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• CNAE: o que vai determinar é o objeto. Pode atribuir ou não o CNAE 6462-0/00;
2. Alteração contratual:
- Forma de fazer:
b) Por qual valor: Não é pelo valor de mercado, é pelo valor que está na
declaração de imposto de renda;
c) Não incide ganho de capital (lucro imobiliário): art. 142 do RIR (D9580/18) - As
pessoas físicas poderão transferir a pessoas jurídicas, a título de integralização de
capital, bens e direitos, pelo valor constante da declaração de bens ou pelo valor de
mercado;
d) Por que integralização: por eficiência tributária; não tem ganho de capital; é
ato oneroso (não tem ITCMD); apesar de oneroso não incide o ITBI (imunidade
tributária), vide art. 156, §1º, inciso I, da CF/1988. Exceção: §2º, inciso I do referido
artigo.
b) solução para não esperar os 3 anos (pulo do gato): criar uma célula
operacional (outra PJ) para alugar os bens, ou seja, a célula cofre entrega a posse
para a célula operacional e esta aluga os bens. Ao analisar o caso concreto, pode
ser que seja melhor operar pela pessoa física – depende da alíquota + honorários
contábeis;
- Entre a célula cofre e a célula operacional deve ser estabelecida uma relação
onerosa (comutatividade). Observar o art. 41, §1º do Decreto 9.580/2018;
- Cessão de uso onerosa: célula cofre cede onerosamente para a célula operacional.
Sistema:
- Doação com reserva de usufruto sobre as cotas, dotadas das seguintes cláusulas:
inalienabilidade, incomunicabilidade (proteção p/ os filhos perante o casamento,
independentemente do regime de bens), impenhorabilidade, e reversão. Todas as
cláusulas devem estar no contrato social para dar publicidade ao ato;
Cláusulas importantes
- O poder do acordo de sócios: “Quem fica com o que”, não precisa de condomínio
como no inventário. “Gestão de negócios”, quem vai gerir tudo.
- Competência: Senado Federal, através de Resolução (CF, art. 155, §1º, IV);
- Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros,
desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da
separação obrigatória. (escolha infeliz do legislador);
- Como resolver:
OBS: Em condições normais acontece o seguinte: um casal que não esteja sob o
regime da comunhão universal de bens, num primeiro momento, os dois seriam
sócios na constituição da Holding. Posteriormente, ocorre a primeira alteração
contratual que diz respeito à integralização dos bens na Holding, e a segunda
alteração acontece quando o casal resolve transferir para os filhos a titularidade
das cotas, e permanecer como usufrutuários destas.
1ª solução: Basta colocar um dos dois (marido ou esposa) como sócio único –
sociedade limitada unipessoal –, e para dar segurança pra quem ficou de fora,
coloca-se no contrato que ambos serão administradores;
2ª solução: condomínio de quotas (art. 1.056, §1º, do CC/2002), um dos dois será o
representante do condomínio.
- Filhos menores:
a) Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de ônus real os imóveis
dos filhos, nem contrair, em nome deles, obrigações que ultrapassem os limites da
simples administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole,
mediante prévia autorização do juiz.
a) Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de
nulidade:
b) Solução pode ser descrita através do acordo entre sócios, por exemplo,
não dispor dos bens através da doação, mas deixando claro o que acontece após o
falecimento (para fugir do inventário).
- Há imunidade sobre o ITBI para integralização de capital social com bens imóveis
(art. 156, §2º, I, da CF/88);
- Art. 148, do CTN. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a
autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço,
sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os
esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou
pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação
contraditória, administrativa ou judicial.
- Transferir para dentro da sociedade pelo valor da DIRPF merece fé, pois não há
omissão. No mais, segundo o ERESP 1.517.492, o STJ decidiu que um ente federado
não pode intervir para atrapalhar a política de incentivo fiscal do outro, sob risco de
ofensa ao princípio federativo e à da segurança jurídica;
b) Pulo do gato: Logo, a descrição acima se torna um recado à União para não
ter ganho de capital + um recado ao Município para não ter ITBI.
Sistema de 2 células: