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AULA 3- REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA

Noções gerais:

 apresentar como se estabelece a relação jurídica tributária.


ART. 113, CTN. A obrigação tributária é principal ou acessória.  
§1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato
gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela
decorrente. 
§2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem
por objeto as prestações positivas ou negativas, nela previstas
no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
§3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua
inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente
a penalidade pecuniária. 

 Estruturar esta relação jurídica tributária através de um esquema


metodológico (antecedente e consequente);

 Relação intrínseca entre a RMIT e o princípio da legalidade (art. 97,


CTN)

REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA

1) ANTECEDENTE (hipótese abstrata- hipótese de incidência- fato


gerador)

Critério Material: verbo + complemento


 Princípio da legalidade

Critério Espacial: onde?


 Norma de competência

Critério Temporal: quando?


 Art. 116, CTN
 Art. 144, CTN
 Princípio da anterioridade, irretroatividade

2) CONSEQUENTE (fato concreto- fato jurídico tributário)

Critério Pessoal: quem?


 Art. 121, CTN
 Art. 126, CTN

Critério Quantitativo: quanto?


 Base de cálculo e alíquota
 Confirmação do critério material
AULA 4- IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO

Fundamento constitucional: art. 153, I 


Fundamento infraconstitucional: Decreto-lei 3766; Decreto 67592009
 
Noções gerais: 

 Função extrafiscal- regulatórios de mercado- proteção da indústria


e mercado nacional- indução consumo de produtos nacionais em
detrimento de produtos estrangeiros; 
 Exceção ao princípio da legalidade- art. 153, §1º da CF- Poder
Executivo pode editar decreto para alterar alíquotas- RE
570.680/RS- STF autorizou que Ministros e órgãos do Poder
Executivo também alterem alíquotas 
 Exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal e do exercício
financeiro- art. 150, §1º da CF; 
 Noção de incorporação à economia nacional- não basta o mero
ingresso físico (ex. exposição feira) 
 Noção da similaridade 
 Tratados internacionais 
 Exceção à Sumula 70 e 323 do STF 

REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA

Critério Material: importar + produtos estrangeiros 

Tipos de importação:  

# direta: quando o adquirente promove, sem qualquer intermediação, a entrada


de produto no país. Ele é o adquirente, o declarante, etc. 
 
# por conta e ordem: basicamente é a contratação de empresa prestadora de
serviço de importação para realizar os trâmites aduaneiros. O imposto é do
importador; 
 
# por encomenda: o imposto é da trading

- Critério temporal: desembaraço aduaneiro (declaração importação)


entrada do produto vs registro da declaração de importação
(SISCOMEX) desembaraço aduaneiro; 
RE 225.602-8, STF.

- Critério espacial: território nacional (zona primária e secundária) 

- Critério pessoal: União x Importador 

- Critério quantitativo: valor aduaneiro (preço produto) + alíquota definida de


acordo com o produto
 
5ª AULA: IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO

Fundamento constitucional: art. 153, II da CF


Fundamento infraconstitucional: Dec. 6759 de 2009- Regulamento Aduaneiro

Noções gerais:

 Extrafiscalidade;
 Regra de não se exportar tributos;
 Incidência em casos excepcionais: armas, cigarro.
 Regimes especiais aduaneiros.

 
CRITÉRIO MATERIAL: Exportar produtos nacionais ou nacionalizados;

CRITÉRIO TEMPORAL: Data do registro da Declaração de Exportação

CRITÉRIO ESPACIAL: Território Nacional 

CRITÉRIO PESSOAL: União e exportador 

CRITÉRIO QUANTITATIVO: valor aduaneiro x alíquota máxima de 150%


 
5ª AULA: IOF- IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO,
CÂMBIO, SEGUROS E TÍTULOS 
 
Fundamento constitucional: Art. 153, V da CF 
Fundamento Infraconstitucional: Decreto 6306, 2007 

Noções gerais:
 Extrafiscalidade;
 Importância do termo operações, enquanto ao ato jurídico, regulado pelo
Direito
 fiscal: possíveis isenções 
 
IO-Crédito 

CRITÉRIO MATERIAL: realizar operações de créditos 

Crédito: obrigação mediante alguém se compromete a uma prestação


futura com terceiro. 
 
Súmula 664, STF- É inconstitucional o inciso V do art. 1 da Lei 8.033,90, que
instituiu a incidência do IOF sobre saques da caderneta de poupança. 
 
CRITÉRIO TEMPORAL: momento de entrega do crédito 
CRITÉRIO ESPACIAL: território nacional 
CRITÉRIO PESSOAL: União x tomador de crédito-
Responsável tributário: instituições financeiras, as empresas adquirentes de
crédito, 
CRITÉRIO QUANTITATIVO: montante do crédito x alíquota (máxima de 1,5%
dia) 
 
IO- CÂMBIO 
Câmbio: troca ou permuta de moedas 
 
CRITÉRIO MATERIAL: realizar operações de câmbio 
CRITERIO TEMPORAL: entrega da moeda nacional ou estrangeira 
CRITERIO ESPACIAL: território nacional 
CRITÉRIO PESSOAL: União x comprador ou vendedor da moeda estrangeira 
CRITÉRIO QUANTITATIVO: valor da moeda adquirida x alíquota (25%
máximo) 
 
IO- seguro 
Seguro: art. 757 do Código Civil 
 
CRITÉRIO MATERIAL: realizar operações de seguro 
CRITÉRIO TEMPORAL: contratação ou entrega do prêmio (indenização) 
CRITÉRIO ESPACIAL: território nacional 
CRITÉRIO PESSOAL: União x contratante ou recebedor do prêmio
(indenização)- responsável: vendedor do seguro 
CRITÉRIO QUANTITATIVO: valor do prêmio x alíquota máxima (25%)  
 
IO- títulos ou valores mobiliários 
CVM ou BANCO CENTRAL (bolsas) 
Art. 153, §5º da CF- questão do ouro 
 
CRITÉRIO MATERIAL: realizar operações relativas a títulos ou valores
mobiliários;
Lei 6.385 de 76
Art. 2o São valores mobiliários sujeitos ao regime desta
Lei:               (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
31.10.2001) 
I - as ações, debêntures e bônus de
subscrição;                 (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
31.10.2001) 
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e
certificados de desdobramento relativos aos valores
mobiliários referidos no inciso II;                (Redação dada
pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) 
III - os certificados de depósito de valores
mobiliários;                   (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
31.10.2001) 
IV - as cédulas de debêntures;                  (Inciso incluído
pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) 
V - as cotas de fundos de investimento em valores
mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer
ativos;                 (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de
31.10.2001) 
VI - as notas comerciais;                   (Inciso incluído pela Lei
nº 10.303, de 31.10.2001) 
VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos,
cujos ativos subjacentes sejam valores
mobiliários;                   (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de
31.10.2001) 
VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos
ativos subjacentes; e                     (Inciso incluído pela Lei nº
10.303, de 31.10.2001) 
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros
títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem
direito de participação, de parceria ou de remuneração,
inclusive resultante de prestação de serviços, cujos
rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de
terceiros.    
 

CRITÉRIO TEMPORAL: Momento da emissão, transmissão, pagamento ou


resgate destes

CRITÉRIO ESPACIAL: território nacional

CRITÉRIO PESSOAL: União x adquirentes de títulos ou valores mobiliários,


titulares de aplicações financeiras
Responsabilidade: instituições, bolsa valores, administrador fundo,

CRITÉRIO QUANTITATIVO:
Base de cálculo
Emissão: o valor nominal
Transmissão: o valor nominal ou valor da cotação
Pagamento ou resgate: o valor nominal
Alíquota
Máxima 1,5 ao dia
 
AULA: Imposto sobre Produtos Industrializados 
 
Fundamento constitucional: Art. 153, IV, §3º da CF 
Fundamento infraconstitucional: Art. 46 e seguintes do Código Tributário
Nacional  e Decreto 7212/2010 

Noções gerais:  

 Função extrafiscal: predominantemente direcionada para


regular/induzir comportamentos (ex: tributação mais severa para
produtos supérfluos ou considerados prejudiciais- cigarros,
bebidas alcóolicas, etc); 
 
 Exceção ao princípio da legalidade (art. 153, §1º da CF); ao
princípio da anterioridade do exercício financeiro (art. 150, §3º da
CF- observância à anterioridade nonagesimal); ao princípio da
vedação ao efeito confiscatório (ex: tributação exarcebada itens
supérfluos); 
 
 Observância mandamental: (i) princípio da seletividade, vinculada
à essencialidade do produto; (ii) princípio da não cumulatividade,
para evitar a tributação em efeito cascata; (iii) imunidade tributária
para produtos industrializados destinados ao exterior;

 Não é um imposto sobre a industrialização, mas sim operação de


industrialização; 
 
 Possível conflito de competência entre o IPI e o ISS? 
Analisar a questão sob o aspecto da padronização e massificação. 
 
 Papel da tabela TIPI (princípio da legalidade). 
 
Esclarecimentos: 
 
 Princípio da essencialidade/seletividade: “Cumpre-se o
princípio da seletividade comparando-se mercadorias ou serviços.
Nunca, evidentemente, discriminando-se contribuintes, em função de
raça, sexo, ocupação profissional etc, que a isto obsta o art. 5º, I da
CF. As mercadorias e serviços de primeira necessidade devem,
necessariamente, ser menos onerados que os supérfluos ou
suntuários. A seletividade em função da essencialidade exige que o
ônus econômico do ICMS recaia sobre mercadorias ou serviços, na
razão direta da sua superfluidade e não razão inversa da sua
necessidade, tomando-se como parâmetro o consumo popular.”
(CARRAZZA, Roque Ant. ICMS. 16ª ed. p. 508). 
 
 Princípio da não cumulatividade: O princípio da não
cumulatividade garante, ao contribuinte, o pleno aproveitamento dos
créditos e tem o escopo de evitar que a carga econômica do tributo
distorça as formações dos preços dos produtos ou afete a
competitividade. 
 

 
 
Materialidades do IPI: 
 
Art. 46, Código Tributário Nacional.  
O imposto, de competência da União, sobre produtos
industrializados tem como fato gerador: 
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência
estrangeira; 
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o
parágrafo único do artigo 51; 
III - a sua arrematação, quando apreendido ou
abandonado e levado a leilão. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto,
considera-se industrializado o produto que tenha sido
submetido a qualquer operação que lhe modifique a
natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o
consumo. 
 
I. IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 
 

EMENTA. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. IMPOSTO


SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. BENS
IMPORTADOS. INCIDÊNCIA NO DESEMBARAÇO
ADUANEIRO E NA SAÍDA DO ESTABELECIMENTO
IMPORTADOR PARA COMERCIALIZAÇÃO NO MERCADO
INTERNO. CONSTITUCIONALIDADE. 1. A sistemática legal
de tributação dos bens importados pelo imposto sobre
produtos industrializado – IPI é compatível com a
Constituição. 2. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento, com a fixação da seguinte tese de julgamento
para o Tema 906 da repercussão geral: "É constitucional a
incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
no desembaraço aduaneiro de bem industrializado e na
saída do estabelecimento importador para comercialização
no mercado interno".(RE 946648, Relator(a): MARCO
AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: ALEXANDRE DE
MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 24/08/2020,
PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-272 DIVULG 13-11-2020 PUBLIC 16-11-2020) 

TEMA 695- STJ


INCIDE IPI SOBRE VEÍCULO IMPORTADO PARA USO
PRÓPRIO, HAJA VISTA QUE TAL COBRANÇA NÃO VIOLA
O PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE NEM
CONFIGURA BITRIBUTAÇÃO.
 
II. INDUSTRIALIZAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS  
 
Art. 46, CTN. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se
industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer
operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o
aperfeiçoe para o consumo. 
 
Em que consiste a industrialização? 
 
- transformação: transformar a matéria prima em algo novo (ex: leite-
sorvete); 
 
- beneficiamento: modificar/aperfeiçoar/alterar o funcionamento ou
utilização (ex: palmito/ beneficiamento milho ou soja).  
 
NÃO SE TRATA DE BENEFICIAMENTO: colocação de pulseira em relógio de
pulso; colocação de antena em televisão. 
 
-montagem: reunião de produtos, peças e partes para criar um produto
novo ou autônomo. 
 
- acondicionamento/reacondicionamento: alterar a apresentação
do produto / embalagem- exceto embalagem para transporte. 
 
- renovação/recondicionamento: restaurar ou renovar produto
deteriorado ou inutilizado
 
 
Em que não consiste a industrialização? 
 
- preparo de alimentos para o consumidor final ou em cozinha
industrial; 
- preparo de refrigerantes em restaurantes para consumidor final; 
- produto artesanato realizado por pessoa natural; 
- atividade artística/extrativista; 
- manipulação química em farmácia; 
- confecção vestuário em oficina de até 5 pessoas. 
 
 Questão da equiparação do estabelecimento comercial ao industrial: 

Casos específicos, exemplos: (i) estabelecimentos importadores que fizerem


revenda; (ii) filiais de importadores; (iii) comerciantes de produtos
industrializados por encomenda ou conta e ordem; (iv) setores com alíquotas
elevadas, ex: automóveis, bebidas, cosméticos.

Critério Material: realizar operações de produtos industrializados;

Critério Espacial: Território Nacional

Critério Temporal: saída do estabelecimento industrial ou estabelecimento


comercial equiparado ao industrial

Critério Pessoal: União x Industrial ou equiparado a industrial

Critério quantitativo: valor do produto industrializado x alíquota de acordo


com a tabela
 
 
III. ARREMATAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS QUANTO
APREENDIDOS OU LEVADOS A LEILÃO. 
IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA 
 
 
Fundamento constitucional: Art. 153, III, §2º da CF 
 
Fundamento infraconstitucional: Art. 43 ao art. 45 do Código Tributário
Nacional 
          Decreto 9.580/2018 

Noções gerais:  
 

Critério: (i) da generalidade: deve alcançar a todas as pessoas,


independentemente de ser pessoa física ou jurídica, da idade, sexo,
profissão, nacionalidade, etc. 
Critério: (ii) universalidade: o IR deve incidir sobre sobre todas as rendas
ou proventos auferidos por pessoa física ou jurídica dentro de um
determinado período de tempo (exercício fiscal- 1 ano);  
“ PECUNIA NON OLET”; 
Critério: (iii) progressividade:  

 O que seria renda e proventos de qualquer natureza? 


 
“a expressão renda e proventos de qualquer natureza é
de ser interpretada, nos estritos termos em que
constitucionalmente plasmada, como acréscimo a um
dado conjunto de bens e direitos (patrimônio),
pertencente a uma pessoa (física ou jurídica), observado
um lapso temporal necessário para que se realize o
cotejo entre determinados ingressos, de um lado, e certos
desembolsos, de outro. Tomaremos a expressão
proventos de qualquer natureza como espécie do
gênero renda, pressupondo-se sempre a verificação de
efetivo acréscimo patrimonial”. 
(Paulo Aires Barreto- Imposto de renda e preços de
transferência, p. 72.) 
 
 Princípio da capacidade contributiva- art. 145, §1º da CF x Mínimo
existencial (artigo 5º da CF). 
 
 Grande pergunta: Há um conceito constitucional de renda? 
 
 Teoria Legalista (que considera ‘renda’ um conceito normativo, a
ser estipulado pela lei: renda é aquilo que a lei estabelecer que é)  
 

 
 Teoria do acréscimo patrimonial (de ‘renda’ é todo ingresso
líquido, em bens materiais, imateriais ou serviços avaliáveis em
dinheiro, periódico, transitório ou acidental, de caráter oneroso ou
gratuito, que importe um incremento líquido do patrimônio de
determinado indivíduo, em certo período de tempo.) 
 
 Posicionamento do STF: 
 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA.
RENDA - CONCEITO. Lei n. 4.506, de 30.XI.64, art. 38, C.F./46, art.
15, IV; CF/67, art. 22, IV; EC 1/69, art. 21, IV. CTN, art. 43. I. - Rendas
e proventos de qualquer natureza: o conceito implica reconhecer a
existência de receita, lucro, proveito, ganho, acréscimo patrimonial
que ocorrem mediante o ingresso ou o auferimento de algo, a título
oneroso. C.F., 1946, art. 15, IV; CF/67, art. 22, IV; EC 1/69, art. 21, IV.
CTN, art. 43. II. - Inconstitucionalidade do art. 38 da Lei 4.506/64,
que institui adicional de 7% de imposto de renda sobre
lucros distribuidos. III. - R.E. conhecido e provido.:: 
(RE 117887, Relator(a):  Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno,
julgado em 11/02/1993, DJ 23-04-1993 PP-06923 EMENT VOL-01700-
05 PP-00786 RTJ VOL-00150-02 PP-00578) 
 
 
 O que não é renda, portanto? 
 
- a alimentação, o transporte e os uniformes ou as vestimentas especiais
de trabalho, fornecidos gratuitamente pelo empregador a seus
empregados, ou a diferença entre o preço cobrado e o valor de
mercado; 
 
- indenizações com intuito de reparação de danos; 
 
- correção monetária; 
 
- verbas trabalhistas de natureza indenizatória (aviso prévio indenizado,
15 dias auxílio doença, 1/3 férias indenizatória) 
 
- os proventos de aposentadoria ou reforma motivadas por acidente em
serviço e aqueles percebidos pelos portadores de moléstia profissional,
tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia
maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante,
cardiopatia grave, doença de Parkinson , espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados de doença
de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de
imunodeficiência adquirida e fibrose cística (mucoviscidose), com base
em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha
sido contraída depois da aposentadoria ou da reforma 
 
- os rendimentos percebidos pelas pessoas físicas decorrentes de
seguro-desemprego, auxílio-natalidade, auxílio-doença, auxílio-funeral e
auxílio-acidente, pagos pela previdência oficial da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios e pelas entidades de previdência
privada; 
 
 Atenção: Não se trata de tributo sobre o patrimônio!!!! 
 
 
 Disponibilidade econômica (disponibilidade econômica somente
ocorrerá quando do recebimento da renda já auferida)  
 
x  
 
 Disponibilidade Jurídica (A disponibilidade jurídica se verifica no
instante em que a renda for auferida, independentemente do
momento em que for percebida) 
 
 Importância dos tratados internacionais para obstar a bitributação.

 Tabela 

TABELA PROGRESSIVA MENSAL 


BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO
(R$)  (%)  IMPOSTO (R$) 
Até 1.903,98  -  - 
De 1.903,99 até
2.826,65  7,5  142,80 
De 2.826,66 até
3.751,05  15  354,80 
De 3.751,06 até
4.664,68  22,5  636,13 
Acima de 4.664,68  27,5  869,36 
 
 
 
DEDUÇÕES: 
 
- contribuições previdenciárias (previdência social ou privada); 
- se for incidência mensal: por dependente- R$ 189, 59 
- se for incidência anual por dependente: R$ 2.275,08 (dois mil, duzentos e setenta e
cinco reais e oito centavos), a partir do ano-calendário de 2015 
- pensão alimentícia 
- despesas médicas, fisioterapeutas, exames, psicólogos, dentistas, etc; 
- R$ 3.561,50 (três mil, quinhentos e sessenta e um reais e cinquenta centavos), a
partir do ano-calendário de 2015- apenas educação formal, não se inclui outros tipos
de educação, ex: inglês, aulas particulares, etc; 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA- DIFERENTES POSICIONAMENTOS 
 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. PESSOA FÍSICA.
LIMITES À DEDUÇÃO DAS DESPESAS COM INSTRUÇÃO. ART. 8º, II, "B", DA
LEI Nº 9.250/95. EDUCAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
OU OBSCURIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. 
1. Os embargos de declaração, conforme dispõe o artigo 1.022 do atual
Código de Processo Civil, destinam-se a suprir omissão, afastar obscuridade
ou eliminar contradição existente no julgado, e, ainda, corrigir erro material. 
2. O caráter infringente dos embargos, por sua vez, somente é admitido a
título excepcional, quando da eliminação da contradição ou da omissão
decorrer, logicamente, a modificação do julgamento embargado. 
3. O aresto embargado discutiu exaustivamente a matéria em tela. Entendeu-
se que, com base em decisão do Órgão Especial desta E. Corte, pela
inconstitucionalidade dos limites impostos para dedução de despesas com
educação na apuração do imposto de renda, previstos no artigo 8º, II, alínea
"b", da Lei 9.250/95, na redação anterior à Lei nº 12.469/2011. 
4. Não se verifica qualquer omissão no julgamento impugnado, mas mera
irresignação da parte com a solução dada por esta E. Turma. 
5. Embargos de declaração rejeitados.  
(TRF 3ª Região, 3ª Turma,  ApCiv - APELAÇÃO CÍVEL - 5001912-
47.2018.4.03.6126, Rel. Desembargador Federal ANTONIO CARLOS
CEDENHO, julgado em 05/12/2019, Intimação via sistema DATA: 09/12/2019) 
 
APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. IRPF. DEDUÇÃO DE DESPESAS COM
EDUCAÇÃO. LIMITE. ART. 8º, II, "B", DA LEI 9.250, DE 1995.
CONSTITUCIONALIDADE. 1. É constitucional a legislação infraconstitucional
que estabelece limites à dedução de gastos com educação e instrução da
base de cálculo do imposto de renda. Precedentes do STF. (TRF4, AC
5058450-43.2017.4.04.7100, PRIMEIRA TURMA, Relator ROGER RAUPP RIOS,
juntado aos autos em 12/03/2020) 

STF- ADI 4927 (proposta pela OAB FEDERAL) 


 
 
SUMULAS 
 
215. STJ. A indenização recebida pela adesão ao programa de incentivo à demissão
voluntária não está sujeita à incidência do Imposto de Renda. 
 
498 STJ-  Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. 
 
447. STJ. Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição
de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores. (art. 158, inc. I da
CF). 
 
590. STJ. Constitui acréscimo patrimonial a atrair a incidência do imposto de renda, em
caso de liquidação de entidade de previdência privada, a quantia que couber a cada
participante, por rateio do patrimônio, superior ao valor das respectivas contribuições à
entidade em liquidação, devidamente atualizadas e corrigidas. 
 
598. STJ. É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o
reconhecimento judicial da isenção do imposto de renda, desde que o magistrado
entenda suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova 
 
584. STF. Ao Imposto de Renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-
se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração. 

TEMA 808 STF- Não incide imposto de renda sobre juros de mora devidos pelo atraso
no pagamento de remuneração por exercício de emprego, cargo ou função
(16.03.2021).
 
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA- IRPF 
 
 Critério material: auferir renda e proventos de qualquer natureza; 
 Critério espacial: todo território nacional e também fora do território
nacional (apenas atentar à questão de tratados internacionais para fins de
evitar a bitributação); 
 Critério temporal: 1º janeiro a 31 de dezembro; 
 Critério pessoal: União x contribuinte 
 Critério quantitativo: base de cálculo (renda líquida- renda e proventos
menos as deduções e abatimentos) e alíquota 
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL 
 
Fundamento constitucional: Art. 153, VI, §4º da CF 
 
Fundamento infraconstitucional: Art. 29 e ss Código Tributário Nacional 
          Decreto 4.382/2002 
Noções gerais: 
 Conceito de propriedade: art. 1.228 do Código Civil 
 
A posse e o domínio útil são atributos de um direito maior, que é a
propriedade 
 
 Obrigação propter rem (art. 128- art. 130, CTN) 
 Função social da propriedade: art. 186 da Constituição Federal 
 Função extrafiscal= progressividade de alíquotas para desestimular a
manutenção de atividades improdutivas 
      
Art. 34. A alíquota utilizada para cálculo do ITR é estabelecida para cada imóvel rural, com
base em sua área total e no respectivo grau de utilização, conforme a tabela seguinte (Lei
nº 9.393, de 1996, art. 11 e Anexo): 

ÁREA TOTAL  GRAU DE UTILIZAÇÃO (em %) 


DO IMÓVEL  Maior Maior que 65  Maior que 50  Maior que 30  Até 30 
(em hectares)  que 80  até 80  até 65  até 50 
Até 50  0,03  0,20  0,40  0,70  1,00 
Maior que 50 até 200  0,07  0,40  0,80  1,40  2,00 
Maior que 200 até 500  0,10  0,60  1,30  2,30  3,30 
Maior que 500 até 1.000  0,15  0,85  1,90  3,30  4,70 
Maior que 1.000 até 0,30  1,60  3,40  6,00  8,60 
5.000 
Acima de 5.000  0,45  3,00  6,40  12,00  20,00 
 
 
 Imunidade tributária para pequenas glebas 
 
§ 1º Pequena gleba rural é o imóvel com área igual ou inferior a (Lei
nº 9.393, de 1996, art. 2º, parágrafo único): 
I - cem hectares, se localizado em município compreendido na
Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-
grossense; 
 II - cinqüenta hectares, se localizado em município compreendido no
Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental; 
III - trinta hectares, se localizado em qualquer outro município. 
 
 Delegação da capacidade tributária para Municípios 
 
***  SÚMULA N. 139, STJ.  Cabe à Procuradoria da Fazenda Nacional propor
execução fiscal para cobrança de crédito relativo ao ITR. 
 
 Resp 1.112.646/SP 
 
TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO
RURAL. IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA. ART. 15 DO DL 57/1966.
RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC. 1. Não incide
IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do
Município, desde que comprovadamente utilizado em
exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966). 2. Recurso Especial
provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução 8/2008 do STJ 
 
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
 Critério Material: ser proprietário de imóvel territorial rural 
 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL
NO RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA.
INEXIGIBILIDADE DO ITR DE IMÓVEL RURAL INVADIDO POR
SEM TERRAS. AUSÊNCIA DE FATO GERADOR. AGRAVO
REGIMENTAL DA FAZENDA NACIONAL DESPROVIDO. 
1. Consoante já decidiu esta Corte, se o proprietário não detém o
domínio ou a posse do imóvel, invadido pelos Sem Terra, a sua
titularidade, tão-somente, não configura fato gerador do ITR
(REsp. 963.499/PR, Rel. Min. HERMAN
BENJAMIN, DJe 14.12.2009; e REsp. 1.144.982/PR, Rel. Min.
MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 15.10.2009). 2. Decisão
proferida em conformidade com o parecer ministerial que se
mantém. 3. Agravo Regimental da FAZENDA NACIONAL
desprovido. (AgRg no REsp 1346328/PR, Rel. Ministro
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 15/12/2016, DJe 06/02/2017) 
 
 Critério Espacial: zona rural 
 Critério Temporal: 1º de janeiro 
 Critério pessoal: União x proprietário  
 Critério quantitativo: base de cálculo (valor da terra nua) x alíquota
(tabela) 
 
 
SRF 256/2002:  
“Art. 32. Valor da Terra Nua (VTN) é o valor de mercado do
solo com sua superfície, bem assim das florestas naturais, das
matas nativas e das pastagens naturais que integram o imóvel
rural.  
§ 1º Não integram o VTN os valores de mercado relativos:  
I – construções, instalações e benfeitorias;  
II – culturas permanentes e temporárias; 
III – pastagens cultivadas e melhoradas;  
IV – florestas plantadas.  
§ 2º O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em
1º de janeiro do ano de ocorrência do fato gerador do ITR, e
será considerado auto-avaliação da terra nua a preço de
mercado.  
§ 3º Para fins do disposto no inciso I do § 1º, incluem-se no
conceito de construções, instalações e benfeitorias os prédios,
depósitos, galpões, casas de trabalhadores, estábulos, currais,
mangueiras, aviários, pocilgas e outras instalações para abrigo
ou tratamento de animais, terreiros e similares para secagem
de produtos agrícolas, eletricidade rural, colocação de água
subterrânea, abastecimento ou distribuição de águas,
barragens, represas, tanques, cercas e, ainda, as benfeitorias
não relacionadas com a atividade rural.  
Art. 33. O Valor da Terra Nua Tributável (VTNT) é obtido
mediante a multiplicação do VTN pelo quociente entre a área
tributável, definida no art. 9º, e a área total do imóvel rural”. 
“Art. 9º Área tributável é a área total do imóvel rural, excluídas
as áreas: I – de preservação permanente; II – de reserva legal;
III – de reserva particular do patrimônio natural; IV – sob regime
de servidão florestal ou ambiental; V – de interesse ecológico
para a proteção dos ecossistemas, assim declaradas mediante
ato do órgão competente, federal ou estadual, e que ampliem
as restrições de uso previstas para as áreas de preservação
permanente e de reserva legal; 
VI – comprovadamente imprestáveis para a atividade rural,
declaradas de interesse ecológico mediante ato do órgão
competente, federal ou estadual. VII – cobertas por florestas
nativas, primárias ou secundárias em estágio médio ou
avançado de regeneração; VIII – alagadas para fins de
constituição de reservatório de usinas hidrelétricas autorizada
pelo poder público”. 
 
 
 
 
 
 
IMPOSTOS ESTADUAIS 
 
 
IPVA:  IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES  
 
Fundamento constitucional: Art. 155, III, §6º da CF 
 
Noções gerais: 

 Conceito de propriedade: art. 1.228 do Código Civil 


 Obrigação “propter rem” 
 Conceito de veículo automotor: TERRESTRE e “veículo dotado de
motor próprio, que pode se locomover em virtude de impulso próprio”- ex:
carros, ônibus, motos, caminhões;  

Exclusão: Embarcações (RE 134.509) e Aeronaves (RE 255.111) 

 Alíquotas mínimas fixadas pelo SENADO: evitar conflito de


competência  
RE 1.101.660-5- UBER- tema 708 (A Constituição autoriza a
cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA) somente pelo Estado em que o contribuinte
mantém sua sede ou domicílio tributário." 
 Função extrafiscal: alíquotas diferenciadas em função
do tipo e utilização; 

Ex: táxi, ônibus transporte urbano, transporte escolar, mais de 20 anos de
fabricação, colheitadeiras. 

 Possibilidade de alteração da base de cálculo, sem necessidade de


observância à anterioridade nonagesimal (art. 150, §1º CF) 

 Art. 158, III da CF 


 
 
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
 
- Critério Material: Ser proprietário de veículo automotor; 
- Critério Espacial: Domicílio tributário do contribuinte 
- Critério Temporal: 1º janeiro- carro usado 
Na data da aquisição- carro zero km 
Na data do leilão- arrematação 
Na data do desembaraço aduaneiro- importação 
- Critério Pessoal: S.A- Estado ou DF 
        S.P- Proprietário  
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À
EXECUÇÃO FISCAL. IPVA. ARRENDAMENTO MERCANTIL.
SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE ARRENDANTE E
ARRENDATÁRIO. APLICAÇÃO DOS ARTS. 5º, § 1º E 6º, DA LEI
ESTADUAL Nº 14.260/2003. INEXISTÊNCIA DE COMPROVAÇÃO
DA TRANSFERÊNCIA DOS VEÍCULOS A TERCEIRA EMPRESA.
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE RISCO DE DANO
IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO. EXPROPRIAÇÃO
QUE É UMA CONSEQUÊNCIA DA EXECUÇÃO FISCAL. DECISÃO
MANTIDA.AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO. 
(TJPR - 3ª C.Cível - 0050312-95.2019.8.16.0000 - Curitiba -  Rel.:
Juiz Osvaldo Nallim Duarte -  J. 07.04.2020) 
 
- Critério Quantitativo: B.C valor venal do veículo 
 Alíquota: depende do Estado/do tipo e utilização do veículo 
 
 
 
ITCMD:  IMPOSTO DE TRANSMISSÃO “CAUSA MORTIS” E DOAÇÃO DE
QUAISQUER BENS E DIREITOS 
 
Fundamento constitucional: Art. 155, I, §1º da CF 
 
Fundamento infraconstitucional: Art. 35 a 42 do CTN 
 
Noções gerais: 
 Característica: gratuidade  
 Causa mortis: art. 1784 do Código Civil- “Aberta a sucessão, a herança
transmite-se, desde logo, aos herdeiros e testamentários”. 
 Renúncia translativa (há ITCMD) e Renúncia Abdicativa (sem ITCMD). 
 Conceito de doação: art. 538 do Código Civil- “Considera-se doação o
contrato em que uma pessoa, por liberalidade (ainda que a doação seja
condicional), transfere do seu patrimônio bens e vantagens para o de
outra”. 
 Elementos da doação: contratualidade, liberalidade, transferência de
bens ou direitos do patrimônio do doador para o donatário e aceitação do
doador. 
 
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
 
- Critério Material: transmitir causa mortis ou por doação bens e direitos de quaisquer
natureza; 
 
- Critério Espacial:  
 
IMÓVEIS I -  relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao    Estado
da situação do bem, ou ao Distrito Federal; 
 
MÓVEIS, TÍTULOS E CRÉDITOS 
II -  relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado
onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o
doador, ou ao Distrito Federal; 
 
 
QUESTÃO ENVOLVENDO EXTERIOR 
III -  terá a competência para sua instituição regulada por lei
complementar: 
a)  se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; 
b)  se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu
inventário processado no exterior; 

TEMA 825 STF. “É vedado aos estados e ao Distrito Federal instituir o ITCMD
nas hipóteses referidas no art. 155, § 1º, III, da Constituição Federal sem a
intervenção da lei complementar exigida pelo referido dispositivo
constitucional”.

 
- Critério Temporal:  
Doação: transmissão se bem imóvel e tradição se bem móvel 
Causa Mortis: Súmula 114, STF: “O ITCMD não é exigível antes da
homologação do cálculo”.  
 
- Critério Pessoal: S.A- Estado ou DF (§1º, inc. I e II do art. 155, da CF) 
        S.P- Donatário ou Herdeiro, além de responsáveis solidários. 
 
- Critério Quantitativo: B.C valor venal dos bens ou direitos transmitidos 
     Alíquota: pode ser progressiva (RE 562.045), mas a máxima
de 8% (Resolução 9/92, do Senado) 
 
Súmula 112, STF: “O ITCMD é devido pela alíquota vigente ao tempo da
abertura da sucessão” 
 
FATO FATO FATO 
ABERTURA SUCESSÃO                  ABERTURA DO INVENTÁRIO CÁLCULO 
01/1992- 2% 03/1994- 3% 06/1996- 5% 
 
FATO FATO  
HOMOLOGAÇÃO PARTILHA  
12/1996- 6% 03/1997- 8% 
 
ICMS:  IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE
MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE
INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E COMUNICAÇÃO (ICMS) 
 
Fundamento constitucional: Art. 155, II, §2º e § 3º da CF 
Fundamento infraconstitucional: legislação estadual e também LC 24/75 e
LC 87/96 
 
Noções gerais: 

 Incidirá ainda que as operações e serviços se iniciem no exterior;


quais operações e serviços? 
 
 Operações de circulação de mercadorias; 
 Serviços de transporte intermunicipal e interestadual; 
 Serviços de comunicação; 
 Energia elétrica (considerada mercadoria) 
 Derivados de petróleo, combustíveis e minerais do país
(considerada mercadoria) 
 Importação de mercadorias 
 
 Conceito de operações: “Operações, no contexto, exprimem o
sentido de atos ou negócios hábeis para provocar a circulação de
mercadorias. Adquire, neste momento, a acepção de toda e qualquer
atividade, regulada pelo Direito, e que tenha a virtude de realizar
aquele evento”. (Paulo de Barros Carvalho). 
 
 a) direito comercial/empresarial/civil; b) no contexto de
atividades empresariais; c) atividade realizada com
habitualidade; d) tenha por finalidade, o lucro
(efeito mercancia)- onerosidade; e) tenha por objeto uma
mercadoria;  
 ICMS importação: art. 155, §2º, inc. IX da CF (ICMS-
importação) – sumula vinculante 48, STF
 obrigação de dar e não fazer (ICMS x ISS- caso software) 
 
 Conceito de circulação: acepção física (circulação física) x
acepção jurídica (transferência de titularidade da mercadoria) 
 
Súmula 166 do STJ: N ão constitui fato gerador do ICMS o simples
deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do
mesmo contribuinte. 
 
 Conceito de mercadorias: 
 
  bem móvel (gênero, sendo espécie a mercadoria), sujeito
à mercancia, que se submete a uma relação jurídica no âmbito do
direito comercial. 
 a mercadoria deve se destinar a venda ou revenda, uma
vez alcançado o consumo o ICMS não pode ser cobrado (ex:
venda de bens do ativo fixo, maquinário, caminhão, etc). 
 A mercadoria deve ser um objetivo físico? (questões atuais
da tributação- streaming- NETFLIX). 
 
 Princípio da não cumulatividade (sentido de cobrado e pago) 
 Exceção: isenção e não incidência; 
 
 Princípio da seletividade, em função da essencialidade das
mercadorias (questão da comunicação, energia elétrica, etc) 
 
 O papel da Lei Complementar em matéria de ICMS (art. 155, §2º,
inc. XII da CF)  
 
 Questão da imunidade tributária específica 
 
 Operações que destinem mercadorias para o exterior, nem
sobre serviços prestados  a destinatários no exterior;  
 Operações que destinem a outros Estados petróleo,
inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, e energia elétrica; 
 Operações sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art.
153, § 5º; 
 Operações nas prestações de serviço de comunicação nas
modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita; 
 
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
1. ICMS- Mercadoria 
 
Critério material: realizar operações sobre a circulação de mercadorias; 
 
Critério espacial: Estado de origem (operações internas) e Estado de destino
(operações interestaduais)- (especialmente consumidor final); 
 
Critério temporal: saída da mercadoria; 
 
Critério pessoal: S.A- Estado de origem e Estado de destino; 
        S.P- empresa
 
Critério quantitativo: B.C- valor da operação 
 Alíquota- interna ou interestadual 
 
2. ICMS- COMUNICAÇÃO 
 
 Não incide sobre a comunicação, propriamente dita, mas sim
sobre a prestação (onerosa) de serviços de comunicação. 
Requisitos: (i) Fonte emissora; (ii) fonte receptora; (iii) mensagem
transmitida. 
 
JULGADOS: 
 
ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL – ICMS – Pretensão ao
cancelamento do AIIM nº 3.154.111-2 – Cabimento – Mérito
atinente à possibilidade de incidência do ICMS pela veiculação
de publicidade na internet – Fisco que se pauta na tese de
configuração de prestação onerosa de serviço de comunicação –
Exegese dos artigos 155, inciso II, da Constituição Federal e 2º,
inciso III, da Lei Complementar nº 87/1996 – Disponibilização
onerosa de espaço digital na internet para viabilizar anúncios e
propagandas que se trata de verdadeira prestação de serviços
– Veiculação publicitária, todavia, que não pode ser classificada
como comunicação para o fim que objetiva a Fazenda –
Diferenciação doutrinária acerca do vocábulo "comunicação" –
Prestação de serviço de comunicação sujeita à incidência de
ICMS que se insere no conceito fechado deste termo – Atividade
publicitária em sítio eletrônico que tem como meta influenciar
maior número de pessoas – Propagação da informação que
independe de contrapartida da pessoa que a recebe – Edição da
Lei Complementar nº 157/2016, item 17.25, que encerra a
discussão objeto da lide – Inclusão da publicidade realizada por
qualquer meio na lista de serviços tributáveis pelo ISS – Pedido
de majoração dessa verba sucumbencial – Descabimento –
Exegese do art. 85, §§ 2º, 3º e 4º do Código de Processo Civil
Apelação da Fazenda Paulista não conhecida – Remessa
necessária, considerada interposta, não provida – Apelação dos
advogados da autora parcialmente provida.  
(TJSP;  Apelação Cível 1005399-72.2016.8.26.0053; Relator
(a): Fermino Magnani Filho; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito
Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes - 13ª Vara de
Fazenda Pública; Data do Julgamento: 07/10/2019; Data de
Registro: 09/10/2019) 
 
 Atividade-fim x Atividade-meio 
 
Súmula 350, STJ: O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de
telefone celular. 
Súmula 334, STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à
Internet. 
 
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
Critério material: prestar serviços de comunicação, ainda que iniciados no
exterior; 
Critério espacial: Estado do prestador de serviço 
Critério temporal: momento prestação serviço, ainda que iniciada no exterior; 
Critério pessoal: S.A- Estado do prestador de serviço 
        S.P- prestador do serviço, 
Critério quantitativo: B.C- valor do serviço prestado 
 Alíquota- interna (+ ou – 29%) 
 
3. ICMS- TRANSPORTE 
 
ATENÇÃO: Se for Interestadual e Intermunicipal será ICMS- Se
for Intramunicipal será ISS. 
 
ADI nº 1600-8: é inconstitucional a incidência de serviços de transporte aéreo
de passageiros inetermunicipal, interestadual e internacional. 
 
Artigo 730 do atual Código Civil, “pelo contrato de transporte alguém se obriga,
mediante retribuição, a transportar, de um lugar para o outro, pessoas ou
coisas” 
 
Critério material: prestar serviços de transporte interestadual ou
intermunicipal, ainda que iniciados no exterior; 
Critério espacial: Estado de origem da prestação de serviço 
Critério temporal: momento prestação serviço, ainda que iniciada no exterior; 
Critério pessoal: S.A- Estado de origem do serviço 
        S.P- prestador do serviço, 
Critério quantitativo: B.C- valor do serviço prestado 
 
 Os ministros da 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovaram, nesta
quarta-feira (28/4), a súmula 649, que define que “não incide ICMS sobre serviços de
transporte interestadual de mercadorias destinadas ao exterior”

 
 
 
 
 
 
IPTU- Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 
 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o
art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I
poderá:   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de
2000) 
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e   (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso
do imóvel.   (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
 Função fiscal- progressividade em razão do valor do imóvel-
diferenciação de alíquotas- CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 
 
 
 Função extrafiscal- progressividade no tempo- FUNÇÃO
INDUTORA 
 
Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana de forma progressiva
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos
consecutivos. (estatuto da cidade) 
 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder
Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem- estar de seus
habitantes.   (Regulamento)    (Vide Lei nº 13.311, de 11 de julho de
2016) 
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende
às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no
plano diretor. 
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica
para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal,
do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,   sob pena,
sucessivamente, de: 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo; 
 
- plano diretor : A Lei do Plano Diretor define a função social da cidade e da
propriedade urbana, além de organizar o crescimento e o funcionamento do
município. Consiste em um pacto sociopolítico da sociedade em direção a uma
cidade mais humana, participativa, inovadora, inclusiva, funcional, sustentável
e que ofereça qualidade de vida para a população. Deve apresentar uma visão
de futuro para as próximas décadas, orientando o desenvolvimento do
município. 
 
 
 Obrigação propter rem- art. 130, CTN 
 
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador
seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e
bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes
a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de
sua quitação. 
 
 Características da zona urbana– art. 32, CTN 
 
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a
propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona
urbana do Município. 
 § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a
definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência
de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos
seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: 
 I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
 II - abastecimento de água; 
 III - sistema de esgotos sanitários; 
 IV - rede deava iluminação pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3
(três) quilômetros do imóvel considerado. 
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis,
ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos
órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao
comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos
termos do parágrafo anterior. 
 
NOVIDADES!! 
 
SÚMULA 626, STJ. A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área
considerada pela lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está
condicionada à existência dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do
CTN. 
 
 
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
Critério material 
 
Ser proprietário de imóvel predial e territorial urbano 
 
Art. 1.228- C.C. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e
dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que
injustamente a possua ou detenha. 
 
Critério temporal 
1º janeiro de cada exercício 
Não se confunde com a data de pagamento 
 
Critério espacial 
Município da localização do imóvel 
 
Critério pessoal 
S.A- Município da localização do imóvel 
S.P- proprietário 
 
Súmula 589 STF 
É inconstitucional a fixação de adicional progressivo
do imposto predial e territorial urbano em função do
número de imóveis do contribuinte. 
 
Importante: Incide sobre a coisa e não sobre a pessoa. 
 
 
Critério quantitativo 
 
Base de cálculo: 
valor venal do imóvel (planta genérica de valores) 
 
 
Art. 37 Para determinação da base imponível que exceda a mera
atualização monetária, será editada Planta Genérica de Valores
Imobiliários a ser elaborada com base no Preço corrente de
mercado, observados os seguintes elementos: (Redação dada
pela Lei Complementar nº 91/2014) 
I - infra-estrutura de cada logradouro; 
II - potencial construtivo; 
III - tipo de via; 
IV - edificações; e 
V - outros dados relevantes. 
 
 
Alíquota: 
 
IMÓVEIS RESIDENCIAIS 
Valores Venais de Valor da Valor por
Alíquotas  Acumulado 
até  Faixa  faixa 
R$ 38.645,00  R$ 38.645,00  0,20%  R$ 77,29  R$ 77,29 
R$ 48.386,00  R$ 9.741,00  0,25%  R$ 24,35  R$ 101,64 
R$ 67.710,00  R$ 19.324,00  0,35%  R$ 67,63  R$ 169,28 
R$ 87.036,00  R$ 19.326,00  0,55%  R$ 106,29  R$ 275,57 
R$ 125.685,00  R$ 38.649,00  0,75%  R$ 289,87  R$ 565,44 
R$ 183.659,00  R$ 57.974,00  0,85%  R$ 492,78  R$ 1.058,22 
R$ 241.632,00  R$ 57.973,00  0,95%  R$ 550,74  R$ 1.608,96 
R$ 299.606,00  R$ 57.974,00  1,00%  R$ 579,74  R$ 2.188,70 
Acima de R$ Diferença do
1,10%       
299.606,00  VVI 
  
IMÓVEIS NÃO RESIDENCIAIS 
Valores Venais de Valor da Valor por
Alíquotas  Acumulado 
até  Faixa  faixa 
R$ 48.388,00  R$ 48.388,00  0,35%  R$ 169,36  R$ 169,36 
R$ 67.710,00  R$ 19.322,00  0,55%  R$ 106,27  R$ 275,63 
R$ 87.036,00  R$ 19.326,00  0,85%  R$ 164,27  R$ 439,90 
R$ 106.360,00  R$ 19.324,00  1,60%  R$ 309,18  R$ 749,08 
Acima de R$ Diferença do
1,80%       
106.360,00  VVI 
  
IMÓVEIS TERRITORIAIS 
Valores Venais Valor da Valor por
Alíquotas  Acumulado 
de até  Faixa  faixa 
R$ 19.320,00  R$ 19.320,00  1,00%  R$ 193,20  R$ 193,20 
R$ 38.645,00  R$ 19.325,00  1,50%  R$ 289,88  R$ 483,08 
R$ 57.969,00  R$ 19.324,00  2,00%  R$ 386,48  R$ 869,56 
R$ 96.619,00  R$ 38.650,00  2,50%  R$ 966,25  R$ 1.835,81 
Acima de R$ Diferença do
3,00%       
96.619,00  VVI 
 
 
 

 
 
ITBI- IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO ONEROSA INTER VIVOS DE BENS
IMÓVEIS 
 
 
Art. 156, CF. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a
sua aquisição; 
§ 2º O imposto previsto no inciso II: 
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação,
cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a
atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses
bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil; 
II - compete ao Município da situação do bem. 
 
 
Art. 37, CTN. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a
pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a
venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos
relativos à sua aquisição. 
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida
neste artigo quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita
operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos
anteriores e nos 2 (dois) anos subseqüentes à aquisição, decorrer de
transações mencionadas neste artigo. 
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a
aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a
preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3
(três) primeiros anos seguintes à data da aquisição. 
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á
devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição,
sobre o valor do bem ou direito nessa data. 
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou
direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade do
patrimônio da pessoa jurídica alienante. 
 
 
 ITCMD (gratuidade) x ITBI (onerosidade) 
 
 Conceito de transmissão: transferência, mudança, alteração da
titularidade do direito de propriedade por ato oneroso.  
 
                                               Código Civil 
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é
essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição,
transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis
de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no
País. 
 
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no
Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a
1.247), salvo os casos expressos neste Código. 
 
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro
do título translativo no Registro de Imóveis. 
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua
a ser havido como dono do imóvel. 
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a
decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o
adquirente continua a ser havido como dono do imóvel. 
 
 Conceito de direitos reais, exceto os de garantia (anticrese,
hipoteca e penhor): art. 1225 do Código Civil 
 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I - a propriedade; 
II - a superfície; 
III - as servidões; 
IV - o usufruto; 
V - o uso; 
VI - a habitação; 
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; 
X - a anticrese. 
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela
Lei nº 11.481, de 2007) 
XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº
13.465, de 2017) 
XIII - a laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando
constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem
com a tradição. 
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no
Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a
1.247), salvo os casos expressos neste Código. 
 
 Cessão de direitos reais: dação em pagamento, arrematação e
adjudicação. 
 
 
CRITÉRIO MATERIAL 
 
- transmitir a título oneroso, por ato inter vivos, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, ou direitos reais sobre imóveis, excetos os direitos reais de
garantia; 
- cessão a título oneroso, por ato inter vivos, de direitos à aquisição de bens
imóveis. 
 
 
CRITÉRIO ESPACIAL 
Município da situação do bem 
 
 
CRITÉRIO TEMPORAL 
Registro no cartório de registro de imóveis- responsabilidade tributária 
 
 
CRITÉRIO PESSOAL 
S.A- Município de situação do bem 
S.P- Adquirente 
 
 
CRITÉRIO QUANTITATIVO 
B.C- Valor venal do imóvel ou avaliação da prefeitura 
Alíquota- 2,7% 
 
 
 
NOVIDADES!!! 
 
 
Decisão: O Tribunal, por maioria, apreciando o Tema 796 da repercussão
geral, negou provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto do
Ministro Alexandre de Moraes, Redator para o acórdão, vencidos os
Ministros Marco Aurélio (Relator), Edson Fachin, Ricardo Lewandowski
e Cármen Lúcia. Foi fixada a seguinte tese: "A imunidade em relação ao
ITBI, prevista no inciso I do § 2º do art. 156 da Constituição Federal, não
alcança o valor dos bens que exceder o limite do capital social a ser
integralizado". Falaram: pela recorrente, a Dra.
Graziela Biason Guimarães; e, pela interessada, o Dr. Ricardo Almeida
Ribeiro da Silva. Plenário, Sessão Virtual de 26.6.2020 a 4.8.2020.   
 
 
 
 
 
MPOSTOS SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA-
ISS. 
 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II,
definidos em lei complementar 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo,
cabe à lei complementar:    
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;   (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 37, de 2002) 
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o
exterior.   (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogado. 
 
 
 Papel da Lei Complementar em matéria de ISS 
 Lei Complementar 116/2003- ISS 
 
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato
gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador 
 
 
>  Estabelecer quais serviços a serem tributados pelo ISS; 
>  Fixar as alíquotas máximas (5%) e mínimas (2%); 
> O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou
cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. 
>  O imposto não incide sobre as exportações de serviços para o exterior; 
>  A forma e condições de concessão e revogação de benefícios fiscais. 
 
 
 
 Lista de serviços: taxatividade ou exemplificativo? 
 
 
 
EMENTA RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL.
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS.
ART. 156, III, DA CARTA POLÍTICA. OPÇÃO CONSTITUCIONAL PELA LIMITAÇÃO
DA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA DOS MUNICÍPIOS POR MEIO DA ATRIBUIÇÃO À
LEI COMPLEMENTAR DA FUNÇÃO DE DEFINIR OS SERVIÇOS TRIBUTÁVEIS
PELO ISS. LISTAS DE SERVIÇOS ANEXAS AO DECRETO-LEI 406/1968 E LEI
COMPLEMENTAR 116/2003. CARÁTER TAXATIVO COMPATÍVEL COM A
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 1. Recursos extraordinários interpostos contra
acórdãos do Tribunal de Justiça de Alagoas e do Superior Tribunal de Justiça relativos
à exigência do ISS sobre determinadas atividades realizadas por instituição financeira.
Processo selecionado, em caráter substitutivo, para dirimir a controvérsia
constitucional definida no Tema 296 da repercussão geral. 2. O recurso extraordinário
interposto contra o acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça é inadmissível,
porquanto as alegadas violações da Constituição Federal não se referem ao decidido
neste acórdão, mas sim no julgamento efetuado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas.
3. O argumento de suposta afronta ao art. 5º, LV, da Constituição Federal, ou seja, a
pretensão de reconhecimento da violação dos direitos fundamentais processuais ao
contraditório e à ampla defesa por não ter sido realizada prova pericial requerida não
tem pertinência jurídica no caso. O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do
Alagoas decidiu que os documentos juntados foram suficientes para a valoração
adequado dos fatos arguidos, bastante, portanto, para a formação do convencimento
judicial. Entendimento contrário ao certificado no acórdão do Tribunal de Justiça local
demandaria reexame da prova dos autos. Aplicação da Súmula 279/STF que afirma o
não cabimento de recurso extraordinário quando necessária nova valoração das
provas. 4. O acórdão recorrido excluiu parte da autuação fiscal por dizer respeito à
atividades já tributadas pelo IOF. Fê-lo com exame apenas de dispositivos do Decreto
6.306/2007, não tendo havido exame do tratamento constitucional deste imposto da
União. Ausente o prequestionamento do art. 153, III, da Constituição Federal, o
recurso não pode ser conhecido quanto ao ponto. 5. Ao determinar que compete à lei
complementar definir os serviços tributáveis pelo ISS, a Constituição fez escolha
pragmática para evitar que, a todo momento, houvesse dúvida se determinada
operação econômica seria tributada como prestação de serviços ou de circulação de
mercadorias, especialmente tendo em conta o caráter economicamente misto de
muitas operações. 6. Os precedentes judiciais formados por este Supremo Tribunal
definiram interpretação jurídica no sentido do caráter taxativo das listas de serviços.
Nesse sentido: RE 361.829, Rel. Ministro Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de
24.2.2006; RE 464.844 AgR, Rel. Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe de
09.5.2008; RE 450.342 AgR, Rel. Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJ
03.8.2007. 7. As listas de serviços preveem ser irrelevante a nomenclatura dada ao
serviço e trazem expressões para permitir a interpretação extensiva de alguns de seus
itens, notadamente se socorrendo da fórmula “e congêneres”. Não existe obstáculo
constitucional contra esta sistemática legislativa. Excessos interpretativos que venham
a ocorrer serão dirimíveis pelo Poder Judiciário. 8. Embora a lei complementar não
tenha plena liberdade de qualificar como serviços tudo aquilo que queira, a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não exige que ela inclua apenas aquelas
atividades que o Direito Privado qualificaria como tais. Precedentes nesse sentido
julgados em regime de repercussão geral, a saber: RE 592.905, Rel. Ministro Eros
Grau, e RE 651.703, Rel. Ministro Luiz Fux, em que examinadas as incidências do
ISS, respectivamente, sobre as operações de arrendamento mercantil e sobre aquelas
das empresas de planos privados de assistência à saúde. 9. O enquadramento feito
pelo Tribunal local de determinadas atividades em itens da lista anexa ao DL 406/1968
não pode ser revisto pelo Supremo Tribunal Federal. Eventual violação da
Constituição Federal apresenta-se como ofensa reflexa e a análise do recurso
extraordinário demanda a revaloração das provas produzidas no processo. 10.
Recurso extraordinário interposto contra o acórdão proferido pelo Superior Tribunal de
Justiça não conhecido. Recurso extraordinário contra o acórdão do Tribunal de Justiça
de Alagoas parcialmente conhecido e, no mérito, não provido. 11. Tese de
repercussão geral: “É taxativa a lista de serviços sujeitos ao ISS a que se refere o art.
156, III, da Constituição Federal, admitindo-se, contudo, a incidência do tributo sobre
as atividades inerentes aos serviços elencados em lei em razão da interpretação
extensiva. ” 
(RE 784439, Relator(a): ROSA WEBER, Tribunal Pleno, julgado em 29/06/2020,
PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-228  DIVULG
14-09-2020  PUBLIC 15-09-2020) 
 
 Conflito ICMS x ISS 
 
 
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. DELIMITAÇÃO DA
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ENTRE ESTADOS E
MUNICÍPIOS. ICMS E ISSQN. CRITÉRIOS. SERVIÇOS DE
COMPOSIÇÃO GRÁFICA. SÚMULA 156 DO STJ. 
1. Segundo decorre do sistema normativo específico (art. 155, II, § 2º,
IX, b e 156, III da CF, art. 2º, IV, da LC 87/96 e art. 1º, § 2º, da LC
116/03), a delimitação dos campos de competência tributária entre
Estados e Municípios, relativamente à incidência de ICMS e de
ISSQN, está submetida aos seguintes critérios: (a) sobre operações
de circulação de mercadoria e sobre serviços de transporte
interestadual e internacional e de comunicações incide ICMS; (b)
sobre operações de prestação de serviços compreendidos na lista de
que trata a LC 116/03 (que sucedeu ao DL 406/68), incide ISSQN; e
(c) sobre operações mistas, assim entendidas as que agregam
mercadorias e serviços, incide o ISSQN sempre que o serviço
agregado estiver compreendido na lista de que trata a LC 116/03 e
incide ICMS sempre que o serviço agregado não estiver previsto na
referida lista. 
2. As operações de composição gráfica, como no caso de impressos
personalizados e sob encomenda, são de natureza mista, sendo que
os serviços a elas agregados estão incluídos na Lista Anexa ao
Decreto-Lei 406/68 (item 77) e à LC 116/03 (item 13.05). 
Consequentemente, tais operações estão sujeitas à incidência de
ISSQN (e não de ICMS), Confirma-se o entendimento da Súmula
156/STJ: "A prestação de serviço de composição gráfica,
personalizada e sob encomenda, ainda que envolva fornecimento de
mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS." Precedentes de ambas as
Turmas da 1ª Seção. 
3. Recurso especial provido. Recurso sujeito ao regime do art. 543-C
do CPC e da Resolução STJ 08/08. 
(REsp 1092206/SP, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/03/2009, DJe 23/03/2009) 
 
 

EMENTA Ação direta de inconstitucionalidade. Direito


Tributário. Lei nº 6.763/75-MG e Lei Complementar
Federal nº 87/96. Operações com programa de
computador (software). Critério objetivo. Subitem 1.05 da
lista anexa à LC nº 116/03. Incidência do ISS. Aquisição
por meio físico ou por meio eletrônico (download,
streaming etc). Distinção entre software sob encomenda
ou padronizado. Irrelevância. Contrato de licenciamento
de uso de programas de computador. Relevância do
trabalho humano desenvolvido. Contrato complexo ou
híbrido. Dicotomia entre obrigação de dar e obrigação de
fazer. Insuficiência. Modulação dos efeitos da decisão. 1.
A tradicional distinção entre software de prateleira
(padronizado) e por encomenda (personalizado) não é
mais suficiente para a definição da competência para a
tributação dos negócios jurídicos que envolvam
programas de computador em suas diversas
modalidades. Diversos precedentes da Corte têm
superado a velha dicotomia entre obrigação de fazer e
obrigação de dar, notadamente nos contratos tidos por
complexos (v.g. leasing financeiro, contratos de franquia).
2. A Corte tem tradicionalmente resolvido as indefinições
entre ISS e do ICMS com base em critério objetivo: incide
apenas o primeiro se o serviço está definido por lei
complementar como tributável por tal imposto, ainda que
sua prestação envolva a utilização ou o fornecimento de
bens, ressalvadas as exceções previstas na lei; ou incide
apenas o segundo se a operação de circulação de
mercadorias envolver serviço não definido por aquela lei
complementar. 3. O legislador complementar, amparado
especialmente nos arts. 146, I, e 156, III, da Constituição
Federal, buscou dirimir conflitos de competência em
matéria tributária envolvendo softwares. E o fez não se
valendo daquele critério que a Corte vinha adotando. Ele
elencou, no subitem 1.05 da lista de serviços tributáveis
pelo ISS anexa à LC nº 116/03, o licenciamento e a
cessão de direito de uso de programas de computação. É
certo, ademais, que, conforme a Lei nº 9.609/98, o uso de
programa de computador no País é objeto de contrato de
licença. 4. Associa-se a esse critério objetivo a noção de
que software é produto do engenho humano, é criação
intelectual. Ou seja, faz-se imprescindível a existência de
esforço humano direcionado para a construção de um
programa de computador (obrigação de fazer), não
podendo isso ser desconsiderado em qualquer tipo de
software. A obrigação de fazer também se encontra
presente nos demais serviços prestados ao usuário,
como, v.g., o help desk e a disponibilização de manuais,
atualizações e outras funcionalidades previstas no
contrato de licenciamento. 5. Igualmente há prestação de
serviço no modelo denominado Software-as-a-Service
(SaaS), o qual se caracteriza pelo acesso do consumidor
a aplicativos disponibilizados pelo fornecedor na rede
mundial de computadores, ou seja, o aplicativo utilizado
pelo consumidor não é armazenado no disco rígido do
computador do usuário, permanecendo online em tempo
integral, daí por que se diz que o aplicativo está localizado
na nuvem, circunstância atrativa da incidência do ISS. 6.
Ação direta julgada parcialmente prejudicada, nos termos
da fundamentação, e, quanto à parte subsistente, julgada
procedente, dando-se ao art. 5º da Lei nº 6.763/75 e ao
art. 1º, I e II, do Decreto nº 43.080/02, ambos do Estado
de Minas Gerais, bem como ao art. 2º da Lei
Complementar Federal nº 87/96, interpretação conforme à
Constituição Federal, excluindo-se das hipóteses de
incidência do ICMS o licenciamento ou a cessão de direito
de uso de programas de computador, tal como previsto no
subitem 1.05 da lista de serviços anexa à Lei
Complementar nº 116/03. 7. Modulam-se os efeitos da
decisão nos termos da ata do julgamento.

(ADI 5659, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno,


julgado em 24/02/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
096 DIVULG 19-05-2021 PUBLIC 20-05-2021)

 Conceito de prestação de serviço: “obrigação de fazer, de


realizar um serviço para terceiro, em regime de direito
privado, com habitualidade e intuito de lucro, podendo estar conjugado ou não
à entrega de bens ao tomador do serviço”. 

 Personalíssimo, específico, 
 
 Súmula Vinculante 31: “É inconstitucional a incidência do ISS
sobre operações de locação de bens móveis” 
 
 
  Súmula nº 163, STJ: O fornecimento de mercadorias com a
simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos
similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da
operação. 
 
 
RMIT 
 
 Critério material: prestar serviços de qualquer natureza, definidos
em lei complementar. 
 Critério temporal: momento da prestação do serviço; 
 Critério espacial: local do estabelecimento prestador do serviço
ou  
                 Local da prestação do serviço 
 Critério pessoal: S.A- Município estabelecimento do prestador do
serviço 
                                   Município da prestação do serviço 
      S.P- prestador do serviço 
*   Critério quantitativo: b.c- valor do serviço 
      Al- 2% a 5% 
 
 

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