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DIREITO SOCIETÁRIO

Simone Helen Drumond Ischkanian

A SOCIEDADE COMUM: Conhecida como sociedade de pessoas, é uma das formas mais simples de
associação entre indivíduos com o objetivo de desenvolver atividades econômicas em conjunto. Abaixo, estão
os principais aspectos relacionados à sociedade comum:

Conceito: A sociedade comum é uma forma de organização em que os sócios se unem para realizar atividades
econômicas, compartilhando lucros e prejuízos, e onde a responsabilidade de cada sócio é ilimitada.

Constituição: A constituição da sociedade comum é relativamente simples. Geralmente, é suficiente um


contrato social, que é o documento que estabelece as condições da sociedade, como os deveres e direitos dos
sócios, a distribuição de lucros e prejuízos, e outros aspectos relevantes.

Registro: O registro da sociedade comum pode ser necessário, dependendo das leis locais e da natureza da
atividade econômica em questão. Geralmente, esse registro é feito em órgãos governamentais específicos,
como a Junta Comercial.

Responsabilidade entre os Sócios: Na sociedade comum, os sócios são solidariamente responsáveis pelas
obrigações sociais. Isso significa que cada sócio responde de forma ilimitada com seu próprio patrimônio
pessoal pelos compromissos assumidos pela sociedade.

Responsabilidade perante Terceiros: Assim como entre os sócios, a responsabilidade perante terceiros
também é ilimitada. Isso significa que, em caso de dívidas ou obrigações não cumpridas pela sociedade, os
credores podem exigir o pagamento dos sócios com seus bens pessoais.

Dissolução: A dissolução da sociedade comum pode ocorrer por diversos motivos, como acordo entre os
sócios, término do objeto social, ou por decisão judicial em casos de irregularidades ou conflitos insolúveis. A
divisão dos bens e o encerramento das atividades devem ser estabelecidos no contrato social ou em acordo
entre os sócios.

É importante ressaltar que a sociedade comum, por ser uma forma de organização mais informal, pode
apresentar desafios em termos de gestão e proteção do patrimônio dos sócios. Por esse motivo, é
recomendável buscar o aconselhamento de um advogado ou contador especializado ao considerar a formação
de uma sociedade comum. Isso garantirá que todos os aspectos legais e financeiros sejam devidamente
considerados.

A SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO (SCP): É uma forma de associação empresarial


prevista no Código Civil brasileiro. Ela se caracteriza pela divisão de tarefas e responsabilidades entre os
sócios de forma específica, sendo um sócio ostensivo, responsável pela gestão e administração da empresa, e
outro sócio participante, que entra com capital mas não se envolve diretamente na administração. Abaixo estão
os principais aspectos relacionados à SCP:

Conceito: A SCP é uma forma de sociedade em que há a divisão de responsabilidades entre dois tipos de
sócios: o ostensivo, que responde legalmente pela empresa e administra as operações, e o participante, que
contribui com capital, mas não se envolve diretamente na gestão.

Constituição: A constituição de uma SCP é realizada por meio de um contrato escrito entre os sócios. Esse
contrato deve conter informações detalhadas sobre as responsabilidades, contribuições, distribuição de lucros
e outros aspectos pertinentes.
Registro: A SCP não é registrada nos órgãos públicos. A participação do sócio ostensivo e do sócio
participante na sociedade fica restrita ao contrato firmado entre eles.

Responsabilidade entre os Sócios: O sócio ostensivo é o responsável legal pela empresa e responde
ilimitadamente por suas obrigações. Já o sócio participante, embora tenha aportado capital, não tem
responsabilidade direta perante terceiros.

Responsabilidade perante Terceiros: O sócio ostensivo é o único responsável perante terceiros. Isso
significa que em caso de dívidas ou obrigações não cumpridas pela empresa, apenas o sócio ostensivo poderá
ser acionado legalmente.

Dissolução: A dissolução da SCP pode ocorrer por diversos motivos, como acordo entre os sócios, término do
objeto social, ou por decisão judicial em casos de irregularidades ou conflitos insolúveis. Nesse momento, os
ativos são liquidadas e os lucros ou prejuízos são distribuídos conforme o contrato estabelece.

É importante destacar que a Sociedade em Conta de Participação é uma modalidade menos comum de
associação empresarial e é utilizada em situações específicas, muitas vezes para viabilizar investimentos sem a
necessidade de envolvimento direto na gestão da empresa. Recomenda-se sempre consultar um advogado ou
contador especializado ao considerar a formação de uma SCP, para garantir que todos os aspectos legais e
financeiros sejam devidamente considerados.

A SOCIEDADE LIMITADA: (também conhecida como Ltda.) é uma forma de organização empresarial que
combina características da sociedade de pessoas e da sociedade de capital, proporcionando certa flexibilidade
na gestão e proteção do patrimônio dos sócios. Abaixo estão os principais aspectos relacionados à Sociedade
Limitada:

Conceito: A Sociedade Limitada é uma forma de associação entre duas ou mais pessoas que se unem para
explorar uma atividade econômica, onde a responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor de suas cotas de
participação no capital social.

Constituição: A constituição de uma Sociedade Limitada é realizada através de um contrato social, que é um
documento escrito que estabelece as regras, responsabilidades e direitos dos sócios. Esse contrato deve conter
informações detalhadas sobre a divisão de cotas, participação nos lucros, administração da empresa, entre
outros.

Registro: A Sociedade Limitada deve ser registrada na Junta Comercial do estado em que será estabelecida.
Esse registro é essencial para formalizar legalmente a empresa e conferir personalidade jurídica à mesma.

Responsabilidade entre os Sócios: A responsabilidade dos sócios é limitada ao valor das cotas que
subscreveram no contrato social. Isso significa que, em caso de dívidas ou obrigações não cumpridas pela
empresa, os sócios não respondem com seu patrimônio pessoal, mas sim com o capital investido na sociedade.

Responsabilidade perante Terceiros: Assim como entre os sócios, a responsabilidade perante terceiros
também é limitada. Ou seja, em caso de dívidas ou obrigações não cumpridas pela empresa, os credores não
podem exigir o patrimônio pessoal dos sócios, mas sim os recursos pertencentes à empresa.

Dissolução: A Sociedade Limitada pode ser dissolvida por diferentes motivos, como decisão dos sócios,
cumprimento do prazo determinado no contrato social, falência, entre outros. No momento da dissolução, os
ativos são liquidados e os valores obtidos são distribuídos de acordo com as regras estabelecidas no contrato
social.
A Sociedade Limitada é uma forma popular de negócio, especialmente para pequenas e médias empresas,
devido à sua flexibilidade e proteção limitada aos bens pessoais dos sócios. No entanto, é essencial contar com
o auxílio de um advogado ou contador especializado para garantir que todos os procedimentos legais sejam
seguidos corretamente.

A SOCIEDADE ANÔNIMA (S.A.): é uma forma de organização empresarial em que o capital social é
dividido em ações e os acionistas têm sua responsabilidade limitada ao valor das ações que possuem. Abaixo
estão os principais aspectos relacionados à Sociedade Anônima:

Conceito: A Sociedade Anônima é uma forma de associação entre investidores, onde o capital social é
dividido em ações, que são títulos negociáveis. A responsabilidade dos acionistas é limitada ao valor das ações
subscritas ou adquiridas.

Constituição: A constituição de uma Sociedade Anônima requer o registro do estatuto social, que é um
documento que estabelece as regras e funcionamento da empresa, além de indicar o número de ações, valor
nominal e demais informações relevantes.

Registro: A Sociedade Anônima deve ser registrada na Junta Comercial e na Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), caso pretenda emitir ações para o público. É necessário também solicitar o registro na bolsa de
valores, caso as ações sejam negociadas publicamente.

Responsabilidade entre os Acionistas: A responsabilidade dos acionistas é limitada ao valor das ações que
possuem. Isso significa que em caso de dívidas ou obrigações não cumpridas pela empresa, os acionistas não
respondem com seu patrimônio pessoal, mas sim com o capital investido nas ações.

Responsabilidade perante Terceiros: Assim como entre os acionistas, a responsabilidade perante terceiros
também é limitada ao valor das ações. Os credores não podem exigir o patrimônio pessoal dos acionistas, mas
sim os recursos pertencentes à empresa.

Dissolução: A Sociedade Anônima pode ser dissolvida por diferentes motivos, como deliberação dos
acionistas, falência, término do prazo de duração estipulado no estatuto, entre outros. No momento da
dissolução, os ativos são liquidados e os valores obtidos são distribuídos de acordo com as regras
estabelecidas no estatuto.

A Sociedade Anônima é uma forma de organização empresarial especialmente adequada para empresas de
grande porte ou que desejam captar recursos no mercado financeiro. No entanto, a complexidade na
administração e os requisitos legais mais rigorosos são características a serem consideradas. Portanto, é
fundamental contar com o auxílio de profissionais especializados, como advogados e contadores, ao constituir
e administrar uma Sociedade Anônima.

A SOCIEDADE EM NOME COLETIVO: É uma forma de organização empresarial que se caracteriza pela
responsabilidade ilimitada dos sócios em relação às dívidas e obrigações da empresa. Abaixo estão os
principais aspectos relacionados à Sociedade em Nome Coletivo:

Conceito: A Sociedade em Nome Coletivo é uma forma de associação entre duas ou mais pessoas físicas que
se unem para explorar uma atividade econômica, onde todos os sócios têm responsabilidade ilimitada pelas
obrigações da empresa.

Constituição: A constituição de uma Sociedade em Nome Coletivo é realizada por meio de um contrato
social. Esse contrato deve conter informações detalhadas sobre os deveres e direitos dos sócios, a divisão de
lucros e prejuízos, administração da empresa, entre outros.
Registro: A Sociedade em Nome Coletivo deve ser registrada na Junta Comercial do estado em que será
estabelecida. Esse registro é essencial para formalizar legalmente a empresa e conferir personalidade jurídica à
mesma.

Responsabilidade entre os Sócios: Todos os sócios têm responsabilidade ilimitada pelas obrigações da
empresa. Isso significa que cada sócio responde com seu patrimônio pessoal pelos compromissos assumidos
pela sociedade.

Responsabilidade perante Terceiros: Da mesma forma, a responsabilidade perante terceiros também é


ilimitada. Em caso de dívidas ou obrigações não cumpridas pela empresa, os credores podem exigir o
pagamento dos sócios com seus bens pessoais.

Dissolução: A Sociedade em Nome Coletivo pode ser dissolvida por diversos motivos, como acordo entre os
sócios, término do objeto social, ou por decisão judicial em casos de irregularidades ou conflitos insolúveis.
No momento da dissolução, os ativos são liquidados e os lucros ou prejuízos são distribuídos conforme o
contrato estabelece.

A Sociedade em Nome Coletivo é uma forma menos comum de organização empresarial, principalmente em
comparação com a Sociedade Limitada ou a Sociedade Anônima. Ela é mais frequentemente utilizada em
situações em que os sócios têm uma confiança mútua muito sólida e desejam manter um controle mais direto
sobre a gestão do negócio. É sempre recomendável contar com o auxílio de um advogado ou contador
especializado ao considerar a formação de uma Sociedade em Nome Coletivo, para garantir que todos os
aspectos legais e financeiros sejam devidamente considerados.

A SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES (SCS): É uma forma de organização empresarial que


combina características de dois tipos de sócios: os comanditados, que são os gestores ativos da empresa, e os
comanditários, que contribuem com capital, mas não têm participação na gestão. Abaixo estão os principais
aspectos relacionados à Sociedade em Comandita Simples:

Conceito: A Sociedade em Comandita Simples é uma forma de associação entre duas classes de sócios: os
comanditados, que são os sócios gestores e têm responsabilidade ilimitada, e os comanditários, que investem
capital mas não participam da administração da empresa.

Constituição: A constituição de uma Sociedade em Comandita Simples é realizada por meio de um contrato
social. Esse contrato deve conter informações detalhadas sobre a divisão de cotas, participação nos lucros,
administração da empresa, entre outros.

Registro: A Sociedade em Comandita Simples deve ser registrada na Junta Comercial do estado em que será
estabelecida. Esse registro é essencial para formalizar legalmente a empresa e conferir personalidade jurídica à
mesma.

Responsabilidade entre os Sócios: Os sócios comanditados (gestores) têm responsabilidade ilimitada pelas
obrigações da empresa, ou seja, respondem com seu patrimônio pessoal pelos compromissos assumidos. Já os
sócios comanditários têm responsabilidade limitada ao valor do capital que investiram.

Responsabilidade perante Terceiros: A responsabilidade perante terceiros segue a mesma lógica: os


comanditados respondem ilimitadamente pelas obrigações da empresa, enquanto os comanditários têm
responsabilidade limitada ao capital investido.

Dissolução: A Sociedade em Comandita Simples pode ser dissolvida por diversos motivos, como acordo entre
os sócios, término do objeto social, ou por decisão judicial em casos de irregularidades ou conflitos
insolúveis. No momento da dissolução, os ativos são liquidados e os lucros ou prejuízos são distribuídos
conforme o contrato estabelece.

A Sociedade em Comandita Simples é uma forma menos comum de organização empresarial, sendo mais
utilizada em situações em que há uma clara divisão de responsabilidades entre os sócios. É sempre
recomendável contar com o auxílio de um advogado ou contador especializado ao considerar a formação de
uma Sociedade em Comandita Simples, para garantir que todos os aspectos legais e financeiros sejam
devidamente considerados.

A SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES: É uma forma de organização empresarial que combina
características de dois tipos de sócios: os comanditados, que são os gestores ativos da empresa e têm
responsabilidade ilimitada, e os comanditários, que investem capital e têm responsabilidade limitada ao valor
de suas ações. Abaixo estão os principais aspectos relacionados à Sociedade em Comandita por Ações:

Conceito: A Sociedade em Comandita por Ações é uma forma de associação entre duas classes de sócios: os
comanditados, que são os sócios gestores e têm responsabilidade ilimitada, e os comanditários, que investem
capital mas não participam da administração da empresa. Diferentemente da Sociedade em Comandita
Simples, aqui o capital é dividido em ações.

Constituição: A constituição de uma Sociedade em Comandita por Ações é realizada por meio de um estatuto
social. Esse documento deve conter informações detalhadas sobre a divisão de ações, participação nos lucros,
administração da empresa, entre outros.

Registro: A Sociedade em Comandita por Ações deve ser registrada na Junta Comercial do estado em que será
estabelecida. Esse registro é essencial para formalizar legalmente a empresa e conferir personalidade jurídica à
mesma.

Responsabilidade entre os Sócios: Os sócios comanditados (gestores) têm responsabilidade ilimitada pelas
obrigações da empresa, ou seja, respondem com seu patrimônio pessoal pelos compromissos assumidos. Já os
sócios comanditários têm responsabilidade limitada ao valor das ações que possuem.

Responsabilidade perante Terceiros: A responsabilidade perante terceiros segue a mesma lógica: os


comanditados respondem ilimitadamente pelas obrigações da empresa, enquanto os comanditários têm
responsabilidade limitada ao valor das ações que possuem.

Dissolução: A Sociedade em Comandita por Ações pode ser dissolvida por diversos motivos, como acordo
entre os sócios, término do objeto social, ou por decisão judicial em casos de irregularidades ou conflitos
insolúveis. No momento da dissolução, os ativos são liquidados e os valores obtidos são distribuídos
conforme o estatuto estabelece.

A Sociedade em Comandita por Ações é uma forma de organização empresarial menos comum, sendo mais
utilizada em situações em que há uma clara divisão de responsabilidades entre os sócios e a necessidade de
captar recursos através da emissão de ações. Como sempre, é recomendável contar com o auxílio de um
advogado ou contador especializado ao considerar a formação de uma Sociedade em Comandita por Ações,
para garantir que todos os aspectos legais e financeiros sejam devidamente considerados.

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