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SUMÁRIO
Agentes públicos .................................................................................................................................. 3
Conceito............................................................................................................................................ 3
Classificação dos agentes públicos................................................................................................... 3
Agentes Políticos .......................................................................................................................... 3
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS POR REGIME JURÍDICO................................................... 5
SERVIDORES ESTATAIS (SERVIDOR PÚBLICO) ............................................................................ 5
REGIME JURÍDICO ÚNICO. EC Nº19 E MULTIPLICIDADE DE REGIMES. ......................................... 5
ADI 2.135/2008 ........................................................................................................................... 5
Servidores Temporários ................................................................................................................ 7
EMPREGADOS PÚBLICOS - REGIME CELETISTA FEDERAL - LEI 9.962/2000 ............................ 10
AGENTES PARTICULARES EM COLABORAÇÃO ............................................................................... 11
REQUISITADOS OU AGENTES HONORÍFICOS ............................................................................... 11
VOLUNTÁRIOS ............................................................................................................................ 11
DELEGADOS ................................................................................................................................ 11
AGENTES CREDENCIADOS .......................................................................................................... 11
AGENTES DE FATO .......................................................................................................................... 12
AGENTES DE FATO NECESSÁRIOS ............................................................................................... 12
AGENTES DE FATO PUTATIVOS ................................................................................................... 12
CARGO PÚBLICO ............................................................................................................................. 12
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE CARGOS ............................................................................................. 12
DELEGAÇÃO PARA CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE CARGOS .............................................................. 13
OBSERVAÇÕES: CRIAÇÃO DE EMPREGO PÚBLICO E ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO .... 13
CARREIRA, CLASSE E QUADRO ................................................................................................... 14
FUNÇÃO PÚBLICA ....................................................................................................................... 15
TIPOS DE CARGOS: VITALÍCIO; EFETIVO; EM COMISSÃO. .......................................................... 15
NEPOTISMO .................................................................................................................................... 15
NEPOTISMO CRUZADO OU TRANSVERSO .................................................................................... 16
PROVIMENTO DE CARGOS .............................................................................................................. 16
PROVIMENTO ORIGINÁRIO: NOMEAÇÃO ..................................................................................... 16
PROVIMENTOS DERIVADOS ........................................................................................................ 16
PROVIMENTO DERIVADO VERTICAL: PROMOÇÃO ...................................................................... 16
ASCENÇÃO TRANSPOSIÇÃO E ACESSO ........................................................................................ 17
PROVIMENTO DERIVADO HORIZONTAL ...................................................................................... 17
READAPTAÇÃO ........................................................................................................................... 17
TRANSFERÊNCIA ......................................................................................................................... 17
PROVIMENTOS DERIVADOS DE REINGRESSO .............................................................................. 17
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REINTEGRAÇÃO .......................................................................................................................... 17
RECONDUÇÃO ............................................................................................................................. 17
REVERSÃO .................................................................................................................................. 18
APROVEITAMENTO ..................................................................................................................... 18
NOMEAÇÃO; POSSE E EXERCÍCIO ............................................................................................... 18
FORMAS DE DESLOCAMENTO DO SERVIDOR: REMOÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO ............................ 18
REMOÇÃO ................................................................................................................................... 18
REDISTRIBUIÇÃO ........................................................................................................................ 19
FORMAS DE DESINVESTIDURA: EXONERAÇÃO E DEMISSÃO .......................................................... 19
EXONERAÇÃO ............................................................................................................................. 19
DEMISSÃO ................................................................................................................................... 19
EFEITOS DO PAD ........................................................................................................................ 19
VACÂNCIA .................................................................................................................................. 20
CONCURSO PÚBLICO ...................................................................................................................... 20
ACESSIBILIDADE ......................................................................................................................... 20
BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS ................................................................................... 20
ESTRANGEIROS ........................................................................................................................... 21
PORTUGUESES EQUIPARADOS .................................................................................................... 21
CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS DO CONCURSO PÚBLICO ....................................................... 21
CONTEÚDO E ALCANCE DO CONCURSO PÚBLICO: ..................................................................... 21
VEDAÇÕES NO CONCURSO PÚBLICO .......................................................................................... 22
JURISPRUDÊNCIA ........................................................................................................................ 22
EXCEÇÕES AO CONCURSO PÚBLICO .......................................................................................... 23
CONSELHOS PROFISSIONAIS ....................................................................................................... 23
REQUISITOS DO CONCURSO ............................................................................................................ 23
CRITÉRIOS DISCRIMINATÓRIOS .................................................................................................. 23
ATO AUTORIZATIVO ESTATAL ................................................................................................... 23
MOMENTO PARA COMPROVAR OS REQUISITOS EXIGIDOS ......................................................... 24
IDADE .......................................................................................................................................... 24
INDEFERIMENTO DA INSCRIÇÃO ................................................................................................. 24
TAXA DE INSCRIÇÃO ................................................................................................................... 25
LIMITAÇÃO GEOGRÁFICA ........................................................................................................... 25
NEGROS (LEI 12.990/2014) ....................................................................................................... 26
DEFICIENTES (LEI 7.853/1999 E DECRETO 3.298/99) .............................................................. 26
EXAME PSICOTÉCNICO................................................................................................................ 27
ALTERAÇÕES NO EDITAL ............................................................................................................ 27
VALIDADE DO CONCURSO .......................................................................................................... 27
FORMALIZAÇÃO DO EDITAL DO CONCURSO PÚBLICO ................................................................ 27
JURISPRUDÊNCIA RECENTE......................................................................................................... 27
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AGENTES PÚBLICOS
CONCEITO
“É o conjunto de pessoas que, a qualquer título, exercem uma função pública como
preposto do Estado”. (José dos Santos Carvalho Filho) “A qualquer título” significa que não é
só a pessoa que recebe remuneração é considerada agente público, mas toda pessoa –
ainda que sem remuneração – exerça uma função pública.
Deve estar exercendo uma atividade pública, ainda que indiretamente (a exemplo dos que
trabalham nos serviços internos), como preposto do Estado, por exemplo, concessionárias de
serviço público. O art. 2º da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92 – LIA) traz o
conceito de agente público, para fins de sanção por ato ímprobo.
“Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,
por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
nas entidades mencionadas no artigo anterior.”
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS
AGENTES POLÍTICOS
“Agentes políticos são aqueles que concretizam a vontade superior do Estado. O regime
jurídico desses agentes, geralmente, vem da CF ou de leis especiais.”
Ø Chefes do Poder Executivo e membros do Poder Legislativo
Em regra, os agentes políticos - que estão na esfera de decisão superior do Estado que vai
disciplinar as demais manifestações do Poder Público – são os Chefes do Poder Executivo, e
seus auxiliares imediatos (ministros e secretários) e membros do Legislativo.
O vínculo desses agentes se dá por nomeação (exemplo, um secretário nomeado pelo
Governador do Estado-Membro) ou por escolha popular. O entendimento da doutrina,
portanto, é que o Poder Judiciário está excluído desse campo (agentes políticos). Todavia não
é esse o entendimento dos Tribunais.
Ø Poder Judiciário e MP
Os Tribunais Superiores compreendem que os Membros da Magistratura e do Ministério
Público também são agentes políticos. O vínculo jurídico desses agentes (Juízes e MP) se dá
por concurso público (diferentemente os agentes políticos do Executivo e Legislativo).
A Jurisprudência diz que a Magistratura e o MP têm caráter de serviços públicos especiais
até porque os seus direitos e deveres estão em normas especiais. É importante lembrar que a
EC nº 19 trouxe, para fins remuneratórios, uma equiparação dos agentes políticos MP e
Magistratura.
O Supremo já se manifestou nesse sentido porquanto tem uma visão mais ampla em
relação aos agentes políticos. No RE 228977 o STF se posicionou no sentido de que, em razão
da liberdade e da autonomia funcional dos Juízes e Promotores (e Procuradores da República),
a atividade do Poder Judiciário e do MP é diferente daquela exercida pelo Executivo e
Legislativo.
1. Recurso extraordinário. Responsabilidade objetiva. Ação
reparatória de dano por ato ilícito. Ilegitimidade de parte passiva.
2. Responsabilidade exclusiva do Estado. A autoridade judiciária não
tem responsabilidade civil pelos atos jurisdicionais praticados. Os
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Em outra passagem do voto do magistrado, ele lembra que “ao examinar a natureza do
cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas, de seu turno, Maria Sylvia Zanella Di Pietro,
também conclui que este não se enquadra no conceito de agente político, uma vez que exerce a
função de auxiliar do Legislativo no controle da Administração Pública”.
“Em suas atribuições constitucionais, nada se encontra que justifique
a sua inclusão entre as funções de governo; não participam, direta ou
indiretamente, das decisões governamentais”, volta a transcrever o
magistrado trecho de outro doutrinador, desta vez de Di Pietro.
Com isso, decidiu que a nomeação do irmão para o cargo de Conselheiro, feito pelo então
governador do Paraná era uma “afronta direta aos mais elementares princípios republicanos”.
Com base nesta fundamentação sustou, de imediato, os efeitos da nomeação de Maurício
Requião.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS POR REGIME JURÍDICO
Servidor Estatutário Geral: é aquele regido pela Lei 8.112 (Estatuto Geral dos
Servidores Públicos);
Empregado Público: seu vínculo é contratual e regido, predominantemente, pela CLT
(Lei 9.962/2000, na esfera Federal; CLT e Contrato).
Regime especial: temporário, com fundamento no art. 37, IX da CF.
SERVIDORES ESTATAIS (SERVIDOR PÚBLICO)
Definição por exclusão: Servidor Estatal (Público) é o agente público que não se enquadra
na definição de agente político nem como particulares em colaboração com o Estado. A natureza
de sua relação com o Estado é profissional, de caráter permanente (não eventual); desempenha
uma profissão – função pública - com relação jurídica de trabalho.
O Servidor Público em geral está em um cargo público ou em uma função pública; pertence
à Administração Direta ou Indireta e seu vínculo se dá por meio de lei. O regime jurídico do
Servidor consta da CF a qual estabelece que seu detalhamento seja feito por lei. Pergunta-se:
um mesmo ente pode ter várias categorias de agentes? Ou seja, ter servidores da lei geral e
empregados regidos pela CLT?
REGIME JURÍDICO ÚNICO. EC Nº19 E MULTIPLICIDADE DE REGIMES.
ADI 2.135/2008
A CF/88, até a EC 19 estabelecia um regime jurídico único. Assim, a União, os Estados e
Municípios deveriam optar entre ter uma lei específica (estatuto) a reger seus Servidores (que
seriam estatutários) ou, não ter lei alguma e seguir a CLT. A União e os Estados optaram por lei
específica, para melhor gerir seu corpo de funcionários. Os Municípios, em regra, optaram pelo
regime celetista (CLT). Em 1998, a EC 19 estabeleceu a possibilidade de regimes múltiplos
(estatutários e celetistas) às pessoas jurídicas de Direito Público.
Entretanto, essa regra não se aplicou às pessoas jurídicas de direito privado – que
atuam pelo Poder Público – porque para estas o regime sempre foi o celetista. O STF, na ADI
2.135/2008 (em medida cautelar), suspendeu a eficácia dessa regra da multiplicidade de
regimes, por inconstitucionalidade formal da EC19 (a aprovação deveria ser, em cada Casa
do Congresso, em 2 turnos, por 3/5 de seus membros; mas, em um dos turnos não houve
aprovação, pelo quórum exigido, na Câmara dos Deputados).
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e
planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADI nº 2.1354)
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Atenção: a CRFB/88, desde sua redação original, sempre trouxe a previsão dos
temporários, contratados pelo Estado e que são regidos por lei especial. Portanto, a própria CF,
desde o início, traz uma duplicidade de regimes.
SERVIDORES TEMPORÁRIOS
A CF, em seu art. 37, inciso IX estabelece a forma e os requisitos de contratação
temporária.
Art. 37, IX CF- a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público; (...).
Requisitos:
Ø Lei específica: o dispositivo acima é uma norma de eficácia limitada, pois necessita
de uma lei específica que venha a estabelecer os casos de contratação temporária.
No âmbito federal alei que trata do assunto é a Lei 8.745/93.
Ø Necessidade temporária: deve ter tempo determinado, caso contrário, a contratação
deve ser feita por concurso para cargos efetivos.
Ø NÃO EXIGE CONCURSO PÚBLICO. Trata-se de “silêncio eloquente” da Constituição.
É um requisito negativo, mas nada impede que o ente público, o qual pretenda
contratar temporários, realize concurso (pode não ser viável, pois é uma situação
para atender a uma necessidade temporária). A lei 8.745 estabelece um “processo
seletivo simplificado” para a contratação de servidores temporários, mas apenas na
esfera federal, não podendo tal exigência ser imposta no âmbito estadual.
Ø Observações quanto ao primeiro requisito (lei específica):
I. Trata-se de um regime especial, ou seja, os temporários não são celetistas conforme
decisão do STJ no REsp. 573.202 Ag. 38.459.
Administrativo. Processual civil. Agravo regimental no recurso
especial. Servidor público municipal. Contratação temporária.
Vínculo jurídico administrativo inafastável. Emenda constitucional
19/98. Pluralidade de regimes jurídicos. Suspensao dos efeitos pelo
STF. Inexistência de relação celetista. Fgts. Pagamento.
Impossibilidade. Agravo não provido.
1. A contratação temporária de trabalho, nos termos do art. 37, IX,
da CF, tem natureza nitidamente administrativa, excluindo-se a
competência da Justiça do Trabalho para a apreciação dos feitos
relativos a esse vínculo.
2. A Emenda Constitucional 19/98, que permitia a pluralidade de
regimes jurídicos pela Administração, foi suspensa, nesse ponto, pelo
Supremo Tribunal Federal, impossibilitando a contratação de
servidor público pelo regime trabalhista (ADI 2.135- MC/DF).
3. O Supremo Tribunal Federal adotou o entendimento de que a mera
prorrogação do prazo de contratação de servidor temporário não é
capaz de transmudar o vínculo administrativo que este mantinha
com o Estado em relação de natureza trabalhista (RE 573.202/AM,
Rel. Min. RICARDO LEWANDOWISKI).
4. Agravo regimental não provido.
II. Pergunta-se: qual a consequência se a contratação de temporários foi feita com base
em uma lei declarada inconstitucional – ou se a contratação foi contrária à própria norma
editada pelo ente contratante? O servidor passará a ser regido pela CLT (será celetista). Tal
situação gerou certa celeuma porque, de acordo com o primeiro entendimento do STJ, a
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competência das ações - envolvendo tais servidores temporários - passaria a ser da Justiça do
Trabalho e não da Justiça Comum.
Entretanto o STF decidiu que a competência, nesses casos, será sempre da Justiça comum
(Federal ou Estadual) independente da validade do vínculo.
STF - Recl. 4.351/2015:
Contratação de servidores temporários e competência.
A justiça comum é competente para processar e julgar causas em que
se discuta a validade de vínculo jurídico-administrativo entre o poder
público e servidores temporários. Esse o entendimento do Plenário
que, em conclusão e por maioria, deu provimento a agravo
regimental e julgou procedente pedido formulado em reclamação
ajuizada com o objetivo de suspender ação civil pública proposta pelo
Ministério Público do Trabalho perante vara trabalhista. No caso, o
“parquet” pretendia a anulação de contratações e de
credenciamentos de profissionais — ditos empregados públicos —
sem a prévia aprovação em concurso público. Alegava-se afronta ao
que decidido pelo STF na ADI 3.395 MC/DF (DJU de 10.11.2006),
tendo em conta que o julgamento da lide competiria à justiça comum
— v. Informativo 596. O Colegiado asseverou que a orientação
firmada na decisão paradigma seria no sentido de competir à justiça
comum o julgamento de litígios baseados em contratação
temporária para o exercício de função pública, instituída por lei local
em vigência antes ou depois da CF/1988. Isso não atrairia a
competência da justiça trabalhista a alegação de desvirtuamento do
vínculo. Assim, a existência de pedidos fundados na CLT ou no FGTS
não descaracterizaria a competência da justiça comum. Por fim, o
Tribunal deliberou anular os atos decisórios até então proferidos
pela justiça laboral e determinar o envio dos autos da ação civil
pública à justiça comum competente. Vencidos os Ministros Marco
Aurélio (relator) e Rosa Weber, que negavam provimento ao agravo.
Rcl 4351 MC-AgR/PE, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão
Min. Dias Toffoli, 11.11.2015. (Rcl-4351 MC-AgR)
III. Limite temporal (ex.: SIVAM – Serviço de Vigilância na Amazônia; a lei trazia o limite
05 anos).
IV. Outro exemplo é o dos temporários nas Forças Armadas (até 09 anos, pois quando o
agente atinge 10 anos de serviço é estabilizado). Conforme o Supremo3, ainda que
ultrapassados os 10 anos, o servidor temporário não se estabiliza porque o vínculo já nasceu
precário. Se, eventualmente, for considerado algum vínculo, este será trabalhista.
V. As remunerações recebidas, na prorrogação do prazo, não serão devolvidas porque o
agente trabalhou; o contrário geraria enriquecimento sem causa, por parte do Estado
(entendimento, inclusive, do TCU).
VI. A lei 8.745/93 proíbe a recontratação dois anos do término da contratação anterior,
desde que do mesmo órgão, segundo interpretação da doutrina.
Art. 9º O pessoal contratado nos termos desta lei não poderá:
I - receber atribuições, funções ou encargos não previstos no
respectivo contrato;
II - ser nomeado ou designado, ainda que a título precário ou em
substituição, para o exercício de cargo em comissão ou função de
confiança;
III - ser novamente contratado, com fundamento nesta Lei, antes de
decorridos 24 (vinte e quatro) meses do encerramento de seu
contrato anterior, salvo nas hipóteses dos incisos I e IX do art. 2º
desta Lei, mediante prévia autorização, conforme determina o art. 5º
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AGENTES DE FATO
AGENTES DE FATO NECESSÁRIOS
São aqueles chamados pela Administração em situações excepcionais, ex.: guerras,
calamidades públicas.
AGENTES DE FATO PUTATIVOS
São aqueles os quais fazem crer que são servidores, mas seu vínculo é ilegal e nulo de
pleno direito. A nulidade existe desde o momento em que tal pessoa começou a trabalhar e,
como o vício gera nulidade total, seus efeitos são ‘ex tunc’. O sujeito exerce a função pública com
presunção de legitimidade, mas a ilegalidade é descoberta posteriormente.
Consequências dos atos realizados pelos agentes putativos (teoria da aparência e teoria
do fato consumado – ausência de confiança legítima)
Ø Atos internos: os atos praticados internamente, na Administração, podem ser
questionados e até invalidados, desde que a anulação não prejudique terceiros. O
terceiro não pode ser prejudicado em virtude da confiança que detinha naquele que
atuava como servidor.
Ø Atos externos: devem ser convalidados pelo Princípio da boa-fé (Teoria da
Aparência) e da segurança jurídica.
Ø Manutenção no cargo: o Judiciário tem sido prudente em conceder liminar para
que o sujeito tome posse a titulo precário; em regra, não é possível, mas deve-se
analisar o caso concreto (ex.: engenheiro da computação – que não é técnico – e foi
aprovado em concurso para técnico da área de informática).
CARGO PÚBLICO
O cargo público é uma unidade mais simples e indivisível e somente existe no regime
estatutário (não compreende os temporários nem os empregados públicos).
Cargo público é um conjunto de atribuições e responsabilidades de um servidor
estatutário com remuneração prevista em lei (art. 3º da lei 8112/90).
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um
servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros,
são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago
pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em
comissão.
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE CARGOS
A própria CF, no art. 48, inciso X, exige lei para a criação de cargo público.
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da
República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52,
dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e
funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b
Exceção: criação de serviços auxiliares do Poder Legislativo.
O Poder Legislativo pode CRIAR cargo para serviços auxiliares, sem lei (através de
resolução, por exemplo) sendo uma liberdade ampla. Porém, a remuneração deve ser
estabelecida por lei de iniciativa da Casa Legislativa e requer a SANÇÃO do Chefe do
EXECUTIVO.
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A iniciativa do projeto de lei para criação de cargo público é do Chefe do respectivo Poder
(ex.: a lei que cria cargos no Judiciário será de iniciativa do Poder Judiciário).
O mesmo se diz com relação ao MP e à Defensoria Pública.
DELEGAÇÃO PARA CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE CARGOS
A CF permite ao Presidente da República delegar a Ministro, ao PGR e ao AGU para
PROVER o cargo (mas não, criar).
Art. 84. Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar
as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte,
aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao
Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas
respectivas delegações.
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
Nesse sentido o MS 26955/2010 – STF
Constitucional. Mandado de segurança contra ato do procurador-
geral da república. Portaria n. 286/2007. Alteração das atribuições
de cargo público por meio de portaria. Impossibilidade. Precedentes.
Segurança concedida.
1. Contraria direito líquido e certo do servidor público a alteração,
por meio de portaria, das atribuições do cargo que ocupa.
2. A inexistência de direito adquirido a regime jurídico não autoriza
a reestruturação de cargos públicos por outra via que não lei formal.
3. Segurança concedida.
O chefe do Poder Executivo não pode criar cargos por decreto.
O Presidente da República pode extinguir cargos por decreto desde que VAGOS (art.
84, inciso VI, b, CF).
Art. 84 CF. Compete privativamente ao Presidente da República:
(...) VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
OBSERVAÇÕES: CRIAÇÃO DE EMPREGO PÚBLICO E ATIVIDADE NOTARIAL E DE
REGISTRO
Ø É necessária lei para criação de emprego público da Administração Direta e esse
emprego será regido pela CLT.
Ø No caso de Pessoa Jurídica de Direito Privado, da Administração Indireta, o emprego
é criado pelos atos constitutivos daquela organização.
Ø A atividade notarial é atividade privada, não se lhe aplicando as regras de cargos
públicos e, portanto, a remuneração dos funcionários de Cartório não está limitada
ao teto constitucional. Todavia, de conformidade com o § 3º do art. 236 da CF, o
ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas
e títulos.
Art. 236 CF. Os serviços notariais e de registro são exercidos em
caráter privado, por delegação do poder público.(...) § 3º O ingresso
na atividade notarial e de registro depende de concurso público de
provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga,
sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de
seis meses.
MS 27.909/2014 – STF:
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MS 27909 AGR / DF
EMENTA: CONSTITUCIONAL. SERVENTIA EXTRAJUDICIAL.
PROVIMENTO, SEM CONCURSO PÚBLICO. ILEGITIMIDADE. ARTIGO
236 E PARÁGRAFOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: NORMAS
AUTOAPLICÁVEIS, COM EFEITOS IMEDIATOS, MESMO ANTES DA LEI
9.835/1994. INAPLICABILIDADE DO PRAZO DECADENCIAL DO
ARTIGO 54 DA LEI 9.784/1999. PRECEDENTES DO PLENÁRIO.
1. É firme a jurisprudência do STF (v.g.: MS 28.279, Min. ELLEN
GRACIE, DJe de 29.04.2011), no sentido de que o art. 236, caput, e o
seu §3º da CF/88 são normas autoaplicáveis, que incidiram
imediatamente desde a sua vigência, produzindo efeitos, portanto,
mesmo antes do advento da Lei 8.935/1994. Não há direito adquirido
à titularidade de serventias que tenham sido efetivadas sem a
observância das exigências do art. 236, quando o ato tiver ocorrido
após a vigência da CF/88. À base desse pressuposto, tem-se como
certo que, a partir da vigência da Constituição de 1988, o ingresso ou
a movimentação dos titulares de serviço notarial e de registro, devem
sempre estrita observância ao novo regime, ficando dependentes de
prévio concurso de provas e títulos.
2. É igualmente firme a jurisprudência do STF no sentido de que a
atividade notarial e de registro, sujeita a regime jurídico de caráter
privado, é essencialmente distinta da exercida por servidores
públicos, cujos cargos não se confundem (ADI 4140, Min. ELLEN
GRACIE, Plenário, DJe de 20.09.2011; ADI 2.891-MC, Min.
SEPÚLVEDA PERTENCE, Plenário, DJ de 27.06.2003; ADI 2602, Min.
JOAQUIM BARBOSA, Plenário, DJ de 31.03.2006; e ADI 865-MC, Min.
CELSO DE MELLO, Plenário, DJ de 08.04.1994).
3. O Plenário do STF, em reiterados julgamentos, assentou o
entendimento de que o prazo decadencial de 5 (cinco) anos, de que
trata o art. 54 da Lei 9.784/1999, não se aplica à revisão de atos de
delegação de serventias extrajudiciais editados após a Constituição
de 1988, sem o atendimento das exigências prescritas no seu art. 236.
Nesse sentido: MS 28.279 DF, Min. ELLEN GRACIE, DJe 29.04.2011
(“Situações flagrantemente inconstitucionais como o provimento de
serventia extrajudicial sem a devida submissão a concurso público
não podem e não devem ser superadas pela simples incidência do que
dispõe o art. 54 da Lei 9.784/1999, sob pena de subversão das
determinações insertas na Constituição Federal”); MS 28.371-AgRg,
Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ 27.02.13 (“a regra de decadência é
inaplicável ao controle administrativo feito pelo Conselho Nacional
de Justiça nos casos em que a delegação notarial ocorreu após a
promulgação da Constituição de 1988, sem anterior aprovação em
concurso público de provas”; e MS 28.273, Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, DJe de 21.02.2013 (“o exame da investidura na
titularidade de cartório sem concurso público não está sujeito ao
prazo previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999”).
4. É de ser mantida, portanto, a decisão da autoridade impetrada que
interferiu na atuação irregular do Tribunal submetido ao seu
controle e considerou ilegítimo o provimento de serventia
extrajudicial, sem concurso público, com ofensa ao art. 236, § 3º, da
Constituição.
5. Agravo regimental desprovido.
CARREIRA, CLASSE E QUADRO
Ø Carreira é o conjunto de classes funcionais de progressão funcional. Com o próprio
nome indica, cargos isolados não compõem uma carreira.
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de formação e aperfeiçoamento. Mas é preciso que, naquela carreira, haja Escolas disponíveis;
caso contrário, não é possível vedar a promoção do servidor.
ASCENÇÃO TRANSPOSIÇÃO E ACESSO
Ascenção transposição e acesso eram formas de entrada em outra carreira sem concurso
público (havia o concurso interno); foram abolidas pela CRFB/88.
PROVIMENTO DERIVADO HORIZONTAL
READAPTAÇÃO
É forma de provimento derivado horizontal; é a investidura de servidor em cargo
compatível com suas limitações físicas ou mentais. Ex.: um servidor (oficial de justiça)
sofreu um acidente de carro e não pode se locomover (passou à condição de pessoa com
deficiência, mas não é incapaz de exercer a função pública).
O novo cargo deve ser adequado às habilitações do servidor, nível de escolaridade e
remuneração (ex.: se o servidor era oficial de justiça, não pode ser colocado para exercer a
função de porteiro do fórum; mas pode ser readaptado para analista judiciário). Não havendo
vaga, ficará na condição de excedente, trabalhando. No entanto, se a junta médica julgar que a
limitação torna o servidor totalmente incapaz, ele será aposentado por invalidez.
TRANSFERÊNCIA
Possibilitava a passagem de um cargo efetivo, para de igual denominação de outra
carreira. Foi EXTINTA.
PROVIMENTOS DERIVADOS DE REINGRESSO
REINTEGRAÇÃO
É o retorno do servidor estável por invalidação da decisão administrativa ou judicial (que
o afastou do cargo) com todas as vantagens do período de afastamento. O efeito da reintegração
é ex tunc, ou seja, retroage. Se o cargo estiver ocupado, o servidor ocupante será reconduzido
(o ocupante volta para o cargo anterior).
Se o cargo foi transformado, o reintegrado vai para o cargo transformado (ex.: quando
saiu, era datilógrafo; ao ser reintegrado, será digitador). Se o cargo foi extinto, o reintegrado
ficará em disponibilidade.
RECONDUÇÃO
O servidor estável retorna para seu cargo de origem:
Ø Se ocorrer a reintegração de outro servidor, que ocupava o cargo originalmente; ou
Ø O servidor foi inabilitado em estágio probatório em novo cargo, pode pedir a
recondução ao cargo anterior (do qual saiu) se era estável. Se o cargo estiver
ocupado, aquele que saiu (o reconduzido) poderá ocupar outro cargo equivalente;
não havendo cargo, ficará em disponibilidade.
Ø Se houver desistência do novo cargo, isto é, por vontade, o servidor poderá ser
reconduzido ao cargo que ocupava (esta hipótese não está na lei 8112, sendo
entendimento do STJ) – MS 8.339
MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO ESTÁVEL. ESTÁGIO
PROBATÓRIO EM OUTRO CARGO PÚBLICO. RECONDUÇÃO AO CARGO
ANTERIORMENTE OCUPADO. POSSIBILIDADE. ORDEM
PARCIALMENTE CONCEDIDA.
1. O servidor público estável que desiste do estágio probatório a que
foi submetido em razão de ingresso em novo cargo público tem
direito a ser reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.
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VACÂNCIA
Vacância é um fato administrativo que denota que um cargo público está vago, nos
seguintes casos:
1. Exoneração;
2. Demissão;
3. Promoção;
4. Readaptação;
5. Aposentadoria;
6. Posse em cargo inacumulável;
7. Falecimento.
CONCURSO PÚBLICO
ACESSIBILIDADE
O entendimento é de que o acesso a cargo público é de ampla acessibilidade.
Art. 37, I, CF - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,
assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
LEI 8112/90 - Art. 5º São requisitos básicos para investidura em
cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros
requisitos estabelecidos em lei.
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso.
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos desta Lei. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.515, de
20/11/1997).
BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS
Alguns cargos, como o de Conselheiro da República, são exclusivos de brasileiro nato (art.
12, p. 3º da CF).
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII – de Ministro de Estado da Defesa
Fora essas hipóteses acima, a lei não pode criar outras distinções para brasileiro
naturalizado (art. 12, p. 2º.)
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TAXA DE INSCRIÇÃO
Impossibilidade de vinculação ao salário mínimo (ADI 1568); segundo a doutrina, tem a
finalidade de custear o concurso, não podendo a Administração cobrar valores exorbitantes que
gerem enriquecimento sem causa.
LIMITAÇÃO GEOGRÁFICA
No RE 614.873 – Repercussão Geral - o STF julgou no sentido de que a limitação geográfica
é discriminação abusiva com violação ao pacto federativo (paridade federativa).
Por exemplo, editais de concurso de Universidades que conferem bonificações ou
privilégios àqueles candidatos que estudaram na área de atuação da Universidade.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.
TEMA Nº 474: COTAS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS ESTADUAIS
PARA OS ALUNOS EGRESSOS DO ENSINO MÉDIO DA RESPECTIVA
UNIDADE FEDERATIVA. I – ART. 1º DA LEI Nº 2.894/2004, DO
ESTADO DO AMAZONAS. APLICAÇÃO AFASTADA COM BASE NOS
ARTS. 5º, CAPUT E 206, I, DA CF. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA
DA CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO: SÚMULA VINCULANTE
Nº 10 DO STF. II – SISTEMA DE COTAS EM UNIVERSIDADES
PÚBLICAS. POLÍTICAS AFIRMATIVAS FUNDADAS EM CRITÉRIOS
ÉTNICO-RACIAL E SOCIOECONÔMICO: LEGITIMIDADE
CONSTITUCIONAL. CRITÉRIO DE RESERVA DE VAGAS EM
UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL FUNDADO NA ORIGEM OU
DOMICÍLIO DO CANDIDATO. VEDAÇÃO DE DISTINÇÃO ENTRE
BRASILEIROS OU DE PREFERÊNCIAS ENTRE SI: CF, ART. 19, III.
CRITÉRIO QUE NÃO DISTINGUE ENTRE IGUAIS E NÃO ATENDE O
PRINCÍPIO DA IGUALDADE SUBSTANCIAL, DO QUAL É COROLÁRIO A
IGUALDADE DE CONDIÇÕES DE ACESSO AO ENSINO PÚBLICO EM
TODOS OS SEUS
NÍVEIS.
1. O acórdão recorrido afastou a aplicação do art. 1º da Lei nº
2.894/2004, do Estado do Amazonas, com base nos arts. 5º, caput e
206, I, da CF, sem a observância da cláusula de reserva de plenário e
em descumprimento do enunciado de Súmula Vinculante nº 10 do
Supremo Tribunal Federal, o que conduz à nulidade do acórdão
recorrido por se tratar a reserva de plenário de condição de validade
e eficácia jurídica do pronunciamento jurisdicional de
inconstitucionalidade incidenter tantum. Precedentes.
2. O Supremo Tribunal Federal decidiu pela legitimidade
constitucional das políticas de ação afirmativa na seleção para
ingresso em curso superior, especialmente nos estabelecimentos de
ensino público, bem como da utilização de critério étnico-racial por
essas políticas e da modalidade de reserva de vagas ou de instituição
de cotas.
Precedentes: ADPF 186 e RE 597.285-RG, ambos de relatoria do Min.
Ricardo Lewandowski.
3. O art. 206, I, da Constituição Federal garante a igualdade de
condições para o exercício do direito à educação, o que, considerada
a atual diretriz constitucional do princípio da igualdade, faculta a
adoção de sistema de cotas em universidades públicas, para que os
segmentos sociais prejudicados pela discriminação racial (critério
étnico-racial) ou pela política educacional deficitária (critério
socioeconômico – alunos egressos de escolas públicas), possam gozar
do efetivo direito de acesso a todos os níveis de ensino.
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EXAME PSICOTÉCNICO
Ø Previsão em LEI e no EDITAL (SV 44 STF);
Ø Natureza das atribuições o exijam;
Ø Não pode ser sigiloso (“impedir acesso do candidato ao resultado do exame” RE
265.261 – 2001);
Ø Critérios OBJETIVOS;
Ø Previsão de Recurso do Resultado - RE 112.676;
Ø Vícios – ANULAÇÃO Passível de anulação - REsp 469.959 – 2006;
Ø Exame Médicos em geral: inaptidão deve ser motivada - RMS 26.927 – 2011.
Súmula Vinculante 44 – Só por lei se pode sujeitar a exame
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
ALTERAÇÕES NO EDITAL
Ø Regra Geral: Discricionariedade para formular o edital. Publicado: vinculação ao
instrumento convocatório “Discricionariedade entrincheirada” RE 837.311/ 2015
(v. julgado, abaixo).
Ø Alterações: atualmente, somente se houver alteração normativa ou correções ou,
ainda, novas necessidades da Administração (sempre no Interesse Público), mas
sem violar o Princípio da Isonomia (RE 27.160 STF e RMS 9.958 STJ).
VALIDADE DO CONCURSO
O Decreto nº 9.739/2019 Estabelece medidas de eficiência organizacional para o
aprimoramento da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, estabelece
normas sobre concursos públicos e dispõe sobre o Sistema de Organização e Inovação
Institucional do Governo Federal - SIORG.
O prazo de validade do certame está disciplinado no art. 43 do referido Decreto.
Art. 43. O concurso público terá a validade máxima de dois anos,
contados da data de sua homologação.
§ 1º O prazo de que trata o caput poderá ser prorrogado uma vez,
por igual período, caso haja previsão no edital do concurso público.
§ 2º A previsão a que se refere o § 1º depende de autorização do
Ministro de Estado da Economia.
FORMALIZAÇÃO DO EDITAL DO CONCURSO PÚBLICO
Uma nova regra muito importante para quem presta concurso é o prazo mínimo em que
a prova deve ocorrer após a publicação do edital.
Art. 41. O edital do concurso público será:
I - publicado integralmente no Diário Oficial da União, com
antecedência mínima de quatro meses da realização da primeira
prova;Ï
JURISPRUDÊNCIA RECENTE
RE 837.311/ 2015:
EMENTA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO.
APROVAÇÃO FORA DO NÚMERO DE VAGAS. NOVAS VAGAS.
INEXISTÊNCIA DE DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. TEMA
784/STF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA
SEGUIMENTO.
"AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO
DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO.
CANDIDATOS APROVADOS FORA DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO
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