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MATERIAL DE APOIO

CABELEIREIRO
(auxiliar)
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA DE DUQUE DE CAXIAS
FUNDEC – Fundação de Apoio à Escola Técnica, Ciência, Tecnologia, Esporte, Lazer, Cultura e
Políticas Sociais de Duque de Caxias

Triconodose ................................................ 14
Sumário Tricoptilose.................................................. 14
Introdução ......................................................... 6
Eflúvio Telógeno ......................................... 15
Postura Profissional .......................................... 6
Causa da Queda .............................................. 15
Tricologia ........................................................... 6
Alguns Fatores Desencadeantes da Queda
O Cabelo ........................................................ 6
Anormal ....................................................... 15
Hastes ........................................................ 7
Alopécia ....................................................... 16
Raiz ............................................................. 7
Areata .......................................................... 16
Folículo Pilo Sebáceo................................. 7
Androgenética............................................. 16
Bulbo .......................................................... 7
Androgênica ................................................ 17
Papila Dérmica........................................... 7
Xampu ............................................................. 17
Músculo Eretor .......................................... 7
Formas de apresentações dos xampus ...... 17
Glândulas Sebáceas ................................... 8
Propriedades ideais de um xampu ............. 17
Vasos Sanguíneos ...................................... 8
Formulação básica ...................................... 18
Fio de Cabelo ................................................. 8
Tensoativos ............................................. 18
Cutícula ...................................................... 8
Outros elementos da formulação básica ... 19
Córtex ........................................................ 8
Agentes Sequestrantes ........................... 19
Medula ....................................................... 8
Agentes Espessantes ............................... 19
Composições Químicas dos Fios .................. 8
Agentes perolizantes ou opacificantes .. 19
Fisiologia da Cor do cabelo ........................... 9
Preservantes ............................................ 19
Propriedades do Cabelo ............................... 9
Escova ............................................................. 19
Ciclo de vida do cabelo ............................... 10
Divisão da Cabeça ....................................... 19
O que é PH? .................................................... 11
Passo a Passo da Escova ............................. 20
O pH e os Cosméticos Capilares ................. 11
A lavagem: ............................................... 20
Patologia do Cabelo ........................................ 12
O Xampu .................................................. 20
Dermatoses Foliculares e Hiperticoses: ..... 12
O Condicionador ..................................... 20
Dermatite Seborreica e Caspas .................. 12
Finalizando .............................................. 20
Possíveis Causas ou Fatores Agravantes da
Massagem Terapêutica .................................. 20
Caspa ........................................................... 13
Deslizamento Capilar .................................. 20
Moniletrix .................................................... 13
Fricção em Linha Reta................................. 20
Tricorrexe Nodosa....................................... 14
Amassamento ............................................. 20
Cabelos Lanosos .......................................... 14
Divisão do Cabelo ....................................... 21
Hiperticoses................................................. 14
Escova Lisa (Longos e Médios) ............... 21
Pili Torti ....................................................... 14

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Escova Modelada (Longos e Médios) ..... 21 Queixo duplo ........................................... 28


Escova Modelada Curta .......................... 21 Colorimetria .................................................... 28
Escovando o Cabelo .................................... 21 Estudando as cores e a luz ......................... 28
Finalizando a Escova ................................... 22 Classificação das cores ............................... 29
Piastra/ Prancha/ Chapinha .................... 22 • Primárias .......................................... 29
Modelador Elétrico ................................. 22 • Secundárias ...................................... 29
Escova Modeladora ................................. 22 • Terciárias .......................................... 29
Dicas para uma Boa Escovação .................. 22 Cores quentes, frias e neutras ................... 29
Cabelo e Couro Cabeludo ............................... 23 • Cores Quentes ................................. 29
Tipos de Cabelo ........................................... 23 • Cores Frias ....................................... 29
Ativos recomendados conforme tipos de • Cores Neutras .................................. 29
cabelo .......................................................... 23 Estudando as cores separadamente .......... 30
Cabelos Oleosos ...................................... 23 Amarelo ................................................... 30
Cabelos Normais ..................................... 23 Vermelho ................................................. 30
Cabelos Secos .......................................... 23 Azul .......................................................... 30
Danificados .............................................. 24 Verde ....................................................... 30
Cabelos Mistos ........................................ 24 Laranja ..................................................... 30
Corte ................................................................ 24 A cor natural dos cabelos ........................... 30
Tipos de face ............................................... 24 Analise da cor natural dos cabelos ......... 30
Técnicas de Corte ........................................ 26 Pigmentação dos cabelos ....................... 30
Diagrama de atendimento e realização do Tinturas e seus colorantes ............................. 31
corte ideal ................................................... 26
Pigmentos Da Cor ....................................... 32
Linhas utilizadas para realização dos cortes
..................................................................... 27 A Coloração ..................................................... 32

Projeção de Corte ....................................... 27 A Coloração por Oxidação ou Permanente 32

Linhas e Ângulos ......................................... 27 Os Componentes ..................................... 32

Linhas ....................................................... 27 Como se processa a química ...................... 32

Ângulos .................................................... 27 Tipos de colorações .................................... 33

Conhecendo as divisões da cabeça ............ 28 • Coloração Vegetais .......................... 33

Pescoço curto .......................................... 28 • Coloração Metálica.......................... 33

Testa alta ................................................. 28 • Coloração Sintética .......................... 33

Testa estreita ........................................... 28 Durabilidades das colorações ..................... 33

Nariz grande ............................................ 28 • Coloração temporárias .................... 33

Queixo retraído ....................................... 28 • Coloração semipermanente: .......... 33

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• Coloração permanentes .................. 33 Mecanismo de ação na queratina .............. 43


Tipos de Aplicações ..................................... 33 Teste de mecha ........................................... 43
• Retoque de raiz:............................... 33 Forma de aplicação ..................................... 44
• Coloração direta .............................. 33 Cabelos indicados ....................................... 45
• Coloração indireta ........................... 33 Reações adversas ........................................ 45
Nuances........................................................... 33 Sensibilização .............................................. 45
Volumagem (Peróxido de Hidrogênio) .......... 34 Resultado esperado .................................... 45
Pré-Pigmentação ............................................ 35 Manutenção ................................................ 45
Descoloração................................................... 35 Incompatibilidade ....................................... 46
Decapagem ..................................................... 35 Ativo de transformação: Sódio ...................... 46
Tabela de Coordenação de Cores Reflexo Mecanismos de ação na queratina ............ 46
Altura De Tom ................................................. 36 Teste de mecha ........................................... 46
Como identificar a cor pelo número .............. 36 Forma de aplicação ..................................... 46
Cabelos virgens ............................................... 37 Importância do enxague ............................. 47
Cabelos coloridos ............................................ 38 Cabelos indicados ....................................... 47
Retoque da raiz ........................................... 38 Reações adversas ........................................ 47
Cabelos grisalhos ............................................ 38 Sensibilização .............................................. 48
Cobertura de branco................................... 38 Resultado esperado .................................... 48
Transformação Química ................................. 39 Manutenção ................................................ 48
O cabelo ...................................................... 39 Incompatibilidade ....................................... 48
A estrutura capilar ...................................... 39 Ativo de transformação: Tioglicolato de
Analise do fio ............................................... 40 Amônia (como Relaxamento)......................... 48
Cabelo fino .............................................. 40 Mecanismos de ação na queratina ............ 49
Cabelo grosso ou forte ............................ 40 Neutralização .............................................. 49
Cabelo espesso: ....................................... 40 Teste de mechas ......................................... 49
Cabelo resistente .................................... 41 Forma de aplicação ..................................... 49
Cabelo crespo (ulótrico).......................... 41 Importância do enxague ............................. 50
Cabelo danificado (poroso): ................... 41 Cabelos indicados ....................................... 50
Análise do couro cabeludo ......................... 41 Resultado esperado .................................... 50
Avalição antes da química .......................... 41 Manutenção ................................................ 50
Conhecendo as bases químicas...................... 41 Incompatibilidade ....................................... 51
Ativo de transformação: Hidróxido de Ativo de transformação: Tioglicolato de
Guanidina ........................................................ 43 Amônia (como Alisamento ou Defrisagem) .. 51

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Mecanismos de ação na queratina ............ 51


Neutralização .............................................. 51
Teste de mechas ......................................... 52
Forma de aplicação ..................................... 52
Importância do enxague ............................. 53
Modo de chapar ou piastra ........................ 53
Cabelos indicados ....................................... 54
Resultado esperado .................................... 54
Manutenção ................................................ 54
Incompatibilidade ....................................... 54
Compatibilidade .......................................... 54
Ativo de transformação: Tioglicolato de
Amônia (Permanente) .................................... 55
Os bigoudis .................................................. 55
Ondas suaves ........................................... 55
Ondas naturais ........................................ 55
Cachos soltos ........................................... 55
Cachos apertados .................................... 55
Tratamento ................................................. 56
Coloração e mechas em cabelos alisados ...... 56
Regras básicas ............................................. 57
LEI Nº 12.592, DE 18 DE JANEIRO DE 2012 ... 57

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Introdução
O objetivo desse caderno de apoio é que você tenha em mãos, um material para acompanhar o
ensino do curso. Um guia no qual você irá encontrar rapidamente os principais pontos abordados no
estudo dos cabelos:
• Capacitar os profissionais de beleza para obter conhecimento;
• Compreender a formação e fisiologia dos fios de cabelos para desta forma obter melhores
resultados no trabalho;
• Capacitar e reciclar profissionais de beleza, visando despertar a importância em destituir
velhos hábitos.

Postura Profissional
A ética profissional estuda e regula o relacionamento do profissional com sua clientela, visando à
dignidade humana e a construção do bem-estar, no contexto onde exerce sua profissão.
Como se comportar diante do seu cliente:
• Não falar mal de outro profissional;
• Cuidados com sua aparência;
• Não fumar quando estiver trabalhando;
• Não perguntar sobre a vida pessoal do cliente;
• Ao se direcionar ao cliente, olhe sempre nos olhos dele;
• Seja cortês, diga: obrigada, com licença e por favor;
• Chame o cliente sempre pelo nome;
• Seja rápido e eficiente;
• Valorize seu conhecimento, através do profissionalismo;
• Oriente o cliente, mas não interfira nas suas escolhas.

Tricologia

O Cabelo
O cabelo humano é formado em grandes partes por uma proteína rígida chamada Queratina, que
por sua vez contém uma grande quantidade de Cristina, seu principal componente. Cada fio é coberto
por uma camada de escamas bem fechadas conhecidas como “cutículas” que protege o interior do
cabelo. A elasticidade dos fios depende das ligações S-S (ou ponte de Enxofre) das moléculas de
Cristina. Quando o cabelo é exposto a uma série de fatores externos e /ou agentes agressores ocorre
um rompimento desta ligação.
O cabelo está divido em: HASTES, RAIZ E COURO CABELUDO.
A Tricologia irá estudar as partes do cabelo.

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Hastes
Células totalmente queratinizadas. É a porção que se protege para o exterior da pele.
Raiz
Invaginação de epiderme e tem função de nutrir o pelo. Estende-se desde a epiderme até a derme,
mas no couro cabeludo pode chegar à hipoderme.
A forma da raiz determina a ondulação do cabelo:
• Raiz Redonda: Cabelo liso;
• Raiz Ovalada: Cabelo ondulado;
• Raiz Achatada: Cabelo crespo.
Folículo Pilo Sebáceo
É a parte interna onde encontramos a raiz que se localiza dentro da derme;
Bulbo
É a dilatação do folículo em forma de saco. É o ponto de origem do cabelo;
Papila Dérmica
Localizada na base do folículo. É aonde chegam os vasos sanguíneos responsáveis pela nutrição do
folículo, responsável por controlar o desenvolvimento do fio durante os estágios do crescimento.
Músculo Eretor
Responsável pela sensação tátil, que nos faz, por exemplo, sentir arrepios.

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Glândulas Sebáceas
São responsáveis pela produção da oleosidade natural onde seu produto determina em parte o grau
de oleosidade da haste; E delas que parte um canal denominado ducto sebáceo que além de irrigar
a haste também protegerá o couro cabeludo.
Vasos Sanguíneos
São os condutores de nutrientes de pelo.

Fio de Cabelo
O fio do cabelo em corte transversal pode ser dividido em três partes, dispostas uma no interior da
outra e composta de células queratinizadas:
Cutícula
É a região mais externa do cabelo composta, por escamas
anelares sobrepostas não pigmentadas e compreende de 10 a
15% do fio. Tem função de forma barreiras para impedir a
penetração de agentes químicos. E facilmente danificada pelos
processos químicos e mecânicos, resultando em cabelos ásperos
e sem brilho. Sua remoção total causa pontas duplas.

Córtex
O córtex representa 80 % do cabelo e constitui o coração da fibra
capilar, é ele que embasa as propriedades fundamentais do fio
(solidez, elasticidade e permeabilidade). É composto por células alongadas e de estrutura compacta
formada por células corticais e melanina.
Responsável pela elasticidade e curvatura do cabelo. É nesta parte que se desenvolvem todos os
processos químicos.

Medula
É a camada mais interior do fio que possui teor de lipídeos e é podre em cistina. Sua função não está
completamente esclarecida, embora suas células possam desidratar-se e os espaços possam ser
preenchidos por ar, afetando a cor e o brilho dos cabelos. Ela só está presente nos cabelos grossos e
grandes, isto é, nos asiáticos.

Composições Químicas dos Fios


O fio de cabelo é composto por:
Enxofre - 5,2%
Nitrogênio - 15,1%
Carbono - 45,2%
Oxigênio - 27,9%

Hidrogênio - 6,6%

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Água: Representa cerca de 10%. O cabelo molhado absorve cerca de 30% do seu peso, quebrando as
ligações de hidrogênio (mais fraca).
Lipídios: Internamente ajudam na estrutura do fio e extremamente são formados pelo sebo com
função de manter a oleosidade natural ao longo doa fio. Representam cerca de 6%.
Glicídios: Trata-se de uma agente energizante.
Aminoácidos: Representam cerca de 14% da composição química do fio e atuam como bloco de
construção das proteínas. Contém átomos de Enxofre (S) que forma ligações responsáveis pela forma
de cabelo. Principais aminoácidos são: Cisteína, Alanina, Ácido Glutâmico, Arginina, Serina Leucina,
Ácido Aspártico, Valina, Fenilalanina, Isoleucina, Prolina Lisina e Tirosina.
Proteínas: Representam cerca de 70% e a principal
conteúdo de aminoácidos com Enxofre.

Fisiologia da Cor do cabelo


A cor natural do cabelo é promovida pela melanina presente no córtex. A melanina é derivada dos
melanócitos (células responsáveis pela síntese da melanina) presentes no bulbo capilar. A melanina
pode ser dividida em:
• Eumelanina: (Coloração preta/azul), são composta por ângulos maiores e mais escuros.
• Tricosiderina: (Coloração vermelho) são ângulos menores e mais claros (difusos).
• Feomelanina: (Coloração amarela) são menores e mais claros (difusos).
• Octalanina: (Cabelos brancos) são grossos e na maior parte crespos.
Os quatros tipos de melanina podem estar presentes no cabelo do indivíduo e é o grau de
concentração de cada uma explica a variedade de cores naturais.

Propriedades do Cabelo
• Espessura: Quanto mais grosso for o fio, mais difícil de rompê-lo.
• Elasticidade: é a propriedade que o cabelo tem de ser estirado e contraído naturalmente,
como um elástico.
• Permeabilidade: O cabelo pode absorver até 35% de seu peso de água.
• Textura: Varia de acordo com a espessura (diâmetro) do fio.
• Densidade: é a maior ou menor quantidade de fios existentes, por 2 cm. Tem relação com a
quantidade de fios e não com a textura.

INGREDIENTES % AÇÃO
Proteínas 71-85% Proporcionam fortalecimento e resistência
Água 10-15% Flexibilidade
Lipídios 3-6% Mantêm o cabelo macio
Pigmentos 1% Cor
Minerais 0,05% - 0,5% Atraem e fazem as proteínas se unirem
Ciumento intercelular que mistura a
Carboidratos 0,1%-0,5%
unidade e as proteínas.

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Ciclo de vida do cabelo

Conforme a nova célula protege as células mais velhas para


a superfície, estas se tornam cada vez mais queratinizadas
e morrem. O crescimento dos cabelos é descontínuo.
Assim que um fio é reposto por um novo.
FASE FASE FASE QUEDA
O crescimento capilar obedece às fases, que refletem seu ANÁGENA CATÁGENA TELÓGENA
crescimento descontinuo. São elas:
• Anágena: é a fase ativa de formação e crescimento do fio, período em que a célula
germinativa mantém sua capacidade de sintetizar queratina, empurrando para cima as
anteriores e aumentando o tamanho do fio. Sua varia entre 3 a 5 anos.
• Catágena: Fase de repouso, onde a divisão celular diminui e depois para. Dura em média de
2 a 3 semanas.
• Telógena: Fases de queda do fio, a papila se retrai e para de nutrir o fio já crescido. Reinicia o
processo de produção de um novo fio que, ao de desenvolver, empurra o anterior, fazendo-
o se desprender e cair. Dura em média de 3 a 4 meses.

O folículo pode produzir, em


média 25 ciclos. Uma cabeleira
saudável apresenta cerca de
85% de cabelo em fases
anágena e 15% em catágena e
telógena. O fio de cabelo pode
crescer de 1 a 1,5 cm por mês,
num ciclo de aproximadamente
4 anos.

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O que é PH?
PH é uma sigla que significa potencial hidrogeniônico. Ele
tem esse nome pois indica a concentração de íons H+. De
uma forma mais clara pH é um índice que indica a acidez,
neutralidade ou alcalinidade de um meio aquoso.
O pH possui uma escala que vau de 0 a 14. Sendo de 0 a 6,9
ácido; em 7,0 neutro; e de 7,1 a 14 e considerado alcalino
(básico).
O pH é uma escala logarítmica ou seja aumentada 10 vezes a
cada unidade, sendo assim um pH 7 é 10 vezes maior que o pH 6.
Assim pergunta-se o que o pH tem a ver com cosméticos?
Para cada região do corpo há um pH diferente, isto deve-se as diferentes composições químicas e
biológicas de cada região. O pH do nosso estômago é em torno de 0,9 a 2,0; o pH da nossa pele é em
torno de 4,5 a 5,8; e o pH dos cabelos é em torno de 4,2 a 5,8;

O pH e os Cosméticos Capilares
O pH ácido é capaz de selar as cutículas dos fios. Um cabelo com as cutículas seladas e alinhadas é
um cabelo capaz de reter a hidratação e os nutrientes nos fios, é um cabelo saudável e com brilho.
Por outro lado, o pH alcalino abre as cutículas; um cabelo com as cutículas abertas é o que chamamos
de cabelo poroso, é um cabelo que não é capaz de reter hidratação ou qualquer tipo de nutrientes,
é um cabelo frágil e sem vida.
A primeira foto é um cabelo
danificado com cutículas abertas
e a segunda é uma foto de um
cabelo saudável com as cutículas
alinhadas.
Como o pH dos cabelos é ideal
em torno de 4,5, o ideal para
xampus é pH em torno de 5,0.
Desta forma não a um dano
grande às cutículas.
Xampus antirresíduos normalmente possuem pH em torno de 8, por isso diz se este tipo de produto
danifica os fios. Muitas pessoas gostam de utilizar antirresíduos antes de tratamentos justamente
pelo fato dele abrir as cutículas, sendo assim o cabelo está pronto para receber o tratamento, mais
isso não é verdade, antirresíduos pode danificar os fios e muito.
Pessoas que possuem escova progressiva devem evitar xampus antirresíduos, uma vez que
progressiva sela os fios. Quando você lava com antirresíduo e abre as cutículas, você retira mais

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rapidamente a progressiva. Por isso quem tem escova progressiva deve usar xampus com pH de 5,0
a 6,0.
Da questão do neutro, passamos para os xampus de bebê. Xampus de bebê possui pH 7,2 que o
mesmo pH da lágrima, por isso não arde os olhos do bebê. Mas em adultos pode causar ressecamento
quando usado com frequência.
As máscaras, condicionadores e leave-in devem possuir um pH mais baixo ainda que do xampu para
selar as cutículas.
Se você usar um xampu com o pH 5,5 é legal usar uma máscara com o pH 3,5 a 4,5 para que feche as
cutículas que o xampu abriu.
É necessário usar máscaras com pH baixo, pois elas deixam aquela sensação de cabelo molinho,
derretido.
Quando usamos uma máscara ou condicionador que deixa os cabelos molinhos é por que ele deixa
as cutículas seladas.
Geralmente, relaxamento e colorações possuem pH alcalino, por isso eles danificam os fios. Muitos
relaxamentos vêm com um passo chamado neutralização e geralmente este passo é ácido, para
restabelecer e reequilibrar o pH dos fios. Existem acidificantes no mercado, que devem ser usados
depois da coloração e procedimentos deste tipo.

Patologia do Cabelo
As patologias capilares crescem a cada dia e traz várias complicações aos seus portadores: problemas
emocionais, psicológicos ou físicos.
Hoje me dia cresce o número de pessoas que se preocupam com seus cabelos e desta forma em
nossa apostila, iremos estudar este novo assunto e saber como tratar os principais problemas
patológicos.

Dermatoses Foliculares e Hiperticoses: São alterações morfológicas e/ou estruturais dos pelos.
Podem ser hereditárias ou não, congénitas ou adquiridas e de solução terapêutica muitas vezes
difícil.

Dermatite Seborreica e Caspas: A doença caracteriza-se pela queda repentina dos pelos, formando
placas circulares de alopecia (“pelada”), sem alteração da pele no local, que se apresenta sem
qualquer sinal inflamatório. Pode atingir o couro cabeludo, a área da barba, os supercílios, cílios ou
qualquer outra região pilosa. A dermatite seborreica é uma inflamação crônica da pele que surge em
indivíduos geneticamente predispostos.
A dermatite e a caspa podem ser estimuladas, pela oleosidade excessiva e por um fungo presente na
área afetada o Pityrosporum Ovale. A maior atividade das glândulas sebáceas se dá sob a ação dos
hormônios androgênicos, por isso os sintomas têm início geralmente após a puberdade. Nos recém-

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nascidos também podem ocorrer manifestações da doença devido ao androgênio materno presentes
neles.
A caspa é um problema muito frequente que acomete o curo cabeludo através de descamação. Pode
enfraquecer os fios, ocasionando queda anormal do cabelo e costuma provocar coceiras. A
escamação pode ser seca ou oleosa, sendo está última chamada seborreica, a qual provoca placas
sobre o couro cabeludo.
A dermatite seborreica é por vezes considerada uma forma mais grave de caspa, requerendo
cuidados médicos, porém o mais provável é que seja uma condição diferente que provoca
vermelhidão, coceira e inflamação do couro cabeludo, além de descamação. Podem ocorrer também
nas sobrancelhas, laterais do nariz, em torno das orelhas e na face anterior do tronco.
Outras condições podem ser confundidas com esses quadros e que requerem ação atenção medica
e diferente tratamento são a psoríase e o eczema.

Possíveis Causas ou Fatores Agravantes da Caspa


• Proliferação desordenada do Pitryrosporum Ovale, fungo que vive naturalmente no couro
cabeludo provocando irritação e descamação;
• Excesso de produção das glândulas sebáceas e couro cabeludo oleoso, fazendo com que as
descamações fiquem aderidas à pele;
• Distúrbios hormonais ou glandulares;
• Permanentes, alisamentos ou colorações em excesso;
• Utilização de produtos inadequados;
• Processos alérgicos;
• Gravidez;
• Instabilidade emocional (ansiedade, estresse, depressão, entre outros).

Moniletrix
É afecção rara, hereditária, que surge na infância. Caracteriza-se por dilatações e estreitamentos
alternados nos cabelos e pelo, que são curtos pelas fraturas que ocorrem.
Os cabelos apresentam variação regular na espessura adquirindo a aparência de nodosidades:
atingem, particularmente, o dorso do couro cabeludo, embora o couro cabeludo inteiro e até mesmo
o pelos corporais possam ser afetados.
Há uma alopecia parcial com ceratose pilar.
Tem sido encontrada na síndrome de Menkes e na argininossuccinilacidúria.
Pode ser reconhecida pelo exame do pelo com lupa.
Não há tratamento efetivo.

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Tricorrexe Nodosa
É uma resposta do cabelo a um traumatismo, o chamado desgaste do cabelo. Os pelos apresentam
nódulos por haver uma dissecção longitudinal das fibras, o que ocasiona quebras.
Vários fatores são incriminados para sua formação: sol, pente, escova, xampus, banhos de mar etc.
Pode ser proximal, distal ou focal. A tricorrexe nodosa proximal ocorre no couro cabeludo,
geralmente me cabelos crespos; a distal ocorre em cabelos longos em suas extremidades distais; a
focal ocorre apenas em uma área do couro cabeludo, geralmente por trauma local, como coçadura
em neurodermite, líquen plano, etc.
Há uma forma acompanhada de um transtorno metabólico como acidúria argininossucínica,
síndrome de menkes e tricotiodistrofia.

Cabelos Lanosos
É o cabelo crespo, encaracolado como na raça negra. Os pelos lanosos, porém são tão entrelaçados
que se tornam difícil penteá-los. Pode ser transmitido por gene autossômico dominante ou recessivo
é mais comum na criança e se normaliza na idade adulta.

Hiperticoses
É um crescimento desproporcional de pelos em qualquer parte do corpo, pode ser congênita ou
adquirida, difusa ou localizada. A distribuição e o número de pelos variam conforme a raça (pretos e
amarelos tem menor pilosidade que brancos). A cor, influência e constitucional do ser humano.

Pili Torti
É afecção congênita rara, caracterizada por pelos espiralados, torcidos em torno dos eixos, secos e
quebradiços. Localiza-se mais frequentemente no couro cabeludo. É herdada por gene autossômico
dominante e pode ser associada em outras más formações. É a anormalidade de pelo mais
encontrada na síndrome de Menkes. O defeito é notado na infância pela fragilidade dos cabelos.

Triconodose
Afecção comum, caracterizada por torção dos cabelos, que forma nós ou laços como consequência
de procedimento cosméticos ou fricção. É mais observada em cabelos curtos e crespos e
normalmente acomete cabelos mais finos.

Tricoptilose
É quadro comum, caracterizados por cabelos frágeis e bifurcados. Resulta do desgaste da cutícula
que expõe as fibras do córtex, tal como a ponte de uma corda desgastada.

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As fendas podem localizar-se apenas na extremidade livre ou em toda a extensão da haste,


resultando em fratura.
Pode ser relacionada com o uso de fixadores, água quente, produtos químicos e escova dura
excessiva.

Eflúvio Telógeno
O eflúvio telógeno é a queda de cabelo na fase telógena. É considerada normal a queda de 100 fios
ao dia. Quando superior a este número, já se caracteriza eflúvio.
Normalmente, o excesso de oleosidade ou a dermatite seborreica precedem o eflúvio.

Causa da Queda
A perda diária de cabelos e variável entre pessoas. Tornando-se como exemplo: se uma pessoa tem
cem mil fios de cabelos com duração aproximada de 3 anos, isso significa que a cada 3 anos a pessoa
troca todos os seus cabelos, tenho uma queda média de cem mil fios por dia.
Levando esse exemplo em conta, se o indivíduo tem uma queda média de mais de 150 fios por dia,
já está na hora de se preocupar e buscar tratamento para a queda e para fortalecer os fios já existe
assim como novos.

Alguns Fatores Desencadeantes da Queda Anormal


• Pós-parto: nesta fase os folículos ficam em repouso, sendo necessário tratamento auxiliar.
• Pós-cirúrgico e estressante.
• Dietas violentas ou distúrbios alimentares.
• Estresse físico e emocional.
• Distúrbios hormonais.
• Doenças autoimunes.
• Alguns medicamentos de uso prolongado ou quimioterápico.
• Doenças glandulares.
• Doenças metabólicas.
• Doenças infecciosas.

Para iniciar um tratamento efetivo, devemos em primeiro lugar buscar a causa. Alguns fatores
dependem de tratamento médico, porém um tratamento cosmético auxiliar sempre é bem indicado.

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Alopécia
É a redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área da pele. Apresenta várias
causas, podendo ter uma evolução progressiva, resolução espontânea ou controlada com tratamento
médico e terapêutico.

Areata
A alopecia Areata, conhecida vulgarmente como “Pelada”, é uma
doença de causa desconhecida que atinge igualmente homens e
mulheres, caracterizando –se pela queda repentina dos pelos nas
áreas afetadas, sem alteração da superfície cutânea.
Entre possíveis causas, está uma predisposição genética que seria
estimulada por fatores desencadeantes tais como: o estresse
emocional e fenômenos autoimunes. A doença caracteriza-se pela queda repentina dos pelos,
formando placas circulares de alopecia sem alteração da pele no local, que se apresenta sem
qualquer sinal inflamatório. Pode atingir o couro cabeludo, a área da barba, os supercílios, cílios ou
qualquer outra região pilosa.

Androgenética
A alopecia Androgenética ou calvície masculina é uma
manifestação fisiológica que ocorre em indivíduos geneticamente
predispostos e que leva à queda dos cabelos, os quais sofrem um
processo miniaturização.
A herança genética pode vir do lado paterno ou materno. Resulta
da estimulação dos folículos pilosos por hormônios masculinos que
começam a ser produzidos na adolescência (testosterona). Ao
atingir o couro cabeludo de pacientes com tendência genética para
calvície, a testosterona sofre ação de uma enzina, a 5-Alfa-
Redutase, e é transformada em Dihidrotestosterona (DHT). É a DHT
que vai agir sobre os folículos pilosos promovendo a sua diminuição progressiva a cada ciclo de
crescimento dos cabelos que vão se tornando menores e mais finos.
A característica principal da alopecia androgenética é a queda continuada dos cabelos com
substituição por fios cada vez mais finos e menores até a interrupção do crescimento, o que leva à
rarefação dos pelos e ao afastamento da linha de implantação para trás.
A progressão do quadro leva á calvície masculina, característica pela ausência de cabelos na parte
superior frontal da cabeça, poupando as áreas laterais e posteriores.

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Androgênica
A calvície que já incomoda bastante dos homens, quando acomete
as mulheres pode ser causa de grande ansiedade e sofrimento
emocional. Os cabelos tem grande importância na estética da mulher
e são muito valorizados como característica feminina. A perda deles
traz enorme significado em relação a autoestima sendo muito
frequente de busca de tratamento.

Xampu
A finalidade de um xampu é limpar os cabelos e ainda deixá-los reluzentes, maleáveis e com
aparência suave.
A necessidade de lavagem frequente ou não varia de indivíduo para outro. Lavar cabelo envolve ação
química e física.
Química: o xampu atraí as partículas e segura-as fora do cabelo e do couro cabeludo, até serem
removidas com o enxágue.
Física: quando se efetua a lavagem e o espalhamento do xampu, as impurezas do cabelo e do couro
cabeludo, soltam-se. É uma ação física.
É importante um enxágue abundante, que remova todos os produtos usados na limpeza.

Formas de apresentações dos xampus


Estão relacionadas com o estado e o aspecto físico do produto:
• Xampus líquidos
• Xampus cremosos
• Xampu em pó
• Xampu em tablete

Propriedades ideais de um xampu


 Facilidade de aplicação/ distribuição;
 Poder espumógeno;
 Capacidade de limpeza;
 Facilidade de enxágue;
 Penteabilidade do cabelo molhado;
 Brilho/ maciez;
 Maleabilidade;
 Penteabilidade a seco;
 Fragrância agradável;
 Baixo poder de irritação.

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Formulação básica
Um xampu pode e deve conter:
Tensoativos: Ação detergente é sua principal característica e podem ser classificados em:
• Aniônicos
• Catiônicos
• Anfóteros
• Não Iônicos
Os tensoativos mais utilizados em xampus são os aniônicos e os anfóteros. Nos condicionadores, os
catiônicos. Os não iônicos são utilizados em cremes e loções, sendo utilizados em xampus apenas
como tensoativos secundários.

Tensoativos Aniônicos
Os tensoativos aniônicos mais utilizados na formulação de xampus são os alquil sulfatos, alquil éter
sulfatos e os sulfonados. Os fosfatos quase não são utilizados pela relação custo benefício.
Alquil Sulfatos
Encontramos no mercado:
• Lauril sulfato de sódio: Mais agressivo ao cabelo e pode apresentar 100% de detergência;
• Laurel Sulfato de Trietanolamina: Mais suave e menor poder de detergência.
• Laurel Sulfato de Monoetanolamina: Utilizados em produtos que exigem alta viscosidade.
• Laurel Sulfato de Amônio: Somente é estável no pH 5,5 a 6.
Alquil Éter Sulfatos
Difere do anterior apenas pela reação de etoxilação com um ou mais moles de óxido de etileno. Essa
etoxilação confere aos produtos mais suavidade.
Podemos encontrar:
• Lauril Éter Sulfato de Sódio: o mais utilizado para xampus;
• Laurel Éter Sulfato de Trietanolamina: promove suavidade ao xampu;
• Laurel Éter Sulfato de Monoetanolamina;
• Laurel Éter Sulfato de Amônio.
Tensoativos Anfóteros
São usados em xampus, sabonetes líquidos e banho de espuma, xampus infantis e xampus suaves
para uso diário. Conferem suavidade e leve ação condicionadora. Tem baixo poder espumógeno e
baixa reserva de viscosidade.
Encontramos: Cocoanfocaboxiglicinato, cocobetaina, coco amido betaína.

Tensoativos Não Iônicos


São usados como tensoativos secundários, conferido suavidade à formulação. São acalonamidas de
ácido graxo de coco, tendo característica:
• Conferir estabilidade a espuma;
• Apresenta ação sobreengordurante;

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• Poder Espassante;
• Funciona como solubilizante de essências.

Tendência
Uma tendência atual é o emprego de alquil de poliglucosídeos tais como decil poliglucosídeo e o laurel
de poliglucosídeo, que são tensoativos não etoxilados e não iônicos.
Usados como tensoativos secundários, dão suavidade às formulações.
Em associação ao sacosinatos (tensoativos aniônicos extremamente suave), resultam em xampus de
alta performance e suavidade.

Outros elementos da formulação básica


Agentes Sequestrantes: Utilizados com a finalidade de reduzir o efeito da água dura, que deposita no
fio do cabelo, deixando-os opacos e sem vida. Ex: EDTA e ácido cítrico.
Agentes Espessantes: Diestetearato de propilenoglicol 6000, cloreto de sódio, hidroxi-etil-celulose,
carbômero.
Agentes perolizantes ou opacificantes: bases perolizadas constituídas em sua maioria de lauril éter
sulfato de sódio e monoestearato de etileno glicol.
Preservantes: metil parabeno, metil dibromo-glutaronitrila e fenoxietanol, isotiazolidonas (mistura
sinergética), imidazolinidil uréia.

Escova
A escova é uma técnica e embelezamento dos cabelos que existe há séculos. Além de pentear e alisar
os cabelos, a técnica serve para estimular a hidratação natural do couro cabeludo e dos fios.
Isto ocorre por que o calor do secador e os movimentos da escova ativam a circulação sanguínea,
massageiam o couro cabeludo e fecham as cutículas, provocando a lubrificação e hidratação dos fios.
Os cabelos ficam com mais brilho e com aparência natural.
A escova também serve para dar forma aos cabelos. Juntamente com o secador e o manuseio técnico
de um bom profissional, os cabelos podem ficar com o aspecto liso ou modelado.

Divisão da Cabeça
Para desenvolvermos um bom trabalho como cabeleireiro, devemos
conhecer como a cabeça humana se divide. São 6 partes:
1- Frontal
2- Lateral Direita
3- Lateral Esquerda
4- Parietal Direita
5- Parietal Esquerda
6- Occipital

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Passo a Passo da Escova


A lavagem: O primeiro passo é proteger os ombros e costas da cliente com uma toalha. Umedeça o
cabelo da cliente, assegurando-se de que está todo molhado. Tenha um especial cuidado com a
acomodação confortável da nuca e não deixe de higienizar esta região.
O Xampu: É aplicado duas vezes. Distribua o xampu por todo o cabelo fazendo uma suave massagem
até obter espuma, em seguida, enxague cuidadosamente. Repita a operação e observe se o produto
foi todo retirado.
O Condicionador: Após retirar o excesso de água, aplique o condicionador, ele deve ser colocado
apenas no comprimento e nas pontas, nunca diretamente no couro cabeludo.
Aproveite esse momento para desembaraçar os cabelos, começando pelas pontas. Ao final, enxague
abundantemente, lembrando mais uma vez que todo produto deve ser eliminado, não deixando
resíduos.
Finalizando: Retire o excesso da água dos cabelos ainda no lavatório (para evitar que fiquem
pingando), envolva-os com as toalhas e encaminhe a cliente ao local indicado.

Massagem Terapêutica
O salão que oferece massagens capilares possui um atendimento diferenciado. A massagem pode ter
um efeito relaxante ou ser utilizada para estimular o couro cabeludo e tornar o produto mais eficaz.
O resultado depende da técnica aplicada. Antes de iniciarmos qualquer massagem, devemos lavar os
cabelos apenas com xampu. Logo após aplicamos o creme capilar específico, apropriado para o tipo
de cabelo da cliente.
Se o objetivo é potencializar os benefícios de um produto, as técnicas utilizadas são: deslizamento,
fricção e amassamento.

Deslizamento Capilar
1º Passo: Posicione as pontas dos dedos sobre o couro cabeludo.
2º Passo: Aplique uma forte pressão.
3º Passo: Mova os dedos em círculos.

Fricção em Linha Reta


1º Passo: Posicione as pontas dos dedos sobre o couro cabeludo.
2º Passo: Aplique uma firme pressão.
3º Passo: Mova os dedos para baixo e para cima até se cruzarem.

Amassamento
1º Passo: Manter as mãos no couro cabeludo.
2º Passo: Mova as mãos uma em direção à outra, com amassamento na mesma direção das mãos.

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Divisão do Cabelo

Escova Lisa (Longos e Médios)

Divisão 4 partes
Esta divisão é mais simples. Divide-se em 4 partes e começando da parte posterior
(nuca), subindo para o alto da cabeça.
Laterais: Sempre separando as mechas em linhas retas no sentido para baixo, não
esquecendo de modelar as pontas para dentro ou para fora.

Divisão 5 partes
Esta divisão é um pouco mais complexa e serve para dar um leve topete à parte
frontal.
Posterior: Escove para baixo, modelando as pontas.
Laterais: Escove para baixo, modelando as pontas.
Frontal: Escove para frente, dando um leve topete e direcione para o lado
escolhido pela cliente.

Escova Modelada (Longos e Médios)


Esta divisão serve para cabelos longos e médios que são repicados.
Posterior: Escove os cabelos sempre na diagonal, modelando as pontas para
fora.
Laterais: Escove os cabelos sempre puxando as mechas para frente e modelando
as pontas para fora.
Frontal: Escove sempre para frente e para dar efeito da franja despojada.

Escova Modelada Curta


Este caso é o mais complexo e por isso, quase todos os profissionais têm dúvidas.
Posterior: Não há divisão exata, somente uma divisão que começa na região
frontal e se estende até a nuca. Escove em direção à linha traçada no meio.
Laterais: Sempre modelando para trás.
Frontal: Metade das mechas para trás e metade para frente.
ESCOVA MODELADA
(Curta)

Escovando o Cabelo
1º Passo: Lave os cabelos com xampu adequado e condicionador;
2º Passo: Penteie os cabelos com um pente de dentes largos (para desembaraçar) e depois penteie
com um pente de dentes mais finos para finalizar o processo;
3º Passo: Aplique loção desfrisante em toda a extensão dos fios. Cuidado para não aplicar com
excesso e deixar os fios oleosos;

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4 Passo: Faça a divisão dos cabelos, conforme a necessidade da escovação, prendendo com
pregadeiras tipo “piranha”;
5º Passo: O segredo para deixar os cabelos lisos é segurar firme cada mecha e passar o secador. É o
calor do jato do secador que faz os cabelos ficarem lisos. Comece da raiz para as pontas, da nuca para
o alto da cabeça;
6º Passo: Para modelar as pontas, após a secagem da raiz e meio dos fios, gire a escova nas pontas e
faça este processo até as pontas estarem modeladas ao gosto da cliente, para dentro ou para fora;
7º Passo: Após a piastra, aplique o reparador de pontas;
8º Passo: Passo: Nesta etapa, caso saia do salão com os cabelos com efeito “escovado”, aplique o
vento frio do secador desordenando a escova. Este processo é utilizado para que os fios do cabelo
fiquem mais soltos.

Finalizando a Escova

Piastra/ Prancha/ Chapinha


Serve para deixar o cabelo ainda mais liso, dando inclusive acabamento às pontas, no caso de
modelagem para dentro. Abaixa também os fios mais estáticos.
Faz-se necessário o uso de uma pomada desfrisante finalizadora, pois a mesma protege dos fios
contra o calor da piastra (em torno de 120°C a 150° C).

Modelador Elétrico
Serve para fazer cachos nos fios. Estes cachos podem ser finos, médios ou grossos, dependendo do
calibre do modelador.
A durabilidade deste serviço, não é muito longa, caso não seja aplicado um fixador adequado, na
maioria das vezes o cabelo volta a ficar da forma lisa após algumas horas.

Escova Modeladora
Serve para dar acabamento, modelando cabelos curtos, médios longos após qualquer estilo de
escova.

Dicas para uma Boa Escovação


Para retirar o excesso quebradiço e arrepiado dos cabelos, você deve utilizar escovas ou pentes de
madeiras, que retiram a eletricidade estática após a escovação. Para fixar melhor os cachos, após
escovar os cabelos, aplique spray nas cerdas de uma escova térmica de duas alturas e fixe a mesma

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na mecha a ser trabalhada. Lance ar quente para dar forma e depois lance ar frio para fixar essa
forma. Finalize o trabalho aplicando reparador de pontas.
Para facilitar a escovação seque 70 % da umidade dos cabelos antes de escová-los, pois este só terá
forma após estarem totalmente secos.
Para retirar a forma antiga do cabelo e poder trabalhar no mesmo, você deve utilizar o ar quente que
amolece a queratina dos cabelos.
Para fixar nova forma nos cabelos, use a escova por cima dos cabelos.
Para aumentar o volume dos cabelos, use a escova por baixo dos cabelos.
Para evitar a queima do couro cabeludo, use o secador a uma distância de 10 a 20 cm dos fios e não
mantenha o jato de ar em um mesmo local por muito tempo.

Cabelo e Couro Cabeludo


O cabelo e o couro cabeludo acumulam ampla variedade de impurezas, incluindo oleosidade
produzida pela glândula sebácea, células mortas descamadas, resíduos de cosméticos, bem como
sujeira e fuligem do ar.

Tipos de Cabelo
Podemos classificar os cabelos, ou couro cabeludo em:
• Oleosos
• Normais
• Secos
• Danificados
• Mistos

Ativos recomendados conforme tipos de cabelo


Cabelos Oleosos
Sua formulação deve conter: Hamaamélis, aloe vera e arnica.
O poder de detergenência deve ser maior, com menor quantidade do tensoativo anfótero.
Cabelos Normais
Sua formulação deve conter: jojoba, lecitina de soja e algas marinhas. O poder de detergência deve
ser equilibrado.
Cabelos Secos
Sua formulação deve conter: Gérmem de trigo, proteínas e colágeno.
O poder de detergência deve ser menor, compensado por um tensoativos anfótero.

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Danificados
Sua formulação deve conter: queratina, filtro solar, silicones e ceramidas. O poder de detergência e
igual aos cabelos secos.
Cabelos Mistos
São cabelos que possuem a raiz oleosa, por produção excessiva da glândula sebácea e as pontas secas
ou danificadas, normalmente por tratamento ao cabelo.
Combinação de fatores externos como: Coloração, alisamentos, permanentes, sol em excesso ou uso
incorreto do secador provoca ressecamento dos fios.
Geralmente trata-se de cabelos de comprimento médio ou longo. Sua formulação deve conter:
proteínas hidrolisadas, ginseg, confrei.
Poder de detergência balanceado, com ingredientes de ação antisséptica e princípios ativos que
garantem brilho, maciez para raiz oleosa e para as pontas que são secas.

Corte
O termo vem do francês “Visagismo, que significa rosto”. Mas não diz respeito apenas ao formato da
face. A análise de um biótipo inclui altura, formato das orelhas, pescoço, postura comportamental.
Todas essas informações são importantes e devem ser analisadas na escolha do corte. Através dele
podemos disfarçar traços e linhas indesejáveis no rosto.
Os curtos são mais práticos, ideias para quem não dispõe de muito tempo para dedicar aos cabelos.
É indicado para mulheres que possui rosto pequeno e face delicada.
Os médios são versáteis e ideais para quem gosta de variar, pois permitem diversos looks. Indicados
para mulheres de rosto quadrado e feições largas.
Os longos são geralmente mais sensuais indicados para mulheres mais jovens, exigem maiores
cuidados.
Alguns fatores devem ser levados em consideração ao esculpirmos os cabelos
1- Textura: liso, ondulado ou crespo.
2- Caimentos naturais
3- Área de peso: comprimento do fio 4- Cores do cabelo, profissão, temperamento.
4- Formato do rosto: oval, redondo, retangular.

Tipos de face
Como vimos, um corte exige mais do que o simples ato de contar. Com ele podemos alterar para
melhor ou pior a fisionomia, visto que os cabelos funcionam como uma espécie de moldura para o
rosto. Também já sabemos que o formato do rosto é muito importante para definir o tipo de corte
ideal.
Se você tem dificuldade de identificar o tipo de rosto olhando diretamente para ele, será possível
olhar pelo espelho e traçar uma linha contornando a face.

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Para não errar, quando for orientar a cliente, observe com atenção os seis formatos básico de rostos
e os cortes indicados para cada um deles.

1) Oval considerado o formato ideal. Mas convém são ser taxativo nesta dedução, já que a
beleza pode e está em várias formas de faces, cada uma com um modo particular de ser. A
avaliação positiva sobre esse rosto deve-se ao seu formato harmônica apresentando medidas
equilibradas, sem ângulos fortes e com distância proporcional entre a testa e o queixo. Fica
bem com tudo, desde o clássico Chanel até o moderno despenteado. As pessoas que possuem
esse tipo de rosto explorados os cortes curtos e desfiados.
2) Retangular esse tipo de face possui aspecto longilíneo, enfatizando a distância entre o queixo
e a testa. São indicadas as franjas desconexas para suavizar o comprimento do rosto, e cortes
com volume na altura do maxilar. É importante evitar cabelos fio reto e longo, com fios
grudados na cabeça. Eles destacam o formato alongado do rosto. Quanto mais camadas
laterais este cabelo possuir em movimento para trás, melhor será para suavizar as expressões
marcantes deste tipo de rosto.
3) Redondo rosto com queixo arredondado e têmporas largas, passando a impressão de que a
pessoa está sempre acima do peso. As bochechas generosas enfatizam ainda mais esse tipo
de face, para ele, é indicado um cabelo mais longo, com leve degrade ao redor da face. Pode-
se também criar um visual desconexo, com leve arredondado em direção ao comprimento.
Para os que preferem um corte curto, é preciso ter certos cuidados. Não faça cortes com
volume lateral. Prefira os desconexos (afilados, desfiados). É necessário que aumente o
volume no alta cabeça, explore as costeletas as nucas desfiadas, para suavizar a aparência
arredondada.
4) Losango reduza volume das laterais. O rosto losango tem queixo e testas estreitas com maças
do rosto largas. Esse tipo de rosto pede lateral baixasse volume na altura do queixo. O corte

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tipo Chanel funciona muito bem com esse formato. Evite estilos que aumentem na altura no
alto da cabeça ou volume nas laterais. Use mechas ou franja para disfarçar a testa estreita
5) Coração também conhecido como triângulo invertido testa é mais larga e vai estreitando em
direção ao queixo. Para maior equilíbrio, é indicado um corte na altura dos ombros, repicado
em direção ao maxilar, disfarçando angulo do queixo. Evite cabelos curtos e penteados
puxados para trás, principalmente se a testa for longa. Para os cabelos lisos, os cortes
desconexos com franjas soltas caem bem. Evite fios grudados no alto da cabeça, cabelos
penteados para dentro, penteados com risca ao meio e franja mais curta, pois dá a impressão
que a testa é ainda mais larga.
6) Quadrado rosto largo, testa e queixo acentuado. A mandíbula é mais larga que os demais
tipos de rostos, em alguns casos, chegam a se comparar as maças da face. No rosto quadrado
é como se o rosto tivesse linhas retas no contorno do rosto. Cabelos longos e ondulados são
ideais para esse tipo de rosto. Cortes com pontas viradas em direção à face, com fios ou cortes
com comprimento médio e desconexos também caem muito bem. O channel desconexo
também é outra boa opção.

Técnicas de Corte
É a parti daí que se desenvolvem com bom caimento, penteados modernos e bem trabalhados e um
look versátil de despojado.
As formas de corte que serão apresentadas durante esse curso serão as seguintes:
Compactos; Degradê; Degradê Incrementado; Uniforme; Reto; Reto em Projeção; Diagonal Anterior;
Diagonal Posterior; Gatinho; Degradê com Bico de Tesoura; Degradê com Projeção; Chanel; Chanel
Assimétrico; Chanel com um Golpe Só; Repicado com Técnica de Compacto; Repicado Incrementado.

Vertical Horizontal Diagonal Anterior Diagonal Posterior

Diagrama de atendimento e realização do corte ideal


Ver: Se há possibilidade de fazer o corte desejado e imagina-lo pronto.
VER
Sentir: Conseguir captar com precisão o que o cliente quer.
Pensar: Conseguir captar com precisão o que o cliente quer. FAZER PENSAR

Fazer: Executar o trabalho com precisão e limpeza.


SENTIR

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Linhas utilizadas para realização dos cortes


VERTICAL
DIAGONAL DIAGONAL
ESQUERDO DIREITO

HORIZONTAL

Projeção de Corte
Usamos a projeção do corte quando queremos um corte suave e com aparência de sensível
degradado. As mechas são elevadas de acordo com o ângulo de degradê desejado.

Linhas e Ângulos
Cabelos longos, curtos ou médios, cortes retos ou desconexos, para cada personalidade um corte.
Para um visual geométrico ou desalinhado o importante mesmo á a atenção do profissional e uso de
algumas técnicas.
A técnica básica consiste em compreender o corte através da observação de linhas e ângulos. A
memorização das principais linhas e ângulos dos cortes é importante para que o profissional execute
seu trabalho com segurança.
No início parece complexo, mas não desamine, em breve este conhecimento fará parte do seu dia a
dia e você vai utilizá-lo com naturalidade na hora de ler uma revista de cortes, consultar um manual
Linhas
As linhas mais usadas em um corte que dão expressão e produzem um certo sentimento ao cabelo
são:
• Horizontal: Cortes retos, sólidos e compactos;
• Vertical: Em camadas;
• Diagonal em V: Em bicos; em V arredondados;
• Diagonal em V Invertido: Cortes “Chanel” com nucas desfiadas.

DIAGONAL
LINHA LINHA EM V
VERTICAL DIAGONAL DIAGONAL
HORIZONTAL DIAGONAL
DIREITO INVERTIDO
ESQUERDO

Ângulos
Os ângulos exercem um papel fundamental no corte, é
através deles que se dá o movimento e a leveza de um
cabelo. São responsáveis também pela forma, tanto no corte
quanto na modelagem; na prática utilizamos os ângulos de
posicionarmos o cabelo, a cabeça e as mãos.

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Importante: Na hora do corte é importante posicionar a cabeça conforme os ângulos aqui


apresentados, para se obter o resultado desejado.
Estas linhas os ângulos criam balanço nos contornos e aumentam as características.
Para execução do corte, devem ser usadas mechas fixas e mechas móveis;
Fixa: Quando todo cabelo é direcionado a uma única mecha. Utilizadas em cortes programados.
Móvel: Quando percorremos toda a cabeça, tendo como base uma mecha inicial.

Conhecendo as divisões da cabeça


Adotaremos uma linguagem técnica para dividir o cabelo, que muito facilitará, na assimilação da
aprendizagem do corte.
Dicas importantes:
Pescoço curto – Use cabelos curtos, com volume no alto da cabeça. Eles vão criar a ilusão de que há
mais espaço entre o queixo e colo.
Testa alta- Não caia na tentação de usar franja espessa para disfarçar atesta. Não precisa, mas se
quiser, escolha uma franja suave, desfiada, para criar leveza. Também não é recomendável tiaras e
rabo de cavalo.
Testa estreita - O recurso da franja é válido. Mas comece bem para trás da linha da testa, com volume
na parte superior e lateral.
Nariz grande - Cabelos totalmente presos evidenciam o nariz. Escolha um topete levemente caído e
laterais com volume.
Queixo retraído – Crie volume, use ondas amplas e soltas a partir das orelhas. Evite usar cabelos que
criam volume no alto da cabeça.
Queixo duplo – Um corte quadrado com as pontas delicadamente voltadas para dentro, pode suavizar
queixo duplo.

Colorimetria
Colorimetria é o processo usado pelos profissionais para medir e analisar a composição de uma cor.

Estudando as cores e a luz


A luz é formada por vibrações eletromagnéticas que são acompanhadas de corpúsculos chamados
“PHOTONS”.
Ao enfrentar um obstáculo é refletida ou absorvida pelo mesmo, variando a intensidade da cor, do
reflexo e do brilho.
A luz solar, ao ser passada por um prisma decompõe-se e dá espectros cujas cores são caracterizadas
pelos comprimentos diferentes das ondas.
Isaac Newton, físico inglês, descobriu em 1666 que a luz podia ser decomposta através de um prisma
de crista, em forma de ondas ao deixar que um raio solar passasse por um orifício em uma câmara

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escura projetando os espectros luminosos sobre uma superfície branca com as cores vermelho,
laranja, amarelo, verde, azul, violeta e anil. Reproduziu-se assim o arco íris.

Classificação das cores


As cores estão classificadas em:
• Primárias: São cores básicas que quando
misturadas, dão origem às demais. Azul,
vermelho e amarelo.
• Secundárias: São cores resultantes da
mistura das primárias. Laranja, verde e
violeta.
• Terciárias: União de uma cor primária e outra
secundária. Vermelho-alaranjado, vermelho-
violeta, amarelo-verde, amarelo-laranja,
azul-verde e azul-violeta.

Cores quentes, frias e neutras


• Cores Quentes: São aquelas com base no vermelho e reflexos. Elas aproximam e
aumentam aparentemente as formas. Exemplo: Acajú, vermelho e dourado.
• Cores Frias: São aquelas com base no azul. Elas distanciam e reduzem aparentemente as
formas. Exemplo: Roxo, azul e verde.
• Cores Neutras: Resultam da mistura de cores frias e quentes, produzindo marrom e suas
derivações.

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Estudando as cores separadamente


Amarelo: Faz parte das 3 cores primárias e é complemento do violeta. As 2 quando misturadas em
partes iguais produzem o cinza neutro. O amarelo ao misturar-se com o vermelho produz o laranja,
e com o azul produz a cor verde.
Vermelho: O vermelho é uma cor primária encontrada pura na natureza e não pode ser obtida pela
mistura de outras. Sua cor complementar é o verde. O vermelho quando misturado ao laranja e
amarelo constitui as cores quentes. Misturando o vermelho com o amarelo forma o laranja, e com
violeta forma a cor púrpura. Quando misturamos vermelho com branco conseguimos uma escala
intermediária de rosa.
Azul: É a 3ª cor primária e ao mesmo tempo uma cor fria. A sua cor complementar é o laranja.
Verde: O verde é uma cor secundária e pode ser criada com a mistura entre amarelo e azul.
Laranja: O laranja também é uma cor secundária e pode ser criada com a mistura entre amarelo e
vermelho. Sua cor complementar é o azul.
Violeta: Cor secundária obtida pelo vermelho e azul.

A cor natural dos cabelos


Definir a cor natural dos cabelos é sob o ponto de vista ótico muito complexo.
Obviamente, cores de cabelos diferem de uma pessoa para outra, porém o que não é tão óbvio assim,
é o fato que existe um vasto número de fios de cabelo na cabeça de cada indivíduo, que são de cores
diferentes.
Mesmo uma única fibra pode conter tanto uma quanto dez cores diferentes agrupadas, para dar a
ilusão de única cor, e ainda o tom das pontas de um cabelo frequentemente não é igual ao tom
próximo do couro cabeludo.
Analise da cor natural dos cabelos
A cor do cabelo dará a base com a qual a cor artificial reagirá. Consequentemente uma análise correta
da cor natural dos cabelos é crucial para se atingir o resultado desejado.
Pigmentação dos cabelos
A cor do cabelo é determinada geneticamente. Ela é produzida por um pigmento denominado
MELANINA. De acordo com a natureza do pigmento, a quantidade e a sua distribuição no cabelo,
pode-se obter várias cores.

• Eumelanina  Azul
• Feomelanina  Amarelo
• Tricosiderina  Vermelho
As cores naturais dos cabelos dependem das diferentes proporções dessas 2 melaninas. As cores
naturais dos cabelos são indicadas de 1 a 10. Sendo 1 a cor mais escura e 10 a mais clara.

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Tinturas e seus colorantes


Há milhares de anos as pessoas de todos os continentes usam os seus cabelos para mensurar seu
status cultural ou social, expressar uma opinião, ou simplesmente mudar o visual, rejuvenescer.
O estilo de cabelo, traduz uma marca especial, transformando-se ao longo dos tempos, num meio de
expressão da personalidade humana.
Sendo o uso de tinturas com finalidades de modificar a cor natural dos cabelos conhecido desde a
antiguidade, onde já se usavam colorantes naturais como a henna. A química abriu um extraordinário
campo com a descoberta dos descolorantes sintéticos, nascido da manipulação química de produtos
naturais.
Iniciando-se a era dos colorantes sintéticos quando químico alemão Hoffman descobriu a
paraphenylene-diamine, em 1863 e alguns anos depois mais tarde outro alemão identificou a
propriedades que a paraphenylene-diamine tinha, de colorir a queratina do cabelo, e hoje constitui
a base dos colorantes.
Os avanços foram muitos e os colorantes em larga escala pelos profissionais são: metatoluilen-
diamina, a parato-nylene-diamine, a dimetil-para-fenileno-diamine, ainda os aminofenóis.

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O estigma de que a tintura creme danifica o cabelo, vem sendo derrubado pelo avanço da
industrialização e da tecnologia internacional, que agregou ao processo da coloração formulações
que protegem os fios, hidratando os cabelos simultaneamente com alteração da tonalidade.

Pigmentos Da Cor
Eles repõem ou aumentam os pigmentos naturais do cabelo. A quantidade e a variedade desde
pigmentos determinam a cor definitiva.
Eles dividem-se em pigmentos de cores quentes, cujos diâmetros dos pigmentos são muito
minúsculos e as suas partículas são mais finas, o que explica porque as cores com reflexos rosado,
acaju, vermelho e dourado tem maior facilidade para desprender-se do cabelo, exigindo do
profissional uma técnica para fechar a cutícula do cabelo reduzindo a perda da pigmentação
desejada.
Já o diâmetro dos pigmentos de cores frias é relativamente grande e o seu tamanho dificulta a perda
de tonalidade. As tonalidades naturais possuem maior força de cobertura em cabelos brancos,
particularmente as de cores 01 e 08 na escala de tons.
Ainda na divisão dos colorantes encontramos os colorantes metálicos, que escurecem os cabelos
progressivamente e são conhecidos como tinturas progressivas, devidos ao grande avanço
tecnológicos dos nossos dias, não é recomendável a utilização de tais colorantes.
Concentrados sintéticos, ou seja, nos colorantes de oxidação.

A Coloração
A Coloração por Oxidação ou Permanente
Quando em 1905, o alemão Schuller, descobriu que o colorante só penetra no cabelo estando com o
oxidante e o meio alcalino iniciou-se o processo químico utilizando para mudar o visual da mulher do
século vinte. Os avanços tecnológicos da cosmética, cujos princípios ativos protegem o fio,
hidratando os cabelos durante o processo da coloração.
Vamos conhecer o que se estabeleceu como a forma oxidativa de dar aos cabelos, e como se processa
esta química.
Os Componentes: Corantes sintéticos, oxidantes, meio alcalino.
Os corantes sintéticos mais usados são os amino-fenóis e a dimetil-para-fenileno-diamine. O oxidante
utilizado é o peróxido de hidrogênio popularizado como água oxigenada está presente nos processos
de coloração e descoloração. A amônia é o elemento alcalino.

Como se processa a química


Ao aplicarmos nos fios damos início a reação química da coloração no interior do cabelo. Ao liberar
as moléculas de oxigênio, o oxidante clareia os pigmentos naturais, enquanto a amônia interage com
sua ação dilatante abrindo a cutícula do cabelo, acelerando-se a liberação de oxigênio e facilitando a
penetração do colorante, além d regular o pH do produto.
Todo o processo ocorre simultaneamente, do clareamento dos pigmentos naturais a fixação da nova
no córtex.

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Os produtos de ação cosmética atuam como agentes sobre engordurantes para repor a oleosidade e
com polímero, cuja ação trata e diminuindo a sensibilidade capilar.
Observação: Coloração não clareia coloração, porque o oxidante ao liberar as moléculas de oxigênio
só irá clarear pigmentos naturais.

Tipos de colorações
As colorações capilares são classificadas como:
• Coloração Vegetais: são aquelas utilizam colorantes provenientes de planta, seu processo de
coloração se baseia em recobrir a cutícula. No mercado podemos encontrar: ex: henna em
forma de pó, camomila.
• Coloração Metálica: fórmula que utiliza solução de sais metálico, chumbo ou prata para tingir
o cabelo. Ex: Bigen, Natucor, tablete Santo Antônio e etc.
• Coloração Sintética: são conhecidas como tintas de anilinas, das quais a mais usadas é a
paraphe-nylene-diamine, entre outras, e ainda os aminofenois. São conhecidas pelos
profissionais como tinturas em creme.

Durabilidades das colorações


• Coloração temporárias (Matizadores): são aquelas que não tem poder de fixação. Ex.:
rinsagem, cores que não necessitam de emulsão e nem água oxigenada.
• Coloração semipermanente: são aquelas que atuam nas cutículas dos cabelos e penetram no
córtex e não dependem de oxidantes de grandes volumes brancos, assim não se fixando de
imediato. Ex.: tonalizantes.
• Coloração permanentes: são aqueles que atuam no córtex do cabelo, para que se fixem no fio
utiliza-se a amônia e oxidante, não saem com a higienização e sim desbotam com o passar do
tempo ou retirada apenas por decapagem. Ex.: coloração de oxidação (creme ou gel).

Tipos de Aplicações
• Retoque de raiz: é utilizado quando desejamos tingir a raiz (parte crescida) a mesma cor do
comprimento e pontas dos cabelos.
• Coloração direta: é utilizada quando estamos mudando a cor de um cabelo que está uniforme
(raiz, comprimento e pontas).
• Coloração indireta: utilizamos quando o desejo é uniformizado a cor de um cabelo que se
manchado; iniciando pela cor indesejada, trazendo para o resultado que se encontra a cor
desejada.

Nuances
É o resultado das combinações de três elementos: a cor, a intensidade, de tom da cor, o reflexo que
emite.

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A característica de uma nuance é seu reflexo próprio, isto a diferencia das demais. Podemos
encontras nuances com a mesma intensidade de tom, mas com reflexos diferentes. Vejamos a
nuance castanho nas cores:
• Castanho claro dourado (reflexos dourado)
• Castanho claro acinzentado (reflexo acinzentado)
• Castanho claro caju (reflexo acaju).
Na teoria toda tem a mesma intensidade de tom, mas as nuances têm cada uma um reflexo diferente,
ou seja: Dourados, acinzentados e acaju.
Concluímos que o reflexo de uma nuance que acabamos de ver são os três fundamentais:
• O dourado é um amarelo
• O acinzentado é um azul
• O acaju é vermelho
O reflexo de uma nuance aparece melhor nos tons claros, se aplicada sobre um fundo claro.
Vamos conhecer algumas das aplicações das cores primárias para se obter o reflexo desejado.
a) Todos os reflexos com predominância do amarelo só podem ser aplicados em fundos
naturalmente claros, descoloridos ou previamente clareados com tinturas.
b) Todos os reflexos com maior proporção de vermelho necessitam de fundos laranja ou
avermelhado.
c) Os reflexos azuis devem ser aplicados em fundos sem reflexo laranja, pois ao contrario o
resultado será um castanho.
d) Os reflexos azuis não devem ser aplicados em fundos com reflexos avermelhados ou ruivos,
o que daria um roxo, vindo assim a escurecer a nuance.
e) Os reflexos azuis oxigenados (com resultados defeituosos) podem ser corrigido pelas
seguintes aplicações.

 Excesso de amarelo: corrigindo por uma combinação de azul-vermelho.


 Excesso de azul: corrigindo pelo vermelho.
 Excesso de vermelho (ruivo): corrigido pelo verde ou azul.
 Excesso de cobre: corrigido pelo azul.

Volumagem (Peróxido de Hidrogênio)


Oxidantes: descolore os pigmentos naturais e oxida os artificiais provocando seu inchaço. O mais
utilizado é a água oxigenada, peróxido composto de água e oxigênio, apresenta-se em duas formas:
• Líquida: com alto poder de sensibilização do cabelo e do couro.
• Cremosa: com maior suavidade e menor sensibilização do cabelo e do couro cabeludo.
A água oxigenada estabilizada é um produto instável que se decompõe gradualmente. O grau de
clareamento atingido depende da volumagem do oxidante:

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Emulsão
10 vls 3% clareia ½ tom em cabelos claros
20 vls 6% clareia de 1 a 2 tons
30 vls 9% clareia de 2 a 3 tons
40 vls 12% clareia de 3 a 4 tons

Pré-Pigmentação
É a preparação de uma base antes da coloração. Dando fundo em cabelos despigmentados ou
efetuando uma correção de cor em cabelos desbotados, manchados, preparando-os para receber a
tintura a ser aplicada.
Utilize para efetuar a pré-pigmentação uma tinta, um tom mais claro que a coloração escolhida, na
seguinte proporção:

01 medida de tinta para 03 medidas de água

Descoloração
Descolorir é o processo de retirar os pigmentos naturais dos cabelos.
Em processo de clareamento e descoloração, o cabelo apresenta naturalmente cada uma dessas
melaninas.
A cor azul é uma mais fraca, portanto desaparece rapidamente, o vermelho aparece e apresenta
várias tonalidades e medidas que vai clareando. O amarelo aparece e também apresenta algumas
tonalidades no processo de clareamento. Essas cores que o cabelo apresenta são chamadas de fundo
de clareamento.

Quando se deseja clarear mais de 5 tons


(no máximo 7 tons)
5 tons 30g descolorante+ 60ml H2O2 - 20 vol.
6 tons 30g descolorante+ 60ml H2O2 - 30 vol.
7 tons 30g descolorante + 60ml H2O2 - 40 vol.*
A descoloração é feita em cabelos naturais.
*IMPORTANTE: Este procedimento exige muita cautela na análise capilar pois em cabelos com
química ou porosos, a fibra capilar será fortemente danificada.

Decapagem
Ao contrário da descoloração que retira os pigmentos naturais dos cabelos, decapagem tem a função
de retirar pigmentos artificiais. Como uma coloração não remove outra feita anteriormente, temos
que utilizar do processo de decapagem, seguindo as normas básicas que enumeramos a seguir:

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Cada vez que o tom desejado seja mais claro ao da coloração anterior, a decapagem deverá ser feita
para deixar os cabelos, no mínimo ½ tom mais claro ao da cor a ser aplicada.

Quando se deseja retirar pigmentos artificiais dos cabelos


(coloração)
1 tom 75ml - 10 vol. + 30g descolorante + 25ml xampu

2 tons 50ml - 20 vol. + 30g descolorante + 25ml xampu

3 tons 100ml - 30 vol. 30g descolorante

Tabela de Coordenação de Cores Reflexo Altura De Tom

Altura do Tom Reflexo


1 Preto .0 Sem reflexo/ natural
2 Castanho escuríssimo .1 Cinza pigmentos azuis
3 Castanho escuro .2 Mate ou irisado pigmentos verde
4 Castanho médio .3 Dourado pigmentos amarelo
5 Castanho claro .4 Cobre pigmentos laranja
6 Louro escuro .5 Acaju pigmentos roxos
7 Louro médio .6 Vermelho pigmentos vermelho
8 Louro claro .7 Marrom pigmentos marrom
9 Louro muito claro
10 Louro claríssimo

Observação: O resultado final do trabalho é a sobreposição da coloração sobre a cor do fundo de


clareamento.

Como identificar a cor pelo número


As cores são representadas por números. Um número sozinho significa a profundidade da cor, ou
seja, a cor natural da coloração ou do cabelo. O número logo em seguida após o ponto, significa a
direção, ou seja, a nuance.

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8.3 4.06
8. profundidade de cor (louro claro) 4. Profundidade da cor (castanho médio)
3. Nuance (dourado) .06- Nuance/ reflexo (natural avermelhado)
Resultado: louro claro dourado. Resultado: Castanho médio avermelhado.

4.60
7.66
4. Profundidade da cor (castanho médio)
7. Profundidade da cor (louro médio)
.60- Nuance/reflexo (vermelho intenso)
.66- Nuance / reflexo (vermelho)
Resultado: castanho médio vermelho intenso.
Resultado: louro médio vermelho profundo.

Cabelos virgens
Neste caso pode haver diferentes situações.
1- Tonalidade escolhida é igual ou mais escura que a cor natural dos cabelos.
 Divida os cabelos em mechas. Aplique a mistura começando pelo centro da cabeça em
direção à nuca, da raiz até as pontas. Em seguida, aplique-a na parte anterior da cabeça,
procedendo na mesma forma.
 Deixe agir por 30 min.
 Terminando o tempo de ação, enxague bem até que a água saia limpa.

2- A tonalidade escolhida é mais clara que a cor natural dos cabelos.


 Divida os cabelos em mechas e aplique a mistura, mecha por mecha, distante 2 cm da raiz,
iniciando pela nuca.
 Deixe agir 20 min.
 Após esse tempo, aplique a mistura também na raiz e distribua bem a tintura, por todo o
cabelo.
 Deixe agir por mais 10 min aproximadamente, afim de que a cor da raiz e das pontas fique
uniforme.
 Terminando o tempo da ação, enxague bem até que água saia limpa.

Observação: A volumagem da água oxigenada depende do grau de clareamento desejado. Quando


maior a volumagem, maior o clareamento.
 Com água oxigenada de 20 vol., clareia-se de 1 a 2 tons.
 Com água oxigenada de 30 vol., clareia-se de 2 a 3 tons.
 Com água oxigenada de 40 vol., clareia-se de 3 a 4 tons.
 Em cabelos naturais, para maior clareamento, opta-se pela descoloração.

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Cabelos coloridos
Quando os cabelos já foram tingidos, seu crescimento natural faz como que seja necessário fazer um
retoque na parte crescida, com o objetivo de uniformizar sua cor. Veja como proceder:

Retoque da raiz
1- Divida os cabelos em mechas.
2- Misture com água oxigenada, na volumagem escolhida
3- Aplique somente na raiz, mecha por mecha.
4- Deixe agir por 30 min.
5- Se a tintura aplicada da última vez estiver muito desbotada, aplique a mistura após os 30 min.
de pausa utilizados para a raiz, deixando agir por mais de 10 min.
6- Enxague os cabelos, higienizando em seguida.
Importante: para clarear os cabelos tingidos, será necessário fazer uma previa decapagem.

Cabelos grisalhos
Se os cabelos são grisalhos com mechas localizadas, será necessário utilizar técnicas como
mordaçagem ou pré-pigmentação.
Que tem como finalidade fazer com que o resultado final do trabalho seja bem uniforme.
Você pode escolher uma melhor opção dos processos.

Cobertura de branco
Na cobertura de brancos devemos usar sempre uma base com a nuance, a partir de 30% de fios
brancos. Como diz a tabela abaixo:

% Brancos Nuances escolhidas Fundamental


0% – 30% 3/3
30% - 50% 2/3 1/3
Acima de 50% 1/2 1/2
Exemplo:
Cor escolhida: 7.1; misturar com 7.0
Cor escolhida: 6.2; mistura 6.0
Até 50% de fios brancos, aplique a tintura no tom desejado. Acima de 50% de fios brancos, aplique
de um a dois tons mais escuros.

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Transformação Química
A transformação química hoje em dia, é um assunto muito abordado nos veículos de comunicação
destinada a esse fim. Temos que ser críticos quanto ao assunto QUÍMICA DE TRANSFORMAÇÃO, em
colorimetria pode haver imprevistos durante a aplicação de uma cor e conseguiremos corrigir
facilmente uma cor indesejada, fazendo simplesmente uma matização ou mechas.
Em químicas de alisamento e relaxamento não é assim, quando começamos um trabalho temos que
ter em mente como vai ficar este cabelo. O profissional deverá ficar atento até o momento final de
retirar o produto. É possível citar o exemplo do piloto de avião: Quando ele o coloca no ar, sabe que
vai pousá-lo com segurança. Qualquer imprevisto que ocorra o piloto poderá fazer um pouso de
emergência da melhor maneira possível para que tudo saia bem, salvo uma fatalidade qualquer que
nós seres humanos não estamos livres.

O cabelo
É uma fibra composta de uma proteína chamada queratina e é um apêndice da pele. A textura do
cabelo, cor natural, força e crescimento são dependentes dos seguintes fatores:
• Genético
• Da idade
• Do estado de saúde
• Dietas
• E o clima onde se vive

A estrutura capilar
O fio de cabelo é ao mesmo tempo forte e
elástico, e qualquer processo para mudar sua
forma depende de um amolecimento seguido
de endurecimento para fixar sua nova forma.
Dentro da transformação química que ocorre
com a queratina de cabelo. Os principais
agentes empregados são os Hidróxidos
alcalinos (Lítios, Sódio, Potássio e Guanidina), e
os Agentes redutores (Tioglicolato, Tiolactato e
Tiometacrilato). Eles atuam quebrando as
estruturas responsáveis pela forma do cabelo
(pontes cistina) religando-as, numa segunda
parte do processo (neutralização), de forma
que cabelo adquira aspecto mais liso.
Cada raiz capilar está rodeada por células e glândulas que contribuem para sua estrutura física, e
observando-se um fio de cabelo ao microscópio eletrônico, pode-se ver que é formado por muitas
fibras que por sua vez, são formadas por fibrilas cada vez mais enroladas uma a volta da outra, num
arranjo semelhante a uma corda.

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Finalmente chegamos à unidade estrutural básica, ou seja, a proteína queratina. A queratina se


dispõe em forma helicoidal (como um saca-rolha), enrolando entre si. Essa corda está envolvida por
várias camadas de escamas ou cutículas, que são responsáveis pelo brilho e proteção dos cabelos.
As proteínas são feitas de cadeias longas de aminoácidos unidos de ponta a ponta, como o colar de
pérolas. As ligações químicas que unem os aminoácidos são ligações de peptídios ou ligações finais.
Longas cadeias de aminoácido ligadas às ligações de peptídios são chamadas de polipeptídios. As
proteínas são polipeptídios longos, enrolados e complexos, feitos de diversos aminoácidos
diferentes.
Embora aminoácidos diferentes tenham estruturas diferentes, todos eles têm um amino terminal e
um ácido terminal, o amino terminal contém um grupo amina (-NH2), que é alcalino, como amônia
(NH3). O ácido terminal contém um ácido carboxílico (COOH). As ligações de peptídio se unem ao
amino terminal e outro aminoácido para formar a cadeira polipeptídica.
Os polipeptídeos, fios individuais menores na queratina, são polímeros de aminoácidos. Quando dois
ou mais aminoácidos se unem quimicamente, são chamados peptídeos. Polipeptídios são cadeias
longas de peptídios. As cadeias de polipeptídios podem conter mais de 8 mil aminoácidos, e são maior
força de ligação para todas as estruturas proteicas, inclusive no cabelo.
As ligações de peptídio são as ligações químicas mais fortes no cabelo, mas se algumas se romperem,
o cabelo se torna enfraquecido.

Analise do fio
Uma boa análise do fio de cabelo permite um diagnóstico sobre as condições em que se encontra
para receber a química de relaxamento. Analisar o fio em toda sua extensão: raiz, meio e ponta.
Repetir esta operação em diversas partes da cabeça: frente, parte superior constantemente exposta
ao sol, laterais e nuca.
O grau de elasticidade dos fios indica se é resistente à tração, sendo capaz de esticar e encolher sem
romper-se. Se não apresentar uma boa elasticidade, será preciso um tratamento prévio de
hidratação por, pelo menos 2 semanas seguidas.
O tipo de ondulação (ondulado, encaracolado, crespo, etc.) associado ao resultado esperado pela
cliente, nos dá uma prévia sobre o grau de tração e o tempo que será necessário para obter o
resultado desejado.
Cabelo fino: tem menos massa, e por isso o tempo de processamento é menor. Exceto quando a
camada de cutícula for muito resistente.
Cabelo grosso ou forte: deve-se prolongar o tempo de processamento. Pois tem um diâmetro maior
que um cabelo normal, resulta em uma área maior do córtex.
Cabelo espesso: é preciso tomar cuidado para usar uma quantidade suficiente da mistura ativada e
distribuir bem, para que ocorra uma penetração uniforme.

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Cabelo resistente: escamas bem fechadas e estreita sobreposição dificulta a entrada do ativo
relaxante/alisante. Um cabelo assim tem menos chance de ser danificado por procedimento químico.
Cabelo crespo (ulótrico): apresenta uma haste torcida, com frequentes variações no diâmetro ao
longo do fio, pouca resistência à tração, frágil, rompendo-se com muita facilidade. Naturalmente
desidratado, possui uma carga eletrostática elevada tornando-o eriçado e mais difícil de pentear.
Molhado é sempre mais difícil de pentear do que seco. O cuidado é redobrado.
Cabelo danificado (poroso): a porosidade está relacionada com o ângulo de abertura das cutículas, o
número de camadas de escamas e, até mesmo, a ausência de escamas em alguns pontos ao longo
do fio. A absorção do produto será mais rápida quanto maior for à porosidade. Isso diminui o tempo
de processamento.

Análise do couro cabeludo


E muito importante que o couro cabeludo esteja saudável. Psoríase, seborréia, caspa ou qualquer
outro tipo de irritação ou alteração implica em um aumento da sensibilidade da pele que deverá ser
devidamente tratada, muitas vezes com acompanhamento de um dermatologista. Não aplique
nenhuma química sobre um couro cabeludo sensibilizado.
Alguns produtos do mercado específicos, oferecem essa proteção para o couro cabeludo, isolando a
pele de uma possível irritação pela ação do relaxante ou qualquer outro produto químico.

Avalição antes da química


Antes de processar quimicamente um cabelo, é necessário fazer três testes: elasticidade, porosidade
e mecha. Para que se avaliar as condições gerais do cabelo.
A ELASTICIDADE é a habilidade de o cabelo esticar e voltar ao estado original sem quebrar apenas
molhado com agua.
A POROSIDADE podemos verificar da seguinte forma: escorregando os dedos pelos cabelos,
notaremos certa aspereza, quando chegar às pontas, os fios podem parecer que estão entrelaçados,
dificultado o desembaraço. As cutículas estão abertas.
O teste de MECHA alerta sobre problemas em potencial que poderão surgir na aplicação do produto.
Dá um parâmetro de tempo de ação e prediz o resultado esperado.

Conhecendo as bases químicas


Os processamentos realizados à base de hidróxidos, sendo os mais conhecidos no mercado: Sódio e
Guanidina, quase não evoluíram com o tempo. Os primeiros relaxantes de cabelo foram
desenvolvidos em torno de 1940 e consistiam em hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio
misturado com amido de batata. Apesar de novas matérias-primas terem sido acrescentadas à
fabricação desses tipos de alisantes, a técnica para processar cabelos com esses ativos não teve
grandes progressos. Além disso, o considerável dano causado à estrutura capilar pela ação desses

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agentes alcalinos é grande, o que exigirá tratamento e manutenção com produtos adequados após
alisamento.
Entretanto os processos de alisamento que utilizam como ativos sais de tioglicolato tiveram grandes
avanços nos últimos tempos, abrindo caminho para que outras inovações surjam. Essa evolução com
tioglicolato é possível em virtude da semelhança da molécula de ácido tioglicolato com a ponte cistina
da fibra capilar.
No fio de cabelo a cisteína dimeriza formando um dímero, a cistina, com peso molecular de 250,32g.
O tioglicolato atua rompendo a ligação de enxofre do dímero formando duas moléculas isoladas, dois
monômeros.
É com este monômero que reordenamos e formamos novas ligações nos fios de cabelo. A velocidade
da reação química diminui no sentido do tioglicolato de amônio, monoetanolamina, dietanolamina
e trietanolamina, sendo este o último menos reativo deles e sal de amônia e mais reativo de todos.
Estas modificações estruturais são necessárias para conseguir uma seletividade no rompimento das
ligações químicas.
Nos últimos anos a química de relaxamento ou alisamento empregando como ativo o tioglicolato,
evoluiu muito rápido tomando-se cada vez mais eficiente e ao mesmo tempo suave. Este avanço se
deve ao conceito de química avançada que os químicos passaram a utilizar e também somando aos
avanços nas técnicas de penteados, alisamento definitivo e relaxamento com definições que os
profissionais cabeleireiros, principalmente no Brasil, começaram a empregar.
Voltando um pouco ao passado, na década de 50 e 60 as pessoas passavam o líquido de permanente
nos cabelos e depois aplicavam com ajuda de um amigo, o ferro de passar roupa com objetivo de
alisá-lo de forma definitiva.
E hoje, com os produtos cosméticos modernos somados às piastras (chapinha) das mais variadas
forma, tamanho e calor, podem realizar trabalhos maravilhosos, com uma definição de naturalidade
fantástica.
Louvamos os químicos que não pararam no tempo e os profissionais cabeleireiros, “HAIR STYLIST”,
que também não se contentaram com pouco.
Os agentes de transformação mais utilizados são:
• Hidróxidos alcalinos (Lítios, Sódio, Potássio e Guanidina),
• Agentes redutores (Tioglicolato, Tiolactato, Tiometacrilato), Alcalinizantes (Amônia,
Monoetanolamina, Etalonamina).
• Neutralizantes (Peróxido de Hidrogênio – H2O2, Bromato de sódio, Perborato de sódio).
Quando os cabelos sofrem uma transformação por agentes redutores dependem de um agente
oxidativo. Este agente vem acondicionado nas soluções neutralizantes.

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Ativo de transformação: Hidróxido de Guanidina


É conhecido como produtos sem lixívia (soda). Sem odor. O hidróxido de guanidina (iminouréia) não
age sozinho. Esse conjunto relaxante contém 4% a 7% de hidróxido de cálcio em creme e carbonato
de guanidina líquida. O ativador carbonato de guanidina é então misturado no creme de hidróxido
de cálcio (Ca) para produzir carbonato de cálcio e hidróxido de guanidina, a substancia ativa.
Desta forma haverá uma reação de dupla troca onde o hidróxido se transformará em carbonato e o
carbonato se transformará em hidróxido atuante. Ca + Iminouréia. Esta reação perderá a sua
estabilidade após um período de aproximadamente 48 horas.

Mecanismo de ação na queratina


Atua na abertura das cutículas dos cabelos, com pH após a mistura ativada de 12,0 – 12,5 penetrando
no córtex e transformando as ligações de dissulfeto RS-SR da cistina em ligações de lantionina (RS –
H), e fixando um novo formato ligando-se as moléculas de cisteina no córtex, refazendo-as em outras
posições, mudando de aparência física dos cabelos. Após a retirada do mesmo acrescente uma
solução de pH ácido (xampu ou condicionador) para fechar as cutículas e eliminar a alcalinidade
residual.
Todos os hidróxidos alcalinos possuem características de causarem incômodos e desconforto na pele
humana. No entanto o Na OH possui esta característica menos acentuada. Os produtos de guanidina
possuem eficácia e risco em uma escala média. Evite manter contato direto com a pele, por isso é
necessário um protetor de couro cabeludo.
Com o hidróxido de guanidina se consegue um bom relaxamento, pois sua base orgânica permite
excelentes resultados.
O cabelo, com o alto teor de enxofre (-S-), indica que há mais ligações de dissulfeto a quebrar e,
portanto, precisa de tempo maior para o processamento em algumas vezes, esse cabelo deverá ser
processado em 2 etapas. O ideal é ir acompanhando o comportamento e o grau de curvatura dos
fios, à medida que o tempo for passando e que for trabalhando as mechas.
NOTA: Xampus neutralizantes: geralmente são usados os contenha um pH ácido, em forma líquida
ou viscosa, com sua ação espumosa. Refazem as ligações dissulfidicas e ainda fecham as cutículas.
Alguns poderão conter Bromato de sódio em uma solução em pH alcalino, nesta forma refazem as
ligações dissulfidicas, mas não fecham as cutículas.

Teste de mecha
É indispensável fazer o teste de mecha. Para se ter uma previsão do tempo necessário para obter o
resultado desejado, o mais importante, saber em que condições, realmente o cabelo se encontra.
Em muitos casos, a nossa cliente esqueceu o que utilizou ou quanto tempo faz que passou por um
tratamento químico. Em outros casos, ela pode não ter feito uma boa manutenção nos cabelos pós-
química, deixando-os fragilizados. Neste caso, a mecha poderá não resistir ao tempo normal de
relaxamento. Será preciso passar primeiro por 2 a 4 semanas de hidratação capilar.

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A ação diária de secadores, raios solares, banho quente, entre outras coisas danificam os fios
diariamente, provocando uma perda lenta e progressiva de cutículas. Por isso, a mecha teste deve
estar numa região que tome sol. Podemos optar também por fazer outra mecha teste próximo a
nuca.

Forma de aplicação
1- O cabelo não precisa ser lavado por xampu.
2- Depois de proteger o couro cabeludo, aplicar o produto respeitando 0,50 cm de distância do
couro.
3- O cabelo dividido em quadrantes. Aplique e retire também por quadrante.
4- Para cabelos naturais aplique o produto de relaxamento, da raiz às pontas (respeitando o
teste de mecha e o tempo de ação), começando pela nuca e movendo para frente para a linha
anterior do cabelo.
5- Para retoque de raiz, o produto deverá ser aplicado somente na parte crescida, tomando
sempre cuidado para que o produto não tenha contato com o couro cabeludo. Quando estiver
faltando pouco tempo para retirar, puxe o produto para a emenda para não deixar marcas de
retoque.
6- Não use calor para acelerar a ação do produto, pois pode danificar o fio e o couro cabeludo.
7- O produto terá um tempo de ação de acordo com recomendado pelo fabricante, observando
a espessura do fio de cabelo, resistência e elasticidade.
8- Não use mais de 4 vezes ao ano;
9- É indispensável o enxague com xampu ácido após o uso do produto.
10- Não se recomenda o uso da fonte de calor como forma de alisá-lo melhor.
11- Nunca aplique em clientes gestantes ou atente à recomendação do médico.
12- Efetue a prove de toque quanto à alergia.
13- Use sempre luvas. Todas as substâncias químicas para alisamento de cabelo são irritantes
cutâneos. Dermatite de contato é frequentemente vista em pacientes que não se protege
com luvas e fica exposto a todo tipo de química.

Observações: Separe as partes do cabelo que ficam expostos ao sol, também a franja e o cabelo na
nuca e trabalhe o restante. Quando o tempo de relaxamento estiver acabando, aplique o relaxamento
nas partes previamente separadas, deixando menor tempo possível. Tal procedimento deverá ser
estendido às pontas. As pontas dos cabelos merecem todo cuidado, pois estão, naturalmente,
sofrendo uma erosão constante de escamas.
Todo processo químico aumenta a porosidade do cabelo, sendo que o mesmo perde em média 20%
de sua massa (estrutura), logo, a aplicação de uma coloração sobre este cabelo deve ser feita num
tempo mínimo de 10 a 15 dias, seguidos de hidratações e cuidados diários. Usar colorações com água
oxigenada de baixo volume (10 e 20) e, a coloração deve conter baixo teor de amônia.

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Cabelos indicados
Ondulado (sinótricos) crespo (ulótricos): não somente nos cabelos de formato totalmente elíptico e
achatado, mas também nos cabelos bem encaracolados onde aparece uma raiz de 1,5cm. Esses
formatos de cabelos podem ser relaxados e também podem definir melhor os cachos.

Reações adversas
O cabelo encaracolado que for superprocessado pelo uso de alisante químico forte ou tempo de
processamento excessivamente prolongado perderá a elasticidade natural. A haste do cabelo então
se torna opaca, rompendo com trauma mínimo do pente geralmente no couro cabeludo, onde o
estresse é máximo. Pacientes frequentemente comentam que seu cabelo está caindo depois de
alisamento químico agressivo. O que pode ter ocorrido é uma queimadura grave no couro cabeludo,
procedimentos de alisamento e relaxamento não danificam o folículo capilar, observando as
recomendações do fabricante.

Sensibilização
A sensibilização pode ocorrer nos seguintes casos: quando a pele do couro cabeludo é fina ressecada
ou já se encontra sensibilizada ou lesionada; quantidade depositada de protetor insuficiente; creme
relaxante em contato com a pele por tempo excessivo ou quando o enluvamento junto ao couro
cabeludo e muito repetitivo. Essa sensibilização se traduz em ardência. Neste caso, o processo de
relaxamento deve ser interrompido e o produto deve ser retirado imediatamente com água em
abundância e lavado com xampu neutralizante.
Poderá apresentar manchas avermelhadas representando uma leve queimadura, onde bolha
contendo líquido de cicatrização irá se formar e nessas partes, podem os fios de cabelos ficar colados
junto ao couro cabeludo. Em três dias uma crosta de cicatrização irá se formar e em 5 dias não haverá
mais sequelas. Não se devem lavar os cabelos nestes dias, evite coçar para não interferir no processo
natural de cicatrização.
Nesses casos, um produto indicado é bepantol é um medicamento usado para cuidar de assaduras e
rachaduras na pele de bebês e adultos. É encontrado em duas versões: pomada e liquida. É composto
de dexpantenol, que nada mais é do que uma vitamina B5. Ele fortalece a raiz e os fios de cabelo.
Melhora sintomas de inflamação do couro cabeludo. Diminui a coceira. Cicatriza as feridas e
queimaduras mais rapidamente.

Resultado esperado
O profissional atentando a indicação do fabricante quanto ao manuseio do produto e tempo de ação,
o resultado será sempre um cabelo natural como a cliente imagina. Lembrando sempre: o que a
cliente deseja como resultado, estrutura do cabelo e limite da química.

Manutenção
É de extrema importância que o cliente utilize uma linha de manutenção (xampu, condicionador e
leave-in) após a realização da química, da mesma linha do fabricante. Alguns produtos contêm ativos
que fazem as vezes das cutículas, melhorando a elasticidade, revitalizam, nutrem e protege o dia
todo, permitindo retoques sem danos a estrutura capilar, aspecto natural e saudável e melhor fixação
da coloração.

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Incompatibilidade
Sódio, tioglicolato, tiometacrilato, tiolactato, henna, pó descolorante, tintura em pó, loções
progressivas, tinturas clareadoras, águas oxigenadas de 30 a 40 volumes, tintura a base de metais,
colorações com alto teor de amônia, chapinhas, pentes quentes.
Estes produtos quando utilizados de forma incorreta, fragilizam muito os cabelos tornando-os
quebradiços e muito susceptíveis.

Ativo de transformação: Sódio


Possuem características que provocam maior irritação no couro cabeludo. Portanto, os produtos que
contém os mesmos não devem entrar em contato com a pele. Sua ação é rápida e eficaz. No entanto,
poderá causar destruição da fibra capilar, quando deixado por um período prolongado de exposição,
principalmente nas formulações que possuem mais de 3,5% deste ativo. O alisamento ocorre porque
um terço das ligações cistínicas do cabelo são alterados para lationina junto com hidrólise menor das
ligações peptídio.

Mecanismos de ação na queratina


Atua na abertura das cutículas dos cabelos, com um pH alcalino de 13, é uma lixívia cáustica que pode
danificar os cabelos, produzindo queimaduras no couro cabeludo, portanto requerem que o couro
cabeludo e linha do cabelo sejam cobertos com base de petrolatum (protetor) antes da aplicação.
Esses produtos são necessários para alisar o cabelo crespo. São restritos ao uso por profissionais.
Produz um alimento químico permanente e de eficiência máxima. Os produtos com base de sódio
possuem eficácia e risco em uma escala máxima por isso pode causar até mesmo cegueira, caso atinja
os olhos. Após a retirada do mesmo acrescente uma solução de pH ácido (xampu ou condicionador)
para fechar as cutículas e eliminar a alcalinidade residual.

Teste de mecha
É indispensável fazer o teste de mecha. Para se ter uma previsão do tempo necessário para obter o
resultado desejado, o mais importante, saber em que condições, realmente o cabelo se encontra.
A ação diária de secadores, raios solares, banho quente entre outras coisas danificam os fios
diariamente, provocando uma perda lenta e progressiva de escamas. Por isso, a mecha teste deve
estar numa região que tome sol. Podemos optar também por fazer outra mecha teste próximo da
nuca.

Forma de aplicação
1- O cabelo não precisa ser lavado por xampu.
2- Depois de proteger o couro cabeludo, aplicar o produto respeitando 0,50 cm de distância do
couro.
3- O cabelo dividido em quadrantes. Aplique e retire também por quadrante;
4- Para cabelos naturais aplique o produto de relaxamento, da raiz às pontas (respeitando o
teste de mecha e o tempo de ação), começando pela nuca e movendo para frente para a linha
anterior do cabelo.
5- Para retoque de raiz, o produto deverá ser aplicado somente na parte crescida, tomando
sempre cuidado para que o produto não tenha contato com o couro cabeludo. Quando estiver

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faltando pouco tempo para retirar, puxe o produto para a emenda para não deixar marcas de
retoque.
6- Não use calor para acelerar a ação do produto, pois pode danificar o fio e o couro cabeludo;
7- O produto terá um tempo de ação de acordo com recomendado pelo fabricante, observando
a espessura do fio de cabelo, resistência e elasticidade.
8- Não use mais de 4 vezes ao ano;
9- É indispensável o enxague com xampu ácido após o uso do produto;
10- Não se recomenda o uso da fonte de calor como forma de alisá-lo melhor.
11- Nunca aplique em clientes gestantes ou atente a recomendação do médico.
12- Efetue a prove de toque quanto à alergia.
13- Use sempre luvas. Todas as substâncias químicas para alisamento de cabelo são irritantes
cutâneos. Dermatite de contato é frequentemente vista em pacientes que não se protege
com luvas e fica exposto a todo tipo de química.
Observações: Separe as partes do cabelo que ficam expostos ao sol, também a franja e o cabelo da
nuca e trabalhe o restante. Quando o tempo de relaxamento estiver acabando, aplique o relaxamento
nas partes previamente separadas, deixando menor tempo possível. Tal procedimento, deverá ser
estendido às pontas. As pontas dos cabelos merecem todo cuidado, pois estão, naturalmente,
sofrendo uma erosão constante de escamas.
A sequência de 4 sessões de hidratação, depois da química, num cabelo com a estrutura fragilizada,
terá como resultado uma reestruturação do fio, melhorando a resistência e elasticidade,
possibilitando o relaxamento com a química sem problemas de queda durante e depois. Lembre-se
o sódio é um produto extremamente rápido e perigoso.

Importância do enxague
O enxague é de suma importância. Muita água deve ocorrer sobre os fios. A água deve ser abundante
o suficiente para que o produto seja rapidamente retirado, deve apresentar uma temperatura morna,
pois facilita a fluidez do creme relaxante depositado sobre os fios de cabelo. O enxague deverá ser
até que a água saia límpida e cristalina isenta de resíduos químicos. Revisar o couro cabeludo, nuca
e pontas.

Cabelos indicados
Crespo (ulótricos): não somente nos cabelos de formato totalmente elíptico e achatado, mas também
nos cabelos: crespos, bem crespos e encaracolados onde aparece uma raiz próximo a 1cm. Esses
formatos de cabelos podem ser relaxados e também podem definir melhor os cachos.

Reações adversas
O cabelo encaracolado que for superprocessado pelo uso do alisante químico forte ou tempo de
processamento excessivamente prolongado perderá a elasticidade natural. A haste do cabelo então
se torna opaca, rompendo com trauma mínimo do pente geralmente, no couro cabeludo, onde o
estresse é máximo. Pacientes frequentemente comentam que seu cabelo está caindo depois do
alisamento químico agressivo. O que pode ter ocorrido é uma queimadura grave no couro cabeludo
ou atritar com o pente sobre a raiz. Procedimentos de alisamento e relaxamento não danificam o
folículo capilar.

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Sensibilização
A sensibilização pode ocorrer nos seguintes casos: quando a pele do couro cabeludo é fina e
ressecada ou já se encontra sensibilizada ou lesionada; quantidade depositada de protetor
insuficiente; creme relaxante em contato com a pele por tempo excessivo ou quando o enluvamento
junto ao coro cabeludo é muito repetitivo. Essa sensibilização se traduz em ardência. Neste caso, o
processo de relaxamento deve ser interrompido e o produto deve ser retirado imediatamente com
água em abundância e lavado com xampu neutralizante.
Poderá apresentar manchas avermelhadas representando uma leve queimadura, onde bolha
contendo liquido de cicatrização irá se formar e nessas partes, podem os fios de cabelo ficar colados
junto ao couro cabeludo. Em três dias uma crosta de cicatrização irá se formar e em 5 dias não haverá
mais sequelas. Não se devem lavar os cabelos nestes dias, evite coçar para não interferir no processo
natural de cicatrização.

Resultado esperado
O profissional atentando a indicação do fabricante quanto ao manuseio do produto e tempo de ação,
o resultado será sempre um cabelo natural como a cliente imagina. Lembrando sempre: o que a
cliente deseja como resultado, estruturado cabelo e limite de química.

Manutenção
É de extrema importância que o cliente utilize uma linha de manutenção (xampu, condicionador e
leave-in) após a realização da química, da mesma linha do fabricante. Alguns produtos contem ativos
que fazem as vezes das cutículas, melhorando a elasticidade, revitalizam, nutrem e protegem o dia
todo, permitindo retoques sem danos a estrutura capilar, aspecto natural e saudável e melhor fixação
da coloração.

Incompatibilidade
Sódio, tioglicolato, Tiometacrilato, Tiolactato, henna, pó descolorante, tintura em pó, loções
progressivas, tinturas clareadoras, águas oxigenadas de 30 e 40 volumes, tintura a base de metais,
colorações com alto teor de amônia, chapinhas, pente quente.
Estes produtos quando utilizados de forma incorreta, fragilizam muito os cabelos tornando-os
quebradiços e muito susceptíveis.

Ativo de transformação: Tioglicolato de Amônia (como Relaxamento)


O ácido de tioglicólico a sua formila HS-CH2-CO2H, ácido mercaptoacético. O relaxamento utiliza três
processos: ação química, novo arranjo e fixação. A química básica envolve a redução das ligações
dissulfeto da estrutura conformacional com mercaptans. Neste caso especifico o relaxante,
apresenta em forma de creme mais espesso. O tioglicolato de amônia pode ser classificado para
cabelos naturais e com coloração.
Em creme, o tioglicolato tem um pH de 9 a 12. Na formula contém amônia, tioglicolato de amônia é
um antioxidante, como hidrossulfeto de sódio, para prevenir o produto de reação com o ar antes de
atingir os cabelos. Um sequestrante tetrasódio EDTA, atua na prevenção de possíveis metais de
depósito como ferro em água de “bica” que reagiriam com o tioglicolato de amônia.

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Mecanismos de ação na queratina


A ação de redução do creme relaxante parece “amolecer” o cabelo e contém uma substância de
ruptura da ligação dissulfídicas, desestabilizando a estrutura conformacional proteica do cabelo. O
cabelo adquire uma nova conformação com novos rearranjos das ligações dissulfídicas.
A quebra das ligações de cistina subsequente conduz a uma deformação permanente, que é a forma
final que será dada aos cabelos. Através de estudos, é demonstrado que, que em qualquer condição
de redução, o número de ligações rompidas não ultrapassa o percentual de 65 a 70%.

Neutralização
Após esta etapa entra em cena a oxidação (neutralizante), permitindo a fixação da nova forma dos
fios. Após esta fase redutora restitui suas propriedades físicas iniciais ao fazer as pontes dissulfídicas
entre as cadeias de queratina, dando então a nova forma permanente aos cabelos.
Parte desta cadeia não mais se religará, tornando as áreas da fibra capilar mais sensível a quebra. É
importante lembrar que a tarefa dos agentes redutores é amolecer os cabelos. A nova forma
depende do trabalho mecânico (enluvar, pentear ou enrolar).
Explicando: o ácido tioglicólico rompe as ligações de dissulfeto adicionando átomos extras de
hidrogênio aos dois átomos de enxofre unidos nas ligações de dissulfeto para formar água, formação
esta que remove os átomos extras de hidrogênio e permite que as ligações de dissulfeto se formem
novamente.

Teste de mechas
É indispensável fazer o teste de mecha. Para se ter uma previsão do tempo necessário para obter o
resultado desejado, o mais importante, saber em que condições, realmente o cabelo se encontra.
A ação diária de secadores, raios solares, banho quente entre outras coisas danificam os fios
diariamente, provocando uma perda lenta e progressiva de escamas. Por isso, a mecha teste deve
estar numa região que tome sol. Podemos optar também por fazer outra mecha teste próximo da
nuca.
Observações: Separe as partes do cabelo que ficam expostos ao sol, também a franja e o cabelo da
nuca e trabalhe o restante. Quando o tempo de relaxamento estiver acabando, aplique o relaxamento
nas partes previamente separadas, deixando menor tempo possível. Tal procedimento, deverá ser
estendido às pontas. As pontas dos cabelos merecem todo cuidado, pois estão, naturalmente,
sofrendo uma erosão constante de escamas.
A sequência de 4 sessões de hidratação, depois da química, num cabelo com a estrutura fragilizada,
terá como resultado uma reestruturação do fio, melhorando a resistência e elasticidade,
possibilitando o relaxamento com a química sem problemas de queda durante e depois.

Forma de aplicação
1- O cabelo não precisa ser lavado por xampu.

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2- Depois de proteger o couro cabeludo, aplicar o produto respeitando 0,50 cm de distância do


couro.
3- O cabelo dividido em quadrantes. Aplique e retire também por quadrante.
4- Para cabelos naturais aplique o produto de relaxamento, da raiz as pontas (respeitando o
teste de mecha e o tempo de ação), começando pela nuca e movendo para frente para a linha
anterior do cabelo.
5- Para retoque de raiz, o produto deverá ser aplicado somente na parte crescida, tomando
sempre cuidado para que o produto não tenha contato com o couro cabeludo. Quando estiver
faltando pouco tempo para retirar, puxe o produto para a emenda para não deixar marcas de
retoque.
6- Não use calor para acelerar a ação do produto, pois pode danificar o fio e o couro cabeludo.
7- O produto terá um tempo de ação de acordo com recomendado pelo fabricante, observando
a espessura do fio de cabelo, resistência e elasticidade.
8- Não use mais de 4 vezes ao ano.
9- É indispensável o enxague com xampu ácido após o uso do produto.
10- Não se recomenda o uso da fonte de calor como forma de alisá-lo melhor.
11- Nunca aplique em clientes gestantes ou atente a recomendação do médico.
12- Efetue a prove de toque quanto à alergia.
13- Use sempre luvas. Todas as substâncias químicas para alisamento de cabelo são irritantes
cutâneos. Dermatite de contato é frequentemente vista em pacientes que não se protege
com luvas e fica exposto a todo tipo de química.

Importância do enxague
O enxague é de suma importância. Muita água deve ocorrer sobre os fios. A água deve ser abundante
o suficiente para que o produto seja rapidamente retirado, deve apresentar uma temperatura morna,
pois facilita a fluidez do creme relaxante depositado sobre os fios de cabelo. O enxague deverá ser
até que a água saia límpida e cristalina isenta de resíduos químicos. Revisar o couro cabeludo, nuca
e pontas.

Cabelos indicados
Ondulado (sinótricos) e Crespos (ulótricos): nessa classificação teremos os cabelos ondulados,
cacheados (2cm raiz) e volumosos sem definições. Esses formatos de cabelos podem ser relaxados e
também podem definir melhor os cachos na hora da neutralização. Cabelos relaxados com
tioglicolato de amônia são mais compatíveis com coloração e pó descolorante.

Resultado esperado
O profissional atentando a indicação do fabricante quanto ao manuseio do produto e tempo de ação,
o resultado será sempre um cabelo natural como a cliente imagina. Lembrando sempre: o que a
cliente deseja como resultado, estruturado cabelo e limite de química.

Manutenção
É de extrema importância que o cliente utilize uma linha de manutenção (xampu, condicionador e
leave-in) após a realização da química, da mesma linha do fabricante. Alguns produtos contem ativos

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que fazem as vezes das cutículas, melhorando a elasticidade, revitalizam, nutrem e protegem o dia
todo, permitindo retoques sem danos a estrutura capilar, aspecto natural e saudável e melhor fixação
da coloração.

Incompatibilidade
Henê (pirogalol), Hidróxidos alcalinos, hennas, loções progressivas, pó descolorante, loções
progressivas, tinturas clareadoras, águas oxigenadas de 30 e 40 volumes, tintura a base de metais,
colorações com alto teor de amônia, alisamentos físicos. Estres produtos fragilizam muito os cabelos
tornando-os quebradiços e muitos suscetíveis.

Ativo de transformação: Tioglicolato de Amônia (como Alisamento ou


Defrisagem)
O ácido tioglicólico a sua fórmula HS-CH2-CO2H, ácido mercaptoacético. O alisamento permanente
utiliza três processos: ação química, novo arranjo e fixação. A química básica envolve a redução das
ligações dissulfeto da estrutura conformacional com mercaptans. Neste caso especifico de alisante
ou defrisagem, podem apresentar em forma de creme mais espesso ou em forma de gel.
O tioglicolato de amônia pode ser classificado para cabelos naturais, com coloração, mechas e
extremamente descoloridos. Em creme ou em forma de gel, o tioglicolato tem um pH de 9 a 12. Na
formula contém amônia, tioglicolato de amônia e um antioxidante, como hidrossulfeto de sódio, para
prevenir o produto de reação com o ar antes de atingir os cabelos. Um sequestrante tetrasódio EDTA,
atua na prevenção de possíveis metais de deposito como ferro em água de “bica” que reagiriam com
o tioglicolato de amônia.
Cabelos louros ou delicados devem ser tratados com ativos de moléculas maiores (Ex.: tioglicolato
de etanolamina).

Mecanismos de ação na queratina


A ação de redução do creme ou gel alisante parece “amolecer” o cabelo e contém uma substância
de ruptura da ligação dissulfídicas, desestabilizando a estrutura conformacional proteica do cabelo.
O cabelo adquire uma nova conformação com novos rearranjos das ligações dissulfídicas após o uso
do calor e modelagem da escova ou piastra.
A quebra das ligações covalentes dissulfídicas (cistina) subsequente conduz a uma deformação
permanente, que é a forma final que será dada aos cabelos. Através de estudos, é demonstrado que,
em qualquer condição de redução, o número de ligações rompidas não ultrapassa o percentual de
65 a 70%.

Neutralização
Após esta etapa entra em cena a oxidação (neutralizante) constrói as pontes cistínicas e oxida os
resíduos de ácido tioglicólico em ácido ditioglicólico (inativo), permitindo a fixação da nova forma

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dos fios. Após esta fase redutora restitui suas propriedades físicas iniciais ao fazer pontes dissulfídicas
entre as cadeias de queratina, dando então a nova forma permanente aos fios.
Parte desta cadeia não mais se religará tornando as áreas da fibra capilar mais sensível a quebra. É
importante lembrar que a tarefa dos agentes redutores é amolecer os cabelos. A nova forma
depende do trabalho mecânico (enluvar, enrolar ou piastra).
Explicando: o ácido tioglicólico rompe as ligações de dissulfeto adicionando átomos extras de
hidrogênio aos dois átomos de enxofre unidos nas ligações de dissulfeto para formar água, formação
esta que remove os átomos extras de hidrogênio e permite que as ligações de dissulfeto se formem
novamente.

Teste de mechas
É indispensável fazer o teste de mecha. Para se ter uma previsão do tempo necessário para obter o
resultado desejado, o mais importante, saber em que condições, realmente o cabelo se encontra.
A ação diária de secadores, raios solares, banho quente entre outras coisas danificam os fios
diariamente, provocando uma perda lenta e progressiva de escamas. Por isso, a mecha teste deve
estar numa região que tome sol. Podemos optar também por fazer outra mecha teste próximo da
nuca.

Forma de aplicação
1- O cabelo poderá ser lavado ou não, dependendo da recomendação do fabricante.
2- Não é necessário proteger o couro cabeludo (salvo se o cliente for muito alérgico), aplicar o
produto respeitando 0,50 cm de distância do couro;
3- A aplicação sempre começará pela nuca, lateral e alto da cabeça. O produto será retirado de
uma só vez. Não é necessária aplicação por quadrante.
4- Aplique o produto de defrisagem ou alisamento, da raiz as pontas (respeitando o teste de
mecha, o tempo de ação, pontas finais e parte exposta ao sol), começando pela nuca e
movendo para frente para linha anterior do cabelo.
5- Para retoque de raiz, o produto deverá ser aplicado somente na parte crescida e se
necessário puxe até as pontas, para promover um melhor alinhamento do processo
anterior.
6- Não use calor para acelerar a ação do produto, pois pode danificar o fio e acontecer algo
desastroso como um amolecimento rápido demais.
7- O produto terá um tempo de ação de acordo com o teste de mecha e o amolecimento
normal do cabelo e o recomendado pelo fabricante, observando a espessura do fio de
cabelo, resistência e elasticidade.
8- É indispensável o enxague com xampu ácido após o uso do produto.
9- Piastra (conforme as instruções abaixo).
10- Neutralizar com o peróxido de hidrogênio com um tempo de pausa de 10 a 20 minutos.
Função: restaurar as ligações cistinicas.
11- Efetue a prove de toque quanto à alergia.
12- Não use mais de 4 vezes ao ano.

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13- Nunca aplique em clientes gestantes ou atente a recomendação do médico.


14- Use sempre luvas. Todas as substâncias químicas para alisamento de cabelo são irritantes
cutâneos. Dermatite de contato é frequentemente vista em pacientes que não se protege
com luvas e fica exposto a todo tipo de química.

Observações: Separe as partes do cabelo que ficam expostos ao sol, também a franja e o cabelo da
nuca e trabalhe o restante. Quando o tempo de relaxamento estiver acabando, aplique o relaxamento
nas partes previamente separadas, deixando menor tempo possível. Tal procedimento deverá ser
estendido às pontas. As pontas dos cabelos merecem todo cuidado, pois estão, naturalmente,
sofrendo uma erosão constante de escamas.
A sequência de 4 sessões de hidratação, depois da química, num cabelo com a estrutura fragilizada,
terá como resultado uma reestruturação do fio, melhorando a resistência e elasticidade,
possibilitando o relaxamento com a química sem problemas de queda durante e depois.

Importância do enxague
O enxague é de suma importância. Muita água deve ocorrer sobre os fios. A água deve ser abundante
o suficiente para que o produto seja rapidamente retirado, deve apresentar uma temperatura morna,
pois facilita a fluidez do creme relaxante depositado sobre os fios de cabelo. O enxague deverá ser
até que a água saia límpida e cristalina isenta de resíduos químicos. Revisar o couro cabeludo, nuca
e pontas.

Modo de chapar ou piastra


Trabalhar com a piastra requer cuidados especiais para evitar danos ao cabelo e para garantir o
melhor resultado possível:
1- Aquecer a chapa antes e dividir o cabelo em muitas mechas médias (nem finas nem
grossas), para cabelos extremamente sensíveis recomenda um calor próximo a 150 graus e
cabelos mais resistentes de 180 a 210 graus.
2- Começar a piastra, o alisamento em si, sempre pela parte de trás da cabeça, dos fios da
nuca em direção aos do topo.
3- Pressionar bem a chapa na raiz dos cabelos e puxar até as pontas, lembrando que os
movimentos da raiz devem ser mais intensificados de 8 a 12 vezes e pontas 2 a 3
movimentos no máximo.
4- Iniciar pela raiz, com a mão reta e levantada. Quando estiver na metade do comprimento,
abaixar a mão e soltar a mecha. “Previne que não se formem ondas ou marcas no cabelo”,
principalmente na raiz.
5- Nunca parar na metade da mecha, pois os fios podem ficar marcados.
6- Na franja, usar a chapinha desde a raiz, em direção ao nariz. Evitar quebrar o pulso para não
causar ondas e marcas. Esse local é importante quando tiver rodamoinhos observe o
movimento da raiz para piastra;

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7- Rompimento do cabelo é mais comumente a causa de perda do cabelo, por excesso de


tracionamento na raiz do cabelo pelo pente na hora da aplicação do produto ou forma de
piastra deixando marcas na raiz uma espécie de “cotovelo”, por isso após piastra todo o
cabelo, revise-o! Havendo algumas marcas na raiz retire antes da neutralização.
8- Infelizmente, se o cabelo não foi adequadamente neutralizado, nada pode ser feito para
restaurar as ligações dissulfito danificados e poderá haver futuras.

Cabelos indicados
Ondulado (sinótricos) e Crespos (ulótricos): nessa classificação teremos os cabelos ondulados,
cacheados (2cm raiz) e volumosos sem definições. Esses formatos de cabelos podem ser relaxados e
também podem definir melhor os cachos na hora da neutralização. Cabelos relaxados com
tioglicolato de amônia são mais compatíveis com coloração e pó descolorante.

Resultado esperado
O profissional atentando a indicação do fabricante quanto ao manuseio do produto e tempo de ação,
o resultado será sempre um cabelo natural como a cliente imagina. Lembrando sempre: o que a
cliente deseja como resultado, estruturado cabelo e limite de química
.

Manutenção
É de extrema importância que o cliente utilize uma linha de manutenção (xampu, condicionador e
leave-in) após a realização da química, da mesma linha do fabricante. Alguns produtos contem ativos
que fazem as vezes das cutículas, melhorando a elasticidade, revitalizam, nutrem e protegem o dia
todo, permitindo retoques sem danos a estrutura capilar, aspecto natural e saudável e melhor fixação
da coloração.

Incompatibilidade
Henê (pirogalol), Hidróxidos alcalinos, hennas, loções progressivas, , tintura a base de metais, loções
progressivos. Estres produtos fragilizam muito os cabelos tornando-os quebradiços e muitos
suspetíveis.

Compatibilidade
Dependerá do produto de alisamento de tioglicolato de amônia a ser empregado no cabelo e poderá
alisar cabelos com:
• Descolorante
• Tinturas clareadoras;
• Água oxigenada de 30 e 40 volumes;
• Colorações com alto teor de amônia.

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Ativo de transformação: Tioglicolato de Amônia (Permanente)


Ocorre o encarolamento dos cabelos após a aplicação de agentes redutores. O agente redutor quebra
as ligações dissulfídicas, desestabilizando a estrutura conformacional proteica do cabelo. O cabelo
adquire uma nova conformação como novos rearranjos das ligações dissulfídicas após o uso do calor
e modelagem da escova. Os agentes redutores mais comumente usados são os derivados do ácido
tioglicólico e o bissulfito. Soluções altamente eficazes para permanentes podem ser formuladas
cominando-se esses reagentes com outros ingredientes, para o controle do pH e da viscosidade.
Os produtos de última geração utilizados apresentam formulações mais suaves que, além de
permitirem a escolha de ondas e cachos, são inteiramente adaptados ao rosto e ao estilo de cada
mulher. Algumas vantagens podem ser mencionadas à sua cliente: traz mais volume, espessura e
vivacidade aos cabelos, sua manutenção é rápida e prática e serve como base de volume e de suporte
para outros penteados.
Antes da aplicação do produto de permanente é necessário e essencial avaliar o estado do cabelo e
o tipo de tratamento necessário para reestruturar e fortificar as fibras capilares onde houver
porosidade e ressecamento, ou seja, não dispensa cuidados antes, durante e depois como qualquer
outro procedimento químico.

Os bigoudis
É preciso lembrar que o estilo e o tipo de ondulação e cachos desejados dependem da quantidade e
do diâmetro dos bigoudis empregados e nunca o grau de força do produto.
Ondas suaves: bigoudis com cerca de 1,3cm de diâmetro criam ondas médias. Podem ser usados em
conjunto com outros tamanhos quando o estilo é ter áreas mais ou menos cacheadas.
Ondas naturais: bigoudis com cerca de 2,5 cm de diâmetro criam ondas naturais, ideais para produzir
volume e textura em cabelos finos.
Cachos soltos: bigoudis com certa de 0,6 cm de diâmetro formam cachos mais frouxos e com balanço.
Podem ser usados nos fios da base do pescoço para dar sustentação ao permanente.
Cachos apertados: bigoudis estreitos com cerca de 1,3 cm de diâmetro. São ideais para um estilo mais
crespo, com cachinhos apertado e encaracolado firme.
Observação importante: as mechas não devem ultrapassar nem a largura e nem a espessura dos
bigoudis utilizados. Os bigoudis devem ser enrolados sempre em posição paralela à superfície do
couro cabeludo, exceto no caso de técnicas alternativas de enrolamento.
A quantidade de bigoudis também determina o resultado da ondulação, ou seja, quanto menor o
número de bigoudis, menor será a modelação das mechas, e vice-versa, em uma cabeça média exige
o enrolamento de aproximadamente 80 a 100 bigoudis.
Todo permanente seja qual ele for, só poderá ser feito com produtos à base de tioglicolato ou ácido
tioglicólico. São seis fatores para se obter e manter um bom resultado:
1. Análise do cabelo
2. Produto a ser utilizado

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3. Enrolamento
4. Tempo de ação
5. Neutralização
6. Manutenção

Tratamento
Uso de xampus à base de queratina e vitamina E, sem sal e corantes como agentes hidratantes para
o fio de cabelo, é o mais indicado.

Coloração e mechas em cabelos alisados


Cabelos alisados ou relaxados podem receber coloração ou mechas?
Dentro das normas de segurança não se deve colorir os cabelos tratados com tioglicolato ou
hidróxido em um prazo inferior de 15 dias. Sempre recomendado um bom tratamento para o cabelo
receber novas químicas.
Colorações a partir de 8.0 ou com H2O2 de 30/40 volumes ficará restrito a compatibilidade de cada
química empregada.
Fica também alertado o perigo dos processos com pós ou cremes descolorantes. Uma ação alcalina
destes produtos, por si só pode levar a ruptura de certo número de ligações com perda de enxofre
cerca até 45.
Cabelos alisados ou relaxados, com ativos químicos, podem combinar com outros procedimentos
químicos como, por exemplo, a coloração, tonalização e as mechas? Essa dúvida é constante. O
melhor é esclarecer.
É do nosso conhecimento que existe uma incompatibilidade química entre os procedimentos; isso é
inegável. No entanto, devemos ressaltar que as novas químicas existentes hoje no mercado para
relaxar e/ou alisar os fios, prometem essa compatibilidade química. Convém orientar a importância
da utilização destes procedimentos com os devidos critérios. Devem ser observados os cuidados e o
diagnóstico dos fios; caso contrário corre-se o risco de se ter fios partidos e extremamente
danificados;
Ao pensarmos em colorir os cabelos após um procedimento químico de relaxamento e/ou
alisamento, antes devemos considerar a saúde dos cabelos. Não se recomenda realizar
procedimentos químicos consecutivos; portanto, até o simples fato de voltar a cor natural é
desaconselhável.
Faça previamente sempre um reste de mechas; para testar os cabelos com relação a cor desejada,
estará testando também quanto a elasticidade a possibilidade de uma segunda química nos fios.
Quando já existe um ativo químico nos cabelos, este reage diferentemente diante da presença de
uma coloração.

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Regras básicas
Regras básicas a serem observadas em cabelos relaxados e/ou alisados frente a uma coloração,
tonalização ou mechas:
a) Tonalizantes: produtos que não contêm amônia e devem ser somente usados 15 dias após a
química de relaxamento ou alisamento.
b) Coloração permanente: produto que contém amônia, somente pode ser utilizado com
oxidante de 10 vol. Ou de 20 vol. O prazo de espera entre um procedimento e outro deve ser
de, no mínimo, 30 dias.
c) Mechas: esse procedimento é totalmente incompatível com relaxamento e/ou alisamentos,
porém, em cabelos extremamente tratados é possível fazer seu uso, somente com oxidante
de 20 vol.
Lembre sempre a cliente da importância de manter os cabelos bem tratados, usar bons produtos
como xampu, condicionador, máscara de tratamento semanalmente, ampolas de tratamento e um
leave-in de uso diário, que vão lhe dar a garantia de que seus cabelos estão preparados para
receberem procedimentos químicos e manterem-se saudáveis.

LEI Nº 12.592, DE 18 DE JANEIRO DE 2012


Dispõe sobre o exercício das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure,
Pedicure, Depilador e Maquiador.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É reconhecido, em todo o território nacional, o exercício das atividades profissionais de
Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador, nos termos desta Lei.
Parágrafo único. Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador são
profissionais que exercem atividades de higiene e embelezamento capilar, estético, facial e corporal
dos indivíduos.
Art. 2º (VETADO).
Art. 3º (VETADO).
Art. 4º Os profissionais de que trata esta Lei deverão obedecer às normas sanitárias, efetuando a
esterilização de materiais e utensílios utilizados no atendimento a seus clientes.
Art. 5º É instituído o Dia Nacional do Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure,
Depilador e Maquiador, a ser comemorado em todo o País, a cada ano, no dia e mês coincidente com
a data da promulgação desta Lei.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 18 de janeiro de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

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DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Paulo Roberto dos Santos Pinto
Alexandre Rocha Santos Padilha
Rogério Sottili
Luiz Inácio Lucena Adams

Este texto não substitui o original publicado Publicação:


no Diário Oficial da União - Seção 1 de 19/01/2012
Diário Oficial da União - Seção 1 - 19/1/2012, Página 1 (Publicação Original)
www2.camara.leg.br

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