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Resumo
As chamadas sociedades menores que são aquelas que tem pouca presença na economia
brasileira, no qual são três sociedades empresarias existentes constituídas por contrato entre os
sócios: em nome coletivo (N/C), em comandita simples (C/S) e a em conta de participação, no
qual veremos logo a seguir.
SOCIEDADES MENORES
Origem:
Idade Média, na Itália. Composta essencialmente por familiares. Segundo a doutrina
comercialista, é o mais antigo tipo societário medieval.
Características:
Só pode ser sócio pessoa física. Sendo assim, não é admitido pessoa jurídica como
sócia.
Os sócios têm ampla liberdade para disciplinar as suas relações sociais, desde que não
desnaturem o tipo societário escolhido.
O Código Civil prevê, em seu art. 1.043, que “o credor particular de sócio não pode,
antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor”, salvo se
“a sociedade houver sido prorrogada tacitamente” (parágrafo único, inciso I) ou “tendo
ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor,
levantada no prazo de noventa dias, contado da publicação do ato dilatório” (parágrafo
único, inciso II).
Causas de dissolução
O vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não
entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
No que tange à dissolução da sociedade em comandita simples, o Código Civil prevê diversas
causas, incluindo a declaração de falência e a dissolução de pleno direito conforme o artigo
1.033. Além disso, no artigo 1.051, inciso II, é estabelecido que a sociedade se dissolve quando
uma das categorias de sócio estiver em falta por mais de cento e oitenta dias. O parágrafo único
desse mesmo artigo determina que, durante esse período, se a categoria faltante for a dos
comanditados, os comanditários devem nomear um administrador provisório para realizar atos
de administração, sem assumir a condição de sócio.
Em suma, com base nos ensinamentos do Dr. André Luiz Santa Cruz Ramos e de acordo com a
legislação vigente, a sociedade em comandita simples é composta por sócios comanditados e
comanditários, sendo os primeiros responsáveis ilimitadamente pelas obrigações sociais,
enquanto os segundos têm responsabilidade limitada ao valor de sua quota.
A administração é atribuída apenas aos comanditados, e os comanditários não podem praticar
atos de gestão nem ter seus nomes na firma social. A dissolução da sociedade pode ocorrer por
várias causas, incluindo a falta de uma das categorias de sócio por mais de cento e oitenta dias,
período durante o qual os comanditários podem nomear um administrador provisório.
Por não ter personalidade jurídica, a conta de participação não possui um patrimônio social,
mas, a exemplo do que ocorre com a sociedade em comum, já estudada no tópico antecedente, o
legislador criou para essa sociedade um patrimônio especial.
Resumo
Considera-se sociedade não personificada aquela cujo ato constitutivo ainda não foi registrado
no órgão competente, ou seja, aquela que não possue personalidade jurídica. Celebram contrato
de sociedade as pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir, com bens ou serviços,
para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, podendo a
atividade restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. Dessa maneira, o
Código Civil reconhece a existência da sociedade independentemente de registro no órgão
competente.
SOCIEDADE COMUM
Essa sociedade está prevista nos artigos 986 à 990, do código civil, a doutrina divide esta
sociedade em duas formas : DE FATO ou IRREGULAR. A sociedade de fato não possui atos
constitutivos nem sequer outros documentos que comprovem a existência da sociedade em
regra. Já a sociedade irregular possui atos constitutivos e subsequentes alterações, mas não os
arquivava no registro competente.
Ainda será considerada sociedade em comum quando as sociedades deixam de promover as
alterações contratuais necessárias e obrigatórias.
Vale mencionar que os sócios somente poderão provar, uns em relação aos outros, a existência
da sociedade mediante documentos escritos, ou seja embora a situação irregular da sociedade
comum possa ter ocorrido pela falta de inscrição do contrato ou pela ausência do mesmo, em
caso de pacto verbal.
Nesse último caso, não será possível comprovar que a pessoa jurídica exista, salvo se por meio
de outros documentos escritos for possível concluir pela existência da sociedade, pois o art. 332
do CPC, todos os meios de prova em direito admitidos podem ser utilizados.
O patrimônio da sociedade responde pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios,
salvo pacto expresso limitativo de poderes que somente terá eficácia perante o terceiro que o
conheça ou deve conhecer.
A lei é taxativa ao dispor que a responsabilidade é solidária conjugada como o benefício de
ordem, previsto no art. 1.024, do Código Civil, ou seja, os bens particulares dos sócios só serão
executados após a realização dos bens pertencentes à sociedade. A Responsabilidade solidária e
ilimitadamente dos sócios pelas obrigações sociais, talvez a maior e principal conseqüência da
irregularidade, significa que cada sócio responde com seu patrimônio pessoal pelo pagamento
integral da dívida contraída em nome da sociedade, ou, em outras palavras, que o credor tem o
direito de cobrá-la, no todo ou em parte, de um, alguns ou todos os sócios devedores a seu
exclusivo critério.
De acordo com a legislação civil em vigor, o sócio ou os sócios que pagarem por inteiro a
dívida comum poderão exercitar contra os demais o chamado direito de regresso, que consiste
na possibilidade de exigirem de cada um dos sócios devedores a sua respectiva quota,
dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se houver, e presumindo-se iguais, no
débito, as partes de todos os sócios.
As normas do Código Civil para as sociedades em comum e em conta de participação são
aplicáveis independentemente da atividade dos sócios, ou do sócio ostensivo, ser ou não
própria de empresário sujeito a registro. A lei determina o arquivamento dos atos constitutivos
da sociedade empresária antes do início de sua atividade, sob pena de ser considerado uma
sociedade em comum, mas, a falta de registro não privada a sociedade de exercer atividade
empresarial.
Finalmente, cumpre relembrar ao leitor mais três pontos importantes dentro do estudo das
sociedades em comum:
1) o regime jurídico das sociedades simples se aplica subsidiariamente às sociedades em comum
(irregulares, de fato ou em formação);
2) a sociedade em comum não tem legitimidade ativa para requerer o pedido de falência, nem
de recuperação de empresas, bem como não desfruta da eficácia probatória dos livros
comerciais;
3) as sociedades por ações (sociedade anônima e comandita por ações) sendo organizadas, isto
é, sendo formadas e que ainda não tenham sido definitivamente inscritas no RPEM não deverão
ser consideradas sociedades em comum (art. 986 do CC de 2002).
A tal sociedade é a estrutura pela qual duas ou mais pessoas se unem visando um fim especifico.
Dessa forma, uma pessoa fornece recursos à outra para que os utilize em determinado projeto ou
empreendimento visando auferir resultados a serem compartilhados. A mesma tem como
característica a informalidade, discrição, baixo curto operacional entre outras. Sociedade essa
para quem deseja e procura constituir uma sociedade sem muita burocracia.
FUNCIONALIDADE
A sociedade em conta de participação não possui uma personalidade jurídica própria, portanto
de utiliza de uma personalidade jurídica do sócio ostensivo para praticar seus atos, não
possuindo sequer nome empresarial. Sendo assim, o sócio ostensivo possui responsabilidade sob
os terceiros e em casos de dividas fiscais e trabalhistas.
SÓCIO OSTENSIVO
O sócio ostensivo é o único autorizado a exercer as a atividades que constituem o objeto social
da sociedade. Significa, portanto, que ele é sócio responsável pela administração do negócio,
pela negociação com parceiros, e é também quem assume a responsabilidade perante terceiros.
No modelo de sociedade em conta de participação atual, a posição de sócio ostensivo pode ser
exercida tanto por uma pessoa natural, quanto por outra sociedade empresária
SÓCIO PARTICIPANTE
O sócio participante é considerado o investidor. Suas obrigações são com o sócio ostensivo, mas
ele não ocupa-se das demandas de administração da sociedade, tampouco tem responsabilidade
para com terceiros. A denominação “sócio-oculto”, como também é chamado o sócio
participante, expressa justamente o caráter pouco visível dessa parte nas relações negociais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As sociedades não personificadas foram criadas para regular situações jurídicas existentes
entre os sócios e sub dividem em sociedade em comum, que não possui personalidade jurídica
por que os seus atos constitutivos ainda não foram registrados e a sociedade em conta de
participação que não é pessoa jurídica por proibição legal, pois mesmo que registrada em
qualquer Registro não adquirirá personalidade. Nesse tipo de sociedades, os sócios
administradores são responsáveis diretos pelas obrigações contraídas.
https://www.aurum.com.br/blog/sociedade-em-conta-de-participacao/