Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estácio de Sá de Vila Velha (FESVV)
JÚLIO CESAR PONTES – RA: 2019.0413.4998
Teoria da Encampação
SÚMULA Nº. 628 STJ
Trecho de acórdão
“(...), cumpre ressaltar não ser possível a aplicação da Teoria da
Encampação. De acordo com a referida hipótese, ainda que haja
indicação equivocada da autoridade coatora, estando presentes
determinadas condições, a ilegitimidade passiva originária pode ser
suprimida, e o feito ter prosseguimento, em observância à
celeridade e à economia processual.
Nessa linha de entendimento, o Superior Tribunal de Justiça, mitiga
a indicação errônea da autoridade coatora em ação mandamental,
indicando ser possível apenas quando presentes os seguintes
requisitos: 1) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade
que prestou informações e a que ordenou a prática do ato
impugnado; 2) manifestação a respeito do mérito nas informações
prestadas; e 3) ausência de modificação na competência
constitucionalmente estabelecida (AgRg no RMS 30.771/RJ, Rel.
Ministro DJe 30/11/2016; AgInt no RMS 42.563/MG, Rel. Ministra
REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
23/05/2017, DJe 29/05/2017).
Assim, para se aplicar a Teoria da Encampação, a indicação
errônea da autoridade coatora em mandado de segurança não pode
resultar em modificação da competência legalmente estabelecida,
seja na Constituição Federal, seja em Constituição Estadual ou na
Lei Orgânica do Distrito Federal, sob pena de se violar o princípio
do juiz natural (art. 5º, incs. XXXVII e LIII, da Constituição
Federal).”Acórdão 1165469, 07226353520188070000, Relator:
SANDOVAL OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, data de julgamento:
8/4/2019, publicado no PJe: 17/4/2019.