Você está na página 1de 13

EMPRESÁRIO EM NOME INDIVIDUAL

Não distinção entre o património pessoal e o património afecto à actividade.


Perante as dividas da actividade comercial o património pessoal do comerciante
responde pelas mesmas, tendo por isso uma responsabilidade ilimitada.
Pode adoptar uma rma.

Preencher a declaração de inicio de actividade


Inscrição na segurança social

PROFISSIONAL LIBERAL

Não distinção entre o património pessoal e o património afecto à actividade.


Responsabilidade ilimitada, posso fazer seguro de responsabilidade civil
Preencher a declaração de inicio de actividade
Inscrição na segurança social

Exemplos:
Engenheiros
Arquitetos
Urbanistas
Psicólogos
Médicos
Advogados
Contabilistas
Cabeleireiros
Sacerdotes
Parteiras
Pintores
fi
ESTABELECIMENTO MERCANTIL INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
E.I.R.L.

Nenhuma pessoa física pode ter mais do que um E.I.R.L.


Qualquer pessoa singular que pretenda exercer uma atividade comercial pode constituir
o EIRL, em que afectará ao estabelecimento parte do seu património, que constituirá o
capital inicial do estabelecimento.
A constituição do E.I.R.L. deve ser reduzida a escrito, salvo se forma mais solene for
exigida para a transmissão dos bens que representam o capital inicial do
estabelecimento.
O documento de constituição deve conter:
a) A rma, sede, objecto e capital do estabelecimento;
b) A declaração de que se procedeu ao depósito das quantias liberadas, e de que foram
feitas as entradas em espécie, se as houver;
c) O nome, a nacionalidade e o domicílio do titular do estabelecimento e ainda a rma, se
a tiver;
d) A data em que o estabelecimento inicia a sua actividade e o respectivo prazo de
duração, se não for constituído por tempo indeterminado;
e) O montante aproximado dos impostos ou taxas a cujo pagamento o titular que sujeito
em virtude da constituição do estabelecimento individual de responsabilidade limitada.

A rma do estabelecimento será constituída pelo nome do titular, acrescido ou não de


uma referência ao objecto do comércio nele exercido, e incluirá sempre o aditamento
«estabelecimento individual de responsabilidade limitada» ou a sigla «E. I. R. L.».

O capital mínimo do estabelecimento é de €5.000,00, sendo 2/3 obrigatoriamente em


dinheiro.

O E.I.R.L. tem de ser registado no registo comercial.

O titular do estabelecimento não pode auferir mais do que o triplo do salário mínimo
nacional.

Pelas dívidas resultantes de actividades compreendidas no objecto do estabelecimento


individual de responsabilidade limitada respondem apenas os bens a este afectados.
fi
fi
fi
fi
É obrigatória a constituição de um fundo de reserva ao qual o titular destinará uma fração
dos lucros anuais não inferior a 20% até que represente o capital do estabelecimento.

DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

OBRIGAÇÕES DAS SOCIEDADES EM GERAL

O contrato tem de ser reduzido a escrito e as assinaturas reconhecidas presencialmente


e dele deve constar:

- Identi cação dos sócios


- Tipo de sociedade
- Capital social
- Firma
- Sede
- Quota de capital de cada sócio, a natureza das suas entradas e os pagamentos feitos
por conta de cada quota
- Descrição e valorização das entradas em espécie
- A sociedade adquire personalidade jurídica com o registo de nitivo do contrato, pelo
que este é obrigatório.
- Publicidade no diário da República é obrigatória e é promovida pelo conservador do
registo comercial.

DIREITOS DOS SÓCIOS

Participar nos lucros


Participar nas deliberações da sociedade, em assembleia ou por escrito
fi
fi
Ser nomeado para os orgãos de scalização e administração da sociedade
Ser informado sobre a vida da sociedade
Auferir, eventualmente, de direitos especiais
Celebrar acordos parassociais ( são acordos celebrados entre os sócios sobre vida da
sociedade que em nada têm a ver com o pacto social e apenas vinculam os sócios que
os subscreverem).

OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS

Participar nas perdas


Efectuar entradas com bens susceptíveis de penhora
Conservação do capital

SOCIEDADES EM NOME COLETIVO

- Os sócios respondem ilimitada e solidariamente ( todos os sócios respondem pela


totalidade da divida perante os credores) pelas dividas da sociedade.
- In uência predominante da con ança e do crédito pessoal.
- Pequeno número de sócios
- Participação activa de todos os sócios na administração, como principio geral
- Tipo perfeito de sociedade de pessoas
- A rma termina com a expressão: “… & Companhia”

Conteúdo do contrato de sociedade

- A espécie e caracterização da entrada de cada sócio, em industria ou bens;


- Valor atribuído aos bens
fi
fl
fi
fi
- Valor atribuído à industria ( para se saber qual a parte que cabe ao sócio em caso de
repartição de lucros e perdas)
- A parte de capital correspondente à entrada com bens de cada sócio.

Sócios de Industria
O valor da contribuição do sócio de indústria não é computado no capital social, aqueles
não respondem nas relações internas, nas perdas sociais, salvo clausula em contrário do
contrato de sociedade.

Sócios
Nenhum sócio pode exercer por conta própria ou alheia, actividade concorrente com a
da sociedade, nem ser sócio de responsabilidade ilimitada noutra sociedade, salvo se
todos os outros sócios derem o seu consentimento.

Transmissão entre Vivos de Parte Social


A parte de um sócio só pode ser transmitida, por acto entre vivos, com expresso
consentimento dos restantes sócios. Esta transmissão efectua-se por documento
particular escrito.

Falecimento de um sócio
Se o contrato nada disser em contrário, os restantes sócios devem satisfazer ao
sucessor a quem couber os direitos do falecido, o respectivo valor, a não ser que optem
pela dissolução da sociedade.

Gerência
Todos os sócios participam na gerência, e por deliberação unanime podem ser
nomeados gerentes pessoas estranhas à sociedade.
São os gerentes que administram e representam a sociedade.

Alterações ao Contrato
Só por unanimidade podem ser introduzidas alterações ao contrato e também só por
unanimidade é que pode ser admitido um novo sócio.

SOCIEDADES ANÓNIMAS

- Sociedade de capitais
- Capital social dividido em acções
- Responsabilidade dos sócios é limitada ao valor das suas acções
- Não há responsabilidade pessoal dos sócios
- A rma da sociedade termina com a sigla: “…, S.A.”
- Não são admitidos sócios de industria
- Concentração de capitais dispersos, permitindo grandes explorações económicas
- Grande número de sócios, mínimo 5
- Participam na administração um pequeno número de sócios
- Obrigatoriedade de constituir uma reserva legal (20% dos lucros até que represente a
5ª parte do capital)
- Possibilidade de emitir obrigações ( valores mobiliários que são títulos de propriedade, neste
caso de crédito, também chamados de títulos nanceiros, os valores mobiliários podem ser emitidos
tanto por uma entidade privada quanto pública)

Requisitos especiais das S.A.

-Minimo de 5 sócios
-Capital social mínimo de €50.000,00 integralmente subscrito
-Adopção de uma denominação social
Três orgãos distintos:
Assembleia geral
Conselho scal
Administração
(Os membros destes órgãos têm de ser sempre em número impar)
fi
fi
fi
SOCIEDADES EM COMANDITA

Responsabilidade mista, responsabilidade ilimitada e solidária dos sócios comanditados


(equiparados aos sócios das sociedades em nome coletivo) e responsabilidade limitada e
não solidária quanto aos sócios comanditários.

Uma sociedade por quotas ou uma sociedade anónima podem ser sócios comanditados

Aliança intima entre o capital e o trabalho (misto de sociedade de pessoas e sociedade


de capitais).
As sociedades em comandita podem ser simples e por acções, sendo que nas
sociedades em comandita simples não há representação do capital por acções.
Nas sociedades em comandita por acções só as participações dos sócios comanditários
são representadas por acções.

Contrato de Sociedade
Nele devem ser indicados distintamente os comanditários e os sócios comanditados, e
ainda se a sociedade é em comandita simples ou por ações.

Firma
A rma é formada pelo nome ou rma de pelo menos dos sócios comanditados
acrescida da expressão “Em Comandita” ou “& Comandita”, “Comandita por acções”, “&
comandita por acções”

Entrada do sócio comanditário


Não pode consistir em industria.

Gerência
Só os sócios comanditados podem ser gerentes, salvo se o contrato de sociedade
permitir a atribuição da gerência aos sócios comanditários.
A gerência pode, quando o contrato o autorize, delegar os seus poderes em sócio
comanditário ou em pessoa estranha à sociedade.
O delegado deve mencionar esta qualidade em todos os actos em que intervenha.
fi
fi
Transmissão entre Vivos de Parte Social

A transmissão entre vivos da parte de um sócio comanditado só é eficaz se for


consentida por deliberação dos sócios, salvo disposição contratual diversa.

Falecimento de um sócio

À transmissão por morte da parte de um sócio comanditado, se o contrato nada disser


em contrários os restantes sócios devem satisfazer ao sucessor a quem couber os direitos
do falecido, o respectivo valor.

DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE
A deliberação de dissolução da sociedade é tomada por maioria que reúna dois terços
dos votos que cabem aos sócios comanditados e dois terços dos votos que cabem aos
sócios comanditários.

SOCIEDADES EM COMANDITA SIMPLES


Às sociedades em comandita simples aplicam-se as disposições relativas às sociedades
em nome colectivo, na medida em que forem compatíveis.

ALTERAÇÕES AO CONTRATO

As deliberações sobre a alteração do contrato de sociedade, fusão, cisão ou


transformação devem ser tomadas unanimemente pelos sócios comanditados e por sócios
comanditários que representem, pelo menos, dois terços do capital possuído por estes, a
não ser que o contrato de sociedade prescinda da referida unanimidade ou aumente a
mencionada maioria
PROIBIÇÃO DE CONCORRÊNCIA

Os sócios comanditados são obrigados a não fazer concorrência à sociedade, nos termos
prescritos para os sócios de sociedades em nome colectivo

SOCIEDADES EM COMANDITA POR ACÇÕES

Às sociedades em comandita por acções aplicam-se as disposições relativas às sociedades


anónimas, na medida em que forem compatíveis.
A sociedade em comandita por acções não pode constituir-se com menos de cinco sócios
comanditários.
sOs sócios comanditados possuem sempre o direito de fiscalização atribuído a sócios de
sociedades em nome colectivo

SOCIEDADES POR QUOTAS

Sociedade de responsabilidade limitada, cada sócio responde até ao limite da sua quota.
O capital social encontra-se dividido em quotas, capital social mínimo de €1,00.
Os sócios apenas são obrigados a outras prestações quando a lei ou o contrato,
autorizado por lei, o estabelecer.
Só o património social é que responde pelas dividas da sociedade perante os credores.
Obrigatoriedade de adoptar uma rma que deve terminar com a palavra “limitada” ou a
sigla “L.da”.

Entradas
Não são admitidas as contribuições de industria.
As entradas em dinheiro têm de ser depositadas numa conta aberta em nome da futura
sociedade.

Direito à informação
Os gerentes devem prestar a qualquer sócio que o requeira informação verdadeira,
completa e elucidativa sobre a gestão da sociedade, bem como facultar-lhe a consulta
fi
da respectiva escrituração, livros e documentos. Os sócios podem se fazer acompanhar
por um ROC (Revisor O cial Contas) ou outro técnico especialista.

Se for recusada a informação ao sócio, ou se for prestada informação presumidamente


falsa, incompleta ou não elucidativa, o sócio pode recorrer a tribunal, intentando uma
acção, Inquérito Judicial.

Deliberações dos sócios


Dependem de deliberações dos sócios os seguintes actos:
- A chamada e a restituição de prestações suplementares;
- A amortização de quotas, as aquisições, alienações e oneração de quotas próprias e o
consentimento para a divisão ou cessão de quotas;
- Exclusão dos sócios
- Destituição de gerentes e membros do órgão de scalização
- Aprovação do relatório de gestão e das contas do exercício, atribuição de lucros e o
tratamento dos prejuízos.
- Exoneração de responsabilidade dos gerentes ou de membros do órgão de
scalização.
- Alterações ao contrato social
- Fusão, cisão, transformação e dissolução da sociedade

GERÊNCIA

Regra geral todos ou quase todos os sócios participam na administração da sociedade.


A sociedade é administrada e representada por um ou mais gerentes, que tanto podem
ser escolhidos entre os sócios como podem ser exteriores à sociedade, mas apenas
podem ser gerentes pessoas singulares com capacidade jurídica plena.
Os gerentes não podem, sem o consentimento dos sócios, exercer por conta própria ou
alheia, actividade concorrente com a da sociedade.
O gerente tem direito a remuneração xada pelos sócios.
Os gerentes devem praticar os actos que sejam necessários e convenientes para a
realização do objecto social, respeitando as deliberações dos sócios.
fi
fi
fi
fi
Os actos praticados pelos gerentes, em nome da sociedade e dentro dos poderes da lei,
vinculam-na perante terceiros.
Os gerentes vinculam a sociedade colocando a sua assinatura com a indicação dessa
qualidade.

RESERVA LEGAL

É obrigatória a constituição de uma reserva legal, que nunca poderá ser inferior a
€2.500,00.

DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE

Para a sociedade ser dissolvida a deliberação tem de ser tomada por maioria de 3/4 dos
sócios, a não ser que o contrato de sociedade exija maioria superior.

SOCIEDADES UNIPESSOAIS POR QUOTAS

A sociedade unipessoal por quotas é constituída por um sócio único, pessoa singular ou
colectiva, que é o titular da totalidade do capital social. Cada pessoa física apenas pode
ser titular de uma sociedade por quotas unipessoal.
A sociedade unipessoal por quotas pode resultar da concentração na titularidade de um
único sócio das quotas de uma sociedade por quotas, independentemente da causa da
concentração.
Por força desta transformação prevista deixam de ser aplicáveis todas as disposições
do contrato de sociedade que pressuponham a pluralidade de sócios.
- O estabelecimento individual de responsabilidade limitada (EIRL) pode, a todo o
tempo, transformar-se em sociedade unipessoal por quotas, mediante declaração
escrita do interessado.
- Às sociedades unipessoais por quotas aplicam-se as normas que regulam as
sociedades por quotas, salvo as que pressupõem a pluralidade de sócios.

SOCIEDADES CIVIS
Sociedade Civil sob a forma Civil

Não praticam actos de comércio

Os actos de comercio podem ser objectivos ou subjectivos:


- Actos de comercio objectivos todos os que vêm previstos na lei.
- Actos de comercio subjectivos- aqueles que são praticados por comerciantes,
se não forem de natureza exclusivamente civil.

Actos de comercio por natureza e actos de comercio por conexão ou acessoriedade


- Actos de comércio por natureza -São aqueles que em si mesmo são considerados
comerciais, ex: Compra para revenda;
- Actos de comercio por conexão ou acessoriedade- São aqueles que são comerciais
porque estão diretamente relacionados com um acto de comercio objectivo, ex: O
mandato, o empréstimo.

Têm na mesma como fundamento actividade económica e lucrativa


O contrato de sociedade não está sujeito a forma especial, podendo ser celebrado por
simples documento particular
Pode adoptar uma firma
Não é necessário registo
Pelas dividas da sociedade responde o património desta e o património pessoal dos
sócios, é uma responsabilidade solidária

Exemplos: sociedades de advogados, engenheiros.

Sociedade Civil sob a Forma Comercial


Não tem por objecto a pratica de uma actividade de natureza comercial, pelo que não é
comerciante, no entanto adopta um dos tipos societários previstos no código das
sociedades comerciais.
Têm o mesmo regime das sociedades comerciais:
- Celebração por documento com as assinaturas presencialmente reconhecidas
- Registo
A firma obedece aos princípios consagrados para as sociedades
Podem adoptar qualquer tipo societário mercantil

Exemplo: Sociedade para prestação de serviços clínicos.

Você também pode gostar