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DIREITO PROCESSUAL

PENAL
Processos em Espécie: Rito Comum
Ordinário e Sumário

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
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do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230525001524

THIAGO PACHECO

Delegado de Polícia (PC/MG), aprovado em vários outros concursos públicos. Especialista


em Direito Penal, Processo Penal e Direito Público. Mestre em Administração Pública.
Professor universitário, docente em diversos cursos pelo Brasil. Fundador do Plano
de Aprovação (programa de coaching e mentoria on-line para concursos com mais
de 2 mil alunos aprovados).

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Direito Processual Penal
Processos em Espécie: Rito Comum Ordinário e Sumário
Thiago Pacheco

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Processos em Espécie: Rito Comum Ordinário e Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Introdução ao Tema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Procedimento Comum Ordinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1. Oferecimento da Peça Acusatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2. Recebimento da Peça Acusatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3. Citação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4. Apresentação de Resposta Escrita. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.5. Possibilidade de Absolvição Sumária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.6. Designação de Audiência de Instrução e Julgamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.7. Requerimento de Diligências Complementares em Audiência . . . . . . . . . . . . 20
2.8. Alegações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.9. Sentença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3. Procedimento Comum Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

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Thiago Pacheco

APRESENTAÇÃO
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Então, vamos nessa…
Aqui fala (ou escreve né! Rs) seu professor Thiago Pacheco, Delegado de Polícia em
Minas Gerais, formado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós graduado
e especialista em Direito Penal, Direito Processual Penal e Direito Público e mestre em
Administração Pública.
Sou professor universitário e coordenador de algumas pós-graduações em Minas Gerais
e leciono em cursos preparatórios pelo Brasil afora, inclusive aqui no GRAN.
Eu sempre gosto de registrar minha alegria em estar aqui escrevendo mais uma aula
digital para você atingir o sucesso na carreira pública que tanto almeja.
Estaria aqui até de graça, acredite!
Mas sou muito bem pago para te entregar conteúdo de qualidade. Ensinar é o meu
propósito e o que eu mais gosto de fazer nesse mundo.
E registrando, ainda, que nos últimos 15 anos, eu atuo na preparação para concursos
como professor, escritor, mentor e palestrante, e tenho certeza de que minha experiência
vai te ajudar nesta caminhada.
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Aliás, qualquer dúvida na matéria, ou mesmo de caráter pessoal, pode me chamar
no Instagram @delegadothiagopacheco ou me visitar no meu blog pessoal (https://
planodeaprovacao.com.br) que eu terei o maior prazer em te ajudar.
Eu e toda a equipe do GRAN CONCURSOS estamos aqui para te entregar mais um
conteúdo na sua mão.
Como eu sempre falo, tudo mastigado, bem direto ao ponto e, principalmente, no
formato mais favorável à sua aprendizagem permanente.
Por isso deixo várias questões de concurso comentadas disponibilizadas ao final da aula.
São questões retiradas de provas realizadas pelas bancas tradicionais, de modo geral. E,
se for preciso, eu ainda finalizo com algumas questões redigidas por mim mesmo, com a
finalidade de preencher todo o conteúdo da matéria.
Assim, sua revisão por questões fica completíssima.
Mas antes mesmo das questões, logo após finalizar o conteúdo teórico, eu deixo um
resumo bem compacto, mas completo, de toda a aula para, também, facilitar sua revisão.
As referências bibliográficas estarão presentes ao final dessa aula digital. Diante disso,
você terá um suporte caso queira se aprofundar nos estudos ou adiantar as próximas fases
do seu concurso.

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Mas eu insisto, este material é completo e, ao mesmo tempo, direto ao ponto. Quanto
menos doutrina você pegar para ler, mais tempo ganha estudando de forma direcionada.
Então, doutrina é para ser usada pontualmente, de forma excepcional, somente naquelas
dúvidas que você realmente não deu conta de tirar aqui comigo.
Para evitar de você ter que ficar abrindo vade-mécum ou procurando legislação no site
do planalto ou similares, eu sempre faço a transcrição da lei seca quando necessário, porém,
destacando apenas aquilo que for importante no tema da aula.
Mas você sabe que não basta o conhecimento da legislação. Conhecimento doutrinário
e jurisprudencial são essenciais!
Mas fica tranquilo, tudo o que você vai precisar está aqui: teoria, jurisprudência, questões,
resumo etc.
Espero que você goste do que vamos estudar neste material.
E, para finalizar, estou esperando suas dúvidas no Fórum do aluno! Qualquer dúvida
que você tiver, por favor, não deixe de acionar nosso Fórum.
Estude da forma correta. APRENDIZAGEM ACELERADA é o segredo da aprovação rápida.
Siga-me também nas redes sociais e no portal para estreitarmos a relação.
Vamos começar então?
Thiago Pacheco
@delegadothiagopacheco / https://planodeaprovacao.com.br

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PROCESSOS EM ESPÉCIE: RITO COMUM ORDINÁRIO E


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO AO TEMA
Preliminarmente, importante entender que o procedimento não se confunde com o
processo. Segundo a disposição tradicional da doutrina, processo é a soma do procedimento
com a relação jurídica processual e o contraditório.
Neste sentido, o procedimento está contido dentro do processo, tratando-se do aspecto
exterior deste, ou seja, o que é visível no processo.
O procedimento é uma sequência de atos unidos teleologicamente, visando a um fim
comum, seja ele a sentença (condenatória ou absolutória).
Do ponto de vista teórico, o procedimento pode ser dividido em duas grandes categorias:
• Procedimentos comuns;
• Procedimentos especiais.
O procedimento comum pode apresentar subdivisões e, de acordo com a maior ou menor
concentração dos atos processuais, para que haja maior celeridade do procedimento.
Neste sentido, em uma escala crescente de concentração dos atos processuais, o
procedimento comum pode ser:
• Ordinário: o mais amplo, que se aplica à generalidade dos crimes;
• Sumário; e
• Sumaríssimo.
Já os procedimentos especiais são aqueles que apresentam alguma especificidade, isto
é, determinados atos ou mesmo uma fase procedimental, não existente nos procedimentos
comuns, justificando-se tal diversidade por algum aspecto da relação material debatida.

EXEMPLO:
No procedimento dos crimes contra a honra, por ser o bem penalmente tutelado (honra)
disponível, há uma fase prévia visando à conciliação das partes.

Para se definir qual o procedimento aplicável, inicialmente deve-se verificar se há


previsão de algum procedimento especial para o crime, uma vez que o procedimento comum
é subsidiário.
Em caso negativo, o procedimento será o comum. Definido, por exclusão, tratando-se
de procedimento comum, resta estabelecer se ele será ordinário, sumário ou sumaríssimo.

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Com o decorrer do tempo, especialmente após a reforma processual penal de 2008,


os procedimentos comuns e especiais sofreram várias alterações (algumas sutis, e outras
mais complexas).
Antes, o critério do Código de Processo Penal para a distinção entre os procedimentos
comuns era a espécie de pena, isto é, os crimes punidos com reclusão seguiam o procedimento
ordinário. Se o crime fosse punido com detenção, o procedimento era o sumário. E no caso de
contravenção penal, punida com pena de prisão simples, era aplicável outro procedimento
sumário, também chamado judicialiforme ( já extinto).
Tínhamos, portanto, dois procedimentos sumários.
Este sistema foi sofrendo alterações ao longo da vigência do Código de Processo Penal,
mas a grande mudança ocorreu com a criação dos Juizados Especiais Criminais em 1995.
No caso de infração penal de menor potencial ofensivo (contravenção penal ou crime cuja
pena máxima seja igual ou inferior a dois anos) aplica-se o procedimento sumaríssimo (Lei
n. 9.099/1995) que, na verdade, é um procedimento especial, impropriamente denominado
“sumaríssimo”.
A Lei n. 11.719/2008 alterou o critério para a determinação de qual procedimento será
aplicável ao caso concreto. Não se considera mais o tipo de pena (reclusão, detenção ou
prisão simples), mas a quantidade de pena.
• Procedimento comum ordinário: aplicado aos crimes com pena máxima (em abstrato)
igual ou superior a 4 anos.
• Procedimento comum sumário: aplicável aos crimes cuja pena máxima (em abstrato)
seja inferior a 4 anos e superior a 2 anos.
• Procedimento comum sumaríssimo: previsto na Lei n. 9.099/1995 – Infrações de
menor potencial ofensivo com pena máxima (em abstrato) igual ou inferior a 2 anos,
cumulada ou não com multa, submetido ou não a procedimento especial.

É possível que a infração penal saia do Juizado Especial Criminal e vá para o juízo comum
(procedimento comum sumário) em duas possibilidades:
1. Devido à complexidade da causa;
2. Quando não for possível a citação pessoal do acusado.
Se nesses casos é possível a alteração da competência, trata-se de competência relativa,
devendo ser observadas as medidas despenalizadoras da Lei n. 9.099/1995, apesar de
mudança de juízo e das regras de competência.

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Para se identificar o rito processual, o Código de Processo Penal não leva em conta causas
de aumento e diminuição de pena, mas apenas a pena definida no preceito sancionador,
ou seja, a pena em abstrato prevista para o tipo penal.
Havendo mais de um crime imputado, se a pena de cada crime isolado por inferior a
quatro anos, mas a soma das penas máximas superar quatro anos, procedimento aplicável
será o comum ordinário.
Por fim, no caso de concurso entre um crime sujeito a procedimento comum e outro
sujeito a procedimento especial, deverá ser aplicado o procedimento mais amplo que,
geralmente, será o procedimento comum ordinário.

E qual é a consequência da não observância do procedimento correto?

Nem sempre a inobservância acarretará um prejuízo, portanto, trata-se de nulidade


relativa, que será declarada apenas quando gerar efetivo prejuízo ao acusado.

2. PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO


Cabível quando não houver previsão de outro rito em lei especial ou no próprio Código
de Processo Penal.
A seguir, faremos uma apresentação dos atos processuais do procedimento comum
ordinário na ordem cronológica:

2.1. OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA


Há duas possibilidades quando a peça acusatória (denúncia ou queixa) é apresentada
ao juízo competente:
a) Rejeição (ou não recebimento); ou
b) Recebimento da peça acusatória.

2.1.1. REJEIÇÃO DA PEÇA ACUSATÓRIA


São motivos que autorizam a rejeição da peça acusatória:

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:


I – for manifestamente inepta;
II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.

A denúncia/queixa manifestamente inepta é aquela que não preenche os requisitos do


art. 41, CPP:

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Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-
lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.

A inépcia da peça acusatória pode ser:


a) Inépcia formal: se dá quando não forem observados os requisitos obrigatórios da
peça acusatória (art. 41 do CPP).
b) Inépcia material: ocorre quando não há justa causa para o início do processo.

Com a reforma processual de 2008, a inépcia material passou a constar como uma forma
autônoma de rejeição da denúncia, prevista no inciso III do art. 395 do CPP.

Até quando a inépcia pode ser arguida?

Os tribunais entendem que é até o momento da publicação da sentença, sob pena de


preclusão.

É plenamente possível a rejeição parcial da peça acusatória. Veremos mais detalhes adiante.

2.1.2. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS


Os pressupostos processuais podem ser positivos ou negativos.

2.1.2.1. PRESSUPOSTOS OBJETIVO


Os pressupostos objetivos podem ser positivos ou negativos:
a) Positivos (aqueles que precisam estar presentes para que o processamento seja
regular): petição inicial apta, citação válida, regularidade procedimental.
b) Negativos (não podem estar presentes): litispendência, coisa julgada, perempção.
A presença de qualquer destas situações torna o procedimento nulo.

2.1.2.2. PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS


Os pressupostos subjetivos estão ligados aos sujeitos da relação processual.
a) Juiz: tem que ser devidamente investido no cargo (mediante concurso público
ou indicação no caso dos tribunais superiores), competente (de acordo com as normas
processuais e de organização judiciária) e imparcial.
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b) Partes: analisa-se a capacidade de ser parte, a capacidade de estar em juízo e a


capacidade postulatória (advogados, Ministério Público, Defensor Público).

2.1.3. CONDIÇÕES DA AÇÃO:


As condições da ação podem ser genéricas ou específicas. Nestes termos, passemos
à análise.

2.1.3.1. CONDIÇÕES GENÉRICAS


Estão presentes em TODA e QUALQUER ação penal.
Assim, independentemente da natureza do crime, da pessoa do acusado ou do
procedimento, as condições genéricas deverão estar presentes.
São condições genéricas da ação:
a) Legitimidade para agir;
b) Interesse de agir;
c) Possibilidade jurídica do pedido;
d) Justa causa (indicada por parte da doutrina).

2.1.3.2. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS (CONDIÇÕES DE PROCEDIBILIDADE)


São condições necessárias apenas em algumas situações, definidas por lei, a depender da:
a) Natureza do delito – por exemplo, representação do ofendido nos crimes de ação
penal pública condicionada à representação;
b) Pessoa do acusado – por exemplo, autorização da câmara dos deputados para processo
e julgamento do Presidente da República;
c) Procedimento em questão – por exemplo, crimes contra a propriedade material deve
ter laudo pericial. O mesmo ocorre na lei de drogas, em que se exige laudo de constatação
toxicológica.
Neste sentido, as condições da ação, sejam elas genéricas ou específicas, precisam estar
presentes para que o direito de ação penal possa ser devidamente exercido.
Esta é a redação do art. 395 do CPP:

Art. 395: A denúncia ou queixa será rejeitada quando: […]


II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou

Assim, a ausência de uma condição da ação poderá ensejar a rejeição da denúncia. Por
exemplo, o ofendido oferece queixa-crime em um crime de ação penal pública. O juiz irá
rejeitar por ausência de condição da ação, qual seja: legitimidade para agir.

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2.1.4. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO (OU DA AÇÃO)


No âmbito processual penal, a possibilidade jurídica do pedido exterioriza-se por meio
da imputação de um FATO TÍPICO, ILÍCITO e CULPÁVEL, cuja punibilidade não esteja extinta.
Cita-se, como exemplo, o caso em que o juiz constata que o acusado é menor de 18 anos,
não havendo, portanto, possibilidade jurídica do pedido.

No âmbito do processo penal, de acordo com Renato Brasileiro, a possibilidade jurídica do


pedido não é mais uma condição da ação. Deve ser enfrentada como mérito, com base na
sistemática do processo civil, sendo caso de improcedência liminar do pedido, gerando a
absolvição sumária (art. 397 do CPP).

CPP. Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV – extinta a punibilidade do agente.

A absolvição sumária ocorrerá após a citação e após a resposta à acusação.


A ideia é que os casos de impossibilidade jurídica do pedido deverão ser enfrentados como
mérito em uma decisão de absolvição sumária, que deve ser antecipada para o momento,
imediatamente, após o oferecimento da peça acusatória.

Aplica-se, por analogia, a sistemática da improcedência liminar do pedido prevista no art.


332 do CPC/2015.

2.1.5. LEGITIMIDADE DAS PARTES


Trata-se da pertinência subjetiva da ação. Quem pode propor a ação e contra quem
pode ser proposta.
• Legitimidade ativa:
No Processo Penal as ações são classificadas de acordo com o legitimado ativo.
Vejamos:

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a) Ação penal púbica – MP (art. 129, I da CF/1988).


A regra na ação penal pública é que o Ministério Público seja o legitimado. No entanto,
existe uma legitimação subsidiária, no caso de ação privada subsidiária da pública. Em outras
palavras, se o Ministério Público permanecer inerte pelo prazo de seis meses, contados do
recebimento do relatório final do inquérito policial, a própria CF/1988 prevê que o ofendido
poderá ingressar em juízo.
b) Ação penal privada – ofendido e/ou seu representante legal.
Por exemplo, a queixa-crime oferecida pela prática do crime de calúnia. Perceba que se
trata de ação penal privada, cuja queixa foi proposta pelo ofendido ou por seu representante
legal, já que a calúnia é um crime contra a honra (em regra, ação penal privada, nos termos
do art. 145 do CP).
• Legitimidade passiva:
É o acusado, aquele que sofrerá as consequências jurídico-penais do procedimento em curso.

2.1.6. INTERESSE DE AGIR


Desdobra-se em três elementos:
a) Necessidade:
É presumida no processo penal, pois não há crime e não há pena sem o devido processo
legal (nullum crimen nulla poena sine iudicio). Pode-se relacionar ainda com o princípio da
exclusiva proteção dos bens jurídicos do direito penal.
b) Adequação:
Não é discutida no processo penal, pois o acusado se defende dos fatos, e não da
classificação a eles atribuída pelo titular da ação penal. Não há diferentes espécies de
ações penais condenatórias.
Porém, possui relevância nas ações penais não condenatórias. Cita-se, como exemplo,
o habeas corpus que deve ser impetrado apenas quando está em risco a liberdade de
locomoção. Desta forma, quando impetrado em casos diversos, especialmente quando não
há risco do cerceamento da liberdade, faltará adequação (HC 127.843).
Nesse sentido, Súmula n. 693 do STF:

Súmula. 693 STF: Não cabe “habeas corpus” contra decisão condenatória a pena de
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária
seja a única cominada.

c) Utilidade:
Consiste na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o interesse do autor, seja
ele o Ministério Público ou o próprio ofendido (ou seu representante legal).

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d) Justa causa:
A falta de justa causa, nos termos do art. 395, III do CPP. Acarreta a rejeição da denúncia:

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:


I – for manifestamente inepta;
II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.

Afinal de contas,, o que é justa causa?

Parte da doutrina classifica a justa causa como uma das condições da ação; e outra
parte a integra ao interesse de agir, que também é uma das condições da ação penal.
Segundo a doutrina majoritária (independentemente de ser uma condição autônoma
ou integrante do interesse de agir), a justa causa caracteriza-se pelo lastro probatório
mínimo para a instauração de um processo penal.
O processo penal, por si só, gera uma série de cerimônias degradantes. Por isso, o estigma
que o indivíduo carrega por ter respondido a um processo penal, ainda que venha a ser
absolvido, é muito grande. Portanto, não podem ser admitidos processos penais levianos
ou temerários.
Desta forma, a ideia de justa causa confunde-se com o “fumus comissi delicti”, evidenciado
pela existência de provas quanto à materialidade e de indícios de autoria ou de participação.

2.1.7. RECURSO CABÍVEL CONTRA A REJEIÇÃO DA PEÇA ACUSATÓRIA


Trata-se de hipótese de Recurso em Sentido Estrito – (art. 581, I):

Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:


I – que não receber a denúncia ou a queixa;

No Juizado Especial Criminal, a lei prevê APELAÇÃO, interposta no prazo de 10 dias.

Quando o Tribunal julga o RESE é necessário intimar, primeiro, o acusado porque é dele o
direito de constituir advogado a fim de apresentar contrarrazões. O juiz somente encaminha
os autos para a Defensoria Pública se o acusado não constituir advogado.

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Súmula n. 707/STF – Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para


oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo
a nomeação de defensor dativo.

Se o Tribunal der provimento a este recurso, sua decisão já vale como recebimento da
peça acusatória, salvo quando reconhecida a nulidade da decisão de primeira instância.

Súmula n. 709/STF – Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão que
provê o recurso contra a rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento dela.

2.2. RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA


Quando o Ministério Público oferece a denúncia, o juiz tem duas opções: receber ou
rejeitar a peça acusatória. A peça acusatória deve ser recebida quando não houver causa
de rejeição.

2.2.1. MOMENTO DO RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA

A peça acusatória é recebida logo depois do oferecimento.

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

Para a doutrina, é indispensável a fundamentação sob pena de nulidade. Não deve haver
excessos nessa fundamentação. A fundamentação deve trabalhar a contrário sensu com as
causas de rejeição. Basta apontar que não estão presentes as causas de rejeição.

Para os tribunais não há necessidade de fundamentação do recebimento da denúncia, que


pode se dar, inclusive, implicitamente quando o juiz determina a citação do acusado (STF),
salvo nos procedimentos que preveem defesa preliminar, em que o acusado é ouvido antes
do recebimento da peça acusatória, hipótese em que é obrigatória a fundamentação. Mas
isso não ocorre no procedimento comum.

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2.2.2. CONSEQUÊNCIAS DO RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA


1) Fixação da competência por prevenção.

Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais
juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos
outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao
oferecimento da denúncia ou queixa (arts. 70, § 3º, 71, 72, § 2º e 78, II, c).

2) Interrupção da prescrição: só podemos falar em interrupção da prescrição, se o


recebimento foi proferido pelo juízo competente.
3) Para a maioria da doutrina, o recebimento marca o início do processo. Tal entendimento
é corroborado pelo art. 35, CPPM:

O processo inicia-se com o recebimento da denúncia pelo juiz, efetiva-se com a citação do
acusado e extingue-se no momento em que a sentença definitiva se torna irrecorrível, quer
resolva o mérito, quer não.

2.2.3. RECURSO CABÍVEL CONTRA O RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA


Não há previsão legal de recurso para essa decisão.
Entretanto, os tribunais hoje vêm admitindo que se busque o trancamento do processo.
O instrumento a ser utilizado é o habeas corpus, desde que haja risco a liberdade de
locomoção. Quando não houver risco a liberdade de locomoção, a parte deve se valer do
Mandado de Segurança.
Em quais hipóteses tem sido admitido o trancamento do processo? O trancamento é
uma medida de natureza excepcional que pode ocorrer nas seguintes hipóteses:
• Manifesta atipicidade formal ou material da conduta delituosa;
• Causa extintiva da punibilidade;
• Ausência de pressupostos processuais ou das condições da ação;
• Ausência de justa causa para o exercício da ação penal.

2.3. CITAÇÃO
É o ato de comunicação processual por meio do qual se dá ciência ao acusado do
recebimento da peça acusatória, chamando-o para se defender. Funciona como concretização
de dois princípios constitucionais:
• Contraditório; e
• Ampla defesa.
Eventuais vícios da citação caracterizam nulidade absoluta.

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Contudo, apesar de ser vício de natureza absoluta, é possível sanar (convalidar) a nulidade
da citação mediante o comparecimento do acusado em juízo (princípio da instrumentalidade
das formas).

Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde q
o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare q o faz para o único fim
de argui-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer
que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte.

A partir do momento que a citação se opera, o acusado também passa a fazer parte da
relação processual. Antes dela, faz parte somente o MP e Juiz.

2.4. APRESENTAÇÃO DE RESPOSTA ESCRITA


Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

A finalidade da apresentação de resposta escrita é buscar uma possível absolvição


sumária. O acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa,
oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas,
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
Prazo de apresentação: 10 dias.
Lembrando que se a defesa estiver sendo feita por defensor público, o prazo é
contado em dobro.
No caso de citação através da carta precatória, o prazo começa a correr da data da
intimação e não da juntada da carta precatória.

Súmula n. 710/STF: No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e


não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.

Consequência da ausência de defesa prévia: nulidade absoluta no procedimento.


Diante da não apresentação da resposta, a lei prevê que deve ser nomeado defensor
dativo, que terá mais 10 dias, a partir de sua nomeação, para apresentar a peça (art.
396-A, § 2º).

2.5. POSSIBILIDADE DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA


Introduzida no procedimento comum pela Lei n. 11.719/2008. Antes era prevista apenas
no procedimento do júri.

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Vem sendo chamada de “julgamento antecipado da lide” que, no processo penal, só é


possível quando tiver natureza absolutória.

Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá
absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008).
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV – extinta a punibilidade do agente.

O momento processual ocorre antes da audiência de instrução e julgamento. Para absolvição


sumária, é necessário um juízo de certeza. A dúvida não autoriza a absolvição sumária.
Decisão faz coisa julgada formal e material.
O recurso cabível para a decisão de absolvição sumária é apelação (art. 593, I, CPP), salvo
no caso da extinção da punibilidade, que o recurso é o RESE (art. 581, VIII).

No caso de inimputabilidade, o juiz absolve o réu, mas impõe medida de segurança (sentença
absolutória imprópria).

2.6. DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO


Conforme art. 399 do CPP:

Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando
a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e
do assistente. (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008).
§ 1º O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder
público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei n. 11.719, de 2008).
§ 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei n. 11.719, de
2008).

A audiência de instrução e julgamento só irá ocorrer se o acusado não tiver sido absolvido
sumariamente, pois neste caso, o processo finda com a absolvição.
No procedimento ordinário essa audiência UNA (uma única audiência, pelo menos em tese)
de instrução e julgamento deverá ocorrer em até 60 dias. No caso de procedimento sumário,
deverá ocorrer em até 30 dias. E essa é uma das poucas diferenças entre o procedimento
ordinário e o sumário.

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Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60


(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas
arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste
Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas
e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008).

A audiência UNA de instrução e julgamento foi introduzida no procedimento comum


pela Lei n. 11.719/2008. Neste sentido, o legislador consagrou o princípio da oralidade (que
já era adotado no júri e juizados especiais) no procedimento comum.

§ 1º As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas


irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei n. 11.719, de 2008).

Do princípio da oralidade vão derivar importantes consequências:


a) Concentração dos atos processuais: visa reduzir o procedimento a uma (por isso o
nome “audiência UNA”) ou poucas audiências.
b) Imediatidade da relação do juiz com a prova.
c) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: não cabe recurso de indeferimento
das testemunhas. Eventual decisão irrecorrível proferida no curso da audiência deve ser
prontamente impugnada (protesto na ata de audiência) para que possa ser trabalhada
posteriormente como preliminar de apelação.
d) Princípio da identidade física do juiz: introduzido no procedimento comum pela Lei
n. 11.719/2008 (art. 399, § 2º, CPP):

§ 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.

Nesse princípio aplica-se subsidiariamente o art. 132, do CPC.

Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver
convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que
passará os autos ao seu sucessor.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário,
poderá mandar repetir as provas já produzidas.

Continua sendo possível a realização de atos processuais por cartas precatória, rogatória
e através de vídeo conferência. Isso, porque a identidade física não significa contato físico.
• Ordem dos atos processuais na audiência una de instrução e julgamento:
− Declarações do ofendido;
− Inquirição das testemunhas;
− Esclarecimentos dos peritos: se for perito oficial é apenas um; se não, necessário
dois;
− Acareações;

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− Reconhecimento de pessoas e coisas;


− Interrogatório do acusado.
Ressalte-se ainda que, no procedimento comum ordinário, poderão ser inquiridas até
oito testemunhas por cada parte. No rito sumário são cinco e no sumaríssimo até três.

Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação
e 8 (oito) pela defesa.
§ 2º A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o
disposto no art. 209 deste Código. […]
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas
pelas partes.

• Colheita do depoimento:
Antes da Lei n. 11.719/2008, a colheita do depoimento das testemunhas era feita por meio
do Sistema Presidencialista, ou seja, através do juiz. O primeiro a perguntar era o magistrado.
Posteriormente, as perguntas eram formuladas pelas partes por intermédio do juiz.
Depois das Leis 11.719/2008 e 11.690/2008, no âmbito do procedimento comum, foi
introduzido o Exame direto e cruzado (direct and cross examination).
Se tem uma testemunha do MP, a primeira pessoa a perguntar é a parte que arrolou a
testemunha, no caso, é o MP (exame direto). As perguntas são diretamente encaminhadas
à testemunhas. Depois, o segundo a perguntar, será o Defensor (exame cruzado-perguntas
da parte contrária).
O terceiro e último a perguntar é o juiz, que deverá complementar a inquirição quanto
aos pontos não esclarecidos.

Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo
o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem
na repetição de outra já respondida.

Por fim, o juiz e todos os demais atores do processo que venham a participar da audiência
de instrução e julgamento, devem zelar pela integridade da vítima durante a audiência.
Esse dever de cuidado foi, inclusive, normatizado recentemente:

Art. 400-A. Na audiência de instrução e julgamento, e, em especial, nas que apurem crimes contra
a dignidade sexual, todas as partes e demais sujeitos processuais presentes no ato deverão
zelar pela integridade física e psicológica da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal
e administrativa, cabendo ao juiz garantir o cumprimento do disposto neste artigo, vedadas:
(Incluído pela Lei n. 14.245, de 2021)
I – a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos fatos objeto de apuração nos
autos; (Incluído pela Lei n. 14.245, de 2021)
II – a utilização de linguagem, de informações ou de material que ofendam a dignidade da vítima
ou de testemunhas. (Incluído pela Lei n. 14.245, de 2021)

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2.7. REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS COMPLEMENTARES EM AUDIÊNCIA


Produzidas as provas, ao final da audiência, o MP, o querelante e o assistente e, a seguir,
o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou
fatos apurados na instrução (art. 402 do CPP).
Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais.

2.8. ALEGAÇÕES FINAIS


Consiste no ato postulatório apresentado pelas partes ao final da instrução probatória,
no qual é analisada a prova colhida com o objetivo de influenciar o convencimento do juiz
no sentido da condenação e/ou absolvição do acusado.
Qual é a forma de apresentação dessas alegações finais? Antes da Lei n. 11.719/2008
essas alegações eram sempre alegações finais apresentadas por escrito. Depois da Lei n.
11.719/2008, que trouxe o princípio da oralidade para o procedimento comum ordinário,
as alegações finais, em regra, passam a ser apresentadas oralmente.

Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais orais por 20 minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis
por mais 10, proferindo o juiz, a seguir, sentença.
§ 1º Havendo mais de 1 acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
§ 2º Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 minutos,
prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa.
§ 3º O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às
partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso,
terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. […]
Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e pelas
partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos.
§ 1º Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e
testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital
ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações.
§ 2º No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro
original, sem necessidade de transcrição.

As alegações finais (orais) podem ser substituídas por memoriais (escritos) nas seguintes
hipóteses:
a) Complexidade da causa e/ou pluralidade de acusados;
b) Realização de diligências;
c) Acordo entre as partes – não tem previsão legal, mas é aceito pela doutrina e
jurisprudência, em razão de não trazer prejuízo às partes.

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Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte,


a audiência será concluída sem as alegações finais.
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no
prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez)
dias, o juiz proferirá a sentença.

A ausência de memoriais da defesa é causa de nulidade absoluta.

Súmula n. 523, STF: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta,
mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.

Também é causa de nulidade a apresentação de memoriais precários e deficientes.


Diante da não apresentação dos memoriais pelo advogado constituído, deve o juiz intimar
o acusado para que constitua novo defensor, sob pena de nomeação da Defensoria Pública,
sem prejuízo da aplicação de multa ao advogado desidioso.

2.9. SENTENÇA
Deve ser proferida logo após as alegações finais ou então, no caso de apresentação de
memoriais por escrito, o juiz tem o prazo de dez dias para sentenciar.

Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais orais por 20 minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis
por mais 10, proferindo o juiz, a seguir, sentença. […]
§ 3º O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às
partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso,
terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.

3. PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO


Será adotado quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada em abstrato
for inferior a quatro anos de pena privativa de liberdade.
Diferenças em relação ao procedimento comum ordinário:
• Prazo para a realização da audiência: trinta dias (e não sessenta como no rito comum
ordinário).
• Número de testemunhas para cada parte: cinco, sem contabilizar as não compromissadas
e as referidas (e não oito como no rito comum ordinário ou três no sumaríssimo).

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• Não há previsão expressa para requerimento de diligência ao final da audiência. Mas


tais diligências podem ser realizadas pelo juiz, com base no princípio da busca pela
verdade real.
• Não há previsão para a substituição das alegações finais por memoriais.

Aplicam-se subsidiariamente ao procedimento sumário as disposições do procedimento


ordinário, até porque, as diferenças entre as duas espécies do rito comum são pontuais e,
praticamente, não influenciam no desenvolvimento do processo.

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RESUMO
Nessa aula, você deve fixar os seguintes pontos:
• Procedimento comum ordinário: aplicado aos crimes com pena máxima (em abstrato)
igual ou superior a 4 anos.
• Procedimento comum sumário: aplicável aos crimes cuja pena máxima (em abstrato)
seja inferior a 4 anos e superior a 2 anos.
• Procedimento comum sumaríssimo: previsto na Lei n. 9.099/1995 – Infrações de
menor potencial ofensivo: contravenções penais e crimes com pena máxima (em
abstrato) igual ou inferior a 2 anos, cumulada ou não com multa, submetido ou não
a procedimento especial.
• Para se identificar o rito processual, o Código de processo Penal não leva em conta
causas de aumento e diminuição de pena, mas apenas a pena definida no preceito
sancionador, ou seja, a pena em abstrato prevista para o tipo penal.
• No caso de concurso entre um crime sujeito a procedimento comum e outro sujeito
a procedimento especial, deverá ser aplicado o procedimento mais amplo que,
geralmente, será o procedimento comum ordinário.
• Principais diferenças do procedimento comum sumário em relação ao procedimento
comum ordinário:
− 1) Prazo para a realização da audiência: trinta dias (e não sessenta como no rito
comum ordinário);
− 2) Número de testemunhas para cada parte: cinco, sem contabilizar as não com-
promissadas e as referidas (e não oito como no rito comum ordinário ou três no
sumaríssimo).

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EXERCÍCIOS

001. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2023) No procedimento comum


sumário, de acordo com o art. 534 do CPP, “as alegações finais serão orais, concedendo-
se a palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos,
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.” Havendo mais de
um acusado,
a) a sentença deve ser exarada por escrito, em até 10 dias.
b) o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
c) o tempo da acusação será dobrado, assim como o da defesa.
d) o procedimento sumário deve ser convertido em comum ordinário, dada a complexidade
da causa.
e) deve o juiz determinar a conversão dos debates em apresentação de memoriais escritos.

002. (FGV/MPE-GO/ANALISTA JURÍDICO/2022) Tarcísio foi denunciado pela prática do crime


de falsificação de documento público, crime punido com pena privativa de liberdade máxima
de seis anos de reclusão. A denúncia foi recebida, o acusado citado e oferecida resposta
à acusação. Ambas as partes arrolaram testemunhas e houve requerimento de oitiva dos
peritos. Não ocorrendo a absolvição sumária, o juiz competente designou audiência de
instrução e julgamento. De acordo com os dados apresentados, aponte a alternativa correta
acerca do procedimento em questão.
a) Aplicável, na hipótese, o rito comum ordinário. Por esse procedimento, as provas devem ser
produzidas em uma só audiência, a ser realizada no prazo máximo de 60 dias, sendo ouvidas,
nesta ordem, as testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação, observando-se o sistema
de exame cruzado para as arguições. Além disso, devem ser tomados esclarecimentos dos
peritos para, por fim, ser o acusado interrogado.
b) Aplicável, na hipótese, o rito comum ordinário. Por esse procedimento, as provas devem
ser produzidas em uma só audiência, a ser realizada no prazo máximo de 30 dias, sendo
ouvidas, nesta ordem, as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, sendo as
perguntas requeridas pelas partes ao juiz, que as formula diretamente. Além disso, devem
ser tomados esclarecimentos dos peritos para, por fim, ser o acusado interrogado.
c) Aplicável, na hipótese, o rito especial dos crimes contra a fé pública. Por esse procedimento,
as provas devem ser produzidas em uma só audiência, sendo o acusado interrogado para
depois serem tomados os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa, nesta
ordem e, por fim, ouvidos os peritos.

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d) Aplicável, na hipótese, o rito comum ordinário. Por esse procedimento, as provas devem ser
produzidas em uma só audiência, a ser realizada no prazo máximo de 60 dias, sendo ouvidas,
nesta ordem, as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, observando-se o sistema
de exame cruzado para as arguições. Além disso, devem ser tomados esclarecimentos dos
peritos para, por fim, ser o acusado interrogado.
e) Aplicável, na hipótese, o rito comum sumário. Por esse procedimento, as provas devem ser
produzidas em uma só audiência a ser realizada no prazo máximo de 30 dias, sendo ouvidas,
nesta ordem, as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, observando-se o sistema
de exame cruzado para as arguições. Além disso, devem ser tomados esclarecimentos dos
peritos para, por fim, ser o acusado interrogado.

003. (INSTITUTO AOCP/SEAPE DF/AGENTE PENITENCIÁRIO (POLÍCIA PENAL)/2022) Julgue


os itens seguintes em relação à sentença e ao procedimento comum.
O procedimento comum será ordinário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima
cominada for igual ou superior a quatro anos de pena privativa de liberdade.

004. (FGV/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO/2022) Nos casos submetidos ao procedimento comum


ordinário, em relação ao juízo de admissibilidade da imputação, é correto afirmar que:
a) em razão da impugnação por resposta à acusação, a fundamentação de recebimento
deverá ser exaustiva;
b) em razão da impugnação por resposta à acusação, a fundamentação de recebimento
deverá ser exauriente;
c) no momento do recebimento da denúncia, o standard probatório é menos rigoroso;
d) o juízo progressivo de admissibilidade da imputação dispensa fundamentação, ainda
que superficial;
e) a ratificação do recebimento da denúncia dispensa fundamentação suficiente para
rejeitar as teses defensivas.

005. (TRF 3ª REGIÃO/TRF 3/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2022) Assinale a alternativa CORRETA:


a) No caso de mora no atendimento a requisições judiciais de dados telemáticas, a falta de
previsão no Código de Processo Penal inviabiliza a fixação de astreintes.
b) O colaborador deve apresentar seus memoriais finais antes dos corréus delatados.
c) Se o juiz decreta a interceptação telefônica, com base em denúncia anônima rica em
detalhes, a cognição judicial supre a falta de diligências preliminares por parte da Polícia.
d) Não se pode falar em distribuição do ônus da prova entre as partes no processo penal
liberal.

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006. (FGV/PC AM/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2022) Em relação ao juízo de admissibilidade


da imputação, é correto afirmar que o magistrado
a) pode determinar a emenda da inicial, fixando prazo, sob pena de rejeição.
b) pode decotar as causas de aumento de penal manifestamente improcedentes.
c) deve rejeitar a inicial de forma integral, caso verifique qualquer incongruência.
d) deve deixar de receber a inicial de forma integral, caso verifique qualquer incongruência.
e) deve receber a denúncia de forma integral e decidir eventual incongruência quando da
análise do mérito.

007. (CESPE-CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca dos


aspectos processuais no direito penal, julgue os itens subsequentes.
O pedido de absolvição em sede de alegações finais impede que o Ministério Público recorra
da sentença absolutória proferida que acolheu o referido pedido.

008. (CESPE-CEBRASPE/DPF/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2021) Após ligação anônima,


a polícia realizou busca em determinada casa, onde encontrou pessoas preparando
pequenos pacotes de determinada substância (aparentemente entorpecente), os quais
foram apreendidos, além de armas de fogo de alto calibre. Durante a diligência, o delegado,
informalmente, realizou entrevistas com as pessoas que estavam no domicílio. Durante
essas entrevistas, um dos indivíduos confessou a prática do delito e, posteriormente,
colaborou com a identificação dos demais membros da organização criminosa. A partir das
informações do colaborador, foi realizada uma ação controlada. A partir dessa situação,
julgue os próximos itens.
A substância apreendida deve ser submetida à perícia para a elaboração do laudo de
constatação provisório da natureza e da quantidade da droga, análise que deve ser realizada
por perito, o qual, por sua vez, ficará impedido de elaborar o laudo definitivo.

009. (CESPE-CEBRASPE/PGE-CE/PROCURADOR DO ESTADO/2021/ADAPTADA) O sursis


processual, aplicável a todos os procedimentos e não apenas o sumaríssimo, deverá
ser oferecido
a) antes do oferecimento da ação penal.
b) no momento em que for oferecida a ação penal.
c) após a condenação transitada em julgado.
d) nas alegações finais.

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010. (CESPE-CEBRASPE/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2021) Joacir foi preso em flagrante


pela prática de determinado crime. A pena prevista para tal crime é um a quatro anos
de reclusão. Ele negou a autoria do crime e acusou a vítima de ter forjado a situação de
flagrância.
A partir dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
Conclui-se das informações que Joacir praticou crime de menor potencial ofensivo, de
modo que cabe ao delegado lavrar termo circunstanciado e encaminhá-lo ao juizado especial
criminal.

011. (CESPE-CEBRASPE/TJ-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/ESPECIALIDADE:


EXECUÇÃO DE MANDADOS/2021) Em relação à sentença de pronúncia, assinale a opção correta.
a) A intimação da sentença ao defensor constituído pelo réu deverá ser feita pessoalmente.
b) Da decisão que pronuncia o réu, cabe recurso de apelação.
c) A pronúncia constitui causa interruptiva de prescrição.
d) Na ausência do réu solto, é vedada a sua intimação por edital, ocorrendo a denominada
crise de instância.
e) Uma vez preclusa a sentença, é vedada a alteração da classificação do crime.

012. (CESPE-CEBRASPE/TJ-RJ/TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA/2021) Na audiência do


processo comum ordinário, o último ato da instrução criminal é
a) a acareação.
b) a inquirição das testemunhas da acusação.
c) a inquirição das testemunhas da defesa.
d) a tomada de declarações do ofendido.
e) o interrogatório do réu.

013. (CESPE-CEBRASPE/PC-AL/AGENTE DE POLÍCIA/2021) A autoridade policial instaurou


inquérito policial em virtude de crime de lesões corporais leves cometidos contra mulher
no âmbito familiar. O inquérito foi relatado e enviado ao Poder Judiciário.
Considerando essa situação hipotética julgue os itens seguintes.
Ausente a materialidade das lesões e tendo sido concluído pela existência da contravenção
de vias de fato, poderia ser aplicada a transação penal nessa situação.

014. (CESPE-CEBRASPE/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/2021) No que se refere ao autor


do fato criminoso e ao processo penal brasileiro, julgue os próximos itens.
O acusado que tiver praticado crime doloso contra a vida deverá ser julgado pelo tribunal
do júri em votação sigilosa.

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015. (INSTITUTO AOCP/ITEP/AGENTE TÉCNICO FORENSE/2021) Conforme o Código de


Processo Penal, nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa,
o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para
responder à acusação, por escrito, no prazo de
a) cinco dias.
b) oito dias.
c) dez dias.
d) quinze dias.
e) vinte dias.

016. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2021) A respeito dos procedimentos


ordinário e sumário, de acordo com o texto legal previsto no Código de Processo Penal, é
correto afirmar que:
a) no procedimento ordinário, admitem-se alegações finais por escrito, no prazo de 05
(cinco) dias e, no sumário, no prazo de 03 dias.
b) no procedimento ordinário, as alegações finais serão por escrito e, no sumário, em regra,
orais, apresentadas em audiência.
c) em ambos os procedimentos, as alegações finais serão orais, apresentadas em audiência,
admitindo-se memoriais por escrito, no prazo de 03 dias, em caso de complexidade do feito.
d) em ambos os procedimentos, em regra, as alegações finais serão por escrito, sendo
facultada a apresentação oral, em audiência, caso haja concordância de todas as partes.
e) no procedimento ordinário, admitem-se alegações finais por escrito quando há elevado
número de acusados, regra inaplicável ao procedimento sumário.

017. (DPE/DPE-RJ/RESIDÊNCIA JURÍDICA/2021) Marque a assertiva INCORRETA acerca da


Teoria Geral do Procedimento:
a) Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposição legal em contrário.
b) O procedimento ordinário aplica-se aos processos que têm como objeto crime doloso
contra a vida.
c) O procedimento sumaríssimo aplica-se aos processos que têm como objeto infração
penal de menor potencialmente ofensivo.
d) O procedimento sumário aplica-se aos processos que têm como objeto crime cuja pena
máxima cominada é inferior a quatro anos.
e) O procedimento comum pode ser ordinário, sumário ou sumaríssimo.

018. (IDECAN/PEFOCE/AUXILIAR DE PERÍCIA/2021) Marcos foi investigado por suposta


prática de lesão corporal de natureza grave e, ao final, denunciado pelo Ministério Público
pelo cometimento do delito previsto no art. 129, § 1º, I, do CP. Durante a instrução criminal,

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a Defesa aventou a hipótese de o crime ter sido praticado em legítima defesa. Ao final da
instrução, após interrogatório do réu, o Magistrado concedeu o prazo sucessivo de cinco
dias para as partes apresentarem memoriais escritos, diante da complexidade do caso,
conforme previsão do art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal. Com base no que foi
narrado acima, é correto afirmar que o ônus da prova
a) cabe a quem alega, razão pela qual a defesa deverá provar que o réu agiu em legítima
defesa.
b) incumbe às partes, razão pela qual o Ministério Público, a Defesa e o Juiz deverão diligenciar
para tentar provar a alegação de legítima defesa.
c) incumbe à acusação, razão pela qual o Parquet poderá utilizar os meios lícitos e/ou ilícitos
para tentar alcançar a verdade dos fatos sobre a tese alegada (princípio da verdade real).
d) cabe à acusação, razão pela qual o Ministério Público deverá provar que o réu não agiu
em legítima defesa.
e) incumbe à acusação, razão pela qual o Parquet poderá utilizar apenas os meios lícitos e
legítimos para tentar alcançar a verdade dos fatos sobre a tese alegada.

019. (INSTITUTO AOCP/ITEP/AGENTE DE NECROPSIA/2021) De acordo com o Código de


Processo Penal, a audiência de instrução e julgamento, no procedimento comum ordinário,
deve ser realizada no prazo máximo de
a) quinze dias.
b) trinta dias.
c) sessenta dias.
d) noventa dias.
e) cento e oitenta dias.

020. (FGV/TJ-RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA OFICIAL DE JUSTIÇA/2021) No que pertine ao


procedimento comum ordinário, fixado no Código de Processo Penal, é correto afirmar que:
a) é possível a realização do juízo desclassificatório prévio, quando a classificação jurídica
do crime repercute na definição da competência;
b) a reação defensiva à imputação, no procedimento comum ordinário, ocorre por meio da
apresentação da resposta preliminar;
c) no caso de réu detentor de foro por prerrogativa de função, o procedimento comum
ordinário será aplicado na competência originária;
d) a não localização do réu para citação importa em deslocamento para o juízo criminal
comum e aplicação do procedimento próprio;
e) agravantes e atenuantes devem ser calculadas no cômputo da pena mínima e da pena
máxima, para fins de definição do procedimento a ser aplicado.

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021. (CESPE-CEBRASPE/MP-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2020) Em ação penal privada,


pedido de suspensão condicional do processo
a) não é cabível, assim como a transação penal, porque tanto esse pedido quanto a transação
penal são exclusivos de ações penais públicas.
b) é cabível, desde que oferecido pelo Ministério Público, por ser um direito público subjetivo
do acusado.
c) não é cabível, diferentemente da transação penal, haja vista expressa disposição legal.
d) é cabível, desde que oferecido pelo ofendido.
e) é cabível somente em favor do réu, haja vista a possibilidade de ofensa ao princípio da
indivisibilidade da ação penal privada.

022. (CESPE/CEBRASPE/TJ-PA/OFICIAL DE JUSTIÇA/ÁREA AVALIADOR/2020) De acordo com o


Código de Processo Penal (CPP), no procedimento comum ordinário, após o recebimento de
denúncia e o oferecimento de resposta à acusação pela defesa, o juiz absolverá sumariamente
o denunciado na hipótese de
a) haver dúvida quanto à autoria do réu ou à sua participação no crime.
b) ficar comprovada a inimputabilidade mental do réu.
c) a denúncia ser manifestamente inepta.
d) faltar justa causa para o exercício da ação penal.
e) o fato narrado evidentemente não constituir crime.

023. (MPPR/MPE-PR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2019) Sobre absolvição sumária


no procedimento comum, segundo o Código de Processo Penal, esta é possível:
a) Se a denúncia for inepta ou houver existência manifesta de causa excludente da ilicitude
do fato.
b) Se o fato narrado evidentemente não constitui crime ou estiver extinta a punibilidade
do agente.
c) Se existir manifesta causa excludente de ilicitude ou de culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade penal decorrente de ser o agente menor de dezoito anos, quando deverá
o feito ser remetido ao juizado competente.
d) Se faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal.
e) Se existir dúvida sobre a materialidade do fato ou autoria do réu (“in dubio pro reo”).

024. (CESPE/CEBRASPE/TJDFT/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS/


REMOÇÃO/2019) Em relação aos procedimentos comum e especial, julgue os itens a seguir.
I – As hipóteses de absolvição sumária previstas para o procedimento ordinário e sumário
são aplicáveis a todos os processos penais desenvolvidos em primeiro grau de jurisdição,
ainda que estes não sejam regulados pelo Código de Processo Penal.

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II – No procedimento comum ordinário, o juiz, logo após o recebimento da denúncia,


determinará a citação do réu para comparecer à audiência de instrução do feito.
III – No procedimento sumaríssimo, oferecida a denúncia e não sendo encontrado o autor
do fato para ser citado, o juiz encaminhará o feito ao juízo comum, devendo, então, ser
observado o rito sumário. IV O procedimento comum sumário é cabível quando a ação
penal tiver por objeto crime cuja pena máxima privativa de liberdade seja igual ou inferior
a quatro anos. Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

025. (FCC/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO/2019) No procedimento comum,


a) o Juiz, se não rejeitar liminarmente a denúncia ou a queixa, recebê-la-á e ordenará a
citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de dez dias, se ordinário,
ou de cinco, se sumário.
b) produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o
assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine
de circunstâncias ou fatos apurados na instrução e, realizada a diligência determinada, as
partes apresentarão, no prazo sucessivo de cinco dias, suas alegações finais, por memorial,
e, no prazo de dez dias, o Juiz proferirá a sentença.
c) apresentada ou não a resposta no prazo legal, o Juiz, de imediato, ratificando o recebimento
da denúncia ou da queixa, designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do
acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.
d) a audiência de instrução e julgamento deve ser realizada no prazo máximo de noventa
dias, se ordinário, ou sessenta dias, se sumário, procedendo-se à tomada de declarações
do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta
ordem, ressalvado as ouvidas por carta precatória, bem como aos esclarecimentos dos
peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em
seguida, o acusado.
e) a acusação e a defesa poderão arrolar até oito testemunhas, se ordinário o procedimento,
não se compreendendo nesse número as que não prestem compromisso e as referidas,
defeso ao Juiz, por expressa previsão legal, ouvir aquela que a parte houver manifestado
desistência de inquirição.

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026. (CESPE/CEBRASPE/TJDFT/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS/


PROVIMENTO/2019) Considerando os dispositivos processuais penais, julgue os itens
subsecutivos, relativos à resposta à acusação.
I – A resposta à acusação é uma peça processual de oferecimento obrigatório pelo acusado
pessoalmente citado.
II – É exigível a resposta à acusação somente nos processos que tratam de crimes para os
quais se aplica o procedimento comum ordinário.
III – A resposta à acusação viabiliza o julgamento antecipado da lide e a consequente absolvição
sumária do acusado na hipótese de inimputabilidade do agente por doença mental.
IV – Consiste a resposta à acusação em uma oportunidade processual na qual, entre outros
pedidos, deve ser indicado o rol de testemunhas e requerida as suas oitivas, sob pena de
preclusão. Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

027. (FGV/OAB/ADVOGADO/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019) Durante ação penal


em que Guilherme figura como denunciado pela prática do crime de abandono de incapaz
(Pena: detenção, de 6 meses a 3 anos), foi instaurado incidente de insanidade mental do
acusado, constatando o laudo que Guilherme era, na data dos fatos (e permanecia até
aquele momento), inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, em razão de
doença mental. Não foi indicado, porém, qual seria o tratamento adequado para Guilherme.
Durante a instrução, os fatos imputados na denúncia são confirmados, assim como a autoria
e a materialidade delitiva. Considerando apenas as informações expostas, com base nas
previsões do Código Penal, no momento das alegações finais, a defesa técnica de Guilherme,
sob o ponto de vista técnico, deverá requerer
a) a absolvição imprópria, com aplicação de medida de segurança de tratamento ambulatorial,
podendo a sentença ser considerada para fins de reincidência no futuro.
b) a absolvição própria, sem aplicação de qualquer sanção, considerando a ausência de
culpabilidade.
c) a absolvição imprópria, com aplicação de medida de segurança de tratamento ambulatorial,
não sendo a sentença considerada posteriormente para fins de reincidência.
d) a absolvição imprópria, com aplicação de medida de segurança de internação pelo
prazo máximo de 02 anos, não sendo a sentença considerada posteriormente para fins de
reincidência.

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028. (FCC/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Sobre a defesa no processo penal, considere:


I – Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, deverá o
juiz nomear-lhe defensor para viabilizar o imediato prosseguimento do processo-crime,
resguardando, assim, o contraditório e o direito de mais ampla defesa.
II – É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
III – Configurado o abandono de causa pelo único defensor constituído que assistia ao
réu, deve o juiz nomear-lhe para assistência o Defensor Público, independentemente de
intimação pessoal do acusado. Está correto o que consta de:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II e III.
e) II, apenas.

029. (FCC/MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2018) Nos termos do Código de


Processo Penal, o procedimento será comum ou especial. O procedimento comum será
ordinário,
a) sumário ou sumaríssimo.
b) ou extraordinário.
c) do Tribunal do Júri ou sumário.
d) do Tribunal do Júri, sumário ou sumaríssimo.
e) ou das infrações penais de menor e médio potencial ofensivo.

030. (UPENET/IAUPE/PM PE/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/2018) Acerca do processo comum


previsto no Código de Processo Penal, analise as assertivas a seguir:
I – O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo.
II – O procedimento será ordinário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima
cominada seja igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
III – O procedimento será sumário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima
cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
IV – O procedimento será sumaríssimo para as infrações penais de menor potencial ofensivo,
na forma da lei.
Estão CORRETAS
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.

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c) II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

031. (UNILAVRAS CONCURSOS/PREFEITURA DE BOM DESPACHO/GESTOR PÚBLICO/ÁREA:


DIREITO/2018) No processo sumário, conforme previsão no Código de Processo Penal, a
audiência de instrução e julgamento será realizada no prazo máximo de:
a) 30 (trinta) dias.
b) 40 (quarenta) dias.
c) 60 (sessenta) dias.
d) 90 (noventa) dias.

032. (VUNESP/TJ-RS/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2018) Assinale a alternativa correta.


a) O procedimento comum será ordinário, sumário ou especial.
b) Os processos que apuram a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação
em todas as instâncias apenas se houver réu preso.
c) O juiz terá o prazo de 5 dias para proferir a sentença caso conceda às partes prazo para
a apresentação de memoriais.
d) No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida
em processo penal, é facultativa a citação do réu como litisconsorte passivo.
e) Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ainda que seja
patente o constrangimento ilegal causado.

033. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2017) No procedimento comum, após o oferecimento


da resposta pelo acusado, o juiz deverá absolvê-lo sumariamente quando
a) faltar justa causa para o exercício da ação penal ou verificar a existência manifesta de
qualquer causa excludente da culpabilidade.
b) verificar a existência manifesta de qualquer causa excludente da ilicitude do fato ou que
o fato narrado evidentemente não constitui crime.
c) a denúncia ou a queixa for manifestamente inepta ou não se convencer da existência de
indícios suficientes de autoria ou de participação.
d) faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal ou verificar
que extinta a punibilidade do agente.

034. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) De acordo com o texto


expresso do art. 397 do CPP, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado no processo
penal quando verificar
a) extinta a punibilidade do agente.

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b) falta de justa causa para o exercício da ação penal.


c) que a denúncia é manifestamente inepta.
d) falta de condição para o exercício da ação penal.
e) falta de pressuposto processual.

035. (MP-RS/MPE-RS/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017) Em uma ação penal o Ministério


Público, durante a instrução, junta documento em língua estrangeira. Intimada a defesa
especificamente sobre o documento, esta silencia. No momento de requerer diligências do
art. 402 do Código de Processo Penal, Ministério Público e defesa nada requerem. Oferecidas
alegações finais orais, o Ministério Público vale-se do documento em língua estrangeira para
pedir a condenação. A defesa, por sua vez, produz eficiente defesa sem fazer referência
ao documento em língua estrangeira. Concluso para sentença, considerando o documento
em língua estrangeira, o juiz deverá
a) determinar a conversão do julgamento em diligência para que seja providenciada a
tradução do documento por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea a ser nomeada
pelo juízo, independentemente da solução ser condenatória ou absolutória, ou ainda do
uso do documento nesta solução.
b) ordenar o desentranhamento do documento já que em todos os atos e termos do
processo é obrigatório o uso da língua portuguesa e não foi providenciada a sua tradução
em momento oportuno.
c) decidir pela conversão do julgamento em diligência para que seja providenciada a tradução
do documento por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea a ser nomeada pelo
juízo, apenas se for condenar o acusado e valer-se do documento para tanto.
d) apreciar livremente a prova produzida, inclusive quanto ao documento em língua
estrangeira, uma vez que a sua tradução não é obrigatória.
e) resolver pela conversão do julgamento em diligência para que o Ministério Público e a defesa
juntem cada um a sua versão em língua portuguesa do documento em língua estrangeira.

036. (FUNDAÇÃO LA SALLE/SUSEPE/AGENTE PENITENCIÁRIO (POLÍCIA PENAL)/2017) A


absolvição sumária se configura, no procedimento comum, de acordo com o Código de
Processo Penal, EXCETO:
a) com a inimputabilidade penal do agente.
b) com a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato.
c) diante da existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente.
d) quando o fato narrado evidentemente não constitui crime.
e) quando estiver extinta a punibilidade do agente.

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037. (FCC/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/ESPECIALIDADE:


COMISSÁRIO DA INFÂNCIA/2012) No procedimento comum sumário a defesa poderá arrolar até
a) oito testemunhas.
b) três testemunhas.
c) quatro testemunhas.
d) cinco testemunhas.
e) seis testemunhas.

038. (FCC/MP-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2011) No âmbito do Código de Processo Penal


o procedimento comum é dividido segundo os seguintes critérios:
a) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; sumário, quando tiver por objeto
crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de
liberdade; e sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo.
b) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 8 (oito) anos de pena privativa de liberdade; sumário, quando tiver por objeto
crime cuja sanção máxima cominada seja superior a 4 (quatro) e inferior a 8 (oito) anos
de pena privativa de liberdade; e sumaríssimo, quando tiver por objeto crime cuja sanção
máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
c) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; sumário, para as infrações penais
de menor potencial ofensivo; e do júri para os crimes dolosos contra a vida.
d) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 8 (oito) anos de pena privativa de liberdade; sumário, quando tiver por objeto
crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 8 (oito) anos de pena privativa de
liberdade; sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo; e do júri
para os crimes dolosos contra a vida.
e) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 8 (oito) anos de pena privativa de liberdade; sumário, quando tiver por objeto
crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 8 (oito) anos de pena privativa de
liberdade; sumaríssimo quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; e do júri para os crimes dolosos
contra a vida.

039. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“Para se identificar o rito processual comum a ser utilizado, o Código de processo Penal leva
em conta as qualificadoras e causas de aumento e diminuição de pena”. (autoria própria)

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040. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“Os pressupostos processuais negativos, são aqueles que não podem estar presentes para
que o direito de ação possa ser exercido”. (autoria própria)

041. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“A falta de justa causa acarreta a rejeição da denúncia”. (autoria própria)

042. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“No procedimento comum ordinário, o recurso cabível contra a rejeição da peça acusatória
é a apelação”. (autoria própria)

043. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“O recurso cabível contra o recebimento da peça acusatória é o RESE”. (autoria própria)

044. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não
a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias”. (autoria própria)

045. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“Os procedimentos especiais estão autorizados a usar, de forma subsidiária, as normas
relativas ao procedimento comum ordinário”. (autoria própria)

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GABARITO

1. b 35. d
2. d 36. a
3. C 37. d
4. c 38. a
5. b 39. E
6. b 40. C
7. E 41. C
8. E 42. E
9. b 43. E
10. E 44. C
11. c 45. C
12. e
13. E
14. C
15. c
16. e
17. b
18. a
19. c
20. a
21. d
22. e
23. b
24. a
25. b
26. b
27. c
28. e
29. a
30. e
31. a
32. e
33. b
34. a

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GABARITO COMENTADO

001. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2023) No procedimento comum


sumário, de acordo com o art. 534 do CPP, “as alegações finais serão orais, concedendo-
se a palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos,
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.” Havendo mais de
um acusado,
a) a sentença deve ser exarada por escrito, em até 10 dias.
b) o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
c) o tempo da acusação será dobrado, assim como o da defesa.
d) o procedimento sumário deve ser convertido em comum ordinário, dada a complexidade
da causa.
e) deve o juiz determinar a conversão dos debates em apresentação de memoriais escritos.

Conforme previsto no CPP:

Art. 534. As alegações finais serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação
e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz,
a seguir, sentença.
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.

Letra b.

002. (FGV/MPE-GO/ANALISTA JURÍDICO/2022) Tarcísio foi denunciado pela prática do crime


de falsificação de documento público, crime punido com pena privativa de liberdade máxima
de seis anos de reclusão. A denúncia foi recebida, o acusado citado e oferecida resposta
à acusação. Ambas as partes arrolaram testemunhas e houve requerimento de oitiva dos
peritos. Não ocorrendo a absolvição sumária, o juiz competente designou audiência de
instrução e julgamento. De acordo com os dados apresentados, aponte a alternativa correta
acerca do procedimento em questão.
a) Aplicável, na hipótese, o rito comum ordinário. Por esse procedimento, as provas devem ser
produzidas em uma só audiência, a ser realizada no prazo máximo de 60 dias, sendo ouvidas,
nesta ordem, as testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação, observando-se o sistema
de exame cruzado para as arguições. Além disso, devem ser tomados esclarecimentos dos
peritos para, por fim, ser o acusado interrogado.
b) Aplicável, na hipótese, o rito comum ordinário. Por esse procedimento, as provas devem
ser produzidas em uma só audiência, a ser realizada no prazo máximo de 30 dias, sendo

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ouvidas, nesta ordem, as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, sendo as
perguntas requeridas pelas partes ao juiz, que as formula diretamente. Além disso, devem
ser tomados esclarecimentos dos peritos para, por fim, ser o acusado interrogado.
c) Aplicável, na hipótese, o rito especial dos crimes contra a fé pública. Por esse procedimento,
as provas devem ser produzidas em uma só audiência, sendo o acusado interrogado para
depois serem tomados os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa, nesta
ordem e, por fim, ouvidos os peritos.
d) Aplicável, na hipótese, o rito comum ordinário. Por esse procedimento, as provas devem ser
produzidas em uma só audiência, a ser realizada no prazo máximo de 60 dias, sendo ouvidas,
nesta ordem, as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, observando-se o sistema
de exame cruzado para as arguições. Além disso, devem ser tomados esclarecimentos dos
peritos para, por fim, ser o acusado interrogado.
e) Aplicável, na hipótese, o rito comum sumário. Por esse procedimento, as provas devem ser
produzidas em uma só audiência a ser realizada no prazo máximo de 30 dias, sendo ouvidas,
nesta ordem, as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, observando-se o sistema
de exame cruzado para as arguições. Além disso, devem ser tomados esclarecimentos dos
peritos para, por fim, ser o acusado interrogado.

A questão aborda o disposto no art. 394, I, c/c art. 400, ambos do CPP:

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.


§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
I – ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior
a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; […]
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas
arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste
Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de
pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 1º As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas
irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.
§ 2º Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes.

Assim, diante do caso narrado, é aplicável, na hipótese, o rito comum ordinário. Por esse
procedimento, as provas devem ser produzidas em uma só audiência, a ser realizada no prazo
máximo de 60 dias, sendo ouvidas, nesta ordem, as testemunhas arroladas pela acusação
e pela defesa, observando-se o sistema de exame cruzado para as arguições. Além disso,
devem ser tomados esclarecimentos dos peritos para, por fim, ser o acusado interrogado.
Letra d.

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003. (INSTITUTO AOCP/SEAPE DF/AGENTE PENITENCIÁRIO (POLÍCIA PENAL)/2022) Julgue


os itens seguintes em relação à sentença e ao procedimento comum.
O procedimento comum será ordinário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima
cominada for igual ou superior a quatro anos de pena privativa de liberdade.

Para solucionar a questão, bastaria o candidato conhecer o art. 394 do CPP. Vejamos:

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.


§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
I – ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
II – sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro)
anos de pena privativa de liberdade;
III – sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.
§ 2º Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário
deste Código ou de lei especial.
§ 3º Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições
estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.
§ 4º As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais
de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código.
§ 5º Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as
disposições do procedimento ordinário.

Certo.

004. (FGV/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO/2022) Nos casos submetidos ao procedimento comum


ordinário, em relação ao juízo de admissibilidade da imputação, é correto afirmar que:
a) em razão da impugnação por resposta à acusação, a fundamentação de recebimento
deverá ser exaustiva;
b) em razão da impugnação por resposta à acusação, a fundamentação de recebimento
deverá ser exauriente;
c) no momento do recebimento da denúncia, o standard probatório é menos rigoroso;
d) o juízo progressivo de admissibilidade da imputação dispensa fundamentação, ainda
que superficial;
e) a ratificação do recebimento da denúncia dispensa fundamentação suficiente para
rejeitar as teses defensivas.

O recebimento da denúncia prescinde de exaustiva fundamentação. STJ. 5ª Turma. RHC


63.562/ES, Rel. Min. Félix Fischer, julgado em 19/11/2015.

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INQ 3980: Quanto às demais teses defensivas (excludentes de tipicidade ou da culpabilidade)


deduzidas nas defesas preliminares, por veicularem matérias afetas ao mérito ou cuja
comprovação inequívoca não logrou ser demonstrada nessa fase, devem ter seu exame
diferido para após a indispensável instrução.
No momento do recebimento da denúncia o standard probatório é menos rigoroso. STJ. 6ª
Turma. RHC 617.542/MG, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 22/03/2022.
DENÚNCIA – RECEBIMENTO – RATIFICAÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO. Mostra-se válida decisão
que, embora concisa, revele não incidir nenhuma das causas previstas no art. 395 do Código
de Processo Penal, determinando o prosseguimento do processo-crime.
HC 187980, Órgão julgador: Primeira Turma, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Julgamento:
31/08/2020, Publicação: 09/09/2020
Letra c.

005. (TRF 3ª REGIÃO/TRF 3/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2022) Assinale a alternativa CORRETA:


a) No caso de mora no atendimento a requisições judiciais de dados telemáticas, a falta de
previsão no Código de Processo Penal inviabiliza a fixação de astreintes.
b) O colaborador deve apresentar seus memoriais finais antes dos corréus delatados.
c) Se o juiz decreta a interceptação telefônica, com base em denúncia anônima rica em
detalhes, a cognição judicial supre a falta de diligências preliminares por parte da Polícia.
d) Não se pode falar em distribuição do ônus da prova entre as partes no processo penal
liberal.

a) Errada. Apesar de o art. 22, III, da Lei n. 12.965/2014 determinar que a requisição judicial
de registro deve conter o período ao qual se referem, tal quesito só é necessário para o
fluxo de comunicações, sendo inaplicável nos casos de dados já armazenados que devem
ser obtidos para fins de investigações criminais (Informativo 682 STJ).
b) Certa. Em ação penal envolvendo réus colaboradores e não colaboradores, o réu delatado
tem o direito de apresentar suas alegações finais somente após o réu que firmou acordo
de colaboração premiada (Informativo 949 STF).
c) Errada. De acordo com o STJ, há a necessidade de diligências anteriores para colher
elementos e informações que confirmem a plausibilidade da denúncia anônima.
d) Errada. De acordo com Néstor Távora/Rosmar (2022, p.714), existe o chamado ônus da
prova subjetivo, que: “[…] é o encargo que as partes possuem de produzir as provas que
reforcem suas asserções, mitigando o risco de prejuízo processual que pode ser causado
pela inércia ou omissão em provar”.
Letra b.

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006. (FGV/PC AM/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2022) Em relação ao juízo de admissibilidade


da imputação, é correto afirmar que o magistrado
a) pode determinar a emenda da inicial, fixando prazo, sob pena de rejeição.
b) pode decotar as causas de aumento de penal manifestamente improcedentes.
c) deve rejeitar a inicial de forma integral, caso verifique qualquer incongruência.
d) deve deixar de receber a inicial de forma integral, caso verifique qualquer incongruência.
e) deve receber a denúncia de forma integral e decidir eventual incongruência quando da
análise do mérito.

Nos termos da jurisprudência:

[…] As qualificadoras só podem ser excluídas da decisão de pronúncia quando se


revelarem manifestamente improcedentes, despropositadas ou desarrazoadas, sem
qualquer apoio nos autos, sob pena de ser invadida a competência constitucional do
Conselho de Sentença. (Acórdão 1225386, 07163047920198070007, Relator: SILVANIO
BARBOSA DOS SANTOS, Segunda Turma Criminal, data de julgamento: 16/1/2020,
publicado no DJE: 29/1/2020).

Logo, pode-se afirmar que o magistrado pode decotar as causas de aumento de penal
manifestamente improcedentes.
a) Errada. O aditamento depende de manifestação do MP:
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato,
em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal
não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5
(cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública,
reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.

c) Errada. Havendo incongruência, destaca-se a possibilidade de recebimento parcial da


inicial, não havendo obrigação de rejeição/recebimento integral.
d) Errada. Havendo incongruência, destaca-se a possibilidade de recebimento parcial da
inicial, não havendo obrigação de rejeição/recebimento integral.
e) Errada. Havendo incongruência, destaca-se a possibilidade de recebimento parcial da
inicial, não havendo obrigação de rejeição/recebimento integral.
Letra b.

007. (CESPE-CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca dos


aspectos processuais no direito penal, julgue os itens subsequentes.
O pedido de absolvição em sede de alegações finais impede que o Ministério Público recorra
da sentença absolutória proferida que acolheu o referido pedido.

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Consoante o entendimento firmado, no julgamento do AgRg no AREsp 1664921/


RJ, pelo Superior Tribunal de Justiça, sendo precedente, inclusive, no STF, “eventual
pedido de absolvição formulado pelo Ministério Público em alegações finais não impede a
interposição de recurso de apelação contra a absolvição […]” (AgRg no AREsp 1664921/RJ,
Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 17/08/2021,
DJe 20/08/2021)

Errado.

008. (CESPE-CEBRASPE/DPF/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2021) Após ligação anônima,


a polícia realizou busca em determinada casa, onde encontrou pessoas preparando
pequenos pacotes de determinada substância (aparentemente entorpecente), os quais
foram apreendidos, além de armas de fogo de alto calibre. Durante a diligência, o delegado,
informalmente, realizou entrevistas com as pessoas que estavam no domicílio. Durante
essas entrevistas, um dos indivíduos confessou a prática do delito e, posteriormente,
colaborou com a identificação dos demais membros da organização criminosa. A partir das
informações do colaborador, foi realizada uma ação controlada. A partir dessa situação,
julgue os próximos itens.
A substância apreendida deve ser submetida à perícia para a elaboração do laudo de
constatação provisório da natureza e da quantidade da droga, análise que deve ser realizada
por perito, o qual, por sua vez, ficará impedido de elaborar o laudo definitivo.

Segundo o art. 50, § 2º da Lei n. 11.343/2006: “O perito que subscrever o laudo a que se refere
o § 1º deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo”.
Errado.

009. (CESPE-CEBRASPE/PGE-CE/PROCURADOR DO ESTADO/2021/ADAPTADA) O sursis


processual, aplicável a todos os procedimentos e não apenas o sumaríssimo, deverá
ser oferecido
a) antes do oferecimento da ação penal.
b) no momento em que for oferecida a ação penal.
c) após a condenação transitada em julgado.
d) nas alegações finais.

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Conforme previsto na Lei n. 9.099/1995:

Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas
ou não por esta lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão
do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não
tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a
suspensão condicional da pena.

Letra b.

010. (CESPE-CEBRASPE/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2021) Joacir foi preso em flagrante


pela prática de determinado crime. A pena prevista para tal crime é um a quatro anos
de reclusão. Ele negou a autoria do crime e acusou a vítima de ter forjado a situação de
flagrância.
A partir dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
Conclui-se das informações que Joacir praticou crime de menor potencial ofensivo, de
modo que cabe ao delegado lavrar termo circunstanciado e encaminhá-lo ao juizado especial
criminal.

Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos da Lei n.


9.099/1995, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não
superior a dois anos, cumulada ou não com multa.
Errado.

011. (CESPE-CEBRASPE/TJ-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/ESPECIALIDADE:


EXECUÇÃO DE MANDADOS/2021) Em relação à sentença de pronúncia, assinale a opção correta.
a) A intimação da sentença ao defensor constituído pelo réu deverá ser feita pessoalmente.
b) Da decisão que pronuncia o réu, cabe recurso de apelação.
c) A pronúncia constitui causa interruptiva de prescrição.
d) Na ausência do réu solto, é vedada a sua intimação por edital, ocorrendo a denominada
crise de instância.
e) Uma vez preclusa a sentença, é vedada a alteração da classificação do crime.

Nas conformidades da Súmula n. 191 do STJ: “A pronúncia é causa interruptiva da prescrição,


ainda que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime”.
Letra c.

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012. (CESPE-CEBRASPE/TJ-RJ/TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA/2021) Na audiência do


processo comum ordinário, o último ato da instrução criminal é
a) a acareação.
b) a inquirição das testemunhas da acusação.
c) a inquirição das testemunhas da defesa.
d) a tomada de declarações do ofendido.
e) o interrogatório do réu.

Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta)
dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas
pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas,
interrogando-se, em seguida, o acusado.

Letra e.

013. (CESPE-CEBRASPE/PC-AL/AGENTE DE POLÍCIA/2021) A autoridade policial instaurou


inquérito policial em virtude de crime de lesões corporais leves cometidos contra mulher
no âmbito familiar. O inquérito foi relatado e enviado ao Poder Judiciário.
Considerando essa situação hipotética julgue os itens seguintes.
Ausente a materialidade das lesões e tendo sido concluído pela existência da contravenção
de vias de fato, poderia ser aplicada a transação penal nessa situação.

Súmula n. 536, STJ – A suspensão condicional do processo e a transação penal não


se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.

Errado.

014. (CESPE-CEBRASPE/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/2021) No que se refere ao autor


do fato criminoso e ao processo penal brasileiro, julgue os próximos itens.
O acusado que tiver praticado crime doloso contra a vida deverá ser julgado pelo tribunal
do júri em votação sigilosa.

Os crimes dolosos contra vida serão de competência do Tribunal de Júri. Assim sendo, na
forma do art. 5º CF/1988, XXXVIII,

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É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

Certo.

015. (INSTITUTO AOCP/ITEP/AGENTE TÉCNICO FORENSE/2021) Conforme o Código de


Processo Penal, nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa,
o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para
responder à acusação, por escrito, no prazo de
a) cinco dias.
b) oito dias.
c) dez dias.
d) quinze dias.
e) vinte dias.

A questão busca do candidato conhecimento acerca do prazo para a resposta à acusação


prevista no art. 396 do CPP:

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir
do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.

Letra c.

016. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2021) A respeito dos procedimentos


ordinário e sumário, de acordo com o texto legal previsto no Código de Processo Penal, é
correto afirmar que:
a) no procedimento ordinário, admitem-se alegações finais por escrito, no prazo de 05
(cinco) dias e, no sumário, no prazo de 03 dias.
b) no procedimento ordinário, as alegações finais serão por escrito e, no sumário, em regra,
orais, apresentadas em audiência.
c) em ambos os procedimentos, as alegações finais serão orais, apresentadas em audiência,
admitindo-se memoriais por escrito, no prazo de 03 dias, em caso de complexidade do feito.

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d) em ambos os procedimentos, em regra, as alegações finais serão por escrito, sendo


facultada a apresentação oral, em audiência, caso haja concordância de todas as partes.
e) no procedimento ordinário, admitem-se alegações finais por escrito quando há elevado
número de acusados, regra inaplicável ao procedimento sumário.

No procedimento ordinário, há possibilidade de alegações escritas:

Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa,
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. […]
§ 3º O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às
partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso,
terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.

PORÉM, no procedimento sumário, não há possibilidade de alegações escritas:

Art. 534. As alegações finais serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação
e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz,
a seguir, sentença.

Letra e.

017. (DPE/DPE-RJ/RESIDÊNCIA JURÍDICA/2021) Marque a assertiva INCORRETA acerca da


Teoria Geral do Procedimento:
a) Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposição legal em contrário.
b) O procedimento ordinário aplica-se aos processos que têm como objeto crime doloso
contra a vida.
c) O procedimento sumaríssimo aplica-se aos processos que têm como objeto infração
penal de menor potencialmente ofensivo.
d) O procedimento sumário aplica-se aos processos que têm como objeto crime cuja pena
máxima cominada é inferior a quatro anos.
e) O procedimento comum pode ser ordinário, sumário ou sumaríssimo.

A questão pede a alternativa incorreta e deve ser respondida com base no Código de
Processo Penal.
a) Errada.

Art. 394. O procedimento será comum ou especial. […]


§ 2º Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário
deste Código ou de lei especial.

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b) Certa. Nesse caso será aplicado o procedimento especial do Tribunal do Júri. Portanto,
a alternativa deve ser assinalada.
c) Errada.

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.


§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: […]
III – sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.

d) Errada.

Art. 394. O procedimento será comum ou especial


§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: […]
II – sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro)
anos de pena privativa de liberdade;

e) Errada.

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.


§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:

Letra b.

018. (IDECAN/PEFOCE/AUXILIAR DE PERÍCIA/2021) Marcos foi investigado por suposta


prática de lesão corporal de natureza grave e, ao final, denunciado pelo Ministério Público
pelo cometimento do delito previsto no art. 129, § 1º, I, do CP. Durante a instrução criminal,
a Defesa aventou a hipótese de o crime ter sido praticado em legítima defesa. Ao final da
instrução, após interrogatório do réu, o Magistrado concedeu o prazo sucessivo de cinco
dias para as partes apresentarem memoriais escritos, diante da complexidade do caso,
conforme previsão do art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal. Com base no que foi
narrado acima, é correto afirmar que o ônus da prova
a) cabe a quem alega, razão pela qual a defesa deverá provar que o réu agiu em legítima
defesa.
b) incumbe às partes, razão pela qual o Ministério Público, a Defesa e o Juiz deverão diligenciar
para tentar provar a alegação de legítima defesa.
c) incumbe à acusação, razão pela qual o Parquet poderá utilizar os meios lícitos e/ou ilícitos
para tentar alcançar a verdade dos fatos sobre a tese alegada (princípio da verdade real).
d) cabe à acusação, razão pela qual o Ministério Público deverá provar que o réu não agiu
em legítima defesa.
e) incumbe à acusação, razão pela qual o Parquet poderá utilizar apenas os meios lícitos e
legítimos para tentar alcançar a verdade dos fatos sobre a tese alegada.

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De acordo com o CPP:

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer […].

Para a doutrina majoritária, “à acusação caberá provar a existência do fato imputado e sua
autoria, a tipicidade da conduta, os elementos subjetivos de dolo ou culpa, a existência de
circunstâncias agravantes e qualificadoras”. Noutro giro, à defesa “incumbirá a prova de
eventuais causas excludentes de ilicitude, de culpabilidade e de tipicidade, circunstâncias
atenuantes, minorantes e privilegiadoras que tenha alegado” (Avena, 2017, p. 321).
Letra a.

019. (INSTITUTO AOCP/ITEP/AGENTE DE NECROPSIA/2021) De acordo com o Código de


Processo Penal, a audiência de instrução e julgamento, no procedimento comum ordinário,
deve ser realizada no prazo máximo de
a) quinze dias.
b) trinta dias.
c) sessenta dias.
d) noventa dias.
e) cento e oitenta dias.

De acordo com o CPP:

Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta)
dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas
pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas,
interrogando-se, em seguida, o acusado.

Letra c.

020. (FGV/TJ-RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA OFICIAL DE JUSTIÇA/2021) No que pertine ao


procedimento comum ordinário, fixado no Código de Processo Penal, é correto afirmar que:
a) é possível a realização do juízo desclassificatório prévio, quando a classificação jurídica
do crime repercute na definição da competência;
b) a reação defensiva à imputação, no procedimento comum ordinário, ocorre por meio da
apresentação da resposta preliminar;
c) no caso de réu detentor de foro por prerrogativa de função, o procedimento comum
ordinário será aplicado na competência originária;
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d) a não localização do réu para citação importa em deslocamento para o juízo criminal
comum e aplicação do procedimento próprio;
e) agravantes e atenuantes devem ser calculadas no cômputo da pena mínima e da pena
máxima, para fins de definição do procedimento a ser aplicado.

a) Certa. Nos exatos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no julgamento


do HC 115.831:

1. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é a sentença o momento


processual oportuno para a emendatio libelli, a teor do art. 383 do Código de Processo
Penal.
2. Tal posicionamento comporta relativização – hipótese em que admissível juízo
desclassificatório prévio –, em caso de erro de direito, quando a qualificação jurídica
do crime imputado repercute na definição da competência.

b) Errada. A reação defensiva (reposta à acusação) dá-se após o recebimento da denúncia,


e não como resposta preliminar, conforme o CPP:
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

c) Errada. Em tal hipótese não se aplica do procedimento comum ordinário, mas o especial
previsto na Lei n. 8.038/90. Veja a redação do CPP:
Art. 394. […]
§ 2º Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário
deste Código ou de lei especial.

d) Errada. Segundo o CPP, haverá citação por edital em tais casos;


Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.

e) Errada. Não se leva em consideração as circunstâncias agravantes e atenuantes para a


determinação do procedimento a ser adotado. Observe a redação do CPP:
Art. 394. O procedimento será comum ou especial.
§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
I – ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior
a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
II – sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro)
anos de pena privativa de liberdade;
III – sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.

Letra a.

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021. (CESPE-CEBRASPE/MP-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2020) Em ação penal privada,


pedido de suspensão condicional do processo
a) não é cabível, assim como a transação penal, porque tanto esse pedido quanto a transação
penal são exclusivos de ações penais públicas.
b) é cabível, desde que oferecido pelo Ministério Público, por ser um direito público subjetivo
do acusado.
c) não é cabível, diferentemente da transação penal, haja vista expressa disposição legal.
d) é cabível, desde que oferecido pelo ofendido.
e) é cabível somente em favor do réu, haja vista a possibilidade de ofensa ao princípio da
indivisibilidade da ação penal privada.

Pois bem, segundo nos ensina o professor Renato Brasileiro, temos que

nas hipóteses de ação penal privada, recai sobre o querelante a legitimidade para o
oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo. Assim, ao receber
a queixa-crime, deve o magistrado abrir vista dos autos ao querelante para que se
manifeste quanto ao oferecimento (ou não) da proposta de suspensão condicional
do processo. Como o juiz não pode conceder o benefício de ofício, nem tampouco
se admite a formulação de proposta pelo MP, a recusa do querelante em oferecer
a proposta inviabiliza por completo a suspensão condicional do processo. (LIMA,
Renato Brasileiro de. Legislação Criminal Especial Comentada. 5. ed. Salvador: Editora
Juspodivm, 2017, p. 443.)

Letra d.

022. (CESPE/CEBRASPE/TJ-PA/OFICIAL DE JUSTIÇA/ÁREA AVALIADOR/2020) De acordo com o


Código de Processo Penal (CPP), no procedimento comum ordinário, após o recebimento de
denúncia e o oferecimento de resposta à acusação pela defesa, o juiz absolverá sumariamente
o denunciado na hipótese de
a) haver dúvida quanto à autoria do réu ou à sua participação no crime.
b) ficar comprovada a inimputabilidade mental do réu.
c) a denúncia ser manifestamente inepta.
d) faltar justa causa para o exercício da ação penal.
e) o fato narrado evidentemente não constituir crime.

Para solucionar a questão, basta conhecer os arts. 395 e 397 do CPP:

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Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:


I – for manifestamente inepta;
II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.
Parágrafo único. (Revogado).
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV – extinta a punibilidade do agente.

Letra e.

023. (MPPR/MPE-PR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2019) Sobre absolvição sumária


no procedimento comum, segundo o Código de Processo Penal, esta é possível:
a) Se a denúncia for inepta ou houver existência manifesta de causa excludente da ilicitude
do fato.
b) Se o fato narrado evidentemente não constitui crime ou estiver extinta a punibilidade
do agente.
c) Se existir manifesta causa excludente de ilicitude ou de culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade penal decorrente de ser o agente menor de dezoito anos, quando deverá
o feito ser remetido ao juizado competente.
d) Se faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal.
e) Se existir dúvida sobre a materialidade do fato ou autoria do réu (“in dubio pro reo”).

Nos termos do art. 397 do CPP,

Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV – extinta a punibilidade do agente.

Letra b.

024. (CESPE/CEBRASPE/TJDFT/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS/


REMOÇÃO/2019) Em relação aos procedimentos comum e especial, julgue os itens a seguir.

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I – As hipóteses de absolvição sumária previstas para o procedimento ordinário e sumário


são aplicáveis a todos os processos penais desenvolvidos em primeiro grau de jurisdição,
ainda que estes não sejam regulados pelo Código de Processo Penal.
II – No procedimento comum ordinário, o juiz, logo após o recebimento da denúncia,
determinará a citação do réu para comparecer à audiência de instrução do feito.
III – No procedimento sumaríssimo, oferecida a denúncia e não sendo encontrado o autor
do fato para ser citado, o juiz encaminhará o feito ao juízo comum, devendo, então, ser
observado o rito sumário. IV O procedimento comum sumário é cabível quando a ação
penal tiver por objeto crime cuja pena máxima privativa de liberdade seja igual ou inferior
a quatro anos. Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

I – Certo. As hipóteses de absolvição sumária previstas para o procedimento ordinário e


sumário são aplicáveis a todos os processos penais desenvolvidos em primeiro grau de
jurisdição, ainda que estes não sejam regulados pelo Código de Processo Penal.

Art. 394. […]


§ 4º As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais
de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. […]
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV – extinta a punibilidade do agente.

II – Errado. No procedimento comum ordinário, o juiz, logo após o recebimento da denúncia,


determinará a citação do réu para APRESENTAR RESPOSTA À ACUSAÇÃO.

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir
do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.

III – Certo. No procedimento sumaríssimo, oferecida a denúncia e não sendo encontrado o


autor do fato para ser citado, o juiz encaminhará o feito ao juízo comum, devendo, então,
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ser observado o rito sumário. Deveras, não se admite a citação por edital no âmbito do
procedimento dos Juizados Especiais Criminais.

Art. 66, Lei n. 9.099. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível,
ou por mandado.
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes
ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. […]
CPP. Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial
criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento,
observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo.

IV – Errado. O procedimento comum sumário é cabível quando a ação penal tiver por objeto
crime cuja pena máxima privativa de liberdade seja INFERIOR a 04 (quatro) anos.

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.


§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
II – sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro)
anos de pena privativa de liberdade;

Letra a.

025. (FCC/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO/2019) No procedimento comum,


a) o Juiz, se não rejeitar liminarmente a denúncia ou a queixa, recebê-la-á e ordenará a
citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de dez dias, se ordinário,
ou de cinco, se sumário.
b) produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o
assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine
de circunstâncias ou fatos apurados na instrução e, realizada a diligência determinada, as
partes apresentarão, no prazo sucessivo de cinco dias, suas alegações finais, por memorial,
e, no prazo de dez dias, o Juiz proferirá a sentença.
c) apresentada ou não a resposta no prazo legal, o Juiz, de imediato, ratificando o recebimento
da denúncia ou da queixa, designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do
acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.
d) a audiência de instrução e julgamento deve ser realizada no prazo máximo de noventa
dias, se ordinário, ou sessenta dias, se sumário, procedendo-se à tomada de declarações
do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta
ordem, ressalvado as ouvidas por carta precatória, bem como aos esclarecimentos dos
peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em
seguida, o acusado.

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e) a acusação e a defesa poderão arrolar até oito testemunhas, se ordinário o procedimento,


não se compreendendo nesse número as que não prestem compromisso e as referidas,
defeso ao Juiz, por expressa previsão legal, ouvir aquela que a parte houver manifestado
desistência de inquirição.

De acordo com o CPP:


a) Errada. Não há diferenciação do prazo para a resposta entre os procedimentos sumário
e ordinário:

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008).

b) Certa. É o gabarito.

Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o


assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de
circunstâncias ou fatos apurados na instrução. (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008). […]
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte,
a audiência será concluída sem as alegações finais. (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008).
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no
prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez)
dias, o juiz proferirá a sentença. (Incluído pela Lei n. 11.719, de 2008).

c) Errada. Somente após a apresentação da resposta e com o recebimento da denúncia ou


queixa é que a audiência será designada:

Art. 396-A, § 2º Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir
defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez)
dias. (Incluído pela Lei n. 11.719, de 2008). […]
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando
a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e
do assistente. (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008).

d) Errada.

Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta)
dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas
pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas,
interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008).

e) Errada. O juiz poderá ouvir testemunha que a parte desistiu de inquirir, com base no art.
209:

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Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação
e 8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008).
§ 1º Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.
(Incluído pela Lei n. 11.719, de 2008).
§ 2º A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o
disposto no art. 209 deste Código. (Incluído pela Lei n. 11.719, de 2008). […]
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas
pelas partes.

Letra b.

026. (CESPE/CEBRASPE/TJDFT/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS/


PROVIMENTO/2019) Considerando os dispositivos processuais penais, julgue os itens
subsecutivos, relativos à resposta à acusação.
I – A resposta à acusação é uma peça processual de oferecimento obrigatório pelo acusado
pessoalmente citado.
II – É exigível a resposta à acusação somente nos processos que tratam de crimes para os
quais se aplica o procedimento comum ordinário.
III – A resposta à acusação viabiliza o julgamento antecipado da lide e a consequente absolvição
sumária do acusado na hipótese de inimputabilidade do agente por doença mental.
IV – Consiste a resposta à acusação em uma oportunidade processual na qual, entre outros
pedidos, deve ser indicado o rol de testemunhas e requerida as suas oitivas, sob pena de
preclusão. Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

I – Certo.

PENAL – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – PRELIMINAR – AUSÊNCIA DE OPORTUNIDADE DE


APRESENTAR DEFESA PRÉVIA – CERCEAMENTO DE DEFESA – NULIDADE ABSOLUTA. I. A
recente reforma do processo penal tornou a resposta à acusação peça indispensável
à validade do processo, ao contrário da antiga defesa prévia, que era facultativa. II.
O não oferecimento de peça defensiva obrigatória caracteriza vício processual que
gera nulidade absoluta. Presume-se o prejuízo à defesa, necessário à declaração de
nulidade (art. 563 do CPP), em especial porque o recorrente não teve oportunidade

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de arrolar testemunhas. III. Declarada a nulidade da sentença. Determinado o retorno


dos autos à instância a quo para intimação da defesa, para apresentação de resposta à
acusação, e a reabertura da instrução processual. (TJ-DF 20120710103799 – Segredo de
Justiça 0010044-71.2012.8.07.0007, Relator: SANDRA DE SANTIS, Data de Julgamento:
06/10/2016, 1ª TURMA CRIMINAL, Data de Publicação: Publicado no DJE: 17/10/2016.
Pág.: 134/157)

II – Errado.

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

III – Errado.

Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: […]
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;

IV – Certo.

Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à
sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela
Lei n. 11.719, de 2008).

Portanto, afirmativas I e IV corretas.


Letra b.

027. (FGV/OAB/ADVOGADO/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019) Durante ação penal


em que Guilherme figura como denunciado pela prática do crime de abandono de incapaz
(Pena: detenção, de 6 meses a 3 anos), foi instaurado incidente de insanidade mental do
acusado, constatando o laudo que Guilherme era, na data dos fatos (e permanecia até
aquele momento), inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, em razão de
doença mental. Não foi indicado, porém, qual seria o tratamento adequado para Guilherme.
Durante a instrução, os fatos imputados na denúncia são confirmados, assim como a autoria
e a materialidade delitiva. Considerando apenas as informações expostas, com base nas
previsões do Código Penal, no momento das alegações finais, a defesa técnica de Guilherme,
sob o ponto de vista técnico, deverá requerer
a) a absolvição imprópria, com aplicação de medida de segurança de tratamento ambulatorial,
podendo a sentença ser considerada para fins de reincidência no futuro.

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b) a absolvição própria, sem aplicação de qualquer sanção, considerando a ausência de


culpabilidade.
c) a absolvição imprópria, com aplicação de medida de segurança de tratamento ambulatorial,
não sendo a sentença considerada posteriormente para fins de reincidência.
d) a absolvição imprópria, com aplicação de medida de segurança de internação pelo
prazo máximo de 02 anos, não sendo a sentença considerada posteriormente para fins de
reincidência.

Tratando-se de réu inimputável, hipótese prevista no art. 26, caput, do CP é imperativo


o decreto absolutório, embora com aplicação de medida de segurança. A isso chama-se
sentença absolutória imprópria, por ausência de imputabilidade. A sentença absolutória
imprópria, ou seja, aquela que aplica ao agente medida de segurança, não tem o condão
de gerar maus antecedentes, uma vez que, por faltar imputabilidade, um dos elementos
integrantes da culpabilidade, não há falar que houve a prática de crime. Pela mesma razão,
não pode tal anotação ser sopesada para fins de reincidência.
Letra c.

028. (FCC/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Sobre a defesa no processo penal, considere:


I – Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, deverá o
juiz nomear-lhe defensor para viabilizar o imediato prosseguimento do processo-crime,
resguardando, assim, o contraditório e o direito de mais ampla defesa.
II – É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
III – Configurado o abandono de causa pelo único defensor constituído que assistia ao
réu, deve o juiz nomear-lhe para assistência o Defensor Público, independentemente de
intimação pessoal do acusado. Está correto o que consta de:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II e III.
e) II, apenas.

I – Errado.

CPP. Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção

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antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos
termos do disposto no art. 312. (Redação dada pela Lei n. 9.271, de 17.4.1996)

II – Certo.

Súmula Vinculante 14 STF – É direito do defensor, no interesse do representado,


ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito
ao exercício do direito de defesa.

III – Errado. Conforme Jurisprudência do STJ:

A remansosa jurisprudência desta Corte Superior orienta-se no sentido de que, em


respeito às garantias constitucionais do contraditório e ampla defesa, se o advogado
intimado a apresentar razões recursais quedar-se inerte, é imprescindível que seja
oportunizada ao réu a nomeação de outro causídico, sob pena de nomeação de advogado
dativo pelo Juízo, nos termos do art. 263 do Código de Processo Penal. Precedentes.
(HC 341.981/GO, Quinta Turma, Rel. Min. Joel Ilan Pacionik, DJe 27/09/2017)

Letra e.

029. (FCC/MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2018) Nos termos do Código de


Processo Penal, o procedimento será comum ou especial. O procedimento comum será
ordinário,
a) sumário ou sumaríssimo.
b) ou extraordinário.
c) do Tribunal do Júri ou sumário.
d) do Tribunal do Júri, sumário ou sumaríssimo.
e) ou das infrações penais de menor e médio potencial ofensivo.

Sumário ou sumaríssimo:

Art. 394 do CPP: O procedimento será comum ou especial.


§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
I – ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior
a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
II – sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro)
anos de pena privativa de liberdade;
III – sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.

Letra a.

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030. (UPENET/IAUPE/PM PE/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/2018) Acerca do processo comum


previsto no Código de Processo Penal, analise as assertivas a seguir:
I – O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo.
II – O procedimento será ordinário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima
cominada seja igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
III – O procedimento será sumário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima
cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
IV – O procedimento será sumaríssimo para as infrações penais de menor potencial ofensivo,
na forma da lei.
Estão CORRETAS
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

De acordo com o CPP:

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.


§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
I – ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior
a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
II – sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro)
anos de pena privativa de liberdade;
III – sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.

I – Certo. O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo.


II – Certo. O procedimento será ordinário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima
cominada seja igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
III – Certo. O procedimento será sumário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima
cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
IV – Certo. O procedimento será sumaríssimo para as infrações penais de menor potencial
ofensivo, na forma da lei.
Letra e.

031. (UNILAVRAS CONCURSOS/PREFEITURA DE BOM DESPACHO/GESTOR PÚBLICO/ÁREA:


DIREITO/2018) No processo sumário, conforme previsão no Código de Processo Penal, a
audiência de instrução e julgamento será realizada no prazo máximo de:

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a) 30 (trinta) dias.
b) 40 (quarenta) dias.
c) 60 (sessenta) dias.
d) 90 (noventa) dias.

A questão exige conhecimento do art. 531 que refere-se ao rito sumário.

Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30


(trinta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art.
222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento
de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao
debate.

Letra a.

032. (VUNESP/TJ-RS/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2018) Assinale a alternativa correta.


a) O procedimento comum será ordinário, sumário ou especial.
b) Os processos que apuram a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação
em todas as instâncias apenas se houver réu preso.
c) O juiz terá o prazo de 5 dias para proferir a sentença caso conceda às partes prazo para
a apresentação de memoriais.
d) No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida
em processo penal, é facultativa a citação do réu como litisconsorte passivo.
e) Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ainda que seja
patente o constrangimento ilegal causado.

a) Errada.

Art. 394, § 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo.

b) Errada.

Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação
em todas as instâncias.

c) Errada.

Art. 404. Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão,
no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez)
dias, o juiz proferirá a sentença.

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d) Errada.

Súmula n. 701 do STF: No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra
decisão proferida em processo penal, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo.

e) Certa.

Súmula n. 693 do STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena
de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária
seja a única cominada.

Letra e.

033. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2017) No procedimento comum, após o oferecimento


da resposta pelo acusado, o juiz deverá absolvê-lo sumariamente quando
a) faltar justa causa para o exercício da ação penal ou verificar a existência manifesta de
qualquer causa excludente da culpabilidade.
b) verificar a existência manifesta de qualquer causa excludente da ilicitude do fato ou que
o fato narrado evidentemente não constitui crime.
c) a denúncia ou a queixa for manifestamente inepta ou não se convencer da existência de
indícios suficientes de autoria ou de participação.
d) faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal ou verificar
que extinta a punibilidade do agente.

Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV – extinta a punibilidade do agente.

Letra b.

034. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) De acordo com o texto


expresso do art. 397 do CPP, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado no processo
penal quando verificar
a) extinta a punibilidade do agente.
b) falta de justa causa para o exercício da ação penal.
c) que a denúncia é manifestamente inepta.
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d) falta de condição para o exercício da ação penal.


e) falta de pressuposto processual.

Nos termos do art. 397 do Código de Processo Penal:

Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV – extinta a punibilidade do agente.

Letra a.

035. (MP-RS/MPE-RS/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017) Em uma ação penal o Ministério


Público, durante a instrução, junta documento em língua estrangeira. Intimada a defesa
especificamente sobre o documento, esta silencia. No momento de requerer diligências do
art. 402 do Código de Processo Penal, Ministério Público e defesa nada requerem. Oferecidas
alegações finais orais, o Ministério Público vale-se do documento em língua estrangeira para
pedir a condenação. A defesa, por sua vez, produz eficiente defesa sem fazer referência
ao documento em língua estrangeira. Concluso para sentença, considerando o documento
em língua estrangeira, o juiz deverá
a) determinar a conversão do julgamento em diligência para que seja providenciada a
tradução do documento por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea a ser nomeada
pelo juízo, independentemente da solução ser condenatória ou absolutória, ou ainda do
uso do documento nesta solução.
b) ordenar o desentranhamento do documento já que em todos os atos e termos do
processo é obrigatório o uso da língua portuguesa e não foi providenciada a sua tradução
em momento oportuno.
c) decidir pela conversão do julgamento em diligência para que seja providenciada a tradução
do documento por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea a ser nomeada pelo
juízo, apenas se for condenar o acusado e valer-se do documento para tanto.
d) apreciar livremente a prova produzida, inclusive quanto ao documento em língua
estrangeira, uma vez que a sua tradução não é obrigatória.
e) resolver pela conversão do julgamento em diligência para que o Ministério Público e a defesa
juntem cada um a sua versão em língua portuguesa do documento em língua estrangeira.

A compreensão do art. 236, do CPP, conforme enuncia a jurisprudência:

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A tradução para o vernáculo de documentos em idioma estrangeiro juntados aos


autos só deverá ser realizada se tal providência for absolutamente “necessária”. É o
que prevê o CPP: “Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua
juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta,
por pessoa idônea nomeada pela autoridade.” A decisão sobre a necessidade ou não
da tradução dos documentos cabe ao juiz da causa. STJ. Corte Especial. AgRg na APn
675/GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 17/06/2015. STF. Plenário. Inq 4146/DF,
Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 22/6/2016 (Info 831).

Letra d.

036. (FUNDAÇÃO LA SALLE/SUSEPE/AGENTE PENITENCIÁRIO (POLÍCIA PENAL)/2017) A


absolvição sumária se configura, no procedimento comum, de acordo com o Código de
Processo Penal, EXCETO:
a) com a inimputabilidade penal do agente.
b) com a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato.
c) diante da existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente.
d) quando o fato narrado evidentemente não constitui crime.
e) quando estiver extinta a punibilidade do agente.

Há ressalva expressa (inciso II, parte final) para o caso de inimputabilidade, impedindo a
absolvição sumária:

CPP. Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei n. 11.719,
de 2008).
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei n. 11.719,
de 2008).
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
(Incluído pela Lei n. 11.719, de 2008).
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei n. 11.719, de
2008).
IV – extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei n. 11.719, de 2008).

Letra a.

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037. (FCC/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/ESPECIALIDADE:


COMISSÁRIO DA INFÂNCIA/2012) No procedimento comum sumário a defesa poderá arrolar até
a) oito testemunhas.
b) três testemunhas.
c) quatro testemunhas.
d) cinco testemunhas.
e) seis testemunhas.

O procedimento sumário, regulado no CPP entre os arts. 531 e 540, traz o seguinte regramento
acerca do número de testemunhas que as partes podem apresentar:

Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusação
e 5 (cinco) pela defesa. (Redação dada pela Lei n. 11.719, de 2008).

Letra d.

038. (FCC/MP-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2011) No âmbito do Código de Processo Penal


o procedimento comum é dividido segundo os seguintes critérios:
a) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; sumário, quando tiver por objeto
crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de
liberdade; e sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo.
b) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 8 (oito) anos de pena privativa de liberdade; sumário, quando tiver por objeto
crime cuja sanção máxima cominada seja superior a 4 (quatro) e inferior a 8 (oito) anos
de pena privativa de liberdade; e sumaríssimo, quando tiver por objeto crime cuja sanção
máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
c) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; sumário, para as infrações penais
de menor potencial ofensivo; e do júri para os crimes dolosos contra a vida.
d) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 8 (oito) anos de pena privativa de liberdade; sumário, quando tiver por objeto
crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 8 (oito) anos de pena privativa de
liberdade; sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo; e do júri
para os crimes dolosos contra a vida.
e) ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 8 (oito) anos de pena privativa de liberdade; sumário, quando tiver por objeto
crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 8 (oito) anos de pena privativa de
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liberdade; sumaríssimo quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; e do júri para os crimes dolosos
contra a vida.

Conforme descrito no CPP:

Art. 394. O procedimento será comum ou especial.


§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
I – ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior
a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
II – sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro)
anos de pena privativa de liberdade;
III – sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.

Letra a.

039. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“Para se identificar o rito processual comum a ser utilizado, o Código de processo Penal leva
em conta as qualificadoras e causas de aumento e diminuição de pena”. (autoria própria)

Na verdade, não se leva em conta as causas de aumento e diminuição de pena, mas apenas
a pena definida no preceito sancionador, ou seja, a pena em abstrato prevista para o tipo
penal, seja na modalidade simples, ou na modalidade qualificada.
Errado.

040. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“Os pressupostos processuais negativos, são aqueles que não podem estar presentes para
que o direito de ação possa ser exercido”. (autoria própria)

Como exemplo, cabe citar litispendência, coisa julgada e perempção. A presença de qualquer
destes pressupostos negativos torna o procedimento nulo. Os pressupostos positivos,
por outro lado, são aqueles que precisam estar presentes para que o processamento seja
regular, tais como: petição inicial apta, citação válida e regularidade procedimental.
Certo.

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041. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“A falta de justa causa acarreta a rejeição da denúncia”. (autoria própria)

A justa causa caracteriza-se pelo lastro probatório mínimo para a instauração de um


processo penal.

Art. 395: A denúncia ou queixa será rejeitada quando:


I – for manifestamente inepta;
II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.

Certo.

042. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“No procedimento comum ordinário, o recurso cabível contra a rejeição da peça acusatória
é a apelação”. (autoria própria)

Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:


I – que não receber a denúncia ou a queixa;

No Juizado Especial Criminal, a lei n. 9.099/1995 prevê APELAÇÃO, interposta no prazo de


10 dias.
Errado.

043. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“O recurso cabível contra o recebimento da peça acusatória é o RESE”. (autoria própria)

Não há previsão legal de recurso para essa decisão. Entretanto, os tribunais hoje vêm
admitindo que se busque o trancamento do processo. O instrumento a ser utilizado é o
habeas corpus, desde que haja risco a liberdade de locomoção. Quando não houver risco a
liberdade de locomoção deve se valer do Mandado de Segurança.

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Contra a rejeição da peça acusatória cabe RESE, conforme art. 581, I do CPP.
Errado.

044. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não
a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias”. (autoria própria)

A finalidade da apresentação de resposta escrita é buscar uma possível absolvição sumária.


O acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer
documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas,
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
Certo.

045. (INÉDITA/2023) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa como certa ou errada:
“Os procedimentos especiais estão autorizados a usar, de forma subsidiária, as normas
relativas ao procedimento comum ordinário”. (autoria própria)

Os procedimentos especiais estão previstos no Código de Processo Penal vigente e em leis


penais extravagantes. Trata-se de regramentos que utilizam de modo supletivo as normas
do procedimento comum, conforme previsão expressa do CPP, no art. 394, § 5º.
Certo.

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REFERÊNCIAS

ALVES, Leonardo Barreto Moreira. Manual de Processo Penal. Salvador, BA: Juspodivm,
2021.

ALVES, Leonardo Barreto Moreira. Sinopses para concursos: Processo Penal – Parte Especial.
13. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Juspodivim, v. 8, 2023.

AVENA, Norberto. Processo Penal esquematizado. 7. ed. São Paulo: Editora Método, 2015.

BONFIM, Edílson Mougenot. Código de Processo Penal anotado. São Paulo: Saraiva, 2012.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal,
1988.

BRASIL. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal Brasileiro. Brasília,


DF: Senado Federal, 1940.

BRASIL. Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal Brasileiro.


Brasília: Senado Federal, 1941.

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Processos em Espécie: Rito Comum Ordinário e Sumário
Thiago Pacheco

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