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DUARTE & RIZZO ADVOGADOS ASSOCIADOS

Dra. Daiane Muller Duarte OAB/PR 111.039


Dra. Sandra Rizzo OAB/PR 110.490

CHECK LIST USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL


1. Requerimento do interessado representado por advogado, instruído com os seguintes
documentos (que deverão ser apresentados no original ou em cópia autenticada).
OBS 1: No requerimento solicitar o deferimento extrajudicial de usucapião, demonstrar
que preenche os requisitos da modalidade de Usucapião almejada. (verificar o Código de
Normas do Estado onde se localiza o Imóvel).
OBS 2: O requerimento pode ser assinado digitalmente, desde que conste a
confirmação da assinatura junto.
2. Ata pública notarial atestando o tempo de posse do requerente e seus antecessores, se for
o caso.
3. Planta, memorial descritivo assinados por: profissional habilitado, titulares de direitos
reais ou outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e
na matrícula dos imóveis confinantes. As assinaturas lançadas na planta deverão conter
firma reconhecida.
4. ART ou RRT
5. Certidões negativas dos distribuidores da Justiça Estadual (Fórum ou internet,
dependendo da comarca) e da Justiça Federal (internet) do local da situação do imóvel e
do local de domicílio do requerente, expedida em nome do requerente e requerido e
cônjuges e de todos os demais possuidores e cônjuges em caso de sucessão de posse.
Caso qualquer das partes seja pessoa jurídica, as certidões acima deverão serem emitidas
também na comarca onde situar sua sede.
6. Justo título ou outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza
e o tempo da posse (IPTU, ITR, contas de luz, água, telefonia fixa, condomínio, etc).
7. Caso o imóvel rural usucapiendo se enquadrar na exigência prevista no Art.1° do
Decreto Federal 7.620/2011, deverá ser apresentado também o Georreferenciamento
pelo INCRA.
8. Caso o imóvel usucapiendo seja rural, deverá ser apresentado o CAR, ITR e o CCIR
mais recente.
9. Se o Imóvel usucapiendo for urbano apresentar certidão negativa Municipal, Avaliação
pela prefeitura...

Requisitos do requerimento e demais procedimentos:

1. O requerimento descrito acima deverá conter todos os requisitos da petição


inicial constantes do Art.319 do NCPC (Endereçamento ao cartório, qualificação
completa do requerente e requerido contendo, e-mail e endereço, o fato e os
fundamentos jurídicos do pedido, o pedido com as suas especificações, o valor
atribuído ao imóvel, as provas com que o requerente pretende demonstrar a
verdade dos fatos alegados, a opção do autor pela realização ou não de audiência
de conciliação ou de mediação), devendo conter ainda: O tipo de usucapião
requerido (quadro 1), eventual edificação e/ou benfeitoria existentes na área

Avenida XV de Novembro, 654 – Centro – São João – PR.


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usucapienda, nome e qualificação completa de todos os possuidores anteriores


cujo tempo de posse tiver sido somado à do requerente para completar o período
aquisitivo, número da matrícula da área onde se encontra inserido o imóvel
usucapiendo, ou a informação de que não se encontra matriculado; o nome,
número da OAB, endereço de e-mail do advogado que representar o requerente,
sendo que as intimações destinadas ao requerente deverão ser feitas na pessoa de
seu advogado, de preferência via e-mail. O não atendimento às intimações,
cumulada com a paralisação do procedimento por mais de 30 (trinta) dias poderá
caracterizar omissão do interessado em atender às exigências formuladas,
acarretando a rejeição e arquivamento do pedido e cancelamento da prenotação.
O requerimento rejeitado por inércia poderá ser renovado, iniciando-se novo
procedimento com nova prenotação e nova autuação, podendo ser aproveitados
os documentos e atos regularmente praticados anteriormente, caso não haja
prejuízo a terceiros.

2. Não deverá ser aberta matrícula para imóvel com área inferior à fração mínima
de parcelamento do solo urbano ou rural, salvo nas hipóteses de usucapião
constitucional (Art.183 e 191 da CRFB) e demais casos expressamente
autorizados em lei, a exemplo da regularização fundiária de imóveis urbanos e de
agricultor familiar, para imóveis rurais, nos termos do Art.1.018-A, §5° do
Provimento 260/2013.

3. Caso o imóvel usucapiendo não esteja matriculado, o Oficial deverá adotar todas
as cautelas necessárias para se certificar de que não se trata de área pública,
conforme Art.1.018-A, §6° do Provimento 260/2013.

4. Caso o imóvel usucapiendo seja unidade autônoma de condomínio edilício


regularmente constituído e com construção averbada, dispensa-se a anuência dos
titulares das demais unidades condominiais.

5. Caso a unidade autônoma usucapienda se localizar em condomínio edilício ainda


não instituído ou sem averbação da construção, deverá ser exigida a anuência de
todos os titulares de direito constantes na matrícula do terreno. Nesse caso, será
aberta a matrícula para a respectiva fração ideal, mencionando-se a unidade a que
se refere.

6. Caso a planta não contenha assinatura de qualquer titular de direitos ali referidos,
este deverá ser notificado pelo oficial de registro de imóveis pessoalmente, via
correios com AR ou pelo Oficial de Registro de Títulos e Documentos, para
manifestar seu consentimento no prazo de 15 dias, considerando a sua inércia
como discordância. Quando, por ocasião da notificação, o titular de direito real
manifestar que não apresenta qualquer óbice ao requerimento, será considerada a
sua concordância, desde que a circunstância conste do documento que comprova

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a notificação. Caso aquele que deveria manifestar-se tenha falecido, o


inventariante poderá manifestar em seu lugar. Não havendo inventário, todos os
herdeiros manifestarão. O consentimento poderá ser prestado a qualquer
momento, também mediante documento particular com firma reconhecida ou por
instrumento público.

7. Estando o requerimento regularmente instruído com a documentação exigida


acima, o Oficial dará ciência à União, Estado e Município, pessoalmente, pelo
correio com AR ou por intermédio do Oficial de Registro de Títulos e
Documentos, para que se manifestem sobre o pedido no prazo de 15 dias.

8. Após a notificação do item 14, o Oficial expedirá o edital, a ser publicado às


expensas do requerente por uma vez em jornal de grande circulação (pode ser
jornal de outra localidade, conforme art.1.018-F, §3° do Provimento 260/2013),
para ciência de terceiros, que poderão se manifestar nos 15 dias subseqüentes à
publicação, devendo conter no edital: Nome e qualificação completa do
requerente, identificação do imóvel usucapiendo (número da matrícula, área e
eventuais construções nele edificadas), nomes dos titulares de direitos reais e de
outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na
matrícula dos imóveis confinantes, o tipo de usucapião e o tempo de posse
alegado pelo requerente.

9. O Oficial poderá solicitar ou realizar outras diligências, caso haja qualquer


ponto de incerteza, conforme Art.1.018-G do Provimento 260/2013.

10. Transcorridos os prazos acima descritos, sem pendência de diligência, achando-


se em ordem a documentação e não havendo impugnação, o Oficial emitira nota
fundamentada e registrará a aquisição do imóvel com as descrições apresentadas,
sendo permitida a abertura de matrícula, se for o caso. Caso o imóvel usucapido
atinja parte de uma ou de várias matrículas, será aberta nova matrícula para a
área usucapida, devendo as matrículas atingidas serem encerradas ou receberem
averbação dos respectivos desfalques, dispensada, para esse fim, a apuração da
área remanescente. Se a área usucapida for maior do que a constante do registro
existente, a informação sobre a diferença apurada será averbada na matrícula
aberta. Se houver edificação na área usucapida, será aberta matrícula para o
terreno com a edificação, independentemente de apresentação de habite-se ou
certidão do INSS.

11. Caso haja qualquer impugnação ao procedimento, o Oficial de Registro de


Imóveis promoverá a CONCILIAÇÃO das partes. Sendo infrutífera a
conciliação, o Oficial remeterá os autos ao juízo competente, devendo o
requerente emendar a petição inicial para adequá-la ao procedimento comum.

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