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CÓDIGO DE ÉTICA

Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos
Deputados

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230626127794

CRISTIANE CAPITA

Servidora Pública do Ministério Público da União, lotada no Conselho Nacional do


Ministério Público-CNMP, bacharel em Direito e Pós-Graduada em Direito Processual
Civil. Professora da disciplina de Legislação aplicada ao MPU em cursos preparatórios,
com aprovação nos concursos da Secretaria de Estado de Educação do DF /SEE-DF,
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, Ministério do Planejamento-
MPOG e Ministério da Educação-MEC.
Professora e Granxpert do Grancursos On Line.

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CÓDIGO DE ÉTICA
Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Introdução ao Estudo do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos
Deputados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. . . . . . . . . . . . . . . 8
Jurisprudência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

APRESENTAÇÃO
DA PROFESSORA

A Prof. Cristiane Capita é servidora do Ministério Público da União, lotada no Conselho


Nacional do Ministério Público-CNMP, bacharel em Direito e especialista em Direito Processual
Civil. Foi aprovada nos concursos do Ministério do Planejamento-MPOG, da Secretaria de
Estado de Educação do DF /SEE-DF, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e
do Ministério da Educação-MEC. É professora do Gran e integrante do GranXperts, a equipe
de especialistas em planejamento de estudos e mentoria do Gran.
Em 2004, deu início à sua trajetória nos concursos públicos e, desde então, tem se
dedicado incansavelmente a aprimorar um método de estudos, sempre ressaltando que a
consistência é um fundamento para alcançar a aprovação.
Depois de acumular uma experiência valiosa ao longo de sua trajetória, optou por
compartilhar seu conhecimento e auxiliar outros estudantes em sua jornada em busca
do sucesso.
No ano de 2018, com o intuito de expandir seu alcance e impactar um número ainda maior
de pessoas, criou no Instagram o perfil @cris_capita/Probatus Mentoria para concursos.
Nesse perfil, disponibiliza uma série de informações, dicas e técnicas de estudo altamente
eficientes, adquiridas com sua própria vivência e também em colaboração com pessoas
experientes na área.
Como mentora de estudos, dedica-se a auxiliar concurseiros em todas as etapas do
processo preparatório. Por meio de sessões personalizadas de mentoria, ela ajuda os alunos
a estabelecerem metas claras e realistas, identificarem suas áreas de maior dificuldade e
criarem um planejamento para otimizar o tempo de estudo e maximizar o desempenho.
Além disso, oferece orientação individualizada sobre as melhores técnicas de estudo,
métodos de organização eficientes e táticas de resolução de exercícios, fornecendo
ferramentas e recursos valiosos para que seus clientes alcancem uma preparação sólida e
consistente.
Com um compromisso permanente com o sucesso de seus orientandos, esforça-se para
cultivar um ambiente de apoio e motivação, encorajando seus alunos a persistirem diante
dos desafios e acreditarem no potencial deles para conquistarem seus objetivos.
Por meio de seu trabalho como mentora e planejadora de estudos, busca capacitar e
inspirar os estudantes, ajudando-os a trilhar um caminho mais eficaz rumo à aprovação
em concursos e, assim, alcançar suas aspirações de carreira no serviço público.

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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

DO CONTEÚDO

A Resolução n. 25, de 2001, instituiu o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara


dos Deputados e sofreu, posteriormente, alterações dadas pelas Resoluções n. 2, de 2011,
e n. 47, de 2013, todas incluídas em nosso material.
O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados é um conjunto de
regras que definem os princípios éticos e as normas fundamentais de comportamento que
devem guiar os deputados federais em seu exercício do cargo. Ele estabelece as diretrizes
para o processo disciplinar e as consequências que podem ser aplicadas caso as normas de
conduta relacionadas ao decoro parlamentar sejam desrespeitadas.
Assim, o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados desempenha um
papel crucial ao estabelecer os princípios éticos e as normas fundamentais de comportamento
que todos os deputados federais devem seguir em seu exercício da carga. Esse conjunto de
regras tem como objetivo garantir um ambiente político saudável, transparente e respeitoso,
assegurando a integridade e a boa conduta dos parlamentares.
Além disso, como dito, o Código de Ética também desempenha um papel essencial
ao estabelecer as diretrizes para o processo disciplinar em casos de violação das normas
relativas ao decoro parlamentar. Quando um parlamentar descumprir quaisquer normas,
o processo disciplinar é acionado, dando início a uma investigação para apurar os fatos e
determinar as medidas cautelares.
As consequências podem variar no caso de descumprimento, desde dispensas e
compensações administrativas até ações mais diversas, como a cassação do mandato
parlamentar. Essas medidas têm como objetivo preservar a integridade e a credibilidade
do parlamento, bem como promover a responsabilização dos deputados por suas ações.
É importante ressaltar que o Código de Ética e Decoro Parlamentar é um instrumento
essencial para manter a confiança do público na instituição parlamentar e fortalecer a
democracia. Ao estabelecer padrões éticos elevados e garantir que as transgressões sejam
devidamente investigadas e punidas, ele contribui para a construção de um ambiente ético
legislativo, justo e representativo.
Portanto, o Código de Ética e Decoro Parlamentar desempenha um papel central na
orientação da conduta dos deputados federais, bem como na manutenção da integridade
e do parecer do parlamento como uma instituição responsável e comprometida com o
interesse público.

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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
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CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA


CÂMARA DOS DEPUTADOS

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO


PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Bem-vindos ao estudo do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados!
Nesta jornada, exploraremos um conjunto de princípios éticos e regras básicas que orientam
a conduta dos deputados federais em seu exercício parlamentar. Esse código desempenha um
papel fundamental na preservação da integridade, da transparência e da responsabilidade
na política brasileira.
Ao estudar o Código de Ética e Decoro Parlamentar, é importante adotar uma abordagem
sistemática para compreender suas diretrizes e aplicabilidade.
Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a aproveitar ao máximo tornando o seu estudo
do Código mais eficiente e proveitoso.
Dicas de estudos – Segura esta dica:
Em primeiro lugar, pense que, por mais que você queira memorizar um conteúdo, isso
acontecerá de forma muito mais produtiva se, antes, você entender esse conteúdo. Sendo
assim, busque a compreensão da disciplina, pois, ainda que a banca cobre, em grande parte,
a letra da lei, você terá melhores condições de acertar suas questões tendo compreendido
o conteúdo. Vamos lá!

Quais são as dicas?

• Contextualização: antes de mergulhar nos detalhes do Código, é essencial entender o


contexto em que ele se insere. Familiarize-se com o papel e a importância da Câmara
dos Deputados na legislação e no sistema político brasileiro. Isso ajuda a compreender
melhor as razões por trás da existência do Código de Ética e Decoro Parlamentar.
• Estrutura e conteúdo: o Código é dividido em seções e artigos, cada uma abordando
aspectos específicos da ética e do decoro parlamentar. Explore a estrutura do Código
e identifique as principais áreas temáticas abordadas, como os princípios éticos, as
regras de conduta e as compensações. Isso facilitará a organização de seu estudo e
a compreensão do conteúdo.
• Leitura atenta e reflexão: reflita sobre o significado por trás das palavras e as práticas
de cada regra. Considere exemplos da vida política real e como essas normas podem
ser aplicadas em situações específicas. Isso ajuda a internalizar o conteúdo e torná-
lo mais relevante para a sua compreensão.
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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

• Estudo ativo: ao invés de apenas ler passivamente o texto, adote uma abordagem de
estudo ativa. O estudo ativo é o cerne de tudo. Faça perguntas a si mesmo, resolva
exercícios práticos, discuta com colegas de estudo ou participe de grupos de discussão
sobre o tema (se for o caso). Isso ajudará a consolidar o conhecimento e a identificar
possíveis lacunas na compreensão.
• Destaque os pontos-chave: de forma complementar ao que foi dito acima, enquanto
estuda, destaque ou anote os pontos-chave, como definições, procedimentos, regras
e prerrogativas. Isso ajudará a destacar as informações mais importantes e facilitará
a revisão posterior.
• Faça anotações enquanto estuda: ao ler cada artigo do Código, faça anotações sobre
informações-chave. Anote em um caderno ou utilize um sistema de organização
digital. Registre resumos, exemplos e comentários para ajudar na compreensão e
na memorização.
• Estudo Comparativo: ao estudar o Código de Ética e Decoro Parlamentar, você pode
aproveitar para fazer comparações com códigos de ética de outras instituições
ou legislações. Isso ampliará sua perspectiva e permitirá uma compreensão mais
abrangente dos princípios éticos e das regras de conduta.
• Revisão periódica: estabeleça um cronograma de revisão periódica do conteúdo
estudado. A revisão regular ajuda a fixar o conhecimento e a evitar que você se
esqueça de informações importantes. Quando revisar? Menos é mais, sempre que
puder, simplifique as coisas, revise todo dia antes de começar um conteúdo novo,
isso serve para todas as disciplinas.
• Revisar o quê? O que você produziu por meio do estudo ativo. Hummm, sacou? Como
tudo começa a fazer parte de um ciclo virtuoso? Você estuda ativamente, interagindo,
produzindo material e usa esse material nas suas revisões. E considere ainda que as
questões são uma excelente ferramenta para revisar.
• Acompanhamento das atualizações: esteja atento a atualizações e alterações.
Mantenha-se informado sobre as últimas modificações e acompanhe eventuais
emendas ou atualizações, uma vez que essas mudanças podem impactar a aplicação
das normas.
• Utilize recursos adicionais: além do Código de Ética e Decoro Parlamentar, aproveite
outros materiais de apoio, como jurisprudências, debates e discussões em torno do
tema. Lembrando que será necessário haver a correlação com a nossa Constituição,
inevitavelmente. Esses recursos enriquecerão seu entendimento e ampliarão sua
visão sobre a importância do Código e suas disposições.
• Faça questões! Por último e não menos importante, faça muitas questões! Há muitas
delas no material do Gran, há tantas outras nas plataformas de questões. Pegue
também as provas anteriores, resolva todas. E quando acabar todo esse arsenal,
elabore você mesmo as suas questões, a efetividade disso será exponencial.

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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

Seguindo essas dicas, você estará preparado para trabalhar com o Código de Ética e Decoro
Parlamentar da Câmara dos Deputados. Vamos juntos explorar as normas, os princípios e
os procedimentos que regem a conduta parlamentar, fortalecer nossa compreensão sobre
a ética e o decoro na política e, claro, gabaritar a sua prova!

CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA


DOS DEPUTADOS

Capítulo I
Disposições Preliminares

Art. 1º Este Código estabelece os princípios éticos e as regras básicas de decoro que devem orientar
a conduta dos que sejam titulares ou que estejam no exercício de mandato de Deputado Federal.
Parágrafo único. Regem-se também por este Código o procedimento disciplinar e as penalidades
aplicáveis no caso de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar.

O Código de Ética e Decoro Parlamentar estabelece as diretrizes e as regras fundamentais


de comportamento que devem orientar a conduta dos indivíduos que ocupam o cargo de
deputado federal, bem como daqueles que estão exercendo efetivamente o mandato.
Devemos considerar o Código de Ética como um conjunto de normas e princípios que
visa assegurar a conduta adequada dos parlamentares, garantindo que eles ajam de acordo
com os valores éticos e o respeito às instituições democráticas. Essas diretrizes têm como
objetivo promover a transparência, a probidade, a responsabilidade e a integridade no
exercício das funções parlamentares.
Vale destacar que o Código de Ética não se limita apenas a estabelecer os princípios éticos,
mas também abrange o procedimento disciplinar a ser seguido em casos de descumprimento
das normas relacionadas ao decoro parlamentar. Ou seja, quando um deputado federal
viola as regras de conduta, esse Código define as etapas e as compensações devidas para
lidar com essas transgressões.
As punições variam desde censura, que pode ser verbal ou escrita e que são medidas menos
severas, até medidas mais graves, como suspensões temporárias do mandato parlamentar
ou até mesmo a perda do cargo. O objetivo dessa garantia é preservar a integridade dos
parlamentares e garantir a confiança da sociedade na atuação deles.
Em definição assentada no relatório final da CPI do Orçamento:

Decoro é comportamento, é imagem pública, é honra, é dignidade. Já o decoro parlamentar é


obrigação de conteúdo moral e ético que não se confunde com aspectos criminais, embora deles
possa decorrer (vol. I, p. 12,).

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Sendo assim, como foi dito, o Código tem como objetivo estabelecer os princípios éticos
e as regras básicas de conduta e decoro que devem orientar os deputados federais em seu
exercício do mandato, além de definir o procedimento disciplinar e as penalidades devidas
no caso de descumprimento das normas relacionadas ao decoro parlamentar.
Resumindo os pontos importantes:
• Princípios éticos: o Código estabelece os princípios éticos que devem nortear a atuação
dos deputados federais, promovendo integridade, transparência e responsabilidade
na condução de suas atividades parlamentares.
• Regras de decoro: são estabelecidas as regras básicas de decoro parlamentar, visando
preservar a proteção, o respeito e a aprovação da instituição legislativa. Essas regras
incluem condutas adequadas durante debates, votações, pronunciamentos e demais
atividades parlamentares.
• Conduta dos titulares e em exercício: o Código se aplica tanto aos deputados federais
titulares como aos que estão no exercício do mandato.
• Regras de conduta: estabelece as regras de conduta e os procedimentos a serem
adotados em caso de descumprimento.
Portanto, o Código de Ética e Decoro Parlamentar é uma ferramenta importante para
promover a conduta ética e responsável no exercício do mandato do deputado federal,
além de estabelecer um sistema disciplinar que busca garantir a observância das normas
de decoro parlamentar. Ele desempenha um papel fundamental na construção de um
ambiente legislativo saudável e no fortalecimento da democracia.
Art. 2º As imunidades, prerrogativas e franquias asseguradas pela Constituição Federal, pelas leis
e pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados aos Deputados são institutos destinados
à garantia do exercício do mandato popular e à defesa do Poder Legislativo.

Imunidades, prerrogativas e franquias asseguradas pela Constituição Federal, pelas


leis e pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados são fundamentais para garantir
o pleno exercício do mandato popular e para preservar a independência e a autonomia do
Poder Legislativo. O dispositivo, inicialmente, destaca as fontes das imunidades, conforme
estabelecido: a Constituição, as leis e o Regimento Interno da CD.
Dessa forma, essas proteções são concedidas aos deputados com o objetivo de resguardar
a liberdade de expressão, o debate democrático e a tomada de decisões em nome do povo. Elas
visam garantir que os parlamentares possam atuar de forma livre e sem receber represálias
ou perseguições, permitindo que exerçam suas funções com integridade e independência.
As imunidades parlamentares, por exemplo, asseguram que os deputados não possam
ser processados ou responsabilizados por opiniões, palavras e votos emitidos no exercício
do mandato, exceto nos casos de flagrante delito de crime inafiançável. Isso garante que os
parlamentares possam se expressar livremente e defender os interesses do povo, mesmo que
suas opiniões possam ser controversas ou contrárias a determinados grupos ou interesses.
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Além disso, as prerrogativas e as franquias conferem aos deputados o direito de


inviolabilidade do mandato, a prisão em caso específico, a liberdade de locomoção, entre
outros benefícios que visam proteger sua atuação política.
Esses institutos têm grande importância para a democracia, uma vez que garantem
a independência do Poder Legislativo e o equilíbrio entre os poderes. Ao assegurar que
os deputados possam exercer suas funções sem interferências incompatíveis, o sistema
democrático se fortalece, permitindo a representação e a defesa dos interesses da sociedade.
No entanto, é importante destacar que as imunidades, as prerrogativas e as franquias
não significam impunidade ou privilégios absolutos. Os deputados continuaram sujeitos às
leis e à ética parlamentar, devendo agir dentro dos limites da legalidade e da moralidade.
Em suma, as imunidades, as prerrogativas e as franquias asseguradas aos deputados
são instrumentos essenciais para proteger o exercício do mandato popular, preservar a
independência do Poder Legislativo e fortalecer a democracia. Ao garantir a liberdade e
a segurança dos parlamentares, eles operaram para um debate político saudável e para a
representação efetiva dos interesses da sociedade.

Capítulo II
Dos Deveres Fundamentais, Dos Atos Incompatíveis e Dos Atos Atentatórios ao Decoro
Parlamentar
Capítulo com Redação dada pela Resolução n. 2, de 2011.

DOS DEVERES FUNDAMENTAIS

Art. 3º São deveres fundamentais do Deputado:


I – promover a defesa do interesse público e da soberania nacional;
II – respeitar e cumprir a Constituição Federal, as leis e as normas internas da Casa e do Congresso
Nacional;
III – zelar pelo prestígio, aprimoramento e valorização das instituições democráticas e
representativas e pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
IV – exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular, agindo
com boa-fé, zelo e probidade;
V – apresentar-se à Câmara dos Deputados durante as sessões legislativas ordinárias e
extraordinárias e participar das sessões do Plenário e das reuniões de Comissão de que seja
membro, além das sessões conjuntas do Congresso Nacional;
VI – examinar todas as proposições submetidas a sua apreciação e voto sob a ótica do interesse
público;
VII – tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os
cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo
de igual tratamento;

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VIII – prestar contas do mandato à sociedade, disponibilizando as informações necessárias ao


seu acompanhamento e fiscalização;
IX – respeitar as decisões legítimas dos órgãos da Casa. (Artigo com redação dada pela Resolução
n. 2, de 2011).

O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados enumera uma série
de deveres fundamentais que os deputados devem cumprir em seu exercício do cargo.
Esses deveres têm como objetivo garantir a promoção do interesse público, o respeito à
Constituição Federal, às leis e às normas internas da Casa e do Congresso Nacional, bem
como o fortalecimento das instituições democráticas e representativas.
Primeiramente, é dever do deputado promover a defesa do interesse público e da
soberania nacional, agindo em prol do bem-estar da sociedade como um todo. Para tanto, é
essencial que ele respeite integralmente a Constituição Federal, as leis e as normas internas,
assegurando a ordem e o funcionamento adequado do Legislativo.
Além disso, o deputado deve zelar pelo prestígio, pelo fortalecimento e pela valorização
das instituições democráticas e representativas, reconhecendo a importância do Poder
Legislativo na representação dos cidadãos. Ele deve exercer sua obrigação com domínio e
respeito à coisa pública, agindo com boa-fé, zelo e probidade.
A presença ativa e a participação nas sessões legislativas ordinárias e extraordinárias
assim como nas reuniões de comissões das quais seja membro são deveres essenciais do
deputado. Essa participação é crucial para que ele possa examinar todas as proposições
observadas à sua autoridade e voto sob a ótica do interesse público, garantindo que suas
decisões estejam direcionadas ao bem comum.
No trato com seus colegas, autoridades, servidores da Casa e cidadãos em geral, o
deputado deve agir com respeito e independência, assegurando um ambiente de diálogo
e cooperação. Igualmente importante é a prestação de contas do mandato à sociedade,
disponibilizando as informações necessárias para que os cidadãos possam acompanhar e
fiscalizar suas ações no exercício parlamentar.
Por fim, é dever do deputado acompanhar as decisões legítimas dos órgãos da Casa,
reconhecendo a importância da instituição e do processo democrático. O cumprimento
desses deveres fundamentais é essencial para o fortalecimento da representatividade,
da transparência e da responsabilidade dos parlamentares para a construção de uma
democracia sólida e efetiva.
A partir do dito acima, compreenda os deveres dos deputados, Leia o texto do Código
e faça questões.

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DOS ATOS INCOMPATÍVEIS E DOS ATOS ATENTATÓRIOS AO DECORO PARLAMENTAR


Os artigos 4º e 5º do Código tratam dos atos incompatíveis e dos atos atentatórios
ao decoro parlamentar, respectivamente. No artigo 4º, são estabelecidos procedimentos
incompatíveis com o decoro parlamentar, puníveis com a perda do mandato e, no artigo 5º,
os atos atentatórios ao decoro parlamentar são puníveis com censura, verbal ou escrita,
suspensão das prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses e suspensão do exercício do
mandato por até 6 (seis) meses, assim alocaremos cada conduta e sua respectiva punição.
Pense, se o ato é incompatível é “impossível de se conviver”, há a perda (do mandato).
Se o ato é atentatório, ele é punível com suspensão ou censura.

DOS ATOS INCOMPATÍVEIS


As hipóteses do artigo 4º constituem-se, então, em causas de perda de mandato pelo
deputado, veremos, a seguir, quais são elas. Destacando, ainda, que a aplicação da penalidade
de perda de mandato é de competência do Plenário da Câmara.

Art. 4º Constituem procedimentos incompatíveis com o decoro parlamentar, puníveis com a


perda do mandato:
I – abusar das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional
(Constituição Federal, art. 55, § 1º);
II – perceber, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício da atividade
parlamentar, vantagens indevidas (Constituição Federal, art. 55, § 1º);
III – celebrar acordo que tenha por objeto a posse do suplente, condicionando-a à contraprestação
financeira ou à prática de atos contrários aos deveres éticos ou regimentais dos Deputados;
IV – fraudar, por qualquer meio ou forma, o regular andamento dos trabalhos legislativos para
alterar o resultado de deliberação;
V – omitir intencionalmente informação relevante ou, nas mesmas condições, prestar informação
falsa nas declarações de que trata o art. 18;
VI – praticar irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos decorrentes,
que afetem a dignidade da representação popular. (Artigo com redação dada pela Resolução n.
2, de 2011)

Vamos falar sobre cada um dos pontos dispostos no artigo 4º, que descreve os
procedimentos incompatíveis com o decoro parlamentar e que podem levar à perda do
mandato de um parlamentar:
I – Abusar das prerrogativas constitucionais: isso significa utilizar, de forma indevida
ou excessiva, as prerrogativas e as garantias prescritas na Constituição Federal destinadas
aos membros do Congresso Nacional. Essas prerrogativas são garantidas para permitir o
bom desempenho do mandato parlamentar, mas seu uso abusivo pode configurar uma
violação do decoro parlamentar.

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II – Perceber vantagens ilimitadas: proibir o receptor de benefícios ou vantagens


pessoais, seja em dinheiro ou qualquer outra forma, enquanto se está exercendo a atividade
parlamentar. É uma forma de garantir que os parlamentares não utilizem o cargo para obter
benefícios pessoais ou de terceiros, o que seria incompatível com a ética parlamentar.
III – Celebrar acordo condicionando a posse do suplente a contraprestações financeiras ou
a atos contrários aos deveres éticos ou regimentais dos deputados: tal conduta compromete
a integridade do processo de substituição parlamentar e é considerada incompatível com
o decoro parlamentar.
IV – Fraudar o andamento dos trabalhos legislativos para alterar o resultado de deliberação:
trata-se de qualquer tentativa de manipulação ou interferência no curso regular dos
trabalhos legislativos com o objetivo de alterar o resultado de uma decisão. Isso inclui
ações fraudulentas que buscam distorcer ou impedir a vontade da maioria parlamentar,
comprometendo a lisura e a aprovação dos processos legislativos.
V – Omitir intencionalmente informações relevantes ou prestar informações falsas nas
declarações: refere-se à ocultação proposital de informações relevantes ou à prestação
deliberadamente falsa de declarações. Isso inclui tanto a omissão intencional de informações
relevantes quanto a apresentação de informações falsas em documentos e declarações
oficiais, o que vai contra os princípios éticos e de transmissão esperada dos parlamentares.
VI – Praticar irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos
decorrentes, afetando a soberania da representação popular: essas irregularidades podem
envolver condutas antiéticas, violação de deveres parlamentares e comportamentos que
prejudicam a confiança e a imagem do parlamentar e da instituição.
Em resumo, essas são algumas das condutas que são consideradas incompatíveis com
o decoro parlamentar e que, se praticadas, podem resultar na perda do mandato de um
deputado federal. O objetivo é manter a integridade e a ética no exercício das funções
parlamentares.
As condutas elencadas no artigo 5º são puníveis com a aplicação das penalidades de
censura, verbal ou escrita, suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses
e suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses.

Art. 5º Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puníveis na forma
deste Código:
I – perturbar a ordem das sessões da Câmara dos Deputados ou das reuniões de Comissão;
II – praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa;
III – praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputados ou desacatar,
por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou Comissão ou os respectivos Presidentes;
IV – usar os poderes e prerrogativas do cargo para constranger ou aliciar servidor, colega ou
qualquer pessoa sobre a qual exerça ascendência hierárquica, com o fim de obter qualquer
espécie de favorecimento;

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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

V – revelar conteúdo de debates ou deliberações que a Câmara dos Deputados ou Comissão


hajam resolvido que devam ficar secretos;
VI – revelar informações e documentos oficiais de caráter sigiloso, de que tenha tido conhecimento
na forma regimental;
VII – usar verbas de gabinete ou qualquer outra inerente ao exercício do cargo em desacordo
com os princípios fixados no caput do art. 37 da Constituição Federal;
VIII – relatar matéria submetida à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse específico de
pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha eleitoral;
IX – fraudar, por qualquer meio ou forma, o registro de presença às sessões ou às reuniões de
Comissão;
X – deixar de observar intencionalmente os deveres fundamentais do Deputado, previstos no
art. 3º deste Código. (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
Parágrafo único. As condutas puníveis neste artigo só serão objeto de apreciação mediante
provas. (Artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

Vamos nos adiantar um pouco e já discriminar as condutas previstas nesse artigo e suas
respectivas penalidades:
• Censura verbal
A censura verbal será aplicada pelo presidente da Câmara dos Deputados, em sessão,
ou de comissão, durante suas reuniões, ao Deputado que incidir nas seguintes condutas:
− perturbar a ordem das sessões da Câmara dos Deputados ou das reuniões de
comissão;
− praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa.
Recurso da pena de censura verbal: contra a aplicação da penalidade de censura verbal,
o deputado poderá recorrer ao respectivo Plenário no prazo de 2 (dois) dias úteis.
Previsão: as condutas acima são as descritas nos incisos I e II do art. 5º.
• Censura escrita
A censura escrita será aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido, nos casos de
incidência das seguintes condutas:
− praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputados
ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou a comissão ou
os respectivos presidentes;
− por solicitação do Presidente da Câmara dos Deputados ou de comissão, nos casos
de reincidência nas condutas punidas com a censura verbal.
Previsão: inciso III do art. 5º do CEDP c/c o art. 12 do CEDP.
Recurso da pena de censura escrita: também há recurso contra a aplicação da penalidade
de censura escrita, o deputado poderá recorrer ao Plenário da Câmara dos Deputados
também no prazo de 2 (dois) dias úteis.
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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
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Antes de deliberar sobre a aplicação da sanção de censura escrita, a Mesa assegurará


ao deputado o exercício do direito de defesa pelo prazo de 5 (cinco) dias úteis.
• Suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis)

A suspensão de prerrogativas regimentais é aplicável ao deputado que incidir nas


seguintes condutas:
− revelar informações e documentos oficiais de caráter sigiloso, de que tenha tido
conhecimento na forma regimental;
− usar verbas de gabinete ou qualquer outra inerente ao exercício do cargo em
desacordo com os princípios fixados no caput do art. 37 da Constituição Federal;
− relatar matéria submetida à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse
específico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento
de sua campanha eleitoral.

Previsão: incisos VI a VIII do art. 5º c/c o art. 13 do CEDP.


• Suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses

Aplicável ao deputado que incidir nas seguintes condutas:


− usar os poderes e as prerrogativas do cargo para constranger ou aliciar servidor,
colega ou qualquer pessoa sobre a qual exerça ascendência hierárquica, com o fim
de obter qualquer espécie de favorecimento;
− revelar conteúdo de debates ou deliberações que a Câmara dos Deputados ou a
comissão hajam resolvido que devam ficar secretos;
− fraudar, por qualquer meio ou forma, o registro de presença às sessões ou às re-
uniões de comissão.
− deixar de observar intencionalmente os deveres fundamentais do deputado, pre-
vistos no art. 3º do Código.

A aplicação dessa penalidade é de competência do Plenário da Câmara.


Previsão: incisos IV, V, IX e X do art. 5º do CEDP c/c o art. § 1º do art. 14 do CEDP.
Na hipótese de suspensão do exercício do mandato superior a 120 (cento e vinte) dias,
o suplente do parlamentar suspenso será convocado imediatamente após a publicação da
resolução que decretar a sanção.

As condutas enumeradas no artigo 5º só serão objeto de apreciação mediante provas.

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Vamos seguir o fluxo conforme o que está disposto no Código de Ética, o próximo
tópico trata do Conselho de Ética, após esse assunto, retomaremos para tratar acerca das
penalidades aplicáveis e do processo disciplinar.

Capítulo III
Do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011.
Art. 6º Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados:
I – zelar pela observância dos preceitos deste Código, atuando no sentido da preservação da
dignidade do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados;
II – processar os acusados nos casos e termos previstos no art. 13;
III – instaurar o processo disciplinar e proceder a todos os atos necessários à sua instrução, nos
casos e termos do art. 14;
IV – responder às consultas formuladas pela Mesa, Comissões, Partidos Políticos ou Deputados
sobre matérias relacionadas ao processo político-disciplinar. (Artigo com redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar foi criado em outubro de 2001 e é o órgão


colegiado da Câmara responsável por conduzir o procedimento disciplinar destinado
à aplicação das penalidades em casos de infrações éticas no exercício do mandato e
descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar no âmbito da Câmara dos
Deputados, conforme previsto no Código de Ética e Decoro Parlamentar.
O Conselho de Ética atuará mediante provocação da Mesa Diretora da Câmara dos
Deputados para a instauração de processo disciplinar, de modo que a representação em
face de deputado federal pode ser requerida por deputados, comissões e cidadãos em geral.
Partidos políticos com representação no Congresso Nacional também poderão encaminhar
representação à Mesa Diretora, que a enviará diretamente ao Conselho de Ética.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados desempenha, então,
um papel fundamental no cumprimento dos preceitos elencados pelo Código de Ética e
Decoro Parlamentar. Suas responsabilidades são direcionadas para garantir a preservação
da garantia do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados e promover a observância
das normas éticas.
Em primeiro lugar, cabe ao Conselho de Ética zelar pela observância dos preceitos do
Código, visando assegurar a integridade e o respeito ao mandato parlamentar. Sua atuação
é conduzida para a manutenção de um ambiente político que valoriza a ética e a conduta
adequada dos parlamentares.
Além disso, o Conselho tem a competência de processar os acusados nos casos em que
houver violação das normas do Código de Ética. Essa responsabilidade inclui a análise das
denúncias e a condução do devido processo legal, respeitando os direitos e as garantias
individuais dos envolvidos.

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Outra consideração do Conselho é a instauração do processo disciplinar e a realização


de todos os atos necessários para a instrução desse processo, seguindo os termos previstos
no Código. Isso implica investigar, ouvir testemunhas, colher provas e produzir um relatório
conclusivo com base nos fatos apurados.
Por fim, o Conselho de Ética também tem o papel de responder às consultas feitas pela
Mesa, comissões, partidos políticos ou deputados sobre assuntos relacionados ao processo
político disciplinar. Essa função contribui para esclarecer dúvidas e fornecer orientações
sobre os procedimentos e as diretrizes a serem seguidos no âmbito do Conselho.
Em suma, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados exerce
um papel central na garantia da conduta ética e no respeito às normas parlamentares. Sua
atuação abrange desde a preservação da garantia do mandato parlamentar até a condução
de processos disciplinares, visando assegurar a integridade e o bom funcionamento da
atividade legislativa.

001. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Acerca do Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados (CEDP/CD), julgue o item.
Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar instaurar o processo disciplinar,
proceder aos atos necessários à sua instrução e aplicar as penalidades de suspensão e
perda do exercício de mandato.

Sim, compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar instaurar o processo disciplinar,


proceder aos atos necessários à sua instrução. Mas, cuidado, a aplicação das penalidades de
suspensão temporária do exercício do mandato e de perda do mandato são de competência
do Plenário da Câmara dos Deputados.
Dispositivo: art. 6º, III, c/c art. 14 do CEDP/CD.
Errado.

Art. 7º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar compõe-se de 21 (vinte e um) membros titulares
e igual número de suplentes, todos com mandato de 2 (dois) anos, com exercício até a posse
dos novos integrantes, salvo na última sessão legislativa da legislatura, cujo encerramento fará
cessar os mandatos no Conselho. (Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º Durante o exercício do mandato de membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,
o Deputado não poderá ser afastado de sua vaga no colegiado, salvo por término do mandato,
renúncia, falecimento ou perda de mandato no colegiado, não se aplicando aos membros do
colegiado as disposições constantes do parágrafo único do art. 23, do § 2º do art. 40 e do art. 232
do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. (Parágrafo com redação dada pela Resolução
n. 2, de 2011)

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§ 2º Não poderá ser membro do Conselho o Deputado: (Parágrafo com redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)
I – submetido a processo disciplinar em curso, por ato atentatório ou incompatível com o decoro
parlamentar; (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
II – que tenha recebido, na legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas
regimentais ou de suspensão do exercício do mandato, da qual se tenha o competente registro
nos anais ou arquivos da Casa; (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
III – que esteja no exercício do mandato na condição de suplente convocado em substituição ao
titular; (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
IV – condenado em processo criminal por decisão de órgão jurisdicional colegiado, ainda que a
sentença condenatória não tenha transitado em julgado. (Inciso acrescido pela Resolução n. 2,
de 2011)
§ 3º A representação numérica de cada partido e bloco parlamentar atenderá ao princípio da
proporcionalidade partidária, assegurada a representação, sempre que possível, de todos os
partidos políticos em funcionamento na Câmara dos Deputados, na conformidade do disposto
no caput do art. 9º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. (Parágrafo com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 4º No início de cada sessão legislativa, observado o que dispõe o caput do art. 26 do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados e as vedações a que se refere o § 2º deste artigo, os líderes
comunicarão ao Presidente da Câmara dos Deputados, na forma do art. 28 do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados, os Deputados que integrarão o Conselho representando cada partido
ou bloco parlamentar. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 5º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá 1 (um) Presidente e 2 (dois) Vice-Presidentes,
eleitos por seus pares dentre os membros titulares, vedada a reeleição para o mesmo cargo na
eleição subsequente. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 6º A vaga no Conselho verificar-se-á em virtude de término do mandato, renúncia, falecimento ou
perda do mandato no colegiado, neste último caso quando o membro titular deixar de comparecer
a 5 (cinco) reuniões consecutivas ou, intercaladamente, a 1/3 (um terço) das reuniões durante a
sessão legislativa, salvo motivo de força maior justificado por escrito ao Presidente do Conselho,
a quem caberá declarar a perda do mandato. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 7º A instauração de processo disciplinar no âmbito do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
em face de um de seus membros, com prova inequívoca da acusação, constitui causa para o seu
imediato afastamento da função, a ser aplicado de ofício pelo Presidente do Conselho, devendo
perdurar até decisão final sobre o caso. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ÉTICA


O Conselho é composto por:
• 21 (vinte e um) membros titulares e igual número de suplentes;
• com mandato de dois anos, com exercício até a posse dos novos integrantes, salvo na
última sessão legislativa da legislatura, cujo encerramento fará cessar os mandatos
no Conselho.

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O § 1º do artigo 7º dispõe que durante o período em que um deputado exerce o cargo


de membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, ele não poderá ser removido de
sua posição no colegiado, a menos que ocorra término do mandato, renúncia, falecimento
ou perda do mandato no colegiado.
É importante ressaltar que as disposições contidas no parágrafo único do artigo 23, no
parágrafo 2º do artigo 40 e no artigo 232 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados
não se aplicam aos membros do conselho. Em outras palavras, os membros do Conselho de
Ética e Decoro Parlamentar possuem uma estabilidade em sua posição durante o exercício
de suas funções, garantindo a continuidade e a imparcialidade dos processos disciplinares
conduzidos pelo colegiado.

O parágrafo 2º do artigo 7º estabelece que não poderá ser membro do Conselho o deputado:

Não poderá ser membro do Conselho o deputado:


I – submetido a processo disciplinar em curso, por ato atentatório ou incompatível com
o decoro parlamentar;
II – que tenha recebido, na legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas
regimentais ou de suspensão do exercício do mandato, da qual se tenha o competente
registro nos anais ou arquivos da Casa;
III – que esteja no exercício do mandato na condição de suplente convocado em substituição
ao titular;
IV – condenado em processo criminal por decisão de órgão jurisdicional colegiado, ainda
que a sentença condenatória não tenha transitado em julgado.

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PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE PARTIDÁRIA


O § 3º do artigo 7º fala do princípio da proporcionalidade partidária dado que a
representação numérica de cada partido e bloco parlamentar na Câmara dos Deputados é
regida por esse princípio, o qual busca garantir que a composição da Câmara seja proporcional
à representatividade dos partidos políticos em funcionamento. É assegurada, sempre que
possível, a presença de todos os partidos políticos na Câmara.
A proporcionalidade partidária visa promover a pluralidade e a diversidade política, garantindo
que as diferentes correntes ideológicas e interesses sejam representados de maneira justa
no âmbito legislativo. Dessa forma, a composição da Câmara dos Deputados busca refletir,
na medida do possível, a vontade e o apoio dos cidadãos que elegeram seus representantes.
Ao assegurar a representação de todos os partidos políticos em funcionamento, o
princípio da proporcionalidade busca evitar que certas agremiações sejam excluídas ou
marginalizadas no processo político. Isso contribui para uma democracia mais inclusiva e
representativa, fortalecendo a tramitação das decisões tomadas na Câmara dos Deputados.
Assim, o princípio da proporcionalidade partidária é uma diretriz importante na estruturação do
sistema político e legislativo do país. Ao garantir a representação adequada de cada partido e bloco
parlamentar, busca-se criar um ambiente que promova o debate democrático, a negociação e a
busca por consensos, refletindo os diferentes interesses e perspectivas da sociedade como um todo.
Dispõe ainda o CEDP/CD que, no início de cada sessão legislativa, os líderes comunicarão ao
Presidente da Câmara dos Deputados, os deputados que integrarão o Conselho, representando
cada partido ou bloco parlamentar.
E o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá:
• 1 (um) presidente e
• 2 (dois) vice-presidentes.
Eles serão eleitos por seus pares dentre os membros titulares, vedada a reeleição para
o mesmo cargo na eleição subsequente.

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O § 6º do artigo 7º, por sua vez, trata acerca das vagas no Conselho de Ética.
A vaga no Conselho se dará em virtude de:
• término do mandato,
• renúncia;
• falecimento ou
• perda do mandato no colegiado, neste caso, quando o membro titular deixar de
comparecer a 5 (cinco) reuniões consecutivas ou intercaladamente a 1/3 (um terço)
das reuniões durante a sessão legislativa, salvo motivo de força maior justificado
por escrito ao Presidente do Conselho, a quem caberá declarar a perda do mandato.
Por fim, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, caso haja prova incontestável de uma
acusação contra um de seus membros, a instauração de um processo disciplinar resultará em seu
afastamento imediato da função. Essa medida será aplicada automaticamente pelo Presidente
do Conselho e permanecerá em vigor até que uma decisão final seja tomada em relação ao caso.
O afastamento é uma medida cautelosa adotada para preservar a integridade e a
imparcialidade do processo disciplinar, bem como para garantir a confiança e a segurança
das deliberações do Conselho. Ao afastar o membro acusado, evita-se que sua participação
no colegiado possa influenciar a apuração dos fatos e o andamento do processo.
O afastamento é uma ação temporária e vigorará até que uma decisão final seja proferida
no caso em questão. Durante esse período, o membro acusado fica impedido de exercer
suas funções no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar a fim de garantir a imparcialidade
das decisões e a isenção nas deliberações do colegiado.
Por fim, ao estabelecer o afastamento imediato do membro acusado com provas
incontestáveis, o Conselho busca assegurar a seriedade e a transparência de suas ações,
promovendo a aplicação adequada das normas de decoro parlamentar.

Art. 8º A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovará regulamento específico


para disciplinar o funcionamento e a organização dos trabalhos do Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar. (Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar poderá oferecer à apreciação da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania proposta de reformulação do regulamento mencionado
no caput e de eventuais alterações posteriores que se fizerem necessárias ao exercício de sua
competência. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
poderão deliberar no período de recesso parlamentar, desde que matéria de sua competência
tenha sido incluída na pauta de convocação extraordinária do Congresso Nacional, nos termos do
§ 7º do art. 57 da Constituição Federal. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 3º Os prazos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contar-se-ão em dias úteis, inclusive
em se tratando de recurso ou pedido de vista, ficando suspensos no recesso, salvo na hipótese
de inclusão de matéria de sua competência na pauta de convocação.

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A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania é responsável por aprovar um


regulamento específico que irá disciplinar o funcionamento e a organização dos trabalhos
do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Esse regulamento estabelece normas para
garantir a eficiência e a transparência das atividades do conselho.
Além disso, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar tem a prerrogativa de apresentar
propostas à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para reformular o regulamento
mencionado acima, bem como propor alterações futuras necessárias para o exercício de
suas competências. Essa possibilidade permite que o conselho contribua para aprimorar
as regras que orientam seu funcionamento, adaptando-as às demandas e às necessidades
do momento.
Tanto a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto o Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar podem deliberar durante o período de recesso parlamentar, desde que
a matéria de sua competência tenha sido incluída na pauta de convocação extraordinária do
Congresso Nacional, conforme previsto no § 7º do artigo 57 da Constituição Federal. Essa
possibilidade permite que questões urgentes sejam tratadas mesmo durante o período em
que o Congresso não esteja em pleno funcionamento regular.
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a
17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
50, de 2006)
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente,
quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado
Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I – inaugurar a sessão legislativa;
II – elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
III – receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
IV – conhecer do veto e sobre ele deliberar.
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no
primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subsequente. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 50, de 2006)
§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais
cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos
Deputados e no Senado Federal.
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 50, de 2006)
I – pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de
intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;

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II – pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse
público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada
uma das Casas do Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 50, de 2006)
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria
para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela
indenizatória, em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 50, de 2006)
§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso
Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.

PRAZOS DO CONSELHO DE ÉTICA


Quanto aos prazos para as atividades do Conselho de Ética e Decoro de recurso ou pedido
de vista, durante o recesso parlamentar, esses prazos são suspensos, exceto nos casos em
que a matéria de competência do conselho tenha sido incluída na pauta de convocação
extraordinária, conforme estabelecido no parágrafo 2º. Essa medida visa satisfazer o
andamento dos processos disciplinares à realidade do calendário parlamentar, garantindo
a continuidade dos trabalhos de forma adequada.
Essas disposições trazidas pelos parágrafos citados prezam pela organização, pela
eficiência e pela flexibilidade dos trabalhos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,
assegurando que suas atividades sejam conduzidas de forma transparente, dentro dos
prazos estipulados e em consonância com as normas e diretrizes estabelecidas.

Capítulo IV
Das Penalidades Aplicáveis e do Processo Disciplinar
Neste capítulo, o Código trata, de forma detalhada, acerca das penalidades aplicáveis. No
início da aula, citamos quais são os tipos e suas condutas aplicáveis. Vamos agora entender
como são as tratativas.
Art. 9º As representações relacionadas com o decoro parlamentar deverão ser feitas diretamente à
Mesa da Câmara dos Deputados. (Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para requerer à Mesa da Câmara dos Deputados
representação em face de Deputado que tenha incorrido em conduta incompatível ou atentatória
ao decoro parlamentar, especificando os fatos e as respectivas provas. (Parágrafo acrescido
pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º Recebido o requerimento de representação com fundamento no § 1º, a Mesa instaurará
procedimento destinado a apreciá-lo, na forma e no prazo previstos em regulamento próprio,
findo o qual, se concluir pela existência de indícios suficientes e pela inocorrência de inépcia:
(Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
I – encaminhará a representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no prazo de 3 (três)
sessões ordinárias, quando se tratar de conduta punível com as sanções previstas nos incisos II,
III e IV do art. 10; ou (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

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II – adotará o procedimento previsto no art. 11 ou 12, em se tratando de conduta punível com


a sanção prevista no inciso I do art. 10. (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 3º A representação subscrita por partido político representado no Congresso Nacional, nos
termos do § 2º do art. 55 da Constituição Federal, será encaminhada diretamente pela Mesa da
Câmara dos Deputados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no prazo a que se refere o
inciso I do § 2º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 4º O Corregedor da Câmara dos Deputados poderá participar de todas as fases do processo no
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, inclusive das discussões, sem direito a voto. (Parágrafo
acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 5º O Deputado representado deverá ser intimado de todos os atos praticados pelo Conselho
e poderá manifestar-se em todas as fases do processo. (Parágrafo acrescido pela Resolução n.
2, de 2011)

A quem deverá ser direcionada a representação?

As denúncias relacionadas ao decoro parlamentar devem ser encaminhadas diretamente


à Mesa da Câmara dos Deputados.

Quem pode representar em face de deputado?

Qualquer indivíduo tem o direito de solicitar à Mesa da Câmara dos Deputados que
sejam tomadas medidas disciplinares contra um Deputado que tenha cometido conduta
incompatível ou prejudicial ao decoro parlamentar, fornecendo detalhadamente os fatos
e as evidências pertinentes.

TRATATIVAS
Uma vez tendo a Mesa recebido o requerimento de representação, ela instaurará
procedimento destinado a apreciá-lo na forma e no prazo previstos em regulamento próprio.
Findo esse prazo, se concluir pela existência de indícios suficientes e pela inocorrência
de inépcia:
I – encaminhará a representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no prazo de
3 (três) sessões ordinárias, quando se tratar de conduta punível com as sanções: suspensão
de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses; suspensão do exercício do mandato
por até 6 (seis) meses; perda de mandato.
ou
II – adotará o procedimento previsto para censura verbal ou escrita, em se tratando de
conduta punível dessa maneira.

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O § 3º do artigo 9º dispõe:
A representação subscrita por partido político representado no Congresso Nacional,
nos termos do § 2º do art. 55 da Constituição Federal, será encaminhada diretamente pela
Mesa da Câmara dos Deputados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no prazo a que
se refere o inciso I do § 2º.
A representação subscrita por um partido político é um instrumento pelo qual esse
partido manifesta sua posição em relação à determinada conduta de um parlamentar que
pode violar as normas de ética e decoro parlamentar.
Ao encaminhar diretamente essa representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,
a Mesa da Câmara dos Deputados garante que a denúncia seja devidamente apreciada pelo
órgão competente.
O prazo mencionado no texto estabelece um limite temporal para o encaminhamento
da representação, assegurando que a análise do caso seja feita de maneira ágil e eficiente.
Dessa forma, a Mesa da Câmara dos Deputados tem a responsabilidade de enviar uma
representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar dentro desse prazo estipulado.
Essa medida visa garantir que as questões relacionadas à ética e ao decoro parlamentar
sejam tratadas de forma adequada e que as denúncias sejam devidamente apreciadas pelo
órgão competente.
Ao encaminhar a representação diretamente ao Conselho, promove-se a imparcialidade
e a isenção na análise dos casos, permitindo que sejam tomadas as medidas necessárias
para a preservação dos princípios éticos e do bom funcionamento do Congresso Nacional.
Ainda, o corregedor da Câmara dos Deputados tem permissão para participar de todas
as etapas do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, inclusive nas discussões,
sem direito a voto.
E o deputado que está sendo representado deve ser notificado de todas as ações
realizadas pelo Conselho e tem o direito de se manifestar em todas as fases do processo.

Art. 10. São as seguintes as penalidades aplicáveis por conduta atentatória ou incompatível
com o decoro parlamentar: (Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
I – censura, verbal ou escrita; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
II – suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses; (Inciso com redação dada
pela Resolução n. 2, de 2011)
III – suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses; (Inciso com redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)
IV – perda de mandato. (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º Na aplicação de qualquer sanção disciplinar prevista neste artigo serão considerados a
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a Câmara
dos Deputados e para o Congresso Nacional, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes do infrator. (Parágrafo único transformado em § 1º e com nova redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)

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§ 2º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidirá ou se manifestará, conforme o caso, pela


aplicação da penalidade requerida na representação tida como procedente e pela aplicação de
cominação mais grave ou, ainda, de cominação menos grave, conforme os fatos efetivamente
apurados no processo disciplinar. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 3º Sem prejuízo da aplicação das penas descritas neste artigo, deverão ser integralmente
ressarcidas ao erário as vantagens indevidas provenientes de recursos públicos utilizados em
desconformidade com os preceitos deste Código, na forma de Ato da Mesa. (Parágrafo acrescido
pela Resolução n. 2, de 2011)

PENALIDADES CABÍVEIS

Quais são as penalidades?

As seguintes penalidades serão aplicáveis por conduta atentatória ou incompatível com


o decoro parlamentar:
I – censura, verbal ou escrita;
II – suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses;
III – suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses;
IV – perda de mandato.
Considerações para a aplicação da sanção disciplinar:
Na aplicação de qualquer sanção disciplinar prevista, serão considerados os
seguintes aspectos:
• natureza e gravidade da infração cometida:
− danos à Câmara dos Deputados e ao Congresso Nacional;
− circunstâncias agravantes ou atenuantes;
− antecedentes do infrator.
• decisões e manifestações do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar:
− o Conselho de Ética decidirá ou se manifestará pela aplicação da penalidade re-
querida na representação procedente;
− e pela aplicação de cominação mais grave ou menos grave, conforme os fatos apurados.
• ressarcimento das vantagens ilimitadas provenientes de recursos públicos:
− deverão ser integralmente ressarcidas ao erário;
− utilização em desconformidade com os preceitos do Código;
− será na forma de Ato da Mesa.
Art. 11. A censura verbal será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, em sessão,
ou de Comissão, durante suas reuniões, ao Deputado que incidir nas condutas descritas nos
incisos I e II do art. 5º.
Parágrafo único. Contra a aplicação da penalidade prevista neste artigo, poderá o Deputado
recorrer ao respectivo Plenário no prazo de 2 (dois) dias úteis. (Artigo com redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)

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Censura verbal:
• Aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, em sessão, ou de comissão,
durante suas reuniões.
• Aplicável ao deputado que cometer condutas descritas nos incisos I e II do art. 5º.
• Recurso contra a penalidade
− O deputado pode recorrer ao respectivo Plenário.
− Prazo para recurso: 2 (dois) dias úteis.

Art. 12. A censura escrita será aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido, nos casos de
incidência nas condutas previstas no inciso III do art. 5º ou, por solicitação do Presidente da
Câmara dos Deputados ou de Comissão, nos casos de reincidência nas condutas referidas no
art. 11. (Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º Antes de deliberar sobre a aplicação da sanção a que se refere o caput a Mesa assegurará ao
Deputado o exercício do direito de defesa pelo prazo de 5 (cinco) dias úteis. (Parágrafo acrescido
pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º Contra a aplicação da penalidade prevista neste artigo, poderá o Deputado recorrer ao
Plenário da Câmara dos Deputados no prazo de 2 (dois) dias úteis. (Parágrafo acrescido pela
Resolução n. 2, de 2011)

Censura escrita:
• Aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido.
• Aplicável nos casos de incidência nas condutas previstas no inciso III do art. 5º.
• Também aplicável por solicitação do presidente da Câmara dos Deputados ou da
comissão nos casos de reincidência nas condutas mencionadas no art. 11.
• Direito de defesa
− Antes de deliberar sobre a aplicação da sanção, a Mesa assegurará ao deputado o
exercício do direito de defesa.
− Prazo para exercício do direito de defesa: 5 (cinco) dias úteis.
• Recurso
− O deputado pode recorrer ao Plenário da Câmara dos Deputados.
− Prazo para recurso: 2 (dois) dias úteis.

Art. 13. O projeto de resolução oferecido pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que
proponha a suspensão de prerrogativas regimentais, aplicável ao Deputado que incidir nas
condutas previstas nos incisos VI a VIII do art. 5º deste Código, será apreciado pelo Plenário da
Câmara dos Deputados, em votação ostensiva e por maioria absoluta de seus membros, observado
o seguinte: (Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 47, de 2013)
I – instaurado o processo, o Presidente do Conselho designará relator, a ser escolhido dentre os
integrantes de uma lista composta por 3 (três) de seus membros, formada mediante sorteio, o
qual: (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
a) não poderá pertencer ao mesmo Partido ou Bloco Parlamentar do Deputado representado;
(Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)

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b) não poderá pertencer ao mesmo Estado do Deputado representado; (Alínea acrescida pela
Resolução n. 2, de 2011)
c) em caso de representação de iniciativa de Partido Político, não poderá pertencer à agremiação
autora da representação; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
II – o Conselho promoverá a apuração dos fatos, notificando o representado para que apresente
sua defesa no prazo de 10 (dez) dias úteis e providenciando as diligências que entender necessárias
no prazo de 15 (quinze) dias úteis, prorrogáveis uma única vez, por igual período, por deliberação
do Plenário do Conselho; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
III – o Conselho aprovará, ao final da investigação, parecer que: (Inciso com redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)
a) determinará o arquivamento da representação, no caso de sua improcedência; (Alínea acrescida
pela Resolução n. 2, de 2011)
b) determinará a aplicação das sanções previstas neste artigo, no caso de ser procedente a
representação; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
c) proporá à Mesa que aplique sanção menos grave, conforme os fatos efetivamente apurados
no processo; ou (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
d) proporá à Mesa que represente em face do investigado pela aplicação de sanção mais grave,
conforme os fatos efetivamente apurados no processo, hipótese na qual, aprovada a representação,
o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar reabrirá o prazo de defesa e procederá à instrução
complementar que entender necessária, observados os prazos previstos no art. 14 deste Código,
antes de deliberar; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
IV – concluído o processo disciplinar, o representado poderá recorrer, no prazo de 5 (cinco)
dias úteis, à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, com efeito suspensivo, contra
quaisquer atos do Conselho ou de seus membros que tenham contrariado norma constitucional,
regimental ou deste Código, hipótese na qual a Comissão se pronunciará exclusivamente sobre
os vícios apontados, observando, para tanto, prazo de 5 (cinco) dias úteis; (Inciso com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
V – o parecer aprovado pelo Conselho será encaminhado pelo Presidente à Mesa, para as
providências referidas na parte final do inciso VIII do § 4º do art. 14, devidamente instruído
com o projeto de resolução destinado à efetivação da penalidade; (Inciso com redação dada
pela Resolução n. 2, de 2011)
VI – são passíveis de suspensão as seguintes prerrogativas: (Inciso com redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)
a) usar a palavra em sessão, no horário destinado ao Pequeno ou Grande Expediente; (Alínea
acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
b) encaminhar discurso para publicação no Diário da Câmara dos Deputados; (Alínea acrescida
pela Resolução n. 2, de 2011)
c) candidatar-se a, ou permanecer exercendo, cargo de membro da Mesa, da Ouvidoria Parlamentar,
da Procuradoria Parlamentar, de Presidente ou Vice-Presidente de Comissão, ou de membro de
Comissão Parlamentar de Inquérito; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
d) ser designado relator de proposição em Comissão ou no Plenário; (Alínea acrescida pela
Resolução n. 2, de 2011)

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VII – a penalidade aplicada poderá incidir sobre todas as prerrogativas referidas no inciso VI ou
apenas sobre algumas, a juízo do Conselho, que deverá fixar seu alcance tendo em conta a atuação
parlamentar pregressa do acusado, os motivos e as consequências da infração cometida; (Inciso
com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
VIII – em qualquer caso, a suspensão não poderá estender-se por mais de 6 (seis) meses.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar apresentará um projeto de resolução que


propõe a suspensão das prerrogativas regimentais cumpridas ao deputado que cometerá
as condutas descritas nos incisos VI a VIII do art. 5º do Código.
Esse projeto será submetido à votação no Plenário da Câmara dos Deputados, de forma
pública e com a aprovação da maioria absoluta de seus membros, seguindo diretrizes. Vamos
resumir o que foi dito acima.
Suspensão de prerrogativas regimentais:
• Projeto de resolução oferecido pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
• Aplicável ao deputado que incidir nas condutas previstas nos incisos VI a VIII do art.
5º do Código.
• Será apreciada pelo Plenário da Câmara dos Deputados.
• Votação ostensiva e por maioria absoluta dos membros.

Obs.: O projeto de resolução deve ser submetido ao Plenário para deliberação.


O objetivo é a suspensão das prerrogativas regimentais do deputado.

Veremos agora quais são as diretrizes a serem observadas no procedimento do Conselho


de Ética e Decoro Parlamentar para a aplicação da suspensão de prerrogativas regimentais:
como foi dito, o projeto será apreciado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, em votação
ostensiva e por maioria absoluta de seus membros, observado o seguinte:
• Instauração do processo
− O Presidente do Conselho designa um relator, escolhido por sorteio de uma lista
de 3 membros.
− O relator não pode ser do mesmo partido ou do mesmo estado do deputado re-
presentado ou pertencer à agremiação autora da representação (se iniciada por
partido político).
• Apuração dos fatos
− O Conselho investiga os fatos, notificando o representado para apresentar sua
defesa em até 10 dias úteis.
− O Conselho realiza diligências necessárias em até 15 dias úteis (prorrogáveis uma
​​
vez pelo mesmo período).

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• Parecer do Conselho – ao final da investigação, o Conselho aprova um parecer que pode:


− determinar o arquivamento da representação se for improcedente.
− aplicar a garantia no artigo se for o procedimento.
− propor à Mesa que aplique uma sanção menos grave, conforme os fatos apurados.
− propor à Mesa que represente o investigado para aplicação de uma sanção mais
grave, em caso de aprovação da representação, reabrindo o prazo de defesa e
cumprindo uma instrução complementar.
• Recurso do representado
− Concluído o processo disciplinar, o representado pode relatar, em 5 dias úteis, à
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, com efeito suspensivo, contra
atos do Conselho que violem normas constitucionais, regimentais ou do Código.
• Encaminhamento do parecer
− O parecer aprovado pelo Conselho é enviado pelo Presidente à Mesa, junto com o
projeto de resolução para efetivação dos débitos.
• Suspensão de prerrogativas – pode afetar:
− uso da palavra em sessão, no horário do Pequeno ou do Grande Expediente.
− encaminhamento de discurso para publicação no Diário da Câmara dos Deputados.
− candidatura ou permanência em cargos da Mesa, ouvidoria parlamentar, procu-
radoria parlamentar, presidência ou vice-presidência de comissão ou membro de
Comissão Parlamentar de Inquérito.
− designação como relator de proposição em comissão ou no Plenário.
• Abrangência da penalidade
− O Conselho decidirá se a suspensão incidirá sobre todas as prerrogativas men-
cionadas ou apenas algumas, levando em consideração a atuação parlamentar
pregressa, motivos e consequências da infração cometida.
• Limite de suspensão
− Em qualquer caso, a suspensão não pode exceder 6 meses.

Art. 14. A aplicação das penalidades de suspensão do exercício do mandato por no máximo 6
(seis) meses e de perda do mandato é de competência do Plenário da Câmara dos Deputados,
que deliberará em votação ostensiva e por maioria absoluta de seus membros, em virtude de
provocação da Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, após a conclusão
de processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, na forma deste
artigo. (Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 47, de 2013)
§ 1º Será punido com a suspensão do exercício do mandato e de todas as suas prerrogativas
regimentais o Deputado que incidir nas condutas previstas nos incisos IV, V, IX e X do art. 5º.
(Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º Na hipótese de suspensão do exercício do mandato superior a 120 (cento e vinte) dias, o
suplente do parlamentar suspenso será convocado imediatamente após a publicação da resolução
que decretar a sanção. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

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§ 3º Será punido com a perda do mandato o Deputado que incidir nas condutas previstas no art.
4º. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 4º Recebida representação nos termos deste artigo, o Conselho observará o seguinte
procedimento: (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
I – o Presidente do Conselho designará o relator do processo, observadas as condições estabelecidas
no inciso I do art. 13 deste Código; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
II – se a representação não for considerada inepta ou carente de justa causa pelo Plenário
do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, mediante provocação do relator designado, será
remetida cópia de seu inteiro teor ao Deputado acusado, que terá o prazo de 10 (dez) dias úteis
para apresentar sua defesa escrita, indicar provas e arrolar testemunhas, em número máximo
de 8 (oito); (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
III – o pronunciamento do Conselho pela inépcia ou falta de justa causa da representação,
admitido apenas na hipótese de representação de autoria de Partido Político, nos termos do §
3º do art. 9º, será terminativo, salvo se houver recurso ao Plenário da Casa, subscrito por 1/10
(um décimo) de seus membros, observado, no que couber, o art. 58 do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
IV – apresentada a defesa, o relator da matéria procederá às diligências e à instrução probatória
que entender necessárias no prazo improrrogável de 40 (quarenta) dias úteis, no caso de perda de
mandato, e 30 (trinta) dias úteis, no caso de suspensão temporária de mandato, findas as quais
proferirá parecer no prazo de 10 (dez) dias úteis, concluindo pela procedência total ou parcial da
representação ou pela sua improcedência, oferecendo, nas 2 (duas) primeiras hipóteses, projeto
de resolução destinado à declaração da perda do mandato ou à cominação da suspensão do
exercício do mandato ou, ainda, propondo a requalificação da conduta punível e da penalidade
cabível, com o encaminhamento do processo à autoridade ou órgão competente, conforme os
arts. 11 a 13 deste Código; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
V – a rejeição do parecer originariamente apresentado obriga à designação de novo relator,
preferencialmente entre aqueles que, durante a discussão da matéria, tenham se manifestado
contrariamente à posição do primeiro; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
VI – será aberta a discussão e nominal a votação do parecer do relator proferido nos termos
deste artigo; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
VII – concluído o processo disciplinar, o representado poderá recorrer, no prazo de 5 (cinco)
dias úteis, à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, com efeito suspensivo, contra
quaisquer atos do Conselho ou de seus membros que tenham contrariado norma constitucional,
regimental ou deste Código, hipótese na qual a Comissão se pronunciará exclusivamente sobre
os vícios apontados, observando, para tanto, prazo de 5 (cinco) dias úteis; (Inciso com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
VIII – concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou na Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, na hipótese de interposição do recurso a que se refere
o inciso VII, o processo será encaminhado à Mesa e, uma vez lido no expediente, publicado e
distribuído em avulsos para inclusão na Ordem do Dia. (Inciso com redação dada pela Resolução
n. 2, de 2011)
§ 5º A partir da instauração de processo ético-disciplinar, nas hipóteses de que tratam os arts.
13 e 14, não poderá ser retirada a representação oferecida pela parte legítima.

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Aplicação das penalidades de suspensão do exercício do mandato por no máximo 6


(seis) meses e perda do mandato:
• Penalidades
− Suspensão do exercício do mandato por no máximo 6 meses;
− Perda do mandato.
• Competência para aplicação das penalidades
− Plenário da Câmara dos Deputados.
• Deliberação
− Votação ostensiva;
− Maioria absoluta dos membros do Plenário.
• Condições para deliberação
− Provocação da Mesa da Câmara dos Deputados;
− Provocação de partido político representado no Congresso Nacional.
• Processo disciplinar
− Instaurado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
• Procedimentos
− Conclusão do processo disciplinar;
− Competência do Plenário para deliberação após conclusão do processo.
• Na hipótese de suspensão do exercício do mandato superior a 120 (cento e vinte)
dias, o suplente do parlamentar suspenso será convocado imediatamente após a
publicação da resolução que decretar a sanção.
• O § 1º do artigo 10 dispõe que será punido com a suspensão do exercício do mandato
e de todas as suas prerrogativas regimentais o deputado que incidir nas condutas
previstas nos incisos IV, V, IX e X do art. 5º, para te lembrar quais são:
− usar os poderes e prerrogativas do cargo para constranger ou aliciar servidor, co-
lega ou qualquer pessoa sobre a qual exerça ascendência hierárquica, com o fim
de obter qualquer espécie de favorecimento;
− revelar conteúdo de debates ou deliberações que a Câmara dos Deputados ou
Comissão hajam resolvido que devam ficar secretos;
− fraudar, por qualquer meio ou forma, o registro de presença às sessões ou às re-
uniões de Comissão.
− deixar de observar intencionalmente os deveres fundamentais do deputado, pre-
vistos no art. 3º do Código.
• O procedimento estabelecido pelo § 4º do artigo 14 consiste em etapas. Assim,
recebida a representação nos termos desse artigo, o Conselho observará o seguinte
procedimento:
I – Designação do relator do processo pelo Presidente do Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar, levando em consideração as condições estabelecidas no inciso I do art.
13 do Código.

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II – Verificação pelo Plenário do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para determinar


se a representação é inepta ou carente de justa causa. Caso não seja considerada
inepta ou carente de justa causa, o relator designado envia uma cópia integral da
representação ao deputado acusado.
III – O Conselho emite um pronunciamento sobre a inépcia ou falta de justa causa da
representação, sendo esse pronunciamento terminativo, exceto se houver recurso ao
Plenário da Casa, subscrito por 1/10 dos membros, seguindo as disposições do art.
58 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Esse recurso é admitido apenas
para representações de autoria de partido político, conforme o § 3º do art. 9º.
IV – O deputado acusado tem o prazo de 10 (dez) dias úteis para apresentar sua
defesa escrita, indicar provas e arrolar testemunhas, sendo o relator responsável
por conduzir as diligências e a instrução probatória necessárias. O relator tem o
prazo improrrogável de 40 (quarenta) dias úteis, no caso de perda de mandato, e
30 (trinta) dias úteis, no caso de suspensão temporária de mandato, para proferir
parecer conclusivo.
V – Caso o parecer originariamente apresentado seja rejeitado, é necessária a
designação de um novo relator, preferencialmente entre aqueles que se manifestaram
contrariamente à posição do primeiro durante a discussão da matéria.
VI – Abertura da discussão e votação nominal do parecer do relator de acordo com
os termos estabelecidos no artigo.
VII – Após a conclusão do processo disciplinar, o deputado acusado pode recorrer, no
prazo de 5 (cinco) dias úteis, à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania,
com efeito suspensivo, contra quaisquer atos do Conselho ou de seus membros
que tenham contrariado norma constitucional, regimental ou do próprio Código. A
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronunciará exclusivamente
sobre os vícios apontados, dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis.
VIII – Concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou na
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, no caso de interposição do
recurso mencionado no inciso VII, o processo será encaminhado à Mesa da Câmara
dos Deputados. Após ser lido no expediente, o processo será publicado e distribuído
em avulsos para inclusão na Ordem do Dia.

Obs.: A partir da instauração de processo ético-disciplinar, nas hipóteses de que tratam os


arts. 13 e 14, não poderá ser retirada a representação oferecida pela parte legítima.

Art. 15. É facultado ao Deputado, em qualquer caso, em todas as fases do processo de que
tratam os arts. 13 e 14, inclusive no Plenário da Câmara dos Deputados, constituir advogado
para sua defesa ou fazê-la pessoalmente ou por intermédio do parlamentar que indicar, desde
que não integrante do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

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CÓDIGO DE ÉTICA
Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
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Parágrafo único. Quando a representação ou requerimento de representação contra Deputado for


considerado leviano ou ofensivo à sua imagem, bem como à imagem da Câmara dos Deputados,
os autos do processo respectivo serão encaminhados à Procuradoria Parlamentar para as
providências reparadoras de sua alçada, nos termos do art. 21 do Regimento Interno da Câmara
dos Deputados. (Artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

• Direito de defesa do deputado:


− O deputado pode fazer pessoalmente;
− Pode fazer por advogado;
− O parlamentar escolhido para a defesa não pode ser integrante do Conselho de
Ética.
• Representação leviana ou ofensiva – se a representação ou o requerimento de
representação contra o deputado for considerado leviano ou ofensivo à sua imagem
e à imagem da Câmara dos Deputados:
− os autos do processo serão encaminhados à Procuradoria Parlamentar para
providências.

Art. 16. Os processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos
Deputados não poderão exceder o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deliberação pelo Conselho
ou pelo Plenário da Câmara dos Deputados, conforme o caso, na hipótese das penalidades previstas
nos incisos II e III do art. 10. (Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º O prazo para deliberação do Plenário sobre os processos que concluírem pela perda do
mandato, conforme o inciso IV do art. 10, não poderá exceder 90 (noventa) dias úteis. (Parágrafo
com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º Recebido o processo nos termos do inciso V do art. 13 ou do inciso VIII do § 4º do art. 14,
lido no expediente, publicado e distribuído em avulsos, a Mesa terá o prazo improrrogável de 2
(duas) sessões ordinárias para incluí-lo na pauta da Ordem do Dia.
(Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 3º Esgotados os prazos previstos no caput e no § 1º deste artigo: (Parágrafo acrescido pela
Resolução n. 2, de 2011)
I – se o processo se encontrar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,
concluída sua instrução, passará a sobrestar imediatamente a pauta do Conselho; (Inciso
acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
II – se o processo se encontrar na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para fins
de apreciação do recurso previsto no inciso IV do art. 13 e no inciso VII do § 4º do art. 14, passará
a sobrestar imediatamente a pauta da Comissão; (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
III – uma vez cumprido o disposto no § 2º, a representação figurará com preferência sobre os
demais itens da Ordem do Dia de todas as sessões de1iberativas até que se ultime sua apreciação.
(Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

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§ 4º A inobservância pelo relator dos prazos previstos nos arts. 13 e 14 autoriza o Presidente a
avocar a relatoria do processo ou a designar relator substituto, observadas as
condições previstas nas alíneas a a c do inciso I do art. 13, sendo que: (Parágrafo acrescido
pela Resolução n. 2, de 2011)
I – se a instrução do processo estiver pendente, o novo relator deverá conclui-la em até 5 (cinco)
dias úteis; (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
II – se a instrução houver sido concluída, o parecer deverá ser apresentado ao Conse1ho em até
5 (cinco) dias úteis. (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

• O artigo 16 estabelece prazos para a deliberação dos processos ético-disciplinares


pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.
− Os processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara
dos Deputados têm um prazo máximo de 60 dias úteis para deliberação pelo Con-
selho ou pelo Plenário da Câmara dos Deputados, dependendo do caso.
− Esse prazo se aplica às penalidades dos incisos II e III do art. 10.
• Prazo para deliberação do Plenário em caso de perda do mandato
− Nos processos que concluírem pela perda do mandato, conforme o inciso IV do art.
10, o prazo para deliberação do Plenário não pode exceder 90 dias úteis.
• Prazo para inclusão na Ordem do Dia
− Após receber o processo nos termos do inciso V do art. 13 ou do inciso VIII do §
4º do art. 14, a Mesa tem um prazo improrrogável de 2 sessões ordinárias para
incluí-lo na pauta da Ordem do Dia.
− O processo deve ser lido no expediente, publicado e distribuído em avulsos antes
de ser incluído na pauta da Ordem do Dia.
• Esgotados os prazos previstos acima:
I – Caso o processo esteja em tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e
sua instrução tenha sido concluída, a pauta do Conselho será imediatamente suspensa
(sobrestada) até a conclusão da apreciação desse processo específico.
II – Se o processo estiver na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania,
aguardando a apreciação de um recurso mencionado no inciso IV do art. 13 e no inciso
VII do § 4º do art. 14, a pauta da Comissão também será imediatamente suspensa
(sobrestada) até a conclusão da análise desse recurso específico.
III – Após cumprir o disposto no § 2º, ou seja, após ter sido lido no expediente,
publicado e distribuído em avulsos para inclusão na Ordem do Dia, a representação
terá prioridade sobre os demais assuntos da Ordem do Dia em todas as sessões
deliberativas, garantindo que sua apreciação seja concluída sem demora.

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É possível haver avocação ou designação?

A inobservância pelo relator dos prazos previstos nos arts. 13 e 14 do CEDP autoriza o
Presidente a avocar a relatoria do processo ou a designar relator substituto, observadas
as condições previstas, sendo que:
I – se a instrução do processo estiver pendente, o novo relator deverá conclui-la em até
5 (cinco) dias úteis;
II – se a instrução houver sido concluída, o parecer deverá ser apresentado ao Conselho
em até 5 (cinco) dias úteis.

Capítulo V
Do Sistema de Acompanhamento e Informações do Mandato Parlamentar

Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011.

Art. 17. Ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é assegurado o pleno acesso, exclusivamente
para fins de consulta, ao Sistema de Acompanhamento e Informações do Mandato Parlamentar
disponibilizado pela Secretaria-Geral da Mesa e demais sistemas ou bancos de dados existentes
ou que venham a ser criados na Câmara dos Deputados, onde constem, dentre outros, os dados
referentes:
I – ao desempenho das atividades parlamentares, e em especial sobre:
a) cargos, funções ou missões que tenha exercido no Poder Executivo, na Mesa, em Comissões
ou em nome da Casa durante o mandato;
b) número de presenças às sessões ordinárias, com percentual sobre o total;
c) número de pronunciamentos realizados nos diversos tipos de sessões da Câmara dos Deputados;
d) número de pareceres que tenha subscrito como relator;
e) relação das Comissões e Subcomissões que tenha proposto ou das quais tenha participado;
f) número de propostas de emendas à Constituição, projetos, emendas, indicações, requerimentos,
recursos, pareceres e propostas de fiscalização e controle apresentado;
g) número, destinação e objetivos de viagens oficiais ao exterior realizadas com recursos do
poder público;
h) licenças solicitadas e respectiva motivação;
i) votos dados nas proposições submetidas à apreciação, pelo sistema nominal, na legislatura;
j) outras atividades pertinentes ao mandato, cuja inclusão tenha sido requerida pelo Deputado;
II – à existência de processos em curso ou ao recebimento de penalidades disciplinares, por
infração aos preceitos deste Código.
Parágrafo único. Os dados de que trata este artigo serão armazenados por meio de sistema de
processamento eletrônico e ficarão à disposição dos cidadãos por meio da internet ou de outras
redes de comunicação similares, podendo, ainda, ser solicitados diretamente à Secretaria-Geral
da Mesa. (Artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

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O artigo 17 estabelece o acesso pleno do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aos


sistemas de informações da Câmara dos Deputados, exclusivamente para fins de consulta.
Esses sistemas e bancos de dados contêm uma série de informações relacionadas ao
mandato parlamentar, incluindo:

I – Desempenho das atividades parlamentares, com detalhes sobre:


a) Cargos, funções ou missões exercidas pelo deputado no Poder Executivo, na Mesa, em
Comissões ou em nome da Casa durante seu mandato.
b) Número de presenças em sessões ordinárias, expresso como percentual do total.
c) Número de pronunciamentos realizados em diferentes tipos de sessões da Câmara dos
Deputados.
d) Número de pareceres que o deputado tenha assinado como relator.
e) Relação das Comissões e Subcomissões das quais o deputado tenha proposto ou participado.
f) Número de propostas de emendas à Constituição, projetos, emendas, indicações,
requerimentos, recursos, pareceres e propostas de fiscalização e controle apresentados.
g) Número, finalidade e objetivos das viagens oficiais ao exterior realizadas com recursos
públicos.
h) Licenças solicitadas e sua motivação correspondente.
i) Votos registrados nas proposições submetidas à apreciação nominal durante a legislatura.
j) Outras atividades pertinentes ao mandato que tenham sido solicitadas pelo deputado.
II – Informações sobre a existência de processos em curso ou de penalidades disciplinares
recebidas pelo deputado devido a infrações aos preceitos estabelecidos neste Código.

Portanto, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar possui acesso abrangente a


essas informações, visando subsidiar suas deliberações e análises relacionadas à conduta
parlamentar.

Capítulo VI
Das Declarações Obrigatórias

Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011.

Art. 18. O Deputado apresentará à Mesa ou, no caso do inciso II deste artigo, quando couber, à
Comissão as seguintes declarações:
I – ao assumir o mandato, para efeito de posse, bem como quando solicitado pelo órgão competente
da Câmara dos Deputados, “Autorização de Acesso aos Dados das Declarações de Ajuste Anual do
Imposto de Renda Pessoa Física” e às respectivas retificações entregues à Secretaria da Receita
Federal do Brasil, para os fins de cumprimento da exigência contida no art. 13 da Lei n. 8.429,
de 2 de junho de 1992, no art. 1º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro de 1993, e da Instrução
Normativa TCU n. 65, de 20 de abril de 2011;

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II – durante o exercício do mandato, em Comissão ou em Plenário, ao iniciar-se a apreciação


de matéria que envolva direta e especificamente seus interesses patrimoniais, declaração de
impedimento para votar.
§ 1º As declarações referidas nos incisos I e II deste artigo serão autuadas, fornecendo-se
ao declarante comprovante da entrega, mediante recibo em segunda via ou cópia da mesma
declaração, com indicação do local, data e hora da apresentação.
§ 2º Uma cópia das declarações de que trata o § 1º será encaminhada ao Tribunal de Contas
da União, para os fins previstos no § 2º do art. 1º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro de 1993.
§ 3º Os dados referidos nos §§ 1º e 2º terão, na forma da Constituição Federal (art. 5º, XII), o
respectivo sigilo resguardado, podendo, no entanto, a responsabilidade por este ser transferida
para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, quando esse os solicitar, mediante aprovação
de requerimento, em votação nominal.
§ 4º Os servidores que, em razão de ofício, tiverem acesso às declarações referidas neste artigo,
ficam obrigados a resguardar e preservar o sigilo das informações nelas contidas, nos termos
do parágrafo único do art. 5º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro de 1993, e do inciso VIII do art.
116 da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990. (Artigo com redação dada pela Resolução n. 2,
de 2011)

O deputado deve apresentar à Mesa Diretora ou, quando aplicável, à comissão, as


seguintes declarações:
I – Ao assumir o mandato, para fins de posse, bem como quando solicitado pelo
órgão competente da Câmara dos Deputados, uma “Autorização de Acesso aos Dados
das Declarações de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física” e suas retificações,
entregues à Secretaria da Receita Federal do Brasil. Essa exigência visa cumprir o disposto no
art. 13 da Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992, no art. 1º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro
de 1993, e na Instrução Normativa TCU n. 65, de 20 de abril de 2011.
II – Durante o exercício do mandato, em Comissão ou no Plenário, ao iniciar-se a apreciação
de matéria que envolva diretamente e especificamente seus interesses patrimoniais, o
deputado deve fazer uma declaração de impedimento para votar.
Além disso, são estabelecidas as seguintes disposições:

§ 1º As declarações mencionadas nos incisos I e II serão protocoladas, fornecendo-se ao declarante


um comprovante de entrega, por meio de um recibo em segunda via ou cópia da mesma declaração,
contendo a indicação do local, data e hora da apresentação.
§ 2º Uma cópia das declarações mencionadas no § 1º será enviada ao Tribunal de Contas da União,
conforme previsto no § 2º do art. 1º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro de 1993.
§ 3º Os dados mencionados nos §§ 1º e 2º serão tratados com sigilo, conforme estabelecido na
Constituição Federal (art. 5º, XII). No entanto, a responsabilidade pelo sigilo poderá ser transferida
para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, mediante aprovação de requerimento em votação
nominal, quando solicitados por este órgão.

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§ 4º Os servidores que, por força de suas atribuições, tenham acesso às declarações mencionadas
neste artigo, são obrigados a preservar e manter em sigilo as informações nelas contidas, em
conformidade com o parágrafo único do art. 5º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro de 1993, e
com o inciso VIII do art. 116 da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Capítulo VII
Disposição Final

Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011.

Art. 19. Os projetos de resolução destinados a alterar este Código obedecerão às normas de
tramitação do art. 216 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, aprovado pela Resolução
n. 17, de 1989. (Artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

Os projetos de resolução que visam modificar o Código de Ética devem seguir as diretrizes
de tramitação descritas no artigo 216 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
como segue:

Art. 216. O Regimento Interno poderá ser modificado ou reformado por meio de projeto de
resolução de iniciativa de Deputado, da Mesa, de Comissão Permanente ou de Comissão Especial
para esse fim criada, em virtude de deliberação da Câmara, da qual deverá fazer parte um
membro da Mesa.
§ 1º O projeto, após publicado e distribuído em avulsos, permanecerá na Ordem do Dia durante
o prazo de cinco sessões para o recebimento de emendas.
§ 2º Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior, o projeto será enviado:
I – à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em qualquer caso;
II – à Comissão Especial que o houver elaborado, para exame das emendas recebidas;
III – à Mesa, para apreciar as emendas e o projeto.
§ 3º Os pareceres das Comissões serão emitidos no prazo de cinco sessões, quando o projeto for
de simples modificação, e de vinte sessões, quando se tratar de reforma.
§ 4º Depois de publicados os pareceres e distribuídos em avulsos, o projeto será incluído na
Ordem do Dia, em primeiro turno, que não poderá ser encerrado, mesmo por falta de oradores,
antes de transcorridas duas sessões.
§ 5º O segundo turno não poderá ser também encerrado antes de transcorridas duas sessões.
§ 6º A redação do vencido e a redação final do projeto competem à Comissão Especial que o
houver elaborado, ou à Mesa, quando de iniciativa desta, de Deputados ou Comissão Permanente.
§ 7º A apreciação do projeto de alteração ou reforma do Regimento obedecerá às normas vigentes
para os demais projetos de resolução.
§ 8º A Mesa fará a consolidação e publicação de todas as alterações introduzidas no Regimento
antes de findo cada biênio.

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JURISPRUDÊNCIA
A jurisprudência é o conjunto de decisões judiciais tomadas por tribunais superiores
ou por órgãos colegiados ao interpretar e aplicar a lei em casos concretos. Essas decisões
formam um precedente que serve como orientação para casos futuros semelhantes,
ajudando a estabelecer um entendimento consistente e uniforme do direito.
A jurisprudência desempenha um papel fundamental no sistema jurídico, fornecendo
diretrizes para a aplicação da lei e influenciando as decisões de tribunais inferiores. Ela
contribui para a segurança jurídica e a previsibilidade, garantindo uma interpretação
coerente das normas legais ao longo do tempo.
Dessa forma, a jurisprudência, em relação ao Código de Ética e Decoro Parlamentar da
Câmara dos Deputados, refere-se às decisões tomadas por órgãos competentes quando
casos de violação do Código surgem no âmbito parlamentar. Essas decisões ajudam a
estabelecer precedentes e orientações para futuros casos semelhantes.
Como estudamos, as decisões da Câmara dos Deputados relacionadas ao Código de
Ética são tomadas por meio de processos disciplinares regidos pelo Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar ou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é responsável por investigar denúncias de
quebra de ética e decoro parlamentar. Após a investigação, o Conselho emite um parecer
recomendando ou não a aplicação de penalidade ao infrator parlamentar. Em seguida, o
parecer é enviado à CCJ, que pode aceitar ou rejeitar as recomendações do Conselho.
Lembra-se que, no início de nossa aula, falamos sobre a importância de se utilizar
recursos adicionais, nos estudos do Código de Ética e Decoro Parlamentar, como materiais
de apoio que incluem jurisprudência, debates e discussões em torno do tema?
Assim, reforço aqui que é muito importante ter conhecimento acerca das decisões dos
tribunais superiores em relação ao CEDP/CD. O assunto vem sendo cobrado nas provas; em
2014, por exemplo, a banca Cespe cobrou, em uma questão objetiva, sobre o compartilhamento
de provas entre o Poder Judiciário e o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

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RESUMO
DEVERES
O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados é a norma que
estabelece os princípios éticos e as regras básicas de decoro que devem orientar a conduta
dos que estejam no exercício do cargo de deputado federal.
Imunidades, prerrogativas e franquias são mecanismos destinados à garantia do exercício
do mandato popular e à defesa do Poder Legislativo.
Vimos quais são os deveres fundamentais do deputado:

I – promover a defesa do interesse público e da soberania nacional;


II – respeitar e cumprir a Constituição Federal, as leis e as normas internas da Casa e do Congresso Nacional;
III – zelar pelo prestígio, aprimoramento e valorização das instituições democráticas e representativas e
pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
IV – exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular, agindo com boa-fé,
zelo e probidade;
V – apresentar-se à Câmara dos Deputados durante as sessões legislativas ordinárias e extraordinárias
e participar das sessões do Plenário e das reuniões de Comissão de que seja membro, além das sessões
conjuntas do Congresso Nacional;
VI – examinar todas as proposições submetidas a sua apreciação e voto sob a ótica do interesse público;
VII – tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadãos com
os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo de igual tratamento;
VIII – prestar contas do mandato à sociedade, disponibilizando as informações necessárias ao seu
acompanhamento e fiscalização;
IX – respeitar as decisões legítimas dos órgãos da Casa.

PENALIDADES
Há previsão de penalidades decorrentes de conduta atentatória ou incompatível
com o decoro parlamentar.

E quais são elas?

As seguintes penalidades serão aplicáveis por conduta atentatória ou incompatível com


o decoro parlamentar:

I – censura, verbal ou escrita;


II – suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses;
III – suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses;
IV – perda de mandato.

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Estudamos, então, sobre os atos incompatíveis com o decoro parlamentar e que são
puníveis com a perda do mandato:

I – abusar das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional


(Constituição Federal, art. 55, § 1º);
II – perceber, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício da atividade
parlamentar, vantagens indevidas (Constituição Federal, art. 55, § 1º);
III – celebrar acordo que tenha por objeto a posse do suplente, condicionando-a à
contraprestação financeira ou à prática de atos contrários aos deveres éticos ou regimentais
dos Deputados;
IV – fraudar, por qualquer meio ou forma, o regular andamento dos trabalhos legislativos
para alterar o resultado de deliberação;
V – omitir intencionalmente informação relevante ou, nas mesmas condições, prestar
informação falsa nas declarações de que trata o art. 18;
VI – praticar irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos decorrentes,
que afetem a dignidade da representação popular.

As condutas atentatórias ao decoro parlamentar são puníveis com a aplicação das


penalidades de censura, verbal ou escrita, suspensão de prerrogativas regimentais por até
6 (seis) meses e suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses e serão objeto
de apreciação mediante provas. A saber, cada uma delas:
• Censura verbal: será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, em sessão, ou
de Comissão, durante suas reuniões, ao deputado que incidir nas seguintes condutas:
− perturbar a ordem das sessões da Câmara dos Deputados ou das reuniões de
Comissão;
− praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa.
Recurso contra a aplicação da pena de censura verbal: poderá o deputado recorrer ao
respectivo Plenário no prazo de 2 (dois) dias úteis.
• Censura escrita: será aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido, nos casos de
incidência das seguintes condutas.
praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputados ou desacatar,
por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou Comissão ou os respectivos Presidentes
por solicitação do Presidente da Câmara dos Deputados ou de Comissão, nos casos de
reincidência nas condutas punidas com a censura verbal.

Também há recurso contra a aplicação da pena de censura escrita?

Sim. Contra a aplicação da penalidade de censura escrita, o deputado poderá recorrer


ao Plenário da Câmara dos Deputados também no prazo de 2 (dois) dias úteis.

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E, antes de deliberar sobre a aplicação da sanção de censura escrita, a Mesa assegurará


ao deputado o exercício do direito de defesa pelo prazo de 5 (cinco) dias úteis.
• Suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses: é aplicável ao deputado
que incidir nas seguintes condutas:
revelar informações e documentos oficiais de caráter sigiloso, de que tenha tido
conhecimento na forma regimental;
usar verbas de gabinete ou qualquer outra inerente ao exercício do cargo em desacordo
com os princípios fixados no caput do art. 37 da Constituição Federal;
relatar matéria submetida à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse
específico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento
de sua campanha eleitoral.

• Suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses: aplicável ao deputado


que incidir nas seguintes condutas:
usar os poderes e prerrogativas do cargo para constranger ou aliciar servidor, colega
ou qualquer pessoa sobre a qual exerça ascendência hierárquica, com o fim de obter
qualquer espécie de favorecimento;
revelar conteúdo de debates ou deliberações que a Câmara dos Deputados ou
Comissão hajam resolvido que devam ficar secretos;
fraudar, por qualquer meio ou forma, o registro de presença às sessões ou às reuniões
de Comissão.
deixar de observar intencionalmente os deveres fundamentais do Deputado, previstos
no art. 3º deste Código.
A aplicação dessa penalidade é de competência do Plenário da Câmara. E que, na
hipótese de suspensão do exercício do mandato superior a 120 (cento e vinte) dias, o
suplente do parlamentar suspenso será convocado imediatamente após a publicação da r
esolução que decretar a sanção.
• Perda do mandato: será punido com a perda do mandato o deputado que incidir nas
seguintes condutas:
abusar das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional
(Constituição Federal, art. 55, § 1º);
perceber, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício da atividade
parlamentar, vantagens indevidas (Constituição Federal, art. 55, § 1º);
celebrar acordo que tenha por objeto a posse do suplente, condicionando-a à contraprestação
financeira ou à prática de atos contrários aos deveres éticos ou regimentais dos Deputados;
fraudar, por qualquer meio ou forma, o regular andamento dos trabalhos legislativos para
alterar o resultado de deliberação;
omitir intencionalmente informação relevante ou, nas mesmas condições, prestar informação
falsa nas declarações de que trata o art. 18;
praticar irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos decorrentes,
que afetem a dignidade da representação popular.

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CÓDIGO DE ÉTICA
Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

Vimos que, na aplicação de qualquer sanção disciplinar acima prevista, serão considerados
a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a Câmara
dos Deputados e para o Congresso Nacional, as circunstâncias agravantes ou atenuantes
e os antecedentes do infrator.
E, dessa forma, o Conselho de Ética decidirá ou se manifestará, conforme o caso,
pela aplicação da penalidade requerida na representação tida como procedente e pela
aplicação de cominação mais grave ou, ainda, de cominação menos grave, conforme os
fatos efetivamente apurados no processo disciplinar.

DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR


• Composição do Conselho de Ética
− 21 (vinte e um) membros titulares e igual número de suplentes;
− com mandato de dois anos, com exercício até a posse dos novos integrantes,
salvo na última sessão legislativa da legislatura, cujo encerramento fará cessar os
mandatos no Conselho.
• O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá:
− 1 (um) presidente e
− 2 (dois) vice-presidentes.

Eles serão eleitos por seus pares dentre os membros titulares, vedada a reeleição
para o mesmo cargo na eleição subsequente.
Durante o exercício do mandato de membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,
o deputado não poderá ser afastado de sua vaga no colegiado, salvo por término do
mandato, renúncia, falecimento ou perda de mandato no colegiado.
• Competências do Conselho:
I – zelar pela observância dos preceitos deste Código, atuando no sentido da preservação da
dignidade do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados;
II – processar os acusados nos casos e termos previstos no art. 13;
III – instaurar o processo disciplinar e proceder a todos os atos necessários à sua instrução,
nos casos e termos do art. 14;
IV – responder às consultas formuladas pela Mesa, Comissões, Partidos Políticos ou Deputados
sobre matérias relacionadas ao processo político-disciplinar.

• Vagas no Conselho de Ética – a vaga no Conselho se dará em virtude de:


− término do mandato;
− renúncia;
− falecimento;

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CÓDIGO DE ÉTICA
Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

− perda do mandato no colegiado, neste caso, quando o membro titular deixar de


comparecer a 5 (cinco) reuniões consecutivas ou, intercaladamente, a 1/3 (um terço)
das reuniões durante a sessão legislativa, salvo motivo de força maior justificado
por escrito ao Presidente do Conselho, a quem caberá declarar a perda do mandato.
A instauração de processo disciplinar no âmbito do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar em face
de um de seus membros, com prova inequívoca da acusação, constitui causa para o seu imediato
afastamento da função, a ser aplicado de ofício pelo Presidente do Conselho, devendo perdurar até
decisão final sobre o caso.

• Não poderá ser membro do Conselho o deputado:


I – submetido a processo disciplinar em curso, por ato atentatório ou incompatível com o decoro
parlamentar;
II – que tenha recebido, na legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas regimentais
ou de suspensão do exercício do mandato, da qual se tenha o competente registro nos anais ou
arquivos da Casa;
III – que esteja no exercício do mandato na condição de suplente convocado em substituição ao titular;
IV – condenado em processo criminal por decisão de órgão jurisdicional colegiado, ainda que a sentença
condenatória não tenha transitado em julgado.

Os prazos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar serão contados em dias úteis,


inclusive nos casos de recurso ou pedido de vista, ficando suspensos no recesso, salvo na
hipótese de inclusão de matéria de sua competência na pauta de convocação extraordinária.
As representações relacionadas com o decoro parlamentar deverão ser feitas
diretamente à Mesa da Câmara dos Deputados e qualquer cidadão é parte legítima
para requerer à Mesa da Câmara dos Deputados representação em face de deputado
que tenha incorrido em conduta incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar,
especificando os fatos e as respectivas provas.
Uma vez tendo a Mesa recebido o requerimento de representação, ela instaurará
procedimento destinado a apreciá-lo, na forma e no prazo previstos em regulamento próprio.
Findo o prazo, se concluir pela existência de indícios suficientes e pela inocorrência de inépcia:

I – encaminhará a representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no prazo de 3 (três) sessões


ordinárias, quando se tratar de conduta punível com as sanções suspensão de prerrogativas regimentais
por até 6 (seis) meses; suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses e perda de mandato.
II – adotará o procedimento previsto para censura verbal ou escrita, em se tratando de conduta
punível dessa maneira.

Estudamos que o corregedor da Câmara dos Deputados poderá participar de todas as


fases do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, inclusive das discussões,
sem direito a voto, e que o deputado representado deverá ser intimado de todos os
atos praticados pelo Conselho, podendo manifestar-se em todas as fases do processo.

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• Dos prazos para deliberação


− Nos casos das penalidades de suspensão de prerrogativas regimentais por até 6
(seis) meses e suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses, os pro-
cessos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos
Deputados não poderão exceder o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para delibe-
ração pelo Conselho ou pelo Plenário da Câmara dos Deputados, conforme o caso.
− Nos processos que concluírem pela perda do mandato, o prazo para deliberação
do Plenário não poderá exceder 90 (noventa) dias úteis.
− Recebido o processo, a Mesa terá o prazo improrrogável de 2 (duas) sessões ordi-
nárias para inclui-lo na pauta da Ordem do Dia.
− Esgotados os prazos previstos acima:
I – se o processo se encontrar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, concluída sua instrução,
passará a sobrestar imediatamente a pauta do Conselho;
II – se o processo se encontrar na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para fins de
apreciação do recurso previsto, passará a sobrestar imediatamente a pauta da Comissão;
III – recebido o processo, a Mesa terá o prazo improrrogável de 2 (duas) sessões ordinárias para incluí-lo
na pauta da Ordem do Dia, uma vez cumprido isso, a representação figurará com preferência sobre os
demais itens da Ordem do Dia de todas as sessões deliberativas até que se conclua sua apreciação.

• É possível haver avocação ou designação:


A inobservância pelo relator dos prazos previstos nos arts. 13 e 14 do CEDP autoriza o
Presidente a avocar a relatoria do processo ou a designar relator substituto, observadas
as condições previstas, sendo que:
− se a instrução do processo estiver pendente, o novo relator deverá conclui-la em
até 5 (cinco) dias úteis;
− se a instrução houver sido concluída, o parecer deverá ser apresentado ao Conselho
em até 5 (cinco) dias úteis.
O deputado apresentará, à Mesa ou, quando couber, à Comissão, as seguintes declarações:

I – ao assumir o mandato, para efeito de posse, bem como quando solicitado pelo órgão competente
da Câmara dos Deputados, “Autorização de Acesso aos Dados das Declarações de Ajuste Anual do
Imposto de Renda Pessoa Física” e às respectivas retificações entregues à Secretaria da Receita
Federal do Brasil, para os fins de cumprimento da exigência contida no art. 13 da Lei n. 8.429, de 2
de junho de 1992, no art. 1º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro de 1993, e da Instrução Normativa
TCU n. 65, de 20 de abril de 2011;
II – durante o exercício do mandato, em Comissão ou em Plenário, ao iniciar-se a apreciação de matéria que
envolva direta e especificamente seus interesses patrimoniais, declaração de impedimento para votar.

Por fim, os projetos de resolução destinados a alterar o Código de Ética obedecerão às


normas de tramitação do art. 216 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao final desta jornada de estudos sobre o Código de Ética e Decoro Parlamentar
da Câmara dos Deputados. Durante todo esse tempo, mergulhamos nas normas que regem
o comportamento dos parlamentares, buscando compreender sua importância e os valores
que sustentam a atuação política.
Ao longo desta caminhada, tenho certeza de que você adquiriu um conhecimento
valioso sobre os princípios éticos que devem nortear o exercício do mandato parlamentar.
Exploramos cada artigo, parágrafo e cláusula, compreendendo a necessidade de transparência,
responsabilidade e respeito nas ações dos deputados.
Ao estudarmos esse código, podemos compreender a conversão das normas que regem o
comportamento dos deputados, visando garantir a transparência, a probidade e o respeito
no âmbito do Poder Legislativo. Fomos além das palavras escritas e buscamos compreender
os princípios que embasam essas regras, reconhecendo sua importância para a construção
de uma sociedade justa e democrática.
Nossa jornada nos levou a entender os prazos dos processos, as formas de defesa
dos deputados e os procedimentos necessários para garantir a justiça e a imparcialidade.
Conhecemos também as penalidades aplicáveis àqueles que descumprem as normas de
conduta, bem como a necessidade de ressarcimento dos recursos públicos não utilizáveis.
Mas não termina aqui. Acredito fortemente no seu potencial e na sua experiência
em alcançar seus objetivos. E falando em objetivos, tenho plena confiança de que a sua
aprovação no concurso da Câmara dos Deputados está cada vez mais próxima.
Não tenha dúvidas de que o seu empenho e dedicação serão recompensados. Acredite
no seu potencial e mantenha a motivação em alta. Continue estudando, revisando e
aprimorando seu conhecimento sobre o Código de Ética e Decoro Parlamentar, bem como
sobre os demais temas pertinentes ao concurso.
Lembre-se de que você não está sozinho nesta jornada. Busque apoio em grupos de
estudos, compartilhe suas dúvidas e experiências, e esteja aberto(a) para aprender com os
demais. A troca de conhecimentos e a colaboração mútua são essenciais nessa trajetória
rumo à aprovação.
Mantenha o foco, a disciplina e a perseverança. Os obstáculos podem surgir, mas encare-
os como oportunidades de crescimento e aprendizado. Tenha em mente que cada desafio
superado é um passo a mais em direção à realização do seu sonho de integrar a equipe da
Câmara dos Deputados.
Tenha confiança em si mesmo e acredite na sua capacidade de conquistar o que deseja.
Lembre-se de que a jornada é longa, mas os frutos colhidos ao final serão ainda mais
gratificantes.

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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
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Por fim, quero expressar minha confiança por sua competência e coragem em enfrentar
esse desafio. Acredito no seu potencial e torcerei por sua aprovação no concurso da Câmara
dos Deputados.
Siga com a certeza de que grandes conquistas estão reservadas para você. Mantenha-
se motivado, perseverante e confiante que seus sonhos se tornarão realidade.
Espero notícias suas lá da Câmara.
Um grande abraço!
Vamos que vamos!

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EXERCÍCIOS

001. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados – CEDP/CD estabelece
os princípios éticos e as regras básicas de decoro que devem orientar a conduta dos que
sejam titulares ou que estejam no exercício de mandato de deputado federal.

002. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O Código de Ética e Decoro Parlamentar da CD dispõe que imunidades, prerrogativas e
franquias asseguradas pela Constituição Federal, pelas leis e pelo Regimento Interno da
Câmara dos Deputados aos deputados constituem-se em privilégio pessoal necessário ao
bom desempenho de seus mandatos.

003. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


De acordo com o que dispõe o Código de Ética e Decoro Parlamentar, estão entre os deveres
fundamentais do deputado promover a defesa do interesse público e da soberania nacional
e prestar contas do mandato à sociedade, disponibilizando as informações necessárias ao
seu acompanhamento e fiscalização.

004. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Constituem procedimentos incompatíveis com o decoro parlamentar, puníveis com a perda
do mandato, perceber, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício
da atividade parlamentar, vantagens indevidas, assim como praticar irregularidades graves
no desempenho do mandato ou de encargos decorrentes, que afetem a dignidade da
representação popular.

005. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não atentará contra o decoro parlamentar, segundo dispõe o CEDP/CD, deputado que
relatar matéria submetida à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse específico
de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha
eleitoral.

006. (INÉDITA/2023) Julgue o item seguinte, relativo ao estabelecido no Regimento Interno


da Câmara dos Deputados.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar compõe-se de 21 (vinte e um) membros titulares
e igual número de suplentes, todos com mandato de 2 (dois) anos, com exercício até a posse
dos novos integrantes, salvo na última sessão legislativa da legislatura, cujo encerramento
fará cessar os mandatos no Conselho.

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007. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Durante o exercício do mandato de membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o
deputado não poderá ser afastado de sua vaga no colegiado, salvo por término do mandato,
renúncia, falecimento ou perda de mandato no colegiado.

008. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Segundo o estabelecido pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados,
não poderá ser membro do Conselho o deputado submetido a processo disciplinar em curso
por ato atentatório ou incompatível com o decoro parlamentar.

009. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Poderá compor o Conselho de Ética da CD, o deputado, ainda que tenha recebido, na
legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas regimentais ou de suspensão
do exercício do mandato, da qual se tenha o competente registro nos anais ou arquivos da
Casa.

010. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não poderá ser membro do Conselho o deputado que tenha recebido, a qualquer tempo,
penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas regimentais ou de suspensão do
exercício do mandato, da qual se tenha o competente registro nos anais ou arquivos da Casa.

011. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Poderá, conforme dispõe o CEDP, ser membro do Conselho de Ética da CD o deputado que
esteja no exercício do mandato na condição de suplente.

012. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não poderá compor o Conselho de Ética o deputado condenado em processo criminal por
decisão de órgão jurisdicional colegiado, ainda que a sentença condenatória não tenha
transitado em julgado.

013. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Por disposição do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, a
representação numérica de cada partido e bloco parlamentar atenderá ao princípio da
proporcionalidade partidária, assegurada a representação, sempre que possível, de todos
os partidos políticos em funcionamento na Câmara dos Deputados.

014. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da CD terá 1 (um) presidente e 2 (dois) vice-
presidentes, eleitos por seus pares dentre os membros titulares, permitida a reeleição para
o mesmo cargo na eleição subsequente.

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015. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O CEDP/DP não permite que a simples instauração de processo disciplinar no âmbito do
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar em face de um de seus membros constitua causa
para o seu imediato afastamento da função.

016. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovará regulamento específico para
disciplinar o funcionamento e a organização dos trabalhos do Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar.

017. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Os prazos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contar-se-ão em dias úteis, exceto
nos casos de recurso ou pedido de vista, ficando suspensos no recesso, salvo na hipótese
de inclusão de matéria de sua competência na pauta de convocação extraordinária.

018. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


As representações relacionadas com o decoro parlamentar deverão ser feitas diretamente
à Mesa da Câmara dos Deputados.

019. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Estabelece o CEDP/CD que qualquer cidadão é parte legítima para requerer à Mesa da
Câmara dos Deputados representação em face de deputado que tenha incorrido em
conduta incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar, especificando os fatos e as
respectivas provas.

020. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Recebido o requerimento de representação em face de deputado que tenha incorrido em
conduta incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar, especificando os fatos e as
respectivas provas, a Mesa instaurará procedimento destinado a apreciá-lo, na forma e no
prazo previstos em regulamento próprio.

021. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Recebido o requerimento de representação, a Mesa instaurará procedimento, na forma
e no prazo previstos em regulamento próprio, findo o qual, se concluir pela existência de
indícios suficientes e pela inocorrência de inépcia encaminhará a representação ao Conselho
de Ética e Decoro Parlamentar no prazo de 3 (três) sessões ordinárias, quando se tratar
de conduta punível com suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses,
suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses ou perda de mandato.

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022. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A representação relacionada com o decoro parlamentar subscrita por partido político
representado no Congresso Nacional será encaminhada diretamente pela Mesa da Câmara dos
Deputados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no prazo 3 (três) sessões ordinárias.

023. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O corregedor da Câmara dos Deputados poderá participar de todas as fases do processo
no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, inclusive das discussões e com direito a voto.

024. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Por disposição do CEDP/CD, o deputado representado deverá ser intimado de todos os atos
praticados pelo Conselho e poderá manifestar-se em todas as fases do processo.

025. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A censura, verbal ou escrita, é das penalidades aplicáveis por conduta atentatória ou
incompatível com o decoro parlamentar, conforme previsão do Código de Ética e Decoro
Parlamentar da Câmara dos Deputados.

026. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Poderá o deputado, por conduta atentatória ou incompatível com o decoro parlamentar,
sofrer suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses ou suspensão do
exercício do mandato por até 6 (seis) meses.

027. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não perderá o mandato o deputado, ainda que adote conduta atentatória ou incompatível
com o decoro parlamentar, aplicáveis apenas penas de suspensão ou censura.

028. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Conforme estabelece o CEDP/CD, na aplicação de qualquer sanção disciplinar prevista, serão
considerados a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem
para a Câmara dos Deputados e para o Congresso Nacional, as circunstâncias agravantes
ou atenuantes e os antecedentes do infrator.

029. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidirá ou se manifestará, conforme o caso,
pela aplicação da penalidade requerida na representação tida como procedente e pela
aplicação de cominação mais grave ou, ainda, de cominação menos grave, conforme os
fatos efetivamente apurados no processo disciplinar.

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030. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Sem prejuízo da aplicação das penas previstas, deverão ser integralmente ressarcidas ao erário
as vantagens indevidas provenientes de recursos públicos utilizados em desconformidade
com os preceitos do Código de Ética e Decoro Parlamentar, na forma de Ato da Mesa.

031. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A censura verbal será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, em sessão, ou
de comissão, durante suas reuniões, ao deputado que perturbar a ordem das sessões da
Câmara dos Deputados ou das reuniões de Comissão ou praticar atos que infrinjam as
regras de boa conduta nas dependências da Casa.

032. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A censura escrita será aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido, nos casos de incidência
da prática de ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputados ou por
desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou comissão ou os respectivos
presidentes. A censura escrita também será aplicada por solicitação do Presidente da
Câmara dos Deputados ou de comissão, nos casos de reincidência nas condutas punida
com pena de censura.

033. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Antes de deliberar sobre a aplicação da censura escrita, a Mesa assegurará ao deputado o
exercício do direito de defesa pelo prazo de 5 (cinco) dias úteis.

034. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não cabe recurso quando se tratar da aplicação da pena de censura escrita.

035. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A aplicação das penalidades de suspensão do exercício do mandato por no máximo 6 (seis)
meses e de perda do mandato é de competência do Plenário da Câmara dos Deputados,
que deliberará em votação ostensiva e por maioria absoluta de seus membros, em virtude
de provocação da Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, após a
conclusão de processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

036. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Na hipótese de suspensão do exercício do mandato superior a 120 (cento e vinte) dias, o
suplente do parlamentar suspenso será convocado imediatamente após a publicação da
resolução que decretar a sanção.

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037. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


De acordo com o CEDP/CD, será punido com a suspensão do exercício do mandato e de todas
as suas prerrogativas regimentais o deputado que usar os poderes e as prerrogativas do
cargo para constranger ou aliciar servidor, colega ou qualquer pessoa sobre a qual exerça
ascendência hierárquica, com o fim de obter qualquer espécie de favorecimento.

038. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Será punido com a perda do mandato o deputado que, entre outras condutas, perceber, a
qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício da atividade parlamentar,
vantagens indevidas.

039. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Recebida a representação para aplicação das penalidades de suspensão do exercício do
mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato, o Presidente do Conselho
de Ética designará o relator do processo.

040. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Estabelece o CEDP/CD que, se a representação nos casos de aplicação das penalidades de
suspensão do exercício do mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato
não for considerada inepta ou carente de justa causa pelo Plenário do Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar, mediante provocação do relator designado, será remetida cópia de seu
inteiro teor ao deputado acusado, que terá o prazo de 10 (dez) dias úteis para apresentar
sua defesa escrita, indicar provas e arrolar testemunhas, em número máximo de 8 (oito).

041. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Apresentada a defesa, o relator da matéria procederá às diligências e à instrução probatória
que entender necessárias no prazo improrrogável de 40 (quarenta) dias úteis, no caso de
perda de mandato, e 30 (trinta) dias úteis, no caso de suspensão temporária de mandato,
findas as quais proferirá parecer no prazo de 10 (dez) dias úteis, concluindo pela procedência
total ou parcial da representação ou pela sua improcedência, oferecendo, nas 2 (duas)
primeiras hipóteses, projeto de resolução destinado à declaração da perda do mandato ou
à cominação da suspensão do exercício do mandato ou, ainda, propondo a requalificação da
conduta punível e da penalidade cabível, com o encaminhamento do processo à autoridade
ou ao órgão competente.

042. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Recebida a representação para aplicação das penalidades de suspensão do exercício do
mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato, a rejeição do parecer

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originariamente apresentado obriga à designação de novo relator, preferencialmente entre


aqueles que, durante a discussão da matéria, tenham se manifestado contrariamente à
posição do primeiro.

043. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou na Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, na hipótese de interposição de recurso, o processo
será encaminhado à Mesa e, uma vez lido no expediente, publicado e distribuído em avulsos
para inclusão na Ordem do Dia.

044. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A partir da instauração de processo ético-disciplinar, nas hipóteses de suspensão de
prerrogativas regimentais, de aplicação das penalidades de suspensão do exercício do
mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato, não poderá ser retirada a
representação oferecida pela parte legítima.

045. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


É facultado ao deputado, em qualquer caso, em todas as fases do processo que tratam
de suspensão de prerrogativas regimentais, de aplicação das penalidades de suspensão
do exercício do mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato, inclusive
no Plenário da Câmara dos Deputados, constituir advogado para sua defesa ou fazê-la
pessoalmente ou por intermédio do parlamentar que indicar, desde que não integrante do
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

046. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Quando a representação ou o requerimento de representação contra deputado for considerado
leviano ou ofensivo à sua imagem, bem como à imagem da Câmara dos Deputados, os autos
do processo respectivo serão encaminhados à Procuradoria Parlamentar para as providências
reparadoras de sua alçada.

047. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Os processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos
Deputados não poderão exceder o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deliberação pelo
Conselho ou pelo Plenário da Câmara dos Deputados, conforme o caso, na hipótese das
penalidades de censura, verbal ou escrita, e suspensão de prerrogativas regimentais por
até 6 (seis) meses.

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048. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O prazo para deliberação do Plenário sobre os processos que concluírem pela perda do
mandato não poderá exceder 90 (noventa) dias úteis.

049. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não permite o CEDP da Câmara dos Deputados a avocação de relatoria de processo.

050. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é assegurado o pleno acesso, exclusivamente para
fins de consulta, ao Sistema de Acompanhamento e Informações do Mandato Parlamentar
disponibilizado pela Secretaria-Geral da Mesa e demais sistemas ou bancos de dados
existentes ou que venham a ser criados na Câmara dos Deputados, onde constem, entre
outros, os dados referentes ao desempenho das atividades parlamentares.

051. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Acerca do Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados (CEDP/CD), julgue o item.
Consoante os termos do CEDP/CD, é obrigatório ao deputado apresentar à Mesa declaração
de impedimento para votar, ao iniciar-se a apreciação de matéria que envolva os seus
interesses patrimoniais.

052. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Acerca do Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados (CEDP/CD), julgue o item.
Decoro é comportamento, é imagem pública, é honra, é dignidade. Já o decoro parlamentar
é obrigação de conteúdo moral e ético que não se confunde com aspectos criminais, embora
deles possa decorrer.

053. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Acerca do Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados (CEDP/CD), julgue o item.
É do entendimento do STF a possibilidade de compartilhamento dos dados obtidos mediante
interceptação telefônica, judicialmente autorizada, para fins de subsidiar apurações de cunho
disciplinar feitas pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

054. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Acerca do Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados (CEDP/CD), julgue o item.
Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar instaurar o processo disciplinar,
proceder aos atos necessários à sua instrução e aplicar as penalidades de suspensão e
perda do exercício de mandato.

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055. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Julgue o item:


É competência exclusiva do presidente da Câmara dos Deputados a aplicação da penalidade
de censura escrita a um deputado.

056. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Julgue o item:


Consoante o CEDP/CD, a infração consistente em receber dinheiro em razão da função, em
esquema que viabilize o pagamento e o recebimento de vantagem indevida, tendo em vista
a prática de atos de ofício, é punível com as penas de censura pública ou de suspensão do
exercício do mandato.

057. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) Julgue o item:


Atentará contra o decoro parlamentar o deputado que deixar de observar intencionalmente
seus deveres fundamentais, como, por exemplo, deixar de promover a defesa do interesse
público e da soberania nacional. Nesse caso, a conduta somente será objeto de apreciação
mediante a existência de provas.

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GABARITO
1. C 36. C
2. E 37. C
3. C 38. C
4. C 39. C
5. E 40. C
6. C 41. C
7. C 42. C
8. C 43. C
9. E 44. C
10. E 45. C
11. E 46. C
12. C 47. C
13. C 48. C
14. E 49. E
15. E 50. C
16. C 51. C
17. E 52. C
18. C 53. C
19. C 54. E
20. C 55. E
21. C 56. E
22. C 57. C
23. E
24. C
25. C
26. C
27. E
28. C
29. C
30. C
31. C
32. C
33. C
34. E
35. C

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GABARITO COMENTADO

001. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados – CEDP/CD estabelece
os princípios éticos e as regras básicas de decoro que devem orientar a conduta dos que
sejam titulares ou que estejam no exercício de mandato de deputado federal.

Dispositivo: art. 1º, caput, do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
– CEDP/CD. Resolução n. 25, de 2001, com alteração dada pela Resolução n. 2, de 2011.
Certo.

002. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O Código de Ética e Decoro Parlamentar da CD dispõe que imunidades, prerrogativas e
franquias asseguradas pela Constituição Federal, pelas leis e pelo Regimento Interno da
Câmara dos Deputados aos deputados constituem-se em privilégio pessoal necessário ao
bom desempenho de seus mandatos.

Dispõe o CEDP/CD que:

Art. 2º As imunidades, prerrogativas e franquias asseguradas pela Constituição Federal, pelas leis
e pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados aos Deputados são institutos destinados
à garantia do exercício do mandato popular e à defesa do Poder Legislativo.

Errado.

003. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


De acordo com o que dispõe o Código de Ética e Decoro Parlamentar, estão entre os deveres
fundamentais do deputado promover a defesa do interesse público e da soberania nacional
e prestar contas do mandato à sociedade, disponibilizando as informações necessárias ao
seu acompanhamento e fiscalização.

Dispositivo: art. 3º, I e VIII, do CEDP/CD.


Certo.

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004. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Constituem procedimentos incompatíveis com o decoro parlamentar, puníveis com a perda
do mandato, perceber, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício
da atividade parlamentar, vantagens indevidas, assim como praticar irregularidades graves
no desempenho do mandato ou de encargos decorrentes, que afetem a dignidade da
representação popular.

Dispositivo: art. 3º, II e VI, do CEDP/CD.


Certo.

005. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não atentará contra o decoro parlamentar, segundo dispõe o CEDP/CD, deputado que
relatar matéria submetida à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse específico
de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha
eleitoral.

O deputado não poderá ser relator de matéria submetida à apreciação da CD, de interesse
específico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua
campanha eleitoral.
Dispõe o CEDP:

Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puníveis na forma deste
Código:
(...)
VIII – Relatar matéria submetida à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse específico
de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha eleitoral;

Dispositivo: art. 5º, VIII, do CEDP/CD.


Errado.

006. (INÉDITA/2023) Julgue o item seguinte, relativo ao estabelecido no Regimento Interno


da Câmara dos Deputados.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar compõe-se de 21 (vinte e um) membros titulares
e igual número de suplentes, todos com mandato de 2 (dois) anos, com exercício até a posse
dos novos integrantes, salvo na última sessão legislativa da legislatura, cujo encerramento
fará cessar os mandatos no Conselho.

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Dispositivo: art. 7º, caput, do CEDP/CD.


Certo.

007. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Durante o exercício do mandato de membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o
deputado não poderá ser afastado de sua vaga no colegiado, salvo por término do mandato,
renúncia, falecimento ou perda de mandato no colegiado.

A vaga no Conselho se dará em virtude de:


• término do mandato;
• renúncia;
• falecimento;
• perda do mandato no colegiado, neste caso, quando o membro titular deixar de
comparecer a 5 (cinco) reuniões consecutivas ou intercaladamente a 1/3 (um terço)
das reuniões durante a sessão legislativa, salvo motivo de força maior justificado
por escrito ao Presidente do Conselho, a quem caberá declarar a perda do mandato.

Dispositivo: art. 7º, § 1º c/c § 6º, do CEDP/CD.


Certo.

008. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Segundo o estabelecido pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados,
não poderá ser membro do Conselho o deputado submetido a processo disciplinar em curso
por ato atentatório ou incompatível com o decoro parlamentar.

Dispositivo: art. 7º, § 2º, I, do CEDP/CD.


Certo.

009. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Poderá compor o Conselho de Ética da CD, o deputado, ainda que tenha recebido, na
legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas regimentais ou de suspensão
do exercício do mandato, da qual se tenha o competente registro nos anais ou arquivos da
Casa.

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Dispõe o CEDP/CD que não poderá ser membro do Conselho o deputado que tenha recebido,
na legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas regimentais ou de
suspensão do exercício do mandato, da qual se tenha o competente registro nos anais ou
arquivos da Casa.
Dispositivo: art. 7º, § 2º, II, do CEDP/CD.
Errado.

010. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não poderá ser membro do Conselho o deputado que tenha recebido, a qualquer tempo,
penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas regimentais ou de suspensão do
exercício do mandato, da qual se tenha o competente registro nos anais ou arquivos da Casa.

Não poderá ser membro do Conselho o deputado que tenha recebido, na legislatura,
penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas regimentais ou de suspensão do
exercício do mandato, da qual se tenha o competente registro nos anais ou arquivos da Casa.
Dispositivo: art. 7º, § 2º, II, CEDP/CD.
Errado.

011. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Poderá, conforme dispõe o CEDP, ser membro do Conselho de Ética da CD o deputado que
esteja no exercício do mandato na condição de suplente.

Não poderá ser membro do Conselho o deputado que esteja no exercício do mandato na
condição de suplente convocado em substituição ao titular.
Dispositivo: art. 7º, § 2º, III, do CEDP/CD.
Errado.

012. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não poderá compor o Conselho de Ética o deputado condenado em processo criminal por
decisão de órgão jurisdicional colegiado, ainda que a sentença condenatória não tenha
transitado em julgado.

Correto, não poderá ser membro do Conselho se condenado em processo criminal, ainda
que não tenha transitado em julgado.
Dispositivo: art. 7º, § 2º, IV, do CEDP/CD.
Certo.

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013. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Por disposição do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, a
representação numérica de cada partido e bloco parlamentar atenderá ao princípio da
proporcionalidade partidária, assegurada a representação, sempre que possível, de todos
os partidos políticos em funcionamento na Câmara dos Deputados.

Dispositivo: art. 7º, § 3º, do CEDP/CD.


Certo.

014. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da CD terá 1 (um) presidente e 2 (dois) vice-
presidentes, eleitos por seus pares dentre os membros titulares, permitida a reeleição para
o mesmo cargo na eleição subsequente.

É vedada a reeleição para o mesmo cargo na eleição subsequente.


Dispositivo: art. 7º, § 5º, IV, do CEDP/CD.
Errado.

015. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O CEDP/DP não permite que a simples instauração de processo disciplinar no âmbito do
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar em face de um de seus membros constitua causa
para o seu imediato afastamento da função.

A instauração de processo disciplinar no âmbito do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar


em face de um de seus membros, com prova inequívoca da acusação, constitui causa para
o seu imediato afastamento da função.
Dispositivo: art. 7º, § 7º, do CEDP/CD.
Errado.

016. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovará regulamento específico para
disciplinar o funcionamento e a organização dos trabalhos do Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar.

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Dispositivo: art. 8º, caput, do CEDP/CD.


Certo.

017. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Os prazos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contar-se-ão em dias úteis, exceto
nos casos de recurso ou pedido de vista, ficando suspensos no recesso, salvo na hipótese
de inclusão de matéria de sua competência na pauta de convocação extraordinária.

Os prazos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contar-se-ão em dias úteis, inclusive


em se tratando de recurso ou pedido de vista, ficando suspensos no recesso, salvo na
hipótese de inclusão de matéria de sua competência na pauta de convocação extraordinária.
Dispositivo: art. 8º, § 3º, do CEDP/CD.
Errado.

018. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


As representações relacionadas com o decoro parlamentar deverão ser feitas diretamente
à Mesa da Câmara dos Deputados.

Dispositivo: art. 9º, caput, do CEDP/CD.


Certo.

019. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Estabelece o CEDP/CD que qualquer cidadão é parte legítima para requerer à Mesa da
Câmara dos Deputados representação em face de deputado que tenha incorrido em
conduta incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar, especificando os fatos e as
respectivas provas.

Dispositivo: art. 9º, § 1º, do CEDP/CD.


Certo.

020. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Recebido o requerimento de representação em face de deputado que tenha incorrido em
conduta incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar, especificando os fatos e as

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respectivas provas, a Mesa instaurará procedimento destinado a apreciá-lo, na forma e no


prazo previstos em regulamento próprio.

Dispositivo: art. 9º, § 2º, do CEDP/CD.


Certo.

021. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Recebido o requerimento de representação, a Mesa instaurará procedimento, na forma
e no prazo previstos em regulamento próprio, findo o qual, se concluir pela existência de
indícios suficientes e pela inocorrência de inépcia encaminhará a representação ao Conselho
de Ética e Decoro Parlamentar no prazo de 3 (três) sessões ordinárias, quando se tratar
de conduta punível com suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses,
suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses ou perda de mandato.

Dispositivo: art. 9º, § 2º, I, c/c II, III e IV do art. 10, do CEDP/CD.
Certo.

022. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A representação relacionada com o decoro parlamentar subscrita por partido político
representado no Congresso Nacional será encaminhada diretamente pela Mesa da Câmara dos
Deputados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no prazo 3 (três) sessões ordinárias.

Dispositivo: § 3º c/c I do § 2º do artigo 9º do CEDP/CD.


Certo.

023. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O corregedor da Câmara dos Deputados poderá participar de todas as fases do processo
no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, inclusive das discussões e com direito a voto.

O corregedor da Câmara dos Deputados poderá participar de todas as fases do processo


no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, inclusive das discussões, sem direito a voto.
Dispositivo: art. 9º, § 4º, do CEDP/CD.
Errado.

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024. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Por disposição do CEDP/CD, o deputado representado deverá ser intimado de todos os atos
praticados pelo Conselho e poderá manifestar-se em todas as fases do processo.

Dispositivo: art. 9º, § 5º, do CEDP/CD.


Certo.

025. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A censura, verbal ou escrita, é das penalidades aplicáveis por conduta atentatória ou
incompatível com o decoro parlamentar, conforme previsão do Código de Ética e Decoro
Parlamentar da Câmara dos Deputados.

Dispositivo: art. 10, I, do CEDP/CD.


Certo.

026. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Poderá o deputado, por conduta atentatória ou incompatível com o decoro parlamentar,
sofrer suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses ou suspensão do
exercício do mandato por até 6 (seis) meses.

Dispositivo: art. 10, II e III, do CEDP/CD.


Certo.

027. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não perderá o mandato o deputado, ainda que adote conduta atentatória ou incompatível
com o decoro parlamentar, aplicáveis apenas penas de suspensão ou censura.

Art. 10. São as seguintes as penalidades aplicáveis por conduta atentatória ou incompatível
com o decoro parlamentar:
(...)
IV – perda de mandato.

Dispositivo: art. 10, IV, c/c art. 4º do CEDP/CD.


Errado.

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028. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Conforme estabelece o CEDP/CD, na aplicação de qualquer sanção disciplinar prevista, serão
considerados a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem
para a Câmara dos Deputados e para o Congresso Nacional, as circunstâncias agravantes
ou atenuantes e os antecedentes do infrator.

Dispositivo: art. 10, § 1º, do CEDP/CD.


Certo.

029. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidirá ou se manifestará, conforme o caso,
pela aplicação da penalidade requerida na representação tida como procedente e pela
aplicação de cominação mais grave ou, ainda, de cominação menos grave, conforme os
fatos efetivamente apurados no processo disciplinar.

Dispositivo: art. 10, § 2º, do CEDP/CD.


Certo.

030. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Sem prejuízo da aplicação das penas previstas, deverão ser integralmente ressarcidas ao erário
as vantagens indevidas provenientes de recursos públicos utilizados em desconformidade
com os preceitos do Código de Ética e Decoro Parlamentar, na forma de Ato da Mesa.

Dispositivo: art. 10, § 3º, do CEDP/CD.


Certo.

031. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A censura verbal será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, em sessão, ou
de comissão, durante suas reuniões, ao deputado que perturbar a ordem das sessões da
Câmara dos Deputados ou das reuniões de Comissão ou praticar atos que infrinjam as
regras de boa conduta nas dependências da Casa.

Dispositivo: art. 11, caput, c/c I e II do art. 5º do CEDP/CD.


Certo.

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CÓDIGO DE ÉTICA
Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

032. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A censura escrita será aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido, nos casos de incidência
da prática de ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputados ou por
desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou comissão ou os respectivos
presidentes. A censura escrita também será aplicada por solicitação do Presidente da
Câmara dos Deputados ou de comissão, nos casos de reincidência nas condutas punida
com pena de censura.

Dispositivo: art. 12, caput, c/c III do art. 5º, do CEDP/CD.


Certo.

033. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Antes de deliberar sobre a aplicação da censura escrita, a Mesa assegurará ao deputado o
exercício do direito de defesa pelo prazo de 5 (cinco) dias úteis.

Dispositivo: art. 12, § 1º, do CEDP/CD.


Certo.

034. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não cabe recurso quando se tratar da aplicação da pena de censura escrita.

Contra a aplicação da penalidade de censura escrita, poderá o deputado recorrer ao Plenário


da Câmara dos Deputados no prazo de 2 (dois) dias úteis.
Dispositivo: art. 12, § 2º, do CEDP/CD.
Errado.

035. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A aplicação das penalidades de suspensão do exercício do mandato por no máximo 6 (seis)
meses e de perda do mandato é de competência do Plenário da Câmara dos Deputados,
que deliberará em votação ostensiva e por maioria absoluta de seus membros, em virtude
de provocação da Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, após a
conclusão de processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Dispositivo: art. 14, caput, do CEDP/CD.


Certo.

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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
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036. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Na hipótese de suspensão do exercício do mandato superior a 120 (cento e vinte) dias, o
suplente do parlamentar suspenso será convocado imediatamente após a publicação da
resolução que decretar a sanção.

Dispositivo: art. 14, § 2º, do CEDP/CD.


Certo.

037. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


De acordo com o CEDP/CD, será punido com a suspensão do exercício do mandato e de todas
as suas prerrogativas regimentais o deputado que usar os poderes e as prerrogativas do
cargo para constranger ou aliciar servidor, colega ou qualquer pessoa sobre a qual exerça
ascendência hierárquica, com o fim de obter qualquer espécie de favorecimento.

Dispositivo: art. 14, § 1º, c/c IV do art. 5º do CEDP/CD.


Certo.

038. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Será punido com a perda do mandato o deputado que, entre outras condutas, perceber, a
qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício da atividade parlamentar,
vantagens indevidas.

Dispositivo: art. 14, § 3º, c/c II do art. 4º do CEDP/CD.


Certo.

039. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Recebida a representação para aplicação das penalidades de suspensão do exercício do
mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato, o Presidente do Conselho
de Ética designará o relator do processo.

Dispositivo: art. 14, § 4º, I, do CEDP/CD.


Certo.

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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
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040. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Estabelece o CEDP/CD que, se a representação nos casos de aplicação das penalidades de
suspensão do exercício do mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato
não for considerada inepta ou carente de justa causa pelo Plenário do Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar, mediante provocação do relator designado, será remetida cópia de seu
inteiro teor ao deputado acusado, que terá o prazo de 10 (dez) dias úteis para apresentar
sua defesa escrita, indicar provas e arrolar testemunhas, em número máximo de 8 (oito).

Dispositivo: art. 14, § 4º, II, do CEDP/CD.


Certo.

041. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Apresentada a defesa, o relator da matéria procederá às diligências e à instrução probatória
que entender necessárias no prazo improrrogável de 40 (quarenta) dias úteis, no caso de
perda de mandato, e 30 (trinta) dias úteis, no caso de suspensão temporária de mandato,
findas as quais proferirá parecer no prazo de 10 (dez) dias úteis, concluindo pela procedência
total ou parcial da representação ou pela sua improcedência, oferecendo, nas 2 (duas)
primeiras hipóteses, projeto de resolução destinado à declaração da perda do mandato ou
à cominação da suspensão do exercício do mandato ou, ainda, propondo a requalificação da
conduta punível e da penalidade cabível, com o encaminhamento do processo à autoridade
ou ao órgão competente.

Dispositivo: art. 14, § 4º, IV, do CEDP/CD.


Certo.

042. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Recebida a representação para aplicação das penalidades de suspensão do exercício do
mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato, a rejeição do parecer
originariamente apresentado obriga à designação de novo relator, preferencialmente entre
aqueles que, durante a discussão da matéria, tenham se manifestado contrariamente à
posição do primeiro.

Dispositivo: art. 14, § 4º, V, do CEDP/CD.


Certo.

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043. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou na Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, na hipótese de interposição de recurso, o processo
será encaminhado à Mesa e, uma vez lido no expediente, publicado e distribuído em avulsos
para inclusão na Ordem do Dia.

Dispositivo: art. 14, § 4º, VIII, do CEDP/CD.


Certo.

044. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


A partir da instauração de processo ético-disciplinar, nas hipóteses de suspensão de
prerrogativas regimentais, de aplicação das penalidades de suspensão do exercício do
mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato, não poderá ser retirada a
representação oferecida pela parte legítima.

Dispositivo: art. 14, § 5º, do CEDP/CD.


Certo.

045. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


É facultado ao deputado, em qualquer caso, em todas as fases do processo que tratam
de suspensão de prerrogativas regimentais, de aplicação das penalidades de suspensão
do exercício do mandato por no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato, inclusive
no Plenário da Câmara dos Deputados, constituir advogado para sua defesa ou fazê-la
pessoalmente ou por intermédio do parlamentar que indicar, desde que não integrante do
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Dispositivo: art. 15, caput, do CEDP/CD.


Certo.

046. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Quando a representação ou o requerimento de representação contra deputado for considerado
leviano ou ofensivo à sua imagem, bem como à imagem da Câmara dos Deputados, os autos
do processo respectivo serão encaminhados à Procuradoria Parlamentar para as providências
reparadoras de sua alçada.

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Dispositivo: art. 15, parágrafo único, do CEDP/CD.


Certo.

047. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Os processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos
Deputados não poderão exceder o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deliberação pelo
Conselho ou pelo Plenário da Câmara dos Deputados, conforme o caso, na hipótese das
penalidades de censura, verbal ou escrita, e suspensão de prerrogativas regimentais por
até 6 (seis) meses.

Dispositivo: art. 16, caput, do CEDP/CD.


Certo.

048. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


O prazo para deliberação do Plenário sobre os processos que concluírem pela perda do
mandato não poderá exceder 90 (noventa) dias úteis.

Dispositivo: art. 16, § 1º, do CEDP/CD.


Certo.

049. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Não permite o CEDP da Câmara dos Deputados a avocação de relatoria de processo.

A inobservância pelo relator dos prazos previstos nos arts. 13 e 14 do CEDP autoriza o
presidente a avocar a relatoria do processo ou a designar relator substituto, observadas as
condições previstas, considerando que, se a instrução do processo estiver pendente, o novo
relator deverá conclui-la em até 5 (cinco) dias úteis e, se a instrução houver sido concluída,
o parecer deverá ser apresentado ao Conselho em até 5 (cinco) dias úteis.
Dispositivo: art. 16, § 4º, do CEDP/CD.
Errado.

050. (INÉDITA/2023) Julgue o item:


Ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é assegurado o pleno acesso, exclusivamente para
fins de consulta, ao Sistema de Acompanhamento e Informações do Mandato Parlamentar
disponibilizado pela Secretaria-Geral da Mesa e demais sistemas ou bancos de dados

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existentes ou que venham a ser criados na Câmara dos Deputados, onde constem, entre
outros, os dados referentes ao desempenho das atividades parlamentares.

Dispositivo: art. 17, I, do CEDP/CD.


Certo.

051. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Acerca do Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados (CEDP/CD), julgue o item.
Consoante os termos do CEDP/CD, é obrigatório ao deputado apresentar à Mesa declaração
de impedimento para votar, ao iniciar-se a apreciação de matéria que envolva os seus
interesses patrimoniais.

Dispositivo: art. 18, II, CEDP/CD.


Certo.

052. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Acerca do Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados (CEDP/CD), julgue o item.
Decoro é comportamento, é imagem pública, é honra, é dignidade. Já o decoro parlamentar
é obrigação de conteúdo moral e ético que não se confunde com aspectos criminais, embora
deles possa decorrer.

Relatório final da CPI do Orçamento, vol. I, p. 12.


Certo.

053. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Acerca do Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados (CEDP/CD), julgue o item.
É do entendimento do STF a possibilidade de compartilhamento dos dados obtidos mediante
interceptação telefônica, judicialmente autorizada, para fins de subsidiar apurações de cunho
disciplinar feitas pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

Dispositivo: STF/Questão de Ordem no Inq. QO 2725 de 25.6.2008.


Certo.

054. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Acerca do Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados (CEDP/CD), julgue o item.

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Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar instaurar o processo disciplinar,


proceder aos atos necessários à sua instrução e aplicar as penalidades de suspensão e
perda do exercício de mandato.

Sim, compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar instaurar o processo disciplinar e


proceder aos atos necessários à sua instrução. Mas a aplicação das penalidades de suspensão
temporária do exercício do mandato e de perda do mandato são de competência do Plenário
da Câmara dos Deputados.
Dispositivo: art. 6º, III, c/c art.14 do CEDP/CD.
Errado.

055. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Julgue o item:


É competência exclusiva do presidente da Câmara dos Deputados a aplicação da penalidade
de censura escrita a um deputado.

Casos de censura verbal ou censura escrita não são decididos pelo Plenário. Essas penalidades
são de competência do presidente da Câmara (ou de comissão) e da Mesa Diretora,
respectivamente.
Dispositivo: art. 15, XV, do RICD.
Errado.

056. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Julgue o item:


Consoante o CEDP/CD, a infração consistente em receber dinheiro em razão da função, em
esquema que viabilize o pagamento e o recebimento de vantagem indevida, tendo em vista
a prática de atos de ofício, é punível com as penas de censura pública ou de suspensão do
exercício do mandato.

Punível com a perda do mandato.


Dispositivo: art. 4º do CEDP/CD.
Errado.

057. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) Julgue o item:


Atentará contra o decoro parlamentar o deputado que deixar de observar intencionalmente
seus deveres fundamentais, como, por exemplo, deixar de promover a defesa do interesse

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público e da soberania nacional. Nesse caso, a conduta somente será objeto de apreciação
mediante a existência de provas.

Dispositivo: art. 5º, X, e parágrafo único, do CEDP/CD.


Certo.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.


Brasília, DF: Presidência da República, [2022]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

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Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Cristiane Capita

. Acesso em: 27 jun. 2023.


BRASIL. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados. Regimento Interno da Câmara
dos Deputados. Aprovado pela Resolução n. 17 de 1989 e alterado até a Resolução n. 12
de 2019. 21. ed. Brasília: Edições Câmara, 2020. Disponível em: https://www2.camara.leg.
br/atividade-legislativa/legislacao/regimento-interno-da-camara-dos-deputados

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Cristiane Capita

. Acesso em: 27 jun. 2023.


INÍCIO. Superior Tribunal de Justiça, [2023]. Disponível em: https://www.stj.jus.br/
sites/portalp/Inicio

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. Acesso em: 27 jun. 2023.


INÍCIO. Superior Tribunal Federal, [2023]. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/

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