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Gestão Empresarial

Business Management

Licenciatura em GRH | 2022/23

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Forma Jurídica
da Organização
(mais comuns)

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Um dos principais passos na criação de
um negócio é a escolha jurídica de
empresa a constituir. É importante
conhecer todos os tipos de empresas
possíveis de ser constituídas em Portugal,
de forma a escolher a melhor opção
para garantir o sucesso do seu negócio.

Deverá ter sempre em conta os pontos


fortes da futura empresa, o património a
afetar, o tipo de responsabilidade,
capital e investimento necessário, e
ainda, se tenciona exercer a atividade
sozinho ou com outros sócios.

Desta forma, existem diferentes formas


jurídicas de empresas, divididas em duas
categorias – singulares e coletivas, nas
quais se encontram diferentes tipologias
de sociedades.

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Empresário Em Nome Individual

Titular: um único indivíduo ou pessoa singular.

Sector: comercial, industrial, de serviços ou agrícola.

Firma: contém sempre o nome civil completo ou abreviado do empresário. Pode ser adicionada uma alcunha pela qual o
empresário é conhecido e ainda, pode conter uma expressão alusiva ao negócio. No caso do empresário ter obtido a
empresa por sucessão, pode acrescentar ao nome “sucessor de” ou “herdeiro de”. Empresários que exercem uma atividade
económica lucrativa e não comercial, podem ter no nome da sua empresa uma expressão referente ao ramo de atividade
(de acordo com o descrito em Decreto-Lei n.º 129/98, de 13 de Maio).

Capital: não existe montante mínimo para o capital social

Património: património pessoal e património do negócio encontram-se unidos.

Responsabilidade: ilimitada – o empreendedor responde por todas as dívidas contraídas pela empresa com todos os bens
constituintes do seu património pessoal ou empresarial.
Vantagens
• Total controlo do proprietário sobre o negócio;
• Possibilidade de redução dos custos fiscais;
• Constituição e dissolução simples;
• Não existe capital social mínimo.
Desvantagens
• Risco associado à fusão do património da empresa com o património pessoal do proprietário;
• Dificuldade em obter créditos para fundos.

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Sociedade Unipessoal Por Quotas

Titular: constitui-se por um único sócio.

Firma: contém a palavra “Unipessoal” ou a expressão “Sociedade Unipessoal”, seguida de “Limitada” ou a correspondente
abreviatura “Lda”.

Capital: valor mínimo de 1€.

Responsabilidade: limitada ao montante do capital social.

Vantagens
• Total controlo do proprietário sobre o negócio;
• Património pessoal do proprietário não responde pelas dívidas contraídas pela empresa, visto que se encontra separado do
património da mesma.
Desvantagens
• Maior complexidade na constituição da empresa;
• Sem vantagens fiscais;
• Existência de um capital social mínimo.

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Sociedade Por Quotas

Sócios: mínimo dois sócios. Não são admitidos sócios de indústria.

Firma: obrigatoriamente, a firma deve terminar com a palavra “Limitada” ou a sua abreviatura “Lda.”. Podendo escolher-se a
primeira parte do nome de entre as seguintes opções: a) nome composto pelo nome completo ou abreviado de um, alguns ou
de todos os sócios; b) expressão alusiva ao ramo de atividade; c) conjugação dos elementos a) e b).

Capital: mínimo de 1€ por sócio.

Património: património da empresa é independente do património pessoal dos sócios.

Responsabilidade: limitada ao capital social, é este capital que responde perante as dívidas da sociedade. Os sócios podem ter
acréscimos na sua responsabilidade se o contrato estipulado assim o indique.

Vantagens
• Separação do património da empresa com o património pessoal dos sócios, não respondendo este último pelas dívidas da
empresa;
• Diversificação de experiências e conhecimentos de diferentes sócios;
• Maior facilidade em arranjar fundos e investimentos.
Desvantagens
• Não existe um controlo absoluto da empresa por um empresário;
• Um sócio pode ser chamado pelos credores para responder pela totalidade do capital;
• Maior complexidade na constituição e dissolução da empresa;
• Sócios não podem colocar no seu IRS prejuízos do seu negócio;
• Existência de um capital social mínimo.

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Sociedade Anónima

Sócios: mínimo de cinco sócios singulares ou coletivos (também referidos como acionistas), ou um único sócio desde que este
constitua uma sociedade. Não são admitidos sócios de indústria.

Firma: termina sempre com a expressão “Sociedade Anónima” ou a sua abreviatura “SA”. Podendo escolher-se o resto do nome
de entre as seguintes opções: a) nome composto pelo nome completo ou abreviado de um, alguns ou de todos os acionistas;
b) expressão alusiva ao ramo de atividade; c) conjugação dos elementos a) e b).

Capital: mínimo de 50.000€, dividido em ações de igual valor nominal com o mínimo de um cêntimo.

Ações: podem encontrar-se representadas de forma titulada – documentos em papel, ou de forma escritural – representadas
por registo na conta de quem adquire, junto da entidade registadora. Existem ações nominativas onde se conhecem os titulares,
ou ações ao portador, nas quais o emitente não conhece a identidade dos titulares.

Responsabilidade: cada sócio é responsável pelo valor das ações a que se encontra subscrito.

Vantagens
• Maior facilidade na transmissão dos títulos representativos da sociedade;
• Cada sócio responsabiliza-se apenas pelas suas entradas, não respondendo de forma solidária com os seus sócios pelas
dívidas da sociedade;
• Maior facilidade em arranjar fundos e investimentos.
Desvantagens
• Grande diluição do controlo da empresa, desde os mais pequenos aos maiores acionistas;
• Constituição e dissolução da sociedade é complexa e dispendiosa;
• Se a sociedade for cotada num mercado de capitais, encontra-se assim sujeita a uma fiscalização rigorosa.

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Sociedade em Comandita

Sócios: trata-se de uma sociedade mista, pois existem dois tipos de sócios:
Comanditados – contribuem com bens ou serviços
Comanditários – contribuem com capital, assumem a gestão e a direção efetiva da sociedade.
Para além de dois tipos de sócios diferentes, existem também duas formas possíveis de sociedades em comandita:
Simples – número mínimo de sócios numa sociedade deste tipo é dois;
Por ações – as participações dos sócios comanditários encontram-se representadas por ações. Numa sociedade por comandita
deste tipo, o número mínimo de sócios é seis – cinco comanditários e um comanditado.

Firma: nome completo ou abreviado, ou a firma de pelo menos um dos sócios de responsabilidade ilimitada (comanditado),
seguido de “em Comandita” ou “& Comandita” para sociedades do tipo simples, e no caso de sociedades por ações
acrescentar “em Comandita por Ações” ou “& Comandita por Ações”.

Capital: mínimo obrigatório de 50.000€

Responsabilidade: é diferente para diferentes tipos de sócios:


Comanditários – têm responsabilidade limitada, sendo que respondem apenas pelas suas entradas;
Comanditados – perante as dívidas da sociedade este tipo de sócios responde de forma ilimitada e solidária entre si (cada sócio
responde não só pelas suas dívidas, mas também pelas dívidas de todos os outros sócios, com o seu património pessoal se assim
for necessário).

Património: no caso dos sócios comanditários o património pessoal encontra-se totalmente separado do património da empresa.
Os sócios comanditados, pelo contrário, possuem os bens patrimoniais da sociedade fundidos com os seus bens pessoais.

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Cooperativa

Finalidade: satisfação do interesse dos seus associados – necessidades, aspirações económicas, sociais e culturais comuns.
Estes ganhos surgirão sempre nos patrimónios pessoais dos cooperantes, e nunca no da associação. Isto é, mesmo quando
haja um saldo de receitas positivo, este é distribuído pelos seus membros de acordo com o investimento realizado por cada
um, como reembolso.
Uma cooperativa é uma associação coletiva, sem fins lucrativos, de livre constituição, de capital e composição variáveis.

Divide-se em dois graus diferentes:


Primeiro grau – cooperantes são pessoas singulares ou coletivas;
Grau superior – associações que se agrupam sob a forma de uniões, federações e confederações.

Cooperadores: no caso de uma cooperativa de primeiro grau, o número mínimo de membros é cinco. Nas cooperativas de
grau superior o mínimo são dois membros.

Capital: mínimo de 2.500€.

Responsabilidade: os membros podem adquirir diferentes estatutos dentro das cooperativas – com responsabilidade limitada
para uns, e ilimitada para outros. Comummente, a responsabilidade de cada cooperador é limitada ao montante de capital
subscrito.

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A Empresa
Objeto, caraterização e contexto
em Portugal

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Empresa é uma unidade de meios humanos, técnicos e financeiros organizados que tem por objetivo,
através das produção e/ou venda de bens e serviços, satisfazer as necessidades das comunidades
com que mantém relações.

Humanos
Conjunto
Empresa de Técnicos
recursos
Financeiros

Uma empresa é, tradicionalmente, uma Unidade Económica de produção ou exploração.

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A empresa transforma recursos e forças da natureza em bens e serviços, que respondem a impulsos da
procura – toda a produção é orientada para o mercado.

Distribuição
Produção Consumo Mercado

As empresas encontram-se presentes em todas as atividades económicas, sendo também consideradas


unidades intermédias de consumo, por oposição às famílias, que são consideradas, nos modelos
económicos, como unidades de consumo final.

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Duas visões diferentes

“As estratégias empresariais devem atender, em simultâneo, ao económico e ao social”

“The business of business is business”; Milton Friedman

Rendibilidade Maximização do lucro

ECONÓMICOS Crescimento Quota de mercado

Adaptação Continuidade da empresa

OBJETIVOS DA EMPRESA Trabalhadores e detentores do


Públicos internos
capital

SOCIAIS
Fornecedores, Clientes, Banca,
(Satisfação de Entidades externas
Estado
necessidades)

Nível de rendimentos e
Sociedade
qualidade de vida

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CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE EMPRESAS

Adquirem bens que são vendidos sem que haja lugar à


Comerciais
transformação.
Económico
Adquirem matérias primas e outras e transformam-nas
Industriais
em produtos acabados.
Empresas ligadas à agricultura, silvicultura, pescas,
Primário pecuária e indústria extrativa
Sector de Atividade
(ver nomenclatura Indústrias transformadoras, eletricidade, água, gás e
Secundário
CAE) construção civil e O.P.

Terciário Empresas que se dedicam ao comércio e serviços.

Micro Menos de 10 trabalhadores


Dimensão
Pequena Menos de 50 trabalhadores
(definição
Média Entre 50 e 500 trabalhadores
comunitária)
Grande Mais de 500 trabalhadores

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Empresas geridas por gestores.
Então… quem é o gestor?

É alguém que coordena e supervisiona o trabalho de outras pessoas para que os objectivos organizacionais
possam ser realizados.

E que subtipologias de gestores encontramos?

• Gestores de primeira linha


Indivíduos que gerem o trabalho de outros colaboradores não gestores nas organizações.

• Gestores Intermédios
Indivíduos que gerem o trabalho de gestores de primeira linha.

• Gestores de Topo
Os indivíduos que são responsáveis por definir planos e metas bem como tomar decisões que afectam toda
a organização.

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Gestão de
Topo
(nível superior,
institucional ou
estratégico)

Gestão
intermédia
(nível intermédio
ou tático)

Gestão de
Primeira
Linha
(nível
operacional)
In, Understanding Management, 2011

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 Nível superior, institucional ou estratégico – a gestão caracteriza-se fundamentalmente por uma forte componente
estratégica, ou seja, envolvimento da totalidade dos recursos disponíveis na determinação do rumo a seguir e pela
formulação de políticas gerais. As políticas são definidas de forma genérica e dizem respeito a toda a empresa. Corresponde
aos membros do conselho da administração, gerência, conselho de gestão e direção geral.

 Nível intermédio ou tático – predomina uma componente tática que se caracteriza pela movimentação de recursos no
curto prazo e elaboração de planos e programas específicos relacionados com a área ou função do respetivo gestor. É
desempenhado pelos diretores de divisão, diretores de área, diretores funcionais, diretores de departamento, etc.

 Nível operacional – predomina a componente técnica e a atividade destes gestores traduz-se fundamentalmente na
execução de rotinas e procedimentos. São os supervisores, chefes de serviço, chefes de secção, etc.

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As funções fundamentais da gestão

• Planear – processo de determinar antecipadamente o que deve ser feito e como fazê-lo. Os planos estabelecem a forma
como a empresa irá desenvolver-se no futuro;

• Organizar – definir quem vai atuar para que o plano aconteça, quem são as pessoas, como se relacionam, com que meios,
que atividade ou função cabe a cada uma ou em grupo. A organização consiste em estabelecer relações formais entre as
pessoas, e entre estas e os recursos, para atingir os objetivos propostos. Assegurar que a pessoa certa, com as qualificações
certas, está no local e no tempo certos para que melhor sejam cumpridos os objetivos.

• Dirigir – é necessário “fazer com que as pessoas façam”, ou seja, dirigir. Processo de determinar, afetar, influenciar, o
comportamento dos outros. A direção envolve a motivação – reforço da vontade das pessoas se esforçarem por conseguir
alcançar os objetivos da organização; a liderança – capacidade de conseguir que os outros façam aquilo que o líder quer
que eles façam; e a comunicação – processo de transferência de informações, ideias, conceitos ou sentimentos entre
pessoas.

• Controlar – gerir implica controlar. Este é o processo de comparação do atual desempenho da organização com standards
previamente estabelecidos, apontando as eventuais ações corretivas.

As quatro funções estão intimamente ligadas, influenciando-se mutuamente e em todos os sentidos.

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In, Understanding Management, 2011

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Conceitos de eficiência e eficácia:

 Eficiência – relação
proporcional entre a qualidade
e a quantidade de inputs e a
qualidade e a quantidade de
outputs produzidos. Quanto
maior for o volume de
produção conseguido com o
mínimo de fatores produtivos,
maior é o grau de eficiência do
gestor responsável.

 Eficácia – medida em que os


outputs produzidos pelo
processo se aproximam dos
objetivos propostos. Quanto
menores forem os desvios entre
o planeado e o realizado,
maior é o grau de eficácia do
gestor em causa.

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Para ser eficiente e eficaz, o gestor deve possuir e continuamente desenvolver várias aptidões essenciais:

 Aptidão conceptual – capacidade para apreender ideias gerais e abstratas e aplicá-las em situações
concretas. Engloba a capacidade de ver a organização como um todo. Um gestor com capacidade
conceptual apercebe-se da forma como as várias funções da organização se complementam umas às
outras, como a empresa se relaciona com o seu ambiente e como uma alteração numa parte da
organização pode afetar a outra parte.

 Aptidão técnica – capacidade para usar conhecimentos, métodos ou técnicas específicas no seu trabalho
concreto. De modo geral, esta aptidão está relacionada com o trabalho, “com as coisas” (processos ou
objetos físicos).

 Aptidão em relações humanas – capacidade de compreender, motivar e obter a adesão das outras
pessoas. Envolve características relacionadas com as capacidades de comunicar, trabalhar e entender as
atitudes e os comportamentos dos indivíduos e os grupos.

O grau de desenvolvimento necessário destas aptidões está relacionado com o nível de gestão em que o
gestor se situa.

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Modelo de gestão e papéis dos gestores

Que competências
para o gestor?

Quinn, et al., 2003

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Modelo de gestão e papéis dos gestores

Que competências
para o gestor?

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Que competências
para o gestor?

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Porque o mundo e os
mercados mudam

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Obrigado

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