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MERITÍSSIMO JUÍZO FEDERAL DA 5ª VARA FEDERAL DE

NOVA IGUAÇU/RJ

Processo nº 5011469-57.2022.4.02.5120/RJ

MAURO CELSO GONÇALVES DA SILVA, já devidamente qualificada nos autos

em epígrafe, vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seus

procuradores in fine assinados, inconformada com a r. sentença proferida no

Evento 30, interpor:

RECURSO INOMINADO
com fulcro no art. 1.009 e segs. do CPC, c/c 42 da Lei 9.099/95. Nessa

conformidade, REQUER o recebimento do recurso, sendo remetidos os autos,

com as razões recursais anexas, à Egrégia Turma Recursal, para que, ao final, seja

dado provimento ao presente recurso. Por fim, deixa de juntar preparo por ser a

recorrente beneficiária de AJG.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

Nova Iguaçu, 07 de agosto de 2023.

JOÃO BATISTA VASCONCELOS ANA PAULA DE S. BATISTA FERREIRA


OAB/RJ 128.605 OAB/RJ 227.721

ADRIANA PEREIRA LEMOS


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OAB/RJ 197.908
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RECURSO INOMINADO

Processo nº 5011469-57.2022.4.02.5120

Recorrente: MAURO CELSO GONÇALVES DA SILVA

Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

Origem: 5ª VARA FEDERAL DE NOVA IGUAÇU – RJ

Colenda Turma;
Eméritos Julgadores.

I. BREVE SÍNTESE DOS FATOS:

O Autor (ora Recorrente) ajuizou a presente ação visando a concessão do

Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência, negado na esfera administrativa,

sob a justificativa de que “não atende ao critério de impedimentos de longo prazo”.

Instruído o feito, demonstrou-se a satisfação dos requisitos inerentes ao

benefício postulado, impedimento de longo prazo e miserabilidade. Desta

forma, a N. Magistrada a quo julgou PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido,

CONDENANDO A RÉ a conceder o benefício assistencial, no valor de um salário-

mínimo mensal, no entanto, somente a partir da sentença (16/07/2023). Nesse

sentido, não resta alternativa, senão a interposição do presente Recurso, visando


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a reforma da sentença a quo.


II. RAZÕES RECURSAIS:

Conforme narrado anteriormente, a magistrada a quo julgou parcialmente

procedente o pedido, CONDENANDO A RÉ a conceder o benefício assistencial,

no valor de um salário-mínimo mensal, contudo, a partir da sentença

(16/07/2023), sem o pagamento de atrasados desde a DER original

(24/05/2022), o que não merece prosperar, conforme veremos adiante. É

equivocada a decisão do Exmo. Magistrado, data vênia.

III. DOS FUNDAMENTOS:

DOS MOTIVOS DO INDEFERIMENTO


NA ESFERA ADMINISTRATIVA
O benefício pleiteado foi indeferido administrativamente por não

enquadramento no requisito impedimento de longo prazo (Evento 01,

PROCADM21, fl. 30), conforme anexo abaixo:

Nesse sentido, em 14/02/2023, foi designada perícia com a Perita Dra. Fátima

Cristina Ribeiro Rodrigues Ferreira a ser realizada no dia 04/05/2023. Juntado

Laudo no Evento 20 e após outros atos processuais, a Sentença confirmou o


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impedimento de longo prazo do autor, no Evento 30.


DA NÃO IMPUGNAÇÃO DO REQUISITO SOCIOECONOMICO
EM VIA ADMINISTRATIVA

Quanto ao requisito socioeconômico, entende a parte autora que se fazia

desnecessária a prova em juízo da miserabilidade. Entretanto, foi expedido

o Mandado de Verificação Social (Evento 14) e cumprido pelo Nobre Oficial

de Justiça no Evento 19, confirmando assim, o estado lastimável em que a

família vive.

Assim dispõe o art. 15, § 5º do Decreto n. 6.214/2007, com redação dada pelo

Decreto nº 8.805/2016:

Art. 15.

[...]

§ 5º Na hipótese de ser verificado que a renda familiar mensal per capita


não atende aos requisitos de concessão do benefício, o pedido deverá ser
indeferido pelo INSS, sendo desnecessária a avaliação da
deficiência. (Incluído pelo Decreto nº 8.805, de 2016) (Vigência)

Sendo reconhecida a miserabilidade em âmbito administrativo, desnecessária

qualquer prova deste requisito na via judicial.

A esse respeito, cumpre salientar que a TNU julgou esta temática sob a

sistemática de recurso representativo de controvérsia (Tema 187):

(I) Para os requerimentos administrativos formulados a partir de 07 de


novembro de 2016 (Decreto n. 8.805/16), em que o indeferimento do
Benefício da Prestação Continuada pelo INSS ocorrer em virtude do não
reconhecimento da deficiência, é desnecessária a produção em juízo da
prova da miserabilidade, salvo nos casos de impugnação específica e
fundamentada da autarquia previdenciária ou decurso de prazo superior a
2 (dois) anos do indeferimento administrativo; e
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(II) Para os requerimentos administrativos anteriores a 07 de novembro de


2016 (Decreto n. 8.805/16), em que o indeferimento pelo INSS do
Benefício da Prestação Continuada ocorrer em virtude de não constatação
da deficiência, é dispensável a realização em juízo da prova da
miserabilidade quando tiver ocorrido o seu reconhecimento na via
administrativa, desde que inexista impugnação específica e
fundamentada da autarquia previdenciária e não tenha decorrido prazo
superior a 2 (dois) anos do indeferimento administrativo.

Considerando que se trata de precedente vinculante no âmbito dos Juizados

Especiais Federais, sua aplicação é obrigatória. Assim, deve ser dispensada a

prova em juízo da miserabilidade. No caso da miserabilidade, não qualquer

impugnação ao requisito em via administrativa.

Embora, não tenha sido impugnado pelo INSS, e mesmo após a verificação feita,

a Nobre Magistrada, entendeu que os efeitos financeiros se dariam desde a

sentença, sem que houvesse uma fundamentação legal para sua decisão.

Vejamos a seguir, que a família atualizou o Cadastro Único em 18/06/2021,

estando, no mínimo, desde essa data enquadrada no requisito miserabilidade,

não havendo motivo plausível para que a DER na seja respeitada como data de

início do benefício:

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TRECHO 01 - RECORTADO DA SENTENÇA:
“No caso em tela, diante da avaliação econômico-social realizada por

Analista Judiciário/Executante de Mandados (Evento 19, RELT2,

doc39), entendo que a parte autora faz jus à concessão do benefício

assistencial pleiteado, uma vez que a renda familiar atende aos

parâmetros para o seu deferimento. A residência é muito simples e

sem qualquer elemento que possa descaracterizar a situação de

hipossuficiência nos termos da legislação aplicável à espécie.

3) CADUNICO

A comprovação de inscrição no referido programa encontra-se

no Evento 1, OUT14, doc15.

Desta feita, à vista das razões expostas, entendo merecer

ser parcialmente acolhida a pretensão autoral.

Assim, o pedido autoral deve ser julgado procedente em parte e o seu

termo inicial deve ser a data da presente sentença (14/07/2023), uma

vez que o direito à percepção do benefício somente se mostrou

esclarecido em Juízo, inclusive com a avaliação socioeconômica, já

que não seria possível ao INSS firmar tal convencimento apenas com

base nos documentos apresentados pela parte autora junto à

Autarquia.”
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Note-se que a d. Magistrada reconhece que houve o preenchimento do

requisito “miserabilidade”, no entanto, entende que tal critério somente se

mostrou esclarecido em juízo. Ora, a situação socioeconômica do Recorrente é a

mesma informada no requerimento administrativo, ou seja, NÃO HOUVE

ALTERAÇÃO desde a entrada do requerimento, até então. Deste modo não pode

o d. juízo afirmar que não seria possível ao INSS firmar tal convencimento apenas

com base nos documentos apresentados pela Autora ora Recorrente junto à

Autarquia, especialmente quando se é sabido que o INSS jamais visita as

residências das pessoas para avaliar a vulnerabilidade socioeconômica dos

núcleos familiares, em pedidos de benefícios assistenciais. Ou seja, o INSS não

pode exigir um rigor e maior participação na produção das provas dos processos

judiciais se incoerentemente, não o faz em seus processos administrativos. Nesse

sentido, entendimento em sentido contrário, importaria admitir que o

entendimento jurisprudencial consolidado ou expresso em Enunciados ou

Súmulas tivesse o condão que restringir a regra processual que assegura às

partes direito a todos os meios de prova legalmente admitidas (art. 369 do CPC) e

contrariar o mandamento constitucional que apenas inadmite, no processo, as

provas obtidas por meios ilícitos (art. 5°, LVI). Vejamos entendimento

jurisprudencial recente sobre o tema:

11º JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5041648-
02.2020.4.02.5101/RJ - SENTENÇA EMBASADA UNICAMENTE EM
AUTODECLARAÇÃO SOCIOECONÔMICA – PRESUNÇÃO DE
LEGITIMIDADE - MAGISTRADO(A): VICTOR ROBERTO CORRÊA DE
SOUZA AUTOR: ESTHER DO NASCIMENTO SILVA ADVOGADO:
RJ128605 - JOAO BATISTA VASCONCELOS ADVOGADO: RJ227721 -
ANA PAULA DE SOUZA BATISTA FERREIRA RÉU: INSTITUTO NACIONAL
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DO SEGURO SOCIAL – INSS PROCURADOR: ANDRÉ AMARAL DE


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AGUIAR. Julgamento - Mantida a Sentença - por unanimidade - Trata-se de


recurso interposto pelo INSS em face de sentença (Evento 15) que
o condenou a conceder à autora o Benefício Assistencial de Prestação
Continuada (BPC – LOAS), formulado na condição de pessoa idosa. O
benefício foi indeferido por suposta ausência de vulnerabilidade
socioeconômica. Não há qualquer controvérsia sobre a condição de idosa da
autora. O benefício foi indeferido em razão da existência de benefício
assistencial recebido pela filha da autora, srta. Caroline do Nascimento Silva,
NB 87/516.139.870-8. É a única fonte de renda do núcleo familiar, composto
pela autora e sua filha, o que se confirma com a autodeclaração do Evento 9.
Quanto à vulnerabilidade, socioeconômica, continua presente e patente. Por
fim, o argumento do INSS, em petição do Evento 13, de que a declaração e
fotos são unilaterais viola a boa-fé processual e o princípio processual da
cooperação, não se podendo aceitar esse argumento, especialmente quando
é sabido que o INSS jamais visita as residências das pessoas para avaliar a
vulnerabilidade socioeconômica dos núcleos familiares, em pedidos de
benefícios assistenciais. Ou seja, o INSS não pode exigir um rigor e maior
participação na produção das provas dos processos judiciais se
incoerentemente não o faz em seus processos administrativos. Não é demais
notar que foi respeitado o direito de defesa e o contraditório, em relação aos
documentos juntados com a autodeclaração. Esse procedimento,
inclusive, desdenha do fato de que o núcleo familiar é o mesmo que foi
informado pela autora em seu processo administrativo e claramente
desconhece o art. 20, § 14., da Lei 8.742/93: “O benefício de prestação
continuada ou o benefício previdenciário no valor de até 1 (um) salário-
mínimo concedido a idoso acima de 65 (sessenta e cinco) anos de idade ou
pessoa com deficiência não será computado, para fins de concessão do
benefício de prestação continuada a outro idoso ou pessoa com deficiência
da mesma família, no cálculo da renda a que se refere o § 3º deste artigo.”
Destarte, faz jus a parte autora à concessão do benefício de prestação
continuada desde a DER em 26/08/2019, eis que é idosa e não possui
qualquer renda em seu próprio nome. Recurso da Autarquia desprovido.

Vejamos outros entendimentos sobre o tema:

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. DATA


INICIAL: PROTOCOLO DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.
PAGAMENTO REALIZADO EM DATA POSTERIOR. PARCELAS
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ATRASADAS DEVIDAS E NÃO PAGAS. DIREITO DO AUTOR


ASSEGURADO. 1. O benefício de prestação continuada é uma garantia
constitucional, de caráter assistencial, previsto no art. 203, inciso V, da
Constituição Federal, e regulamentado pelo art. 20 da Lei nº 8.742/93, que
consiste no pagamento de um salário-mínimo mensal aos portadores de
deficiência ou idosos que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção e nem de tê-la provida pelo núcleo familiar. 2. De acordo com
a jurisprudência firmada nesta Corte, "o termo inicial do benefício deve
ser fixado, em regra, na data do protocolo do requerimento
administrativo" (AC 0006956- 29.2003.4.01.3600 / MT, Rel. JUÍZA
FEDERAL ROGÉRIA MARIA CASTRO DEBELLI, 2ª TURMA
SUPLEMENTAR, e-DJF1 p.175 de 26/01/2012). 3. Assiste ao autor o direito
ao pagamento das parcelas não pagas do benefício de amparo assistencial,
relativas ao período do dia 18.10.2007 (data do protocolo do requerimento
administrativo) ao dia 08.04.2008 (data anterior à implementação do
benefício administrativamente). 4. Apelação da parte autora provida. (TRF -
1 - AC: 00033018620104019199, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL
NÉVITON GUEDES, Data de Julgamento: 23/01/2013, PRIMEIRA TURMA,
Data de Publicação: 01/03/2013).

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AMPARO ASSISTENCIAL.


LOAS. DEFERIMENTO ADMINISTRATIVO DO BENEFÍCIO NA DATA DO
SEGUNDO REQUERIMENTO. DIREITO DO AUTOR ÀS PARCELAS
ATRASADAS DESDE A DATA DO PRIMEIRO REQUERIEMENTO
ADMINISTRATIVO. REQUISITOS PREENCHIDOS À OBTENÇÃO DO
BENEFÍCIO. 1. O benefício de amparo assistencial ao deficiente foi
concedido administrativamente na data do segundo requerimento
administrativo, o que implica reconhecimento do pedido. 2. Restou
comprovado, nos autos, que na data do primeiro requerimento
administrativo o autor já preenchia os requisitos para obtenção do
benefício. 3. A autora faz jus às parcelas atrasadas desde a data do
primeiro requerimento administrativo. 4. Os consectários da condenação
são fixados de acordo com o entendimento jurisprudencial da Segunda
Turma desta Corte Regional Federal, levando-se em consideração no
tocante à correção monetária e juros de mora, inclusive, a conclusão do
julgamento do RE 870947, pelo Supremo Tribunal Federal. 5. Apelação
provida. (TRF-1 - AC: 00686416420164019199 0068641-
64.2016.4.01.9199, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO
NEVES DA CUNHA, Data de Julgamento: 11/10/2017, SEGUNDA TURMA,
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Data de Publicação: 24/10/2017 e-DJF1).


Portanto Excelência, conhecer e dar provimento ao presente Recurso resultará na

aplicação da íntegra, de preceito fundamental, haja vista o previsto no art. 5º inciso

XXXV da CF/88, que diz em seu texto que “A lei não excluirá da apreciação do

Poder Judiciário, lesão ou ameaça a Direito” além de em via processual,

oportunizar à Autarquia Previdenciária, o Devido Processo legal e o livre

contraditório, satisfazendo e protegendo, constitucionalmente ambas as partes

litigantes. Desta forma, com a devida vênia, conforme o acima demonstrado, a r.

sentença prolatada, fere de morte o artigo 489 do CPC, Além de ir em direção

diametralmente contrária a entendimentos e decisões emanadas dos tribunais:

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:


I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com
a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências
havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes
lhe submeterem.
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo
concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de,
em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar
seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento
se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento.
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Diante de todo o exposto, imprescindível que se proceda a reforma da r.


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sentença, para que seja concedido ao Recorrente o benefício assistencial à


pessoa com deficiência - NB 87/711.454.882-7 - desde a DER, em 24/05/2022,

com o devido pagamento dos valores atrasados dos quais faz jus, em razão da

mais lídima justiça!

IV. DO PEDIDO:

Em face do exposto, REQUER a reforma da r. Sentença de primeiro grau, para que

seja reconhecido por esta MM. Turma Recursal o direito do Recorrente, sendo

concedido em seu favor, o Benefício de Prestação Continuada pleiteado desde a

DER, em 24/05/2022.

Nesses Termos;
Pede Deferimento.

Nova Iguaçu, 07 de agosto de 2023.

JOÃO BATISTA VASCONCELOS


OAB/RJ 128.605

ANA PAULA DE S. BATISTA FERREIRA


OAB/RJ 227.721

ADRIANA PEREIRA LEMOS


OAB/RJ 197.908

RECINOM/DJAF/LAS
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