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ÉTICA E ESTATUTO DA

OAB
Inscrição na Ordem dos Advogados
do Brasil, Estágio Profissional

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230628269241

CÍNTHIA BIESEK

Assessora Jurídica do Ministério Público do Trabalho. Professora em cursos


preparatórios para carreiras jurídicas. Autora de livros e artigos jurídicos. Aprovada
no concurso de Analista Jurídico do TJ-SC. Especialista em Direito Administrativo
– Extensão em Direito Digital.

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Ética e Estatuto da OAB
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, Estágio Profissional
Cínthia Biesek

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, Estágio Profissional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Cancelamento da Inscrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.2. Licenciamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.3. Identidade Profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.4. Cadastro Nacional dos Advogados – CNA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.5. Cadastro Nacional das Sociedades de Advogados – CNSA. . . . . . . . . . . . . . . . 22
2. Estágio Profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.1. Estágio em Regime de Teletrabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

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Cínthia Biesek

APRESENTAÇÃO
Olá, prezado(a) aluno(a). Tudo bem? Desejo que sim!
O exame que avalia a capacitação de bacharéis em Direito para exercer a advocacia no Brasil é
realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil e organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A prova é composta de duas fases, sendo que a primeira conta com 80 questões objetivas.
As questões da prova objetiva serão do tipo múltipla escolha, com quatro alternativas
(A, B, C e D) e uma única resposta correta, de acordo com o comando da questão. Cada
questão vale um ponto e a nota da prova será a soma da pontuação obtida nas questões,
considerando-se aprovado na primeira fase quem obtiver o mínimo de 50% de acertos,
ou seja, 40 pontos ou mais.
A matéria que vamos estudar agora é de extrema relevância, já que o próprio edital
estabelece que a prova objetiva conterá, no mínimo, 15% de questões versando sobre
Estatuto da Advocacia e da OAB e seu Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina,
Direitos Humanos e Filosofia do Direito, o que representa um grande número de questões
e um pequeno conteúdo quando comparado com as demais.
O nosso método de estudo será direcionado na individualização dos artigos, na inserção
de comentários, contextualização dos conceitos trazidos na lei, bem como na resolução de
questões de provas anteriores.
A regra será trazer os artigos do Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/1994) e, de modo
complementar, vamos adicionar os artigos e princípios estabelecidos no Código de Ética
e Disciplina da OAB e no Regulamento Geral, pois os diplomas legais são complementares.
Vamos praticar muito resolvendo provas anteriores para que você consiga identificar o “perfil”
das questões, não confunda a matéria e não caia em pegadinhas clássicas da banca. Todas as
questões serão comentadas e nos comentários vamos enfatizar as afirmativas corretas para
facilitar a memorização da aplicação adequada do conteúdo e da fonte da questão.
Dessa forma, meu (minha) caro(a), fique tranquilo(a), vamos esmiuçar todo o conteúdo
do edital e garantir que com a leitura atenta dessas aulas você irá confiante para a prova,
tendo a garantia de que todos os tópicos relevantes foram estudados.
Ah! Não se esqueça de avaliar esta aula, pois sua opinião é muito importante para
melhorarmos ainda mais nossos materiais.

SUPORTE
Estou à disposição para sanar todas as suas dúvidas que surgirem no decorrer da
aula. Não hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer. Citarei exemplos,
explicarei de forma mais contextual ou doutrinária, se necessário, mas tenho certeza de
que se a dúvida for esclarecida você seguirá seus estudos de forma eficaz e não esquecerá
do assunto tratado. Caso contrário, um pequeno detalhe que não foi esclarecido poderá

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comprometer sua preparação. Sendo assim, não existem dúvidas irrelevantes. Portanto,
contate-me sempre que julgar necessário.
Grande abraço e bons estudos!
SEJA IMPARÁVEL!

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INSCRIÇÃO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL,


ESTÁGIO PROFISSIONAL

1. INSCRIÇÃO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL


A atividade da advocacia integra as funções essenciais à justiça, sendo o advogado
indispensável à administração da justiça (art. 133 da Constituição Federal de 1988), defensor
do Estado democrático de Direito, dos direitos humanos e das garantias fundamentais,
da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, exercendo o seu ministério em
consonância com sua elevada função pública.
O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de
advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O Estatuto de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil estabelece o preenchimento
dos seguintes requisitos para inscrição nos quadros da OAB:

EOAB

Capítulo III
Da Inscrição

Art. 8º.
Para inscrição como advogado é necessário:
I – capacidade civil;
II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente
autorizada e credenciada;
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV – aprovação em Exame de Ordem;
V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o conselho.

Quanto à capacidade, você já deve ter estudado em Direito Civil que ela pode ser dividida
em dois atributos, mas vou refrescar sua memória!
A pessoa natural, ao nascer com vida, adquire personalidade jurídica, de acordo com o
artigo 2º do Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida,
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Com isso, ao nascer a
pessoa adquire personalidade jurídica e passa a ser sujeito de direito e obrigações, possuindo,
então, capacidade de direito ou de gozo.
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Perceba que a capacidade de direito ou de gozo é limitada, em razão da inaptidão para


que o possuidor pratique pessoalmente os atos da vida civil – um bebê, por exemplo, não
é capaz de expressar sua vontade, não é mesmo? Falta, desse modo, capacidade de fato
ou de exercício, que é adquirida, em regra, quando a pessoa completa 18 (dezoito) anos de
idade (art. 5º, Código Civil).
Segundo Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho (Manual de Direito Civil. São
Paulo: Saraiva, 2017):

Todo ser humano tem, assim, capacidade de direito, pelo fato de que a personalidade jurídica é atributo
inerente à sua condição. [...] Nem toda pessoa, porém, possuía aptidão para exercer pessoalmente
os seus direitos, praticando atos jurídicos, em razão de limitações orgânicas ou psicológicas.
Se puderem atuar pessoalmente, possuem, também, capacidade de fato ou de exercício.
Reunidos os dois atributos, fala-se em capacidade civil plena.

Veja que, no contexto do nosso estudo, quando a lei fala em capacidade civil não é
suficiente a capacidade de direito, pois esta é inerente a todas as pessoas, sendo necessária
a conjugação das duas espécies para que a pessoa adquira capacidade plena.

Quanto ao tema, é conveniente destacar que a incapacidade cessará para os menores


pela colação de grau em curso superior (art. 5º, parágrafo único, inciso IV, do Código Civil).
Tal possibilidade é prevista pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que autoriza que
alunos com extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas
e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial,
possam ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas
de ensino (art. 47, § 2º, Lei n. 9.394/1996).
De acordo com Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo:
Saraiva, 2017),

Antes de completar 18 anos, pode haver a inscrição do interessado, se for comprovada sua
graduação no curso jurídico. O Código Civil (art. 5º, inciso IV, parágrafo único) inclui a graduação
universitária como causa de maioridade civil, sem necessidade de emancipação concedida pelos
pais. Nesse caso, o diploma é a prova da capacidade civil.

A exigência de diploma parece óbvia, mas devemos entender que é possível a substituição
do diploma pela certidão de graduação em Direito, uma vez que o futuro advogado, tendo
já concluído a graduação, não pode ser prejudicado pela instituição de ensino pela demora
na emissão do diploma, o documento formal.
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A certidão, nesse caso, irá atestar que o aluno concluiu a graduação e é bacharel em
Direito, estando apto a adentrar no mercado de trabalho.
De acordo com o artigo 23 do Regulamento Geral da OAB, na falta de diploma regularmente
registrado, o requerente apresentará certidão de graduação em Direito, acompanhada de
cópia autenticada do respectivo histórico escolar. Ademais, a lei exige que a instituição
de ensino seja autorizada e credenciada junto ao Ministério da Educação e Cultura (MEC).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9.394/1996) prevê que a autorização e
o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituições de educação
superior, terão prazos limitados. Desse modo, é dever da instituição renovar periodicamente
seu credenciamento e manter-se regular perante o MEC.
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu no sentido de que, se a instituição não providenciar
o reconhecimento do curso de bacharelado em Direito, o aluno fica impossibilitado, em que
pese aprovado no exame da OAB, de obter a inscrição definitiva de advogado:

JURISPRUDÊNCIA
LEGISLAÇÃO DE ENSINO. RECURSO ESPECIAL. CURSO SUPERIOR NÃO RECONHECIDO
PELO MEC. IMPOSSIBILIDADE DE EXERCER A PROFISSÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA
DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. DANO MATERIAL NÃO RECONHECIDO. DANO MORAL. VALOR.
REVISÃO PELO STJ. MONTANTE EXORBITANTE OU IRRISÓRIO. CABIMENTO. 1. O art. 535 do
Código de Processo Civil permanece incólume quando o Tribunal de origem manifesta-se
suficientemente sobre a questão controvertida, apenas adotando fundamento diverso
daquele perquirido pela parte. 2. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei n.
9.394/1996) exige sejam os cursos reconhecidos por prazo limitado de validade, sendo
renovado o reconhecimento, periodicamente, após processo regular de avaliação (art. 46).
Regulamentando tal disposição, foi emitida a Portaria n. 877 de 1997, então vigente, que
dispunha que o reconhecimento de cursos superiores deveriam ser requeridos a partir do
terceiro ano, quando se tratar de curso com duração superior a cinco. 3. A instituição de
ensino que oferece curso de bacharelado em Direito sem providenciar o reconhecimento
deste no Ministério da Educação e Cultura (MEC), antes de sua conclusão – resultando
na impossibilidade de aluno, aprovado no exame da OAB, obter inscrição definitiva de
advogado –, responde objetivamente pelo serviço defeituoso. 4. O requerente à inscrição
no quadro de advogados da OAB, na falta de diploma regularmente registrado, apresenta
certidão de graduação em Direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo
histórico escolar, por licença do art. 23 do Regulamento da Advocacia. De todo modo, o
diploma ou certidão devem ser emitidos por instituição de ensino que esteja reconhecida
pelo Ministério da Educação. A ausência do reconhecimento do curso impede a inscrição.

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Precedentes. 5. No caso concreto não foi demonstrado dano material efetivo. Depreende-se
de sua exordial que o autor somente pretendeu indenização por danos materiais com
fundamento em lucros cessantes, tendo sido o pleito acatado pelas instâncias ordinárias,
motivo pelo qual esta Corte não pode reconhecer a teoria da perda de uma chance, sob pena
de julgamento extra petita. 6. O montante arbitrado a título de danos morais comporta
revisão pelo Superior Tribunal de Justiça nas hipóteses em que for claramente irrisório ou
exorbitante. Precedentes. 7. Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1244685/SP, Rel.
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 03/10/2013, DJe 17/10/2013).

Faço uma ressalva quanto ao estrangeiro ou ao brasileiro não graduado em Direito no


Brasil que deve fazer prova do título de graduação obtido na instituição estrangeira, o qual
será devidamente revalidado, além de demonstrar o cumprimento dos demais requisitos
previstos neste artigo (§ 2º, art. 8º, EOAB).
A exigência do título de eleitor está associada ao conceito de cidadão e ao pleno gozo dos
direitos civis e políticos por parte do requerente da inscrição brasileiro (art. 14, § 1º, CF/88).
O serviço militar, por sua vez, consiste no exercício de atividades específicas,
desempenhadas nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), obrigatório para
todos os brasileiros, ficando isentas as mulheres em tempo de paz (art. 143, CF/88).
Desse modo, apenas os requerentes do sexo masculino devem cumprir a exigência de
quitação do serviço militar.
Outro pressuposto um tanto quanto óbvio é a aprovação no Exame de Ordem.
A obrigatoriedade de realização do exame decorre diretamente do princípio da liberdade
profissional condicionada à qualificação, previsto no artigo 5º, inciso XIII, da CF/88: “é livre o
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer”.
Acrescento, apenas para aprofundar seu estudo, que o dispositivo trazido acima é um
clássico exemplo de norma de eficácia contida, observada a classificação da aplicabilidade
das normas constitucionais proposta por José Afonso da Silva, a qual é tida como norma
apta a produzir todos os seus efeitos, desde a promulgação da Constituição Federal de
1988, mas que pode ser (discricionariedade) restringida pelo legislador.
No caso, diante da relevância da atuação do profissional advogado, e tendo em vista
também o múnus público relacionado com o ministério da advocacia, é necessária a verificação
da qualificação técnica do profissional antes de sua inserção no mercado de trabalho.
Sobre o requisito, destaco que já foi questionada a constitucionalidade da obrigatoriedade
de realização do exame, através do Recurso Extraordinário n. 603.583, no qual foi reconhecida a
repercussão geral do tema e proferida decisão reconhecendo a constitucionalidade do exame:

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JURISPRUDÊNCIA
RE 603583 – STF
TRABALHO – OFÍCIO OU PROFISSÃO – EXERCÍCIO. Consoante disposto no inciso XIII do
artigo 5º da Constituição Federal, “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. BACHARÉIS
EM DIREITO – QUALIFICAÇÃO. Alcança-se a qualificação de bacharel em Direito
mediante conclusão do curso respectivo e colação de grau. ADVOGADO – EXERCÍCIO
PROFISSIONAL – EXAME DE ORDEM. O Exame de Ordem, inicialmente previsto no
artigo 48, inciso III, da Lei n. 4.215/63 e hoje no artigo 84 da Lei n. 8.906/94, no que
a atuação profissional repercute no campo de interesse de terceiros, mostra-se
consentâneo com a Constituição Federal, que remete às qualificações previstas
em lei. Considerações. (RE 603583, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno,
julgado em 26/10/2011, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-
102 DIVULG 24-05-2012 PUBLIC 25-05-2012 RTJ VOL-00222-01 PP-00550)

Também é indispensável a leitura de parte do voto do Ministro Marco Aurélio, relator,


no qual menciona que:

Destarte, o desempenho da advocacia por indivíduo de formação técnica deficiente poderá


causar prejuízo irreparável ou, quando menos, de difícil reparação ao seu constituinte. A
representação judicial despreparada pode custar a um indivíduo a sua liberdade, o imóvel
em que reside, a guarda de seus filhos; a consultoria jurídica prestada por profissional
desprovido da necessária habilitação técnica pode submeter o seu cliente a sanções gravosas,
ocasionando prejuízos capazes de fechar empresas. Por essas razões, existe justificativa
plausível para a prévia verificação da qualificação profissional do bacharel em Direito para
que possa exercer a advocacia. Sobreleva, in casu, interesse coletivo relevante na aferição da
capacidade técnica do indivíduo que tenciona ingressar no exercício profissional das atividades
privativas do advogado.

Além do mais, entre as alegações do recorrente, está a inconstitucionalidade do § 1º do


artigo 8º do Estatuto, no qual é estabelecido que o Exame da Ordem é regulamentado em
provimento do Conselho Federal da OAB, uma vez que, no entendimento do recorrente, a
delegação legislativa da regulamentação do Exame ao Conselho fere o princípio da reserva
legal previsto na Constituição Federal.
A alegação foi afastada sob o argumento de que a OAB, apesar de ser uma entidade
privada, exerce um serviço público independente, considerada categoria ímpar no elenco
das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro (sui generis), que não pode
ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional. Portanto, possui
atribuição para regulamentar o exercício profissional, já que a exigência de aprovação no
exame da ordem advém da lei formal (Lei n. 8.906/1994 – Estatuto da OAB).

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Para a inscrição como advogado é necessário, ainda, que o requerente não exerça
atividade incompatível com a advocacia.
O Estatuto determina que a advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com
as seguintes atividades:
EOAB
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I – chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
II – membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos
de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos
os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração
pública direta e indireta;
III – ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta
ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de
serviço público;
IV – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão
do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
V – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de
qualquer natureza;
VI – militares de qualquer natureza, na ativa;
VII – ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação
ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII – ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-
lo temporariamente.
§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante
sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração
acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
§ 3º As causas de incompatibilidade previstas nas hipóteses dos incisos V e VI do caput deste
artigo não se aplicam ao exercício da advocacia em causa própria, estritamente para fins de
defesa e tutela de direitos pessoais, desde que mediante inscrição especial na OAB, vedada a
participação em sociedade de advogados. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 4º A inscrição especial a que se refere o § 3º deste artigo deverá constar do documento profissional
de registro na OAB e não isenta o profissional do pagamento da contribuição anual, de multas e de
preços de serviços devidos à OAB, na forma por ela estabelecida, vedada cobrança em valor superior
ao exigido para os demais membros inscritos. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)

Obs.: Prezado(a), muito cuidado, os §§ 3º e 4º do artigo 28 do Estatuto, foram declarados


inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 7227, ocorrido
em março de 2023, uma vez que a incompatibilidade do exercício da advocacia, mesmo
em causa própria, pelos integrantes das polícias e militares na ativa, objetiva obstar
a ocorrência de conflitos de interesse, preservar a necessidade de exclusividade no
desempenho das atividades policiais ou militares, ou da função de advogado, e
manter o núcleo essencial do direito à liberdade de profissão, que não é inviabilizado
em geral, mas restrito o exercício concomitante de duas profissões, assegurada,
contudo, a liberdade de escolha entre elas.

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DICA
Todas as hipóteses de impedimento serão estudadas mais
detalhadamente nas nossas próximas aulas. Fique tranquilo:
por ora, a leitura do dispositivo acima é suficiente.

A idoneidade moral é um conceito jurídico indeterminado, porém determinável após


ser efetuada análise do caso concreto.
O dicionário Aurélio conceitua idoneidade como “característica de quem aparenta ser
honesto; qualidade da pessoa apta a desempenhar funções, cargos ou trabalhos. Qualidade
do que é idôneo, que convém de modo perfeito ou é adequado”.
Segundo Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo:
Saraiva, 2017),

O sexto requisito é a idoneidade moral. É um conceito indeterminado (porém determinável),


cujo conteúdo depende da mediação concretizadora do Conselho competente, em cada caso. Os
parâmetros não são subjetivos, mas decorrem da aferição objetiva de standards valorativos
que se captam na comunidade profissional, no tempo e no espaço, e que contam com o máximo
de consenso na consciência jurídica.
De maneira geral, não são compatíveis com a idoneidade moral atitudes e comportamentos
imputáveis ao interessado, que contaminarão necessariamente sua atividade profissional,
em desprestígio da advocacia.

O Pleno do Conselho Federal da OAB editou as súmulas n. 06/2018, n. 9/2019, n. 10/2019


e n. 11/2019, referentes à idoneidade, com os seguintes enunciados:

JURISPRUDÊNCIA
SÚMULA N. 06/2018/COP – INSCRIÇÃO. IDONEIDADE.
Nos processos de inscrição, o Conselho competente poderá suscitar incidente de
apuração de idoneidade, quando se tratar de pessoa que de forma grave ou reiterada
tenha ofendido as prerrogativas da advocacia, assegurando-se o contraditório e a
ampla defesa (DOU, Seção 1, 07.06.2018, p. 129).
SÚMULA N. 09/2019/COP – INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a inscrição nos quadros
da Ordem dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. A prática de violência contra a
mulher, assim definida na “Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência contra a Mulher – ‘Convenção de Belém do Pará’ (1994)”, constitui fator apto
a demonstrar a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito
nos quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho
Seccional a análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, p. 3).

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SÚMULA N. 10/2019/COP – INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E


ADOLESCENTES, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA OU MENTAL. ANÁLISE
DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a inscrição nos quadros da Ordem
dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. A prática de violência contra crianças e
adolescentes, idosos e pessoas com deficiência física ou mental constitui fator apto a
demonstrar a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito
nos quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho
Seccional a análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, pp. 3/4).
SÚMULA N. 11/2019/COP – INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA
LGBTI+. ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a inscrição nos
quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. A prática de violência
contra pessoas LGBTI+, em razão da Orientação Sexual, Identidade de Gênero e
Expressão de Gênero, constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade
moral para inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, independente da
instância criminal, assegurado ao Conselho Seccional a análise do cada caso concreto
(DEOAB, 12.06.2019, p.1).

O Estatuto determina que a inidoneidade moral poderá ser suscitada por qualquer
pessoa, e deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo 2/3 (dois terços)
dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe
os termos do processo disciplinar (§ 3º, artigo 8º, EOAB).
Ademais, há presunção legal de inidoneidade quando ocorrer a condenação por crime
infamante, salvo reabilitação judicial (§ 4º), conforme destaca Lobo (Comentários ao
Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo: Saraiva, 2017):

Há uma hipótese taxativa de inidoneidade moral, dada sua gravidade, contida no § 4º do art. 8º
e que merece destaque: a do crime infamante. Não é qualquer crime, mas aquele, entre os tipos
penais, que provoca o forte repúdio ético da comunidade geral e profissional, acarretando
desonra para seu autor, e que pode gerar desprestígio para a advocacia se for admitido seu
autor a exercê-la. Infamante é conceito indeterminado, de delimitação difícil, devendo ser
concretizado caso a caso pelo Conselho Seccional.
[...]
A extinção da punibilidade da prescrição punitiva não afasta a existência do fato tipificado
como crime, notadamente se infamante. É infamante e atentatório à dignidade da advocacia
o crime de estelionato e de falsificação documental, impedindo a inscrição do interessado nos
quadros da OAB.

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Obs.: Podemos extrair do Estatuto que a idoneidade moral é avaliada constantemente,


não sendo apenas um requisito para a inscrição nos quadros da OAB, uma vez que,
como veremos adiante, constitui infração disciplinar tornar-se moralmente inidôneo
para o exercício da advocacia, bem como praticar crime infamante (art. 34, incisos
XXVII e XXVIII, EOAB), o que enseja a exclusão do advogado dos quadros da OAB (art.
38, inciso II, EOAB).
Verifica-se que, nos casos de inidoneidade, vigora a independência das esferas criminal
e administrativa, uma vez que uma não depende da outra, devendo ser proferida decisão
administrativa, mesmo que haja processo penal em curso, porque as instâncias judicial e
administrativa não se confundem.
Ademais, como no Brasil não são admitidas penas de caráter perpétuo, conforme
determina a Carta Magna (art. 5º, inciso XLVII, alínea b), a inscrição poderá ser requerida
novamente se houver reabilitação judicial.
Sobre o assunto, Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo:
Saraiva, 2017) acrescenta:

De qualquer forma, após reabilitação regularmente deferida, está desimpedido para nova
inscrição, porque no sistema jurídico brasileiro inexiste consequência perpétua da pena. Em
simetria com a situação do que teve a inscrição cancelada por investir-se em cargo incompatível
com a advocacia, por aplicação analógica do § 2º do art. 11 da Lei n. 8.906/94, o reabilitado não
necessita submeter-se ao Exame de Ordem, nem juntar comprovação de título de eleitor
e de quitação com o serviço militar quando pedir nova inscrição, pois seus documentos da
inscrição anterior permanecem com o Conselho Seccional, que tem o dever perpétuo de custódia.

Por fim, o último requisito para efetivar a inscrição como advogado é o ato solene de
prestar compromisso perante o Conselho, no qual o futuro advogado compromete-se a
exercer com nobreza ministério da advocacia.

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O compromisso é indelegável em razão de sua natureza solene e personalíssima.


O requerente à inscrição principal presta o seguinte compromisso perante o Conselho
Seccional, a Diretoria ou o Conselho da Subseção (art. 20 do Regulamento Geral da OAB):
Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e
prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático,
os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da justiça
e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.

001. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) Antônio, brasileiro, formou-se


em Direito em uma renomada Universidade de certo país da América do Sul. Lá, conheceu
e casou-se com uma nacional daquele país, Ana, que também se formou em Direito na
mencionada universidade. Já graduados, Ana e Antônio decidiram mudar-se para o Brasil,
e exercer a advocacia em Minas Gerais, uma vez que se especializaram em determinado
ramo do Direito em que há bastante similitude com o Direito do país de origem de Ana.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
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a) É vedado a Ana o exercício da advocacia no Brasil, salvo, a título precatório, como consultora
em Direito Internacional, se não cursar novamente a graduação no nosso país. Antônio, em
via diversa, poderá inscrever-se como advogado desde que prove seu título de graduação,
obtido na universidade estrangeira, que este seja revalidado e que seja aprovado no Exame
de Ordem, cumpridos os demais requisitos legais.
b) Tanto Ana quanto Antônio poderão inscrever-se como advogados, desde que provem
seus títulos de graduação, obtidos na universidade estrangeira, que estes sejam revalidados
e que eles sejam aprovados no Exame de Ordem, cumpridos os demais requisitos legais.
c) É vedado a Ana o exercício da advocacia no Brasil, salvo, a título precatório, como consultora
em Direito Internacional, se não cursar novamente a graduação no nosso país. Antônio
poderá inscrever-se como advogado desde que prove seu título de graduação, obtido na
universidade estrangeira, independentemente de revalidação, e que seja aprovado no Exame
de Ordem, cumpridos os demais requisitos legais.
d) É vedado a Ana e a Antônio o exercício da advocacia no Brasil, salvo, a título precatório, como
consultores no Direito estrangeiro, se não cursarem novamente a graduação no nosso país.

De acordo com o § 2º do artigo 8º do EOAB, o estrangeiro ou o brasileiro não graduado


em Direito no Brasil deverá fazer prova do título de graduação obtido na instituição
estrangeira, o qual será devidamente revalidado, além de demonstrar o cumprimento dos
demais requisitos previstos no artigo art. 8º do EOAB.
Letra b.

Os requisitos vistos acima não precisam ser preenchidos no momento em que o candidato
se inscreve para realizar o Exame da Ordem, mas, sim, no momento em que solicita a inscrição
definitiva perante os quadros da OAB; ou seja, após a aprovação no exame.
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu nesse sentido, fazendo referência à sumula da
Corte n. 266, referente aos concursos públicos, vejamos:

JURISPRUDÊNCIA
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL. CONSELHO PROFISSIONAL. EXAME DA ORDEM
DOS ADVOGADOS DO BRASIL. COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO NO
CERTAME. IMPOSSIBILIDADE. ART. 8º DA LEI N. 8.906/94 APLICAÇÃO ANALÓGICA DA
SÚMULA N. 266 DESTA CORTE SUPERIOR.
1. Não se pode exigir que o preenchimento dos requisitos elencados no art. 8º
da Lei n. 8.906/94 se dê no momento das inscrições em quaisquer das fases do
certame. Tal exigência só pode ser feita por conta da inscrição final nos quadros
do conselho profissional. Incidência, com adaptações, da Súmula n. 266 desta

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Corte (REsp 984.193/SC, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe
12.9.2008). 2. A literalidade do art. 8º, inc. II, da Lei n. 8.906/94 preconiza que o
diploma ou certidão de graduação em direito será cobrado na oportunidade de
inscrição como advogado. 3. Não se pode exigir que o preenchimento dos requisitos
elencados no art. 8º da Lei n. 8.906/94 sejam comprovados desde o momento em
que o candidato se inscreve para o exame admissional. 4. Tal exigência presente
no certame importa violação da legislação federal acima transcrita, e não mera
norma infralegal – como quer a parte interessada no agravo. 5. Agravo regimental
não provido. (AgRg no REsp 1099464/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 23/03/2010, DJe 12/04/2010).
SÚMULA 266
O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e
não na inscrição para o concurso público. (Súmula 266, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
22/05/2002, DJ 29/05/2002 p. 135).

O advogado pode requerer o registro nos seus assentamentos de fatos comprovados


de sua atividade profissional ou cultural ou a ela relacionados e de serviços prestados à
classe, à OAB e ao País (art. 21 do Regulamento Geral).
A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território
o advogado pretende estabelecer o seu domicílio profissional, entendendo-se como
domicílio a sede principal de advocacia. Em caso de dúvida, prevalece o domicílio da pessoa
física do advogado (art. 10, EOAB).
A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, já que
pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de inscrição suplementar
nos Conselhos Seccionais quando a intervenção judicial exceder de 5 (cinco) causas por
ano (art. 10, § 2º. EOAB).
Dessa forma, o advogado fica dispensado de comunicar o exercício eventual da profissão,
até o total de cinco causas por ano, acima do qual obriga-se à inscrição suplementar, nos
termos do artigo 26 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB.
Além disso, é importante considerar que o artigo 15, § 5º, do EOAB autoriza a criação de
filiais e a atuação dos advogados em áreas de outro Conselho Seccional, sendo que o ato de
constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho
Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal
de advocacia, obrigados à inscrição suplementar.

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Por outro lado, no caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade
federativa, o advogado deve requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho
Seccional correspondente, sendo que o Conselho Seccional deve suspender o pedido de
transferência ou de inscrição suplementar ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na
inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal (art. 10, §§ 3º e 4º, EOAB).

Obs.: Os pedidos de transferência de inscrição de advogados são regulados em Provimento


do Conselho Federal (art. 25 do Regulamento Geral).

1.1. CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO


São várias as possibilidades que ensejam o cancelamento da inscrição. De acordo com
o artigo 11 do EOAB, cancela-se a inscrição do profissional quando:
• o advogado requerer;
• sofrer penalidade de exclusão;
• falecer;
• passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
• perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
Destaco que o cancelamento será promovido de ofício em caso de aplicação de penalidade
de exclusão, falecimento ou com o desempenho de atividade incompatível (art. 11, § 1º, EOAB).

Obs.: Apesar do cancelamento, poderá ser feito novo pedido de inscrição, que não
restaura o número de inscrição anterior. Ao interessado cabe a prova dos requisitos
da capacidade civil (art. 8º, inciso I), do não desempenho de atividade incompatível
(inciso V), de idoneidade moral (inciso VI), além de prestar novamente compromisso
perante o Conselho (inciso VII) (art. 11, § 2º, EOAB).
Como já mencionei acima, caso o cancelamento ocorra em razão de exclusão, o novo pedido
de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação judicial (11, § 3º, EOAB).

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1.2. LICENCIAMENTO
Nos termos do artigo 12 do EOAB, licencia-se o profissional que:
• assim o requerer, por motivo justificado;
• passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício
da advocacia;
• sofrer doença mental considerada curável.
A respeito da doença mental curável, Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e
da OAB. São Paulo: Saraiva, 2017) traz que:

A doença mental curável é a terceira e última hipótese de licenciamento, que perdurará


até que o interessado apresente laudo médico que declare sua recuperação definitiva. No
caso de intermitência de insanidade mental, a doutrina tem entendido que se enquadra na
incapacidade civil absoluta prevista no Código Civil, sendo mais adequado o cancelamento.
Como o licenciamento independe da interdição judicial, poderá ser promovido de ofício pelo
Conselho Seccional, após submeter o inscrito a perícia médica, ou, em caso de recusa deste,
com fundamento em provas irrefutáveis de sua instabilidade mental.

Durante o período em que o advogado estiver licenciado, ficará desobrigado do


pagamento das anuidades, se assim expressamente requerer, conforme entendimento
pacificado do Conselho Federal da OAB:

JURISPRUDÊNCIA
SÚMULA N. 03/2012/COP – ADVOGADO. OAB. PAGAMENTO DE ANUIDADES.
OBRIGATORIEDADE. SUSPENSÃO. LICENÇA.

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I – É obrigatório o pagamento de anuidades pelo advogado suspenso temporariamente


de suas atividades profissionais. II – O advogado regularmente licenciado do exercício
profissional não está sujeito ao pagamento das anuidades, sendo, contudo, obrigatória
sua manifestação expressa de opção nesse sentido, presumindo-se, com a ausência de
requerimento correspondente, que pretende fazer jus aos benefícios proporcionados
pela OAB, com a manutenção da obrigatoriedade do respectivo recolhimento (DOU,
Seção 1, 9.10.2012, p. 124).

1.3. IDENTIDADE PROFISSIONAL


O documento de identidade profissional é de uso obrigatório no exercício da atividade
de advogado ou de estagiário, e constitui prova de identidade civil para todos os fins
legais (art. 13, EOAB).

De acordo com o artigo 32 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, são documentos de


identidade profissional: a carteira e o cartão emitidos pela OAB, de uso obrigatório pelos
advogados e estagiários inscritos, para o exercício de suas atividades, os quais podem ser
emitidos de FORMA DIGITAL. Saliento que o uso do cartão dispensa o da carteira.

Em todos os documentos assinados pelo advogado no exercício de sua atividade é


obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição, sendo vedado anunciar ou
divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício da advocacia, ou o uso da expressão
escritório de advocacia, sem indicação expressa do nome e do número de inscrição dos
advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB
(art. 14, EOAB).

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O Regulamento Geral do Estatuto da OAB estabelece em seus artigos 33 e 34 alguns


critérios de padronização da carteira de identidade do advogado e do cartão. Portanto,
recomendo a leitura breve dos dispositivos:

Art. 33. A CARTEIRA DE IDENTIDADE do advogado, relativa à inscrição originária, tem as dimensões
de 7,00 (sete) x 11,00 (onze) centímetros e observa os seguintes critérios:
I – a capa, em fundo vermelho, contém as armas da República e as expressões “Ordem dos
Advogados do Brasil” e “Carteira de Identidade de Advogado”;
II – a primeira página repete o conteúdo da capa, acrescentado da expressão “Conselho Seccional
de (...)” e do inteiro teor do art. 13 do Estatuto;
III – a segunda página destina-se aos dados de identificação do advogado, na seguinte ordem:
número da inscrição, nome, nome social, filiação, naturalidade, data do nascimento, nacionalidade,
data da colação de grau, data do compromisso e data da expedição, e à assinatura do Presidente
do Conselho Seccional;
IV – a terceira página é dividida para os espaços de uma foto 3 (três) x 4 (quatro) centímetros,
da impressão digital e da assinatura do portador;
V – as demais páginas, em branco e numeradas, destinam-se ao reconhecimento de firma dos
signatários e às anotações da OAB, firmadas pelo Secretário-Geral ou Adjunto, incluindo as
incompatibilidades e os impedimentos, o exercício de mandatos, as designações para comissões,
as funções na OAB, os serviços relevantes à profissão e os dados da inscrição suplementar, pelo
Conselho que a deferir;
VI – a última página destina-se à transcrição do art. 7º do Estatuto.
Parágrafo único. O NOME SOCIAL é a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica
e é socialmente reconhecida e será inserido na identificação do advogado mediante requerimento.
Art. 34. O CARTÃO DE IDENTIDADE tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de identificação
pessoal (registro geral), com as seguintes adaptações, segundo o modelo aprovado pela Diretoria
do Conselho Federal:
I – o fundo é de cor branca e a impressão dos caracteres e armas da República, de cor vermelha;
II – o anverso contém os seguintes dados, nesta sequência: Ordem dos Advogados do Brasil,
Conselho Seccional de (...), Identidade de Advogado (em destaque), n. da inscrição, nome, nome
social, filiação, naturalidade, data do nascimento e data da expedição, e a assinatura do Presidente,
podendo ser acrescentados os dados de identificação de registro geral, de CPF, eleitoral e outros;
III – o verso destina-se à fotografia, observações e assinatura do portador.
§ 1º No caso de inscrição suplementar o cartão é específico, indicando-se: “N. da Inscrição
Suplementar:” (em negrito ou sublinhado).
§ 2º Os Conselhos Federal e Seccionais podem emitir cartão de identidade para os seus membros
e para os membros das Subseções, acrescentando, abaixo do termo “Identidade de Advogado”,
sua qualificação de conselheiro ou dirigente da OAB e, no verso, o prazo de validade, coincidente
com o mandato.
§ 3º O cartão de identidade profissional DIGITAL dos advogados e estagiários, constituindo
versão eletrônica de identidade para todos os fins legais (art. 13 da Lei n. 8.906/94 – EAOAB),
submete-se à disciplina prevista no presente artigo.

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É conveniente frisar que os dados de identificação do advogado são os seguintes:


número da inscrição, nome, nome social, filiação, naturalidade, data do nascimento,
nacionalidade, data da colação de grau, data do compromisso e data da expedição, e à
assinatura do Presidente do Conselho Seccional (art. 33, inciso III, do Regulamento Geral).

Obs.: O NOME SOCIAL é a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica
e é socialmente reconhecida e será inserido na identificação do advogado mediante
requerimento (art. 33, parágrafo único, do Regulamento Geral).

O suporte material do cartão de identidade é resistente, devendo conter dispositivo


para armazenamento de certificado digital.
Além do mais, destaco que o cartão de identidade profissional DIGITAL dos advogados
e estagiários, constituindo versão eletrônica de identidade para todos os fins legais (art.
13 da Lei n. 8.906/94 – EAOAB), submete-se à disciplina prevista no Regulamento Geral.

1.4. CADASTRO NACIONAL DOS ADVOGADOS – CNA


O artigo 24 do Regulamento Geral estabelece a incumbência aos Conselhos Seccionais da
OAB de alimentar, automaticamente, por via eletrônica, o Cadastro Nacional dos Advogados
– CNA, mantendo as informações correspondentes constantemente atualizadas.

§ 1º O CNA deve conter o nome completo de cada advogado, o nome social, o número da inscrição,
o Conselho Seccional e a Subseção a que está vinculado, o número de inscrição no CPF, a filiação,
o sexo, a data de inscrição na OAB e sua modalidade, a existência de penalidades eventualmente
aplicadas, estas em campo reservado, a fotografia, o endereço completo e o número de telefone
profissional, o endereço do correio eletrônico e o nome da sociedade de advogados de que
eventualmente faça parte, ou esteja associado, e, opcionalmente, o nome profissional, a existência
de deficiência de que seja portador, opção para doação de órgãos, Registro Geral, data e órgão
emissor, número do título de eleitor, zona, seção, UF eleitoral, certificado militar e passaporte.
§ 2º No cadastro são incluídas, igualmente, informações sobre o cancelamento das inscrições.
§ 3º O Conselho Seccional em que o advogado mantenha inscrição suplementar deverá registrar
a punição disciplinar imposta por outra Seccional, no CNA, em até 24 (vinte e quatro) horas,
a contar da comunicação de que trata o art. 70, § 2º, do EAOAB.

1.5. CADASTRO NACIONAL DAS SOCIEDADES DE ADVOGADOS – CNSA


De igual modo, aos Conselhos Seccionais da OAB incumbe alimentar, automaticamente
e em tempo real, por via eletrônica, o Cadastro Nacional das Sociedades de Advogados
– CNSA, mantendo as informações correspondentes constantemente atualizadas, quais
sejam (art. 24-A do Regulamento Geral):

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§ 1º O CNSA deve conter a razão social, o número de registro perante a seccional, a data do pedido
de registro e a do efetivo registro, o prazo de duração, o endereço completo, inclusive telefone
e correio eletrônico, nome, nome social e qualificação de todos os sócios e as modificações
ocorridas em seu quadro social.
§ 2º Mantendo a sociedade filiais, os dados destas, bem como os números de inscrição suplementar
de seus sócios, após averbados no Conselho Seccional no qual se localiza o escritório sede, serão
averbados no CNSA.
§ 3º São igualmente averbados no CNSA os ajustes de associação ou de colaboração.
§ 4º São proibidas razões sociais iguais ou semelhantes, prevalecendo a razão social da
sociedade com inscrição mais antiga.
§ 5º Constatando-se semelhança ou identidade de razões sociais, o Conselho Federal da OAB
solicitará, de ofício, a alteração da razão social mais recente, caso a sociedade com registro
mais recente não requeira a alteração da sua razão social, acrescentando ou excluindo dados
que a distinga da sociedade precedentemente registrada.
§ 6º Verificado conflito de interesses envolvendo sociedades em razão de identidade ou
semelhança de razões sociais, em Estados diversos, a questão será apreciada pelo Conselho
Federal da OAB, garantindo-se o devido processo legal.

2. ESTÁGIO PROFISSIONAL
Do mesmo modo como é exigida a inscrição do profissional nos quadros da OAB para
que exerça a atividade da advocacia e seja denominado advogado, é exigida a inscrição do
estagiário de advocacia.
Relembro que o estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os
atos privativos de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste,
observado o regimento geral (art. 3º, § 2º, EOAB).

Obs.: São atividades privativas de advocacia (art. 1º, EOAB): a postulação a órgão do
Poder Judiciário e aos juizados especiais; as atividades de consultoria, assessoria e
direção jurídicas, bem como a vistoria de atos e contratos constitutivos de pessoas
jurídicas, sob pena de nulidade.
Segundo o artigo 29 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, os atos de advocacia,
previstos no art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB,
em conjunto com o advogado ou o defensor público.
De outra parte, o estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes
atos, sob a responsabilidade do advogado (art. 29, § 1º, do Regulamento Geral):
• retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
• obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de
processos em curso ou findos;
• assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
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Além do mais, para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer


isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado (art. 29,
§ 2º, do Regulamento Geral).

002. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) João é estagiário de Direito. É


vedado a João praticar isoladamente – isto é, sem atuar em conjunto com o advogado ou
o defensor público que o supervisiona – o seguinte ato:
a) assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais.
b) obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças de processos em curso.
c) comparecer à prática de atos extrajudiciais, sem autorização ou substabelecimento do advogado.
d) retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga.

Letra: C
O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a
responsabilidade do advogado (art. 29, §1º, do Regulamento Geral):
• retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
• obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de
processos em curso ou findos;
• assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
Entretanto, para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer
isoladamente, QUANDO RECEBER AUTORIZAÇÃO OU SUBSTABELECIMENTO DO ADVOGADO
(art. 29, § 2º, do Regulamento Geral).
Letra c.

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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Ética e Estatuto da OAB
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, Estágio Profissional
Cínthia Biesek

De acordo com o artigo 9º, § 1º, do EOAB, o estágio profissional de advocacia, com
duração de 2 (dois) anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido
pelas respectivas instituições de ensino superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores,
órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o
estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
De acordo com o artigo 27 do Regulamento do Estatuto da OAB, o estágio profissional
de advocacia, inclusive para graduados, é requisito necessário à inscrição no quadro de
estagiários da OAB e meio adequado de aprendizagem prática.

§ 1º O estágio profissional de advocacia pode ser oferecido pela instituição de ensino superior
autorizada e credenciada, em convênio com a OAB, complementando-se a carga horária do estágio
curricular supervisionado com atividades práticas típicas de advogado e de estudo do Estatuto e
do Código de Ética e Disciplina, observado o tempo conjunto mínimo de 300 (trezentas) horas,
distribuído em dois ou mais anos.
§ 2º A complementação da carga horária, no total estabelecido no convênio, pode ser efetivada
na forma de atividades jurídicas no núcleo de prática jurídica da instituição de ensino, na
Defensoria Pública, em escritórios de advocacia ou em setores jurídicos públicos ou privados,
credenciados e fiscalizados pela OAB.
§ 3º As atividades de estágio ministrado por instituição de ensino, para fins de convênio com
a OAB, são exclusivamente práticas, incluindo a redação de atos processuais e profissionais,
as rotinas processuais, a assistência e a atuação em audiências e sessões, as visitas a órgãos
judiciários, a prestação de serviços jurídicos e as técnicas de negociação coletiva, de arbitragem
e de conciliação.

Obs.: O estágio realizado na Defensoria Pública da União, do Distrito Federal ou dos Estados,
na forma do artigo 145 da Lei Complementar n. 80/1994, é considerado válido para fins
de inscrição no quadro de estagiários da OAB (art. 28 do Regulamento Geral).
O estágio profissional de advocacia realizado integralmente fora da instituição de
ensino compreende as atividades fixadas em convênio entre o escritório de advocacia ou
entidade que receba o estagiário e a OAB, nos termos do artigo 30 do Regulamento Geral.
A INSCRIÇÃO do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize
seu curso jurídico, sendo necessário, para a inscrição, o preenchimento dos seguintes
requisitos (art. 9º, EOAB):

I – capacidade civil;
II – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
III – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
IV – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o Conselho;
VIII – ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.

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Caso o aluno de curso jurídico exerça atividade incompatível com a advocacia, pode
frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins
de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB (art. 9º, § 3º, EOAB).
O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se
inscrever na Ordem (art. 9º, § 4º, EOAB).

Vimos anteriormente que a carteira e o cartão emitidos pela OAB são documentos de
identidade profissional, de uso obrigatório pelos advogados e estagiários inscritos, para
o exercício de suas atividades, os quais podem ser emitidos de forma digital.
Pois bem.
De acordo com o artigo 35 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, o cartão de
identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de identidade do
advogado, com a indicação de “Identidade de Estagiário”, em destaque, e do prazo de
validade, que não pode ultrapassar 3 (três) anos nem ser prorrogado.
O cartão de identidade do estagiário perde sua validade imediatamente após a prestação
do compromisso como advogado.
Cada Conselho Seccional mantém uma Comissão de Estágio e Exame de Ordem, a quem
incumbe coordenar, fiscalizar e executar as atividades decorrentes do estágio profissional
da advocacia, que pode instituir subcomissões nas Subseções, nos termos do artigo 31 do
Regulamento Geral.
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Compete ao Presidente do Conselho Seccional designar a Comissão, que pode ser


composta por advogados não integrantes do Conselho.
Os convênios de estágio profissional e suas alterações, firmados pelo Presidente do Conselho
ou da Subseção, quando esta receber delegação de competência, são previamente elaborados
pela Comissão, que tem poderes para negociá-los com as instituições interessadas.

2.1. ESTÁGIO EM REGIME DE TELETRABALHO


A recentíssima Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 trouxe a possibilidade de realização
do estágio profissional no regime de teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema
remoto ou não, por qualquer meio telemático, sem configurar vínculo de emprego a adoção de
qualquer uma dessas modalidades em caso de pandemia ou em outras situações excepcionais
que impossibilitem as atividades presenciais, declaradas pelo poder público, vejamos:

EOAB
ART. 9º
§ 5º Em caso de pandemia ou em outras situações excepcionais que impossibilitem as atividades
presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio profissional poderá ser realizado no regime
de teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema remoto ou não, por qualquer meio
telemático, sem configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer uma dessas modalidades.
(Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022)
§ 6º Se houver concessão, pela parte contratante ou conveniada, de equipamentos, sistemas
e materiais ou reembolso de despesas de infraestrutura ou instalação, todos destinados a
viabilizar a realização da atividade de estágio prevista no § 5º deste artigo, essa informação
deverá constar, expressamente, do convênio de estágio e do termo de estágio. (Incluído pela
Lei n. 14.365, de 2022)

Atente-se ao fato de que a concessão de equipamentos, sistemas e materiais ou


reembolso de despesas de infraestrutura ou instalação, destinados a viabilizar a realização
da atividade de estágio no regime de teletrabalho, deverá constar, expressamente, do
convênio de estágio e do termo de estágio.

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RESUMO
• O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de
advogado são privativos dos inscritos na OAB.
• O Estatuto de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil estabelece o preenchimento
dos seguintes requisitos para inscrição nos quadros da OAB:
− capacidade civil;
− diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino
oficialmente autorizada e credenciada;
− título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
− aprovação em Exame de Ordem;
− não exercer atividade incompatível com a advocacia;
− idoneidade moral;
− prestar compromisso perante o conselho.
◦ Na falta de diploma regularmente registrado, o requerente apresentará certi-
dão de graduação em Direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo
histórico escolar. Ademais, a lei exige que a instituição de ensino seja autorizada
e credenciada junto ao MEC.
◦ Faço uma ressalva quanto ao estrangeiro ou ao brasileiro não graduado em
Direito no Brasil que deve fazer prova do título de graduação obtido na insti-
tuição estrangeira, o qual será devidamente revalidado, além de demonstrar o
cumprimento dos demais requisitos.
◦ A inidoneidade moral poderá ser suscitada por qualquer pessoa, e deve ser de-
clarada mediante decisão que obtenha no mínimo 2/3 dos votos de todos os
membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos
do processo disciplinar. Há presunção legal de inidoneidade quando ocorrer a
condenação por crime infamante, salvo reabilitação judicial.
◦ O compromisso é indelegável em razão de sua natureza solene e personalíssima.
• A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo
território o advogado pretende estabelecer o seu domicílio profissional, entendendo-
se como domicílio a sede principal de advocacia. Em caso de dúvida, prevalece o
domicílio da pessoa física do advogado.
• A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, já
que pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de inscrição
suplementar nos Conselhos Seccionais quando a intervenção judicial exceder de 5
causas por ano.
− O advogado fica dispensado de comunicar o exercício eventual da profissão, até o
total de 5 causas por ano, acima do qual obriga-se à inscrição suplementar.
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• No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa,


o advogado deve requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional
correspondente, sendo que o Conselho Seccional deve suspender o pedido de
transferência ou de inscrição suplementar ao verificar a existência de vício ou ilegalidade
na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal.
• Cancela-se a inscrição do profissional quando:
− o advogado requerer;
− sofrer penalidade de exclusão;
− falecer;
− passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
− perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
• Licencia-se o profissional que:
− assim o requerer, por motivo justificado;
− passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício
da advocacia;
− sofrer doença mental considerada curável.
• O documento de identidade profissional é de uso obrigatório no exercício da
atividade de advogado ou de estagiário, e constitui prova de identidade civil para
todos os fins legais.
• São documentos de identidade profissional: a carteira e o cartão emitidos pela OAB,
de uso obrigatório pelos advogados e estagiários inscritos, para o exercício de suas
atividades, os quais podem ser emitidos de FORMA DIGITAL. Saliento que o uso do
cartão dispensa o da carteira.
• Em todos os documentos assinados pelo advogado no exercício de sua atividade é
obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição, sendo vedado anunciar
ou divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício da advocacia, ou o uso
da expressão escritório de advocacia, sem indicação expressa do nome e do número
de inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade
de advogados na OAB.

ESTÁGIO PROFISSIONAL
• Do mesmo modo como é exigida a inscrição do profissional nos quadros da OAB para
que exerça a atividade da advocacia e seja denominado advogado, é exigida a inscrição
do estagiário de advocacia.
• Os atos de advocacia, previstos no art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por
estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público.

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• O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a


responsabilidade do advogado:
− retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
− obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de
processos em curso ou findos;
− assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
◦ Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isolada-
mente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado.
• O estágio profissional de advocacia, com duração de 2 anos, realizado nos últimos
anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino
superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de
advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo do Estatuto e do
Código de Ética e Disciplina.
• O estágio profissional de advocacia realizado integralmente fora da instituição de
ensino compreende as atividades fixadas em convênio entre o escritório de advocacia
ou entidade que receba o estagiário e a OAB.
• A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso
jurídico, sendo necessário, para a inscrição, o preenchimento dos seguintes requisitos:
− capacidade civil;
− título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
− não exercer atividade incompatível com a advocacia;
− idoneidade moral;
− prestar compromisso perante o Conselho;
− ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
• Caso o aluno de curso jurídico exerça atividade incompatível com a advocacia, pode
frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para
fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.
• O cartão de identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de
identidade do advogado, com a indicação de “Identidade de Estagiário”, em destaque,
e do prazo de validade, que não pode ultrapassar 3 anos nem ser prorrogado.
− O cartão de identidade do estagiário perde sua validade imediatamente após a
prestação do compromisso como advogado.

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MAPAS MENTAIS

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) Antônio, brasileiro, formou-se


em Direito em uma renomada Universidade de certo país da América do Sul. Lá, conheceu
e casou-se com uma nacional daquele país, Ana, que também se formou em Direito na
mencionada universidade. Já graduados, Ana e Antônio decidiram mudar-se para o Brasil,
e exercer a advocacia em Minas Gerais, uma vez que se especializaram em determinado
ramo do Direito em que há bastante similitude com o Direito do país de origem de Ana.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) É vedado a Ana o exercício da advocacia no Brasil, salvo, a título precatório, como consultora
em Direito Internacional, se não cursar novamente a graduação no nosso país. Antônio, em
via diversa, poderá inscrever-se como advogado desde que prove seu título de graduação,
obtido na universidade estrangeira, que este seja revalidado e que seja aprovado no Exame
de Ordem, cumpridos os demais requisitos legais.
b) Tanto Ana quanto Antônio poderão inscrever-se como advogados, desde que provem
seus títulos de graduação, obtidos na universidade estrangeira, que estes sejam revalidados
e que eles sejam aprovados no Exame de Ordem, cumpridos os demais requisitos legais.
c) É vedado a Ana o exercício da advocacia no Brasil, salvo, a título precatório, como consultora
em Direito Internacional, se não cursar novamente a graduação no nosso país. Antônio
poderá inscrever-se como advogado desde que prove seu título de graduação, obtido na
universidade estrangeira, independentemente de revalidação, e que seja aprovado no Exame
de Ordem, cumpridos os demais requisitos legais.
d) É vedado a Ana e a Antônio o exercício da advocacia no Brasil, salvo, a título precatório, como
consultores no Direito estrangeiro, se não cursarem novamente a graduação no nosso país.

002. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) João é estagiário de Direito. É


vedado a João praticar isoladamente – isto é, sem atuar em conjunto com o advogado ou
o defensor público que o supervisiona – o seguinte ato:
a) assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais.
b) obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças de processos em curso.
c) comparecer à prática de atos extrajudiciais, sem autorização ou substabelecimento do advogado.
d) retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga.

003. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII/2021) Lia, aluna do oitavo período de


uma Faculdade de Direito, obteve de certo escritório de advocacia a proposta de um estágio
profissional. Assim, pretende providenciar sua inscrição como estagiária junto à OAB.
Lia deverá requerer sua inscrição como estagiária junto ao Conselho Seccional em cujo
território se situa
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a) a sede do escritório onde atuará.


b) a sede principal da sua atividade de estagiária de advocacia.
c) o seu domicílio de pessoa física.
d) a Faculdade de Direito em que estuda.

004. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII/2021) Carlos é aluno do primeiro


período do curso de Direito. Vinícius é bacharel em Direito, que ainda não realizou o Exame
da Ordem. Fernanda é advogada inscrita na OAB. Todos eles são aprovados em concurso
público realizado por Tribunal de Justiça para o preenchimento de vagas de Técnico Judiciário.
Após a investidura de Carlos, Vinícius e Fernanda em tal cargo efetivo e, enquanto
permanecerem em atividade, é correto afirmar que
a) Carlos não poderá frequentar o estágio ministrado pela instituição de ensino superior
em que está matriculado.
b) Vinícius preencherá os requisitos necessários para ser inscrito como advogado na OAB,
caso venha a ser aprovado no Exame da Ordem.
c) Fernanda deverá ter sua inscrição na OAB cancelada de ofício ou em virtude de comunicação
que pode ser feita por qualquer pessoa.
d) Fernanda deverá ter sua inscrição na OAB suspensa, restaurando-se o número em caso
de novo pedido.

005. (FGV/OAB/XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019) Júnior é bacharel em Direito.


Formou-se no curso jurídico há seis meses e não prestou, ainda, o Exame de Ordem para
sua inscrição como advogado, embora pretenda fazê-lo em breve. Por ora, Júnior é inscrito
junto à OAB como estagiário e exerce estágio profissional de advocacia em certo escritório
credenciado pela OAB, há um ano. Nesse exercício, poucas semanas atrás, juntamente com
o advogado José dos Santos, devidamente inscrito como tal, prestou consultoria jurídica
sobre determinado tema, solicitada por um cliente do escritório. Os atos foram assinados
por ambos. Todavia, o cliente sentiu-se lesado nessa consultoria, alegando culpa grave na
sua elaboração.
Considerando o caso hipotético, bem como a disciplina do Estatuto da Advocacia e da OAB,
assinale a opção correta.
a) Júnior não poderia atuar como estagiário e deverá responder em âmbito disciplinar por
essa atuação indevida. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação na atividade de
consultoria praticada é de José.
b) Júnior não poderia atuar como estagiário e deverá responder em âmbito disciplinar por
essa atuação indevida. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação na atividade de
consultoria praticada é solidária entre Júnior e José.
c) Júnior poderia atuar como estagiário. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação
na atividade de consultoria praticada é solidária entre Júnior e José.
d) Júnior poderia atuar como estagiário. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação
na atividade de consultoria praticada é de José.

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006. (FGV/OAB/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019) Maria, formada em uma renomada


faculdade de Direito, é transexual. Após a aprovação no Exame de Ordem e do cumprimento
dos demais requisitos, Maria receberá a carteira de identidade de advogado, relativa à sua
inscrição originária.
Sobre a hipótese apresentada, de acordo com o disposto na Lei n. 8.906/94 e no Regulamento
Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a inclusão do nome social de Maria, em seguida ao nome registral, havendo
exigência normativa de que este seja o nome pelo qual Maria se identifica e é socialmente
reconhecida, mediante mero requerimento formulado pela advogada.
b) É admitida a inclusão do nome social de Maria, desde que, por exigência normativa, este
seja o nome pelo qual Maria se identifica e que consta em registro civil de pessoas naturais,
originariamente ou por alteração, mediante mero requerimento formulado pela advogada.
c) É admitida a inclusão do nome social de Maria, independentemente de menção ao
nome registral, havendo exigência normativa de que este seja o nome pelo qual Maria
se identifica, e é socialmente reconhecida, e de que haja prévia aprovação em sessão do
Conselho Seccional respectivo.
d) Não há previsão na Lei n. 8.906/94 e no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e
da OAB sobre a inclusão do nome social de Maria na carteira de identidade do advogado,
embora tal direito possa advir de interpretação do disposto na Constituição Federal, desde
que haja cirurgia prévia de redesignação sexual e posterior alteração do nome registral da
advogada para aquele pelo qual ela se identifica e é socialmente reconhecida.

007. (FGV/OAB/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019) Jailton, advogado, após dez anos
de exercício da advocacia, passou a apresentar comportamentos incomuns. Após avaliação
médica, ele foi diagnosticado com uma doença mental curável, mediante medicação e
tratamento bastante demorado.
Segundo as disposições do Estatuto da Advocacia e da OAB, o caso do advogado Jailton
incide em causa de
a) suspensão do exercício profissional.
b) impedimento para o exercício profissional.
c) cancelamento da inscrição profissional.
d) licença do exercício profissional.

008. (FGV/OAB/XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2018) Lúcio pretende se inscrever


como advogado junto à OAB. Contudo, ocorre que ele passou por determinada situação
conflituosa que foi intensamente divulgada na mídia, tendo sido publicado, em certos
jornais, que Lúcio não teria idoneidade moral para o exercício das atividades de advogado.
Considerando que Lúcio preenche, indubitavelmente, os demais requisitos para a inscrição,
de acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
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a) A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado inscrito e
deve ser declarada por meio de decisão da diretoria do conselho competente, por maioria
absoluta, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
b) A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e deve ser
declarada por meio de decisão de, no mínimo, dois terços dos votos de todos os membros
do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
c) A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado inscrito
e deve ser declarada por meio de decisão, por maioria absoluta, de todos os membros do
conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
d) A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e deve ser
declarada por meio de decisão, por maioria simples, do Tribunal de Ética e Disciplina do
conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.

009. (FGV/OAB/XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017) O advogado Gennaro exerce suas


atividades em sociedade de prestação de serviços de advocacia, sediada na capital paulista.
Todas as demandas patrocinadas por Gennaro tramitam perante juízos com competência em
São Paulo. Todavia, recentemente, a esposa de Gennaro obteve trabalho no Rio de Janeiro.
Após buscarem a melhor solução, o casal resolveu que fixaria sua residência, com ânimo
definitivo, na capital fluminense, cabendo a Gennaro continuar exercendo as mesmas
funções no escritório de São Paulo. Nos dias em que não tem atividades profissionais, o
advogado, valendo-se da ponte área, retorna ao domicílio do casal no Rio de Janeiro.
a) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a transferência de sua
inscrição principal como advogado para o Conselho Seccional do Rio de Janeiro.
b) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a inscrição suplementar
como advogado junto ao Conselho Seccional do Rio de Janeiro.
c) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a inscrição suplementar
como advogado junto ao Conselho Federal da OAB.
d) O Estatuto da Advocacia e da OAB não impõe que Gennaro requeira a transferência de
sua inscrição principal ou requeira inscrição suplementar.

010. (FGV/OAB/XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017) Diogo é estudante de Direito com


elevado desempenho acadêmico. Ao ingressar nos últimos anos do curso, ele é convidado
por um ex-professor para estagiar em seu escritório.
Inscrito nos quadros de estagiários da OAB e demonstrando alta capacidade, Diogo ganha
a confiança dos sócios do escritório e passa a, isoladamente e sob a responsabilidade do
advogado, retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; visar atos
constitutivos de sociedades para que sejam admitidos a registro; obter junto a escrivães e
chefes de secretaria certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; assinar
petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos; e subscrever
embargos de declaração opostos em face de decisões judiciais.
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Considerando as diversas atividades desempenhadas por Diogo, isoladamente e sob a


responsabilidade do advogado, de acordo com o Estatuto e Regulamento da OAB, ele pode
a) retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga, bem como visar atos
constitutivos de sociedades, para que sejam admitidos a registro.
b) obter, junto a escrivães e chefes de secretaria, certidões de peças ou autos de processos
em curso ou findos, bem como assinar petições de juntada de documentos a processos
judiciais ou administrativos.
c) obter, junto a escrivães e chefes de secretaria, certidões de peças ou autos de processos
findos, mas não de processos em curso, bem como subscrever embargos de declaração
opostos em face de decisões judiciais.
d) assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais, mas não a processos
administrativos, nem subscrever embargos de declaração opostos em face de decisões judiciais.

011. (FGV/OAB/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016) Pedro iniciou sua carreira no mercado
financeiro, no qual ocupa atualmente a função de direção em uma instituição privada.
Contudo, buscando exercer melhor a função, matriculou-se em uma Faculdade de Direito.
Para realizar o estágio profissional de advocacia, ao alcançar os dois últimos anos do curso
jurídico, sem se desligar da atividade financeira, Pedro deve:
a) realizar o estágio profissional mantido em sua respectiva instituição de ensino superior
para fins de aprendizagem, vedada sua inscrição como estagiário na OAB.
b) inscrever-se como estagiário na OAB e realizar o estágio profissional mantido em sua
faculdade, mantido pelo Conselho da OAB ou mantido nos setores, órgãos jurídicos e
escritórios de advocacia credenciados pela OAB.
c) inscrever-se como estagiário na OAB e realizar o estágio profissional mantido em sua
faculdade ou mantido pelo Conselho da OAB.
d) realizar o estágio profissional mantido pelo Conselho da OAB ou mantido por setores,
órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, podendo realizar, para
fins de aprendizagem, as atividades próprias de estagiário, tais como retirar autos de
processos em cartório. Porém, é vedada sua inscrição como estagiário junto à OAB.

012. (FGV/OAB/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016/ADAPTADA) Luiz, estudante do


quarto período da Faculdade de Direito, e seu irmão, Bernardo, que cursa o nono período na
mesma faculdade, foram contratados pelo escritório Pereira Advogados, para atuar como
estagiários. Bernardo é inscrito como estagiário perante o Conselho Seccional respectivo.
Sobre a atuação dos irmãos, julgue a afirmativa.
Bernardo poderá, isoladamente, realizar, de forma onerosa, atividades de consultoria e assessoria
jurídica. Luiz poderá assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais.
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013. (FGV/OAB/XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016) Victor nasceu no Estado do Rio de


Janeiro e formou-se em Direito no Estado de São Paulo. Posteriormente, passou a residir, e
pretende atuar profissionalmente como advogado, em Fortaleza, Ceará. Porém, em razão
de seus contatos no Rio de Janeiro, foi convidado a intervir também em feitos judiciais em
favor de clientes nesse Estado, cabendo-lhe patrocinar seis causas no ano de 2015.
Diante do exposto, assinale a opção correta.
a) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional de São Paulo,
já que a inscrição principal do advogado é feita no Conselho Seccional em cujo território
se localize seu curso jurídico. Além da principal, Victor terá a faculdade de promover sua
inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais do Ceará e do Rio de Janeiro, onde pretende
exercer a profissão.
b) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Rio de Janeiro,
pois o Estatuto da OAB determina que esta seja promovida no Conselho Seccional em cujo
território o advogado exercer intervenção judicial que exceda três causas por ano. Além
da principal, Victor poderá promover sua inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais
do Ceará e de São Paulo.
c) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Ceará. Isso
porque a inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo
território pretende estabelecer o seu domicílio profissional. A promoção de inscrição
suplementar no Conselho Seccional do Rio de Janeiro será facultativa, pois as intervenções
judiciais pontuais, como as causas em que Victor atuará, não configuram habitualidade no
exercício da profissão.
d) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Ceará. Afinal,
a inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território
ele pretende estabelecer o seu domicílio profissional. Além da principal, Victor deverá
promover a inscrição suplementar no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, já que esta é
exigida diante de intervenção judicial que exceda cinco causas por ano.

014. (FGV/OAB/XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015) Fernanda, estudante do 8º período


de Direito, requereu inscrição junto à Seccional da OAB do estado onde reside. A inscrição
foi indeferida, em razão de Fernanda ser serventuária do Tribunal de Justiça do estado.
Fernanda recorreu da decisão, alegando que preenche todos os requisitos exigidos em lei
para a inscrição de estagiário e que o exercício de cargo incompatível com a advocacia não
impede a inscrição do estudante de Direito como estagiário.
Merece ser revista a decisão que indeferiu a inscrição de estagiário de Fernanda?
a) Sim, pois Fernanda exerce cargo incompatível com a advocacia e não com a realização
de estágio.
b) Não, pois as incompatibilidades previstas em lei para o exercício da advocacia também
devem ser observadas quando do requerimento de inscrição de estagiário.
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c) Sim, pois o cargo de serventuário do Tribunal de Justiça não é incompatível com a


advocacia, menos ainda com a realização de estágio.
d) Não, pois apenas estudantes do último período do curso de Direito podem requerer
inscrição como estagiários.

015. (FGV/OAB/XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015) Patrícia foi aprovada em concurso


público e tomou posse como Procuradora do Município em que reside. Como não pretendia
mais exercer a advocacia privada, mas apenas atuar como Procuradora do Município, pediu
o cancelamento de sua inscrição na OAB.
A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) Patrícia não agiu corretamente, pois os advogados públicos estão obrigados à inscrição
na OAB para o exercício de suas atividades.
b) Patrícia não agiu corretamente, pois deveria ter requerido apenas o licenciamento do
exercício da advocacia e não o cancelamento de sua inscrição.
c) Patrícia poderia ter pedido o licenciamento do exercício da advocacia, mas nada a impede
de pedir o cancelamento de sua inscrição, caso não deseje mais exercer a advocacia privada.
d) Patrícia agiu corretamente, pois, uma vez que os advogados públicos não podem exercer
a advocacia privada, estão obrigados a requerer o cancelamento de suas inscrições.

016. (FGV/OAB/XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015) Bernardo é bacharel em Direito, mas


não está inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, apesar de aprovado no
Exame de Ordem. Não obstante, tem atuação na área de advocacia, realizando consultorias
e assessorias jurídicas.
A partir da hipótese apresentada, nos termos do Regulamento Geral da Ordem dos Advogados
do Brasil, assinale a afirmativa correta.
a) Tal conduta é permitida, por ter o bacharel logrado aprovação no Exame de Ordem.
b) Tal conduta é proibida, por ser equiparada à captação de clientela.
c) Tal conduta é permitida mediante autorização do Presidente da Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil.
d) Tal conduta é proibida, tendo em vista a ausência de inscrição na Ordem dos Advogados
do Brasil.

017. (FGV/OAB/XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013) Ferrari é aluno destacado no curso


de Direito, tendo, no decorrer dos anos, conseguido vários títulos universitários, dentre
eles, medalhas e certificados. Indicado para representar a Universidade em que estudou, foi
premiado em evento internacional sobre arbitragem. A repercussão desse fato aumentou seu
prestígio e, por isso, recebeu numerosos convites para trabalhar em diversos escritórios de
advocacia. Aceito o convite de um deles, passou a redigir minutas de contratos, sempre com
supervisão de um advogado. Após um ano de estágio, conquistou a confiança dos advogados
do seu setor e passou a ter autonomia cada vez maior. Diante dessas circunstâncias, passou
a chancelar contratos sem a interferência de advogado.

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Nos termos do Estatuto da Advocacia, o estagiário deve atuar


a) autonomamente, após um ano de estágio.
b) conjuntamente com um advogado, em todos os atos da advocacia.
c) autonomamente, em alguns atos permitidos pelo advogado.
d) vinculado ao advogado em atos judiciais, mas não em atos contratuais.

018. (FGV/OAB/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) O Bacharel em Direito, após aprovação


no Exame de Ordem, deve apresentar cópia do diploma. Caso ele não tenha sido expedido,
segundo as normas do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB,
a) ocorrerá a inscrição provisória como advogado.
b) não poderá ocorrer a inscrição até expedido o diploma.
c) pode apresentar certidão de conclusão com histórico escolar.
d) deve obter permissão especial do Conselho Seccional.

019. (FGV/OAB/IX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Sávio, aluno regularmente matriculado


em Escola de Direito, obtém a sua graduação e, logo a seguir, aprovação no Exame de Ordem.
Por força de movimento grevista na sua instituição, o diploma não pode ser expedido.
A respeito da inscrição no quadro de advogados, consoante as normas do Regulamento
Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) O diploma é essencial para a inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados.
b) O bacharel, diante do impedimento de apresentar o diploma, deve apresentar declaração
de autoridade certificando a conclusão do curso.
c) A Ordem, diante do movimento grevista comprovado, poderá acolher declaração de
próprio punho do requerente afirmando ter obtido grau.
d) O bacharel em Direito deve apresentar certidão de conclusão de curso e histórico
escolar autenticado.

020. (FGV/OAB/IX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Laura, advogada na área empresarial,


após concluir o mestrado em renomada instituição de ensino superior, é convidada para
integrar a equipe de assessoria jurídica da empresa K S/A. No dia da entrevista final, é
inquirida pelo Gerente Jurídico da empresa, bacharel em Direito, sem inscrição na Ordem
dos Advogados do Brasil, apesar de o mesmo ter logrado êxito no Exame de Ordem.
Observado tal relato, consoante as normas do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia
e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) O bacharel em Direito pode exercer as funções de Gerência Jurídica mesmo que não
tenha os requisitos para ingresso na Ordem dos Advogados.
b) A função de Gerente Jurídico é privativa de advogados com regular inscrição nos quadros
da Ordem dos Advogados.

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c) O bacharel em Direito, caso preencha os requisitos legais, inclusive aprovação em Exame de


Ordem, pode exercer funções de Gerente Jurídico antes da inscrição na Ordem dos Advogados.
d) A função de Gerente Jurídico, como é de confiança da empresa, pode ser exercida por
quem não tem formação na área.

021. (FGV/OAB/VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Lara é sócia de determinada sociedade


de advogados com sede no Rio de Janeiro e filial em São Paulo. Foi convidada a Integrar,
cumulativamente e também como sócia, os quadros de outra sociedade de advogados,
esta com sede em São Paulo e sem filiais. Aceitou o convite e rapidamente providenciou
sua inscrição suplementar na OAB/SP, tendo em vista que passaria a exercer habitualmente
a profissão nesse estado.
a) Lara agiu corretamente, pois, considerando-se que passaria a atuar em mais do que cinco
causas por ano em São Paulo, era necessário que promovesse sua inscrição suplementar
nesse estado.
b) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma sociedade
de advogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
c) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma sociedade
de advogados dentro do território nacional.
d) Lara agiu corretamente e sequer era necessário que promovesse sua inscrição suplementar,
pois passaria a exercer a profissão em São Paulo na qualidade de sócia e não de advogada
empregada da sociedade em questão.

022. (FGV/OAB/VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012/ADAPTADA) Nos termos das normas do


Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, o Estágio Profissional de Advocacia é
requisito para inscrição no quadro de estagiários da OAB. Dito isso, analise a afirmativa abaixo:
O estágio profissional de advocacia pode ser ofertado por instituição de ensino superior
em convênio com a OAB.

023. (FGV/OAB/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Terêncio, após intensa atividade


advocatícia, é acometido por mal de origem psiquiátrica, mas diagnosticado como passível
de cura após tratamento prolongado. Não podendo exercer os atos da vida civil, apresenta
requerimento à OAB. No concernente ao tema, à luz das normas aplicáveis, é correto afirmar
que é caso de
a) cancelamento da inscrição como advogado.
b) impedimento ao exercício profissional, mantida a inscrição na OAB.
c) licença do exercício da atividade profissional.
d) penalidade de exclusão por doença.

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024. (FGV/OAB/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Caio, próspero comerciante, contrata,


para prestação de serviços profissionais de advocacia, Mévio, que se apresenta como
advogado. O cliente outorga a devida procuração com poderes gerais para o foro. Usando o
referido instrumento, ocorre a propositura de ação judicial em face de Trácio. Na contestação,
o advogado do réu alega vício na representação, uma vez que Mévio não possui registro na
OAB, consoante certidão que apresenta nos autos judiciais. Diante de tal circunstância, é
correto afirmar que
a) os atos praticados pelo suposto advogado não ofendem qualquer dispositivo legal.
b) verificada a ausência de inscrição profissional, deverá ser outorgado prazo para
sua regularização.
c) os atos praticados por Mévio são nulos, pois foram praticados por pessoa não inscrita
na OAB.
d) a declaração de nulidade dos atos processuais esgota o rol de atos sancionatórios.

025. (FGV/OAB/V EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2011) Alcides, advogado de longa data,


resolve realizar concurso para o Ministério Público, vindo a ser aprovado em primeiro lugar.
Após os trâmites legais, é designada data para a sua posse, circunstância que acarreta seu
requerimento para suspender sua inscrição nos quadros da OAB, o que vem a ser indeferido.
No caso em comento, em relação a Alcides, configura-se situação de
a) cancelamento da inscrição por assunção de cargo incompatível.
b) suspensão da inscrição até a aposentadoria do membro do Ministério Público.
c) suspeição enquanto permanecer no cargo.
d) incompatibilidade, podendo atuar, como advogado, em determinadas situações.

026. (FGV/OAB/IV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2011) Semprônio reside no Estado W,


onde mantém o seu escritório de advocacia, mas requer sua inscrição principal no Estado
K, onde, em alguns anos, pretende estabelecer domicílio. No concernente ao tema, à luz
das normas estatutárias, é correto afirmar que
a) o advogado pode eleger qualquer seccional para inscrição principal ao seu arbítrio.
b) o Conselho Federal pode autorizar a inscrição principal fora da sede do escritório do advogado.
c) na dúvida entre domicílios, prevalece o da sede principal do exercício da advocacia.
d) a inscrição principal está subordinada ao domicílio profissional do advogado.

027. (FGV/OAB/I EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2010) Assinale a opção correta de acordo


com as disposições do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB.
a) O compromisso que o requerente à inscrição nos quadros da OAB deve fazer perante
o conselho seccional, a diretoria ou o conselho da subseção é indelegável, haja vista sua
natureza solene e personalíssima.
b) Toda vez que figurar como indiciado em inquérito policial, por qualquer espécie de
infração, o advogado deve ser assistido por um representante da OAB, sem prejuízo da
atuação de seu defensor.

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c) É vedado ao requerente pleitear inscrição nos quadros da OAB sem ter, regularmente
registrado, diploma de bacharel em Direito, não suprindo sua falta nenhum outro documento.
d) O estagiário inscrito na OAB pode praticar, isoladamente, todos os atos próprios de
advogado, desde que sua inscrição esteja regular.

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GABARITO

1. b
2. c
3. d
4. c
5. d
6. a
7. d
8. b
9. d
10. b
11. a
12. E
13. d
14. b
15. a
16. d
17. b
18. c
19. d
20. b
21. b
22. C
23. c
24. c
25. a
26. d
27. a

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GABARITO COMENTADO

001. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) Antônio, brasileiro, formou-se


em Direito em uma renomada Universidade de certo país da América do Sul. Lá, conheceu
e casou-se com uma nacional daquele país, Ana, que também se formou em Direito na
mencionada universidade. Já graduados, Ana e Antônio decidiram mudar-se para o Brasil,
e exercer a advocacia em Minas Gerais, uma vez que se especializaram em determinado
ramo do Direito em que há bastante similitude com o Direito do país de origem de Ana.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) É vedado a Ana o exercício da advocacia no Brasil, salvo, a título precatório, como consultora
em Direito Internacional, se não cursar novamente a graduação no nosso país. Antônio, em
via diversa, poderá inscrever-se como advogado desde que prove seu título de graduação,
obtido na universidade estrangeira, que este seja revalidado e que seja aprovado no Exame
de Ordem, cumpridos os demais requisitos legais.
b) Tanto Ana quanto Antônio poderão inscrever-se como advogados, desde que provem
seus títulos de graduação, obtidos na universidade estrangeira, que estes sejam revalidados
e que eles sejam aprovados no Exame de Ordem, cumpridos os demais requisitos legais.
c) É vedado a Ana o exercício da advocacia no Brasil, salvo, a título precatório, como consultora
em Direito Internacional, se não cursar novamente a graduação no nosso país. Antônio
poderá inscrever-se como advogado desde que prove seu título de graduação, obtido na
universidade estrangeira, independentemente de revalidação, e que seja aprovado no Exame
de Ordem, cumpridos os demais requisitos legais.
d) É vedado a Ana e a Antônio o exercício da advocacia no Brasil, salvo, a título precatório, como
consultores no Direito estrangeiro, se não cursarem novamente a graduação no nosso país.

De acordo com o § 2º do artigo 8º do EOAB, o estrangeiro ou o brasileiro não graduado


em Direito no Brasil deverá fazer prova do título de graduação obtido na instituição
estrangeira, o qual será devidamente revalidado, além de demonstrar o cumprimento dos
demais requisitos previstos no artigo art. 8º do EOAB, in verbis:
Art. 8º.
Para inscrição como advogado é necessário:
I – capacidade civil;
[...];
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV – aprovação em Exame de Ordem;
V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o conselho.

Letra b.

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002. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) João é estagiário de Direito. É


vedado a João praticar isoladamente – isto é, sem atuar em conjunto com o advogado ou
o defensor público que o supervisiona – o seguinte ato:
a) assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais.
b) obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças de processos em curso.
c) comparecer à prática de atos extrajudiciais, sem autorização ou substabelecimento do advogado.
d) retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga.

O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a


responsabilidade do advogado (art. 29, §1º, do Regulamento Geral):
• retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
• obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de
processos em curso ou findos;
• assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
Entretanto, para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer
isoladamente, QUANDO RECEBER AUTORIZAÇÃO OU SUBSTABELECIMENTO DO ADVOGADO
(art. 29, § 2º, do Regulamento Geral).

Letra c.

003. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII/2021) Lia, aluna do oitavo período de


uma Faculdade de Direito, obteve de certo escritório de advocacia a proposta de um estágio
profissional. Assim, pretende providenciar sua inscrição como estagiária junto à OAB.
Lia deverá requerer sua inscrição como estagiária junto ao Conselho Seccional em cujo
território se situa
a) a sede do escritório onde atuará.
b) a sede principal da sua atividade de estagiária de advocacia.
c) o seu domicílio de pessoa física.
d) a Faculdade de Direito em que estuda.
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A INSCRIÇÃO do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu


curso jurídico, nos termos do art. 9º do Estatuto da OAB.
Letra d.

004. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII/2021) Carlos é aluno do primeiro


período do curso de Direito. Vinícius é bacharel em Direito, que ainda não realizou o Exame
da Ordem. Fernanda é advogada inscrita na OAB. Todos eles são aprovados em concurso
público realizado por Tribunal de Justiça para o preenchimento de vagas de Técnico Judiciário.
Após a investidura de Carlos, Vinícius e Fernanda em tal cargo efetivo e, enquanto
permanecerem em atividade, é correto afirmar que
a) Carlos não poderá frequentar o estágio ministrado pela instituição de ensino superior
em que está matriculado.
b) Vinícius preencherá os requisitos necessários para ser inscrito como advogado na OAB,
caso venha a ser aprovado no Exame da Ordem.
c) Fernanda deverá ter sua inscrição na OAB cancelada de ofício ou em virtude de comunicação
que pode ser feita por qualquer pessoa.
d) Fernanda deverá ter sua inscrição na OAB suspensa, restaurando-se o número em caso
de novo pedido.

De acordo com o artigo 11 do EOAB, cancela-se a inscrição do profissional quando passar


a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia, bem como:
• o advogado requerer;
• sofrer penalidade de exclusão;
• falecer;
• perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
Desse modo, Fernanda deverá ter sua inscrição na OAB cancelada de ofício ou em virtude
de comunicação que pode ser feita por qualquer pessoa, uma vez que está inscrita na OAB
e foi investida em cargo efetivo no Tribunal de Justiça.
a) Errada. Caso o aluno de curso jurídico exerça atividade incompatível com a advocacia,
pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para
fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB (art. 9º, § 3º, EOAB).
b) Errada. Nos termos do artigo 8º, inciso V, do Estatuto da OAB, para inscrição como
advogado é necessário, dentre outros requisitos, não exercer atividade incompatível
com a advocacia.
d) Errada. De acordo com o artigo 11 do EOAB, cancela-se a inscrição do profissional quando
passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia.
Letra c.

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005. (FGV/OAB/XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019) Júnior é bacharel em Direito.


Formou-se no curso jurídico há seis meses e não prestou, ainda, o Exame de Ordem para
sua inscrição como advogado, embora pretenda fazê-lo em breve. Por ora, Júnior é inscrito
junto à OAB como estagiário e exerce estágio profissional de advocacia em certo escritório
credenciado pela OAB, há um ano. Nesse exercício, poucas semanas atrás, juntamente com
o advogado José dos Santos, devidamente inscrito como tal, prestou consultoria jurídica
sobre determinado tema, solicitada por um cliente do escritório. Os atos foram assinados
por ambos. Todavia, o cliente sentiu-se lesado nessa consultoria, alegando culpa grave na
sua elaboração.
Considerando o caso hipotético, bem como a disciplina do Estatuto da Advocacia e da OAB,
assinale a opção correta.
a) Júnior não poderia atuar como estagiário e deverá responder em âmbito disciplinar por
essa atuação indevida. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação na atividade de
consultoria praticada é de José.
b) Júnior não poderia atuar como estagiário e deverá responder em âmbito disciplinar por
essa atuação indevida. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação na atividade de
consultoria praticada é solidária entre Júnior e José.
c) Júnior poderia atuar como estagiário. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação
na atividade de consultoria praticada é solidária entre Júnior e José.
d) Júnior poderia atuar como estagiário. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação
na atividade de consultoria praticada é de José.

De acordo com o artigo 27 do Regulamento do Estatuto da OAB, o estágio profissional


de advocacia, inclusive para graduados, é requisito necessário à inscrição no quadro de
estagiários da OAB e meio adequado de aprendizagem prática.
Além do mais, o estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os
atos privativos de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste,
observado o regimento geral (art. 3º, § 2º).
Lembrando que inclusive os atos que o estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente
são de responsabilidade do advogado (§1º do artigo 29 do Regulamento Geral).
a) Errada. Considerando que Junior está inscrito na Ordem como estagiário está
autorizado a praticar os atos privativos de advogado em conjunto com advogado e
sob responsabilidade deste.
b) Errada. Não há o que se falar em responsabilidade solidária, já que apesar de Junior estar
inscrito na Ordem como estagiário e, portanto, autorizado a praticar os atos privativos de
advogado em conjunto com advogado, a responsabilidade será EXCLUSIVA deste último.
c) Errada. A responsabilidade não é solidária, mas sim exclusiva do advogado que atuou em
conjunto com Junior.
Letra d.

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006. (FGV/OAB/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019) Maria, formada em uma renomada


faculdade de Direito, é transexual. Após a aprovação no Exame de Ordem e do cumprimento
dos demais requisitos, Maria receberá a carteira de identidade de advogado, relativa à sua
inscrição originária.
Sobre a hipótese apresentada, de acordo com o disposto na Lei n. 8.906/94 e no Regulamento
Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a inclusão do nome social de Maria, em seguida ao nome registral, havendo
exigência normativa de que este seja o nome pelo qual Maria se identifica e é socialmente
reconhecida, mediante mero requerimento formulado pela advogada.
b) É admitida a inclusão do nome social de Maria, desde que, por exigência normativa, este
seja o nome pelo qual Maria se identifica e que consta em registro civil de pessoas naturais,
originariamente ou por alteração, mediante mero requerimento formulado pela advogada.
c) É admitida a inclusão do nome social de Maria, independentemente de menção ao
nome registral, havendo exigência normativa de que este seja o nome pelo qual Maria
se identifica, e é socialmente reconhecida, e de que haja prévia aprovação em sessão do
Conselho Seccional respectivo.
d) Não há previsão na Lei n. 8.906/94 e no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e
da OAB sobre a inclusão do nome social de Maria na carteira de identidade do advogado,
embora tal direito possa advir de interpretação do disposto na Constituição Federal, desde
que haja cirurgia prévia de redesignação sexual e posterior alteração do nome registral da
advogada para aquele pelo qual ela se identifica e é socialmente reconhecida.

O Regulamento Geral do Estatuto da OAB estabelece em seus artigos 33 e 34 alguns critérios


de padronização da carteira de identidade do advogado e do cartão.
Quanto aos dados de identificação do advogado são necessários os seguintes, nesta
ordem: número da inscrição, nome, nome social, filiação, naturalidade, data do nascimento,
nacionalidade, data da colação de grau, data do compromisso e data da expedição, e à
assinatura do Presidente do Conselho Seccional.
O nome social é a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica
e é socialmente reconhecida e será inserido na identificação do advogado mediante
requerimento (art. 33, parágrafo único, do Regulamento Geral).
Letra a.

007. (FGV/OAB/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019) Jailton, advogado, após dez anos
de exercício da advocacia, passou a apresentar comportamentos incomuns. Após avaliação
médica, ele foi diagnosticado com uma doença mental curável, mediante medicação e
tratamento bastante demorado.
Segundo as disposições do Estatuto da Advocacia e da OAB, o caso do advogado Jailton
incide em causa de

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a) suspensão do exercício profissional.


b) impedimento para o exercício profissional.
c) cancelamento da inscrição profissional.
d) licença do exercício profissional.

De acordo com o artigo 12 do Estatuto da OAB, o profissional advogado poderá licenciar-se


se assim o requerer, por motivo justificado, quando passar a exercer, em caráter temporário,
atividade incompatível com o exercício da advocacia, ou quando sofrer doença mental
considerada CURÁVEL.
A respeito da doença mental curável, Lobo (2017) traz que:

A doença mental curável é a terceira e última hipótese de licenciamento, que perdurará


até que o interessado apresente laudo médico que declare sua recuperação definitiva. No
caso de intermitência de insanidade mental, a doutrina tem entendido que se enquadra na
incapacidade civil absoluta prevista no Código Civil, sendo mais adequado o cancelamento.
Como o licenciamento independe da interdição judicial, poderá ser promovido de ofício pelo
Conselho Seccional, após submeter o inscrito a perícia médica, ou, em caso de recusa deste,
com fundamento em provas irrefutáveis de sua instabilidade mental.

Letra d.

008. (FGV/OAB/XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2018) Lúcio pretende se inscrever


como advogado junto à OAB. Contudo, ocorre que ele passou por determinada situação
conflituosa que foi intensamente divulgada na mídia, tendo sido publicado, em certos
jornais, que Lúcio não teria idoneidade moral para o exercício das atividades de advogado.
Considerando que Lúcio preenche, indubitavelmente, os demais requisitos para a inscrição,
de acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado inscrito e
deve ser declarada por meio de decisão da diretoria do conselho competente, por maioria
absoluta, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
b) A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e deve ser
declarada por meio de decisão de, no mínimo, dois terços dos votos de todos os membros
do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
c) A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado inscrito
e deve ser declarada por meio de decisão, por maioria absoluta, de todos os membros do
conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
d) A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e deve ser
declarada por meio de decisão, por maioria simples, do Tribunal de Ética e Disciplina do
conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
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De acordo com o artigo 8º, § 3º, do Estatuto da OAB, a inidoneidade moral poderá ser
suscitada por qualquer pessoa, e deve ser declarada mediante decisão que obtenha
no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em
procedimento que observe os termos do processo disciplinar. Além disso, ressalto que
a idoneidade moral é avaliada constantemente, não sendo apenas um requisito para a
inscrição nos quadros da OAB.
a) Errada. A inidoneidade moral poderá ser suscitada por qualquer pessoa, e não apenas por
advogado inscrito nos quadros da OAB. Ademais, deverá ser declarada mediante decisão que
obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente,
e não por meio de decisão da diretoria do conselho competente, por maioria absoluta.
c) Errada. A inidoneidade moral poderá ser suscitada por qualquer pessoa, e não apenas
por advogado inscrito nos quadros da OAB, e deve ser declarada mediante decisão que
obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente,
e não por meio de decisão por maioria absoluta.
d) Errada. A inidoneidade moral deve ser declarada mediante decisão que obtenha no
mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, e não por
meio de decisão, por maioria simples, do Tribunal de Ética e Disciplina.
Letra b.

009. (FGV/OAB/XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017) O advogado Gennaro exerce suas


atividades em sociedade de prestação de serviços de advocacia, sediada na capital paulista.
Todas as demandas patrocinadas por Gennaro tramitam perante juízos com competência em
São Paulo. Todavia, recentemente, a esposa de Gennaro obteve trabalho no Rio de Janeiro.
Após buscarem a melhor solução, o casal resolveu que fixaria sua residência, com ânimo
definitivo, na capital fluminense, cabendo a Gennaro continuar exercendo as mesmas
funções no escritório de São Paulo. Nos dias em que não tem atividades profissionais, o
advogado, valendo-se da ponte área, retorna ao domicílio do casal no Rio de Janeiro.
a) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a transferência de sua
inscrição principal como advogado para o Conselho Seccional do Rio de Janeiro.
b) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a inscrição suplementar
como advogado junto ao Conselho Seccional do Rio de Janeiro.
c) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a inscrição suplementar
como advogado junto ao Conselho Federal da OAB.
d) O Estatuto da Advocacia e da OAB não impõe que Gennaro requeira a transferência de
sua inscrição principal ou requeira inscrição suplementar.
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Inicialmente, você deve lembrar que o endereço da pessoa física do advogado não é,
necessariamente, o seu domicílio profissional: o que deve ser levado em conta é o local
em que fica localizada a sede principal de advocacia, no caso, São Paulo. O domicílio da
pessoa física prevalecerá apenas em caso de dúvida (art. 10, §1º, do Estatuto da OAB).
Dito isso, a mudança de endereço de Gennaro de São Paulo para o Rio não interfere de
imediato na sua atuação profissional. A situação trazida na questão não diz que Gennaro
exerce a advocacia no Rio de Janeiro. Assim, observando-se o que traz o § 2º do artigo
10, a atuação em outra Seccional, quando não exceder cinco causas por ano, não exige
a realização de inscrição suplementar.
a) Errada. A questão não diz que Gennaro irá exercer a advocacia no Rio de Janeiro, havendo
apenas a mudança de endereço da pessoa física. A transferência deverá ocorrer nos casos
em que houver mudança efetiva do domicílio profissional (art.10, § 3º, do Estatuto da OAB).
b) Errada. A inscrição suplementar deverá ser requerida quando a intervenção judicial
exceder cinco causas por ano (art.10, § 2º, do Estatuto da OAB).
c) Errada. Não é o caso de requerimento de inscrição suplementar e, ainda que fosse, esta deveria
ser requerida ao Conselho da Seccional do Rio de Janeiro, e não ao Conselho Federal da OAB.
Letra d.

010. (FGV/OAB/XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017) Diogo é estudante de Direito com


elevado desempenho acadêmico. Ao ingressar nos últimos anos do curso, ele é convidado
por um ex-professor para estagiar em seu escritório.
Inscrito nos quadros de estagiários da OAB e demonstrando alta capacidade, Diogo ganha
a confiança dos sócios do escritório e passa a, isoladamente e sob a responsabilidade do
advogado, retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; visar atos
constitutivos de sociedades para que sejam admitidos a registro; obter junto a escrivães e
chefes de secretaria certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; assinar
petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos; e subscrever
embargos de declaração opostos em face de decisões judiciais.
Considerando as diversas atividades desempenhadas por Diogo, isoladamente e sob a
responsabilidade do advogado, de acordo com o Estatuto e Regulamento da OAB, ele pode
a) retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga, bem como visar atos
constitutivos de sociedades, para que sejam admitidos a registro.
b) obter, junto a escrivães e chefes de secretaria, certidões de peças ou autos de processos
em curso ou findos, bem como assinar petições de juntada de documentos a processos
judiciais ou administrativos.
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c) obter, junto a escrivães e chefes de secretaria, certidões de peças ou autos de processos


findos, mas não de processos em curso, bem como subscrever embargos de declaração
opostos em face de decisões judiciais.
d) assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais, mas não a processos
administrativos, nem subscrever embargos de declaração opostos em face de decisões judiciais.

Segundo o artigo 29 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, os atos privativos da


advocacia, previstos no art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por estagiário inscrito
na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público. Entretanto, o estagiário
inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade
do advogado (§ 1º):

I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;


II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos
em curso ou findos;
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.

Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando


receber autorização ou substabelecimento do advogado (art. 29, § 2º, do Regulamento Geral).
Letra b.

011. (FGV/OAB/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016) Pedro iniciou sua carreira no mercado
financeiro, no qual ocupa atualmente a função de direção em uma instituição privada.
Contudo, buscando exercer melhor a função, matriculou-se em uma Faculdade de Direito.
Para realizar o estágio profissional de advocacia, ao alcançar os dois últimos anos do curso
jurídico, sem se desligar da atividade financeira, Pedro deve:
a) realizar o estágio profissional mantido em sua respectiva instituição de ensino superior
para fins de aprendizagem, vedada sua inscrição como estagiário na OAB.
b) inscrever-se como estagiário na OAB e realizar o estágio profissional mantido em sua
faculdade, mantido pelo Conselho da OAB ou mantido nos setores, órgãos jurídicos e
escritórios de advocacia credenciados pela OAB.
c) inscrever-se como estagiário na OAB e realizar o estágio profissional mantido em sua
faculdade ou mantido pelo Conselho da OAB.
d) realizar o estágio profissional mantido pelo Conselho da OAB ou mantido por setores,
órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, podendo realizar, para
fins de aprendizagem, as atividades próprias de estagiário, tais como retirar autos de
processos em cartório. Porém, é vedada sua inscrição como estagiário junto à OAB.
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De acordo com o artigo 28, inciso VIII, do Estatuto da OAB, a advocacia é incompatível com
a atividade dos ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras,
inclusive privadas. Ademais, o § 3º do artigo 9º, dispõe que o aluno do curso jurídico que
exerça atividade incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio ministrado
pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, sendo vedada
a inscrição na OAB.
b) Errada. É vedada a inscrição nos quadros da OAB, já que o aluno desempenha atividade
incompatível com a advocacia e, ainda, só poderá frequentar estágio, para fins de
aprendizagem, ministrado pela respectiva instituição de ensino superior.
c) Errada. É vedada a inscrição nos quadros da OAB, já que o aluno desempenha atividade
incompatível com a advocacia e, ainda, só poderá frequentar estágio, para fins de
aprendizagem, ministrado pela respectiva instituição de ensino superior.
d) Errada. Pedro só poderia frequentar estágio, para fins de aprendizagem, ministrado pela
respectiva instituição de ensino superior. Contudo, é correta a afirmação de que é vedada
sua inscrição como estagiário junto à OAB.
Letra a.

012. (FGV/OAB/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016/ADAPTADA) Luiz, estudante do


quarto período da Faculdade de Direito, e seu irmão, Bernardo, que cursa o nono período na
mesma faculdade, foram contratados pelo escritório Pereira Advogados, para atuar como
estagiários. Bernardo é inscrito como estagiário perante o Conselho Seccional respectivo.
Sobre a atuação dos irmãos, julgue a afirmativa.
Bernardo poderá, isoladamente, realizar, de forma onerosa, atividades de consultoria e assessoria
jurídica. Luiz poderá assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais.

O estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os atos privativos


de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste, observado o
regimento geral (art. 3º, § 2º, do Estatuto da OAB). São atividades privativas de advocacia: a
postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; as atividades de consultoria,
assessoria e direção jurídicas, bem como a vistoria de atos e contratos constitutivos de
pessoas jurídicas, sob pena de nulidade (art. 1º). No caso, Bernardo não pode, isoladamente,
realizar atividade de consultoria e assessoria jurídica, já que esta é uma atividade privativa
de advogado.
Errado.

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013. (FGV/OAB/XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016) Victor nasceu no Estado do Rio de


Janeiro e formou-se em Direito no Estado de São Paulo. Posteriormente, passou a residir, e
pretende atuar profissionalmente como advogado, em Fortaleza, Ceará. Porém, em razão
de seus contatos no Rio de Janeiro, foi convidado a intervir também em feitos judiciais em
favor de clientes nesse Estado, cabendo-lhe patrocinar seis causas no ano de 2015.
Diante do exposto, assinale a opção correta.
a) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional de São Paulo,
já que a inscrição principal do advogado é feita no Conselho Seccional em cujo território
se localize seu curso jurídico. Além da principal, Victor terá a faculdade de promover sua
inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais do Ceará e do Rio de Janeiro, onde pretende
exercer a profissão.
b) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Rio de Janeiro,
pois o Estatuto da OAB determina que esta seja promovida no Conselho Seccional em cujo
território o advogado exercer intervenção judicial que exceda três causas por ano. Além
da principal, Victor poderá promover sua inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais
do Ceará e de São Paulo.
c) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Ceará. Isso
porque a inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo
território pretende estabelecer o seu domicílio profissional. A promoção de inscrição
suplementar no Conselho Seccional do Rio de Janeiro será facultativa, pois as intervenções
judiciais pontuais, como as causas em que Victor atuará, não configuram habitualidade no
exercício da profissão.
d) A inscrição principal de Victor deve ser realizada no Conselho Seccional do Ceará. Afinal,
a inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território
ele pretende estabelecer o seu domicílio profissional. Além da principal, Victor deverá
promover a inscrição suplementar no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, já que esta é
exigida diante de intervenção judicial que exceda cinco causas por ano.

Considerando que Victor pretende atuar profissionalmente como advogado em Fortaleza,


no Ceará, lá será seu domicílio profissional e lá deverá ser feita sua inscrição principal
(art. 10, Estatuto da OAB). Além disso, considerando que sua intervenção judicial no Rio
de Janeiro irá ultrapassar o limite de cinco causas por ano, deverá requerer inscrição
suplementar no respectivo Conselho Seccional (art. 10, § 2º, do Estatuto da OAB).
a) Errada. A inscrição não está atrelada ao território em que se localiza o curso jurídico, mas,
sim, ao local em que o advogado pretende atuar profissionalmente. Ademais, considerando
que a intervenção judicial na Seccional do Rio de Janeiro irá ultrapassar cinco causas em um
ano, não é uma faculdade Victor promover sua inscrição suplementar, mas, sim, um dever.

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b) Errada. A inscrição suplementar deverá ser efetuada no Conselho Seccional do Rio de


Janeiro, considerando que a intervenção judicial irá ultrapassar o limite de cinco causas em
um ano, e não três, como traz a alternativa. Por outro lado, não há razão para ser solicitada
inscrição suplementar no Conselho Seccional de São Paulo, já que Victor não pretende atuar
naquele estado.
c) Errada. A habitualidade é configurada quando a intervenção judicial exceder cinco causas
por ano (art. 10, § 2º, do Estatuto da OAB).
Letra d.

014. (FGV/OAB/XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015) Fernanda, estudante do 8º período


de Direito, requereu inscrição junto à Seccional da OAB do estado onde reside. A inscrição
foi indeferida, em razão de Fernanda ser serventuária do Tribunal de Justiça do estado.
Fernanda recorreu da decisão, alegando que preenche todos os requisitos exigidos em lei
para a inscrição de estagiário e que o exercício de cargo incompatível com a advocacia não
impede a inscrição do estudante de Direito como estagiário.
Merece ser revista a decisão que indeferiu a inscrição de estagiário de Fernanda?
a) Sim, pois Fernanda exerce cargo incompatível com a advocacia e não com a realização
de estágio.
b) Não, pois as incompatibilidades previstas em lei para o exercício da advocacia também
devem ser observadas quando do requerimento de inscrição de estagiário.
c) Sim, pois o cargo de serventuário do Tribunal de Justiça não é incompatível com a
advocacia, menos ainda com a realização de estágio.
d) Não, pois apenas estudantes do último período do curso de Direito podem requerer
inscrição como estagiários.

É vedado ao estagiário de advocacia exercer atividade incompatível, conforme determina


o artigo 9º, inciso I, do Estatuto da OAB. Ademais, se o estágio fosse ministrado pela
instituição de ensino superior, o aluno poderia frequentá-lo para fins de aprendizagem,
sendo, contudo, vedada a inscrição na OAB (§ 2º).
a) Errada. É vedado ao estagiário de advocacia exercer atividade incompatível (art. 9º, inciso
I, do Estatuto).
c) Errada. Conforme o artigo 28, inciso IV, do Estatuto da OAB, é incompatível com a atividade
da advocacia, assim entendida a desempenhada pelo advogado e pelo estagiário de advocacia,
a ocupação de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do
Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro.
d) Errada. O estágio profissional de advocacia tem duração de dois anos, devendo ser
realizado nos últimos anos do curso jurídico, e não apenas no último período (art. 9º, § 1º,
do Estatuto da OAB).
Letra b.

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015. (FGV/OAB/XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015) Patrícia foi aprovada em concurso


público e tomou posse como Procuradora do Município em que reside. Como não pretendia
mais exercer a advocacia privada, mas apenas atuar como Procuradora do Município, pediu
o cancelamento de sua inscrição na OAB.
A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) Patrícia não agiu corretamente, pois os advogados públicos estão obrigados à inscrição
na OAB para o exercício de suas atividades.
b) Patrícia não agiu corretamente, pois deveria ter requerido apenas o licenciamento do
exercício da advocacia e não o cancelamento de sua inscrição.
c) Patrícia poderia ter pedido o licenciamento do exercício da advocacia, mas nada a impede
de pedir o cancelamento de sua inscrição, caso não deseje mais exercer a advocacia privada.
d) Patrícia agiu corretamente, pois, uma vez que os advogados públicos não podem exercer
a advocacia privada, estão obrigados a requerer o cancelamento de suas inscrições.

Estamos diante de um tema bastante controvertido no ordenamento jurídico brasileiro.


Todavia, é interessante você observar o posicionamento adotado pela banca organizadora
do Exame de Ordem. O artigo 3º, § 1º, do Estatuto da OAB estabelece que a atividade de
advocacia pública é exercida pelos integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria
da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração
indireta e fundacional, que estão sujeitos ao regime do Estatuto da OAB, além do regime
próprio a que se subordinem. Todavia, foi proposta a Ação Direta de Inconstitucionalidade
n. 5.334, ainda pendente de julgamento, alegando a inconstitucionalidade da previsão e
da interpretação de que, para o exercício da advocacia como um todo, pública ou privada,
seria necessária a realização e aprovação no exame da OAB, bem como a inscrição nos
quadros da OAB por parte dos advogados públicos.
Considerando o gabarito da questão, note que a banca FGV entende ser necessária a
inscrição dos advogados públicos na OAB para o exercício de suas atividades, e, assim,
entende ser constitucional o artigo 3º, caput e § 1º, do Estatuto da OAB.
b) Errada. O licenciamento deverá ser requerido apenas no caso de a atividade incompatível
ser provisória (art. 12, inciso II, do Estatuto da OBA). Tendo em vista que a banca considera
necessária a inscrição nos quadros da OAB, não há o que se falar em licenciamento.
c) Errada. Tendo em vista que a banca considera necessária a inscrição nos quadros da OAB,
não há o que se falar em licenciamento nem em cancelamento.
d) Errada. Como já mencionei, a banca considera necessária a inscrição nos quadros da OAB.
Assim, não há que se falar em cancelamento da inscrição.
Letra a.

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016. (FGV/OAB/XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015) Bernardo é bacharel em Direito, mas


não está inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, apesar de aprovado no
Exame de Ordem. Não obstante, tem atuação na área de advocacia, realizando consultorias
e assessorias jurídicas.
A partir da hipótese apresentada, nos termos do Regulamento Geral da Ordem dos Advogados
do Brasil, assinale a afirmativa correta.
a) Tal conduta é permitida, por ter o bacharel logrado aprovação no Exame de Ordem.
b) Tal conduta é proibida, por ser equiparada à captação de clientela.
c) Tal conduta é permitida mediante autorização do Presidente da Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil.
d) Tal conduta é proibida, tendo em vista a ausência de inscrição na Ordem dos Advogados
do Brasil.

O exercício da atividade da advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado


são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – art. 3º do Estatuto
da OAB. A aprovação no Exame de Ordem, por sua vez, é um dos requisitos para inscrição
como advogado (art. 8º, inciso IV, do Estatuto da OAB). No caso, Bernardo é apenas bacharel
em Direito; foi aprovado no Exame de Ordem, mas não requereu sua inscrição nos quadros
da OAB, não podendo, portanto, desempenhar as atividades privativas de advogado.
a) Errada. A aprovação no Exame de Ordem é um dos requisitos necessários para a inscrição
do advogado, não sendo suficiente para atuação na área de advocacia.
b) Errada. Tal conduta não é equiparada à captação de clientela, mas é, sim, caso de exercício
ilegal da profissão (art. 4º do Regulamento Geral da OAB).
c) Errada. O desempenha da atividade da advocacia depende da inscrição nos quadros da
OAB. Se preenchidos os requisitos do artigo 8º do Estatuto da OAB, não cabe ao Presidente
da Seccional da OAB autorizar, ou não, o desempenho de atividade de advocacia.
Letra d.

017. (FGV/OAB/XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013) Ferrari é aluno destacado no curso


de Direito, tendo, no decorrer dos anos, conseguido vários títulos universitários, dentre
eles, medalhas e certificados. Indicado para representar a Universidade em que estudou, foi
premiado em evento internacional sobre arbitragem. A repercussão desse fato aumentou seu
prestígio e, por isso, recebeu numerosos convites para trabalhar em diversos escritórios de
advocacia. Aceito o convite de um deles, passou a redigir minutas de contratos, sempre com
supervisão de um advogado. Após um ano de estágio, conquistou a confiança dos advogados
do seu setor e passou a ter autonomia cada vez maior. Diante dessas circunstâncias, passou
a chancelar contratos sem a interferência de advogado.

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Ética e Estatuto da OAB
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Cínthia Biesek

Nos termos do Estatuto da Advocacia, o estagiário deve atuar


a) autonomamente, após um ano de estágio.
b) conjuntamente com um advogado, em todos os atos da advocacia.
c) autonomamente, em alguns atos permitidos pelo advogado.
d) vinculado ao advogado em atos judiciais, mas não em atos contratuais.

Os méritos acadêmicos de Ferrari não interferem na sua qualificação como estagiário


de advocacia. Desse modo, considerando que Ferrari é estagiário de advocacia, poderá
praticar os atos privativos de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade
deste, observado o regimento geral (art. 3º, § 2º, do Estatuto da OAB).
a) Errada. Assim como os méritos acadêmicos, o período de duração do estágio não interfere
nas atividades privativas desempenhadas pelo estagiário, que devem ser realizadas em
conjunto com advogado e sob responsabilidade deste, observado o regimento geral (art.
3º, § 2º, do Estatuto da OAB).
c) Errada. Ao estagiário não é conferida autonomia de atuação, devendo os atos privativos
de advogado ser realizados em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
d) Errada. Sabemos que uma das atividades privativas de advogado é o visto em atos e
contratos constitutivos de pessoas jurídicas (art. 1º, § 2º, do Estatuto da OAB), de modo
que a restrição no desempenho das atividades privativas não se restringe ao âmbito judicial.
Letra b.

018. (FGV/OAB/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) O Bacharel em Direito, após aprovação


no Exame de Ordem, deve apresentar cópia do diploma. Caso ele não tenha sido expedido,
segundo as normas do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB,
a) ocorrerá a inscrição provisória como advogado.
b) não poderá ocorrer a inscrição até expedido o diploma.
c) pode apresentar certidão de conclusão com histórico escolar.
d) deve obter permissão especial do Conselho Seccional.

É possível a substituição do diploma pela certidão de graduação em Direito, uma vez que
o futuro advogado, tendo já concluído a graduação, não pode ser prejudicado pela instituição
de ensino pela demora na emissão do diploma, o documento formal. A certidão, nesse
caso, irá atestar que o aluno concluiu a graduação e é bacharel em Direito, estando apto
a adentrar no mercado de trabalho (art. 8º, inciso II, do Estatuto da OAB). De acordo com
o artigo 23 do Regulamento Geral da OAB, na falta de diploma regularmente registrado,
o requerente apresentará certidão de graduação em Direito, acompanhada de cópia
autenticada do respectivo histórico escolar.
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a) Errada. Na ausência do diploma, o bacharel em Direito poderá apresentar certidão de


graduação em Direito (art. 8º, inciso II, do Estatuto da OAB), não havendo que se falar em
inscrição provisória.
b) Errada. O bacharel não pode ser prejudicado pela demora na expedição do diploma.
Pensando nisso, o legislador previu a possibilidade de substituição do diploma pela certidão
de graduação em Direito (art. 8º, inciso II, do Estatuto da OAB).
d) Errada. O Conselho Seccional não tem competência para emitir permissão especial nesse
caso, restando a prova da graduação feita por meio do diploma ou da certidão de graduação
em Direito (art. 8º, inciso II, do Estatuto da OAB).
Letra c.

019. (FGV/OAB/IX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Sávio, aluno regularmente matriculado


em Escola de Direito, obtém a sua graduação e, logo a seguir, aprovação no Exame de Ordem.
Por força de movimento grevista na sua instituição, o diploma não pode ser expedido.
A respeito da inscrição no quadro de advogados, consoante as normas do Regulamento
Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) O diploma é essencial para a inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados.
b) O bacharel, diante do impedimento de apresentar o diploma, deve apresentar declaração
de autoridade certificando a conclusão do curso.
c) A Ordem, diante do movimento grevista comprovado, poderá acolher declaração de
próprio punho do requerente afirmando ter obtido grau.
d) O bacharel em Direito deve apresentar certidão de conclusão de curso e histórico
escolar autenticado.

É possível a substituição do diploma pela certidão de graduação em Direito, uma vez


que o futuro advogado não pode ser prejudicado pela instituição de ensino pela demora na
emissão do diploma, sendo que já concluiu a graduação e resta pendente apenas a emissão
do documento formal. A certidão, nesse caso, irá atestar que o aluno concluiu a graduação
e é bacharel em Direito, estando apto a adentrar no mercado de trabalho (art. 8º, inciso
II, do Estatuto da OAB). De acordo com o artigo 23 do Regulamento Geral da OAB, na falta
de diploma regularmente registrado, o requerente apresentará certidão de graduação
em Direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar.
a) Errada. Realmente o diploma é essencial para a inscrição nos quadros da OAB, todavia, a
fim de evitar prejuízos aos aprovados no Exame de Ordem, o legislador estabeleceu que o
documento oficial poderá ser substituído pela certidão de conclusão de curso, acompanhada
do histórico escolar autenticado, nos termos do artigo 8º, inciso II, do Estatuto da OAB c/c
artigo 23 do Regulamento Geral da OAB.

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b) Errada. Não é suficiente a declaração, já que é necessária a certidão de conclusão de


curso, acompanhada do histórico escolar autenticado (art. 8º, inciso II, do Estatuto da OAB
c/c art. 23 do Regulamento Geral da OAB).
c) Errada. Não tem validade alguma a declaração de próprio punho elaborada pelo requerente. É
necessária a apresentação de certidão de conclusão de curso, acompanhada do histórico escolar
autenticado (art. 8º, inciso II, do Estatuto da OAB c/c art. 23 do Regulamento Geral da OAB).
Letra d.

020. (FGV/OAB/IX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Laura, advogada na área empresarial,


após concluir o mestrado em renomada instituição de ensino superior, é convidada para
integrar a equipe de assessoria jurídica da empresa K S/A. No dia da entrevista final, é
inquirida pelo Gerente Jurídico da empresa, bacharel em Direito, sem inscrição na Ordem
dos Advogados do Brasil, apesar de o mesmo ter logrado êxito no Exame de Ordem.
Observado tal relato, consoante as normas do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia
e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) O bacharel em Direito pode exercer as funções de Gerência Jurídica mesmo que não
tenha os requisitos para ingresso na Ordem dos Advogados.
b) A função de Gerente Jurídico é privativa de advogados com regular inscrição nos quadros
da Ordem dos Advogados.
c) O bacharel em Direito, caso preencha os requisitos legais, inclusive aprovação em Exame de
Ordem, pode exercer funções de Gerente Jurídico antes da inscrição na Ordem dos Advogados.
d) A função de Gerente Jurídico, como é de confiança da empresa, pode ser exercida por
quem não tem formação na área.

O exercício da atividade da advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado


são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – art. 3º do Estatuto
da OAB. A aprovação no Exame de Ordem, por sua vez, é um dos requisitos para inscrição
como advogado (art. 8º, inciso IV, do Estatuto da OAB). No caso, o Gerente Jurídico da
empresa é apenas bacharel em Direito aprovado no Exame de Ordem; ele não requereu
sua inscrição nos quadros da OAB, e não pode, portanto, desempenhar as atividades
privativas de advogado previstas no artigo 1º do Estatuto da OAB: postulação a qualquer
órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais, bem como atividades de consultoria,
assessoria e direção jurídicas.
a) Errada. O bacharel em Direito não pode exercer as funções privativas de advogado, sendo
necessária a inscrição perante os quadros da OAB (art. 1º do Estatuto da OAB).

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c) Errada. O bacharel em Direito não pode exercer as funções privativas de advogado, sendo
necessária a inscrição perante os quadros da OAB que exige, dentre outros requisitos, a
prévia aprovação no Exame de Ordem (art. 8º do Estatuto da OAB).
d) Errada. As atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas são privativas de
advocacia, conforme o art. 1º do Estatuto da OAB.
Letra b.

021. (FGV/OAB/VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Lara é sócia de determinada sociedade


de advogados com sede no Rio de Janeiro e filial em São Paulo. Foi convidada a Integrar,
cumulativamente e também como sócia, os quadros de outra sociedade de advogados,
esta com sede em São Paulo e sem filiais. Aceitou o convite e rapidamente providenciou
sua inscrição suplementar na OAB/SP, tendo em vista que passaria a exercer habitualmente
a profissão nesse estado.
a) Lara agiu corretamente, pois, considerando-se que passaria a atuar em mais do que cinco
causas por ano em São Paulo, era necessário que promovesse sua inscrição suplementar
nesse estado.
b) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma sociedade
de advogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
c) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma sociedade
de advogados dentro do território nacional.
d) Lara agiu corretamente e sequer era necessário que promovesse sua inscrição suplementar,
pois passaria a exercer a profissão em São Paulo na qualidade de sócia e não de advogada
empregada da sociedade em questão.

A questão acima exige o conhecimento de matéria que ainda não estudamos. Porém,
associado a isso está o conhecimento acerca da habitualidade profissional em mais de
uma Seccional. O gabarito da questão é encontrado no artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB:
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de
advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e
no regulamento geral.
[...]
§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais
de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade
de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área
territorial do respectivo Conselho Seccional.

a) Errada. A inscrição suplementar deverá ser requerida quando a intervenção judicial


exceder cinco causas por ano (art.10, § 2º, do Estatuto da OAB). No caso, não se sabe se a
atuação profissional de Lara irá ou não ultrapassar cinco causas por ano.

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c) Errada. Como dito acima, é vedado ao advogado integrar mais de uma sociedade de
advogados dentro da mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
d) Errada. A inscrição suplementar não está associada à qualidade de sócia ou de advogada
empregada, devendo ser requerida quando a intervenção judicial exceder cinco causas
por ano (art.10, § 2º, do Estatuto da OAB). Além disso, a conduta de integrar mais de uma
sociedade de advogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho
Seccional é vedada.
Letra b.

022. (FGV/OAB/VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012/ADAPTADA) Nos termos das normas do


Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, o Estágio Profissional de Advocacia é
requisito para inscrição no quadro de estagiários da OAB. Dito isso, analise a afirmativa abaixo:
O estágio profissional de advocacia pode ser ofertado por instituição de ensino superior
em convênio com a OAB.

O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos
do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior, pelos
Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados
pela OAB, sendo obrigatório o estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina (art. 9º,
§ 1º, do Estatuto da OAB).
Certo.

023. (FGV/OAB/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Terêncio, após intensa atividade


advocatícia, é acometido por mal de origem psiquiátrica, mas diagnosticado como passível
de cura após tratamento prolongado. Não podendo exercer os atos da vida civil, apresenta
requerimento à OAB. No concernente ao tema, à luz das normas aplicáveis, é correto afirmar
que é caso de
a) cancelamento da inscrição como advogado.
b) impedimento ao exercício profissional, mantida a inscrição na OAB.
c) licença do exercício da atividade profissional.
d) penalidade de exclusão por doença.

O profissional advogado poderá licenciar-se: se assim o requerer, por motivo justificado, quando
passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia,
ou quando sofrer doença mental considerada curável (art. 12 do Estatuto da OAB).
A respeito da doença mental curável, Paulo Lobo (2017) traz que:

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A doença mental curável é a terceira e última hipótese de licenciamento, que perdurará até que
o interessado apresente laudo médico que declare sua recuperação definitiva. No caso de
intermitência de insanidade mental, a doutrina tem entendido que se enquadra na incapacidade
civil absoluta prevista no Código Civil, sendo mais adequado o cancelamento. Como o licenciamento
independe da interdição judicial, poderá ser promovido de ofício pelo Conselho Seccional, após
submeter o inscrito a perícia médica, ou, em caso de recusa deste, com fundamento em provas
irrefutáveis de sua instabilidade mental.

a) Errada. São várias as possibilidades que ensejam o cancelamento da inscrição: quando o


advogado requerer; quando sofrer penalidade de exclusão; quando falecer; quando passar
a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; quando perder
qualquer um dos requisitos necessários para inscrição (art. 11 do Estatuto da OAB). Desse
modo, não se enquadra o caso trazido na questão, já que a doença é curável.
b) Errada. A doença não é caso de impedimento, sendo impedidos de exercer a advocacia
(art. 30 do Estatuto da OAB): os servidores da administração direta, indireta e fundacional,
contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora,
bem como os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor
das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista,
fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias
de serviço público.
d) Errada. A doença não enseja a penalidade de exclusão, cabível nos casos de aplicação,
por três vezes, de suspensão, e se cometidas as infrações de fazer falsa prova de qualquer
dos requisitos para inscrição na OAB, tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da
advocacia e praticar crime infamante (art. 38 do Estatuto da OAB).
Letra c.

024. (FGV/OAB/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Caio, próspero comerciante, contrata,


para prestação de serviços profissionais de advocacia, Mévio, que se apresenta como
advogado. O cliente outorga a devida procuração com poderes gerais para o foro. Usando o
referido instrumento, ocorre a propositura de ação judicial em face de Trácio. Na contestação,
o advogado do réu alega vício na representação, uma vez que Mévio não possui registro na
OAB, consoante certidão que apresenta nos autos judiciais. Diante de tal circunstância, é
correto afirmar que
a) os atos praticados pelo suposto advogado não ofendem qualquer dispositivo legal.
b) verificada a ausência de inscrição profissional, deverá ser outorgado prazo para sua regularização.
c) os atos praticados por Mévio são nulos, pois foram praticados por pessoa não inscrita na OAB.
d) a declaração de nulidade dos atos processuais esgota o rol de atos sancionatórios.
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O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado


são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), conforme estabelece
o artigo 3º do Estatuto da OAB. De acordo com o artigo 4º, são nulos os atos privativos de
advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis,
penais e administrativas.
a) Errada. Os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita são nulos e
ensejam sanções nas esferas civil, penal e administrativa (art. 4º do Estatuto da OAB).
b) Errada. A nulidade dos atos, nesse caso, será absoluta, ou seja, a nulidade não pode ser
sanada e o ato não pode ser convalidado. Todavia, o Superior Tribunal de Justiça entendeu,
no julgamento do Recurso Especial n. 449.627, que não será decretada a nulidade dos atos
praticados por advogado afastado do exercício profissional, se foram ratificados por novo
procurador constituído nos autos, bem como se a nulidade não prejudicar qualquer das
partes (LOBO, 2017).
d) Errada. O autor da prática de atos privativos de advogado não inscrito na OAB está sujeito
a sanções na esfera civil, penal e administrativa (art. 4º do Estatuto da OAB).
Letra c.

025. (FGV/OAB/V EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2011) Alcides, advogado de longa data,


resolve realizar concurso para o Ministério Público, vindo a ser aprovado em primeiro lugar.
Após os trâmites legais, é designada data para a sua posse, circunstância que acarreta seu
requerimento para suspender sua inscrição nos quadros da OAB, o que vem a ser indeferido.
No caso em comento, em relação a Alcides, configura-se situação de
a) cancelamento da inscrição por assunção de cargo incompatível.
b) suspensão da inscrição até a aposentadoria do membro do Ministério Público.
c) suspeição enquanto permanecer no cargo.
d) incompatibilidade, podendo atuar, como advogado, em determinadas situações.

De acordo com o artigo 28, inciso II, do Estatuto da OAB, a advocacia é incompatível com a
atividade dos membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais
e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem
como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva
da administração pública direta e indireta. São várias as possibilidades que ensejam o
cancelamento da inscrição: quando o advogado requerer; quando sofrer penalidade de
exclusão; quando falecer; quando passar a exercer, em caráter definitivo, atividade
incompatível com a advocacia; quando perder qualquer um dos requisitos necessários
para inscrição (art. 11, inciso IV, do Estatuto da OAB).

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b) Errada. O exercício em caráter definitivo de atividade incompatível com a advocacia,


como é o caso da questão, uma vez que Alcides irá tornar-se membro do Ministério Público
(artigo 28, inciso II, do Estatuto da OAB), enseja o cancelamento da inscrição (artigo 11,
inciso IV, do Estatuto da OAB).
c) Errada. O exercício em caráter definitivo de atividade incompatível com a advocacia enseja
o cancelamento da inscrição (artigo 11, inciso IV, do Estatuto da OAB), e não suspeição,
enquanto permanecer no cargo.
d) Errada. A posse de Alcides como membro do Ministério Público o impede completamente
de exercer o ministério da advocacia (artigo 28, inciso II, do Estatuto da OAB).
Letra a.

026. (FGV/OAB/IV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2011) Semprônio reside no Estado W,


onde mantém o seu escritório de advocacia, mas requer sua inscrição principal no Estado
K, onde, em alguns anos, pretende estabelecer domicílio. No concernente ao tema, à luz
das normas estatutárias, é correto afirmar que
a) o advogado pode eleger qualquer seccional para inscrição principal ao seu arbítrio.
b) o Conselho Federal pode autorizar a inscrição principal fora da sede do escritório do advogado.
c) na dúvida entre domicílios, prevalece o da sede principal do exercício da advocacia.
d) a inscrição principal está subordinada ao domicílio profissional do advogado.

A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território
ele pretende estabelecer o seu domicílio profissional. Como domicílio entende-se a sede
principal de advocacia (art. 10 do Estatuto da OAB). No caso, Semprônio pretende, em alguns
anos, estabelecer domicílio no estado K, não alterando em nada sua atividade profissional,
mas, sim, o domicílio da pessoa física do advogado. Portanto, a inscrição principal deve
permanecer no estado W.
a) Errada. A inscrição principal está vinculada ao domicílio principal, não cabendo ao advogado
eleger qualquer seccional para a inscrição principal.
b) Errada. A inscrição principal está vinculada ao domicílio principal. Não cabe ao Conselho
Federal autorizar ou não a inscrição principal fora da sede do escritório do advogado.
c) Errada. De acordo com o § 1º do artigo 10 do Estatuto da OAB, na dúvida acerca da sede
principal, deverá prevalecer o domicílio da pessoa física do advogado.
Letra d.

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027. (FGV/OAB/I EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2010) Assinale a opção correta de acordo


com as disposições do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB.
a) O compromisso que o requerente à inscrição nos quadros da OAB deve fazer perante
o conselho seccional, a diretoria ou o conselho da subseção é indelegável, haja vista sua
natureza solene e personalíssima.
b) Toda vez que figurar como indiciado em inquérito policial, por qualquer espécie de
infração, o advogado deve ser assistido por um representante da OAB, sem prejuízo da
atuação de seu defensor.
c) É vedado ao requerente pleitear inscrição nos quadros da OAB sem ter, regularmente
registrado, diploma de bacharel em Direito, não suprindo sua falta nenhum outro documento.
d) O estagiário inscrito na OAB pode praticar, isoladamente, todos os atos próprios de
advogado, desde que sua inscrição esteja regular.

Prestar compromisso é ato solene no qual o futuro advogado se compromete a exercer com
nobreza ministério da advocacia. O compromisso é personalíssimo e não pode ser delegado. No
ato, o advogado deverá proferir o seguinte compromisso (art. 20 do Regulamento Geral da OAB):
Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e
prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático,
os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da justiça
e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.

Ademais, o compromisso será prestado perante o Conselho Seccional, a Diretoria ou o


Conselho da Subseção (art. 20 do Regulamento Geral da OAB).
b) Errada. O tema da alternativa é estudado no Regulamento Geral da OAB, e o erro é a afirmação
de que o advogado indiciado em inquérito policial, por qualquer espécie de infração, será assistido
por um representante da OAB. Na verdade, de acordo com o artigo 16 do Regulamento Geral da
OAB, o advogado contará com a assistência de representante da OAB nos inquéritos policiais ou
nas ações penais em que figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato a ele
imputado decorrer do exercício da profissão ou a este se vincular.
c) Errada. É possível a substituição do diploma pela certidão de graduação em Direito, uma
vez que o futuro advogado não pode ser prejudicado pela instituição de ensino pela demora
na emissão do diploma, sendo que já concluiu a graduação e resta pendente apenas a emissão
do documento formal. A certidão, nesse caso, irá atestar que o aluno concluiu a graduação
e é bacharel em Direito, estando apto a adentrar no mercado de trabalho (art. 8º, inciso
II, do Estatuto da OAB). De acordo com o artigo 23 do Regulamento Geral da OAB, na falta
de diploma regularmente registrado, o requerente apresentará certidão de graduação em
Direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar.
d) Errada. O estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os atos
privativos de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste, observado
o regimento geral (art. 3º, § 2º, do Estatuto da OAB).
Letra a.

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