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COMENTÁRIOS À LEI Nº 13.

015/14

O Caminho das Pedras

A Visão do Advogado

Sílvia Pérola Teixeira Costa1

§ 11 do art. 896 da CLT – ALTERAÇÃO DA LEI Nº


13.015/14
§ 11. Quando o recurso tempestivo contiver
defeito formal que não se repute grave, o
Tribunal Superior do Trabalho poderá
desconsiderar o vício ou mandar saná-lo,
julgando o mérito.

Pela dicção do § 11 do art. 896 da CLT,


introduzido pela Lei nº 13.015/14, é possível,
agora, em fase recursal, no TST, a priori, relevar-
se defeito formal,

a) Desconsiderando o vício (prosseguindo o


processo) 2 ou
b) mandando saná-lo (suspendendo-se o processo pata
tanto) 3

1
Sílvia Pérola Teixeira Costa é professora, advogada, jornalista, graduada em Direito pelo Centro Universitário de
Brasília - UniCEUB; pós-graduada em "Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho" pelo Centro Universitário
de Brasília - UniCEUB; pós-graduada em “Transdisciplinaridade em Excelência Humana” pelo Instituto Catarinense de
Pós-Graduação-ICPG e UNIPAZ/DF; Foi Aluna Especial de “Direito das Relações Internacionais” (UNICEUB) e
de "Estado, Sociedade e Constituição" da Universidade de Brasília - UNB; Mestranda e Doutoranda em “Ciências
Jurídicas” – Universidade Autônoma de Lisboa – UAL. É jornalista (Universidade Federal do Maranhão e Centro
Universitário de Brasília); Ministrou, no UniCEUB, as disciplinas de “Teoria Geral do Processo” e “Direito do Trabalho
III” (Processo do Trabalho); atuou por 30 anos, no Tribunal Superior do Trabalho – TST, na Secretaria de Imprensa,
assessoria e Chefia de Gabinete de Ministro; criou e ministra o "Treinamento Processual", no TST e para a Advocacia,
com foco no treinamento de servidores e advogados para atuarem, com efetividade, com processos da competência
daquela Corte, o que originou a criação do INSTITUTO PÉROLA DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO PARA A
ADVOCACIA - IP, que atende advogados de todo o Brasil.

2 Art. 154/CPC (Art. 188/NCPC). Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a
lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade
essencial.

3 Art. 249/CPC (Art. 282 NCPC). O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as
providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados. § 1o O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a
falta quando não prejudicar a parte. § 2o Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a
declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.

1
desde que

c) O recurso seja tempestivo e


d) não se repute grave (o vício);

Destaca-se que se trata de uma faculdade


do relator como sinaliza o verbo do comando: poderá

É possível extrair, com facilidade, da


legislação e da doutrina, o conceito de “defeito
formal”, muito particularmente a partir do art. 154
do CPC, o que nos conduziria à conclusão simples de
que defeito formal está relacionado aos atos em
relação aos quais a forma é imposta por lei.

Contudo, essa novidade trazida para a


fase recursal. no TST, não se reveste, na prática,
da simplicidade mencionada. A compreensão e
interpretação do que seria tido como “defeito
formal” nos termos do parágrafo em questão encontra-
se em terreno nebuloso tanto na doutrina quanto na
jurisprudência assente do TST. Na regulamentação da
Lei 13.015/14, pelo ATO 491, aquela Corte deixou de
regulamentar o parágrafo em comento. Quer nos
parecer que o propósito foi mesmo fugir de uma
regulamentação taxativa, que engessasse a exegese do
preceito e pudesse dar margem a deixar de fora
outras situações em que fosse possível vislumbrar-se
o defeito formal em tais circunstâncias. Talve a
jusrisprudência sedimente a interpretação de que
precisamos e vá evidenciando o rol dos referidos
defeitos releváveis ou passíveis de regularização.

O Tribunal Superior do Trabalho, em


decisões recentes referentes à aplicação do referido
parágrafo, tem sinalizado que o defeito formal
relaciona-se a pressupostos extrínsecos do recurso,
jamais a pressupostos intrínsecos, quais sejam,
aqueles típicos do recurso, como no caso, a
indicação de trecho em que está consubstanciado o
prequestionamento, próprio do recurso de revista,
2
como passou a determinar o inciso I do §1º-A Do art.
896 da CLT, acrescentado pela Lei nº 13.015/14,
embora haja Ministro do TST considerando tal
determinação como requisito formal do recurso.

Contudo, uma outra tendência que se


percebe é a de se preservar o entendimento
pacificado na jurisprudência da Casa, em suas
Orientações Jurisprudenciais (OJ´s) e Súmulas. É
como se quisesse dizer: “essa matéria já foi objeto
de interpretação, portanto não é alcançada pelo §
11”. Caso típico é a questão do depósito recursal a
menor, com diferença considerada ínfima. É possível
considerar-se defeito formal relevável ou se
determinar a complementação? Em decisão recente, a
7ª Turma do TSR, considerou que, “em vista do
recolhimento inexato do depósito recursal, ainda que
a diferença faltante seja ínfima, no caso em tela R$
0,10 (dez centavos), aplica-se o teor da Orientação
Jurisprudencial nº 140 da SBDI-1 desta Corte, que
subjaz ao novo cenário jurídico e, por conseguinte,
terá incidência” 4.

Vale dizer que embora não tenha constado


especificamente no parágrafo a impossibilidade de se
sanar qualquer vício relativo à regularidade de
representação, como foi feito com relação à
tempestividade, não é relevável defeito nessa seara
por se tratar de recurso inexistente. Assim
prevalece a Orientação das Súmulas nº 164 e 383 e da
Oj-SDI-1 nº 286 do TST, que consubstanciam a exegese
dos §§1º e 2º do art. 5º da Lei nº 8.906/1994
(Estatuto da Ordem) e 37 do CPC.

Pode-se questionar se é possível, com o


advento da alteração legislativa, suprir-se o vício
da irregularidade de representação em caso de

4
TST-AIRR-129900-19.2012.5.13.0005, Relator Ministro
Cláudio Mascarenhas Brandão, 7ª Turma, DEJT 28/11/2014)
3
recurso assinado eletronicamente por advogado
diverso daqueles que constam na peça recursal?

O TST tem relevado o defeito em caso da


existência de procuração nos autos com o nome do
subscritor do recurso ou de mandato tácito; mas não
tem mandado sanar a irregularidade quando não há a
procuração nem mandato tácito:

RECURSO DE REVISTA. RECURSO ORDINÁRIO NÃO


CONHECIDO. RECURSO ASSINADO ELETRONICAMENTE POR
ADVOGADO DIVERSO DAQUELES NOMINADOS NA PEÇA
RECURSAL. IRRELEVÂNCIA. REGULARIDADE DE
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. ADVOGADO DEVIDAMENTE
CONSTITUÍDO NOS AUTOS. 1. O Tribunal Regional não
conheceu do recurso ordinário da reclamada ao
fundamento de que não consta no apelo a assinatura
da referida advogada que efetuou a transmissão.
Desse modo, a advogada transmissora não participou
do ato processual. Sua assinatura digital foi usada
apenas para acesso ao sistema.-. 2. O titular do
certificado digital utilizado é o real- subscritor
do recurso, é quem por ele tem total
responsabilidade. Assim, para a finalidade de aferir
a assinatura da peça e a regularidade de
representação processual, basta que aquele cuja
chave de assinatura foi registrada esteja
devidamente constituído nos autos.
Precedentes. 3. Constatado que a advogada que
assinou eletronicamente o recurso detém poderes nos
autos, conforme se constata da procuração e dos
substabelecimentos juntados, conclui-se que a
recorrente estava regularmente representada, razão
pela qual o não conhecimento do seu recurso
ordinário importou violação do art. 5º, LV, da Carta
Magna. Recurso de revista conhecido e provido.
Processo: RR - 2118-69.2011.5.15.0082 Data de
Julgamento: 29/10/2014, Relator Ministro: Hugo
Carlos Scheuermann, 1ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 07/11/2014.

4
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
REVISTA. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. AUSÊNCIA
DE PROCURAÇÃO NOS AUTOS. MANDATO TÁCITO NÃO
CONFIGURADO. Extrai-se dos autos que o subscritor do
recurso de revista interposto pela reclamada não
possui procuração juntada aos autos, o que torna
inexistente o recurso, conforme o disposto na Súmula
nº 164 desta Corte. Mandato tácito não configurado
(fls. 159 e 811/812). Ressalte-se que, no caso da
utilização do sistema eletrônico, a representação
processual deve ser comprovada em relação àquele que
assina digitalmente o processo. Ademais, a concessão
de prazo para sanar a irregularidade é inadmissível
na esfera recursal, conforme entendimento expresso
na Súmula nº 383/TST. Óbice contido na Súmula nº 333
do TST. Agravo conhecido e não provido.
Processo: Ag-AIRR - 187700-48.2009.5.15.0039 Data de
Julgamento: 29/10/2014, Relatora Ministra: Dora
Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 31/10/2014.

Vale conferir algumas decisões do TST na


interpretação do parágrafo que ora estudamos:

“Necessário frisar que, tratando-se da indicação do


trecho da decisão que demonstra a análise da
controvérsia pelo Regional (prequestionamento,
Súmula 297 do TST) e os fundamentos nos quais se
apoiou para decidir, cuja aferição é essencial para
eventual reforma do acórdão, não há falar em defeito
meramente formal que autorize a aplicação do § 11 do
art. 896 da CLT ao caso”. Processo: AIRR - 548-
79.2012.5.15.0125 Data e
Julgamento: 02/03/2016, Relator Ministro: Márcio
Eurico Vitral Amaro, 8ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 04/03/2016.

5
(...)ocorre que, nas razões do Recurso de Revista, o
Reclamante não transcreveu os trechos do acórdão
regional que consubstanciam o prequestionamento da
controvérsia objeto do apelo, não bastando ao
cumprimento da exigência legal o mero resumo da
decisão recorrida. Destaque-se que, em se tratando
de requisito que visa demonstrar se os pontos
tratados no Recurso de Revista foram devidamente
prequestionados, análise imprescindível para
verificação da viabilidade das alegações recursais,
não há falar em defeito formal e, por consequência,
em aplicação do § 11 do art. 896 da CLT.
Processo: AIRR 1161-38.2012.5.15.0113 Data de
Julgamento: 02/03/2016, Relator Ministro: Márcio
Eurico Vitral Amaro, 8ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 04/03/2016.

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA


INTERPOSTO EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA
ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014.
RECOLHIMENTO APENAS DAS CUSTAS FIXADAS NO TRT,
RESULTANTES DO ACRÉSCIMO DA CONDENAÇÃO. PREPARO
INSUFICIENTE. DESERÇÃO. Constatada a ausência de
pagamento integral do novo valor arbitrado a título
de custas processuais, por ocasião do julgamento do
recurso ordinário, evidente a deserção do recurso de
revista, não havendo espaço para saneamento do
vício, por inaplicável, na espécie, o § 11 do art.
896 da CLT e o § 2º do art. 511 do CPC.
Precedentes. Agravo de instrumento não
provido.Processo: AIRR - 1029-78.2012.5.15.0113 Data
de Julgamento: 17/02/2016, Relator Ministro: Douglas
Alencar Rodrigues, 7ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 26/02/2016.

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA


INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13015/2014. RECURSO
ORDINÁRIO NÃO CONHECIDO POR IRREGULARIDADE DE

6
REPRESENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE AUTENTICAÇÃO NA CÓPIA DO
INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO. A Corte Regional não
conheceu do recurso ordinário da empresa, sob o
fundamento de irregularidade de representação,
porque o advogado que o subscreveu não estava
regularmente habilitado nos autos, já que o
instrumento de mandato apresentado é cópia sem
autenticação. Nos termos do artigo 830 da CLT, com a
redação determinada pela Lei nº 11.925/2009, o
documento oferecido para prova só será aceito se
estiver no original, em fotocópia autenticada ou se
for declarado autêntico pelo advogado que o juntar,
o que não ocorreu nos autos. Ademais, a
regularização da representação processual na fase
recursal é inadmissível, pois a previsão do artigo
13 do CPC restringe-se à primeira instância. In
casu, o r. despacho agravado foi proferido em
estrita consonância com a jurisprudência desta
Corte, consolidada nas Súmulas nºs 164 e 383.
Inaplicável o §11 do art. 896 da CLT porque restrito
a defeitos formais contidos no recurso de
revista. Agravo conhecido e desprovido. Processo: Ag-
AIRR - 1809-72.2013.5.02.0039 Data de
Julgamento: 24/02/2016, Relator Ministro: Alexandre de
Souza Agra Belmonte, 3ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 26/02/2016.

Desse modo, em se tratando de ausência de requisito


de admissibilidade recursal, cujo não atendimento
acarreta o não conhecimento do recurso, não há que
se falar na aplicação no disposto no § 11º do art.
896 da CLT. Ressalte-se, ainda, que a norma é clara
em distinguir a indicação do trecho, texto que faz
parte do v. acórdão recorrido (item I), da indicação
dos fundamentos jurídicos da decisão recorrida (item
III) - essa sim pode ser indicada por meio de
argumentação redigida pela parte recorrente, da
forma que entender ser a mais adequada para expor as
razões do pedido de reforma e impugnar todos os
fundamentos jurídicos da v. decisão
recorrida. Assim, verifica-se a
inexistência de omissão, contradição ou obscuridade
no julgado embargado, não se justificando, por
7
conseguinte, a oposição dos embargos de declaração.
Processo: ED-AIRR - 1733-28.2013.5.15.0058 Data de
Julgamento: 17/02/2016, Relator Ministro: Aloysio
Corrêa da Veiga, 6ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 19/02/2016.

RECURSO DE REVISTA - PROCESSO SOB VIGÊNCIA DA LEI Nº


13015/2014 - JUNTADA DE COMPROVANTE DE OPERAÇÃO
BANCÁRIA - AUSÊNCIA DA GUIA DE RECOLHIMENTO DE
DEPÓSITO RECURSAL - DESERÇÃO AFASTADA. Considera-se
defeito formal que não se reputa grave, nos termos
do § 11 do art. 896 da CLT. (...) a não apresentação
da guia de recolhimento do depósito recursal, quando
tempestivamente colacionado o comprovante de
operação bancária que traz indícios contundentes da
correta realização do preparo. Assim, o comprovante
de pagamento avulso, no qual contenha o tipo de
operação "recebimento de FGTS"; os dados da pessoa
jurídica titular da conta bancária da qual está
sendo debitado o valor relativo ao depósito recursal
correto; a representação numérica do código de
barras da guia correspondente; a data e o horário do
pagamento, é hábil a demonstrar a regularidade do
preparo. Precedentes. Recurso de revista conhecido e
provido.Processo: RR - 434-64.2014.5.06.0144 Data de
Julgamento: 03/02/2016, Relator Ministro: Luiz
Philippe Vieira de Mello Filho, 7ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 12/02/2016.

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA -


PROCESSO SOB VIGÊNCIA DA LEI Nº 13015/2014 - JUNTADA
DE COMPROVANTE DE OPERAÇÃO BANCÁRIA - AUSÊNCIA DA
GUIA DE RECOLHIMENTO DE DEPÓSITO RECURSAL - DESERÇÃO
DO RECURSO DE REVISTA AFASTADA. Considera-se defeito
formal que não se reputa grave, nos termos do § 11
do art. 896 da CLT, a não apresentação da guia de
recolhimento do depósito recursal, quando
tempestivamente colacionado o comprovante de
operação bancária, que traz indícios contundentes da
correta realização do preparo, haja vista veicular
8
os dados da pessoa jurídica titular da conta
bancária da qual está sendo debitado o valor
correspondente ao depósito recursal correto; dados
do favorecido daquela operação(na espécie, o
Tribunal Regional do Trabalho); a representação
numérica do código de barras da guia correspondente;
a data e o horário do pagamento. Isto porque, nesse
contexto, a ausência da guia de recolhimento impede
apenas a aferição do efetivo direcionamento do
depósito recursal a este processo. Hipótese em que
se converteu o julgamento em diligência dirigida ao
Tribunal de origem, para proceder à intimação da
reclamada, concedendo-lhe prazo para apresentação da
guia do depósito recursal correspondente ao
comprovante de pagamento. Deserção afastada.
Superado o fundamento esposado na decisão agravada
para negar seguimento ao recurso de revista,
prossegue-se no exame dos demais pressupostos do
apelo, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº
282 da SBDI-1 do TST. (...) Agravo de instrumento
desprovido. Processo: AIRR - 1005-
59.2013.5.09.0088 Data de
Julgamento: 16/12/2015, Relator Ministro: Luiz
Philippe Vieira de Mello Filho, 7ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 18/12/2015.

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA


INTERPOSTO ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DA LEI
13015/2014. DESERÇÃO DO RECURSO DE REVISTA. CUSTAS
PROCESSUAIS. MAJORAÇÃO, PELO REGIONAL, DO RESPECTIVO
VALOR. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DO VALOR
COMPLEMENTAR QUANDO DA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DE
REVISTA. DESERÇÃO. Constatada a ausência de
pagamento integral do novo valor majorado a título
de custas processuais, por ocasião do julgamento do
recurso ordinário, evidente a deserção do recurso de
revista, não havendo espaço para saneamento do
vício, por inaplicável, na espécie, o § 11 do art.
896 da CLT e o § 2º do art. 511 do CPC. Precedentes
desta 7ª Turma. Agravo conhecido e
desprovido.(...) 2.1. DESERÇÃO DO RECURSO DE REVISTA.
9
Eis os fundamentos da decisão agravada, inserta às
fls. 542/545: "(...) Agravo de instrumento em que se
objetiva a reforma da decisão agravada para
destrancar o processamento do recurso de revista
então interposto, cujo seguimento foi denegado aos
seguintes fundamentos:

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

RECURSO DE REVISTA DESERTO. CUSTAS NÃO


RECOLHIDAS.

A sentença fixou custas processuais de R$


600,00, calculadas sobre valor de R$ 30.000,00,
arbitrados à condenação, encargo da reclamada
(sentença fl. l82). O Tribunal majorou o valor
fixado, nestes termos: "Valor da condenação que se
acresce em R$10.000,00. Custas majoradas em
R$200,00" (certidão de julgamento fl. 222-v).

A reclamada, ao interpor recurso ordinário,


recolheu, a título de custas processuais, o valor de
R$600,00 (fl.205), abstendo-se de comprovar a
necessária complementação quando da interposição do
recurso de revista (fls.240/243).

Assim, desatendido pressuposto para a sua


admissibilidade, o recurso não merece ser recebido,
por deserto (artigo 789, § 1º, da CLT).

CONCLUSÃO

Nego seguimento.

A irresignação delineada nas razões de agravo de


instrumento não infirma os sólidos fundamentos
jurídico-factuais invocados pela douta autoridade
local.

Isso porque, conforme dispõe o artigo 789 da


CLT, "nos dissídios individuais e nos dissídios
coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de
competência da Justiça do Trabalho, bem como nas
demandas propostas perante a Justiça Estadual, no
exercício da jurisdição trabalhista, as custas

10
relativas ao processo de conhecimento incidirão à
base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de
R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos)".

Estabelece, ainda, o § 1º do aludido artigo que


"no caso de recurso, as custas serão pagas e
comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal".

Desse modo, vê-se que o pagamento das custas


constitui pressuposto extrínseco de admissibilidade
dos recursos interpostos em fase de conhecimento na
Justiça do Trabalho, o qual deverá ser comprovado
dentro do prazo recursal.

Com efeito, na hipótese dos autos, a Vara do


Trabalho de origem fixou o valor da condenação em R$
30.000,00 e custas no importe de R$ 600,00, tendo o
TRT, ao julgar os recursos ordinários, rearbitrado o
valor da condenação para R$ 40.000,00 e acrescido R$
200,00 às custas.

Sendo assim, cumpria à recorrente, por ocasião


da interposição do recurso de revista, recolher R$
200,00 a título de custas processuais, mas desse
ônus não se desincumbiu, sobressaindo o acerto da
decisão agravada, diante da flagrante deserção do
recurso de revista.

Ressalte-se que a SBDI-I desta Corte já


uniformizou o entendimento de que ocorre deserção do
recurso quando o recolhimento das custas é inferior
ao quantum devido, mediante a Orientação
Jurisprudencial 140, de seguinte teor:

DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS. DIFERENÇA ÍNFIMA.


DESERÇÃO. OCORRÊNCIA.

Ocorre deserção do recurso pelo recolhimento


insuficiente das custas e do depósito recursal,
ainda que a diferença em relação ao quantum devido
seja ínfima, referente a centavos.

Do exposto, com fundamento no Ato nº


310/SETPOEDC.GP, de 19 de maio de 2009, referendado
pela Resolução Administrativa nº 1.340/2009, denego
seguimento ao agravo de instrumento.

11
(...)".

A Reclamada, na minuta de
agravo, argumenta que juntou ao agravo de
instrumento o comprovante de pagamento do valor
referente à complementação das custas, as quais
deveriam ter sido pagas no prazo alusivo ao recurso
de revista.

Sustenta que a Reclamada


poderia ter sido intimada "...a fim de sanar vício
formal..." (fl. 543), tendo em vista o que dispõe o
§11 do artigo 896 da CLT.

Salienta que "...no presente


caso, na interposição do referido Agravo de
Instrumento, a EMBARGANTE sanou o vício formal e
anexou guia comprobatória de custas no valor de R$
200,00 (duzentos reais), ou seja, o vício foi sanado
e não trouxe qualquer prejuízo ao Reclamante"(fl.
544).

Ao exame.

Inconteste que, na sentença,


foi atribuído o valor de R$600,00 (seiscentos reais)
para as custas processuais, calculado sobre o valor
da condenação (R$ 30.000,00 - trinta mil reais),
tendo havido o pagamento das custas pela Reclamada
quando da interposição do recurso ordinário.

É certo ainda que, majorado


pelo Tribunal Regional do Trabalho o valor da
condenação e, por conseguinte, aquele arbitrado para
as custas processuais - majorado em R$200,00 - a
Reclamada, ao interpor o recurso de revista, não
comprovou o pagamento do valor complementar das
custas processuais.

Verifica-se ainda que a


Demandada, ao interpor o presente agravo, anexou
comprovante de pagamento do valor complementar das
custas processuais com o objetivo de afastar a
deserção do recurso de revista.

12
Nesta Justiça do Trabalho, a
admissibilidade do recurso está condicionada ao
cumprimento dos pressupostos legais, entre os quais
a correta efetivação do preparo, que deve observar a
forma prevista e se processar no prazo recursal
(CLT, art. 789, § 1º), sob pena de deserção.

É certo, todavia, que o direito


processual contemporâneo vem assumindo a tendência
de conferir maior ênfase aos postulados da
instrumentalidade das formas e do aproveitamento dos
atos processuais, na perspectiva de permitir, na
máxima medida possível, a edição de julgamentos de
mérito, julgamentos que firam os bens da vida em
disputa, sem o risco de desprestígio do direito
material em relação ao direito instrumental
propriamente dito.

Disso resulta que, em hipóteses


como a presente, a adoção de diligência destinada a
sanear defeitos de ordem instrumental ou formal se
mostraria justa e adequada, em obséquio à própria
garantia constitucional do amplo acesso à Justiça,
como, aliás, se observa dos artigos 284, parágrafo
único, e 511, § 2º, ambos do CPC.

Essa orientação permite que os


conflitos sejam resolvidos nas instâncias recursais,
sempre que possível, com o exame de seus aspectos
substanciais, afastando-se o culto excessivo à forma
e às regras de processo.

Nesta Corte Superior, no


entanto, prevalece a compreensão jurisprudencial de
que não há espaço para suprir vícios eventuais
detectados nos preparos recursais, tal como se
depreende das Orientações Jurisprudenciais 27 da
Sessão de Dissídios Coletivos e 140 da SBDI-I ambas
do TST:

"27. CUSTAS. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO. DESERÇÃO. CARACTERIZAÇÃO. (inserida em


19.08.1998). A deserção se impõe mesmo não tendo havido intimação, pois incumbe à parte,
na defesa do próprio interesse, obter os cálculos necessários para efetivar o preparo."

"140. DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS. DIFERENÇA ÍNFIMA. DESERÇÃO. OCORRÊNCIA (nova


redação) - DJ 20.04.2005. Ocorre deserção do recurso pelo recolhimento insuficiente das custas

13
e do depósito recursal, ainda que a diferença em relação ao "quantum" devido seja ínfima,
referente a centavos."

Ademais, a Instrução Normativa


17, item V, do TST, dispõe sobre a inaplicabilidade
do art. 511, § 2º, do CPC, ao Processo do
Trabalho, in verbis:

"As demais disposições oriundas de alteração do processo civil, resultantes da Lei nº 9.756/98,
consideram-se inaplicáveis ao processo do trabalho, especialmente o disposto no art. 511,
caput, e seu § 2º."

Acrescento que o preparo de que


trata o § 2º do art. 511 do CPC diz respeito também
às despesas com remessa e retorno dos autos ao
tribunal, o que não se observa na Justiça do
Trabalho (CLT, art. 789).

Nesse sentido a Súmula 187 do


STJ:

"É deserto o recurso interposto para o Superior


Tribunal de Justiça, quando o recorrente não
recolhe, na origem, a importância das despesas de
remessa e retorno dos autos."

Nada obstante, é preciso notar


que o advento da Lei 13.015/2014 impõe uma nova
reflexão em torno da questão.

Por força do referido diploma,


foi inserido o § 11 do art. 896 da CLT, com a
seguinte redação: "Quando o recurso tempestivo
contiver defeito formal que não se repute grave, o
Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o
vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito.".

O debate, porém, parece


transitar sobre o que seja passível de compreensão
como defeito leve ou que não seja grave.

No caso presente, ainda que se


compreendesse aplicável o § 11 do art. 896 da CLT, o
valor sonegado corresponde a 25% do valor total
arbitrado, o que sugere grave descuido da parte
recorrente, evidenciando, quando menos, falha na
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compreensão adequada das regras legais que definem o
preparo dos recursos na Justiça do Trabalho.

Ressalto, ainda, por oportuno,


que esta 7ª Turma não tem admitido a convalidação de
recursos cujo preparo tenha sido incompleto,
inclusive sob a vigência do novo § 11 do art. 896 da
CLT.

Confira-se:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE


DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014. APLICAÇÃO DA DETERMINAÇÃO CONTIDA NO
ARTIGO 896, § 11º, DA CLT. DESERÇÃO.
DIFERENÇA ÍNFIMA. DEPÓSITO RECURSAL. O sistema
jurídico brasileiro determina a incidência imediata
das normas de natureza processual aos feitos
pendentes na data de sua vigência - conforme
hipótese de aplicação geral prevista no artigo 1.211
do Código de Processo Civil - em face, notadamente,
do interesse público e da natureza imperativa que as
reveste. Frise-se que, em observância ao caráter
irretroativo da norma e, ainda, com esteio na teoria
de isolamento dos atos processuais, a nova lei não
poderá prejudicar o direito adquirido processual, de
modo que deverá respeitar os atos já consumados, bem
como os efeitos dele decorrentes (fatos
processuais). Dentre as inovações trazidas pela Lei
nº 13.015/14, ressalta-se, em particular, a diretriz
constante do artigo 896, § 11º, da CLT, que concedeu
ao TST a possibilidade de sanear determinadas
irregularidades formais dos recursos de revista
interpostos tempestivamente, desconsiderando ou
reparando o vício conceituado como não grave. Tal
preceito, em consequência do seu caráter meramente
procedimental (ato a ser praticado direta e
exclusivamente pelo Estado-Juiz) e, principalmente,
pela ausência de conteúdo que represente prejuízo ao
direito adquirido das partes ou ao requisito de
previsibilidade da marcha processual, deverá ser
classificado como exceção à regra de direito
intertemporal já mencionada, a fim de possibilitar
sua imediata incidência, inclusive, sobre fatos
decorrentes de atos processuais praticados na

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vigência da lei anterior. Feita essa introdução,
cabe ressaltar que o dispositivo em questão, ao
possibilitar a regularização dos recursos de revista
deficientes, deixou ao intérprete a árdua tarefa de
qualificar e delimitar a abrangência da expressão -
defeito formal que não se repute grave-. A meu
sentir, o legislador quis se referir aos vícios de
forma que maculam os atos jurídicos, principais e
acessórios, praticados na seara recursal e, por
conseguinte, implicam em irregularidades no
preenchimento dos pressupostos extrínsecos do apelo
(relativos ao modo de exercício do direito de
recorrer), quais sejam: preparo, regularidade formal
e tempestividade (esta última, porém, excluída pela
própria norma da possibilidade de regularização). O
vício será reputado não grave quando permitir que o
ato existente, a despeito de formalmente defeituoso,
alcance a sua finalidade essencial, caso contrário,
estará o julgador impossibilitado de desconsiderar o
vício ou mandar saná-lo. Afirma-se, em consequência,
que os defeitos formais que importem na inexistência
do recurso interposto não admitem convalidação,
diante da gravidade do vício constatado. Na presente
situação, conforme registrado pelo Juízo de origem,
o reclamado, ao interpor o recurso de revista,
recolheu a quantia de R$ 14.116,11, quando, em
verdade, deveria ter comprovado o depósito recursal
no valor de R$ 14.116,21, conforme o ATO.SEGJUD.GP
N.º 506/2013. A arrecadação a menor do valor
atinente ao preparo impede que o ato atinja o seu
escopo principal, qual seja, a garantia integral do
Juízo, o que impossibilita a aplicação da
determinação abarcada no artigo 896, § 11º, da CLT,
ante a gravidade do vício perpetrado. Não se trata,
portanto, de defeito formal, mas de vício insanável,
em virtude de atingir a substância do ato (preparo
recursal) e, por isso mesmo, não autoriza ao juiz
conceder a oportunidade para que o recorrente o
corrija, sob pena de comprometer a segurança
jurídica e a garantia de tratamento isonômico às
partes, sobretudo em virtude de o ato não haver
atingido a sua finalidade (e não se está, neste
aspecto, avaliando o montante da diferença). A
segurança jurídica estaria comprometida em virtude
de permitir que cada julgador avaliasse o que seria

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considerada diferença razoável no valor do depósito.
Se a regra é objetivamente definida, não cabe
relativizar o seu alcance. De outro modo, a garantia
de tratamento isonômico também restaria violada,
diante do direito ao não conhecimento do recurso,
assegurado ao recorrido. Assim, em vista do
recolhimento inexato do depósito recursal, ainda que
a diferença faltante seja ínfima, no caso em tela R$
0,10 (dez centavos), aplica-se o teor da Orientação
Jurisprudencial nº 140 da SBDI-1 desta Corte, que
subjaz ao novo cenário jurídico e, por conseguinte,
terá incidência. Agravo de instrumento a que se nega
provimento." (TST-AIRR-129900-19.2012.5.13.0005,
Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, 7ª
Turma, DEJT 28/11/2014)

"RECURSO DE AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO


DE REVISTA. DESERÇÃO DO RECURSO DE REVISTA. DEPÓSITO
RECURSAL INSUFICIENTE. DIFERENÇA ÍNFIMA (OJ 140 DA
SBDI-1 DO TST). Na hipótese, o Tribunal Regional
consignou que o valor recolhido a título de depósito
recursal, quando da interposição do recurso de
revista pela Reclamada, não alcançou aquele
arbitrado à condenação (R$ 6.600,00), o que torna o
recurso deserto, mesmo que o importe restante à
complementação seja ínfimo (R$1,79 - no caso), não
havendo espaço para saneamento do vício, por
inaplicável, na espécie, o § 11 do art. 896 da CLT.
Precedentes. (OJ 140 da SBDI-1). Agravo conhecido e
desprovido."(TST-AG-AIRR-1260-76.2012.5.10.0006,
Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, 7ª
Turma, DEJT 19/12/2014)

"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA -


AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI
Nº 12.275/2010 - DESERÇÃO - DEPÓSITO RECURSAL
INSUFICIENTE. É deserto o recurso quando a parte
recorrente, no prazo para sua interposição, não
deposita integralmente o valor da condenação ou a
quantia mínima exigida em lei, sendo o primeiro mais
expressivo. Após a vigência da Lei nº 12.275/2010,
com a inclusão do art. 899, § 7º, da CLT, o agravo
de instrumento também está sujeito a depósito
recursal, em montante correspondente a 50% da
quantia prevista, na época da interposição do

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agravo, para o depósito do recurso que se pretende
destrancar. Logo, deserto o agravo de instrumento,
porquanto o depósito recursal foi efetuado em valor
inferior ao devido. Ocorre deserção do recurso pelo
recolhimento insuficiente do depósito recursal,
ainda que a diferença em relação ao 'quantum' devido
seja ínfima, referente a centavos. Incidem a Súmula
nº 128, I, e a Orientação Jurisprudencial nº 140 da
SBDI-1, ambas do TST. Agravo de instrumento não
conhecido." (TST-AIRR-1211-67.2012.5.03.0026, Relator
Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho,
12/02/2014, 7ª Turma, DEJT 14/02/2014)

Assim, constatada a falta de


recolhimento integral do novo valor arbitrado a
título de custas processuais, irreparável a decisão
monocrática em que se reconheceu a deserção do
recurso. Nesse contexto, inaplicável o artigo 896,
§11, da CLT. Processo: Ag-AIRR - 614-
67.2013.5.04.0016 Data de
Julgamento: 02/12/2015, Relator Ministro: Douglas
Alencar Rodrigues, 7ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 11/12/2015.

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA


INTERPOSTO EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA NA VIGÊNCIA
DA LEI 13.015/2014. CUSTAS PROCESSUAIS. MAJORAÇÃO DO
RESPECTIVO VALOR PELO REGIONAL. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DO VALOR COMPLEMENTAR.
DESERÇÃO DO RECURSO DE REVISTA. Constatada a
ausência de pagamento integral do novo valor
arbitrado a título de custas processuais, por
ocasião do julgamento do recurso ordinário, evidente
a deserção do recurso de revista, não havendo espaço
para saneamento do vício, por inaplicável, na
espécie, o § 11 do art. 896 da CLT e o § 2º do art.
511 do CPC. Precedentes desta 7ª Turma. Agravo
conhecido e não provido.
Processo: Ag-AIRR - 10509-81.2014.5.14.0002 Data de
Julgamento: 18/11/2015, Relator Ministro: Douglas

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Alencar Rodrigues, 7ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 27/11/2015.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HORAS EXTRAORDINÁRIAS.


CARTÕES DE PONTO. DESCUMPRIMENTO DO ART. 896, § 1º-
A, III, DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO ART.
896, § 11, DA CLT. ESCLARECIMENTOS. Embargos de
declaração acolhidos para esclarecer que a aplicação
do § 11 do art. 896 da CLT pressupõe existência de
vício possível de regularização nessa fase recursal,
circunstância distinta da dos autos, em que foi
constatada a ausência de requisito de
admissibilidade, imposto pela Lei nº 13.015/2014.
Processo: ED-RR - 444-03.2013.5.04.0661 Data de
Julgamento: 25/11/2015, Relator Ministro: Aloysio
Corrêa da Veiga, 6ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 27/11/2015.

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