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Direito Empresarial II

Sociedade Anônima
Lei 6.404/76
Aula 01 - 02/08/2023
 Introdução:
 Conceito:

Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a


responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações
subscritas ou adquiridas.

 Capital social dividido em AÇÕES;


 Responsabilidade dos Sócios LIMITADA ao preço de emissão das ações subscritas ou
adquiridas;
 Voltada para atividades de grande porte;

 Classificação:
a) Quanto à Constituição e Dissolução:
 Constituição de Sociedade - Na elaboração do contrato social ou estatuto, assinado pelos sócios;
 Sociedade ESTATUTÁRIA, formada por um ESTATUTO SOCIAL;
 Aquisição de Personalidade jurídica: Registro do estatuto na Junta Comercial;
OBS.: Sociedade em Comum – Responsabilidade Ilimitada, Sociedade Irregular;
 Contrato Social (trato com pessoas - tenho relação de sócio com sócio, e sócio com a sociedade)
X Estatuto (tenho relação entre sócio e sociedade);

b) Quanto à Alienação da Participação Societária:


 As sociedades se dividem em Sociedades de Pessoas (As qualidades dos sócios interessam
para que ele ingresse na sociedade) e Sociedades de Capital (As qualidades dos sócios não
interessam para que ele ingresse na sociedade – O que interessa é o dinheiro);
 A sociedade anônima é uma SOCIEDADE DE CAPITAL;
 A alienação de participação societária de caráter permanente está sujeita à apuração de ganho
de capital, que deve ser diretamente computado na base de cálculo da contribuição.

c) Quanto à Responsabilidade dos Sócios:


 Sociedade LIMITADA ao preço de emissão das ações subscritas (capital prometido – ações cujo
os valores serão pagos no futuro) ou adquiridas;

d) Quanto à Personalidade Jurídica:


 SOCIEDADE PERSONIFICADA (Art. 985 do CC) – O estatuto encaminhado para arquivamento
na Junta Comercial leva ao adquirimento de personalidade jurídica;

Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na
forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

e) Quanto à Participação dos Estado no Capital Social:


 Sociedade de Economia Mista – Parte do capital social é pública e parte é privado. Ex.: Petrobrás
S/A (Estado é o controlador e estão incluídas na bolsa de valores;
 Empresa Pública – S/A cujo o estado é detentor de 100% do capital social. Ex.: EBCT, Caixa,
Infraero;
 O sócio dessas figuras sempre será pessoa jurídica de direito público, mas a sociedade sempre
será PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO;

f) Quanto à Divisão do Capital Social:


 Sociedade POR AÇÕES;
 Sociedades cujo capital social está dividido em ações;
 Ações Ordinárias (ON): Atribui ao acionista direito de voto na assembleia;
 Ações Preferenciais (PN): Podem ter o direito de voto restrito, mas atribui ao sócio o direito no
recebimento de dividendos;

Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus
titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de fruição.
§ 1º As ações ordinárias e preferenciais poderão ser de uma ou mais classes, observado, no
caso das ordinárias, o disposto nos arts. 16, 16-A e 110-A desta Lei. (Redação dada pela
Lei nº 14.195, de 2021)
§ 2º O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício
desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinquenta por cento) do total das ações emitidas.
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

 OUNIT (4 letras + número 11) – Compra de conjunto de ações, tanto preferenciais, quanto
ordinárias;
 Ações de Gozo e Fruição: Ações que decorrem de uma operação de amortização – Só frui os
dividendos, mas não tem direito no recebimento no momento da partilha;

 Objeto (Art. 2º):


 Empresa – Objeto da Sociedade:

Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei,
à ordem pública e aos bons costumes.
§ 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do
comércio.
§ 2º O estatuto social definirá o objeto de modo preciso e completo.
§ 3º A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista
no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para
beneficiar-se de incentivos fiscais.

 Qualquer ATIVIDADE DE CUNHO LUCRATIVO;


 Qualquer que seja o objeto de uma sociedade anônima, ela sempre será MERCANTIL, portanto,
sujeita às leis e uso do comércio – Nunca será tratada como sociedade simples;
 É admitido como objeto de uma sociedade anônima a participação em outras sociedades –
Holding (Art. 2º, §3º);
 Holding Pura: controlação ou detenção de participação;
 Holding Mista: conjuga atividade de holding e atividade operacional – Ex.: Petrobrás;

 Nome Empresarial (Art. 3º):


 Denominação – formado por nome fantasia ou nome de sócio como homenagem, seguido das
expressões S/A ou Companhia (Cia) [vedado ser utilizado no final];

Art. 3º A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões


"companhia" ou "sociedade anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas
vedada a utilização da primeira ao final.
§ 1º O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido
para o êxito da empresa, poderá figurar na denominação.
§ 2º Se a denominação for idêntica ou semelhante a de companhia já existente, assistirá à
prejudicada o direito de requerer a modificação, por via administrativa (artigo 97) ou em juízo,
e demandar as perdas e danos resultantes.

 Valores Mobiliários – Títulos para captação de recursos – B3:


a) Ações;
b) Debêntures – representa uma operação de empréstimo feita pela companhia;
c) Partes Beneficiárias – só pode ser emitida por S/A de capital fechado;
d) Bônus de Subscrição – atribui direito de preferência na aquisição de novas ações, por ocasião do
aumento do capital social;
e) Commercial Paper – título semelhante à Debenture, porém para captação de recursos a curso
prazo, representando uma relação de empréstimo (1 ano entre a emissão do título e a devolução
do dinheiro);
f) ADR (América), BDR (Brasil) e GDR (Europa) – títulos que possibilitam a capitação de recursos
no estrangeiro;

 Estrutura Organizacional - Organização Tripartidária:


 Administração – Poder Executivo;
a.1) Conselho de Administração – órgão colegiado eleito pelos acionistas em assembleia, tendo
como objetivo aconselhar os diretores;
 Chairman – Presidente;

a.2) Diretoria: representação da sociedade;


 Diretor: CEO;
 Vice-Diretor;
OBS: Deveres de Administrador:
1 – Dever de Diligência – Due Diligencie;
2 – Dever de Sigilo – Insider Trading (Sadia e Perdigão) (Grupo X e EIRE);
3 – Dever de Informar (Disclosure);

 Assembleia – Poder legislativo (reúne a totalidade dos sócios):


b.1) AGO: é aquela que irá acontecer pela menor 1 vez ao ano, sempre nos quatro primeiros meses
após o término do exercício social;
b.2) AGE: sempre que houverem motivos urgentes;

 Concelho Fiscal – Poder Judiciário:


OBS: Integrante da Estrutura de Compliance da Sociedade;
c.1) Compliance – Programa de Integridade:
 Compliance Officer;
 Estruturação do Programa:
1 – Prevenção de condutas ilícitas;
2 – Detecção de ilícitos;
3 - Resposta.
 Previsão Legal:
1 – Lei Anticorrupção (12.846/13): diminuição da pena da empresa, pessoa jurídica;
2 – Lei das Estatais (13.303/16): regula especificamente sociedade de economia mista e
empresa pública;
OBS: Organização do mercado pela B3 – Novo Mercado (Segmento de listagem de
companhias na bolsa) nível 1 e nível 2;
Aula 02 - 09/08/2023
 Espécies de Sociedade Anônima (Art. 4º):
 S/A de Capital Fechado: não tem seus títulos negociados em bolsa – semelhante a uma
sociedade LTDA – Voltada para atividades de grande porte;
OBS: Uma S/A de capital fechado ela PODE ser tratada como SOCIEDADE DE PESSOAS,
dependendo de seu porte, número de pessoas e sócios, devendo ter deliberação e votação em
assembleia;
 S/A de Capital Aberto: tem seus títulos negociados em bolsa (Mercado de Valores Mobiliários),
sendo negociados bens móveis;

 Mercado de Valores Mobiliários (Lei 6.385/76):


 Composição:
 Mercado de Bolsa: mercado de capitais, no qual nós temos a oferta pública de títulos;
OBS: No Brasil é um monopólio exercido pela B3 {S/A de Capital Aberto} (BOVESPA, BMF e
CETIPI [Operações de Títulos Privados]);
 Mercado de Balcão Organizado: possui uma estrutura mais organizada para que se possam
negociar os títulos e valores mobiliários - é desenvolvido pela própria B3;
 Mercado de Balcões Desorganizado: possui a representação através de agentes
intermediários, sendo possível vender ativos que não despertam interesse em outros
mercados. Entre as instituições intermediárias, é possível destacar as corretoras de valores e
outras instituições financeiras.
OBS: Mercado de Balcão – mercado com pouca exigência de listagem (auditoria, compliance,
etc.), não sendo ofertadas publicamente, sendo as transações feitas por meio de telefone;
OBS: quando a empresa não tem condições de entrarem na B3, ela deve recorrer aos
mercados de Balcão.
 Política e Fiscalização (Art.4º):
 Concelho Monetário Nacional (CMN) – Política (fixa a política da moeda e do crédito);
 Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – Fiscalização. Processamento e Punição;
 CMN (Lei 4.595/95)
OBS: SFN (Sistema Financeiro Nacional):
1. CMN;
2. BANCO DO BRASIL;
3. BANCO CENTRAL DO BRASIL;
4. BNDS;
5. OUTRAS INTITUIÇÕES FINANCEIRAS PÚBLICAS E PRIVADAS.
 Composição:
 Ministro da Economia;
 Ministro do Planejamento;
 Presidente do Banco Central;
 Função:
 Fixa a política da moeda e do crédito no país.
 CVM (Lei 6.385/76):
 Composição:
 1 Presidente – Indicado pelo Presidente da República depois de sua nomeação;
 4 Diretores;
 Atribuições:
 Fiscaliza o mercado;
 Fiscaliza os agentes de mercado;
 Fiscaliza os investidores;
 Apurar infrações;
 Penalizar os infratores;

 Processo Administrativo:
 Sanções Aplicáveis:
1 – Multa que pode ser no valor máximo de 50 milhões de reais ou o dobro do valor auferido com
a prática da infração;
2 – Advertência;
3 – Suspensão Temporária (prazo máximo de 20 anos) /Interdição (aplicável aos agentes de
mercado) e Proibição (de exercer determinados cargos);
 O papel da B3 na Fiscalização do Mercado de Valores Mobiliários:
 BSM (B3 Supervisão de Mercado) – monitora o fluxo de compra e venda de ações na bolsa;

 Crimes contra o Mercado de Capital (Lei 6.385/76):


a) Manipulação de Mercado (Art.27-C):
OBS: O preço da ação na bolsa de valores depende tanto das notícias veiculadas, quanto a
reputação, a imagem da empresa, porém o principal fator de preço da ação é a lei da oferta e
procura;
 Executar operações simuladas (fraude) com o objetivo de aumentar o fluxo de transações, e
assim influir na cotação do papel;
 Pena – 01 a 08 anos de reclusão + multa (até 03 vezes o valor da vantagem auferida e o dano
causado);
b) Uso de Informação Privilegiada (Art.27-D) – Insider Trading:
 Operar no mercado com base em informações que possam influir na cotação do papel e que
ainda não foram divulgadas ao público;
 Pena – 01 a 05 anos + multa (até 03 vezes o valor da vantagem auferida);
OBS: Também incorre nas mesmas penas quem repassa a informação;
OBS: Aumenta-se a pena de 1/3 se o infrator for pessoa que teve acesso a informação em
razão do cargo e sobre a qual deveria guardar sigilo;
- Administração: Conselheiro ou Diretor – DEVER DE SIGILO;
c) Exercício Irregular de Função, Cargo ou Profissão (Art.27-E):
 Operar no mercado como assessor de investimentos sem habilitação legal;
 Pena – 06 meses a 02 anos + multa;

Aula 03 - 16/08/2023
 Ações Ordinárias e Preferenciais (Art. 15):
 Ações Ordinárias (Art.16) - As ações ordinárias podem ser divididas em classes, conforme os
seguintes direitos ou vantagens que atribuam – atribuem direitos comuns aos acionistas (direito
de voto):
a) Conversibilidade em ações preferenciais – depende de aprovação dos acionistas em
assembleia;
b) Exigência de nacionalidade brasileira do acionista – Sociedade Nacional (Art. 1.126 do CC):
Organizada conforme as leis brasileiras e possuir sede no país, bem como a pessoa física
do acionista deve ser brasileiro;
OBS: Empresa Jornalística/Comunicação (Art. 222 da CF) – 70% do capital detido por
brasileiro, Ex.: CNN Brasil;
OBS: Empresa Estratégica de Defesa (EED) (Lei 12.598/12) – sociedade cujo objeto é a
fabricação de armas e artigos de defesas, Ex.: Ross, Taurus, CBC, Imbel;
 Ser qualificada como EED tem como principal vantagem a tributação – RETID (Regime
Especial Tributário da Indústria de Defesa);

OBS: Até 2022, nas Companhias Aéreas, só era permitido ter no máximo 20% de ações
detidas por estrangeiros. Porém, no momento, é permitido que 100% das ações seja detida
por estrangeiros nas Companhias Aéreas;

Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que
tenha no País a sede de sua administração.
Parágrafo único. Quando a lei exigir que todos ou alguns sócios sejam brasileiros, as ações
da sociedade anônima revestirão, no silêncio da lei, a forma nominativa. Qualquer que seja
o tipo da sociedade, na sua sede ficará arquivada cópia autêntica do documento
comprobatório da nacionalidade dos sócios.

c) Direito de voto em separado para preenchimento de cargos de administração – criação de


uma classe de ações em que os acionistas votam separadamente para decidirem um ou
alguns membros acionistas que irão representá-los;
d) Adoção do chamado voto plural;
OBS: voto Plural– cada ação ordinária dá direito a 01 voto, exceto se for adotada a figura do
voto plural;
 Voto Plural (Art. 110): cada ação ordinária passa a valer tantos votos quantas forem as vagas
para compor o Conselho de Administração da cia – multiplica o valor do voto de acordo com
as vagas disponíveis no conselho de administração;

Art. 110. A cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas deliberações da assembleia-
geral.
§ 1º O estatuto pode estabelecer limitação ao número de votos de cada acionista.
§ 2º É vedado atribuir voto plural a qualquer classe de ações. (Revogado pela Lei nº 14.195,
de 2021)
Art. 110-A. É admitida a criação de uma ou mais classes de ações ordinárias com atribuição
de voto plural, não superior a 10 (dez) votos por ação ordinária: (Incluído pela Lei nº 14.195,
de 2021)
I - na companhia fechada; e (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
II - na companhia aberta, desde que a criação da classe ocorra previamente à negociação de
quaisquer ações ou valores mobiliários conversíveis em ações de sua emissão em mercados
organizados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 1º A criação de classe de ações ordinárias com atribuição do voto plural depende do voto
favorável de acionistas que representem: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
I - metade, no mínimo, do total de votos conferidos pelas ações com direito a voto; e (Incluído
pela Lei nº 14.195, de 2021)
II - metade, no mínimo, das ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito, se
emitidas, reunidas em assembleia especial convocada e instalada com as formalidades desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 2º Nas deliberações de que trata o § 1º deste artigo, será assegurado aos acionistas
dissidentes o direito de se retirarem da companhia mediante reembolso do valor de suas
ações nos termos do art. 45 desta Lei, salvo se a criação da classe de ações ordinárias com
atribuição de voto plural já estiver prevista ou autorizada pelo estatuto. (Incluído pela Lei nº
14.195, de 2021)
§ 3º O estatuto social da companhia, aberta ou fechada, nos termos dos incisos I e II do caput
deste artigo, poderá exigir quórum maior para as deliberações de que trata o § 1º deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 4º A listagem de companhias que adotem voto plural e a admissão de valores mobiliários
de sua emissão em segmento de listagem de mercados organizados sujeitar-se-ão à
observância das regras editadas pelas respectivas entidades administradoras, que deverão
dar transparência sobre a condição de tais companhias abertas. (Incluído pela Lei nº 14.195,
de 2021)
§ 5º Após o início da negociação das ações ou dos valores mobiliários conversíveis em ações
em mercados organizados de valores mobiliários, é vedada a alteração das características
de classe de ações ordinárias com atribuição de voto plural, exceto para reduzir os
respectivos direitos ou vantagens. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 6º É facultado aos acionistas estipular no estatuto social o fim da vigência do voto plural
condicionado a um evento ou a termo, observado o disposto nos §§ 7º e 8º deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 7º O voto plural atribuído às ações ordinárias terá prazo de vigência inicial de até 7 (sete)
anos, prorrogável por qualquer prazo, desde que: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
I - seja observado o disposto nos §§ 1º e 3º deste artigo para a aprovação da prorrogação;
(Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
II - sejam excluídos das votações os titulares de ações da classe cujo voto plural se pretende
prorrogar; e (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
III - seja assegurado aos acionistas dissidentes, nas hipóteses de prorrogação, o direito
previsto no § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 8º As ações de classe com voto plural serão automaticamente convertidas em ações
ordinárias sem voto plural na hipótese de: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
I - transferência, a qualquer título, a terceiros, exceto nos casos em que: (Incluído pela Lei nº
14.195, de 2021)
a) o alienante permanecer indiretamente como único titular de tais ações e no controle dos
direitos políticos por elas conferidos; (Incluída pela Lei nº 14.195, de 2021)
b) o terceiro for titular da mesma classe de ações com voto plural a ele alienadas; ou (Incluída
pela Lei nº 14.195, de 2021)
c) a transferência ocorrer no regime de titularidade fiduciária para fins de constituição do
depósito centralizado; ou (Incluída pela Lei nº 14.195, de 2021)
II - o contrato ou acordo de acionistas, entre titulares de ações com voto plural e acionistas
que não sejam titulares de ações com voto plural, dispor sobre exercício conjunto do direito
de voto. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 9º Quando a lei expressamente indicar quóruns com base em percentual de ações ou do
capital social, sem menção ao número de votos conferidos pelas ações, o cálculo respectivo
deverá desconsiderar a pluralidade de voto. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 10. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 11. São vedadas as operações: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
I - de incorporação, de incorporação de ações e de fusão de companhia aberta que não adote
voto plural, e cujas ações ou valores mobiliários conversíveis em ações sejam negociados
em mercados organizados, em companhia que adote voto plural; (Incluído pela Lei nº 14.195,
de 2021)
II - de cisão de companhia aberta que não adote voto plural, e cujas ações ou valores
mobiliários conversíveis em ações sejam negociados em mercados organizados, para
constituição de nova companhia com adoção do voto plural, ou incorporação da parcela
cindida em companhia que o adote. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 12. Não será adotado o voto plural nas votações pela assembleia de acionistas que
deliberarem sobre: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
I - a remuneração dos administradores; e (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
II - a celebração de transações com partes relacionadas que atendam aos critérios de
relevância a serem definidos pela Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei nº
14.195, de 2021)
§ 13. O estatuto social deverá estabelecer, além do número de ações de cada espécie e
classe em que se divide o capital social, no mínimo: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
I - o número de votos atribuído por ação de cada classe de ações ordinárias com direito a
voto, respeitado o limite de que trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 14.195, de
2021)
II - o prazo de duração do voto plural, observado o limite previsto no § 7º deste artigo, bem
como eventual quórum qualificado para deliberar sobre as prorrogações, nos termos do § 3º
deste artigo; e (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
III - se aplicável, outras hipóteses de fim de vigência do voto plural condicionadas a evento
ou a termo, além daquelas previstas neste artigo, conforme autorizado pelo § 6º deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 14. As disposições relativas ao voto plural não se aplicam às empresas públicas, às
sociedades de economia mista, às suas subsidiárias e às sociedades controladas direta ou
indiretamente pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
 Adoção do voto plural depende, cumulativamente:
a) De aprovação de metade, no mínimo, das ações ordinárias para adoção do voto plural;
b) De aprovação de metade, no mínimo, das ações preferenciais sem direito a voto ou com
voto restrito;
OBS: Assembleia Especial para este fim, só com os titulares de ações preferenciais;
OBS: Uma S/A só pode ter no máximo 50% do capital composto por ações preferenciais
sem direito a voto.

 Ações Preferenciais (Art. 17):


 Retiram ou limitam o direito de voto;
 Direitos e vantagens atribuídas:
a) Prioridade no recebimento de dividendos, fixo ou mínimo;
b) Prioridade no reembolso do capital (Liquidação da Companhia) – recebe de volta o valor
de suas ações;
OBS: Essas duas vantagens podem ser cumuladas na mesma ação;
OBS: A CIA que tiver emitido ações preferenciais sem direito a voto fica sujeita a ter que
honrar o dividendo fixo ou mínimo não podendo deixar de fazê-lo por no máximo 03
exercícios sociais consecutivos, sob pena dos preferencialistas adquirirem o direito de
voto;
 Classificação das Ações quanto às Circulabilidade:
a) Ações Nominativas (Art.31): são aquelas que indicam o nome do acionista, circulando por meio
de registro no “Livro de Registro de Ações Nominativas”;
 Encontrada em S/A de capital fechado e S/A de capital aberto em mercado de balcão;
 Livro empresarial obrigatório especial (Autenticado pela junta comercial) – só é obrigatório
para sociedades que possuem ações nominativas;
OBS: São representadas por meio de certificação;
b) Ação Escritural: diferentemente das nominativas, não indicam o nome do acionista e dispensam
o registro em livro; Existem na modalidade virtual;
OBS: São mantidas em contas de depósito junto ao custodiante;
OBS: Home Broker;
 Atenção para a emissão das ações:
a) Mercado Primário: compreende as operações de IPO e follow on, sendo representado pela
colocação dos papeis à negociação pela companhia;
OBS: Da Companhia para o Primeiro acionista;
OBS: Capitação de dinheiro;
b) Mercado Secundário: compreende a venda das ações feitas pelos acionistas, após a
emissão pela companhia;
OBS: A bolsa de valores (B3) concentra operações tanto no mercado primário quanto no
secundário;
OBS: Não há entrada de dinheiro;

Aula 04 - 23/08/2023
 Valores Mobiliários:
 Debêntures (Art.52): é o título emitido exclusivamente por S/A de capital aberto ou fechado
para capitação de recursos no mercado primário;
OBS: TODA debênture possui um tempo de vencimento.
 Operação: atribui um direito de crédito ao debenturista (semelhante a um contrato de
empréstimo);
 Valor Nominal (Art.54):
 Valor do título:
1) Incidência de Juros;
2) Incidência de correção;
OBS: Debêntures de Infraestruturas/Incentivadas (Lei 12.831/11) são isentas de imposto de renda,
somente para pessoas físicas brasileiras e pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras;
OBS: Semelhante ao título do tesouro nacional NTNB – Principal (Tesouro IPCA+) – emitido pelo
governo (Custando em torno de R$1.200,00);
OBS: A debênture pode ser vendida, sofrendo variação no mercado secundário a depender da
inflação;

 Espécies de Debêntures:
a) Quanto a conversibilidade em ações (Art. 57):
 Debênture Conversível: podem ser convertidas em ações – estratégia para atrair
investidores;
OBS: Direito de preferência: se a debênture for conversível em ação, na sua criação, ela
deve ser primeiramente oferecida aos acionistas que integram a sociedade;
 Debêntures não-conversível/simples: não se converte em uma ação;
 Debênture permutável: a debenture pode se converter em ações de outra companhia que
não seja a emissora, mas que faça parte do grupo econômico;
b) Quanto a garantia outorgada (Art.58):
 Debênture com garantia real:
OBS: o risco da debênture é o chamado risco de crédito, sendo que se a companhia for
a falência, o debenturista receberá seu crédito no segundo lugar, na ordem de
classificação dos créditos:

Falência (Lei 11.101/05) – Artigo 83:


1º) Crédito Trabalhista até 150 salários;
2º) Credor com garantia real;
3º) Crédito Fiscal;
4º) Credor Quirografário;
5º) Credores de Multa;
6º) Credores Subordinados.

 Debênture sem preferência (quirografária): se a S/A falir, irei receber no quarto lugar, na
ordem de classificação de crédito;
 Debênture subordinada: ultimo a receber o crédito na ordem de classificação;
OBS: Toda emissão de debênture deve indicar o chamado AGENTE FIDUCIÁRIO, que é
a pessoa física ou jurídica que representa os interesses dos debenturistas perante à S/A;

 Disponibilidade das Debêntures aos Investidores:


 Tipos de Investidor (Instrução CVM nº 554/2014):
a) Investidor Qualificado:
1) Pessoa física ou jurídica com patrimônio alocado (investido) de no mínimo 1 milhão de
reais;
2) Certificações de mercado (CFP – Planejador Financeiro e CNPI - Analista);

“Art. 9º-B São considerados investidores qualificados:


I – investidores profissionais;
II – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor qualificado mediante termo próprio, de acordo com o Anexo 9-B;
III – as pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou
possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes
autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores
mobiliários, em relação a seus recursos próprios; e
IV – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais cotistas, que
sejam investidores qualificados.” (NR)

b) Investidor Profissional:
1) Pessoa física ou jurídica com patrimônio alocado de no mínimo 10 milhões de reais;
2) Instituições financeiras;
EX.: TAESA.

“Art. 9º-A São considerados investidores profissionais:


I – instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil;
II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
IV – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior
a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor profissional mediante termo próprio, de acordo com o Anexo 9-A;
V – fundos de investimento;
VI – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteira
de valores mobiliários autorizado pela CVM;
VII – agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e
consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos
próprios;
VIII – investidores não residentes.” (NR)

c) Investidor Institucional:
1) Pessoa jurídica que seja exclusivamente instituição financeira;

d) Investidor Individual:
1) Exclusivamente pessoa física que investe no mercado mobiliário;

e) Investidor Não-Residente:
1) Pessoa física ou jurídica residente no exterior;

OBS: Não confundir os tipos de investidor com os perfis de investidor;

Perfis

Apetite por risco

Conservador
(títulos de renda fixa)
Ex.: CDB, LCI/LCA, Tesouro Direto;

Moderado
(títulos de renda fixa + renda variável)
Ex.: Ações, FII, FIP, Câmbio;

Arrojado
(títulos de renda variável)
Ex.: Ações, Mercado Futuro;

Aula 05 - 30/08/2023
 Acionista Controlador (Art. 116):
 O acionista controlador pode ser pessoa física ou pessoa jurídica OU pode ser também um grupo
de pessoas vinculadas a acordo de voto/acordo de acionistas (contrato celebrado para sempre
que ocorrer uma assembleia para deliberar sobre questões de interesse da sociedade, todos irão
votar da mesma forma, sendo vedada a venda de votos [art. 77 do CC]);
 Para que a companhia obedeça ao que está previsto no acordo, ele deve ser arquivado na sede
da companhia;
 Quem deixa de votar conforme deliberado, estará quebrando o contrato, estando sujeito a
sanções;
 Requisitos que configuram o controle:
1) Possuir de forma permanente a maioria das ações com direito de voto e assim assegurar
prevalência nas deliberações;
2) Efetivamente usar o poder de controle e eleger a maioria dos administradores da companhia.

OBS: Se ele conduzir a companhia mal, gerando prejuízo, responderá por perdas e danos;
OBS: Exemplos de responsabilização do controlador:
1) Eleger membro para a administração que sabe ser inapto ou imoral;
2) Conduzir a companhia para a realização de fim estranho ao objeto social;
3) Atuar com negligência imprudência ou imperícia, causando danos a sociedade;

 Modalidades do Poder de Controle:


a) Controle Totalitário: Todas as ações que são direito de voto são possuídas por um único
acionista.
 Subsidiária Integral (Art. 251);
Ex.: Petrobrás – Petrobiodiesel LTDA; CODEMGE – CODEMIG;
b) Controle Majoritário: A maioria das ações com direito de voto pertence ao controlador;
c) Controle Minoritário: Grande parta das ações que dão direito de voto estão nas mãos do
controlador, porém sem configurar maioria das ações;
d) Controle Gerencial: Quando o capital está totalmente pulverizado, sendo que ninguém tem
prevalência no exercício do direito de voto, sendo exercido o controle pela administração;

 Alienação do Poder de Controle (Art. 254-A): Venda das ações que dão direito de controle:
a) Aquisição de Controle:
 Direta (Art. 4º, §6º): quando há uma oferta feita via CVM para a compra do controle de uma
empresa - Transparência;
 Indireta/Hostil: quando o indivíduo vai comprando as ações em circulação, chegando o
momento que ele irá possuir a maioria das ações com direito de voto, sendo fiscalizado pela
CVM – Falta Transparência;
b) A figura do prêmio de controle: Ações que dão controle da companhia valem mais do que as que
não possuem o benefício do controle da companhia;
c) Necessidade de realizar a OPA – Oferta Pública de Aquisição: oferecer aos minoritário os diretos
de retirada;
d) Extensão do direito de retirada aos acionistas minoritários;
TAG ALONG RIGHT
Extensão do direto de saída aos minoritários

Deve estar descrito no


estatuto social;

80% 100%
MÍNIMO LEGAL S/A DE CAPITAL
PARA PAGAMENTO ABERTO NO NOVO
MERCADO DA B3

 Órgãos da Sociedade Anônima:


 Administração (Art. 138) – PODER EXECUTIVO: A administração da companhia, conforme
dispuser o estatuto social compete aos seguintes órgãos:
 Conselho de Administração- BOARD: Órgão de aconselhamento da diretoria, sendo
composto por executivos que já foram diretores, presidentes, que possuem experiência de
mercado;
 Presidente: Chairman;
 Diretoria;
 Presidente: CEO;
OBS: O Conselho de Administração é facultativo em alguns casos, porém a Diretoria é
sempre obrigatória;
 S/A de Capital Aberto e S/A de Capital Autorizado são obrigadas a ter o Conselho de
Administração;
OBS: Lei 13.306/06 (Lei das Estatais) – Legislação que regula sociedades de economia
mista e empresas públicas;
 Empresas estatais também são obrigadas a ter o Conselho de Administração;

OBS: Board Interlocking (Art. 139, §3º) – é quando uma mesma pessoa ocupa os cargos
de Presidente do Conselho e Diretor da mesma Companhia.
 É proibido pela Lei de S/A;
 Existe a possibilidade, se ambas as companhias aprovarem por meio de assembleia,
ser um indivíduo Presidente do Conselho de uma companhia e Diretor da outra
Companhia.
Aula 06 - 06/10/2023

 Conselho de Administração (Art. 140): Órgão colegiado composto por no mínimo 03 membros
eleitos e destituíveis pela assembleia;
 O prazo do mandato é de 03 anos permitida a reeleição;
 É obrigatório em S/A aberto e S/A de capital autorizado (é a sociedade cujo estatuto é prevê
a possibilidade de aumento do capital social – Art. 138 da Lei de S/A);
OBS: Eleição de membro representante dos empregados da companhia;
OBS: A figura do voto múltiplo;

 Deveres e Atribuições do Conselho (Art.142):


 Fixar a orientação geral da companhia;
 Fiscalizar os negócios sociais;
 Eleger os diretores;
 Deliberar sobre a emissão de ações e bônus de subscrição;

a) Eleição dos Membros (Art.140):


 Facultatividade da eleição de representante dos empregados (Art.140, §1º);
 Obrigatoriedade de Conselho Independente nas Companhias abertas (Art.140, §2º) – Aquele
que não tem relação com a empresa;
Ex.: Nubank – Annita;
OBS: ESG;
b) Eleição por Voto Múltiplo (Art. 141):
 Regra Geral de Deliberação – cada ação vale um voto;
 Requisição por acionistas que representem no mínimo 10% das ações com direito de voto
(normalmente ordinárias), podem requerer que a eleição seja feita por voto múltiplo;
 Atribui-se a cada ação o mesmo número de votos quantas forem as vagas do conselho,
permitindo a concentração de votos em um único candidato para eleição do concelho;
OBS: Prerrogativa deve ser até 48 horas antes da assembleia (Art. 141, §1º);
OBS: Destituição de Conselheiro por voto múltiplo – haverá a destituição de todos os
conselheiros eleitos;
OBS: Não precisa estar prevista no estatuto;
c) Representante no Conselho dos Acionistas Ordinários e Preferenciais (Art. 141, §4º):
 Acionistas:
1) Ordinários (reunião de 15%) – conseguem eleger em uma assembleia separada, um
membro e seu suplente para representa-los;
2) Preferenciais (reunião de 10%) – conseguem eleger em uma assembleia separada, um
membro e seu suplente para representa-los;
 Elegem cada classe 01 membro e seu representante;
OBS: Não havendo quórum, unem-se as classes (ordinários e preferenciais) pelo percentual
de 10% das ações no mínimo (Art.141, §5º) para a eleição de um membro e seu suplente;
OBS: Para se permitir que o indivíduo vote elegendo um membro para representar as
classes, ele deve ter a titularidade das ações a no mínimo 03 meses de posse das ações;
OBS: Eleitos pelo controlador (mais de 50% das ações com direito de voto) – se ocorrer a
eleição de membro para o conselho pelos acionistas minoritários (voto múltiplo), pelos
acionistas ordinários e preferenciais, se assegura ao controlador eleger o mesmo número de
conselheiros + um;

 Diretoria (Art. 143):


 É o órgão de representação da companhia, responsável pela condução dos negócios sociais;
 CEO/Chairman;

 Eleição dos Membros:


 É composto por no mínimo 01 membro eleito e destituível pelo Concelho de Administração ou na
sua ausência, pela Assembleia;
 A remuneração (Art.152) é fixada pela assembleia de acionistas;
OBS: Participação nos Lucros da CIA – para que o diretor possa receber participação nos lucros
o estatuto da CIA tem que prever a distribuição de dividendos obrigatório de no mínimo 25% do
lucro mínimo aos acionistas;
OBS: A PL do diretor é limitada a soma total da remuneração anual ou a 1/10 do lucro líquido da
companhia;
OBS: O estatuto pode estabelecer o número máximo e mínimo de diretores;
 O prazo máximo do mandato é de 03 anos, permitida a reeleição;
OBS: Até 1/3 dos membros do Conselho de Administração podem ser eleitos para a diretoria;
 Somente pessoas naturais podem ocupar a administração da companhia (Sócio ou Não-Sócio);

Aula 07 - 04/10/2023
 Deveres do Administrador (Art. 153):
1) Dever de diligência;
2) Dever de Lealdade;
3) Dever de informar.

 Órgãos da Sociedade Anônima (Continuação):


 Assembleia:
 É o órgão que dispõe do maior poder político na companhia, com competência para deliberar
sobre questões de interesse da sociedade;
 Na assembleia podem participar acionistas sem direito de voto, porém, regra geral, ele não
vota;
 Pode deliberar sobre qualquer assunto, sendo que a lei delimita matérias privativas;
OBS: É permitida a votação à distância (Art. 121, § única);

 Competência Privativa da Assembleia (Art. 122):


a) Reformar o estatuto social;
 Estatuto social (documento de constituição da S/A);
 Define relações entre a sociedade e os sócios;
 Documento que, quando o sócio adquire ações, ele adere ao estatuto;
 O nome do sócio não consta no estatuto;
 A administração não pode alterar o estatuto da companhia;
 É competência exclusiva da assembleia;
b) Eleger e destituir os administradores a qualquer tempo, ressalvando o disposto no artigo 142
(regula o conselho de administração);
OBS: Atenção para as companhias que possuem conselho de administração – quem elege
os diretores são os conselheiros;
c) Tomar anualmente as contas dos administradores;
 Realizar a AGO pelo menos uma vez ao ano, nos quatro meses seguintes ao término do
exercício social;
 Balanço Patrimonial – Art. 1.188 do CC.
 Balanço de Resultado Econômico – Art. 1.189 do CC.
d) Autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o disposto no artigo 59;
OBS: Debênture conversível em ação – Conselho de administração pode autorizar a emissão,
desde que expresso no estatuto;
OBS: Debênture não conversível em ação pode ser autorizada pelo Conselho de
Administração;
e) Suspender os direitos de acionista (Art. 120);
 Direito de Voto, se tiver ação ordinária;
 Participar dos órgãos societários;
 Fiscalizar os negócios sociais;
 Direito no recebimento de dividendos;
 Quando o acionista cumpre com a obrigação, seus direitos são reestabelecidos;
 Dever de integralizar o capital social;
 Dever de lealdade;
 Dever de respeitar o estatuto;
f) Autorizar a emissão de partes beneficiárias;
 Valor mobiliário que atribui participação nos lucros da companhia;
 Só pode ser emitida por companhia fechada;
g) Deliberar sobre operações de reorganização societária;
 Transformação – mudança do tipo societário;
 Incorporação – aquisição de empresa, uma S/A compra outra S/A (Incorporada deixa de
existir);
 Fusão – União de empresas, formando uma nova empresa que sucede em todos os direitos
e deveres;
 Cisão – Spin Off - divisão de uma companhia, para criação de outra companhia;
 Opera nas operações de M&A;
h) Autorizar os administradores a confessar falência e pedir recuperação judicial.

Aula 08 - 11/10/2023

 Convocação da Assembleia (Art.123):


 A convocação será feita pelo conselho administrativo ou pela diretoria, conforme dispuser o
estatuto.
 A assembleia também poderá ser convocada – Competência Concorrente:
a) Pelo Concelho Fiscal (Art. 163, V);
 Pode convocar a assembleia quando a administração retardar sua convocação em
mais de 30 dias.
 Conselho fiscal é obrigatório estar previsto no estatuto de sociedade anônima, porém
sua instalação depende da vontade dos acionistas. Não é obrigatório a instalação
do conselho fiscal, somente a sua previsão no estatuto.

b)Por qualquer acionista;


 Pode convocar a assembleia quando os administradores retardam a sua convocação
por mais de 60 dias.

c) Por acionistas representando 5% do capital social;


 Podem fazer a convocação da assembleia quando a administração retardar em mais
de 8 dias a convocação solicitado.
 Dentro destes 5% podem ter ações preferenciais e ordinárias juntas.

d)Por acionistas que representem:


 5% do capital votante (ações ordinárias);
OU
 5% do capital sem direito a voto (ações preferenciais);
• Quando os ADMs retardarem por + de 8 dias a convocação para instalação do
Conselho Fiscal
OBS.: Conselho fiscal é obrigatório em sociedade anônima. Ele precisa estar
previsto no Estatuto, já sua colocação em funcionamento precisa dos acionistas
quererem (ocorre através de assembleia).

 Modo de Convocação e Local (Art. 124):


 Publicação do anúncio de convocação;
 Publicação do anúncio de convocação por no mínimo 3 vezes em jornal de grande
circulação e diário oficial
 Tem de constar no anúncio obrigatoriamente a data, a hora e o local de realização da
assembleia. (Art. 1152 CC)
 É obrigatório que a assembleia ocorra na sede da empresa, porém se a sede não
comportar os acionistas ela pode ser realizada em outro local, dentro do mesmo
município da sede.
 É permitida a realização da assembleia de forma virtual.

 Intervalo mínimo entre a publicação e a realização da assembleia:


a) CIA Fechada:
 1º Convocação: Prazo de 08 dias;
 2ª Convocação: Prazo de 05 dias;
 Ocorre a segunda convocação não é possível instalar a assembleia em primeira
convocação por falta de quórum.
b) CIA Aberta:
 1ª Convocação: Prazo de 21 dias;
 2ª Convocação: 08 dias;
 Os prazos são contados a partir da data da primeira publicação do anuncio;

OBS.: Acionista possuidor de 5% ou mais do capital social (Art. 124, § 3º): pode solicitar que
a sua seja realizada por Telegrama ou Carta com aviso de recebimento (AR).
OBS.: Máximo por no máximo dois exercícios sociais seguidos, podendo ser renovada por
igual período uma única vez
OBS.: Competência da CVM para determinar adiamento ou interromper realização de
Assembleia (Art. 124, § 5º). ADIAMENTO: pode ocorrer a pedido de acionista ou a exclusivo
critério da CVM quando houver falta de transparência na deliberação – 30 dias.
INTERRUPÇÃO: pode ocorrer a pedido de acionista ou a exclusivo critério da CVM quando
houver indício de ilegalidade – 15 dias.

 Instalação da Assembleia (Art. 165):


 A instalação é a assembleia de fato acontecer.
 1º convocação: A assembleia somente é instalada em primeira convocação se houver a
presença de acionistas ordinários representando no mínimo ¼ dos votos.
 2º convocação: Com qualquer número de acionistas.

 Concelho Fiscal (Art.161):


 Obrigatório em S/A e facultativo na LTDA.
 Parte integrante da estrutura de compliance da CIA: subordinado ao Compliance office.
Lembrando que o tripé do Compliance é: - Prevenção de ilícitos; - Detecção E - Resposta)

 Composição:
 Mínimo de 03 e máximo de 05 membros;
 O estatuto pode criar mais de 5 vagas para o conselho fiscal, logo não há um limite, desde
que exista a previsão expressa no estatuto.
 Acionistas ou não;

 Requisitos para o Cargo:


 Somente pessoas naturais;
 Residentes no país;
 Diplomatas em curso de nível universitário.

OBS: O conselho fiscal é o único órgão da S/A que exige formação em curso superior.
OBS: Também pode exercer o cargo quem comprovar o exercício da função de administrador
ou conselheiro fiscal por no mínimo 03 anos;
OBS: A remuneração do conselheiro fiscal não pode ser inferior a 10% do que é paga aos
administradores a título de pro labore, não envolve o que é pago a título de bônus, e outras
vantagens.

 O conselho fiscal poderá ser instalado a pedido de acionistas que representem:


a) 0,1 décimo das ações com direito de voto (ordinárias);
b) 5% das ações sem direito a voto ou com voto restrito (preferenciais);

OBS: Funcionamento do órgão: Até o exercício social seguinte.

 Preenchimento de Vagas para o Concelho:


A) Membro indicado pelos acionistas sem direito a voto;
 Votação em separado;
 Elegem um membro para o conselho fiscal e seu suplente.

B) Membro indicado pelos acionistas minoritários;


 Indicam um membro e seu suplente desde que estes reúnam 10% ou mais do capital
social.

C) Membros indicados pelos controladores;


 Controlador indica a mesma quantidade de membros que os preferencialistas e os
minoritários indicam, mais um, ou seja, indicam 2 pessoas mais 1, sendo assim eles
indicam 3 pessoas.
 Acionista controlador tem o direito de indicar o mesmo número de conselheiros que os
preferencialistas e minoritários indicaram mais um.

Aula 09 - 18/10/2023
 Operações de Reorganização Societária:
(M&A) – Merger (Fusão) + Acquisition (Incorporação)
a) Transformação (Art. 220):
 É a operação na qual a sociedade passa, independente de dissolução e liquidação, de um
tipo para outro;
 A pessoa jurídica não é extinta;
 LTDA para S/A;
 Visa o crescimento;
OBS: A sociedade deve observar os preceitos do tipo em que irá se transformar.
CONTRATO SOCIAL  ESTATUTO SOCIAL

b) Deliberação (Art. 221):


 A aprovação da operação exige o consentimento unânime dos sócios, salvo disposição
diversa no estatuto, hipótese em que o sócio dissidente terá o direito de retirar-se da
sociedade. (Direito de Recesso)
 Votação por cabeça – cada sócio vale um voto.
OBS: O sócio pode renunciar no contrato social ao direito de retirada, na hipótese de
transformação em companhia – S/A. (§ único, 221)
OBS: A transformação não prejudica o direito dos credores da sociedade anterior, que
continuam com as mesmas garantias. (Art. 222)
OBS: A falência da sociedade transformada não prejudica o ataque ao patrimônio dos
sócios, que no tipo anterior garantia o pagamento da dívida. Porém, o credor deve solicitar
expressamente a inclusão dos sócios na execução concursal (sinônimo de falência).

 Incorporação, Fusão e Cisão (Regras Comuns):


 Procedimento:
a) Atos Preparatórios:
 Assinatura pelos administradores da chamada (Letter of intentions – natureza jurídica de
pré-contrato [já gera direitos e deveres]);
 Realização de Due Diligencie  Valuation (Avaliação da empresa).
OBS: Big For – KPMG, Ernest Young, Deccoite e PWC.
OBS: Quem incorpora empresa falida não herda dividas do falido.
OBS: Quem incorpora empresa saudável herda dividas.

b) Elaboração e Votação do Protocolo (Art. 224);


 Protocolo – Documento votado na assembleia que fixa as bases da operação;

c) Elaboração e Votação da Justificativa (Art. 225).

 Operações Envolvendo Companhias Emissoras de Debêntures (Art. 231):


 Necessidade de aprovação dos debenturistas em assembleia (votam em assembleia
separada);
 Dispensa da assembleia (Resgate da Debênture).
OBS: Dispensa-se a assembleia de debenturistas de a escritura de emissão da debênture
estipular o resgate das debêntures pela companhia nos seis meses posteriores à
aprovação da operação para aqueles debenturistas que o desejarem.

 Prazo Decadencial para Anular as Operações (Art. 232):


 60 dias contados da aprovação da operação – Prazo Decadencial (Perda do Direito).
OBS: A consignação em pagamento pela companhia prejudica a anulação pretendida.

 Direito dos Credores na Cisão (Spin Off) (Art. 233):


 A companhia cindida cujo patrimônio for absorvido por outras companhias, determina a
responsabilidade solidária das sociedades que a absorvem.

SOCIEDADE 1 – INCORPORADA 1
SOCIEDADE
CINDIDA SOLIDARIEDADE

SOCIEDADE 2 – INCORPORADORA 2
CREDORES

 Cisão Parcial: A sociedade cindida continua existindo;


 Cisão Total: A sociedade cindida é extinta.
OBS: O ato de cisão parcial pode estipular que não haverá responsabilidade solidária das
INCORPORADORAS, porém, qualquer credor poderá se opor no prazo de 90 dias
contados da data da aprovação.

 Conceito das Operações:


a) Incorporação (Art. 227) – ocorre quando uma ou mais empresas são absorvidas por outra
que a sucede em todos os direitos e obrigações; Há extinção da Incorporada, porém a marca
permanece.
b) Fusão (Art. 228) – ocorre quando duas ou mais empresas unem seus patrimônios para
formar nova sociedade, que as sucederá em todos os direitos e obrigações; Há extinção das
empresas fusionadas.
c) Cisão (Art. 229) – ocorre quando a sociedade destaca parcelas do seu patrimônio, para
formar nova sociedade. Havendo extinção da sociedade cindida, a cisão é total.
Permanecendo a sociedade cindida, a cisão é parcial.
OBS: Operações como meio de recuperação judicial (Art. 50, Lei 11.101/05).

Aula 10 - 25/10/2023
 Lei das Estatais (Lei 13.303/16):
 As sociedades empresárias estatais são aquelas cujo capital social envolve a participação de
Pessoa Jurídica de Direito Público Interno (União, Estados, DF e Municípios).

 O Estado como Empresário (Art. 173, CF/88):


 A exploração de atividade econômica (atividade lucrativa – visando o lucro) pelo Estado somente
pode ocorrer por meio das seguintes figuras:
a) Empresa Pública (Art.3º) – é a sociedade anônima de capital fechado ou limitada criada por
Lei, cujo capital social é integralmente detido por Pessoa Jurídica de Direito Público Interno.
Ex.: EBCT, CAIXA.
OBS: Em geral a empresa pública somente possui um sócio, no entanto, admite-se o
compartilhamento do capital social desde que com outra Pessoa Jurídica de Direito Público
Interno;
OBS: Admite-se ainda o compartilhamento do capital social com Entidade da Administração
Pública Indireta;

b) Sociedade de Economia Mista (Art.4º) – é constituída sob a forma de sociedade anônima


exclusivamente, mediante autorização legislativa, na qual o capital social é dividido entre
Pessoa Jurídica de Direito Público e Particulares. A Pessoa Jurídica de Direito Público deve ser
detentora da maioria das ações com direito de voto (ações ordinárias). Ex.: Petrobrás S/A,
Banco do Brasil S/A, CEMIG, COPASA.
OBS: Pode ser S/A de Capital Fechado ou Aberto (Deve ser registrada na CVM);

c) Subsidiária Integral (Art.251, LSA e Art.2º) – é a sociedade empresária cujo capital social é
detido integralmente por outra sociedade empresária que a controla como sócia única (Pessoa
Jurídica de Direito Privado).
OBS: Obrigatoriedade de ser criada por Lei.

 Natureza Jurídica Comum entre as Três Figuras (Art.2º):


 Pessoa Jurídica de Direito Privado (Sociedade, Associação, Fundação, Partido Político,
Organização Religiosa);
OBS: O Sócio que é Pessoa Jurídica de Direito Público Interno.
 Integrante de Administração Pública Indireta do Estado.

 Regime Legal Aplicável:


 Regime Misto:
a) Seguem normas de Direito Público – Ex.: Contratação de Pessoal (Lei 8.666/93 e 14.133/21);
b) E também seguem normas de Direito Privado – Ex.: Divulgação de Balanços (Lei 6.404/76),
Código Civil.

 Requisitos Exibidos para o Desenvolvimento de Atividade Econômica pelo Estado:


a) Autorização Legislativa.
b) Interesse Coletivo.
c) Imperativo de Segurança Nacional.
OBS: Princípio da Intervenção Mínima.

 Estrutura Organizacional das Estatais:


a) Administração (Art.16):
 São considerados membros da Administração os ocupantes de cargo no Conselho de
Administração e na Diretoria;
 Requisitos para Ocupara Cargo de Conselheiro de Administração ou Diretor (Art.17):
1) Possuir experiencia profissional comprovada de no mínimo 10 (dez) anos atuando no setor
público ou privado na mesma área da estatal;
2) Possuir experiência profissional comprovada de no mínimo 04 9quatro) anos nas seguintes
UM OU OUTRO

ocupações:
ALTERNATIVO

 Cargo de Direção ou Chefia superior em Estatal;


OBS: Não pode ser cargo estatutário.
 Cargo em comissão ou função de confiança no setor público;
 Cargo de docente ou pesquisador em área correlata da estatal.
3) Atuação de no mínimo 04 (quatro) anos no setor privado na mesma área da estatal, como
profissional liberal;
4) Ter formação acadêmica compatível com o cargo; CUMULATIVAS
5) Não estar inserido nas hipóteses de inelegibilidade previstos na Lei (LC nº64/90.
Ex.: Os inalistáveis e analfabetos; Membros do poder Legislativo, que tenham
perdido seus cargos por infringência do artigo 55 da CRFB; Membros do Poder Executivo,
que tenham perdido seu cargo por processo administrativo transitado em julgado; Quem foi
condenado criminalmente, por sentença transitada em julgado, até 08 anos após a
condenação; Quem ocupou cargo em organização partidária nos 36 meses anteriores a
eleição estatal.
Aula 11 - 01/11/2023
 Diretrizes e Requisitos a serem Observados na Elaboração do Estatuto de Estatais (Art. 13):
a) O conselho de administração (Board) deve ser composto por no mínimo 07 e no máximo
11 conselheiros;
OBS: Presidente do órgão – Chairman;
OBS: No mínimo 25% dos conselheiros devem ser independentes, não tendo relação com
a sociedade;
b) A diretoria deve ser composta por no mínimo 03 diretores;
OBS: Diretor – CEO;
OBS: Lei de S/A – No mínimo 01 membro;
c) Deve ser previsto avaliação de desempenho individual e coletiva anualmente;
OBS: Analise da Licitude dos Atos;
Análise dos Resultados Obtidos;
Análise do Atingimento do Objetivo Pretendido.
d) O concelho fiscal deve atuar de modo permanente, independente da vontade dos acionistas;
e) O prazo de mandato dos conselheiros de administração e diretores deve ser unificado e não
superior a 02 anos;
OBS: São permitidas no máximo 03 renovações consecutivas;
f) Prazo de mandato dos Conselheiros Ficais não pode ser superior a 02 anos, permitida
apenas 02 reconduções consecutivas;

 Acionista Controlador (Art. 14):


 Pessoa Jurídica de Direito Público com a maioria das ações com direito a voto - Estado;
OBS: Na Subsidiária, o acionista controlador será a Pessoa Jurídica de Direito Privado
(Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista);
 Responde por abuso de poder de controle (Art. 16/117 da Lei de S/A);
 Ação de Responsabilidade Civil do Controlador (Conduta, Dano e Nexo Causal):
 Legitimados: Sociedade, Terceiro Prejudicado, Sócios da Companhia;
OBS: Para a sociedade responsabilizar o controlador, é necessário obter a aprovação de
acionistas representando 5% ou mais do capital social da empresa. Também é cabível a
responsabilização por qualquer acionista, desde que preste caução das custas do
processo e honorários de advogado caso a ação seja julgada improcedente (Art.246 da
Lei de S/A).
OBS: O acionista controlador condenado por abuso de poder é obrigado a pagar
indenização para reparar o dano, mais custas e honorários de advogado no importe de
20%do valor da condenação, mais 5% de prêmio para o autor da ação.
 Prazo Prescricional: 06 anos contados da prática do ato abusivo.
OBS: O Estatuto da Estatal pode contemplar contratação de seguro para cobrir prejuízos
causados por má gestão;
 Comitê de Auditoria Estatutário (Art. 24):
 As empresas estatais são obrigadas a possuir na sua estrutura referido órgão que é
vinculado ao Conselho de Administração da Companhia;
 Compliance – Prevenção, Detecção e Resposta;
 Atribuições:
A) Conduzir a contratação dos auditores independentes – Lei 6.404 (S/A de Capital Aberto é
obrigada a possuir auditoria independente);
B) Supervisionar o trabalho dos auditores independentes – Imparcialidade;
C) Supervisionar e monitorar os mecanismos de controle interno da companhia;
D) Reunir e emitir parecer sobre as demonstrações financeiras da companhia ao menos
bimestralmente.
 Requisitos para o Exercício da Função:
A) Não ser ou ter sido nos últimos 12 meses diretor, conselheiro ou empregado de empresa
pública ou sociedade de economia mista;
B) Não ser ou ter sido nos últimos 12 meses membro do conselho fiscal da estatal;
C) Não ter relação de parentesco até 2º grau com as pessoas referenciadas – Inclui adoção;
OBS: Ao menos 01 dos membros deve ter expertise em contabilidade societária;
 Composição:
 O órgão deve ser composto de no mínimo 03 e no máximo 05 membros, sendo a maioria
independentes.
OBS: O comitê deverá criar um sistema de recebimento de denúncias que assegure o
anonimato da fonte – Compliance Officer ou Ouvidor.


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