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6ª Edição
Catalogação na publicação
Elaborada por Bibliotecária Janaina Ramos - CRB-8/9166
C648 CLT sistematizada e organizada / Organizadores Leticia Aidar, Paulo Ralin, Ricardo Calcini.
– 6. ed. – Leme-SP: Mizuno, 2023
1472 p.; 21 X 27 cm
ISBN 978-65-5526-819-5
1. Consolidação das Leis do Trabalho. 2. Direito trabalhista. I. Aidar, Leticia (Organizadora). II.
Ralin, Paulo (Organizador). III. Calcini, Ricardo (Organizador). IV. Título.
CDD 344.01
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Leticia Aidar
Doutora em Educação pela Universidade de Alcalá de Henares/ES (revalidação UNESP). Especialista em Direito Processual do Tra-
balho pela Universidade Gama Filho - UGF. Bacharel em Direito pela Universidade Candido Mendes-Centro. Professora de Direito e
Processo do Trabalho da Universidade Candido Mendes-Niterói e da Faculdades Integradas Hélio Alonso - FACHA, campus Botafogo,
graduação e pós-graduação, Professora de cursos preparatórios para exame de ordem e concurso público, presencial e online. Escri-
tora, articulista, palestrante. Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Paulo Ralin
Advogado Trabalhista. Mestre em Direitos Humanos pela UNIT/SE. Especialista em Direito do Trabalho pela UFBA. Conselheiro Fede-
ral da OAB (2016-2021). Membro do conselho consultivo da Escola Nacional da Advocacia (2019-2021). Vice-Presidente da Comissão
Nacional da Jovem Advocacia (2016-2018). Professor da Graduação e Pós-Graduação UNIT/SE. Professor da Pós-graduação da Escola
Superior da Advocacia/MA, do Curso Estratégia/SP, Curso Fórum/RJ. Ex-Professor do Damásio Educacional/SP e Ex-Professor do Meu
Curso/SP. Mentor para o Exame de Ordem. Palestrante e autor de obras jurídicas.
Ricardo Calcini
Professor, Advogado, Parecerista e Consultor Trabalhista. Atuação estratégica e especializada nos Tribunais (TRTs, TST e STF).
Mestre em Direito do Trabalho pela PUC/SP. Professor Visitante (USP/RP, PUC/RS, PUC/PR, INSPER/SP, Católica de SC, IBMEC/
RJ, FADI/SP e ESA/OAB). Coordenador Trabalhista da Editora Mizuno. Membro do Comitê Técnico da Revista Síntese Trabalhista
e Previdenciária. Coordenador Acadêmico dos projetos “Dúvida Trabalhista? Pergunte ao Professor!” (Jota), “Migalha Trabalhista”
(Migalhas) e “Prática Trabalhista” (Revista Consultor Jurídico - Conjur). Autor de diversos livros pela Editora Mizuno e de mais de
200 artigos em revistas especializadas. Membro e Pesquisador do Grupo de Estudos de Direito Contemporâneo do Trabalho e
da Seguridade Social, da Universidade de São Paulo (GETRAB-USP), do GEDTRAB-FDRP/USP e da CIELO LABORAL.
Simone Belfort
Doutora e mestre em Direito e Sociologia pela UFF. Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Candido Mendes
- Centro. Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Gama Filho com ênfase em preparatório para concursos.
Professora da UERJ. Professora de Direito e Processo do Trabalho na Universidade Candido Mendes, campus Niterói e Araruama e
da Universidade Anhanguera, campus Niterói. Coordenadora do curso de Direito Anhanguera, campus São João de Meriti. Professora
de pós-graduação. Professora de cursos preparatórios para OAB e concursos públicos - área jurídica e área fiscal: Presencial e on-line.
Articulista e autora com publicações nacionais e internacionais. Palestrante. Advogada com atuação na área trabalhista.
Ac. - Acórdão
Art. - Artigo
CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho
CC - Código Civil
CCFGTS - Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
CF - Constituição Federal
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio
CJPN - Comissão de Jurisprudência e de Precedentes Normativos do Tribunal Superior do Trabalho
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
CNMP - Conselho Nacional do Ministério Público
CNPS - Conselho Nacional de Política Salarial
CP - Código Penal
CPC - Código de Processo Civil
CPCGJT - Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho
CPP - Código de Processo Penal
CRFB - Constituição da República Federativa do Brasil
D. - Decreto
Dec. - Decreto
DJ ou DJU - Diário da Justiça da União
DJe - Diário de Justiça Eletrônico
DL - Decreto-lei
DOU - Diário Oficial da União
DSR - Descanso semanal remunerado
DT - Direito do Trabalho
ed. - edição
Ed. - Editora
EN-SRT - Enunciados da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego
EPI - Equipamento de proteção individual
FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
IAPAS - Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social
INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
INPS - Instituto Nacional de Previdência Social
CÓDIGOS
REGIMENTO INTERNO DO TST - RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA N. 1.937, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2017.............. 287
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988................................................................................ 317
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS......................................................................................... 369
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - Lei n. 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015..................................................................... 393
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - LINDB - Decreto-Lei n. 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942... 467
CÓDIGO CIVIL (Principais dispositivos relacionados ao Direito do Trabalho) - Lei n. 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002... 469
CÓDIGO PENAL (Principais dispositivos relacionados ao Direito do Trabalho) - Decreto-Lei n. 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940.. 491
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - Lei n. 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990................................................ 493
ESTATUTO DA ADVOCACIA E ORDEM DOS ADVOGADOS - Lei n. 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994.............................. 505
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - Lei n. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.............................................. 517
CONVENÇÕES DA OIT
87 - (Relativa à liberdade sindical e á proteção do direito de sindicalização)......................................................................... 545
98 - (Direito de sindicalização e de negociação coletiva, 1953, Decreto n. 10.088, de 5-11-2019)........................................ 546
132 - (Férias remuneradas, 1999)........................................................................................................................................... 547
182 - (Convenção sobre proibição das piores formas de trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação)................. 549
DECRETOS
80.281 - de 5-9-1977 - (Residência médica)........................................................................................................................... 551
84.134 - de 30-10-1979 - (Regulamenta a Lei n. 6.615/78).................................................................................................... 552
85.845 - de 26-3-1981 - (FGTS).............................................................................................................................................. 554
92.530 - de 9-4-1986 - (Segurança do trabalho)..................................................................................................................... 555
92.790 - de 17-6-1986 - (Técnico em radiologia).................................................................................................................... 555
99.684 - de 8-11-1990 - (Consolida as normas regulamentares do FGTS)............................................................................ 558
DECRETOS-LEIS
229 - de 28-2-1967 - (Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho)................................................................. 621
368 - de 19-12-1968 - (Débitos salariais)................................................................................................................................ 633
691 - de 18-7-1969 - (Técnicos estrangeiros)......................................................................................................................... 634
779 - de 21-8-1969 - (Processo do trabalho).......................................................................................................................... 634
11.795 - 23-11-2023 - (Igualdade Salarial).............................................................................................................................. 618
INSTRUÇÕES NORMATIVAS
23 - de 5-8-2003 - (Petições de Recurso de Revista)............................................................................................................. 635
27 - 16-2-2005 - (Normas procedimentais aplicáveis ao processo do trabalho)..................................................................... 635
39 - 10-3-2016 - (Processo do Trabalho)................................................................................................................................ 636
40 -15-3-2016 - (Agravo de Instrumento)................................................................................................................................ 639
41 - 21-6-2018 - (Normas Processuais da Consolidação das Leis do Trabalho).................................................................... 639
LEIS
605 - de 5-1-1949 - (Repouso semanal)................................................................................................................................. 641
LEIS COMPLEMENTARES
7 - de 7-9-1970 - (PIS)............................................................................................................................................................ 1131
8 - de 3-12-1970 - (PASEP).................................................................................................................................................... 1132
26 - de 11-9-1975 - (PIS-PASEP)(**)...................................................................................................................................... 1132
35 - de 14-3-1979 - (Magistratura Nacional)............................................................................................................................... 1133
75 - de 20-5-1993 - (Ministério Público da União)(**)................................................................................................................. 1143
103 - de 14-7-2000 - (Piso salarial)............................................................................................................................................. 1166
110 - de 29-6-2001 - (FGTS)....................................................................................................................................................... 1166
123 - de 14-12-2006 - (Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte)................................................ 1167
PORTARIA
671 - de 8-11-2021 (Legislação Trabalhista, Inspeção do Trabalho, Políticas Públicas e Relações de Trabalho)..................... 1215
3.472 - de 4-10-2023 (Registro das Entidades Sindicais no Ministério do Trabalho e Emprego)............................................... 1253
RESOLUÇÕES
203 - de 15-3-2016 - (Código de Processo Civil)........................................................................................................................ 636
205 - de 15-3-2016 - (Admissibilidade Parcial de Recurso de Revista no Tribunal Regional do Trabalho)................................ 638
221 - de 21-6-2018 - (Edita a Instrução Normativa n. 41, que dispõe sobre as normas da CLT, com as alterações da Lei n.
13.467/2017 e sua aplicação ao processo do trabalho)....................................................................................................... 639
525 - de 29-4-2015 - (Motorista profissional).............................................................................................................................. 1199
957 - de 23-9-2022 (Programa do Seguro-Desemprego).................................................................................................................. 1200
JURISPRUDÊNCIA
Súmulas Vinculantes do STF...................................................................................................................................................... 1263
Súmulas do STF.......................................................................................................................................................................... 1267
Súmulas do STJ.......................................................................................................................................................................... 1275
Súmulas do Ex-Tribunal Federal de Recursos - EX-TFR, atual STJ em matéria trabalhista ou relacionada............................. 1283
Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho - TST....................................................................................................................... 1287
Tribunal Pleno / Órgão Especial.................................................................................................................................................. 1309
Orientações Jurisprudenciais da SBDI-I..................................................................................................................................... 1313
Orientações Jurisprudenciais da SBDI-I - Transitórias................................................................................................................ 1327
Orientações Jurisprudenciais da SBDI-II.................................................................................................................................... 1335
Orientações Jurisprudenciais da SDC........................................................................................................................................ 1343
Precedentes Normativos............................................................................................................................................................. 1347
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS 17. A estrutura da Consolidação e a ordenada distribuição das matérias que lhe com-
põem o texto evidenciam claramente não só um plano lógico como também um pen-
samento doutrinário.
SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
18. A sucessiva disposição das matérias, nos Títulos e Capítulos, corresponde a uma
Tenho grande honra de apresentar a Vossa Excelência o projeto definitivo de Consoli- racional precedência.
dação das Leis de Proteção ao Trabalho, relevante cometimento jurídico e social, cuja
redação última foi procedida, havendo sido escrupulosamente apreciadas as sugestões 19. Assim, sem fazer injúria ao bom senso geral, exemplificarei, entretanto: o contrato
e emendas propostas ao anteprojeto, após uma verdadeira autocrítica, que a própria individual do trabalho pressupõe a regulamentação legal de tutela do empregado, não
Comissão efetuou, do texto original divulgado pelo Diário Oficial de 5 de janeiro do lhe podendo ser adversa; a organização sindical pressupõe igualmente a condição de
emprego ou o exercício de profissão e a constituição da empresa; o contrato coletivo
corrente ano.
de trabalho seria, por sua vez, inviável sem a prévia formação sindical das classes.
2. A Comissão cotejou e julgou cerca de dois mil reparos, observações ou comentários
20. Essa uma distribuição em que os institutos jurídico-políticos são alinhados, não ao
feitos à Consolidação. saber de classificações subjetivas ou sob a sugestão irrefletida de padrões quaisquer,
3. Peço vênia a Vossa Excelência, preliminarmente, para ressaltar o esforço, a cultura, mas sim, e verdadeiramente, de acordo com dados racionais derivados do próprio
a inteligência com que, no desempenho da difícil incumbência, se houveram os signa- valor e da função social que lhes é essencial.
tários do Relatório incluso no aprofundado exame da matéria. 21. Para melhor compreensão, dividiu a Comissão o Título lI do anteprojeto em dois
4. Durante quase um ano, em longas reuniões diárias entregaram-se à tarefa complexa Títulos, visando a tornar ainda mais intuitivo o esquema da Consolidação: ocupando-
e ilustre, com uma dedicação e um espírito público que bem demonstram o patriotis- -se essas duas divisões, respectivamente, “Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho”
mo que os inspirou. Desejo, por isso, antes de mais nada, e perante V. Exa., patentear e “Das Normas Especiais de Tutela do Trabalho”, que constituem exatamente os prin-
o meu reconhecimento e a minha admiração por esses notáveis colaboradores da cípios institucionais e básicos da proteção do trabalho.
obra ministerial. 22. Mais uma vez nota-se nessa concepção um ânimo de ordem que resultou de uma
5. É da mais alta significação social e merece uma referência especial o interesse sus- meditação exclusiva sobre os institutos concatenados.
CLT
citado pela divulgação do anteprojeto. 23. O pormenorizado exame, nesta exposição, de todos os temas ali discutidos, im-
6. Juristas e magistrados, entidades públicas, empresas privadas e associações culturais portaria reproduzir, quase na íntegra, o referido relatório, com prejuízo talvez de sua
concorreram com a judiciosa reflexão de sua experiência para sugerir um ou outro harmonia e da lógica irretorquível com que se apresenta.
retoque. 24. Peço licença, entretanto, para assinalar alguns aspectos principais do trabalho da
7. Revelando, não só a repercussão alcançada pelo monumento legal projetado, mas, Comissão.
principalmente, uma vigorosa consciência sindical - prova plena de um regime social 25. No concernente à identificação profissional, há quem incorra em absoluto equívo-
já radicado - manifestaram-se as classes de empregadores e de empregados, através co, ignorando o sentido exato dessa instituição jurídica.
das respectivas instituições representativas. Esta foi, na realidade, a contribuição mais 26. Houve quem lhe apontasse apenas a utilidade de mero instrumento de contrato
palpitante, trazida à Comissão, quer pelo teor original da discussão das teses, quer do trabalho, quando, na verdade, é este, embora de grande alcance, apenas um as-
pela eficiência patente do sistema paritário de equilíbrio social, evidenciando-se, do pecto da carteira profissional, cujo caráter fundamental é o de documento de qualifi-
contraste de interesses, sob a luz de um pensamento público de bem comum, a fór- cação profissional, constituindo mesmo a primeira manifestação de tutela do Estado
mula de composição harmônica das forças do capital e do trabalho. ao trabalhador, antes formalmente “desqualificado” sob o ponto de vista profissional
8. A Consolidação corresponde a um estágio no desenvolvimento do progresso ju- e a seguir, com a emissão daquele título, habilitado à ocupação de um emprego ou ao
rídico. exercício de uma profissão. Não há como subordinar essa criação típica do Direito
9. Entre a compilação ou coleção de leis e um código - que são, respectivamente, Social ao papel acessório de provado contrato de trabalho, quando, como se vê, a
os momentos extremos de um processo de corporificação do direito - existe a con- sua emissão antecede livremente o ajuste do emprego e agora, pela Consolidação,
solidação, que é a fase própria da concatenação dos textos se da coordenação dos passará até a constituir uma condição obrigatória para o trabalho.
princípios, quando já se denuncia primeiro o pensamento do sistema depois de ha- 27. Foi, aliás, considerando a importância da carteira profissional como elemento
verem sido reguladas, de modo amplo, relações sociais em determinado plano da primacial para manutenção do cadastro profissional dos trabalhadores, como título
vida política. de qualificação profissional, como documento indispensável à colocação e à inscrição
10. Projetada a ação do Estado em várias direções, para atender ao tratamento de sindical e, finalmente, por servir de instrumento prático do contrato individual do
situações especiais e constantes de uma mesma órbita jurídica, impõe-se, desde o trabalho, que a Comissão encontrou razões bastantes para reputar uma instituição
instante em que se surpreende a unidade interna desses problemas, perscrutar a sua fundamental de proteção do trabalhador e não admitir fosse relegada à inoperância da
inteligência ordenadora, que será então a ratio legis do sistema normativo necessário. franquia liberal, tornando-a, então, obrigatória.
11. Esse o significado da Consolidação, que não é uma coleção de leis, mas a sua 28. Em relação aos contratos de trabalho, cumpre esclarecer que a precedência das
coordenação sistematizada. Não é apenas um engenho de arquitetura legislativa, mas “normas” de tutela sobre os “contratos” acentuou que a ordem institucional ou esta-
uma recapitulação de valores coerentes, que resultaram de uma grande expansão tutária prevalece sobre a concepção contratualista.
legislativa, anterior, em um dado ramo de direito. 29. A análise do conteúdo da nossa legislação social prova da exuberantemente a
12. É o diploma do idealismo excepcional do Brasil orientado pela clarividência genial primazia do caráter institucional sobre o efeito do contrato, restrito este à objetivação
de V. Exa., reajustando o imenso e fundamental processo de sua dinâmica econô- do ajuste, à determinação do salário e à estipulação da natureza dos serviços e isso
mica, nas suas relações com o trabalho, aos padrões mais altos de dignidade e de mesmo dentro de standards e sob condições preestabelecidas na lei.
humanidade da justiça social. É incontestavelmente a síntese das instituições políticas 30. Ressaltar essa expressão peculiar constituiria certamente uma conformação com
estabelecidas por V. Exa. desde o início de seu governo. a realidade e com a filosofia do novo Direito justificando-se assim a ênfase inicial atri-
13. Empenhou-se, por isso, a Comissão, na articulação dos textos legais vigentes, na buída à enumeração das normas de proteção ao trabalho, para somente em seguida
exata dedução dos princípios, na concordância essencial das regras, na unidade inter- ser referido o contrato individual.
na do sistema. As lacunas preenchidas propuseram-se a tornar explícitas verdades 31. Nem há como contestar semelhante método, desde que o Direito Social é, por defi-
inerentes às leis anteriores. Algumas inovações aparentes não passam de necessárias nição, um complexo de normas e de instituições voltadas à proteção do trabalho depen-
consequências da Constituição. As omissões intencionalmente ocorridas restringiram- dente na atividade privada.
-se a excluir do conjunto as leis tipicamente transitórias e que, para atender a situa- 32. Entre as inúmeras sugestões trazidas, uma houve que suscitou singular estranheza,
ções de emergência decorrentes do estado de guerra, ficaram à margem dos postu- dada a sua procedência de uma entidade representativa de empregados.
lados do nosso direito social. 33. Objetava contra a exclusão da permissão contida no inciso final do parágrafo único
14. O que importa salientar é ter havido a preocupação dominante de subordinação do art. 42 da Lei n. 264, de 5 de outubro de 1936, e reclamava a sua incorporação à
às leis preexistentes e não como se procedesse à organização de um código, para o Consolidação.
qual se permite modernamente a originalidade inicial e onde é mesmo espontânea 34. Esse texto propositadamente omitido colidia rigorosamente com um dispositivo
e essencial a livre criação do direito, sem qualquer dependência do regime vigente. legal posterior art. 12 do Decreto-lei n. 2.308, de 13 de junho de 1942 - em que se
15. A Consolidação representa, portanto, em sua substância normativa e em seu títu- anunciava uma regra irrecusável de proteção ao trabalhador.
lo, neste ano de 1943, não um ponto de partida, nem uma adesão recente a uma dou- 35. Como se tolerar, efetivamente, que possa um empregado realizar os encargos de
trina, mas a maturidade de uma ordem social há mais de um decênio instituída, que já sua função, por mais rudimentar que esta seja, durante oito horas sucessivas, sem um
se consagrou pelos benefícios distribuídos, como também pelo julgamento da opinião intervalo para repouso ou alimentação?
pública consciente, e sob cujo espírito de equidade confraternizaram as classes na 36. Talvez uma incompreensão tivesse surgido na consideração desse preceito le-
vida econômica, instaurando nesse ambiente, antes instável e incerto, os mesmos gal vigente: há, na realidade, determinadas funções de supervisão e de controle, tais
sentimentos de humanismo cristão que encheram de generosidade e de nobreza os como as exercidas por encarregados de estações ou usinas elétricas, cujo trabalho é
anais da nossa vida pública e social. intermitente, não exigindo uma atenção constante e um esforço continuado, sendo
16. No relatório elaborado pela Comissão respectiva, que corresponde a um prefácio benéfica, então, para esses empregados, a exclusão da hora de repouso pela redução
admirável da obra monumental, e no qual se filia a presente exposição de motivos, en- que se dá no tempo de permanência no serviço, facilitada, por outro lado, a organiza-
contrará Vossa Excelência minucioso e brilhante estudo das doutrinas, dos sistemas, ção das tabelas de rodízio dos ocupantes desses cargos pelas empresas.
das leis, dos regulamentos e das emendas sugeridas comprovando que a Consolidação 37. Essa hipótese, constituindo tipicamente, o caso do trabalho descontínuo, segundo a
representa um documento resultante da instituição do gênio com que Vossa Excelên- conhecida definição de Barassi, não se enquadra, entretanto, na determinação do citado
cia vem preparando o Brasil para uma missão universal. art. 12 do Decreto-lei n. 2.308, que apenas abrange o “trabalho contínuo”, conforme
foi incluído à Consolidação no Capítulo “Da Duração do Trabalho”, parecendo, portanto, Comissão de Marinha Mercante, do Sindicato dos Estivadores do Rio de Janeiro e do
resolvida a dúvida. Sindicato dos Trabalhadores em Estiva de Minérios desta Capital.
38. O trabalho dos menores, entre catorze e dezoito anos, ou tem como finalidade 61. Houve também a preocupação de atender tanto quanto possível à equiparação,
a preparação dos mesmos para um ofício, uma profissão, ou, então, constitui uma pleiteada pelo Sindicato dos Operários nos Serviços Portuários de Santos, entre os
exploração e um aniquilamento da juventude. serviços de estiva e os de capatazias, que realmente funcionam em necessária coor-
39. Esse pensamento fez com que o Decreto-lei n. 3.616, de 13 de setembro de 1941, denação.
salvo nos casos excepcionais de força maior ou de interesse público, proibisse para 62. Uma lacuna estava a exigir, há longa data, fosse coberta na nossa legislação. Re-
os menores a prorrogação da duração normal de trabalho. Tal a fonte do dispositivo comendado, reiteradas vezes, pelo Presidente da República, diante da insuficiência da
idêntico que se encontra na Consolidação, sem incorrer em inovação. lei geral, não se ultimara, entretanto, até o presente, o projetado Decreto-lei especial
40. Atentando, também, nos deveres impostos aos empregadores de menores, ver- amparando as condições de trabalho em minas de subsolo. Coligindo os dados apurados
-se-á que são eles obrigados a permitir a esses seus empregados a frequência às aulas, pelo Departamento Nacional do Trabalho, depois de sucessivas e conclusivas investiga-
quer às de instrução primária, conforme sempre foi estabelecido, como também às de ções locais, foi constituída uma Seção prevendo as reduções do horário nos trabalhos
formação profissional a cargo do Serviço Nacional de Aprendizagem dos industriários, em minas subterrâneas, trabalhos esses árduos e particularmente ruinosos para a vida
de acordo com o estatuído pelo Decreto-lei n. 4.481, de 16 de julho de 1942. dos respectivos operários.
41. Acreditamos que não se levantará mais qualquer argumento contra a razoabilíssi- 63. Na Seção em que se regula o exercício da profissão de químico, foi adotada a
ma disposição legal de proibição da prorrogação do horário normal do trabalho dos indicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, no sentido de fica-
menores, justificada não só por óbvias considerações biológicas de preservação da rem declinados os tipos de indústrias em que se torna obrigatória a admissão de um
saúde dos adolescentes, como também por motivos educacionais irrefutáveis. químico. De acordo com a sugestão e segundo o critério do Instituto Nacional de
42. A clara e total definição que do contrato individual do trabalho foi dada pelo an- Tecnologia deste Ministério, ficou resolvida essa questão e homologada a orientação
teprojeto da Consolidação, provocou algumas divergências de mero gosto polêmico. prática deste Ministério.
43. A emenda então apresentada não pôde ser aceita. Revelava, primeiramente, in- 64. O Capítulo da Nacionalização do Trabalho recebeu pequenas emendas de reda-
compreensão do espírito institucional tantas vezes salientado nesses empreendimentos. ção, tendo sido suprimido o dispositivo do anteprojeto relativo aos cargos de che-
Repetia ainda um conceito prévio e básico já formulado, qual seja, o de empregado. fia. Reconsiderando a matéria, verificou a Comissão que o problema, que suscitava
a emenda aditiva ao anteprojeto, encontrava solução no próprio texto legal quando
44. O que os objetantes não alcançaram foi o deliberado propósito de se reconhecer a este disciplina que os ocupantes de funções técnicas somente ficarão à margem da
correspondência e equivalência entre a “relação de emprego” e o “contrato individual proporcionalidade na falta de trabalhadores nacionais especializadas. Sem gerar con-
do trabalho”, para os efeitos da legislação social, correspondência essa que a escola fusões que não haviam sido, aliás, pretendidas pelo preceito ora suprimido, o qual
contratualista italiana nega, exigindo a expressa pactuação. não continha qualquer restrição à desejada colaboração de iniciativas e de capitais
45. Na concepção do projeto, admitido, como fundamento de contrato, o acordo
CLT
patrimônio das entidades sindicais e o regime de recolhimento do imposto sindical, 82. O julgamento dos agravos foi elevado ao seu verdadeiro nível, que é o da instância
posteriormente criados pela Portaria Ministerial n. 884, de 5 de dezembro de 1942, superior, necessário à adequada conceituação desses recursos e à jurídica apreciação
veio indicar ser prescindível esse processo de tomada de contas, que poderia deter- da respectiva substância. Apurou-se, outrossim, definição do Prejulgado, estabelecen-
minar a burocratização desses órgãos de classe, por todos os títulos evitável, a fim de do-se a forma do seu processamento e os efeitos que gera.
se conservar a espontaneidade e originalidade do regime sindical. 83. Tais, em rápida resenha, as principais modificações operadas no anteprojeto pu-
78. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo propôs e foram aceitos os au- blicado. De todas essas alterações deflui um único pensamento - o de ajustar, mais e
mentos, de um para sete, do número máximo de membros da diretoria das entidades mais, a obra constituída às diretrizes da Política Social do Governo, fixadas de maneira
de grau superior, e de Cr$ 20,00 para Cr$ 30,00, a importância mínima correspon- tão ampla e coerente no magnífico quadro das disposições legais que acabam de ser
dente ao imposto sindical de empregadores. recapituladas.
79. A Comissão de Enquadramento Sindical, dado o crescente desenvolvimento de 84. Ao pedir a atenção de Vossa Excelência para essa notável obra de construção jurídica,
sua atividade, teve a respectiva composição ampliada, incluindo um representante afirmo, com profunda convicção e de um modo geral, que, nesta hora dramática que o
do Ministério da Agricultura na previsão da próxima sindicalização das classes rurais. mundo sofre, a Consolidação constitui um marco venerável na história de nossa civiliza-
80. Ligeiros reparos foram feitos ao Capítulo do Imposto Sindical, na base do regi- ção, demonstra a vocação brasileira pelo direito e, na escureza que envolve a humanidade,
me estabelecido pelo Decreto-lei n. 4.298, de 14 de maio de 1942, introduzindo-se representa a expressão de uma luz que não se apagou.
apenas um artigo destinado a facultar a ação executiva, com os privilégios da Fazenda
Pública, excluído o foro próprio, para a cobrança do imposto sindical, quando houver Apresento a Vossa Excelência os protestos do meu mais profundo respeito.
débito certificado pela autoridade competente deste Ministério.
81. Finalmente, quanto à Justiça do Trabalho, deliberou-se a exclusão de toda a parte Rio de Janeiro, 19 de abril de 1943.
consistente em regimento dos órgãos e serviços, bem como dos assuntos referentes Alexandre Marcondes Filho
à administração dos seguros sociais.
CLT
CLT
LEI N. 8.036, DE 11 DE MAIO DE 1990
Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a
depositar, até o vigésimo dia de cada mês, em conta vinculada, a importância corres-
TÍTULO I pondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a
INTRODUÇÃO cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e
458 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452,
de 1º de maio de 1943, e a Gratificação de Natal de que trata a Lei n. 4.090, de 13 de
julho de 1962. (Redação dada pela Lei n. 14.438, de 2022)
Art. 1º Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações § 1° Entende-se por empregador a pessoa física ou a pessoa jurídica de direito priva-
individuais e coletivas de trabalho, nela previstas. do ou de direito público, da administração pública direta, indireta ou fundacional de
qualquer dos Poderes, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL que admitir trabalhadores a seu serviço, bem assim aquele que, regido por legislação
Art. 22 da CRFB. Compete privativamente à União legislar sobre: especial, encontrar-se nessa condição ou figurar como fornecedor ou tomador de
mão de obra, independente da responsabilidade solidária e/ou subsidiária a que even-
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, tualmente venha obrigar-se.
espacial e do trabalho;
(...) LEI COMPLEMENTAR N. 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre ques- Art. 50. As microempresas e as empresas de pequeno porte serão estimuladas pelo
tões específicas das matérias relacionadas neste artigo. poder público e pelos Serviços Sociais Autônomos a formar consórcios para acesso a
serviços especializados em segurança e medicina do trabalho.
Art. 51. As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas:
Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, I - da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências;
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e di- II - da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro;
rige a prestação pessoal de serviço. III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de
Aprendizagem;
IV - da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho”; e
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
V - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas.
Art. 173 da CRFB. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração Art. 52. O disposto no art. 51 desta Lei Complementar não dispensa as microempresas
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos e as empresas de pequeno porte dos seguintes procedimentos:
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme defi-
nidos em lei. I - anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS;
§ 1° A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de eco- II - arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações
nomia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações;
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: III - apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servi-
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; ço e Informações à Previdência Social - GFIP;
IV - apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informa-
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos
ções Sociais - RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED.
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
Parágrafo único. (Vetado).
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (...)
(...) Art. 54. É facultado ao empregador de microempresa ou de empresa de pequeno
Art. 10 da CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os porte fazer-se substituir ou representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros
direitos adquiridos por seus empregados. que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário.
Art. 10-A da CLT. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações tra- LEI COMPLEMENTAR N. 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015
balhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em
ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observa- Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de
da a seguinte ordem de preferência: forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa
I - a empresa devedora; ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-
-se o disposto nesta Lei.
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes. LEI N. 6.019, DE 3 DE JANEIRO DE 1974
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quan- Art. 4° Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no
do ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de
contrato. outras empresas temporariamente.
(...) Art. 4°-A Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela con-
Art. 448 da CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não tratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal,
afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade
Art. 448-A da CLT. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores pre- econômica compatível com a sua execução.
vista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as § 1° A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado
contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços.
de responsabilidade do sucessor. § 2° Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa con-
quando ficar comprovada fraude na transferência. tratante.
LEI N. 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976 c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou
Art. 265. A sociedade controladora e suas controladas podem constituir, nos termos local por ela designado;
deste Capítulo, grupo de sociedades, mediante convenção pela qual se obriguem a d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir.
combinar recursos ou esforços para a realização dos respectivos objetos, ou a partici- II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de insta-
par de atividades ou empreendimentos comuns. lações adequadas à prestação do serviço
§ 1° A sociedade controladora, ou de comando do grupo, deve ser brasileira, e exer- § 1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os
cer, direta ou indiretamente, e de modo permanente, o controle das sociedades filia- empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da
das, como titular de direitos de sócio ou acionista, ou mediante acordo com outros contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo.
sócios ou acionistas. § 2º Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em
§ 2° A participação recíproca das sociedades do grupo obedecerá ao disposto no número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante,
artigo 244. esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e
atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendi-
LEI N. 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991 mento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.
Art. 25-A. Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de (...)
produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outor- Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa
gar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua
serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em atividade principal. (...)
cartório de títulos e documentos.
§ 5º A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações traba-
(...) lhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimen-
§ 3º Os produtores rurais integrantes do consórcio de que trata o caput serão respon- to das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei n. 8.212,
sáveis solidários em relação às obrigações previdenciárias. de 24 de julho de 1991.
Art. 9º O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de
serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabeleci-
§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da rela- mento da tomadora de serviços e conterá: (...)
ção de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficên- § 1º É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higie-
cia, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrati- ne e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências
ou em local por ela designado. (Incluído pela Lei n. 13.429, de 2017)
vos, que admitirem trabalhadores como empregados.
CLT
OJ-SDI1 - TST - 185. CONTRATO DE TRABALHO COM A ASSOCIAÇÃO DE PAIS LEI N. 6.019, DE 3 DE JANEIRO DE 1974.
E MESTRES - APM. INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA OU SUB- Art. 4º-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a
SIDIÁRIA DO ESTADO que se refere o art. 4º-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de
O Estado-Membro não é responsável subsidiária ou solidariamente com a Associação qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da
de Pais e Mestres pelos encargos trabalhistas dos empregados contratados por esta tomadora, as mesmas condições:
última, que deverão ser suportados integral e exclusivamente pelo real empregador. (...)
OJ-SDI1 - TST - 191. CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONS- § 1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os
TRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da
Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de cons- contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo.
trução civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vín-
ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o culo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho
dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. temporário.
OJ-SDI1 - TST - 225. CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. RES-
PONSABILIDADE TRABALHISTA LEI N. 8.036, DE 11 DE MAIO DE 1990
Celebrado contrato de concessão de serviço público em que uma empresa (primeira Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a
concessionária) outorga a outra (segunda concessionária), no todo ou em parte, me- depositar, até o vigésimo dia de cada mês, em conta vinculada, a importância corres-
diante arrendamento, ou qualquer outra forma contratual, a título transitório, bens pondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a
de sua propriedade: cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e
458 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452,
I - em caso de rescisão do contrato de trabalho após a entrada em vigor da concessão, a de 1º de maio de 1943, e a Gratificação de Natal de que trata a Lei n. 4.090, de 13 de
segunda concessionária, na condição de sucessora, responde pelos direitos decorrentes julho de 1962. (Redação dada pela Lei n. 14.438, de 2022)
do contrato de trabalho, sem prejuízo da responsabilidade subsidiária da primeira con-
cessionária pelos débitos trabalhistas contraídos até a concessão; (...)
II - no tocante ao contrato de trabalho extinto antes da vigência da concessão, a res- § 2° Considera-se trabalhador toda pessoa física que prestar serviços a empregador,
ponsabilidade pelos direitos dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora. a locador ou tomador de mão de obra, excluídos os eventuais, os autônomos e os
OJ-SDI1 - TST - 261. BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA servidores públicos civis e militares sujeitos a regime jurídico próprio.
As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados LEI N. 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997
trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez Art. 100. A contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais
que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratantes, aplicando-se
CLT
caracterizando típica sucessão trabalhista. à pessoa física contratada o disposto na alínea h do inciso V do art. 12 da Lei n. 8.212,
OJ-SDI1 - TST - 383. TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADO- de 24 de julho de 1991.
RA DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI N. 6.019, Parágrafo único. Não se aplica aos partidos políticos, para fins da contratação de
DE 3-1-1974.
que trata o caput, o disposto no parágrafo único do art. 15 da Lei n. 8.212, de 24
A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vín- de julho de 1991.
culo de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo
princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas LEI N. 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998
trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos Art. 1° Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remune-
serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, rada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a institui-
a, da Lei n. 6.019, de 3-1-1974. ção privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais,
OJ-SDI1 - TST - 411. SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PER- científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.
TENCENTE A GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SU- Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação
CESSOR POR DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXIS- de natureza trabalhista previdenciária ou afim.
TÊNCIA.
O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não ad- LEI COMPLEMENTAR N. 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015
quirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, Art. 1° Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de
a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipó- forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa
tese de má-fé ou fraude na sucessão. ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-
-se o disposto nesta Lei.
ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS TRANSITÓRIAS - SDI-1 DO TST
OJ-SDI1-T - TST - 30. CISÃO PARCIAL DE EMPRESA. RESPONSABILIDADE SOLI- SÚMULAS DO TST
DÁRIA. PROFORTE Súmula n. 386 do TST - POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO
É solidária a responsabilidade entre a empresa cindida subsistente e aquelas que ab- EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA
sorverem parte do seu patrimônio, quando constatada fraude na cisão parcial. Preenchidos os requisitos do art. 3° da CLT, é legítimo o reconhecimento de rela-
OJ-SDI1-T - TST - 59. INTERBRAS SUCESSÃO. RESPONSABILIDADE ção de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do
A Petrobras não pode ser responsabilizada solidária ou subsidiariamente pelas obriga- eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.
ções trabalhistas da extinta Interbras, da qual a União é a real sucessora, nos termos (ex-OJ n. 167 da SBDI-1 - inserida em 26-3-1999)
do art. 20 da Lei n. 8.029, de 12-4-1990 (atual art. 23, em face da renumeração dada Súmula n. 430 do TST - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CONTRATAÇÃO.
pela Lei n. 8.154, de 28-12-1990). AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. ULTERIOR PRIVATIZAÇÃO.
OJ-SDI-T - TST - 66. SPTRANS. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. NÃO CONFI- CONVALIDAÇÃO. INSUBSISTÊNCIA DO VÍCIO
GURAÇÃO. CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. TRANSPOR- Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência
TE COLETIVO. de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pú-
A atividade da São Paulo Transportes S/A - SPTrans de gerenciamento e fiscalização blica Indireta, continua a existir após a sua privatização.
dos serviços prestados pelas concessionárias de transporte público, atividade descen- ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS - SDI-1 DO TST
tralizada da Administração Pública, não se confunde com a terceirização de mão de OJ-SDI-1 - TST - 38. EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. EMPRESA
obra, não se configurando a responsabilidade subsidiária. DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA.
Vide exposição de motivos, 53 O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja atividade está dire-
tamente ligada ao manuseio da terra e de matéria-prima, é rurícola e não industriário,
nos termos do Decreto n. 73.626, de 12-2-1974, art. 2°, § 4°, pouco importando que
Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar ser- o fruto de seu trabalho seja destinado à indústria. Assim, aplica-se a prescrição própria
viços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste dos rurícolas aos direitos desses empregados.
e mediante salário. OJ-SDI-1 - TST - 199. JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDA-
DE. OBJETO ILÍCITO
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à
prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de
Art. 452-A da CLT. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por es- validade para a formação do ato jurídico.
crito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser
inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados OJ-SDI-1 - TST - 366. ESTAGIÁRIO. DESVIRTUAMENTO DO CONTRATO DE
do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. ESTÁGIO. RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM A ADMI-
NISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA ou INDIRETA. PERÍODO POSTERIOR À CONSTI-
TUIÇÃO FEDERAL DE 1988. IMPOSSIBILIDADE (
Ainda que desvirtuada a finalidade do contrato de estágio celebrado na vigência da
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR Constituição Federal de 1988, é inviável o reconhecimento do vínculo empregatício
LEI N. 5.764, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1971. com ente da Administração Pública direta ou indireta, por força do art. 37, II, da
CF/1988, bem como o deferimento de indenização pecuniária, exceto em relação às
Art. 90. Qualquer que seja o tipo de cooperativa, não existe vínculo empregatício entre parcelas previstas na Súmula n. 363 do TST, se requeridas.
ela e seus associados.
LEI N. 5.889, DE 8 DE JUNHO DE 1973
Art. 2° Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rús- Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego
tico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico
deste e mediante salário. e manual.
Parágrafo Único - O Oficial de Justiça deverá efetuar, em 10 (dez) dias, as di- após o menor completar 18 (dezoito) anos, salvo autorização do juiz para
ligências que lhe forem ordenadas, salvo motivo de força maior devidamente aquisição de imóvel destinado à residência do menor e de sua família ou para
justificado perante o Juízo. dispêndio necessário à subsistência e educação do menor.
Art. 38 - A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é ad- § 2º - Inexistindo dependentes ou sucessores, os valores de que trata este
missível em execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de artigo reverterão em favor, respectivamente, do Fundo de Previdência e
segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo Assistência Social, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou do Fundo
da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, mone- de Participação PIS-PASEP, conforme se tratar de quantias devidas pelo
tariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos. empregador ou de contas de FGTS e do Fundo PIS PASEP.
Parágrafo Único - A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste Art. 2º O disposto nesta Lei se aplica às restituições relativas ao imposto de
artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e renda e outros tributos, recolhidos por pessoa física, e, não existindo outros
desistência do recurso acaso interposto. bens sujeitos a inventário, aos saldos bancários e de contas de cadernetas de
Art. 39 - A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emo- poupança e fundos de investimento de valor até 500 (quinhentas) Obriga-
lumentos. A prática dos atos judiciais de seu interesse independerá de preparo ções Reajustáveis do Tesouro Nacional.
ou de prévio depósito.
Parágrafo único. Na hipótese de inexistirem dependentes ou sucessores do
Parágrafo Único - Se vencida, a Fazenda Pública ressarcirá o valor das despesas titular, os valores referidos neste artigo reverterão em favor do Fundo de
feitas pela parte contrária. Previdência e Assistência Social.
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for locali- Art. 3º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
zado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e,
nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 24 de novembro de 1980; 159º da Independência e 92º da República.
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao
representante judicial da Fazenda Pública.
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o Este texto não substitui o publicado no DOU de 25.11.1980 e retificado
LEIS
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Na- Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.12.1980
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os
montantes das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respecti-
vos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados pe-
LEI N. 6.932, DE 7 DE JULHO DE 1981.
rante a Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores
civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados Dispõe sobre as atividades do médico residente e dá outras providências.
em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.
§ 1º - As quotas atribuídas a menores ficarão depositadas em caderneta O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o CONGRESSO
de poupança, rendendo juros e correção monetária, e só serão disponíveis NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - A Residência Médica constitui modalidade de ensino de pós- sessões atualizadas, seminários, correlações clínico-patológicas ou outras,
-graduação, destinada a médicos, sob a forma de cursos de especialização, de acordo com os programas pré-estabelecidos.
caracterizada por treinamento em serviço, funcionando sob a responsabi- Art. 6º - Os programas de Residência Médica credenciados na forma des-
lidade de instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de ta Lei conferirão títulos de especialistas em favor dos médicos residentes
profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional. neles habilitados, os quais constituirão comprovante hábil para fins legais
junto ao sistema federal de ensino e ao Conselho Federal de Medicina.
§ 1º - As instituições de saúde de que trata este artigo somente poderão
oferecer programas de Residência Médica depois de credenciadas pela Co- Art. 7º - A interrupção do programa de Residência Médica por parte do
missão Nacional de Residência Médica. médico residente, seja qual for a causa, justificada ou não, não o exime da
obrigação de, posteriormente, completar a carga horária total de atividade
§ 2º - É vedado o uso da expressão residência médica para designar qual- prevista para o aprendizado, a fim de obter o comprovante referido no
quer programa de treinamento médico que não tenha sido aprovado pela artigo anterior, respeitadas as condições iniciais de sua admissão.
Comissão Nacional de Residência Médica.
Art. 8º - A partir da publicação desta Lei, as instituições de saúde que
§ 3º A Residência Médica constitui modalidade de certificação das especia- mantenham programas de Residência Médica terão um prazo máximo de
lidades médicas no Brasil. (Incluído pela Lei n. 12.871, de 2013) 6 (seis) meses para submetê-los à aprovação da Comissão Nacional de Re-
§ 4º As certificações de especialidades médicas concedidas pelos Programas sidência Médica.
de Residência Médica ou pelas associações médicas submetem-se às ne- Art. 9º - Esta Lei será regulamentada no prazo de 90 (noventa) dias con-
cessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). (Incluído pela Lei n. 12.871, tados de sua publicação.
de 2013) Art. 10 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
§ 5º As instituições de que tratam os §§ 1º a 4º deste artigo deverão enca- Art. 11 - Revogam-se as disposições em contrário.
minhar, anualmente, o número de médicos certificados como especialistas, Brasília, em 07 de julho de 1981; 160º da Independência e 93º da República.
com vistas a possibilitar o Ministério da Saúde a formar o Cadastro Nacio-
nal de Especialistas e parametrizar as ações de saúde pública. (Incluído pela
Lei n. 12.871, de 2013) Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.7.1981
LEIS
Art. 2º - Para a sua admissão em qualquer curso de Residência Médica o
candidato deverá submeter-se ao processo de seleção estabelecido pelo
programa aprovado pela Comissão Nacional de Residência Médica.
Art. 3º - O médico residente admitido no programa terá anotado no LEI N. 7.002, DE 14 DE JUNHO DE 1982.
contrato padrão de matrícula:
a) a qualidade de médico residente, com a caracterização da especialidade Autoriza a implantação de jornada noturna Especial nos portos organizados
que cursa; e dá outras providências.
b) o nome da instituição responsável pelo programa;
c) a data de início e a prevista para o término da residência; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO
NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
d) o valor da bolsa paga pela instituição responsável pelo programa.
Art. 4º Ao médico-residente é assegurado bolsa no valor de R$ 2.384,82 Art. 1º - A administração do porto, mediante prévia aprovação da Em-
presa de Portos do Brasil S.A. - PORTOBRÁS, poderá adotar, para ser-
(dois mil, trezentos e oitenta e quatro reais e oitenta e dois centavos), em viços de capatazias realizados no período noturno, jornada especial de
regime especial de treinamento em serviço de 60 (sessenta) horas sema- trabalho de 6 (seis) horas ininterruptas, de 60 (sessenta) minutos cada.
nais. (Redação dada pela Lei n. 12.514, de 2011)
Art. 2º - A remuneração básica da jornada especial será a mesma da jor-
§ 1º O médico-residente é filiado ao Regime Geral de Previdência Social nada ordinária diurna, acrescida de adicional noturno de até 50% (cinquenta
- RGPS como contribuinte individual. (Redação dada pela Lei n. 12.514, por cento), incidente sobre as 6 (seis) horas trabalhadas e sua eventual hora de
de 2011) prorrogação.
§ 2º O médico-residente tem direito, conforme o caso, à licença-paterni- Parágrafo único - Os valores do adicional noturno e do acréscimo da hora ex-
dade de 5 (cinco) dias ou à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias. traordinária serão estabelecidos em acordo coletivo de trabalho, homologado
(Redação dada pela Lei n. 12.514, de 2011) pelo Conselho Nacional de Política Salarial.
§ 3º A instituição de saúde responsável por programas de residência médica Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
poderá prorrogar, nos termos da Lei n. 11.770, de 9 de setembro de 2008, disposições em contrário.
quando requerido pela médica-residente, o período de licença-maternidade
em até 60 (sessenta) dias. (Redação dada pela Lei n. 12.514, de 2011) Brasília, em 14 de junho de 1982; 161º da Independência e 94º da República.
§ 4º O tempo de residência médica será prorrogado por prazo equivalente
à duração do afastamento do médico-residente por motivo de saúde ou Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 15.6.1982
nas hipóteses dos §§ 2º e 3º. (Redação dada pela Lei n. 12.514, de 2011)
§ 5º A instituição de saúde responsável por programas de residência médi-
ca oferecerá ao médico-residente, durante todo o período de residência:
(Redação dada pela Lei n. 12.514, de 2011)
LEI N. 7.064, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1982.
I - condições adequadas para repouso e higiene pessoal durante os plan-
tões; (Incluído pela Lei n. 12.514, de 2011)
Dispõe sobre a situação de trabalhadores contratados ou transferidos para
II - alimentação; e (Incluído pela Lei n. 12.514, de 2011) prestar serviços no exterior.
III - moradia, conforme estabelecido em regulamento. (Incluído pela Lei n.
12.514, de 2011)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacio-
§ 6º O valor da bolsa do médico-residente poderá ser objeto de revisão nal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
anual. (Incluído pela Lei n. 12.514, de 2011)
Art. 5º - Os programas dos cursos de Residência Médica respeitarão o CAPÍTULO I
máximo de 60 (sessenta) horas semanais, neIas incluídas um máximo de 24 INTRODUÇÃO (ART. 1º)
(vinte e quatro) horas de plantão. Art. 1º Esta Lei regula a situação de trabalhadores contratados no Brasil
§ 1º - O médico residente fará jus a um dia de folga semanal e a 30 (trinta) ou transferidos por seus empregadores para prestar serviço no exterior.
dias consecutivos de repouso, por ano de atividade. (Redação da pela Lei n. 11.962, de 2009)
§ 2º - Os programas dos cursos de Residência Médica compreenderão, Parágrafo único. Fica excluído do regime desta Lei o empregado designado
num mínimo de 10% (dez por cento) e num máximo de 20% (vinte por para prestar serviços de natureza transitória, por período não superior a
cento) de sua carga horária, atividades teórico-práticas, sob a forma de 90 (noventa) dias, desde que:
SÚMULAS DO STF
É indevida a taxa de assistência médica e hospitalar das instituições de pre- 215 - TEMPO DE SERVIÇO READMISSÃO
vidência social Conta-se a favor do empregado readmitido o tempo de serviço anterior,
salvo se houver sido despedido por falta grave ou tiver recebido a indeni-
150 - EXECUÇÃO - PRESCRIÇÃO NO MESMO PRAZO DA AÇÃO zação legal
Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação
217 - APOSENTADORIA - READMISSÃO
163 - JUROS MORATÓRIOS - OBRIGAÇÃO ILÍQUIDA - CONTA- Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa
GEM DESDE A CITAÇÃO INICIAL PARA AÇÃO, SALVO CONTRA do empregador o aposentado que recupera a capacidade de trabalho den-
A FAZENDA PÚBLICA tro de cinco anos a contar da aposentadoria que se torna definitiva após
Salvo contra a fazenda pública, sendo a obrigação ilíquida contam-se os esse prazo
juros moratórios desde a citação inicial para a ação
219 - INDENIZAÇÃO DE EMPREGADO READMISSÍVEL
194 - INSALUBRIDADE - COMPETÊNCIA Para a indenização devida a empregado que tinha direito a ser readmitido e
É competente o Ministro do Trabalho, para especificação das atividades não foi levam-se em conta as vantagens advindas à sua categoria no período
insalubres do afastamento
195 - CONTRATO A PRAZO OU POR OBRA CERTA - PRORRO- 220 - INDENIZAÇÃO DE ESTÁVEL READMISSÍVEL
GAÇÃO A indenização devida a empregado estável que não é readmitido, ao cessar
Contrato de trabalho por obra certa ou de prazo determinado, transfor- sua aposentadoria, deve ser paga em dobro
ma-se em contrato de prazo indeterminado quando prorrogado por mais
de quatro anos 221 - TRANSFERÊNCIA OU EXTINÇÃO DE ESTABELECIMENTO
A transferência de estabelecimento ou a sua extinção parcial, por motivo
196 - EMPREGADO - ATIVIDADE RURAL que não seja de força maior não justifica a transferência de empregado
Ainda que exerça atividade rural o empregado de empresa industrial ou estável
comercial é classificado de acordo com a categoria do empregador
222 - IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
197 - ESTABILIDADE - DIRIGENTE SINDICAL O princípio da identidade física do juiz não é aplicável às Juntas de Concilia-
O empregado com representação sindical só pode ser despedido mediante ção e Julgamento, da Justiça do Trabalho
inquérito em que se apure falta grave 223 - SINDICATO - ISENÇÃO DE CUSTAS
198 - FÉRIAS - AUSÊNCIA POR ACIDENTE Concedida isenção de custas ao empregado, por elas não responde o sindi-
cato que o representa em juízo
As ausências motivadas por acidente do trabalho, não são descontáveis do
período aquisitivo das férias 224 - JUROS DA MORA
Os juros da mora, nas reclamações trabalhistas são contados desde a no-
199 - FÉRIAS - EMPREGADO HORISTA tificação inicial
O salário das férias do empregado horista, corresponde à média do perío-
do aquisitivo não podendo ser inferior ao mínimo 225 - CARTEIRA PROFISSIONAL - VALOR PROBATÓRIO
Não é absoluto o valor probatório das anotações da carteira profissional
200 - FÉRIAS PROPORCIONAIS
Não é inconstitucional a Lei n. 1.530, de 26.12.51, que manda incluir na inde- 227 - CONCORDATA DO EMPREGADOR
nização por despedida injusta parcela correspondente a férias proporcionais A concordata do empregador não impede a execução de crédito nem a
reclamação de empregado na Justiça do Trabalho
201 - VENDEDOR PRACISTA - REPOUSO SEMANAL
228 - EXECUÇÃO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO PENDENTE
O vendedor pracista, remunerado mediante comissão não tem direito ao Não é provisória a execução na pendência de recurso extraordinário, ou de
repouso semanal remunerado agravo destinado a fazê-lo admitir
202 - EQUIPARAÇÃO SALARIAL 229 - ACIDENTE INDENIZAÇÃO
Na equiparação de salário, em caso de trabalho igual, toma-se em conta A indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo
o tempo de serviço na função e não no emprego ou culpa grave do empregador
203 - SALÁRIO MÍNIMO - VACATIO LEGIS 230 - ACIDENTE - PRESCRIÇÃO
Não está sujeita à vacância de 60 dias a vigência de novos níveis de salário A prescrição da ação de acidente do trabalho, conta-se do exame pericial
mínimo que comprovar a enfermidade ou verificar a natureza da incapacidade
232 - ACIDENTE - DIÁRIAS
204 - TRABALHADOR SUBSTITUTO OU RESERVA Em caso de acidente do trabalho são devidas diárias até doze meses as
Tem direito o trabalhador substituto ou de reserva ao salário mínimo quais não se confundem com a indenização acidentária nem com o auxílio-
do dia em que fica à disposição do empregador sem ser aproveitado na -enfermidade
função específica, se aproveitado recebe o salário contratual
234 - ACIDENTE - HONORÁRIOS DE ADVOGADO
205 - MENOR NÃO APRENDIZ - SALÁRIO São devidos honorários de advogado em ação de acidente do trabalho jul-
Tem direito a salário integral o menor não sujeito à aprendizagem metódica gada procedente