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NR – 05.

Lei N º 6514 de 22 de Dezembro de 1977.


Portaria 3214 de 8 de Junho de 1978.
Portaria Nº. 8 de 23 de Fevereiro de 1999.
I NDI CE
A EVOLUÇÃO DO HOMEM E A SUA PREVENÇÃO .................................................................................................... 06
PRINCIPAIS CAUISAS .......................................................................................................................................... 06
COMO SE DESENVOLVEU A HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................................... 07
FI NDAMENTAÇÃO LEGAL ..................................................................................................................................... 08
A CIPA ................................................................................................................................................................ 08
O papel do Cipeiro.................................................................................................................................. 08
A cipa sob o ponto de vista legal.............................................................................................................. 09
ACORDO COLETIVO............................................................................................................................................. 09
CONSTITUIÇÃO................................................................................................................................................... 09
ORGANIZAÇÃO.................................................................................................................................................... 09
ATRI BUI ÇÕES...................................................................................................................................................... 10
Atribuições do Presidente........................................................................................................................ 10
Atribuições do Vice-Presidente................................................................................................................. 10
Atribuições em conjunto.......................................................................................................................... 10
Atribuições do Secretário (a) ................................................................................................................... 10
FUNCIONAMENTO................................................................................................................................................ 11
Reuniões ordinárias......................................................................... ...................................................... 11
Reuniões extraordinárias......................................................................... ............................................... 11
As reuniões......................................................................... ................................. ................................ 11
Seqüência sugerida.......................................................................... ................................. ................... 11
TREINAMENTO........................................................................ ................................. ......................................... 12
PROCESSO ELEI TORAL......................................................................... ................................. ............................. 12
Procedimentos......................................................................... ................................. ............................ 12
Que providências devemos tomar em casos de anulação do processo eleitoral............................................. 13
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS......................................................................... ...................................... 13
Um cipeiro pode ser demitido? ......................................................................... ...................................... 14
C.L.T. – Consolidação das Leis do Trabalho............................................................................................... 14
ACIDENTE DE TRABALHO......................................................................... ................................. ........................ 14
Conceito legal......................................................................... ................................. .............................. 14
Conceito prevencionista......................................................................... .................................................. 14
DOENÇA OCUPACIONAL......................................................................... ................................. .......................... 15
Doença profissional......................................................................... ................................. ....................... 15
Doença do trabalho......................................................................... ................................. ...................... 15
ACIDENTE DE TRAJETO......................................................................... ................................. ........................... 15
ACIDENTE POR ATO DE TERCEIRO......................................................................... ................................. ........... 16
ACIDENTE POR FORÇA MAIOR......................................................................... ................................. ................. 16
ACIDENTE FORA DO LOCAL DE TRABALHO......................................................................... ................................. 16
CAT- COMUNCAÇÃO DE ACI DENTE DO TRABALHO................................................................................................ 16
CARACTERÍSTI CAS DO ACI DENTE DO TRABALHO................................................................................................. 17
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACI DENTES......................................................................... .......................................... 17
Atos inseguros......................................................................... ................................. ............................. 17
Condições inseguras......................................................................... ................................. ..................... 18
Causas imprevisíveis......................................................................... ................................. .................... 18
PORQUE OS ACIDENTES OCORREM......................................................................... ........................................... 18
ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO NO BRASIL.............................................................................................. 19
TODOS PERDEM COM A OCORRÊNCI A DOS ACI DENTES DE TRABALHO.................................................................. 19
Empresas......................................................................... ................................. .................................... 19
Governo......................................................................... ................................. ...................................... 20
Acidentado......................................................................... ................................. .................................. 20
Colegas de trabalho......................................................................... ....................................................... 20
Família......................................................................... ................................. ........................................ 20
RISCOS AMBI ENTAIS......................................................................... ................................. ............................... 21
RISCOS FÍ SI COS......................................................................... ................................. ..................................... 21
RUÍ DOS......................................................................... ................................. .................................................. 21
Tipos de ruídos......................................................................... ................................. ............................ 21
Equipamentos utilizados para a medição de ruído em dB (A) ...................................................................... 21
VIBRAÇÕES......................................................................... ................................. ............................................ 22
RADI AÇÕES IONIZANTES......................................................................... ................................. ......................... 22
Par iônico......................................................................... ................................. .................................... 22
RADI AÇÕES NÃO I ONIZANTES......................................................................... ................................................... 23
CALOR......................................................................... ................................. ................................. ................... 24
FRIO......................................................................... ................................. ................................. ..................... 24
UMIDADE......................................................................... ................................. ................................................ 24
PRESSÕES HI PERBÁRI CAS......................................................................... ................................. ....................... 25
RISCOS QUÍMI COS......................................................................... ................................. .................................. 25

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POEI RAS......................................................................... ................................. ................................. ............... 26
FUMOS......................................................................... ................................. ................................. ................. 26
NÉVOAS......................................................................... ................................. ................................................. 26
NEBLINAS......................................................................... ................................. .............................................. 27
GASES......................................................................... ................................. ................................. .................. 27
VAPORES......................................................................... ................................. ............................................... 28
RISCOS BI OLÓGI COS......................................................................... ................................. .............................. 28
RISCOS ERGONÔMI COS......................................................................... ................................. .......................... 29
ESFORÇO FÍSI CO INTENSO......................................................................... ....................................................... 30
LEVANTAMENTO E TRANSPORTE MANUAL DE PESO.............................................................................................. 30
TRANSPORTE DE MATERIAIS......................................................................... ................................. ................... 30
EXIGÊNCIA DE POSTURA I NADEQUADA......................................................................... ...................................... 30
CONTROLE RÍ GIDO DE PRODUTI VI DADE......................................................................... ................................... 31
IMPOSI ÇÃO DE RITMOS EXCESSIVOS......................................................................... ........................................ 32
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO......................................................................... ........................................... 32
MOVI MENTO REPETI TIVO......................................................................... ................................. ....................... 32
JORNADA DE TRABALHO PROLONGADA......................................................................... ..................................... 33
MONOTONI A E REPETI TI VIDADE......................................................................... ................................. ............. 33
ILUMINAÇÃO I NADEQUADA......................................................................... ................................. ..................... 33
RISCOS DE ACI DENTES......................................................................... ................................. ........................... 34
ARRANJO FÍSI CO INADEQUADO......................................................................... ................................................ 34
MÁQUI NAS E EQUIPAMENTOS SEM PROTEÇÃO......................................................................... .......................... 34
FERRAMENTAS I NADEQUADAS OU DEFEI TUOSAS......................................................................... ....................... 34
ELETRICI DADE......................................................................... ......................................................................... 35
PROBABILI DADE DE I NCÊNDI O OU EXPLOSÃO......................................................................... ........................... 35
ANIMAIS PEÇONHENTOS......................................................................... ................................. ......................... 36
MAPA DE RISCOS......................................................................... ................................. ................................... 36
Etapas do Mapa de Riscos......................................................................... ............................................ 37
Elaboração – Planejamento e Levantamento de dados............................................................................. 37
Execução – transformar dados obtidos em informações............................................................................ 37
Acompanhamento......................................................................... ................................. ...................... 37
EQUI PAMENTOS DE PROTEÇÃO......................................................................... ................................................. 37
Responsabilidades quanto ao EPI ......................................................................... ................................. 38
Cabe ao empregador ......................................................................... .................................. 38
Cabe ao empregado......................................................................... .................................... 38
Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego............................................................................. 38
TIPOS DE EPI S......................................................................... ................................. ........................................ 39
I NSPEÇÃO DE SEGURANÇA......................................................................... ................................. ...................... 40
Tipos de inspeção de Segurança......................................................................... ................................... 40
Etapas da inspeção......................................................................... ................................. .................... 40
Planejamento......................................................................... ................................. ............ 40
Observação......................................................................... ................................. .............. 40
Informação......................................................................... ................................. ............... 41
Registro......................................................................... ................................. ................... 41
Encaminhamento......................................................................... ......................................... 41
Implantação......................................................................... ................................. .............. 41
Acompanhamento......................................................................... ........................................ 41
I NVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACI DENTES......................................................................... ................................. 42
CARACTERÍSTI CAS IMPORTANTES DO CI PEIRO NA INVESTI GAÇÃO E ANALI SE DE ACIDENTES............................... 42
ETAPAS DA I NVESTI GAÇÃO E ANÁLISE DE ACI DENTES......................................................................................... 42
Planejamento......................................................................... ................................. ............................ 42
Levantamento de dados......................................................................... ............................................... 42
Diagnóstico da ocorrência......................................................................... ............................................ 42
Elaboração de medidas preventivas......................................................................... .............................. 42
Acompanhamento......................................................................... ................................. ...................... 43
SI PAT......................................................................... ....................................................................................... 43
AIDS – SÍNDROME DA IMUNODEFI CI ÊNCIA ADQUIRIDA....................................................................................... 43
Tratamento da AI DS......................................................................... .................................................... 44
Como saber se é portador(a) da doença? ............................................................................................... 44
AIDS e a sociedade......................................................................... ................................. ................................. 44
Transmissão da doença......................................................................... ................................. .............. 44
Estatísticas da AIDS......................................................................... ................................. ................... 45
NOÇÕES BÁSICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO................................................................... ............. 46
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO......................................................................... ................................. ................ 46
O TETRAEDRO DO FOGO......................................................................... ................................. ......................... 46
Combustível sólido......................................................................... ................................. ..................... 46
Combustível líquido......................................................................... ................................. .................... 46
CALOR – maneiras com a qual se adquire o calor......................................................................... ........................ 47

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TRANSMI SSÃO DE CALOR......................................................................... ................................. ........................ 47
I rradiação......................................................................... ................................. ................................. 47
Condução......................................................................... ................................. .................................. 47
Convecção......................................................................... ................................. ................................. 47
EXTINÇÃO DO FOGO......................................................................... ................................. ............................... 48
CAUSA DE I NCÊNDIOS......................................................................... ................................. ............................ 48
Causas Humanas......................................................................... ................................. ....................... 48
Causas Naturais......................................................................... ................................. ......................... 48
Causas Acidentais......................................................................... ................................. ...................... 48
Elétricas......................................................................... ................................. .................................... 48
Mecânicas......................................................................... ................................. ................................. 48
Químicas......................................................................... ................................. ................................... 48
Radioativas......................................................................... ................................. ................................ 48
CLASSIFI CAÇÃO DOS I NCÊNDI OS......................................................................... ................................. ............. 49
APARELHOS EXTINTORES PORTÁTEI S......................................................................... ........................................ 50
I ntrodução......................................................................... ................................. ................................. 50
Eficácia......................................................................... ................................. ...................................... 50
I dentificação......................................................................... ................................. .............................. 50
Selo para aparelhos extintores......................................................................... .................................... 50
Inspeção e manutenção......................................................................... ................................. ........... 50
Classificação de extintores......................................................................... ......................................... 51
Água Pressurizada......................................................................... ..................................... 51
Água Pressão Injetada......................................................................... ............................... 51
Espuma Mecânica......................................................................... ...................................... 51
Pó Químico seco......................................................................... ....................................... 51
Dióxido de Carbono......................................................................... ................................. 52
Compostos Halogenados (Hallon) ....................................................................................... 52
Pó Químico ABC......................................................................... ....................................... 52
SELEÇÃO DOS EXTI NTORES SEGUNDO O RISCO A PROTEGER............................................................................ 52
HIDRANTE......................................................................... ................................. ........................................... 53
Guarnição de hidrantes com três Bombeiros......................................................................................... 53
I NFORMAÇÕES GERAI S......................................................................... ................................. ......................... 53
Corpo de Bombeiros......................................................................... ................................. ............... 53
Princípio de Incêndio......................................................................... ................................................ 54

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A EVOLUÇÃO DO HOMEM E A SUA PREVENÇÃO

Nossa Evolução está dividida em Pré-História e História.

Durante a Pré-História, há mais ou menos um milhão de anos, o homem passa por diversas fases e
transformações. E logo no início percebe a necessidade de se proteger, prevenir acidentes,
procurando morar em cavernas, e também desenvolvendo suas armas. Embora muito rudes, pouco
a pouco vai se aprimorando e consegue melhorar sua condição fazendo assim sua segurança e
dessa forma preservar a raça humana.

Na verdade, os riscos e probabilidades de acidentes e infortúnios sempre acompanharam o homem


em todas as épocas até os dias de hoje.

Gradativamente o mundo sofre modificações em seus costumes e formas de vida. Após grandes
descobertas, como a roda, a máquina de tear, o tear mecânico, a máquina a vapor, o descaroçador
de algodão, o navio a vapor, e posteriormente o motor movido à eletricidade, grandes mudanças
ocorreram na vida do homem, causadas principalmente pela Revolução Industrial. A partir de 1930
cresceu assustadoramente o número de acidentes e mortes no trabalho por causas diversas, tanto
no Brasil como em todos os países envolvidos no processo.

PRI NCI PAI S CAUSAS

a) Origem agrícola.
b) Não havia uma cultura prevencionista.
c) Processo acelerado na industrialização.
d) Desejo de lucro imediato.
e) Necessidade de reconstruir rapidamente o que a guerra dizimou.
f) Ineficiência na fiscalização das condições de trabalho.

No Brasil, a partir de 1975 passamos a vivenciar uma nova realidade


prevencionista com a formação de profissionais na área de Segurança e
Medicina do Trabalho e desenvolvimento de programas de formação de cipeiros.

1990 – Predomina, através de Normas Internacionais não governamentais, o conceito de qualidade


total de produtos, satisfação total do cliente. Associa-se à qualidade de produtos e prestação de
serviços à qualidade de vida e saúde do trabalhador.

Normas e procedimentos de segurança no trabalho passam a ser escritos de modo tripartite, pelas
mãos de Governo Federal, Empresários e Trabalhadores (1999).

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A partir do ano 2000, até a presente data, felizmente vemos que todos os esforços nesse sentido
vêm tomando mais corpo dentro da sociedade mundial, onde passam a incorporar um intercâmbio
industrial e comercial desenvolvendo uma tecnologia de ponta atrelada a um perfil de saúde e
segurança no trabalho, além dos limites de suas empresas e um respeito com o meio ambiente.
Dentro de uma atuação responsável procura-se um desenvolvimento sustentado visando uma real
qualidade de vida.

Enquanto cipeiros e cidadãos, somos responsáveis por manter um ambiente de trabalho seguro
para todos. Nós, brasileiros, somos ainda adolescentes nessa caminhada, porém temos um
potencial para sermos num futuro breve motivo de orgulho para as nações.

COMO SE DESENVOLVEU A HI STÓRI A DA SEGURANÇA DO TRABALHO?

1700 - Na Itália o médico Bernardino Ramazzini edita o livro “De Morbis


Artificium Diatriba” (As doenças dos trabalhadores), onde foram agrupados os
sintomas clínicos e relacionados mais de cinqüenta profissões. Descobre-se
então a relação doença-trabalho.

1760 – Inglaterra . Tem início a Revolução Industrial, cujas características


principais foram a mão de obra formada por mulheres e crianças, horário de
trabalho sem limites, falta de higiene, e um grande acúmulo de acidentes do
trabalho e doenças infecto contagiosas.

1802 – Surge a “Lei de Saúde Moral dos Aprendizes” que limita a jornada de
trabalho para 12 horas, proíbe o trabalho noturno e obriga os empregadores a lavar as paredes das
fábricas duas vezes por semana e melhorar a ventilação.

1830 – Dr.Robert Baker, recomenda aos empregadores a contratação de um médico que visite as
fábricas para verificar a influência do trabalho nas crianças. Surge assim, o primeiro Serviço Médico
Industrial.

1834 –“Lei das Fábricas”, proíbe o trabalho noturno para menores de 18 anos, restringe o trabalho
do menor a 12 horas por dia e 69 horas por semana. Exige escola nas fábricas para todos os
menores de 13 anos, limita a idade mínima para o trabalho em 9 anos. Obriga a apresentação de
um atestado médico para comprovar que o desenvolvimento físico das crianças corresponde à sua
idade cronológica.

1919 – É criada a O.I.T. - Organização Internacional do Trabalho a partir de um Tratado de Paz,


após a primeira guerra mundial, o Tratado de Versalhes. Entidade essa vinculada a ONU –
Organização das Nações Unidas . Possui a incumbência de estipular parâmetros de legislação
trabalhista a serem observados pelos países filiados, inclusive no que se refere a Segurança e
Medicina do Trabalho.

I NÍ CI O DAS MEDI DAS À PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES BRASI LEI ROS:

1923 – decreto Nº . 16.027, criando o Conselho Nacional do Trabalho.

1930 – Início da Revolução Industrial em nosso país.

Criação do Ministério do Trabalho, Educação e Cultura.


Criação de Sindicatos.
Auxílio às Indústrias.

1934 – É promulgada a Constituição em nosso país.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

1943- No governo Getúlio Vargas foi criada a C.L.T. Consolidação das


Leis do Trabalho, através do decreto-lei 5452 em primeiro de Maio,
reunindo em um só Diploma Legal todas as Leis Trabalhistas até então
existentes.

1944-Através do decreto-lei 7036 de 10 de novembro, é instituída a


obrigatoriedade da criação da CI PA em todas as empresas que
admitem trabalhadores como empregados, considerando-se então o
marco zero na prevenção de acidentes no Brasil.

1975- Primeira formação de profissionais na Área de Segurança e Medicina do Trabalho.

1977- Lei Nº . 6 514 de 22 de Dezembro estabelece as normas regulamentadoras.

1978- Portaria 3214 de 8 de Junho institui as Normas Regulamentadoras do trabalho urbano, e


dessa forma regulamentam os artigos 154 a 201 da CLT ( Especificamente Artigos 163 à 165 que
embasam a NR-05 CI PA (Comissão I nterna de Prevenção de Acidentes).

1994- Em Dezembro, ocorreram alterações legais importantes nas normas: NR 7 – PCMSO


(Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional) e na NR 9 – PPRA (Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais) onde se institui também o Mapa de Riscos.

1999- Portaria de Nº . 8 de 23 de fevereiro modifica e atualiza NR - 5.

A CI PA

CONCEI TOS DA CI PA - COMI SSÃO I NTERNA DE PREVENÇÃO DE ACI DENTES.

COMI SSÃO: Grupo de pessoas formado por representantes


do empregador e empregado, com o objetivo de prevenção
de acidentes e doenças do trabalho.

I NTERNA: Seu campo de atuação está restrito a própria


empresa.

PREVENÇÃO: Antecipar-se a situações de riscos quando


nos deparamos com elas, dando exemplos de pró -atividade e trabalho correto.

ACI DENTE: Qualquer ocorrência inesperada que interfere no andamento normal do trabalho
causando danos materiais, perda de tempo ou lesão ao trabalhador.

O papel do CI PEI RO

Cipeiro tem autoridade?

O cipeiro não tem autoridade para executar, controlar, dirigir ou comprar.

Atividades principais do cipeiro:


a) Identificar os riscos.
b) Elaborar Mapa de Riscos e Plano de Trabalho
c) Verificações, inspeções e avaliações.

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Atividades participativas:
a) Participar.
b) Colaborar.
c) Divulgar.
d) Orientar.

A função de cipeiro é de esclarecimento. O cipeiro é um professor de adultos. Não tem autoridade


segundo a Lei, mas conquista a confiança através da autoridade moral, baseada no exemplo e na
prestação de serviço no trabalho. Sua atividade é de ensinar.

A CI PA sob o ponto de vista Legal

CIPA e Legislação se relacionam em:



Existência jurídica através dos Artigos 163 a 165 da C.L.T.


Constituição Federal.


Código penal.


Código cível.


Normas Regulamentadoras.


Acordo Coletivo.
Normas Internas para Segurança do Trabalho.

ACORDO COLETI VO

Observação: Prevalece em relação a outras leis obedecendo a Constituição. Esta permite livre
negociação entre as partes.

Importante: O “Acordo Coletivo” só é promulgado quando acrescenta direitos.

CONSTI TUI ÇÃO

• Toda empresa pública ou privada deverá constituir CI PA, por estabelecimento, e mantê-la
em regular funcionamento com o objetivo de assegurar aos trabalhadores um ambiente
saudável e seguro.

ORGANI ZAÇÃO

• A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, na mesma


quantidade, e de acordo com dimensionamento previsto no Quadro I da NR 5


Os representantes do empregador serão indicados pelo empregador.
Os representantes do empregado serão eleitos pelos empregados, garantindo-se a


confidencialidade do processo ( voto secreto ).
Quando a empresa não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável


para manter e fazer cumprir as normas de Segurança do Trabalho.


O mandato dos membros da CIPA terá a duração de 1 ano, permitida uma reeleição.
O cipeiro não poderá sofrer dispensa arbitrária desde o registro de sua candidatura até um


ano após o final do seu mandato, salvo o exposto nos artigos 482 ou 158 da CLT.


Os membros da CIPA serão empossados no 1º dia útil após o término do mandato anterior.
Serão indicados de comum acordo com os membros da CIPA um secretário (a) e seu


substituto (a).
Deverá ser protocolada em até 10 dias úteis no MTE, os seguintes documentos: ata de
eleição e de posse e calendário anual das reuniões ordinárias.

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ATRI BUI ÇÕES



Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos ambientais.


Elaborar um Plano de Trabalho visando à prevenção de acidentes de trabalho.


Participar da implementação e do controle de qualidade das medidas preventivas sugeridas.


Realizar periodicamente inspeções de segurança.
Realizar a cada reunião uma avaliação do cumprimento das metas fixadas no plano de


trabalho.


Divulgar informações referentes a Segurança do Trabalho.


Participar com o SESMT das reuniões, referentes a alterações no ambiente de trabalho.
Requerer ao SESMT, quando houver, paralisação das máquinas, quando existir risco grave


e iminente.


Colaborar no desenvolvimento do PPRA e do PCMSO.


Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras.


Participar das análises das causas de doenças e acidentes de trabalho, propondo soluções.
Requisitar e analisar informações de questões que tenham interferido na segurança do


trabalhador.


Requisitar a empresa cópias das CAT’s emitidas.
Promover anualmente em conjunto com o SESMT, a SIPAT – Semana Interna de Prevenção


de Acidentes do Trabalho.
Participar anualmente em conjunto com a empresa de Campanhas de Prevenção à AIDS.

ATRI BUI ÇÕES DO PRESI DENTE



Convocar os membros para as reuniões da CIPA.


Coordenar as reuniões.


Manter o empregador informado sobre as decisões da CIPA.


Coordenar e supervisionar as atividades da secretária(o).
Delegar atribuições ao Vice-Presidente.

ATRI BUI ÇÕES DO VI CE-PRESI DENTE



Executar as atribuições que lhe forem delegadas.
Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais e nos seus afastamentos
temporários.

ATRI BUI ÇÕES EM CONJUNTO

• Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus


trabalhos.
Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que seus objetivos sejam


alcançados.


Delegar atribuições aos membros da CIPA.


Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT.


Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento.


Encaminhar os pedidos de reconsideração da CIPA.
Constituir Comissão Eleitoral.

• Cargo fundamental para o bom desenvolvimento da CIPA.


ATRI BUI ÇÕES DA SECRETÁRI A ( O)

• Redigir a ata, que deverá ser bem clara em relação ao que foi discutido

• Preparar correspondência.
e acordado.

• Elaborar relatórios estatísticos.

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FUNCI ONAMENTO

A CIPA terá reuniões ordinárias mensais de acordo com o calendário pré-estabelecido e poderão ser
realizadas reuniões extraordinárias em situações específicas.

REUNI ÕES ORDI NÁRI AS

• Serão realizadas durante o expediente normal da

• Terão atas assinadas pelos presentes que deverão


empresa.

permanecer no estabelecimento, para qualquer

• Na ausência de titulares nas reuniões será


eventualidade ou auditoria fiscal.

convocado, inicialmente o 1º suplente, em seguida o

• O membro titular perderá o mandato, sendo


2º suplente e assim por diante,

substituído pelo suplente, quando faltar a mais de


quatro reuniões ordinárias sem justificativas.
No caso de afastamento definitivo do Presidente, a empresa indicará o substituto em dois


dias úteis, preferencialmente entre membros da CIPA.
No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares da
representação dos empregados, escolherão o substituto entre seus titulares, em dois dias
úteis.

REUNI ÕES EXTRAORDI NÁRI AS

As reuniões extraordinárias ocorrerão em situações específicas:



Acidentes de trabalho grave ou fatal.


Denúncia de risco grave e iminente.
Quando houver solicitação expressa de uma das representações.

AS REUNI ÕES

• Devem ser coordenadas pelo Presidente, ou seja, abertas, conduzidas e encerradas por


este e na ausência deste, a abertura e encerramento será feita pelo Vice-Presidente.


Deverá ser respeitado calendário pré-estabelecido.


Tratar exclusivamente de assuntos da CIPA.


Realizada em horário normal de trabalho, descrito no calendário.


Reunir-se em local adequado, conforme calendário.


Execução do Plano de Trabalho.
Utilização adequada do tempo.

SEQUÊNCI A SUGERI DA



Abertura (Presidente).


Leitura da ata da reunião anterior – secretário (a).


Avaliar as pendências e suas soluções.


Sugestões de medidas preventivas.


Determinação dos responsáveis e prazos para realização das medidas preventivas.


Discussão das Inspeções de Segurança.


Avaliação do cumprimento das metas fixadas.
Encerramento (Presidente)

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 11


TREI NAMENTO
A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes antes da
posse.

O Treinamento deverá contemplar, no mínimo os


seguintes itens:

a) Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem


como dos riscos originados do processo produtivo.

b) Metodologia de investigação e análise de acidentes e


doenças do trabalho.

c) Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na
empresa.

d) Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção.

e) Noções sobre as legislações trabalhistas e previdenciárias relativas à segurança e saúde no


trabalho.

f) Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos.

g) Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.

PROCESSO ELEI TORAL

Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados.

Prazos: Mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso.


Comissão Eleitoral – o presidente e o vice-presidente da CIPA constituirão
dentre seus membros, no prazo mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes
do término do mandato em curso, a comissão eleitoral.

A Comissão Eleitoral será responsável pela organização e acompanhamento do


processo eleitoral.

PROCEDI MENTOS

a) Publicação do edital de convocação em local de fácil acesso e visualização em 55 dias antes do


término do mandato em curso.

b) Inscrição de candidatura por no mínimo 15 dias c/ fornecimento de comprovante para os


candidatos, permitindo liberdade de inscrição para todos os interessados,

c) Garantia de emprego para todos os candidatos até o dia da eleição.


d) Realização da eleição no prazo mínimo de 30 dias antes do término do mandato da CIPA,
quando houver.

e) Realização da eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários que possibilite a


participação da maioria dos empregados.

f) Voto secreto

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 12


g) Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representantes
do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral.

h) Faculdade de eleição por meios eletrônicos.

i) Guarda pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de
cinco anos.

QUE PROVI DÊNCI AS DEVEMOS TOMAR EM CASOS DE ANULAÇÃO DO PROCESSO


ELEI TORAL.

• Havendo participação inferior a 50 % dos empregados na votação, o pleito será anulado, e


providenciar-se-á em 10 dias nova eleição.
Denúncias sobre o processo deverão ser protocoladas no MTE, até 30 dias após a data da


posse.


Cabe ao MTE a anulação da eleição em caso de fraude.
O empregador deverá providenciar a eleição em 5 dias a contar da data de ciência do fato,


e garantir as inscrições anteriores.
Quando a anulação se der antes da posse, será garantida a prorrogação do mandato


anterior, até a complementação do processo eleitoral.


Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.


Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento.
Os candidatos votados e não eleitos deverão ser relacionados em ordem decrescente de


votos na ata de eleição, para que possam assumir em caso de possível vacância.


A definição de cargos será de acordo com o número de votos obtidos na eleição.
O Presidente da CIPA será indicado pelo empregador e o vice-presidente será escolhido


dentre os eleitos pelos empregados.


Os membros serão empossados no primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
Serão protocoladas no Ministério do Trabalho as atas de Eleição, Instalação e Posse e
calendário anual das reuniões. Recomenda-se também, enviar ao Delegado (DRT), carta de
rosto da empresa.

DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS


1. Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de
serviços, considera-se estabelecimento, para fins de aplicação
da NR-5, o local em que seus empregados estiverem
exercendo suas funções.

2. Sempre que houver duas ou mais empresas em um mesmo


estabelecimento, a Empresa Contratante deverá definir
mecanismos de integração e participação de todos os trabalhadores em relação às decisões
das CIPAS ou designados existentes no seu estabelecimento.

3. Contratante e contratadas em um mesmo estabelecimento deverão articular-se em um só


programa de prevenção, para garantir um mesmo nível de proteção em matéria de
segurança e saúde.

4. É de responsabilidade da contratante, informar as demais empresas que lhe prestam


serviços, sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho, bem como as medidas de
proteção adequadas.

5. Será também de responsabilidade da contratante, exigir das contratadas que cumpram e


façam cumprir as normas e procedimentos para segurança e saúde no trabalho.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 13


UM CI PEI RO PODE SER DEMI TI DO? SI M.

a) Quando faltar em mais de 4 reuniões sem justificativa


b) Quando se enquadrar no art. 482 da C.L.T.
c) Quando se enquadrar no art. 158 da C.L.T.

C.L.T. – Consolidação das Leis do Trabalho.

Artigo 482 – Constitui justa causa para rescisão do contrato pelo empregador quando ocorrer :

1. Ato de improbidade: roubo, falsificar documentos, furto, etc.


2. Incontinência de conduta ou mau procedimento, por exemplo, assédio sexual.
3. Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador.
Concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço.
4. Desrespeito às normas de segurança da empresa, correr, brincadeiras, etc.
5. Desídia no desempenho das respectivas funções, como grande redução na produção.
6. Embriaguez em serviço.
7. Violação de segredo da empresa.
8. Ato de indisciplina ou de insubordinação, como brigas e desrespeito aos superiores.
9. Abandono de emprego.
10. Jogos de azar em horário de trabalho (inclusive no horário de almoço) dentro do recinto da
empresa.

Artigo 158 – Recusa injustificada à observância das instruções pelo empregador e ao uso de EPI –
Equipamentos de Proteção Individual, fornecidos pela empresa.

ACI DENTE DE TRABALHO



Típico


Trajeto


Doenças do trabalho
Doenças Profissionais

CONCEI TO LEGAL

“Acidente de Trabalho” – É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da


empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução,
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho”.

CONCEI TO PREVENCI ONI STA

“Acidente do Trabalho é toda ocorrência não programada que interfere


no andamento normal do trabalho, dos quais resultam, separadamente
ou em conjunto, lesões, danos materiais ou perda de tempo”.

Esse enunciado nos traz uma visão de que acidente não é só aquele que
causa uma lesão no trabalhador, mas sim qualquer tipo de ocorrência
inesperada, que hoje ocasiona perda de tempo, danos materiais e
financeiros. Porém, no futuro, poderá transforma-se até em acidente
grave com lesão.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 14


DOENÇA OCUPACI ONAL

Deverá ter seu nexo causal comprovado, através de atestado médico, pelo
profissional em Medicina do Trabalho da empresa, e também confirmada
pela perícia médica do I NSS.

DOENÇA PROFI SSI ONAL

Assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada


atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Previdência
Social.
Ex.: Tendinite nos digitadores.

DOENÇA DO TRABALHO

Assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais no ambiente


de trabalho, e com ele se relacione diretamente, e constante da relação mencionada no item
anterior.
Ex.: Surdez em digitadores que trabalhem em ambientes ruidosos.

ACI DENTE DE TRAJETO

É quando o empregado sofre um acidente no percurso da sua residência para o trabalho ou do


trabalho para sua residência.

Residência..................................................................................................Trabalho

NÃO I MPORTANDO
a) o meio de locomoção

b) o caminho

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 15


O QUE PODE DESCARACTERI ZAR O ACI DENTE DE TRAJETO

a) Exceder o tempo habitual

Realização do percurso além do tempo habitual

b) Se ocorrer uma parada entre esses dois pontos ( residência / trabalho – trabalho
/ residência) o acidente de trajeto poderá ser descaracterizado, sendo de responsabilidade do
acidentado e não da empresa, qualquer despesa salvo, se em jurisprudência for decidido em
contrário.

ACI DENTE POR ATO DE TERCEI RO:

Quando outra pessoa “provoca o acidente”.


Culposo - sem intenção, por negligência, imprudência.
Doloso – Com intenção, por sabotagem, ofensa física.

ACI DENTE POR FORÇA MAI OR:

Oriunda de fenômenos da natureza,incêndios, inundações, descargas elétricas (raios), desde que


ocorridas no local e horário de trabalho.

ACI DENTE FORA DO LOCAL DE TRABALHO:

Cumprimento de Ordem de Serviço, sob autoridade da empresa.


Ex.: Viagens a serviço, sob qualquer meio de locomoção.

CAT – COMUNI CAÇÃO DE ACI DENTE DO TRABALHO

A empresa deverá registrar os acidentes de trabalho no impresso CAT.

Esse documento deverá ser emitido em 6 (seis) vias:

1. Via –INSS - Instituto Nacional de Seguro Social.


2. Via – Para o emitente.
3. Via – Para o segurado ou seu dependente.
4. Via - Sindicato de Classe do Trabalhador.
5. Via – SUS - Sistema Único de Saúde.
6. Via – DRT – Delegacia Regional do Trabalho.
Obs.: A CAT, é um documento muito importante. Além de ser um meio de registro de acidentes,
serve também como um controle estatístico, e mais importante ainda, é o cadastro oficial da
Previdência Social, o que permite o pagamento dos benefícios ao segurado, nos casos de
afastamento por período maior que 15 dias.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 16


O acidentado tem estabilidade?

Sim, o acidentado que ficar afastado por um período maior que 15 dias e der entrada na CAT no
INSS, não poderá ser demitido até um ano após o seu retorno.

Quem será responsável pelo pagamento do acidentado, quando afastado?



Até 15 dias, a empresa efetua o pagamento.
A partir do 16º dia o pagamento é feito pelo INSS.

CARACTERÍ STI CAS DO ACI DENTE DE TRABALHO

a) Acidente com afastamento: O funcionário não retorna para suas atividades no dia seguinte.
b) Acidentes sem afastamento: O funcionário retorna para suas atividades no mesmo dia ou no dia
seguinte.
c) Acidentes sem vítimas: Somente danos materiais.

Prazos para emissão da CAT.

SI TUAÇÕES EMI SSÃO DA CAT


Acidentes com afastamento 24 horas após acidente
Acidentes sem afastamento 24 horas após acidente
Acidentes sem vítimas Não haverá emissão da CAT
Morte Comunicar imediatamente às autoridades.

PRI NCI PAI S CAUSAS DE ACI DENTES

1. Atos Inseguros.
2. Condições Inseguras.
3. Ato + Condição Insegura.

ATOS I NSEGUROS

São atitudes, atos, ações ou comportamentos do trabalhador contrários às


normas de segurança.

Exemplos:

1. Não usar o EPI.


2. Deixar materiais espalhados pelo corredor.
3. Operar máquinas e equipamentos sem habilitação.
4. Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho.
5. Utilizar ferramentas inadequadas.
6. Manusear, misturar ou utilizar produtos químicos sem
conhecimento.
7. Trabalhar sob efeito de álcool e/ ou drogas.
8. Usar ar comprimido para realizar limpeza em uniforme ou no próprio corpo.
9. Carregar peso superior ao recomendado ou de modo a dificultar visão.
10. Desligar dispositivos de proteção coletiva de máquinas e/ ou equipamentos.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 17


CONDI ÇÕES I NSEGURAS

São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas nas instalações físicas, máquinas e


equipamentos que presentes no ambiente podem causar acidentes de trabalho.

Exemplos:

1. Falta de corrimão em escadas.


2. Falta de guarda-corpo em patamares.
3. Arranjos inadequados.
4. Piso irregular.
5. Escadas inadequadas.
6. Equipamentos mal posicionados.
7. Falta de sinalização.
8. Falta de proteção em partes móveis de máquinas e equipamentos.
9. Ferramentas defeituosas.
10. Falta de treinamento.

CAUSAS I MPREVI SÍ VEI S

São causas de acidentes de difícil prevenção, geralmente ligados a fatores da natureza.

1. Descarga elétrica de um raio em quantidade superior a dimensionada pelo dispositivo de


pára-raios da empresa, provocando choque elétrico em funcionários.
2. Excesso de chuvas, provocando inundação e suas conseqüências.
3. Vendaval, quando o telhado não suporta a força do vento, que lança telhas e atingem
funcionários.

PORQUE OS ACI DENTES OCORREM.

CAUSAS I MPREVI SÍ VEI S


CONDI ÇÕES CAUSAS PREVI SÍ VEI S

ATOS CONDI ÇÕES FENÔMENOS DA


ORI GEM
I NSEGUROS I NSEGURAS NATUREZA

HUMANO AMBI ENTE X


FATOR DE ORI GEM

PERCENTUAL 70 % 30 % X

I NCI DÊNCI AS 98 % DOS ACI DENTES 2 % DOS ACI DENTES

Fonte: BEAT e I NSS.

Os percentuais acima são aproximados.

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ACI DENTES E DOENÇAS DO TRABALHO NO BRASI L

ANO TRABALHADORES ACI DENTES DOENÇAS TOTAL ÓBI TOS

Por Por
Típico Trajeto
ano dia
1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 1.207.859 4.578 13
1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 1.137.124 5.738 16
1988 23.661.579 926.354 60.202 5.025 991.581 4.616 13
1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 888.443 4.554 12
1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 693.572 5.355 15
1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 632.322 4.527 12
1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 532.514 3.516 10
1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 412.293 3.110 9
1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 388.304 3.129 9
1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 424.137 3.967 11
1996 23.830.312 325.870 34.696 34.889 395.455 4.448 12
1997 24.104.428 347.482 37.213 36.648 421.343 3.469 10
1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 414.341 3.793 10
1999 24.993.265 326.404 37.513 23.903 387.820 3.896 11
2000 25.456.158 287.500 37.362 19.134 343.996 3.094 9
2001 25.999.568 282.965 38.799 18.487 340.251 2753 7
2002 26.659.251 323.879 46.881 22.311 393.071 2968 8
2003 27.125.898 319.903 49.069 21.202 390.180 2582 7

Observando os valores apresentados nas tabelas anteriores, podemos avaliar o quanto é


importante a atuação da CIPA, nos diversos ambientes de trabalho, e também termos a noção da
abrangência das perdas que acometem nossa sociedade.

TODOS PERDEM COM A OCORRÊNCI A DOS ACI DENTES DE TRABALHO

EMPRESAS

1. Com o pagamento salarial aos trabalhadores acidentados durante os


15 primeiros dias seguintes ao do acidente.
2. Reflexos negativos no ambiente de trabalho onde ocorreu o
acidente, com conseqüente queda de produtividade.
3. Danos ou avarias nos equipamentos, máquinas ou ferramentas que
porventura estejam sendo utilizados pelo trabalhador vitimado.
4. Paralisação de uma máquina ou equipamento componente da linha
de produção, podendo afetar o processo produtivo como um todo,
até que proceda o reparo ou substituição da máquina ou equipamento danificado.
5. Atendimento ao acidentado com os primeiros socorros e transporte do mesmo.
6. Reflexos negativos na boa imagem da empresa, variável essa que dependerá da gravidade
do acidente e do grau de repercussão causado à comunidade.

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GOVERNO

1. Pagamento através do INSS de benefícios previdenciários ao trabalhador acidentado ou a

• Auxílio doença.
seus dependentes, tais como:

• Auxílio acidente.
• Aposentadoria por invalidez.
• Pensão por morte.

2. Pagamento de despesas médico-hospitalares no tratamento do acidentado.


3. Despesas com reabilitação profissional do trabalhador acidentado, inclusive com o
fornecimento de aparelhos de prótese, conforme a necessidade.

ACI DENTADO

1. Sofrimento físico, dor, lesão incapacitante, parcial ou total, temporária ou permanente, ou


até mesmo a morte.
2. Reflexos psicológicos negativos decorrentes de eventuais seqüelas acidentárias, inclusive
podendo gerar distúrbios familiares, dependendo do grau de incapacidade.
3. Redução salarial decorrente da percepção de benefícios previdenciários.

COLEGAS DE TRABALHO

1. Cobrança para aumento de ritmo de trabalho devido a prazo de produção, podendo gerar
novos acidentes de trabalho.
2. Abalo emocional da equipe, gerando baixa produtividade e stress, por haver uma pessoa
próxima lesionada, podendo ter ocorrido a morte do acidentado, o que agrava ainda mais a
situação.
3. Insegurança em executar as tarefas por receio de se acidentar também.

FAMÍ LI A

1. Reflexos emocionais, por haver uma pessoa próxima lesionada e afastada de suas
atividades. Em caso de morte, perda afetiva irreparável.
2. Dificuldades financeiras, pois, parte ou toda renda familiar ficará comprometida.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 20


RI SCOS AMBI ENTAI S

São situações, condições e substâncias que conforme sua natureza, tempo de exposição,
intensidade ou concentração, são capazes de causar danos à saúde ou a integridade física do
trabalhador.

Os riscos ambientais são classificados em 5 grandes grupos, de acordo com a sua origem.

RI SCOS FÍ SI COS

Agentes Físicos são diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais
como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações
não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.

RUÍ DOS

O ruído está sempre presente em todos os locais. Nas ruas, sirenes de ambulância, aglomerações,
urbanas, etc. Porém se ficarmos expostos a níveis de ruídos elevados, poderemos adquirir danos
irreversíveis à nossa saúde, por isso é muito importante identificarmos as fontes mais ruidosas em
nosso ambiente de trabalho. A unidade de medida de intensidade do ruído é o decibel (dB).

TI POS DE RUÍ DOS

Contínuo: Ocorrência de impactos simultâneos em numero superior a 60 por minuto. Ex:


Motosserra.
Intermitente: Apresentam duração superior a um segundo e intervalos inferiores a um segundo.
Ex: Martelete Pneumático.
Impacto: Apresentam picos de energia acústica de duração inferior a um segundo e a intervalos
superiores a um segundo Ex: Explosões.

Equipamentos utilizados para a medição de ruído em dB ( A) :

Decibelímetro Dosímetro

O limite de tolerância para exposição ao ruído é de 85 dB (A).


A partir desse índice deverá ser utilizado o equipamento de proteção auricular.
Recomenda-se, por medida preventiva, o uso da proteção a partir de 80 dB (A).

Conseqüência: Surdez, Stress, cansaço, irritação, pressão alta, problemas digestivos e até
impotência sexual, decorrente do stress.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 21


Prevenção:

Uso de Equipamentos de proteção auditiva:

Protetor auricular Protetor Protetor Protetor auricular concha


espuma moldável auricular de auricular tipo acoplado com o capacete
de inserção silicone concha e viseira

VI BRAÇÕES

São observadas principalmente pelo uso de máquinas e equipamentos em que podemos destacar o
martelete pneumático e a moto-serra.
Essa figura nos mostra o monitoramento da vibração de
um martelete.
Entre as principais conseqüências para a saúde do
funcionário, as mais comuns, são dores nas costas,
problemas renais e circulatórios, e comprometimento das
articulações. A vibração normalmente vem associada a
um outro risco ambiental, o ruído. Portanto somam-se os
efeitos sintomáticos dos riscos.

Quando falamos em vibração, temos que atentar que


estas se dividem em dois grupos, de acordo com sua
incidência e abrangência no corpo humano, tais como:
totais e parciais. Um exemplo clássico de vibração total é
a britadeira (martelete pneumático). Ao ser ligada sua energia vibratória é transmitida para o corpo
todo.

Uma outra situação que está bem próxima de nós exemplifica a


vibração parcial. Quem de nós, nunca utilizou uma furadeira, para
colocar um quadro na parede? Quando ligamos, a vibração é
transmitida, na sua maior porção, somente para o nosso braço, que
está em contato direto com o equipamento. Uma forma de prevenir
a vibração, seja, total ou parcial, é utilizando equipamentos com
amortecedores, somando-se ao uso de luvas de borracha que
também tem seu efeito amortecedor.

RADI AÇÕES I ONI ZANTES

São formas de energia que possuem potencial para provocar alteração em uma célula, ou seja, a
energia é tão grande que tem poder de subdividir o átomo em duas partes, energizando-os
eletricamente, formando pares iônicos.

PAR I ÔNI CO
As figuras ao lado, mostram a configuração de um par iônico,
gerados por um átomo que se subdividiu em dois, gerando uma
radiação ionizante.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 22


Exemplos de radiações ionizantes:



Raio Alfa.


Raio Beta.


Raio Gama.
Raio X.

Conseqüências: As pessoas atingidas por uma radiação ionizante estarão sujeitas a :

1. Mutações genéticas. Que acarreta câncer à vítima. O que poderá ser hereditário aos filhos.
2. Anemia.
3. Leucemia.
4. Catarata.
5. Câncer.

Prevenção: Proteção com enclausuramento feito de placas espessas de chumbo (coletes e


anteparos).

Obs: O princípio da radiação ionizante também é utilizado de forma medicinal, para destruir células
cancerígenas.

RADI AÇÕES NÃO I ONI ZANTES

São formas de energia que não possuem potencial para alterar uma
célula. Porém, são de alguma forma, prejudiciais ao organismo humano.
Exemplos de serviços que envolvem radiações não ionizantes:
1. Em serviços de soldagens elétricas e oxiacetilênicas.
2. Trabalhos com radiofreqüência e microondas.
3. Trabalhos com laser na Medicina.
4. Trabalhos em telecomunicações.

Seus efeitos dependem da intensidade, duração, condições de absorção, de reflexão do local e do


equipamento de trabalho.

Riscos prováveis:

1. Queimaduras.
2. Câncer de pele.
3. Lesões oculares.
4. Conjuntivite.
5. Inflamação da córnea.
6. Catarata.

Prevenção: Utilização de equipamentos de proteção individual ou coletivo conforme a


necessidade. Máscaras com proteção para o rosto e lentes filtrantes adequadas ao tipo de trabalho
e intensidade luminosa. Proteger as partes do corpo que possam ser atingidas com textura em
couro de raspa e/ ou outros materiais técnicos específicos, bem como calçados adequados.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 23


CALOR

A temperatura ideal no local de trabalho deve ficar entre


20 º C e 23º C.

O calor excessivo provoca em nós sensação de exaustão,


aumento da pulsação, cansaço, pele seca, desidratação,
cãibras, fadiga térmica, prostração térmica, choque térmico e
hipertensão.

Exemplo de pessoas que ficam expostas ao efeito do calor:


1. Operadores de fornos.
2. Operadores de caldeira.
3. Forjarias.
4. Siderúrgicas.
5. Altos-fornos, etc.
FRI O

Como vimos no item anterior, a temperatura ideal está entre 20 e


23º C. Assim os trabalhos com baixa temperatura, ou seja, a partir
de 15º C (artificial), diminuem a concentração das pessoas,
provocando também as seguintes situações:

1. Vaso constrição periférica.


2. Queda da freqüência de pulso.
3. Queda de pressão arterial.
4. Tremor incontrolável.
5. Hipotermia (inibição dos mecanismos do sistema nervoso central). Evoluindo para a
sonolência e coma.
6. Falta de concentração;

Exemplos de exposição a baixas temperaturas:

1. Trabalhos em câmaras frigoríficas.


2. Depósitos onde tenha temperatura controlada em graus muito baixos.

Prevenção: Usar roupas térmicas.

UMI DADE

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou


encharcados, com umidade excessiva, serão capazes de produzir danos à
saúde dos trabalhadores.
Influi na troca térmica entre o corpo humano e o ambiente, pelo
mecanismo da evaporação.

Conseqüência: Doenças do aparelho respiratório e dermatoses.

Exemplos de trabalhos:
1. Limpeza e lavagem de modo geral.
2. Ambientes que possuam umidade relativa do ar com mais de 75 %.
3. Lavagem de automóveis.
4. Todos os trabalhos que possuam contato com água.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 24


Prevenção :

1. Uso de roupas impermeáveis.


2. Botas de PVC.
3. Aventais de PVC.
4. Macacões tipo tyvec (corpo inteiro).
5. Luvas adequadas.
6. Etc.

PRESSÕES HI PERBÁRI CAS

Variações acentuadas de pressões atmosféricas. Há profissões que estão


expostas a pressões atmosféricas altas (mergulhadores) e baixas
(alpinistas e aeronautas).

Conseqüências:

1. Embolia pulmonar. O ar que os mergulhadores de profundidade


respiram se dissolve no sangue formando uma solução. Se o
mergulhador sobe muito rapidamente, o ar sai da solução,
formando bolhas no sangue, uma condição perigosa, conhecida
como embolia. Tanto pode afetar os pulmões, como o coração.

2. Ruptura do tímpano.
3. Dores abdominais.
4. Dor de dente.
5. Exoftalmia (saliência exagerada do globo ocular).
6. Obstrução dos vasos sanguíneos.
7. Intoxicação por oxigênio e gás carbônico.
8. Doença descompressiva.

Trabalhos com pressões anormais:

1. Mergulhadores.
2. Alpinistas.
3. Mineradores, e trabalhos subterrâneos em caixões pneumáticos.

Prevenção:

1. Utilizar equipamentos adequados para esse tipo de trabalho.


2. Cuidadoso trabalho em câmaras de descompressão.
3. Ser devidamente treinado e acompanhado por especialistas nessa área.
4. Seguir os procedimentos de segurança.

RI SCOS QUÍ MI COS

“Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou


produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória,
nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou o que, pela natureza da atividade de exposição, possam
ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por
ingestão. (NR- 9.1.5.2).

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 25


POEI RAS

São pequenas partículas suspensas no ar decorrentes de um material sólido.


Poeiras minerais, vegetais, alcalinas, e incômodas. São aerodispersóides. Ficam
em suspensão no ar do ambiente de trabalho, podendo causar vários tipos de
doenças nos trabalhadores.

Tipos de doenças:

1. Silicose ( pó de sílica).
2. Bissinose ou bagaçose (bagaço do algodão e da cana).
3. Enfisema pulmonar (Pó de calcário).
4. Doenças obstrutivas crônicas (fumos metálicos).

Trabalhos que geram poeiras:

1. Uso de lixadeiras.
2. Polimentos, escavações, explosões em mineração e pedreiras, e certos tipos de
colheitas.

Prevenção:

1. Uso de EPI. Máscara com filtro mecânico adequado para atividade exercida.

FUMOS

São partículas suspensas no ar, decorrentes de condensações de


vapores, geralmente provenientes da volatização de metais em fusão
e quase sempre acompanhada de oxidação. Não se difundem e
tendem a flocular-se e depositar-se, sendo seu tamanho, menor que
as partículas de poeiras.

1. Trabalhos : Operações de soldagem ou fusões de metais,


onde haja concentração no ambiente.

Prevenção:
1. Uso de EPI( máscara c/ filtro ou c/ linha de ar mandado, ou ventilação local exaustora (EPC).

NÉVOAS

São partículas líquidas que se assemelham as gotículas resultantes da condensação de vapores


sobre certos núcleos.

Encontradas nos processos de Indústrias Químicas, pintura, pulverização


de plantações, etc.
1. Pulverização química de gás clorídrico.
2. Anidrido sulfúrico, e outros produtos químicos,

Podem ser:

I rritantes (Ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, e cloro).


1. Asfixiantes (Gases como hidrogênio, nitrogênio, hélio, argônio, metano, acetileno, etc.)

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 26


2. Anestésicos (solventes orgânicos – benzeno, butano, propano, acetona, xileno, tolueno,
óxido nitroso, etc.).

Conseqüências:

1. Atacam o sistema nervoso central.


2. Depressões ou euforias.
3. Problemas pulmonares.
4. Dermatites.
5. Câncer.
6. Diversas doenças respiratórias e gastro-intestinais.

Prevenção:

1. Uso de EPC – Ventilação local exaustora.


2. Controle do ambiente de trabalho referente à concentração na atmosfera (monitorar).
3. Uso de EPI – como máscara com filtros químicos adequados ao agente presente no
ambiente.
4. Uso de roupas p/ corpo inteiro quando necessário.
5. Uso de máscara de fuga, para eventual emergência.
6. Máscara com ar mandado em caso de adentrar em ambiente confinado.

NEBLI NAS

São partículas líquidas resultantes de um processo de dispersão mecânica,


produzidas geralmente pela passagem de ar ou gás através de um líquido
ou em conseqüência de ocorrências como, por exemplo, respingo. Não se
difundem e apresentam tendência à deposição, quando não se evaporam.

Exemplos:

1. Cozimento de produtos alimentícios.


2. Fenômenos meteorológicos.

Conseqüências:

1. Irritação dos olhos.


2. Problemas alérgicos na pele.
3. Complicações respiratórias.

Prevenção: Uso de EPI adequado e cuidados semelhantes ao item anterior.

GASES

Não apresentam forma nem volume definidos. Tendem a ocupar todo o


volume disponível e se dispersam com facilidade. São altamente difusíveis
podendo ser mais leve ou pesado que o ar, e não alteram o seu estado gasoso
se expostos a temperaturas elevadas.

Exemplo: Monóxido de carbono, cloro, etc.

Prevenção: Uso de EPI adequado e cuidados especiais, como nos itens anteriores.

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VAPORES

Constituem o estado aeriforme de certas substâncias que, nas


condições usuais, de temperatura e pressão se encontram em estado
líquido ou sólido. Dispersam com facilidade, podendo apresentar
densidade maior ou menor que o ar.

Exemplos:

1. Vapores de Benzeno.
2. Vapores de Metanol, etc.

Conseqüências:

1. Problemas respiratórios.
2. E outras conseqüências graves ao organismo humano, dependendo do agente químico em
questão e sua toxicidade.

Prevenção:

1. Todos os cuidados descritos nos itens anteriores.


2. Uso de EPI adequado à operação.
3. Monitoramento constante no ambiente, com explosímetro, para garantir prevenção a
explosões.
4. Obedecer a normas e procedimentos de segurança conforme respectiva NBR (ABNT) e
Petrobrás.

RI SCOS BI OLÓGI COS

Agentes biológicos são aqueles constituídos por seres vivos capazes de afetar a
saúde do trabalhador, como os microorganismos ( vírus, bactérias,
protozoários, bacilos, fungos, etc.) . Estes podem causar doenças de
natureza distinta, que em muitos casos se transmitem de outros animais ao
homem, como as zoonozes.

Em geral, os maiores riscos biológicos são aqueles ligados à cria e o cuidado de


animais (em estábulos e cavalariças), à manipulação de produtos de origem
animal (resíduos deteriorados de animais), serviços de limpeza pública (lixo urbano), serviços de
exumação de corpos em cemitérios, trabalhos em laboratórios biológicos e clínicos, em hospitais,
em unidades de emergência, em esgotos (galerias e tanques).

As medidas preventivas contra esses grupos de riscos biológicos são:

1. Vacinação.
2. Esterilização.
3. Higiene pessoal.
4. Ventilação adequada.
5. Controle médico.

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RI SCOS ERGONÔMI COS

São determinados pela falta de adaptação das condições de trabalho às


características psicofisiológicas do trabalhador.

A expressão Lesões por Esforços Repetitivos – LER ganhou dimensão a


partir das Resoluções Nº s. 180 e 197, de 1992, da Secretaria Estadual de
Saúde de São Paulo, uma vez que a situação começava a fugir do
controle, devido ao crescente “atendimento aos estágios evolutivos das
LER’s”.

Atualmente, a terminologia LER está sendo substituída por alguns especialistas e entidades, por
DORT – “Doenças Osteomusculares Relacionadas com Trabalho”, que incorpora dimensões
ergonômicas e psicossociais e nos remete a fazer uma reflexão sobre novas formas de trabalho.

Conseqüências:

1. Bursite – Inflamação das bursas (pequenas bolsas localizadas entre os ossos e os tendões
das articulações dos ombros).

2. Epicondilite lateral – ( tennis elbow), é a inflamação dos músculos responsáveis pela


extensão e supinação do antebraço. A dor manifesta-se no cotovelo, chegando às mãos e
ombro.

3. Síndrome cervicobronquial – compressão dos nervos da coluna cervical, devido a


compressão do feixe neurovascular ao atravessar os músculos do pescoço, causando dor.

4. Síndrome do túnel do carpo – lesões nos punhos, devido à compressão do nervo


mediano ao nível do punho.

• Inflamação da porção larga do bíceps. Geralmente ocorre nas operações em que o braço é
5. Tendinite

• Inflamação da estrutura osteomuscular do antebraço, por movimentos repetitivos de


mantido em elevação por longos períodos.

supinação do mesmo.

• Inflamação dos extensores dos dedos, por suas contrações excessivas. Ocorrem
6. Tenossinovite

• Inflamação dos tendões da face ventral do antebraço e punho, e flexores dos dedos.
normalmente por operações com mouse e digitação.

Ocorrem devido a grande intensidade e velocidade na digitação, movimentação veloz dos


dedos e operação estática com mouse, de forma a causar todos esses males.

Sintomas:

1. Calor localizado.
2. Choques.
3. Dor.
4. Dormência.
5. Formigamento.
6. Fisgadas.
7. Inchações.
8. Pele avermelhada e perda de força muscular.

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Prevenção:

1. Rodízios nas tarefas mais críticas.


2. Reciclar conteúdo das tarefas.
3. Organizar-se no trabalho.
4. Rever monotonia.
5. Estudar postos de trabalho.
6. Verificar mobiliário.
7. Rever equipamentos e ferramentas.
8. Ginástica laboral.

ESFORÇO FÍ SI CO I NTENSO

O que vai além da força que cada um pode executar. Imprimir força
maior do que o corpo permita.

Prevenção: Automação do processo ou atividade exercida por mais


de um trabalhador.

LEVANTAMENTO E TRANSPORTE MANUAL DE PESO

Muitos problemas nas costas se desenvolvem quando se levanta um peso.


Freqüentemente isto acontece quando se carrega um peso ao mesmo tempo em que se
curva ou se torce as costas.

Conseqüências: problemas com a coluna como lombalgias e hérnias de disco.

Prevenção: Técnicas de levantamento de peso e respeitar o limite do corpo.

TRANSPORTE DE MATERI AI S

O transporte de materiais também é outro fator que tem um impacto muito grande
no organismo. Ao transportar materiais com carrinhos, poucos sabem, porém, o
impacto seria bem menor se empurrarmos um carrinho. Além disso, seria melhor
se as manoplas fossem verticais, proporcionando um maior conforto , evitando
dobrar o pulso ao transportar o material.

EXI GÊNCI A DE POSTURA I NADEQUADA

Quando falamos de postura, precisamos sempre lembrar que devemos nos preocupar com ela a
todo momento, isto implica dizer, tanto no trabalho como em outros locais como: casa e carro.

Diferente do que a maioria pensa, quando trabalhamos sentados, a coluna fica exposta a uma
sobrecarga muscular maior do que quando estamos em pé. Para minimizar os efeitos desta
sobrecarga, devemos reconhecer nossa postura no dia a dia, corrigi-la e mantê-la. Com as dicas
abaixo, percebemos que é muito fácil ter uma coluna saudável:

1. Sente-se com as costas apoiadas no encosto da cadeira que deve ter regulagem de altura.
Ajuste a altura do apoio lombar de forma a lhe proporcionar conforto sem forçar qualquer
ponto da coluna. O encosto da cadeira deverá ter um ângulo de 100 º .
2. Os pés deverão estar bem apoiados, de forma estar com a planta dos pés inteiramente
apoiada.

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3. As pernas devem estar num ângulo de 90 º com os
pés, da mesma forma em relação às coxas.
4. A cabeça e pescoço devem estar alinhados às costas.
5. Os braços deverão trabalhar na vertical, os antebraços
devem estar na horizontal e os punhos apoiados.
6. Nunca use o teclado longe do corpo ou torcido, para
tanto, atente a posição dos braços, se estiverem junto
ao corpo na vertical, a posição estará correta.
7. Mantenha os olhos no mesmo nível do topo da tela do
computador. Não deixe a cabeça tombar par frente, se
necessário coloque um suporte no monitor para
auxiliar na manutenção da altura ideal.
8. Coloque o monitor de vídeo de lado para as janelas (nunca de frente, nem de costas).
9. Posicione o mouse junto do teclado.
10. Procure arranjar um suporte para documentos e coloca-lo ao lado do monitor na altura dos
olhos, isto evitará os movimentos repetitivos do pescoço.
11. É recomendado apoio para os punhos, de forma que estes permaneçam descansados e
num ângulo adequado de no máximo 90 º .

Exemplos de trabalhos:

1. Escritórios.
2. Posturas ao sentar nas cadeiras.
3. Utilização de micro-computadores.

Prevenção:

1. Utilização de mobiliários ergonômicos.


2. Acessórios de apoio.
3. Reeducação postural.
4. Ginástica laboral.

CONTROLE RÍ GI DO DE PRODUTI VI DADE

A demanda da produção é cada vez maior, com isso muitas vezes faz-se
necessário o aumento do ritmo de trabalho e juntamente com este a cobrança.
Os efeitos psicológicos desta cobrança chamamos de controle rígido de
produtividade.

Exemplo de exposição:

1. Linhas de produção.
2. Áreas de telemarketing.
3. Áreas de vendas por comissão.

Prevenção:

1. Contratação de pessoal.
2. Reorganização do Trabalho.

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I MPOSI ÇÃO DE RI TMOS EXCESSI VOS

Este risco geralmente vem aliado ao controle rígido de produção, falta de


algum funcionário na produção, enfim, é a implementação de um ritmo de
trabalho mais rápido que pode ocasionar acidentes uma vez que há uma
exigência maior do ser humano.

Exemplos:

1. Área de produção em série.


2. Telemarketing.
3. Digitação, etc.

Prevenção:
1. Contratação de pessoal.
2. Reorganização do trabalho.
3. Respeito ao limite de produção individual.
4. Adequação do perfil do funcionário ao ritmo do trabalho.

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO

Nosso organismo está adaptado para trabalhar durante o dia. O trabalho


noturno, exige um desgaste maior do indivíduo. Mesmo em horários como 12
X 36 horas, não há tempo hábil para recuperação e adaptação do organismo.

Exemplos:

1. Segurança patrimonial por 24 horas.


2. Trabalhos em enfermagens de hospitais, etc.

MOVI MENTO REPETI TI VO

O movimento repetitivo é um dos principais fatores de LER/ DORT e os


encontramos em diversas atividades de trabalho, seja na fábrica como no
escritório.

O digitador, por exemplo, ao digitar está exposto a danos à sua saúde, isto
não quer dizer que digitar seja prejudicial, mas, digitar excessivamente e com
muita rapidez, isso sim, é prejudicial.

Um exemplo clássico de movimento repetitivo é aquele apresentado no filme “Tempos Modernos”


de Charles Chaplin onde mostra um trabalhador na qual sua função é parafusar peças. Esse tipo de
atividade deve ser minimizada através de rodízio de hora em hora por movimentos diferentes ao
anterior acompanhado de exercícios próprios.

Nesse tempo, o profissional precisa fazer exercícios de relaxamento, automassagem, como o do-in,
alongar os dedos das mãos, pés, braços e movimentar o pescoço e as pernas. Esses movimentos
exercitam o que ficou parado, irrigando os tecidos.

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JORNADA DE TRABALHO PROLONGADA

Muitas vezes presenciamos casos em que há a necessidade de realização de


Jornada de trabalho além do horário previsto, algumas vezes isto se faz
necessário, mas teremos um problema quando se torna freqüente, pois trará
algumas conseqüências desagradáveis ao organismo e riscos de acidentes
devido à fadiga causada.

Exemplo:

1. Necessidade de realização de horas extras constantes.

Conseqüências: Stress, cansaço físico.

Prevenção: Rever a necessidade de jornada de trabalho prolongada.

MONOTONI A E REPETI TI VI DADE

Muitos dos acidentes ocorrem por desatenção do funcionário ao seu


processo de trabalho ou fadiga que muitas vezes é gerada pela
monotonia da atividade.

Veja, à medida que realizamos tarefas, várias situações diferentes se


apresentam, fazendo com que nosso cérebro exercite.

Exemplo:

Entre dirigir em uma estrada plana e reta e numa estrada com curvas, a probabilidade de um
motorista dormir na primeira é muito maior, pois há uma acomodação natural do cérebro que leva
a sonolência. Ocorre que quando realizamos uma tarefa monótona, há a tendência de sentirmos
sonolência, fato que provoca acidentes.

I LUMI NAÇÃO I NADEQUADA

A iluminação é outro fator importante que devemos considerar na questão


ergonômica, pois, tanto a deficiência de iluminação quanto a iluminação
excessiva, causam danos à saúde do trabalhador.

Nosso aparelho visual é muito delicado e necessita de uma quantidade de


iluminância adequada para poder formar a imagem na retina. Ocorre que se
esta for deficitária a imagem não se formará nítida e o aparelho visual
automaticamente necessitará de mais iluminação para a formação da imagem com nitidez na
retina.

Esta “procura” por mais iluminação, quando feita por várias vezes, forçará as estruturas internas do
globo ocular, causando dores de cabeça, dificuldades para enxergar e problemas visuais futuros.

Da mesma forma a iluminação excessiva irá ferir as estruturas internas do globo ocular, causando
dores de cabeça, dificuldades para enxergar, ofuscamento e problemas visuais futuros.

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RI SCOS DE ACI DENTES

Agentes nocivos de acidentes do trabalho são todas as ocorrências não programadas, estranhas ao
andamento normal do trabalho, das quais poderão resultar danos físicos, e/ ou funcionais, ou
morte do trabalhador e danos materiais e econômicos à empresa.

ARRANJO FÍ SI CO I NADEQUADO

O espaço físico existente para o trabalho deve ser modelado de forma


a dar ao indivíduo conforto e segurança, assim devemos utilizar um
espaço adequadamente, respeitando sua metragem e disposição.

Exemplos:

1. Uma sala com quatro mesas, mas que pelo projeto


comporta somente duas mesas.
2. Máquinas mal distribuídas no chão de fábrica.

Prevenção: Rever o projeto e reorganizar a distribuição da mobília na área.

MÁQUI NAS E EQUI PAMENTOS SEM PROTEÇÃO

Todas as máquinas e equipamentos devem estar em perfeito estado de funcionamento, com


manutenção em dia, inclusive com todos os itens de segurança em ordem, conforme o PPRPS.

Exemplos:

1. Prensas com partes móveis desprotegidas.


2. Falta de manutenção periódica nos equipamentos.

Conseqüências:

1. Acidentes graves.
2. Mutilações.
3. Morte.

Prevenção:

1. Proteções adequadas nas partes móveis das máquinas.


2. Melhorar dispositivos de segurança nos equipamentos.
3. Manutenção periódica e lubrificação.

FERRAMENTAS I NADEQUADAS OU DEFEI TUOSAS

Toda ferramenta antes de ser projetada é exaustivamente estudada quanto a


sua utilidade, manuseio e conforto que trará ao usuário, mesmo assim muitas
vezes nos defrontamos com situações em que o usuário utiliza ferramentas
defeituosas ou para atividades em que as mesmas não foram projetadas.

Exemplos:

1. Utilização de facas em vez de chave de fenda.


2. Ferramentas com cabos defeituosos.

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Prevenção:

1. Utilização somente de ferramentas adequadas.


2. Conscientização.

ELETRI CI DADE

Este é um item de extrema importância, pois, se mal utilizada pode ocasionar


desperdícios e acidentes graves e fatais. Devemos ter cuidado especial com o
isolamento das fiações, não as deixando em hipótese alguma expostas. Identificar
as caixas de distribuição de energia, fazer manutenção (somente pelos eletricistas
profissionalmente certificados), evitar as famosas gambiarras (improvisações
inadequadas) e utilização de benjamins, com a finalidade de aumentar as saídas.
Providenciar o aterramento de todas as máquinas e equipamentos elétricos
existentes na empresa.

Conseqüências:

1. Riscos de curto-circuito.
2. Choque elétrico.
3. Queimaduras.
4. Acidentes fatais.

Prevenção:

1. Providenciar curso de primeiros socorros para os eletricistas, com RCP.


1. Identificar caixas de distribuição de energia.
2. Identificação de tomadas.
3. Conduzir fiações aéreas em esteiras adequadas.
4. Fiações devem estar acondicionadas em eletrodutos e/ ou conduites rígidos, etc.
5. Conduzir-se na plenitude pela respectiva norma e procedimentos da Associação Brasileiras
de Normas Técnicas e também observar na íntegra a NR – 10.

PROBABI LI DADE DE I NCÊNDI O OU EXPLOSÃO

Para gerar fogo, necessitamos de três elementos, combustível, ou seja


algo que queime, oxigênio e calor. Assim devemos evitar qualquer
situação que propicie a união desses três elementos, como trabalho de
solda próximo à inflamáveis, e outras situações de risco que possam gerar
fogo.

Exemplos:

1. Equipamento de proteção contra incêndio deficiente, ou


insuficiente.
2. Realização de trabalhos em altas temperaturas, próximo a
inflamáveis.

Prevenção:

1. Curso e formação de Brigada de Emergência e combate a princípios de incêndios.


2. Providenciar para que sejam instalados adequadamente, conforme normas do Corpo de
Bombeiros, os equipamentos de combate a incêndio nas dependências da empresa.

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3. Implementar Sinalização própria e adequada de alerta a incêndios, como placas de proibido
fumar, cuidado inflamáveis, etc.
4. Observar o que consta no contrato da Seguradora com a empresa, quando houver.

ANI MAI S PEÇONHENTOS

Há uma maior probabilidade de ocorrência deste risco em locais afastados, já


que falamos da incidência de cobras, lagartos, ratos, aranhas, escorpiões e
baratas, mas, se não cuidarmos da higiene de nosso local de trabalho, da
mesma forma, estaremos sujeitos à eles. Por exemplo, existindo restos de
comida pelo chão, ou no local de trabalho, quanto a esse detalhe, vale aqui
enfatizar que esse tipo de atitude é proibida, sendo permitidas refeições
somente em refeitórios, ou local devidamente apropriado para tal.

Exemplos:

1. Trabalhos em lugares afastados.


2. Em esgotos e galerias.
3. Corte da cana de açúcar, etc.

Conseqüências:

1. Contaminação.
2. Doenças.
3. Picadas.
4. Gangrena.
5. Morte.

Prevenção:

1. Higienização.
2. Desinsetização e Desratização.
3. Dedetização.
4. Utilização de EPI (botas, luvas e outros) adequados a operação.
5. Observar procedimentos destes trabalhos técnicos, bem como, quais antídotos deverão ser
aplicados, em casos de contaminação com produtos utilizados, e responsabilidades
assumidas e assinadas devidamente em contrato.

MAPA DE RI SCOS

O Mapa de Riscos é a representação gráfica dos riscos existentes no


local de trabalho, por meio de círculos de diferentes cores.

Está baseado nos conceitos de quem faz o trabalho. As informações


devem ter a participação dos trabalhadores. Seu conteúdo deve ser
informado aos demais trabalhadores da empresa. Foi implantado
pela Portaria Nº . 05/ 92 do Ministério do Trabalho, alterada pela
Portaria Nº . 25 de 29/ 12/ 94, sendo obrigatório nas empresas.

Seu objetivo é incentivar os trabalhadores a reconhecerem os riscos existentes em seus ambientes


de trabalho, bem como envolvê-los numa campanha de cumprir as normas de segurança.

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Risco Risco Risco Risco Risco
Físico Químico Biológico Ergonômico Acidentes

Etapas do Mapa de Riscos.

O Mapa de Riscos é constituído de três etapas :

• Elaboração.
• Execução.
• Acompanhamento.
Elaboração – Planejamento e Levantamento de Dados.

1. Definir o objetivo do trabalho - levantamento dos riscos ambientais.


2. De que forma realizar – observação das áreas, realizando entrevistas “O que te incomoda e
quanto?”
3. Dividir o trabalho em grupos – considerar Nº . de cipeiros e setores da empresa.
4. Definir ferramentas de trabalho – questionário.
5. Definir os prazos para o levantamento – definir datas de realização do trabalho e comunicar
as áreas.
6. Marcar reunião dos cipeiros – discussão sobre as informações obtidas.
7. Definir possíveis soluções – participação de todos os cipeiros.
8. Encaminhamento de relatório para a Diretoria – aguardar aprovação.

Execução – transformar os dados obtidos em informações:



Solicitar a planta baixa da empresa.


Classificar os riscos ambientais.


Representar graficamente os riscos ambientais.
Afixar o mapa em local de fácil visualização.

Acompanhamento

Atendidas as etapas anteriores, precisamos verificar periodicamente a situação dos riscos


mapeados, pois, as informações contidas no mapa de risco são dinâmicas. A periodicidade do
acompanhamento será decidida pelo grupo.

EQUI PAMENTOS DE PROTEÇÃO

Os equipamentos de proteção dividem-se quanto a sua aplicação em EPC


– Equipamento de Proteção Coletiva e EPI – Equipamento de Proteção
Individual, mas seu objetivo principal é comum: proteger a integridade
física do trabalhador.

EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva : São dispositivos,


equipamentos e providências adotadas com o objetivo de prevenir
acidentes e preservar a saúde de um grupo. Esta é a principal diferença conceitual de um EPI e um
EPC, como verificaremos a seguir.

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Exemplos:

1. Corrimão de escadas.
2. Ventiladores.
3. Exaustores.
4. Hidrantes.
5. Extintores.
6. Proteção de máquinas.
7. Enclausuramento de máquinas ruidosas, etc.

EPI – Equipamento de Proteção I ndividual : São dispositivos, equipamentos


de uso individual com o objetivo de prevenir acidentes e preservar a saúde
de um único indivíduo por vez.

Temos que ressaltar que para cada atividade e de acordo com o risco a que
está exposto o trabalhador será indicado um tipo de EPI adequado ao risco
presente, assim chegamos à conclusão que se é necessário que o funcionário
use o EPI, é porque técnicos e pessoas especializadas, já verificaram esta necessidade e o uso deve
ser inquestionável.

É de extrema importância a consciência por parte do empregador da necessidade do fornecimento


do EPI e cobrar do empregado o seu uso.

Responsabilidades quanto ao EPI

CABE AO EMPREGADOR

1. Adquirir o adequado ao risco de cada atividade.


2. Exigir seu uso.
3. Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
4. Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação.
5. Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.
6. Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.
7. Comunicar ao M.T.E. qualquer irregularidade

CABE AO EMPREGADO

1. Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina.


2. Responsabilizar-se pela guarda e conservação.
3. Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio
para uso.
4. Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

CABE AO MI NI STÉRI O DO TRABALHO E EMPREGO

1. Cadastrar o fabricante ou importador de EPI.


2. Receber e colocar em testes o EPI, para confirmar ou não a aprovação, ou renovação
conforme o caso, do C.A..
3. Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI.
4. Emitir ou renovar o C.A. e o cadastro de registro de fabricante CRF, ou cadastro e registro de
importador CI.
5. Fiscalizar a qualidade do EPI.
6. Suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora quando assim convier.
7. Cancelar o C.A., CRF, CI, quando constatar irregularidades técnicas que ponham em risco a
integridade física e saúde do trabalhador.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 38


TI POS DE EPI ’s

Proteção para a cabeça Proteção dos Olhos e da face

Proteção Auditiva Proteção Respiratória

Proteção de tronco Proteção de membros superiores

Proteção de corpo inteiro Proteção de membros inferiores

Proteção em altura

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 39


I NSPEÇÃO DE SEGURANÇA

Procedimento técnico no qual se efetua uma verificação física num determinado ambiente de
trabalho, a fim de serem adotadas medidas técnicas adequadas objetivando prevenir a
concretização de acidentes do trabalho.

TI POS DE I NSPEÇÃO DE SEGURANÇA

1. Gerais – Realizada em todos os setores.


Ex.: Mapa de Riscos.
2. Parciais – Realizada em setores específicos ou em
determinadas atividades.
Ex.: Área mais crítica.
3. Rotina – Caracteriza-se pela sua constância na realização.
Ex.: Inspeção no EPI.
4. Periódica – Realizada com um tempo pré-estabelecido.
Ex.: Inspeção nos extintores de incêndio.
5. Eventual – Realizada sem um tempo pré-estabelecido.
Ex.: Situação esporádica.
6. Oficial – Realizada por profissionais qualificados devido seu
teor técnico.
Ex.: Medições técnicas como a do ruído,
iluminamento, e outras, se utilizando de aparelhos e
equipamentos adequados ao agente mensurado.

Os cipeiros realizarão as inspeções gerais, parciais e eventuais, assim, a periodicidade será definida
pelo grupo.

Etapas da I nspeção

1. Planejamento –

Esta etapa é muito importante para que a inspeção de segurança


tenha um bom resultado.

Esta etapa da inspeção de segurança é composta por:

a) Entendimento do objetivo do trabalho


b) Elaboração de um formulário específico para facilitar o trabalho
c) Divisão do grupo, formação das equipes (Função do Presidente)
d) Determinação dos setores a serem visitados pelas equipes.
e) Agendamento das visitas com as áreas a serem inspecionadas

2. Observação - Levantamento de dados na área, através de observação


detalhada.

a) Observação das situações de risco existentes nas áreas


b) Anotação dos riscos e locais encontrados

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 40


3. I nformação – Levantamento de dados, através de questionamentos dos supervisores e
trabalhadores.

a) Questionar os supervisores sobre os processos de trabalho e possíveis


melhorias
b) Questionar os trabalhadores sobre os processos de trabalho e possíveis
melhorias
c) Importante: Para obter um resultado satisfatório é necessário a utilzação
de perguntas abertas aos entrevistados, evitando assim, induzir as
respostas. Ex: “Fale sobre seu trabalho.” , “Relate sobre suas atividades.”,
“Como realiza suas atividades?”

4. Registro – Anotação de tudo que foi observado.

Nesta etapa os CIPEIROS se reunirão para:

a) Juntar os dados obtidos.


b) Elaborar as medidas preventivas

I mportante: As melhores medidas preventivas são as mais eficazes e econômicas

5. Encaminhamento – Elaboração de relatório para Diretoria, através do Presidente da


CIPA.

Para que o objetivo prevencionista seja atingido é necessário que o relatório seja:

a) Consistente
b) Coerente
c) Conciso
d) Pleno de argumentos

6. I mplantação – Execução do projeto solicitado até o funcionamento.

Apesar da CIPA identificar os riscos e dar solução para os mesmos, a realização das
tarefas serão delegadas para pessoas com competência para tal, mesmo porque alguns
serviços necessitam de pessoas especializadas para sua execução.

7. Acompanhamento – acompanhamento da implementação das soluções propostas.

Após a implantação da medida preventiva o CIPEIRO acompanhará o andamento das


mudanças propostas com o objetivo de verificar se a medida gerou novo risco.

Em caso, positivo, será necessário a reavaliação da medida preventiva e a elaboração de


uma nova medida que não gere tal risco.

Em caso negativo, o trabalho está concluído.

O objetivo do cipeiro é identificar situações que fogem ao padrão de segurança, propor soluções,
sempre com muita responsabilidade e flexibilidade e acompanhar a implementação do projeto. Uma
medida somente será considerada 100 % eficiente, caso não gere novos riscos aos colaboradores.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 41


I NVESTI GAÇÃO E ANÁLI SE DE ACI DENTES

Temos por objetivo previnir os acidentes, mas, eventualmente estes


podem ocorrer, assim, a CIPA deve ser imediatamente avisada e
apresentar-se no local com a finalidade de identificar as causas do
acidente ocorrido e elaborar medidas corretivas que visem evitar sua
reincidência.

Deve ser realizada pela CIPA em conjunto com o SESMT.

CARACTERÍ STI CAS I MPORTANTES DO CI PEI RO NA I NVESTI GAÇÃO E ANÁLI SE DE ACI DENTE



Ser observador.


Saber ouvir.


Ser imparcial.


Ter foco.


Não tentar encontrar culpados.


Objetivar encontrar a causa do acidente.


Comprometimento.


Iniciativa.
Pró-atividade.

ETAPAS DA I NVESTI GAÇÃO E ANÁLI SE DE ACI DENTES

PLANEJAMENTO

• Determinar quem acompanhará a investigação (Presidente define).


• Determinar pessoas que não sejam intimamente ligadas ao acidentado.
• Elaborar formulário para registro dos fatos.

LEVANTAMENTO DE DADOS

• Presença da CIPA no local do acidente.


• Observação detalhada do local ( Máquinas, equipamentos,
ferramentas utilizadas, uso de EPI, riscos ambientais
existentes, sinalização, uso de álcool e drogas,

• Questionamento com supervisores, colegas de trabalho,


treinamento para a função, etc.).

médico que atendeu a ocorrência, acidentado


(preferencialmente no dia seguinte ao ocorrido).

DI AGNÓSTI CO DA OCORRÊNCI A



Apresentar para o grupo os dados levantados.


Verificação crítica das causas levantadas.


Determinação de real causa para o acidente.
Registro da ocorrência em formulário próprio.

ELABORAÇÃO DE MEDI DAS PREVENTI VAS

• Determinada a(s) causa(s), elaborar soluções.


• Melhor solução é aquela que não gera novos riscos.
• Elaboração de relatório para a Diretoria.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 42


ACOMPANHAMENTO

• Acompanhamento da implementação da medida preventiva.


• Trabalho somente termina se verificado que não existe novo risco gerado.
• Se for verificado que a medida não foi eficiente, volta-se a etapa inicial de observação.
Importante : Objetivo da Investigação e Análise de Acidentes é encontrar as causas do acidente,
visando elaborar medidas e não encontrar culpados.

SI PAT

Uma das responsabilidades do cipeiro é a organização e realização da SI PAT – Semana I nterna de


Prevenção de Acidentes do Trabalho, uma semana de atividades dedicada a Segurança do
Trabalho, que deve ser realizada ao menos 1 vez por ano.

Ela é realizada como forma de levar a informação e conscientizar os colaboradores dos riscos
existentes no seu trabalho e as várias maneiras de proteger-se.

Apesar de não haver uma definição legal quanto às atividades a serem desenvolvidas na SIPAT, a
forma mais comum de realizá-la é através de palestras sobre Segurança do Trabalho. Seguem
algumas sugestões de temas a serem apresentados:



Prevenção de Acidentes;


Ergonomia e Postura;


Prevenção e Combate a Incêndios;


Uso de EPIs;


Acidentes Domésticos;


Meio Ambiente;


Gerenciamento de Stress;


Qualidade de Vida;


Tabagismo;


Uso de Álcool e Drogas;


Direção Defensiva;


AIDS / DST;
Entre outros.

Vale ressaltar que o único tema obrigatório para constar na SIPAT, é AIDS/ DST.

AI DS – SÍ NDROME DA I MUNODEFI CI ÊNCI A ADQUI RI DA.

A AI DS, do inglês, Acquired I mmunodeficiency Syndrome, ou Síndrome da


I munodeficiência Adquirida - SI DA é uma doença do sistema imunológico causada
pelo retro-vírus HI V, do inglês, Human I mmunodeficiency Virus. A AIDS vem se
disseminando rapidamente pelo mundo desde 1981.

A AIDS é uma doença recente, sendo reconhecida apenas em 1981, embora exista
evidencias de mortes por AIDS cerca de trinta anos antes. A origem do vírus é ainda
desconhecida, sendo uma das hipóteses a de que teria surgido na África Central, como resultado de
uma mutação, de um vírus identificado no macaco. Em 1984, cientistas americanos e franceses
isolaram, de células de pacientes com AIDS, o vírus HIV, que passou a ser considerado o causador
da doença.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 43


Tratamento da AI DS

Apesar de ser uma doença que ainda não tem cura, existe tratamento eficiente
e que controla a doença. Pessoas portadoras do vírus HIV devem procurar
ajuda médica, tentar conhecer a doença e jamais perder a esperança, afinal, de
1981 até hoje, já se passaram muitos anos, estamos num novo milênio e a
medicina evolui a cada dia.

Como saber se é portador( a) da doença?

Uma pessoa pode saber se é ou não portadora do vírus da AIDS por meio de
exames que detectam a presença de anticorpos contra o vírus, ou que detectam a
presença do próprio vírus. Ser portador do vírus não significa que a pessoa
desenvolverá necessariamente a doença. O vírus permanece inativo por um tempo
variável, no interior das células T infectadas, e pode demorar até 10 anos para
desencadear a moléstia.

AI DS e sociedade

Muitas pessoas que vivem com HIV/ AIDS sentem-se agredidas por mensagens na televisão,
revistas, campanhas. Alertamos que o papel da sociedade em geral, é estar atenta aos riscos e,
principalmente, bem informada sobre os meios de prevenção da doença.
Nunca rejeitar o convívio (íntimo e até social) com os doentes de AIDS.

Não podemos, também, abordar única e exclusivamente a responsabilidade do homem no uso da


camisinha. As mulheres não devem ser tratadas como uma população incapaz de adotar medidas
de sexo seguro. Não se pode ignorar a capacidade, a autonomia e o direito das mulheres de
negociar o uso da camisinha com o parceiro ou de elas mesmas usarem o preservativo feminino, já
disponível na rede pública de saúde.

Transmissão da doença

TRASMI TE NÃO TRANSMI TE

SEXO VAGI NAL SEM CAMI SI NHA SALI VA


SEXO ANAL SEM CAMI SI NHA BEI JO NO ROSTO
SEXO ORAL SEM CAMI SI NHA BEI JO NA BOCA
USO DE SERI NGAS COLETI VAS APERTO DE MÃO
AMAMENTAÇÃO TALHERES
TRANSFUSÃO DE SANGUE ASSENTO SANI TÁRI O
ASSENTOS GERAI S
MANI CURE
DENTI STA
ABRAÇO
CARI NHO

A AIDS é transmitida através do contato sexual, da transfusão de sangue


contaminado, da mãe para o bebe durante a gravidez ou na amamentação e
ainda pela reutilização de seringas e agulhas entre os usuários de drogas
injetáveis. Como não há cura para a doença, seu combate deve ser feito
através de medidas preventivas, tais como o uso de preservativos
(camisinhas), o controle de qualidade do sangue usado em transfusões e o
emprego de seringas e agulhas descartáveis.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 44


ESTATÍ STI CAS DA AI DS

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas contaminadas com o vírus da


AIDS ultrapassou, em 1996, a marca de 20 milhões.

Na 11ª Conferência Internacional sobre a AIDS (em Vancouver no Canadá - 1996), os cientistas
apresentaram uma nova descoberta que trás esperanças para os doentes: uma mistura conhecida
como "coquetel de drogas" que diminui em 100 vezes o ritmo de reprodução do vírus, de modo a
bloquear as etapas iniciais do ciclo reprodutivo do vírus nas células humanas. As drogas atuariam
bloqueando a ação de duas enzimas responsáveis pela multiplicação do vírus: a transcriptase
reversa e a protease.

O banco mundial estima que a AIDS venha a custar, até o ano 2000, 1,4% do PIB mundial.
Hoje, no Brasil, os heterossexuais representam 38% dos que pegaram através de relação sexual.
Segundo os últimos dados do ministério, de março de 1998, 6800 brasileiros contraíram AIDS.

Desses, cerca de 50% pegaram a doença durante a relação sexual. Nesse grupo, os heterossexuais
representavam 6% em 1988 e agora já são 38%. Os jovens precisam sensibilizar-se dos casos de
AIDS notificados neste ano, 70% estão na faixa de 25 a 44 anos e 13% na faixa de 15 e 24 anos.

Mais do que nunca a pessoa precisa de amor e carinho.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – O M S

“SAÚDE É UM ESTADO DE COMPLETO BEM ESTAR FÍ SI CO, MENTAL E SOCI AL E NÃO


APENAS AUSÊNCI A DE ENFERMI DADES”

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 45


NOÇÕES BÁSI CAS DE PREVENÇÃO E COMBATE À I NCÊNDI O

Proteção Contra Incêndio: - Legislação: Decreto Lei nº .46.076 - Corpo de Bombeiros.

PROTEÇÃO CONTRA I NCÊNDI O

PREVENÇÃO: conjuntos de normas e ações que visam impedir o aparecimento do incêndio, ou se


o sinistro ocorrer, que seja extinguido em seu início.

EXTI NÇÃO: é a eliminação do fogo utilizando os meios técnicos.

O TETRAEDRO DO FOGO
A reação química de COMBUSTÃO é
representada por um triângulo eqüilátero (aquele
que tem três lados iguais), que é chamado de "
O TRI ÂNGULO DO FOGO".
Cada lado do triângulo do fogo representa um
elemento indispensável para que haja a
combustão.
Atualmente existe um quarto elemento na
combustão, trata-se da “REAÇÃO EM CADEI A”
que passou a integrar o “TETRAEDRO DO
FOGO”.
Mas lembre-se que o triângulo é apenas uma figura didática que é usada para facilitar a
compreensão do fenômeno. O importante é não se esquecer que o fogo é resultado de uma
REAÇÃO QUÍMICA entre combustível e o oxigênio com a participação do calor.

COMBUSTÍ VEL SÓLI DO


O combustível sólido queima em sua superfície e em sua
profundidade, ou seja, a queima acontece por fora e por
dentro do material. Quando todo o combustível for
consumido restarão resíduos.

COMBUSTÍ VEL LÍ QUI DO


No combustível líquido a combustão só acontece na superfície. Assim,
se colocarmos fogo num copo contendo álcool ou outro líquido
combustível qualquer, o fogo irá consumindo o líquido de cima para
baixo até que o combustível se acabe. Dentro do copo não sobrará
nenhum resíduo.

O líquido inflamável que se encontrar suspenso no ar, em finíssimas gotículas, na forma de névoa,
também está sujeito a entrar em combustão ao simples contato com uma fagulha e também de
maneira explosiva.

OXI GÊNI O: O Oxigênio é o gás COMBURENTE que dá vida a chama. Com maior quantidade de
oxigênio a combustão também será maior, havendo o consumo mais rápido do combustível e as
chamas serão mais vivas.
Para nosso estudo consideraremos apenas a seguinte composição do ar.

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Nitrogênio 78,00 % Estudos demonstram que o Nitrogênio não participa da
Oxigênio 21,00 % combustão e que o oxigênio é o gás que reage
Outros Gases 1,00 % quimicamente com o gás emanado do combustível.

CALOR - Maneiras com a qual se adquire o calor:

- Atrito;
O calor é responsável pela produção
de vapores inflamáveis nos corpos - Reação química;
combustíveis. A elevação da
temperatura é responsável pela - Energia elétrica;
produção dos vapores inflamáveis e
varia de um combustível para outro. - Radioatividade.

TRANSMI SSÃO DE CALOR:

I RRADI AÇÃO: É a transmissão do calor


por meio de ondas. Todo corpo quente
emite radiações que vão atingir os corpos
frios. O calor do sol é transmitido por esse
processo. São radiações de calor que as
pessoas sentem quando se aproximam de
um forno quente. Ondas caloríficas que se
transmitem através do espaço.

CONDUÇÃO: A propagação do calor é feita de molécula para


molécula do corpo. A taxa de condução do calor vai depender
basicamente da condutibilidade térmica do material, bem como de
sua superfície e espessura. É importante destacar a necessidade
da existência de um meio físico para que o calor possa ser
conduzido através dos materiais ou de um ambiente para o outro.

CONVECÇÃO: É uma forma característica dos fluídos. Pelo


aquecimento, as moléculas expandem-se e tendem a elevar-se,
criando correntes ascendentes a essas moléculas e correntes
descendentes às moléculas mais frias. É um fenômeno bastante
comum em edifícios, pois através de aberturas, como janelas, poços
de elevadores, vãos de escadas, podem ser atingidos andares
superiores. Este fenômeno pode ocorrer tanto no plano vertical
como no plano horizontal.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 47


EXTI NÇÃO DO FOGO
O fogo se extinguirá quando são retirados um dos seus elementos essenciais.

Corte do fornecimento do combustível - RETI RADA DO MATERI AL.


Ex. Corte do gás do fogão.
Nota: É o método mais simples, exigindo força física, onde não precisamos de aparelhos
especializados.

Corte do fornecimento do O2 ( oxigênio) - ABAFAMENTO.


Ex: Tampar um recipiente em chamas.
Nota: É um dos métodos mais difíceis; necessita de aparelhos e produtos específicos, bem
como aumenta-se a dificuldade em ambientes abertos.

Corte no fornecimento de calor: - RESFRI AMENTO.


Ex: jogar água em uma fogueira.
Nota: É o método de extinção mais empregado. Consiste em roubar calor mais
do que ele é produzido na combustão, até que o material combustível perca
sua capacidade de manter a auto sustentação do incêndio.

CAUSAS DE I NCÊNDI OS

Causas Humanas:
O homem tem sido um causador constante de incêndios e explosões pela sua própria ação culposa
ou dolosa.
Culposa - Não quer o resultado, mas assume o risco de produzi-lo por imprudência, negligência e
imperícia.
Criminosas - dolosas - quer o resultado e assume o risco de produzi-lo: vingança, queima de
arquivo ou incendiário.

Causas Naturais:
- raios - terremotos - chuvas – sol – etc...

Causas Acidentais:
Mesmo que sejam tomadas as devidas precauções para que não ocorram, elas acontecem
independentes da vontade do homem.

Elétricas:- das causas acidentais, provavelmente seja a de maior incidência:


- sobrecargas em circuitos;
- curto circuito;
- centelhas ao ligar ou desligar uma chave;
- eletricidade estática.
Nota: As causas elétricas são responsáveis por 21% de todos os Incêndios ocorridos na Cidade de
São Paulo.

Mecânicas = - Atrito - gerando calor suficiente para produzir um incêndio.

Químicas = - Muitos materiais reagem quimicamente gerando calor, através de uma reação
exotérmica.

Radioativas = -: Fricção dos átomos - liberação de energia em forma de calor.

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CLASSI FI CAÇÃO DOS I NCÊNDI OS

Sólidos em Geral
Madeira - Papel – Tecido – Papelão - Espuma
MÉTODOS DE EXTI NÇÃO:
Queima em Superfície e em profundidade. Deixa RESFRI AMENTO.
resíduos.

Líquidos inflamáveis
Gasolina – Álcool – Graxa – Solventes

Queima somente em superfície.


Não deixa resíduo. MÉTODOS DE EXTI NÇÃO:
ABAFAMENTO

Nota: também os gases inflamáveis estão incluídos nesta classe, mas só se deve apagá-los se for
possível cortar o fornecimento de combustível.
Ex: Botijão de gás.

Equipamentos Elétricos

Oferece risco de morte na tentativa de extinção. MÉTODOS DE EXTI NÇÃO:


ABAFAMENTO

Nota: Os equipamentos elétricos quando energizados pertencem a esta classe de incêndio. O risco
maior está na presença da corrente elétrica: motor elétrico, transformador e acumuladores.

Metais Pirofóricos
Magnésio, Alumínio,
MÉTODOS DE EXTI NÇÃO:
Reagem violentamente com a água. ABAFAMENTO.

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APARELHOS EXTI NTORES PORTÁTEI S

I NTRODUÇÃO:
- Aparelhos destinados a combater princípios de incêndio (quando ainda em sua fase inicial).
- Utilização: Dependerá da classe de incêndio.

EFI CÁCI A – dependerá principalmente de:


- Fácil acesso aos extintores;
- Sinalização de fácil visualização;
- Perfeito serviço de manutenção;
- Conhecimento de técnicas de extinção.

I DENTI FI CAÇÃO
Etiquetas de identificação, pintadas no local do extintor:
- Permitem ao usuário saber a que classe de incêndio pertence o extintor e onde deverá ser
empregado.
- Constituídas por sistemas de letras e pictogramas;
- Podem ser impressas ou pintadas com tinta reflexiva.

A C

B D

SELO PARA APARELHOS EXTI NTORES


Criado pela ABNT e lançado pela Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos Contra
Incêndio e Cilindros de Alta Pressão. Atualmente controlado pelo INMETRO (Instituto Nacional de
Metrologia), erve para determinar se o equipamento foi certificado, ou seja, se está em
conformidade com as normas de fabricação e desempenho.

I NSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
- Verificação rotineira dos extintores e do local onde estão instalados.
- Freqüência de verificação varia de acordo com:
a) Necessidade de cada instalação;
b) Uso, riscos existentes, condições de trabalho, etc...
c) Deverá ter uma etiqueta para anotação das inspeções efetuadas.

PRÓ-ATI VI DADE - ATI TUDE I NTELI GENTE 50


CLASSI FI CAÇÃO DOS EXTI NTORES

ÁGUA PRESSURI ZADA


1) Capacidade: 10 a 75 litros (carreta);
2) Aplicação: incêndios de classe " A ";
Modo de usar:
- levar o extintor ao local do fogo;
- colocar-se à distância segura;
- retirar o pino de segurança;
- empunhar a mangueira, acionar o gatilho e dirigir o jato à base do fogo (observar sempre a
direção do vento);
ÁGUA PRESSÃO I NJETADA:
Capacidade: 10 litros;
Aplicação: incêndios de classe " A ";
Modo de usar:
- levar o extintor ao local do fogo;
- colocar-se à distância segura;
- abrir a válvula da ampola;
- empunhar a mangueira,
- acionar o gatilho
- dirigir o jato à base do fogo (observar sempre a direção do vento);

ESPUMA MECÂNI CA
Capacidade: 10 litros;
Aplicação: incêndios de classe " A " e " B ";

Tipos: Pressurizados e Pressão I njetada.

Modo de usar: ( pressurizado)


- levar o extintor ao local do fogo;
- colocar-se à distância segura;
- abrir a válvula da ampola;
- empunhar a mangueira,
- acionar o gatilho
- dirigir o jato à base do fogo (observar sempre a direção do vento);
Modo de usar: ( pressão injetada)
- levar o extintor ao local do fogo;
- colocar-se à distância segura;
- abrir o registro de propelente (pressão injetada);
- puxar o pino de segurança e retirar o esguicho proporcionador do porta esguicho,
empunhando-o;
- acionar o gatilho,
- dirigir o jato à base do fogo (sendo classe "B": anteparo)
Taxa De Expansão: 1 x 8 - 80 litros de espuma;

PÓ QUÍ MI CO SECO ( PQS)


Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8, 12, 20 e 50 kg.
Aplicações: classes " B " e " C ";
Tipos: pressurizados e pressão injetada;
Modo de usar:
- levar o extintor ao local do fogo;
- abrir a válvula da ampola;
- retirar o pino de segurança;
- pulverizar a área de combustão.

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DI ÓXI DO DE CARBONO ( CO2)
Capacidade: 2, 4, 6 kg;
Aplicação: classes " B " ," C ",
Carga: CO2 liquefeito sob pressão;

Modo de usar:
- levar o extintor ao local do fogo;
- retirar o pino de segurança;
- retirar o difusor;
- segurar na empunhadura, dirigir o jato à base do fogo, movimentando o
difusor em leque.

COMPOSTOS HALOGENADOS ( HALLON)


Capacidade: 2, 4, 6 kg
Aplicações: classes “A ”, " B " e " C ";
Tipos: pressurizados.

Modo de usar:
- levar o extintor ao local do fogo;
- retirar o pino de segurança;
- pulverizar a área de combustão.

PÓ QUÍ MI CO ABC ( fosfato monoamônico)


Capacidade: 3, 3 ½ ”, 4, 4 ½ ” e 7 kg;
Aplicações: classes “ A ”, " B " e " C ";
Tipos: pressurizados.

Modo de usar:
- levar o extintor ao local do fogo;
- abrir a válvula da ampola;
- retirar o pino de segurança;
- pulverizar a área de combustão.

SELEÇÃO DOS EXTI NTORES SEGUNDO O RI SCO A PROTEGER

- Os extintores devem ser escolhidos especificamente para o risco, segundo a classificação dos
incêndios:

CLASSE " A ": CLASSE " B ":


- Água; - Espuma Química; (em desuso);
- Espuma Química (em desuso); - Espuma mecânica;
- Espuma mecânica - CO2;
- PQS - PQS
- Halogenados (Halon) - Halogenados (todos)
- Pó ABC. - Pó ABC.

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CLASSE " C ": CLASSE " D ":
- CO2; - extintor específico para o metal pirofórico a
- PQS ser protegido:
- Halogenados Ex:
- Pó ABC. a) Sódio, Potássio, Magnésio : cloreto de sódio
(abafamento);
b) Magnésio: grafite.

H I DRAN TE

Os hidrantes são dispositivos existentes em redes hidráulicas, que possibilitam a captação de água
para emprego nos serviços de bombeiros, principalmente no combate a incêndios.

Elementos que compõe o hidrante:


- Reservatório - Canalizações - Registro - Junta de União
- Caixa de mangueira - Esguichos - Chave de mangueira Bomba de Incêndio

GUARNI ÇÃO DE HI DRANTES COM TRÊS BOMBEI ROS.

- BOMBEI RO NÚMERO 1: FUNÇÃO: operador da linha de ataque;


MI SSÃO: transporta e acopla o esguicho na mangueira, após o sistema montado, pede água e
direciona o jato ao foco de incêndio.

- BOMBEI RO NÚMERO 2: FUNÇÃO: armador da linha de ataque;


MI SSÃO: faz o lançamento da mangueira (2 1/ 2" 1 1/ 2") e leva uma das extremidades ao
Bombeiro número 1, após auxilia na operação da linha de ataque.

- BOMBEI RO NÚMERO 3: FUNÇÃO: operador do registro.


MI SSÃO: é responsável pelo abastecimento da linha de mangueira, através da abertura do
registro; devendo ficar sempre atento em caso de fechamento, se houver muita pressão na rede de
hidrantes, após aberto o registro deverá auxiliar também na operação da linha de ataque.

I NFORMAÇÕES GERAI S

CORPO DE BOMBEI ROS – FONE 193


Como comunicar um sinistro:
a) Com a voz pausada.
b) Dar o nome.
c) Telefone que está utilizando.
d) Nome da empresa.
e) Localidade e ponto de referência.
f) Quantidade e material que está queimando ( se souber) .
g) Aguardar retorno da ligação.

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h) PRI NCÍ PÍ OS DE I NCÊNDI O
Diz a norma que todo princípio de incêndio (exceto explosão), é perfeitamente debelado nos seus
primeiros 5 minutos.
a) Qual o tempo médio gasto no deslocamento até o extintor, retirada do suporte, ida até o
local do fogo e prepará-lo: 40 segundos.

b) Tempo médio da carga útil dos extintores: 40 segundos

c) Total desde a preparação até a utilização: 80 segundos

Conclusão: 1 minuto e 20 segundos gastos em um total de 300 segundos ( 5 minutos) que


a norma preceitua como ideal para debelar um princípio de incêndio.

“ LEMBRE-SE: O SINISTRO OCORRE, ONDE A PREVENÇÃO FALHA”

“MANTENHA A SUA SAÚDE E A DE SEUS COLEGAS TRABALHANDO COM SEGURANÇA”

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