partidos políticos.

Modernamente, a doutrina adota a classificação de direitos fundamentais de


primeira, segunda e terceira gerações, baseando-se na ordem histórica cronológica em
que passaram a ser constitucionalmente reconhecidos.

3.2 Características dos direitos fundamentais


Alexandre de Moraes aponta como principais características dos direitos
fundamentais as seguintes:

a. Imprescritibilidade: os direitos fundamentais não desaparecem pelo decurso do


tempo;

b. Inalienabilidade: não há possibilidade de transferência dos direitos


fundamentais a outrem;

c. Irrenunciabilidade: em regra, os direitos fundamentais não podem ser objeto de


renúncia;

d. Inviolabilidade: impossibilidade de sua não observância por disposições


infraconstitucionais ou por atos das autoridades públicas;

e. Universalidade: devem abranger todos os indivíduos, independentemente de


sua nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica;
f. Efetividade: a atuação do Poder Público deve ter por escopo garantir a
efetivação dos direitos fundamentais;

g. Interdependência: as várias previsões constitucionais, apesar de autônomas,


possuem diversas intersecções para atingirem suas finalidades; assim, a liberdade
de locomoção está intimamente ligada à garantia do habeas corpus, bem como
à previsão de prisão somente por flagrante delito ou por ordem da autoridade
judicial;

h. Complementaridade: os direitos fundamentais não devem ser interpretados


isoladamente, mas sim de forma conjunta com a finalidade de alcançar os
objetivos previstos pelo legislador constituinte;

i. Relatividade ou limitabilidade: os direitos fundamentais não têm natureza


absoluta.

Não existe uma lista taxativa de direitos fundamentais. Eles representam um


conjunto aberto, dinâmico, mutável no tempo. Essa característica dos direitos
fundamentais encontra-se expressa no § 2º do art. 5º da CRFB/1988, nos termos
seguintes: "os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte".

3.3 Direitos Individuais Básicos


São considerados direitos individuais básicos os expressamente previstos no art.
5º, caput, ou seja: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Além destes,
o próprio art. 5º da Carta Magna traz, nos seus setenta e oito incisos, uma extensa
relação de direitos individuais.

Uma importante característica dos direitos individuais previstos no art. 5º da Lei


Maior é o seu caráter autoaplicável, ou, relembrando a classificação estudada das
normas constitucionais, tratam-se, na sua maioria, de normas de eficácia plena ou
contida, com aplicabilidade imediata.

Assim, não dependem da edição de norma regulamentadora para que possam


ser exercidos, salvo algumas poucas exceções. É o que está expressamente previsto no
art. 5º, §1º.
4. Administração Pública
Entre seus arts. 37 a 41, a Constituição de 1988 cuidou pormenorizadamente das
regras gerais e preceitos específicos a respeito da administração pública. São normas
que estabelecem diretrizes de atuação dos agentes administrativos, remuneração de
servidores, acesso a cargos e empregos públicos, acumulação de cargos e empregos,
regime de previdência, obrigatoriedade de licitação, responsabilidade civil do Estado
etc.

Há diversas acepções da expressão Administração Pública, a depender do


enfoque adotado.

A administração pública em sentido material ou objetivo quando se adota


como referência tão somente a natureza da atividade e o regime jurídico sob o qual é
exercida, não importa quem a exerça.

A doutrina enumera quatro atividades como próprias da administração pública


em sentido material, sendo elas:

 Serviço público: prestações concretas que representem, em si mesmas,


diretamente, utilidades ou comodidades materiais para a população em geral,
oferecidas pela administração pública formal ou por particulares delegatários,
sob regime jurídico de direito público;

 Polícia administrativa: restrições ou condicionamentos impostos ao exercício de


atividades privadas em benefício do interesse público; exemplo típico são as
atividades de fiscalização;

 Fomento: incentivo à iniciativa privada de utilidade pública, por exemplo,


mediante a concessão de subvenções e benefícios fiscais;

 Intervenção: abrangendo toda intervenção do Estado no setor privado, exceto a


sua atuação direta como agente econômico;

A acepção material tem relevância meramente acadêmica ou doutrinária


porquanto no ordenamento jurídico brasileiro é adotado o critério formal da
administração pública.

Já no sentido formal ou subjetivo, a Administração pública forma o conjunto de


órgãos e pessoas jurídicas que o nosso ordenamento jurídico identifica como
administração pública, não importa a atividade que exerçam.

No Brasil, administração pública é formada por:


 Órgãos integrantes da denominada Administração Direta: são os órgãos que,
em uma pessoa política, exercem função administrativa; e

 Entidades da Administração Indireta: são, exclusivamente, as autarquias, as


fundações públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

As atividades econômicas, em sentido estrito, podem, em casos


excepcionais, ser exercidas por entidades integrantes da Administração Pública,
como no caso das sociedades de economia mista e empresas públicas exploradoras de
atividades econômicas.

A Constituição, em seu art. 173, afirma que as entidades exploradoras de


atividades econômicas estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas.

Todavia, a referida sujeição não é integral, uma vez que, em diversos pontos, o
texto constitucional estabelece regras de direito público aplicáveis a todos os órgãos e
entidades da administração pública, sem exceção. Como exemplo, temos a necessidade
de concurso público para o acesso a cargos ou empregos públicos, a vedação à
acumulação remunerada de cargos ou empregos públicos, o controle pelos tribunais
de contas, as sanções aos atos de improbidade administrativa etc.

A base do Regime Jurídico Administrativo está em dois princípios, sendo eles:

 Supremacia do interesse público em relação ao interesse privado: o interesse


coletivo é superior ao particular. O administrador, portanto, tem prerrogativas,
benefícios para fazer valer essa supremacia.

 Indisponibilidade do interesse público: serve para impor limites ao princípio


anterior, de forma a evitar abusos. Há, portanto, restrições para evitar que o
administrador utilize das prerrogativas a seu bel prazer, devendo ele agir
apenas em busca do atendimento ao interesse público.

A Constituição, ao tratar da administração pública, não traz expressos os


princípios da supremacia do interesse público e da indisponibilidade do interesse
público. Entretanto, no caput de seu art. 37, enumera alguns dos mais importantes
princípios administrativos que diretamente deles decorrem: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

Sobre eles, vejamos:

Legalidade: a legalidade administrativa tem, para a administração pública, um


conteúdo muito mais restritivo do que a legalidade geral aplicável à conduta dos
particulares.
Para o administrado, este princípio representa uma garantia constitucional,
exatamente porque lhe assegura que a atuação da administração estará limitada
estritamente ao que dispuser a lei.

Deve ser entendido de maneira ampla, ou seja, todo o bloco de legalidade


precisa ser respeitado, assim como todo o Regime Jurídico Administrativo. Logo,
também trata do respeito aos princípios.

O princípio da legalidade, para o administrador, o obriga a fazer somente


aquilo que a lei manda. Já o particular pode fazer tudo que a lei não proíba. O
particular terá sua autonomia da vontade enquanto o administrador tem sua vontade
subordinada à vontade lei, sendo sua atuação infralegal.

Impessoalidade: este princípio tem duas atuações diferentes, a primeira do


administrador em relação ao povo e a segunda do administrador em relação a sua
própria atuação. Vejamos:

 Em relação ao povo: deve o administrador agir de maneira neutra,


imparcial, não pode privilegiar ou discriminar quem quer que seja. Os
iguais devem ser tratados de forma igual e os desiguais na medida de
suas desigualdades. Este aspecto também é chamado de não-
discriminação ou finalidade (os critérios devem se basear visando ao
interesse público).

O princípio da impessoalidade identifica-se em larga medida com o


princípio da isonomia (ou igualdade).

 Em relação a sua própria atuação: não pode o administrador usar da


coisa pública para promoção pessoal, tanto de seu nome, quanto sua
imagem, símbolo, slogan.

Prevê o art. 37, § 1º, CRFB/88 que "a publicidade dos atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou
de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos".

A inobservância dessa proibição acarreta responsabilização do agente público,


podendo até mesmo caracterizar ato de improbidade administrativa enquadrável no
art. 11 da Lei 8.429/1992.

Moralidade: este princípio torna jurídica a exigência de atuação ética dos


agentes da Administração Pública. A denominada moral administrativa difere da
moral comum, justamente por ser jurídica e pela possibilidade de invalidação dos atos
administrativos que sejam praticados com inobservância deste princípio.
Um ato contrário à moral administrativa não está sujeito a um exame de
oportunidade e conveniência, mas a uma análise de legitimidade, ou seja, um ato
praticado em desacordo com a moral administrativa é nulo, e não meramente
inoportuno ou inconveniente.

Por se tratar de um princípio jurídico, a moralidade administrativa independe


da concepção subjetiva de moral que o agente possa ter. Impera uma noção
objetiva de moral, isto é, um conceito em que não têm importância alguma as
convicções de foro íntimo do sujeito, aquilo que ele, subjetivamente, pessoalmente,
considera uma atuação moral.

Sobre o tema, vale registrar que a Constituição tipifica como crime de


responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a probidade
administrativa, conforme previsão do art. 85, V.

Publicidade: este princípio também possui dupla acepção:

A primeira é a exigência de publicação em órgão oficial, como requisito de


eficácia, dos atos administrativos que devam produzir efeitos externos e dos atos que
impliquem ônus para o patrimônio público;

Neste sentido, a publicidade é um pressuposto de eficácia do ato, e não um


requisito de validade. Significa dizer, enquanto não for publicado, o ato que deva sê-lo
fica, tão somente, impossibilitado de produzir os efeitos que lhe são próprios.

Este aspecto deriva do postulado da indisponibilidade do interesse público e diz


respeito à exigência de que seja possibilitado, da forma mais ampla possível, o
controle da administração pública pelos administrados.

Uma decorrência da imposição ao Poder Público de que sua atuação seja


transparente é a regra geral segundo a qual os atos administrativos devem ser
motivados.

O art. 5º, XXXIII, da CRFB/88 prevê que "todos têm direito a receber dos órgãos
públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado".

eficiência: este princípio nasceu com a EC 19/98, ou seja, é fruto do Poder


Constituinte Derivado, de quando começou a se adotar o modelo de administração
gerencial, substituindo o modelo burocrático.

O princípio da eficiência pode ser desmembrado em duas facetas:


 Relativamente à qualidade da atuação do agente público, procura-se
obter um padrão de excelência no desempenho de suas atribuições e em
sua produtividade;
 Quanto ao modo de organizar e estruturar os órgãos e entidades
integrantes da administração pública, e disciplinar o seu funcionamento,
exige-se a maior racionalidade possível, no intuito de se alcançar ótimos
resultados na prestação dos serviços públicos.

São exemplos de normas derivadas do princípio da eficiência, quanto ao


primeiro aspecto, a previsão de avaliação especial de desempenho como condição
para aquisição da estabilidade pelo servidor público estatutário e a que determina a
perda do cargo do servidor estável mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa, nos termos do
art. 41, da CRFB.

Por ser um princípio expresso balizador de toda a atividade da administração


pública, a aferição da eficiência configura controle de legalidade ou legitimidade, e não
uma questão de mérito administrativo. Deveras, a atuação eficiente não pode decorrer
de um juízo de conveniência ou oportunidade administrativas, porque se trata de uma
obrigação do administrador.
DIREITO ADMINISTRATIVO

5. Regime Jurídico dos Servidores Públicos


A respeito das classificações das pessoas que mantêm vínculo de natureza
funcional com o Estado, vejamos as seguintes categorias:
 Agentes Políticos: podem ser considerados agentes políticos os chefes do
Poder Executivo (Presidente da República, governadores e prefeitos) e seus
auxiliares imediatos (ministros, secretários estaduais e municipais), os
membros do Poder Legislativo (senadores, deputados e vereadores), os
membros da magistratura Juízes, desembargadores e ministros de tribunais
superiores), os membros do Ministério Público (promotores de justiça e
procuradores da República) e os ministros ou conselheiros dos tribunais de
contas e dos conselhos de contas.
 Agentes administrativos: Os agentes administrativos são todos aqueles
que exercem uma atividade pública de natureza profissional e remunerada,
sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente
federado ao qual pertencem. Podem ser assim classificados:
 Servidores públicos: São os agentes administrativos sujeitos a
regime jurídico-administrativo, de caráter estatutário (isto é, de
natureza legal, e não contratual); são os titulares de cargos públicos
de provimento efetivo e de provimento em comissão.
 Empregados públicos: são os ocupantes de empregos públicos,
sujeitos a regime jurídico contratual trabalhista; têm contrato de
trabalho em sentido próprio e sua relação funcional com a
administração pública é regida; basicamente, pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) - são chamados, por isso, de "celetistas";

 Temporários: são os agentes administrativos contratados por tempo


determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público (CF, art. 37, IX); não têm cargo nem emprego
público; exercem uma função pública remunerada temporária e o
seu vínculo funcional com a administração pública é contratual, mas
se trata de um contrato de direito público, e não de natureza
trabalhista.
O inciso VI do art. 37 da Constituição de 1988 garante ao servidor público o
direito à livre associação sindical, nos mesmos moldes em que é assegurado esse
direito aos trabalhadores em geral.
Nos termos do inciso VII do art. 37 da Constituição de 1988 que o direito de
greve dos servidores públicos "será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica".

A lei regulamentadora do direito de greve dos servidores públicos, exigida pela


Carta da República, até hoje não foi editada.

Em face dessa prolongada inércia de nosso legislador, o Supremo Tribunal


Federal, em 2007, no julgamento de importantes mandados de injunção, determinou a
aplicação temporária ao setor público, no que couber, da lei de greve vigente no
setor privado (Lei 7.783/1989), até que o Congresso Nacional cumpra a sua obrigação
constitucional.

5.1 Teto remuneratório


Os servidores públicos desfrutam da garantia de irredutibilidade de
vencimentos, sendo o teto remuneratório o equivalente a 90,25% (noventa inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento) do subsídio mensal dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, que é fixado por lei de iniciativa conjunta dos Presidentes da
República, da Câmara, do Senado e do próprio STF.

O disposto no inciso XI (teto remuneratório) aplica-se às empresas públicas e às


sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral. Nesse sentido:
§9º O disposto no inciso XI (teto remuneratório) aplica-se às empresas públicas
e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos
da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento
de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

Além disso, conforme o RE 606358, computam-se para efeito de observância do


teto remuneratório do art. 37, XI, da Constituição da República, também os valores
percebidos anteriormente à vigência da Emenda Constitucional nº 41/2003 a título de
vantagens pessoais pelo servidor público, dispensada a restituição dos valores
recebidos em excesso e de boa-fé até o dia 18 de novembro de 2015.
O legislador constituinte decidiu que os membros do MP, da Defensoria Pública
e da Procuradoria, para fins de teto remuneratório, não deveriam estar submetidos aos
limites impostos aos servidores do Poder Executivo. Como essas três funções são
também essenciais à Justiça, para fins de teto remuneratório, o inciso XI decidiu
vinculá-las à Magistratura. Assim, o teto para o membro do MP estadual, para o
Defensor Público estadual e para os Procuradores é o subsídio dos Desembargadores
do TJ, limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF.

Como no Município não há Poder Judiciário, é a remuneração do prefeito que é


utilizada como parâmetro. Entretanto, chamado a dar a resposta ao tema, o STF
decidiu que o teto dos Procuradores Municipais não é o subsídio do Prefeito, mas sim
o teto de 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo (STF. Plenário. RE
663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/2/2019 - Info 932).
Por fim, o teto deve ser analisado em cada cargo de maneira isolada. Assim, a
remuneração de cada cargo não pode ser superior ao teto, sendo possível que a soma
dos dois ultrapasse esse limite. Por exemplo, um médico pode ter dois cargos públicos
na área da saúde e acumular salário.
A jurisprudência desta Corte orienta-se no sentido de que em se tratando de
cumulação legítima de cargos, a remuneração do servidor público não se
submete ao teto constitucional, devendo os cargos, para este fim, ser
considerados isoladamente. (...) STJ. 1ª Turma. AgRg no RMS 45.937/DF, Rel.
Min. Benedito Gonçalves, julgado em 05/11/2015.

5.2 Estabilidade dos servidores públicos


No que tange à estabilidade dos servidores públicos, tem-se que só será
atingida após o decurso do estágio probatório, que compreende os três primeiros
anos de efetivo exercício em cargo público de provimento efetivo, ou seja, acessível
através de concurso público. É o que determina o art. 41 da Lei Maior.
Antes de ultrapassado o período de estágio probatório, o servidor concursado
é efetivo, mas não estável.
Nos termos do Art. 38, CRFB, ao servidor público em exercício de mandato eletivo
aplicam-se as seguintes disposições:
I. Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de
seu cargo, emprego ou função;
II. Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III. Investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;
IV. Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,
seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento;

V. Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se no exercício estivesse.
O servidor estável só poderá perder o cargo nas hipóteses a seguir elencadas:
 Sentença transitada em julgado;

 Avaliação periódica de desempenho, na forma de Lei Complementar;


 Processo administrativo com ampla defesa; ou

 Para contenção de gastos do poder público em situações emergenciais


(art. 169, CF).

5.3 Acumulação de cargos, funções e empregos públicos


Os incisos XVI e XVII do art. 37 da Constituição estabelecem a regra geral de
vedação à acumulação remunerada de cargos, funções e empregos públicos, que
dispõe:
XVI. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso
o disposto no inciso XI:

a. A de dois cargos de professor;


b. A de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;

c. A de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,


com profissões regulamentadas;

XVII. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e


abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas direta ou
indiretamente pelo Poder Público.

Devem ser registradas outras hipóteses de acumulação remunerada lícita


constantes do texto constitucional, a saber:

A. A permissão de acumulação para os vereadores;


B. A permissão para os juízes exercerem o magistério;

C. A permissão para os membros do Ministério Público exercerem o


magistério;

D. A permissão de acumulação para os profissionais de saúde das Forças


Armadas, na forma da lei e com prevalência da atividade militar.

A proibição estende-se à acumulação de proventos de aposentadoria pagos pelos


regimes próprios de previdência social (RPPS dos servidores estatutários titulares de
cargos efetivos e dos militares) com remuneração da atividade.
Trata-se, todavia, de uma vedação menos abrangente, porque não inclui os
cargos eletivos nem os cargos em comissão (além de não incluir proventos e
remunerações de cargos cuja acumulação seja lícita).
6. Licitações e contratos administrativos
A nova de lei de licitações previu que durante o prazo de dois anos
compreendidos da publicação da lei- ou seja, entre abril de 2021 e abril de 2023- o
gestor público terá a opção de licitar nos moldes anteriores da Lei 8.666/93 ou licitar
de acordo com a nova legislação.

Vale ressaltar que a opção escolhida pelo gestor deverá ser indicada
expressamente no edital ou no instrumento de contratação, sendo vedada a aplicação
combinada da Lei 14.113/21 com as Leis nº 8.666/93, do pregão e do RDC. Essa
previsão consta expressamente nos arts. 191 e 193 da nova Lei de Licitação.

Logo, cuidado com as possíveis pegadinhas de provas envolvendo a convivência


dos dois regimes durante o prazo de dois anos, sendo vedada a combinação de leis.
Essa previsão certamente estará prevista nos próximos concursos.

As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões,


permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros,
serão necessariamente precedidas de licitação.

No art. 1º da nova legislação estabelece normas gerais de licitação e


contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo: os órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos
do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função
administrativa; os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela Administração Pública.

É válido ressaltar que não se aplicará a lei de licitações às empresas públicas, as


sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303/16,
ressalvadas as disposições acerca dos crimes em licitações e contratos administrativos.

Importante pontuar que o STJ sedimentou o entendimento de que sociedade


empresária em recuperação judicial pode participar de licitação, desde que demonstre,
na fase de habilitação, a sua viabilidade econômica. STJ. 1ª Turma. AREsp 309867-ES,
Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 26/06/2018 (Info 631).

A nova lei traz disposições acerca das contratações realizadas no âmbito das
repartições públicas sediadas no exterior, as quais obedecerão às peculiaridades locais
e aos princípios básicos estabelecidos na lei de licitações, forma de regulamentação
específica a ser editada por ministro de Estado.
Cumpre ressaltar que nas licitações e contratações que envolvam recursos
provenientes de empréstimo ou doação oriundos de agência oficial de cooperação
estrangeira ou de organismo financeiro de que o Brasil seja parte, podem ser
admitidas condições decorrentes de acordos internacionais aprovados pelo Congresso
Nacional e ratificados pelo Presidente da República; e condições peculiares à seleção e
à contratação constantes de normas e procedimentos das agências ou dos organismos,
desde que sejam exigidas os requisitos legais trazidos no art. 4º da Lei 14133/21.

6.1 Competência para legislar


Considerando a previsão do art. 22, XXVII, da CRFB/88, a competência para
legislar sobre licitações e contratos administrativos é privativa da União.

Porém, a União se restringe a editar normais gerais, sendo possível que os


estados, o DF e os municípios legislem sobre questões específicas.

O STF entendeu na ADI 3.059 que não viola a competência da União para
legislar sobre normas gerais a edição de lei estadual que determina que a
Administração Pública irá, preferencialmente, utilizar softwares livres, tendo pontuado
que A preferência pelo “software” livre, longe de afrontar os princípios constitucionais
da impessoalidade, da eficiência e da economicidade, promove e prestigia esses
postulados, além de viabilizar a autonomia tecnológica do País. Não houve violação à
competência da União para legislar sobre licitações e contratos porque a competência
da União para legislar sobre licitações e contratos fica restrita às normas gerais,
podendo os Estados complementar as normas gerais federais.

Ainda no tocante a competência para legislar sobre licitação, o STF afirmou que:
a União detém competência para legislar sobre as normas gerais de licitação, podendo
os Estados e Municípios legislar sobre o tema para complementar as normas gerais e
adaptá-las às suas realidades. Assim, lei municipal pode proibir que os agentes
políticos do município (e seus parentes) mantenham contrato com o Poder Público
municipal. STF. 2ª Turma. RE 423560/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgado em
29/5/2012 (Info 668).

Constituem critérios de julgamento: Menor preço, maior desconto, melhor


técnica ou conteúdo artístico, técnica e preço, maior lance e maior retorno econômico.

6.2 Modalidades de licitação


As modalidades de licitação foram bastante alteradas. Agora são 5 modalidades:
pregão, concorrência, concurso, leilão e diálogo competitivo- art. 28, caput, Lei
14113/21.

Vale destacar que além das modalidades referidas no acima, a Administração


pode servir-se dos procedimentos auxiliares previstos no art. 78 desta Lei
(credenciamento; pré-qualificação; procedimento de manifestação de interesse; sistema
de registro de preços; registro cadastral).

Portanto, é importante ler com atenção ao enunciado das questões e lembrar


que estamos em um período de transição, em que poderá ser usada a Lei 8.666/93 ou
a Lei 14113/21.

6.2.1 Concorrência
A concorrência é a modalidade de licitação para contratação de bens e serviços
especiais e de obras e serviços comuns e especiais de engenharia, conforme art. 6º,
XXXVIII. Além disso, o procedimento da concorrência é o rito procedimental comum,
previsto no art. 17 da Lei.

Bens e serviços especiais: aqueles que, por sua alta heterogeneidade ou


complexidade, não podem ser descritos como comuns e é exigida justificativa prévia
do contratante.

Obra: toda atividade estabelecida, por força de lei, como privativa das profissões
de arquiteto e engenheiro que implica intervenção no meio ambiente por meio de um
conjunto harmônico de ações que, agregadas, formam um todo que inova o espaço
físico da natureza ou acarreta alteração substancial das características originais de bem
imóvel;

Bens e serviços comuns: aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade


podem ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de
mercado;

Serviços de engenharia: toda atividade ou conjunto de atividades destinadas a


obter determinada utilidade, intelectual ou material, de interesse para a Administração
e que, não enquadradas no conceito de obra a que se refere o inciso XII do caput
deste artigo, são estabelecidas, por força de lei, como privativas das profissões de
arquiteto e engenheiro ou de técnicos especializados, que compreendem:

a. serviço comum de engenharia: todo serviço de engenharia que tem


por objeto ações, objetivamente padronizáveis em termos de
desempenho e qualidade, de manutenção, de adequação e de
adaptação de bens móveis e imóveis, com preservação das
características originais dos bens;
b. serviço especial de engenharia: aquele que, por sua alta
heterogeneidade ou complexidade, não pode se enquadrar na
definição de serviço comum.

O critério de julgamento poderá ser: a) menor preço; b) melhor técnica ou


conteúdo artístico; c) técnica e preço; d) maior retorno econômico; e) maior desconto.
Logo, cabem todos os critérios de julgamento exceto maior lance.

6.2.2 Pregão
É modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns,
incluindo os serviços comuns de engenharia, cujo critério de julgamento poderá ser o
de menor preço ou o de maior desconto. Assim, como na modalidade concorrência no
pregão será utilizado o rito procedimental comum do artigo 17 da Lei.

A Lei 14133/21 preceitua que será adotado o pregão quando sempre que o
objeto possuir padrões de desempenho e qualidade que possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado.

Não cabe pregão: contratações de serviços técnicos especializados de natureza


predominantemente intelectual e de obras e serviços de engenharia, exceto serviço
comum de engenharia.

6.2.3 Concurso
A lei aponta que o convite é a modalidade de licitação para escolha de trabalho
técnico, científico ou artístico, cujo critério de julgamento será o de melhor técnica
ou conteúdo artístico, e para concessão de prêmio ou remuneração ao vencedor.

Essa modalidade observará as seguintes regras e condições previstas em edital e


deve indicar:

1. A qualificação exigida dos participantes;


2. As diretrizes e a forma de apresentação do trabalho; e
3. As condições de realização do concurso e os prêmios.

Em se tratando de elaboração projeto, o vencedor do projeto deverá ceder à


Administração Pública todos os direitos patrimoniais relativos ao projeto e autorizar
sua execução conforme juízo de conveniência e oportunidade das autoridades
competentes.

6.2.4 Leilão
O leilão consiste na modalidade de licitação para alienação de bens imóveis ou
de bens móveis inservíveis ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance;

O leilão poderá ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela


autoridade competente da Administração, e regulamento deverá dispor sobre seus
procedimentos operacionais.
Se optar pela realização de leilão por intermédio de leiloeiro oficial, a
Administração deverá selecioná-lo mediante credenciamento ou licitação na
modalidade pregão e adotar o critério de julgamento de maior desconto para as
comissões a serem cobradas, utilizados como parâmetro máximo os percentuais
definidos na lei que regula a referida profissão e observados os valores dos bens a
serem leiloados.

6.2.5 Diálogo competitivo

Novidade inserida pela Lei 14133/21 e tem como objetivo a licitação para
contratação de obras, serviços e compras em que a Administração Pública realiza
diálogos com licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o
intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas
necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos
diálogos.

O diálogo competitivo será conduzido por comissão de contratação composta


de pelo menos 3 servidores efetivos ou empregados públicos pertencentes aos
quadros permanentes da Administração.

Essa modalidade é restrita às hipóteses em que a Administração vise a contratar


objeto que envolva as seguintes condições: inovação tecnológica ou técnica;
impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade satisfeita sem a adaptação
de soluções disponíveis no mercado e impossibilidade de as especificações técnicas
serem definidas com precisão suficiente pela Administração. Percebe-se que são
situações complexas em que a Administração sozinha não conseguiria contornar.
A fase de diálogo poderá ser mantida até que a Administração, em decisão
fundamentada, identifique a solução ou as soluções que atendam às suas
necessidades.

6.2.6 Comissão de licitação


A função da comissão é a de receber, examinar e julgar todos os documentos e
procedimentos relativos à licitação e a procedimentos auxiliares.

Pode ser: (i) permanente: para o julgamento de todas as licitações do


órgão/entidade; ou (ii) especial: designada para cada licitação específica.

No diálogo competitivo será conduzido por comissão de contratação composta


de pelo menos 3 (três) servidores efetivos ou empregados públicos pertencentes aos
quadros permanentes da Administração, admitida a contratação de profissionais para
assessoramento técnico da comissão;
Os membros responderão solidariamente por todos os atos praticados pela
comissão, salvo se registrar em ata a sua divergência, devidamente, fundamentada.
Hipótese em que ficará afastada a sua responsabilidade solidária pelo ato.

6.2.7 Contratação direta


Embora a regra seja a realização da licitação para as contratações públicas, a lei
admite que em alguns casos, essas contratações ocorram sem o procedimento prévio,
ocorrendo uma contratação direta. As hipóteses de contratação direta são duas:
inexigibilidade e dispensa.

6.2.8 Dispensa de Licitação


As hipóteses de dispensa de licitação estampadas nos artigos da Lei 14.133/21
são taxativas ou exaustivas. Na dispensa de licitação há viabilidade de competição,
mas a lei dispensa ou autoriza a dispensa do certame. Ou seja, não confunda com as
hipóteses de inexigibilidade.

Ainda assim, costuma- se estabelecer hipóteses em que a licitação é: (i)


dispensável (art.75) o administrador poderá licitar, sendo um ato discricionário; e (ii)
dispensada o administrador não poderá licitar, sendo ato vinculado.

Na dispensável a competição é viável, mas o legislador escolheu que não vai


precisar licitar. É diferente, portanto, da inexigibilidade, pois nessa em função das
especificidades do seu objeto não é viável a competição.

É importante mencionar que existem mais de 20 hipóteses de licitação


dispensável na lei. Portanto, não cabe aqui pontuar todas elas. Mas é importante ter
em mente que essas hipóteses podem decorrer de situações graves como intervenção
federal, estado de sítio, guerra, calamidade pública.

O objeto também pode fazer com que seja hipótese de dispensa. Por exemplo,
será dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, alienações ou obras, nos
termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando
as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para a Administração, bem
como aquisição de hortifrutigranjeiros.

Também figura como hipótese a coleta, processamento e comercialização de


resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta
seletiva de lixo, realizados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente
de pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de
materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas,
ambientais e de saúde pública;
A dispensa também ocorrer em função da pessoa, como por exemplo, para
celebração de contrato de programa com ente federativo ou com entidade de sua
Administração Pública indireta que envolva prestação de serviços públicos de forma
associada nos termos autorizados em contrato de consórcio público ou em convênio
de cooperação;

É imprescindível atentar para uma mudança legislativa que certamente será alvo
de questionamentos nas próximas provas. Na lei 8.666 não havia hipótese de dispensa
de licitação em razão do valor. No entanto, agora há.

Importante mencionar que esses valores serão duplicados para compras, obras e
serviços contratados por consórcio público ou por autarquia ou fundação qualificadas
como agências executivas.
É de extrema importância a leitura atenta dos artigos 74 e 75 da Lei 14.133/21.
Além disso, para as provas não tente decorar todas as hipóteses de dispensa, foque
em memorizar quais são inexigíveis e as outras irão mais fácil por exclusão.

Há ainda as hipóteses em que a licitação é dispensada, quando ocorre a figura


da licitação deserta e da licitação fracassada.

A licitação é deserta quando não surgiram licitantes interessados ou não foram


apresentadas propostas válidas; a licitação é fracassada, por sua vez quando as
propostas apresentadas consignaram preços manifestamente superiores aos praticados
no mercado ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes.
7. Atos Administrativos
7.1 Atributos dos Atos Administrativos
Os atributos do ato administrativo são características que permitem afirmar que
tais atos se submetem a um regime jurídico de direito público, distinguindo-os dos
atos de direito privado.

Os atributos do ato administrativo são:


7.1.1 Presunção de Legitimidade e Veracidade
A presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei
(decorre do princípio da legalidade), presume-se até prova em contrário – presunção
relativa ou ainda presunção juris tantum – que os atos administrativos foram
admitidos com observância da lei.

Já a presunção de veracidade diz respeito aos fatos. Em decorrência desse


atributo presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração Pública,
até prova em contrário. Em razão desse atributo, a validade do ato administrativo não
pode ser apreciada de ofício pelo Poder Judiciário.

Um dos efeitos dessas presunções é o de permitir que o ato opere efeitos


imediatos (operatividade), ainda que eivados de vícios ou defeitos. Há uma única
situação em que esse efeito da imediatidade é afastada: trata-se da ordem
manifestamente ilegal dada a servidor por seu superior hierárquico.

Outro efeito é a inversão do ônus da prova, ou seja, quem deve demonstrar a


existência de vício no ato é o administrado e não a Administração.
7.1.2 Imperatividade
É o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros
independentemente da sua concordância, criando obrigações ou impondo restrições.

Decorre do princípio da supremacia do interesse público e do chamado “poder


extroverso” que é a prerrogativa dada ao Poder Público de impor, de modo
unilateral, obrigações a terceiros, inclusive aos sujeitos que estão fora do âmbito
interno da Administração.
7.1.3 Autoexecutoriedade
É a prerrogativa de que certos atos administrativos sejam executados imediata e
diretamente pela própria Administração Pública, inclusive mediante o uso da força,
independente de ordem ou autorização judicial.
Assim como a imperatividade, o atributo da autoexecutoriedade não está
presente em todos os atos, sendo possível apenas:

 Quando expressamente prevista em lei;


 Quando tratar-se de medida urgente.

Entretanto, esse atributo possui limites e um deles é o patrimônio do particular.


Para satisfazer os créditos decorrentes de multa ou prejuízos causados ao erário, a
Administração Pública não pode invadir o patrimônio os particulares.
7.1.4 Tipicidade
É atributo criado pela doutrina de Maria Sylvia Zanella di Pietro, segundo o qual
todo ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas em lei.
Decorre diretamente do princípio da legalidade, impedindo que a Administração
Pública pratique atos inominados. Impede, também, a prática de atos totalmente
discricionários.
7.2 Classificação dos atos administrativos:
7.2.1 Quanto ao grau de liberdade em sua prática:
1. Vinculados: são os atos em que a lei fixa os requisitos e condições de
sua realização, não deixando liberdade de ação para a Administração
Pública;
2. Discricionários: são aqueles em que a Administração tem liberdade de
ação dentro de determinados parâmetros previamente definidos em lei.
Além da lei, os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e da
moralidade são considerados limitadores. Regra geral, o motivo e o
objeto (conteúdo) serão preenchidos pelo administrador para que o ato
possa ser praticado.
7.2.2 Quanto aos destinatários
1. Gerais: são aqueles expedidos sem destinatários determinados, dotados
de “generalidade e abstração”, com finalidade normativa, alcançando
todos os sujeitos que se encontrem na mesma situação. Também são
chamados de atos abstratos, impróprios ou normativos. O conteúdo
desses atos é discricionário. Exemplos: regulamentos, instruções
normativas, portarias, resoluções e circulares.
2. Individuais: são os atos que produzem efeitos jurídicos no caso concreto.
Regulam situações concretas e tem destinatários certos. Também são
chamados de atos concretos ou próprios. Pode ter um único destinatário
(ato singular) ou vários destinatários (ato plúrimo). Podem ser vinculados
ou discricionários e ao contrário dos atos gerais, admitem impugnação
direta por meio de recursos administrativos, bem como ações judiciais
comuns ou especiais. Exemplos: nomeação, exoneração, tombamento,
autorização, licença.

7.2.3 Quanto ao alcance


1. Internos: produzem efeitos apenas no âmbito da Administração,
atingindo apenas órgãos e agentes públicos. Esses atos não precisam de
publicação oficial. Exemplo: portaria de remoção de servidor.
2. Externos: os efeitos desse ato alcançam os administrados em geral, os
contratantes e, em certos casos, os próprios servidores. Em regra,
precisam ser publicados no meio oficial. Exemplos: nomeação de
provados em concurso público, editais de licitação.

7.2.4 Quanto à formação de vontade


1. Simples: produzidos pela manifestação de um único órgão, que pode ser
singular ou colegiado. Exemplos: despacho de chefe de secretaria;
decisão de Tribunais.
2. Complexos: Conjugação de vontades autônomas de órgãos
independentes para a formação de um único ato. Só se aperfeiçoa com a
manifestação de todos os órgãos que devem contribuir para a sua
formação. Assim, existe um único ato com mais de uma manifestação de
vontade. Exemplos: nomeações a cargo do Presidente da República que
dependem de aprovação do Senado; Concessão de aposentadoria do
servidor pela Administração que depende de apreciação do Tribunal de
Contas.
3. Compostos: manifestação de dois ou mais órgãos em que a vontade de
um é instrumental em relação a do outro. Praticam-se dois atos: um
principal e outro acessório. É o caso de atos administrativos que
dependem de aprovação, tais como parecer e laudo técnico, aprovação,
homologação etc. Quando o ato acessório é prévio, sua função é
autorizar a prática do ato principal; quando é posterior, tem a função de
conferir eficácia. Exemplo: nomeação do PGR pelo presidente (ato
principal), que depende de prévia aprovação do Senado (ato
instrumental).

7.2.5 Quanto às prerrogativas (ou quanto ao objeto):


1. Atos de império: são aqueles que a Administração pratica usando de sua
supremacia sobre os administrados, criando obrigações e restrições de
forma unilateral. Exemplos: desapropriação, interdição de
estabelecimento.
2. Atos de gestão: a Administração pratica na qualidade de gestora de seus
bens e serviços sem usar de sua supremacia, assemelhando-se aos atos
praticados pelas pessoas privadas. Exemplo: aluguel de um imóvel
pertencente a particular.
3. Atos de expediente: Visam dar andamento aos processos e papéis da
Administração. São atos de rotina interna e sua principal característica é
ausência de conteúdo decisório. Exemplo: protocolo.

7.2.6 Quanto aos efeitos


1. Constitutivos: cria uma situação jurídica, que pode ser um novo direito
ou uma nova obrigação. Exemplos: revogações, autorizações,
nomeações.
2. Enunciativos: a Administração apenas declara situações de que dispõe
em seu banco de dados ou indicam um juízo de valor. Exemplos:
atestados, certidões, pareceres.
3. Declaratórios: afirmam a existência de um fato ou de uma situação
jurídica anterior. Exemplo: homologações, licenças e anulações.

7.2.7 Quanto aos requisitos de validade


1. Válido: é aquele praticado em conformidade com a lei, sem nenhum
vício;
2. Nulo: é aquele com vício insanável. São ilegais ou ilegítimos e, por isso,
não podem ser convalidados;
3. Anulável: apresenta defeito sanável, ou seja, passível de convalidação.
São sanáveis os vícios de competência (exceto em razão da matéria ou
de competência exclusiva) e o vício de forma;
4. Inexistente: possui apenas aparência de ato administrativo, mas possui
algum defeito que o impedem de produzir efeitos.

7.2.8 Quanto à exequibilidade


1. Perfeitos: é aquele que já foi produzido, que já existe no mundo
jurídico.
2. Eficaz: é aquele que já está apto para produzir efeitos.
3. Pendente: é aquele que depende de algum evento futuro para que
comece a produzir efeitos.
4. Consumado/Exaurido: é o que já produziu todos os efeitos. O ato
consumado não admite a revogação, pois se extingue naturalmente com
a consumação, já que produziu todos os seus efeitos.
DIREITO ELEITORAL

8. Alistamento Eleitoral
O alistamento eleitoral corresponde à primeira etapa do processo eleitoral e
condiz com o procedimento administrativo no qual o cidadão se qualifica e se inscreve
como eleitor.
CE Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor.

Por ser um procedimento administrativo, o ato de deferimento do alistamento


praticado pelo juiz não é um ato jurisdicional, mas sim um ato administrativo.

O Código Eleitoral trouxe uma série de regras sobre o alistamento. No entanto,


tais regras estão relacionadas ao alistamento manual. Agora, com o alistamento
eletrônico, a disciplina normativa não cabe mais ao CE, mas a outras leis específicas,
como a Lei nº 6.996/82 e a Lei º. 7.444/85. Diante da gama de regras, o TSE editou a
Resolução nº. 21.538/2003 para uniformizar todo o procedimento de alistamento.

O brasileiro interessado pode ir até o cartório eleitoral com a intenção de se


alistar como eleitor. O juiz eleitoral, como já explicado, está vinculado a deferir o
alistamento, caso estejam presentes todos os requisitos exigidos. No entanto, se os
requisitos não estiverem preenchidos, o juiz eleitoral irá indeferir o alistamento, certo?
Pronto! Do procedimento de alistamento eleitoral podem sair duas decisões:
 Decisão de deferimento
 Decisão de indeferimento

8.1 Exclusão e cancelamento da inscrição eleitoral


A exclusão ou o cancelamento possui ligação com alguma irregularidade no
processo de alistamento. O objetivo é manter o cadastro da justiça eleitoral
atualizado.

As causas de cancelamento estão previstas no art. 71 do Código Eleitoral,


vejamos:
Art. 71. São causas de cancelamento:

I – a infração dos arts. 5º e 42;

II – a suspensão ou perda dos direitos políticos;

III – a pluralidade de inscrição;


IV – o falecimento do eleitor;

V – deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.

Vamos analisar cada hipótese de cancelamento.


Com relação ao inciso I, no caso do art. 5º do Código Eleitoral, apenas se
considera o inciso III, uma vez que os incisos I e II não foram recepcionados pela CF
de 1988. Logo, é o caso de perda ou suspensão de direitos políticos. Ainda quanto ao
inciso I, o art. 42 diz respeito ao domicílio eleitoral, como já foi exposto neste capítulo.
O que se conclui aqui? Não há possibilidade de alistamento daqueles que estejam
privados dos direitos políticos e nem daqueles que estão fora de seus domicílios
eleitorais.

O inciso II repete o que falamos acima acerca dos direitos políticos.


O inciso III trata da pluralidade de inscrições. Essa pluralidade deve ser resolvida
por meio do procedimento de batimento, que consiste no cruzamento de dados e
informações cadastrais e está previsto nos arts. 33 a 46 da Resolução nº 21.538/2003.

O inciso IV dispõe acerca do falecimento. Sobre o falecimento do eleitor, a


Resolução nº 22.166/2006: "Estabelece providências a serem adotadas em relação a
inscrições identificadas como de pessoas falecidas, mediante cruzamento entre dados
do cadastro eleitoral e registros de óbitos fornecidos pelo Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS)".
Finalmente, o inciso V que pude o eleitor que deixar de votar em três eleições
consecutivas e não justificar nem pagar a multa no prazo legal. Observe, portanto, que
não é somente o não comparecimento, pois este pode ser justificado, evitando o
cancelamento. Segundo o entendimento jurisprudencial dominante, uma eleição é
igual a um turno. Logo, deve-se justificar o não comparecimento em cada turno de
uma eleição.
Então, ocorrendo qualquer uma das causas de cancelamento previstas, qualquer
eleitor, ou até mesmo o juiz eleitoral, atuando de ofício, pode requerer a exclusão do
eleitor. Esteja atento, pois isso já foi cobrado em prova.
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo acarretará a
exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio, a requerimento de
delegado de partido ou de qualquer eleitor.
9. Inelegibilidade
9.1 Causas de inelegibilidade
Como já vimos, de acordo com a Teoria Clássica, é necessário que o pretenso
candidato reúna as condições de elegibilidade e não incorra nas hipóteses de
inelegibilidade. Acima vimos as condições de elegibilidade, e agora veremos tudo
sobre as inelegibilidades.

9.1.1 Inelegibilidades Constitucionais


As causas de inelegibilidade previstas na constituição encontram-se no artigo 14,
§§4º ao 7º. Vamos dispor sobre cada uma delas a seguir:
 Os inalistáveis e os analfabetos:
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

Também já mencionamos esse assunto no capítulo sobre alistamento. Vamos


sintetizar aqui. Como já vimos, os inalistáveis são os estrangeiros que não possuem
capacidade política, os conscritos e os menores de 16 anos.
Com relação aos analfabetos, há um entendimento bastante importante que já
está consolidado na justiça eleitoral: é possível que o analfabeto funcional dispute
eleições.

Mas, o teste só é utilizado no caso de não se ter comprovação da escolaridade,


ou seja, o candidato não apresenta o documento comprobatório no momento do
requerimento de registro de candidatura. Esse é o entendimento do TSE.
Há, também, uma súmula que diz respeito a esse documento comprobatório. A
súmula nº 55 do TSE, afirma que a Carteira Nacional de Habilitação gera presunção de
escolaridade necessária ao deferimento do registro de candidatura.

Concurseiro, esteja atento a uma questão bem importante. O TSE editou a


súmula nº 15, que diz o seguinte:
Súmula nº 15 TSE: O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz,
por si só, de comprovar a condição de alfabetizado do candidato.

 Reeleição para cargos executivos:


§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.

Os cargos executivos são os de Presidente da República, Governador e Prefeito,


ou seja, são os cargos que pertencem à chefia do Poder Executivo em cada ente da
federação. Diferentemente dos cargos do Poder Legislativo, que não possuem
limitação quanto à reeleição, os do executivo possuem limite de apenas uma reeleição
para um período subsequente.

Com relação aos vices (vice-presidente, vice-governador e vice-prefeito), o TSE


entende que estes não podem exercer o cargo de vice por três vezes consecutivas.

Neste tópico temos uma questão bem interessante, a do prefeito itinerante ou


profissional. O STF entendeu que o art. 14, §5º deve ser interpretado no sentido de
uma proibição absoluta quanto a reeleição de chefe do Poder Executivo que já exerceu
dois mandatos consecutivos em cargo da mesma natureza, mesmo que queira se
candidatar em outro ente da federação. Essa jurisprudência ficou conhecida com o
nome de prefeito itinerante ou profissional em razão de prefeitos de cidades
metropolitanas que, após exercerem 2 mandatos consecutivos, se candidatavam em
município vizinho, como forma de se perpetuar no poder. O STF, então, entendeu que
não é possível esta prática, devendo ser considerada uma proibição absoluta.
 Desincompatibilização:
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

Essa é a primeira regra de desincompatibilização das muitas que estão previstas


na legislação eleitoral, mais precisamente na LC nº 64/90.

Vamos entender esse dispositivo.


Para concorrer a outro cargo, o titular de mandato executivo, ou seja, o
presidente, o governador e o prefeito terão que se afastar do cargo 6 meses antes do
pleito. Vale ressaltar, que não há necessidade de desincompatibilização no caso de
reeleição, só cabendo nos casos de candidatura a outro cargo. Vamos exemplificar: o
governador de Pernambuco deseja concorrer ao cargo de Presidente da República, ele
deverá sair do cargo de governador 6 meses antes do dia da eleição para presidente.
Os vices não são abrangidos por essa disposição constitucional, desde que não
assumam o cargo titular, mesmo em substituição, nos seis meses que antecedem a
eleição.

 Inelegibilidade Reflexa:
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo
se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Essa inelegibilidade atinge os parentes dos cargos executivos até o segundo grau,
se refere, portanto, ao parentesco.
Quem são os parentes até o segundo grau? Filhos, netos, pais, avós, irmãos,
cunhados, sogros e o cônjuge. Que dispõe acerca dos graus de parentesco é o código
civil, portanto, apenas nos dedicaremos ao aspecto eleitoral.
Agora que já sabemos quem são, vamos entender o parágrafo.

Esses parentes até o segundo grau estão proibidos de se candidatar, ou seja, são
inelegíveis, na circunscrição que possuam algum parente exercendo algum cargo de
chefia do poder executivo. No entanto, há uma exceção: no caso de algum desses
parentes já possuir mandato eletivo e estar disputando a reeleição.

Veja agora o que dispõe a Súmula nº 6 do TSE:


Súmula nº 6 TSE: São inelegíveis para o cargo de chefe do Executivo o cônjuge e
os parentes, indicados no § 7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do
mandato, salvo se este, reelegível, tenha falecido, renunciado ou se afastado
definitivamente do cargo até seis meses antes do pleito.

A única hipótese na qual se mantém a inelegibilidade reflexa é no caso de


algum parente desejar disputar o mesmo cargo que era exercido pelo familiar que
faleceu ou renunciou, e este familiar já estar no exercício do segundo mandato.

Preste atenção no seguinte: é preciso que esteja exercendo o primeiro mandato,


pois se vier a falecer ou renunciar seis meses antes do pleito, no exercício de um
segundo mandato, a inelegibilidade reflexa se mantém.
Também é de suma importância que o aluno saiba que o TSE já entendeu que a
união estável atrai a inelegibilidade reflexa, logo não são só atingidos os cônjuges.
Estando caracterizada a união estável, a proibição atingirá esse parente. Atrelado a
isso, o TSE também reconheceu que a união homoafetiva atrai a inelegibilidade reflexa.
Mas, esteja atento, os namoros não estão inclusos nesse entendimento,
portanto, não atraem a inelegibilidade reflexa.
INFORMÁTICA

A matéria de Informática não possui o peso grande nas provas de Analista e de


Técnico, porém, não deixa de ser importante o seu estudo e posterior revisão. Para
isso, trouxemos alguns mapas mentais que podem auxiliar na maior compreensão e
fixação sobre os temas que selecionamos de maior incidência:

10. Edição de planilhas (ambiente Microsoft Office)


11. Rede de Computadores

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