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Noções gerais:
Tipos de importação:
Noções gerais:
Extrafiscalidade;
Regra de não se exportar tributos;
Incidência em casos excepcionais: armas, cigarro.
Regimes especiais aduaneiros.
CRITÉRIO MATERIAL: Exportar produtos nacionais ou nacionalizados;
Noções gerais:
Extrafiscalidade;
Importância do termo operações, enquanto ao ato jurídico, regulado pelo
Direito
fiscal: possíveis isenções
IO-Crédito
CRITÉRIO QUANTITATIVO:
Base de cálculo
Emissão: o valor nominal
Transmissão: o valor nominal ou valor da cotação
Pagamento ou resgate: o valor nominal
Alíquota
Máxima 1,5 ao dia
AULA: Imposto sobre Produtos Industrializados
Fundamento constitucional: Art. 153, IV, §3º da CF
Fundamento infraconstitucional: Art. 46 e seguintes do Código Tributário
Nacional e Decreto 7212/2010
Noções gerais:
Materialidades do IPI:
Art. 46, Código Tributário Nacional.
O imposto, de competência da União, sobre produtos
industrializados tem como fato gerador:
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência
estrangeira;
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o
parágrafo único do artigo 51;
III - a sua arrematação, quando apreendido ou
abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto,
considera-se industrializado o produto que tenha sido
submetido a qualquer operação que lhe modifique a
natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o
consumo.
I. IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
Noções gerais:
Tabela
TEMA 808 STF- Não incide imposto de renda sobre juros de mora devidos pelo atraso
no pagamento de remuneração por exercício de emprego, cargo ou função
(16.03.2021).
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA- IRPF
Critério material: auferir renda e proventos de qualquer natureza;
Critério espacial: todo território nacional e também fora do território
nacional (apenas atentar à questão de tratados internacionais para fins de
evitar a bitributação);
Critério temporal: 1º janeiro a 31 de dezembro;
Critério pessoal: União x contribuinte
Critério quantitativo: base de cálculo (renda líquida- renda e proventos
menos as deduções e abatimentos) e alíquota
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL
Fundamento constitucional: Art. 153, VI, §4º da CF
Fundamento infraconstitucional: Art. 29 e ss Código Tributário Nacional
Decreto 4.382/2002
Noções gerais:
Conceito de propriedade: art. 1.228 do Código Civil
A posse e o domínio útil são atributos de um direito maior, que é a
propriedade
Obrigação propter rem (art. 128- art. 130, CTN)
Função social da propriedade: art. 186 da Constituição Federal
Função extrafiscal= progressividade de alíquotas para desestimular a
manutenção de atividades improdutivas
Art. 34. A alíquota utilizada para cálculo do ITR é estabelecida para cada imóvel rural, com
base em sua área total e no respectivo grau de utilização, conforme a tabela seguinte (Lei
nº 9.393, de 1996, art. 11 e Anexo):
TEMA 825 STF. “É vedado aos estados e ao Distrito Federal instituir o ITCMD
nas hipóteses referidas no art. 155, § 1º, III, da Constituição Federal sem a
intervenção da lei complementar exigida pelo referido dispositivo
constitucional”.
- Critério Temporal:
Doação: transmissão se bem imóvel e tradição se bem móvel
Causa Mortis: Súmula 114, STF: “O ITCMD não é exigível antes da
homologação do cálculo”.
- Critério Pessoal: S.A- Estado ou DF (§1º, inc. I e II do art. 155, da CF)
S.P- Donatário ou Herdeiro, além de responsáveis solidários.
- Critério Quantitativo: B.C valor venal dos bens ou direitos transmitidos
Alíquota: pode ser progressiva (RE 562.045), mas a máxima
de 8% (Resolução 9/92, do Senado)
Súmula 112, STF: “O ITCMD é devido pela alíquota vigente ao tempo da
abertura da sucessão”
FATO FATO FATO
ABERTURA SUCESSÃO ABERTURA DO INVENTÁRIO CÁLCULO
01/1992- 2% 03/1994- 3% 06/1996- 5%
FATO FATO
HOMOLOGAÇÃO PARTILHA
12/1996- 6% 03/1997- 8%
ICMS: IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE
MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE
INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E COMUNICAÇÃO (ICMS)
Fundamento constitucional: Art. 155, II, §2º e § 3º da CF
Fundamento infraconstitucional: legislação estadual e também LC 24/75 e
LC 87/96
Noções gerais:
IPTU- Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o
art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I
poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de
2000)
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso
do imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Função fiscal- progressividade em razão do valor do imóvel-
diferenciação de alíquotas- CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Função extrafiscal- progressividade no tempo- FUNÇÃO
INDUTORA
Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana de forma progressiva
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos
consecutivos. (estatuto da cidade)
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder
Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem- estar de seus
habitantes. (Regulamento) (Vide Lei nº 13.311, de 11 de julho de
2016)
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende
às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no
plano diretor.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica
para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal,
do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo;
- plano diretor : A Lei do Plano Diretor define a função social da cidade e da
propriedade urbana, além de organizar o crescimento e o funcionamento do
município. Consiste em um pacto sociopolítico da sociedade em direção a uma
cidade mais humana, participativa, inovadora, inclusiva, funcional, sustentável
e que ofereça qualidade de vida para a população. Deve apresentar uma visão
de futuro para as próximas décadas, orientando o desenvolvimento do
município.
Obrigação propter rem- art. 130, CTN
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador
seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e
bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes
a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de
sua quitação.
Características da zona urbana– art. 32, CTN
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a
propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona
urbana do Município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a
definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência
de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos
seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede deava iluminação pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3
(três) quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis,
ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos
órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao
comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos
termos do parágrafo anterior.
NOVIDADES!!
SÚMULA 626, STJ. A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área
considerada pela lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está
condicionada à existência dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do
CTN.
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Critério material
Ser proprietário de imóvel predial e territorial urbano
Art. 1.228- C.C. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e
dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que
injustamente a possua ou detenha.
Critério temporal
1º janeiro de cada exercício
Não se confunde com a data de pagamento
Critério espacial
Município da localização do imóvel
Critério pessoal
S.A- Município da localização do imóvel
S.P- proprietário
Súmula 589 STF
É inconstitucional a fixação de adicional progressivo
do imposto predial e territorial urbano em função do
número de imóveis do contribuinte.
Importante: Incide sobre a coisa e não sobre a pessoa.
Critério quantitativo
Base de cálculo:
valor venal do imóvel (planta genérica de valores)
Art. 37 Para determinação da base imponível que exceda a mera
atualização monetária, será editada Planta Genérica de Valores
Imobiliários a ser elaborada com base no Preço corrente de
mercado, observados os seguintes elementos: (Redação dada
pela Lei Complementar nº 91/2014)
I - infra-estrutura de cada logradouro;
II - potencial construtivo;
III - tipo de via;
IV - edificações; e
V - outros dados relevantes.
Alíquota:
IMÓVEIS RESIDENCIAIS
Valores Venais de Valor da Valor por
Alíquotas Acumulado
até Faixa faixa
R$ 38.645,00 R$ 38.645,00 0,20% R$ 77,29 R$ 77,29
R$ 48.386,00 R$ 9.741,00 0,25% R$ 24,35 R$ 101,64
R$ 67.710,00 R$ 19.324,00 0,35% R$ 67,63 R$ 169,28
R$ 87.036,00 R$ 19.326,00 0,55% R$ 106,29 R$ 275,57
R$ 125.685,00 R$ 38.649,00 0,75% R$ 289,87 R$ 565,44
R$ 183.659,00 R$ 57.974,00 0,85% R$ 492,78 R$ 1.058,22
R$ 241.632,00 R$ 57.973,00 0,95% R$ 550,74 R$ 1.608,96
R$ 299.606,00 R$ 57.974,00 1,00% R$ 579,74 R$ 2.188,70
Acima de R$ Diferença do
1,10%
299.606,00 VVI
IMÓVEIS NÃO RESIDENCIAIS
Valores Venais de Valor da Valor por
Alíquotas Acumulado
até Faixa faixa
R$ 48.388,00 R$ 48.388,00 0,35% R$ 169,36 R$ 169,36
R$ 67.710,00 R$ 19.322,00 0,55% R$ 106,27 R$ 275,63
R$ 87.036,00 R$ 19.326,00 0,85% R$ 164,27 R$ 439,90
R$ 106.360,00 R$ 19.324,00 1,60% R$ 309,18 R$ 749,08
Acima de R$ Diferença do
1,80%
106.360,00 VVI
IMÓVEIS TERRITORIAIS
Valores Venais Valor da Valor por
Alíquotas Acumulado
de até Faixa faixa
R$ 19.320,00 R$ 19.320,00 1,00% R$ 193,20 R$ 193,20
R$ 38.645,00 R$ 19.325,00 1,50% R$ 289,88 R$ 483,08
R$ 57.969,00 R$ 19.324,00 2,00% R$ 386,48 R$ 869,56
R$ 96.619,00 R$ 38.650,00 2,50% R$ 966,25 R$ 1.835,81
Acima de R$ Diferença do
3,00%
96.619,00 VVI
ITBI- IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO ONEROSA INTER VIVOS DE BENS
IMÓVEIS
Art. 156, CF. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a
sua aquisição;
§ 2º O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação,
cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a
atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses
bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil;
II - compete ao Município da situação do bem.
Art. 37, CTN. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a
pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a
venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos
relativos à sua aquisição.
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida
neste artigo quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita
operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos
anteriores e nos 2 (dois) anos subseqüentes à aquisição, decorrer de
transações mencionadas neste artigo.
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a
aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a
preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3
(três) primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á
devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição,
sobre o valor do bem ou direito nessa data.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou
direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade do
patrimônio da pessoa jurídica alienante.
ITCMD (gratuidade) x ITBI (onerosidade)
Conceito de transmissão: transferência, mudança, alteração da
titularidade do direito de propriedade por ato oneroso.
Código Civil
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é
essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição,
transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis
de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no
País.
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no
Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a
1.247), salvo os casos expressos neste Código.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro
do título translativo no Registro de Imóveis.
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua
a ser havido como dono do imóvel.
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a
decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o
adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
Conceito de direitos reais, exceto os de garantia (anticrese,
hipoteca e penhor): art. 1225 do Código Civil
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela
Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº
13.465, de 2017)
XIII - a laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando
constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem
com a tradição.
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no
Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a
1.247), salvo os casos expressos neste Código.
Cessão de direitos reais: dação em pagamento, arrematação e
adjudicação.
CRITÉRIO MATERIAL
- transmitir a título oneroso, por ato inter vivos, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, ou direitos reais sobre imóveis, excetos os direitos reais de
garantia;
- cessão a título oneroso, por ato inter vivos, de direitos à aquisição de bens
imóveis.
CRITÉRIO ESPACIAL
Município da situação do bem
CRITÉRIO TEMPORAL
Registro no cartório de registro de imóveis- responsabilidade tributária
CRITÉRIO PESSOAL
S.A- Município de situação do bem
S.P- Adquirente
CRITÉRIO QUANTITATIVO
B.C- Valor venal do imóvel ou avaliação da prefeitura
Alíquota- 2,7%
NOVIDADES!!!
Decisão: O Tribunal, por maioria, apreciando o Tema 796 da repercussão
geral, negou provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto do
Ministro Alexandre de Moraes, Redator para o acórdão, vencidos os
Ministros Marco Aurélio (Relator), Edson Fachin, Ricardo Lewandowski
e Cármen Lúcia. Foi fixada a seguinte tese: "A imunidade em relação ao
ITBI, prevista no inciso I do § 2º do art. 156 da Constituição Federal, não
alcança o valor dos bens que exceder o limite do capital social a ser
integralizado". Falaram: pela recorrente, a Dra.
Graziela Biason Guimarães; e, pela interessada, o Dr. Ricardo Almeida
Ribeiro da Silva. Plenário, Sessão Virtual de 26.6.2020 a 4.8.2020.
MPOSTOS SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA-
ISS.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II,
definidos em lei complementar
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo,
cabe à lei complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o
exterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogado.
Papel da Lei Complementar em matéria de ISS
Lei Complementar 116/2003- ISS
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato
gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador
> Estabelecer quais serviços a serem tributados pelo ISS;
> Fixar as alíquotas máximas (5%) e mínimas (2%);
> O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou
cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.
> O imposto não incide sobre as exportações de serviços para o exterior;
> A forma e condições de concessão e revogação de benefícios fiscais.
Lista de serviços: taxatividade ou exemplificativo?
EMENTA RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL.
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS.
ART. 156, III, DA CARTA POLÍTICA. OPÇÃO CONSTITUCIONAL PELA LIMITAÇÃO
DA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA DOS MUNICÍPIOS POR MEIO DA ATRIBUIÇÃO À
LEI COMPLEMENTAR DA FUNÇÃO DE DEFINIR OS SERVIÇOS TRIBUTÁVEIS
PELO ISS. LISTAS DE SERVIÇOS ANEXAS AO DECRETO-LEI 406/1968 E LEI
COMPLEMENTAR 116/2003. CARÁTER TAXATIVO COMPATÍVEL COM A
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 1. Recursos extraordinários interpostos contra
acórdãos do Tribunal de Justiça de Alagoas e do Superior Tribunal de Justiça relativos
à exigência do ISS sobre determinadas atividades realizadas por instituição financeira.
Processo selecionado, em caráter substitutivo, para dirimir a controvérsia
constitucional definida no Tema 296 da repercussão geral. 2. O recurso extraordinário
interposto contra o acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça é inadmissível,
porquanto as alegadas violações da Constituição Federal não se referem ao decidido
neste acórdão, mas sim no julgamento efetuado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas.
3. O argumento de suposta afronta ao art. 5º, LV, da Constituição Federal, ou seja, a
pretensão de reconhecimento da violação dos direitos fundamentais processuais ao
contraditório e à ampla defesa por não ter sido realizada prova pericial requerida não
tem pertinência jurídica no caso. O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do
Alagoas decidiu que os documentos juntados foram suficientes para a valoração
adequado dos fatos arguidos, bastante, portanto, para a formação do convencimento
judicial. Entendimento contrário ao certificado no acórdão do Tribunal de Justiça local
demandaria reexame da prova dos autos. Aplicação da Súmula 279/STF que afirma o
não cabimento de recurso extraordinário quando necessária nova valoração das
provas. 4. O acórdão recorrido excluiu parte da autuação fiscal por dizer respeito à
atividades já tributadas pelo IOF. Fê-lo com exame apenas de dispositivos do Decreto
6.306/2007, não tendo havido exame do tratamento constitucional deste imposto da
União. Ausente o prequestionamento do art. 153, III, da Constituição Federal, o
recurso não pode ser conhecido quanto ao ponto. 5. Ao determinar que compete à lei
complementar definir os serviços tributáveis pelo ISS, a Constituição fez escolha
pragmática para evitar que, a todo momento, houvesse dúvida se determinada
operação econômica seria tributada como prestação de serviços ou de circulação de
mercadorias, especialmente tendo em conta o caráter economicamente misto de
muitas operações. 6. Os precedentes judiciais formados por este Supremo Tribunal
definiram interpretação jurídica no sentido do caráter taxativo das listas de serviços.
Nesse sentido: RE 361.829, Rel. Ministro Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de
24.2.2006; RE 464.844 AgR, Rel. Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe de
09.5.2008; RE 450.342 AgR, Rel. Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJ
03.8.2007. 7. As listas de serviços preveem ser irrelevante a nomenclatura dada ao
serviço e trazem expressões para permitir a interpretação extensiva de alguns de seus
itens, notadamente se socorrendo da fórmula “e congêneres”. Não existe obstáculo
constitucional contra esta sistemática legislativa. Excessos interpretativos que venham
a ocorrer serão dirimíveis pelo Poder Judiciário. 8. Embora a lei complementar não
tenha plena liberdade de qualificar como serviços tudo aquilo que queira, a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não exige que ela inclua apenas aquelas
atividades que o Direito Privado qualificaria como tais. Precedentes nesse sentido
julgados em regime de repercussão geral, a saber: RE 592.905, Rel. Ministro Eros
Grau, e RE 651.703, Rel. Ministro Luiz Fux, em que examinadas as incidências do
ISS, respectivamente, sobre as operações de arrendamento mercantil e sobre aquelas
das empresas de planos privados de assistência à saúde. 9. O enquadramento feito
pelo Tribunal local de determinadas atividades em itens da lista anexa ao DL 406/1968
não pode ser revisto pelo Supremo Tribunal Federal. Eventual violação da
Constituição Federal apresenta-se como ofensa reflexa e a análise do recurso
extraordinário demanda a revaloração das provas produzidas no processo. 10.
Recurso extraordinário interposto contra o acórdão proferido pelo Superior Tribunal de
Justiça não conhecido. Recurso extraordinário contra o acórdão do Tribunal de Justiça
de Alagoas parcialmente conhecido e, no mérito, não provido. 11. Tese de
repercussão geral: “É taxativa a lista de serviços sujeitos ao ISS a que se refere o art.
156, III, da Constituição Federal, admitindo-se, contudo, a incidência do tributo sobre
as atividades inerentes aos serviços elencados em lei em razão da interpretação
extensiva. ”
(RE 784439, Relator(a): ROSA WEBER, Tribunal Pleno, julgado em 29/06/2020,
PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-228 DIVULG
14-09-2020 PUBLIC 15-09-2020)
Conflito ICMS x ISS
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. DELIMITAÇÃO DA
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ENTRE ESTADOS E
MUNICÍPIOS. ICMS E ISSQN. CRITÉRIOS. SERVIÇOS DE
COMPOSIÇÃO GRÁFICA. SÚMULA 156 DO STJ.
1. Segundo decorre do sistema normativo específico (art. 155, II, § 2º,
IX, b e 156, III da CF, art. 2º, IV, da LC 87/96 e art. 1º, § 2º, da LC
116/03), a delimitação dos campos de competência tributária entre
Estados e Municípios, relativamente à incidência de ICMS e de
ISSQN, está submetida aos seguintes critérios: (a) sobre operações
de circulação de mercadoria e sobre serviços de transporte
interestadual e internacional e de comunicações incide ICMS; (b)
sobre operações de prestação de serviços compreendidos na lista de
que trata a LC 116/03 (que sucedeu ao DL 406/68), incide ISSQN; e
(c) sobre operações mistas, assim entendidas as que agregam
mercadorias e serviços, incide o ISSQN sempre que o serviço
agregado estiver compreendido na lista de que trata a LC 116/03 e
incide ICMS sempre que o serviço agregado não estiver previsto na
referida lista.
2. As operações de composição gráfica, como no caso de impressos
personalizados e sob encomenda, são de natureza mista, sendo que
os serviços a elas agregados estão incluídos na Lista Anexa ao
Decreto-Lei 406/68 (item 77) e à LC 116/03 (item 13.05).
Consequentemente, tais operações estão sujeitas à incidência de
ISSQN (e não de ICMS), Confirma-se o entendimento da Súmula
156/STJ: "A prestação de serviço de composição gráfica,
personalizada e sob encomenda, ainda que envolva fornecimento de
mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS." Precedentes de ambas as
Turmas da 1ª Seção.
3. Recurso especial provido. Recurso sujeito ao regime do art. 543-C
do CPC e da Resolução STJ 08/08.
(REsp 1092206/SP, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/03/2009, DJe 23/03/2009)
Personalíssimo, específico,
Súmula Vinculante 31: “É inconstitucional a incidência do ISS
sobre operações de locação de bens móveis”
Súmula nº 163, STJ: O fornecimento de mercadorias com a
simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos
similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da
operação.
RMIT
Critério material: prestar serviços de qualquer natureza, definidos
em lei complementar.
Critério temporal: momento da prestação do serviço;
Critério espacial: local do estabelecimento prestador do serviço
ou
Local da prestação do serviço
Critério pessoal: S.A- Município estabelecimento do prestador do
serviço
Município da prestação do serviço
S.P- prestador do serviço
* Critério quantitativo: b.c- valor do serviço
Al- 2% a 5%