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ATIVIDADE PARA REGIME DOMICILIAR

NOME: NASHAYA ALVES AJALA RA:2021101582


CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: PROCESSO CIVIL IV
PERÍODO: 7º SEMESTRE TURMA:NOTURNO
PROFESSOR: HELOYSA FURTADO

SOCIEDADES MENORES E SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS

Resumo

As chamadas sociedades menores que são aquelas que tem pouca presença na economia
brasileira, no qual são três sociedades empresarias existentes constituídas por contrato entre os
sócios: em nome coletivo (N/C), em comandita simples (C/S) e a em conta de participação, no
qual veremos logo a seguir.

Palavra chave: Sociedades menores – sociedade em nome coletivo- sociedade em comandita


simples – sociedade em conta de participação- sociedades não personificadas

SOCIEDADES MENORES

Sociedade em nome coletivo (Artigos 1.039-1.044, do Código Civil)

Origem:
Idade Média, na Itália. Composta essencialmente por familiares. Segundo a doutrina
comercialista, é o mais antigo tipo societário medieval.
Características:

 Só pode ser sócio pessoa física. Sendo assim, não é admitido pessoa jurídica como
sócia.

 A responsabilidade dos sócios componentes é ilimitada. Ou seja, esgotado o patrimônio


da sociedade em nome coletivo, seus credores podem executar o restante das dívidas
sociais no patrimônio pessoal dos sócios.

 Pode haver limitação de responsabilidade entre os sócios, provocando efeitos somente


entre eles. Não vincula terceiros.

 É regida, subsidiariamente, pelas normas da sociedade simples.

 Deve adotar, necessariamente, firma social como espécie de nome social.

 Não se admite a participação de incapazes.

 Os sócios têm ampla liberdade para disciplinar as suas relações sociais, desde que não
desnaturem o tipo societário escolhido.

 Depende da anuência dos demais sócios o ingresso de novos participantes no quadro


societário.

 A administração da sociedade em nome coletivo compete aos próprios sócios, não se


admitindo a designação de não sócio para o desempenho de tal função.

 A afectio societatis (vontade de se associar) é muito forte, o quadro societário é bastante


estável.

 O Código Civil prevê, em seu art. 1.043, que “o credor particular de sócio não pode,
antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor”, salvo se
“a sociedade houver sido prorrogada tacitamente” (parágrafo único, inciso I) ou “tendo
ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor,
levantada no prazo de noventa dias, contado da publicação do ato dilatório” (parágrafo
único, inciso II).

Causas de dissolução
 O vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não
entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;

 A consenso unânime dos sócios:

 A deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;

 A extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar; e

 Se empresária, também pela declaração da falência.

SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

A sociedade em comandita simples é uma forma de organização empresarial em que existem


dois tipos de sócios: os comanditados, que têm responsabilidade ilimitada, e os comanditários,
que têm responsabilidade limitada ao valor de sua quota. Segundo o Código Civil brasileiro, em
seu artigo 1.045, "na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias:
os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações
sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota". É necessário que o
contrato social especifique claramente quem são os comanditados e comanditários (parágrafo
único).

A administração da sociedade em comandita simples é exclusiva dos comanditados, de acordo


com o artigo 1.047 do Código Civil. Os comanditários não podem praticar atos de gestão nem
ter seus nomes na firma social, sob pena de serem considerados comanditados e assumirem
responsabilidade ilimitada. O Código Civil, no entanto, permite que os comanditários sejam
constituídos procuradores da sociedade para negócios específicos e com poderes especiais.

No que tange à dissolução da sociedade em comandita simples, o Código Civil prevê diversas
causas, incluindo a declaração de falência e a dissolução de pleno direito conforme o artigo
1.033. Além disso, no artigo 1.051, inciso II, é estabelecido que a sociedade se dissolve quando
uma das categorias de sócio estiver em falta por mais de cento e oitenta dias. O parágrafo único
desse mesmo artigo determina que, durante esse período, se a categoria faltante for a dos
comanditados, os comanditários devem nomear um administrador provisório para realizar atos
de administração, sem assumir a condição de sócio.

Em suma, com base nos ensinamentos do Dr. André Luiz Santa Cruz Ramos e de acordo com a
legislação vigente, a sociedade em comandita simples é composta por sócios comanditados e
comanditários, sendo os primeiros responsáveis ilimitadamente pelas obrigações sociais,
enquanto os segundos têm responsabilidade limitada ao valor de sua quota.
A administração é atribuída apenas aos comanditados, e os comanditários não podem praticar
atos de gestão nem ter seus nomes na firma social. A dissolução da sociedade pode ocorrer por
várias causas, incluindo a falta de uma das categorias de sócio por mais de cento e oitenta dias,
período durante o qual os comanditários podem nomear um administrador provisório.

SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO

A sociedade em conta de participação é o que a doutrina chama de sociedade secreta. Na


verdade, não se trata, propriamente, de uma sociedade, mas de um contrato especial de
investimento.

Com efeito, a exemplo do que já afirmamos quando do estudo da sociedade em comum, é


incoerente chamar de sociedade a conta de participação, uma vez que ela não possui
personalidade jurídica. Ademais, outras de suas especificidades, como sua natureza secreta e a
ausência de nome empresarial apontam para a impropriedade técnica de se considerar a conta de
participação uma espécie de sociedade.

A sociedade em conta de participação apresenta duas categorias distintas de sócios: o sócio


ostensivo e os sócios participantes (também chamados de sócios ocultos). Vê-se, pois, que a
conta de participação é uma “sociedade” que só existe internamente, ou seja, entre os sócios.
Externamente, isto é, perante terceiros, só aparece o sócio ostensivo, o qual exerce, em seu
nome individual, a atividade empresarial, e responde sozinho pelas obrigações contraídas.

No entanto, se os sócios participantes, em determinada negociação, “aparecerem” perante


terceiros, ou seja, se atuarem em certo negócio social firmado pelo sócio ostensivo com
terceiros, responderão solidariamente junto com o sócio ostensivo por essa negociação.
As sociedades em conta de participação são bastante informais, razão pela qual a sua
constituição, de acordo com o art. 992, do CC., isso, todavia, não significa que conta de
participação não possua um contrato. Este existe, sim, mas não precisa sequer ser escrito.

Normalmente, a sociedade em conta de participação é constituída para a realização de


empreendimentos temporários ou até mesmo para a realização de determinado negócio
específico, extinguindo-se posteriormente.

Por não ter personalidade jurídica, a conta de participação não possui um patrimônio social,
mas, a exemplo do que ocorre com a sociedade em comum, já estudada no tópico antecedente, o
legislador criou para essa sociedade um patrimônio especial.

Características da Sociedade em Conta de Participação:

Em tempo, trouxemos algumas características de sociedade em conta de participação, que expõe


as vantagens/desvantagens dessa espécie de sociedade:

1. Ausência de formalidades para sua constituição, não necessitando de registro em cartório ou


perante a Junta Comercial;
2. Exigência de inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), com manutenção da
natureza de empresa sem personalidade jurídica. Ou seja, a sociedade em conta de participação
precisa possuir um CNPJ, mas não precisa ser registrada na Receita Federal como empresa;
3. Todas as responsabilidades e obrigações perante terceiros são assumidas pelo sócio ostensivo,
pessoa física ou jurídica que assumirá todo o negócio jurídico em seu nome; A SOCIEDADE
SÓ EXISTE INTERNAMENTE, PARA TERCEIROS SO APARECE O SÓCIO OSTENSIVO;
4. São obrigações do sócio participante ou sócio oculto, realizar o aporte de capital, bens ou
serviços, participando tanto da divisão dos lucros, quanto das perdas do negócio;
5. Liquida-se mediante prestação de contas;
6. Seu prazo de duração pode ser por prazo determinado ou indeterminado, e é normalmente
formada para um negócio específico;
7. Sua existência pode ser provada por qualquer meio de prova admitido em
direito.
SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS

Resumo

Considera-se sociedade não personificada aquela cujo ato constitutivo ainda não foi registrado
no órgão competente, ou seja, aquela que não possue personalidade jurídica. Celebram contrato
de sociedade as pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir, com bens ou serviços,
para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, podendo a
atividade restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. Dessa maneira, o
Código Civil reconhece a existência da sociedade independentemente de registro no órgão
competente.

Palavras chave: Sociedades não personificadas- sociedade comum- sociedade em conta de


participação- funcionalidade – sócio ostensivo – sócio participante

1- Introdução: SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS

As sociedades não personificadas estão dividas em Sociedade Comum w Sociedade em Conta


de Participação. A Sociedade em Comum pode exercer atividade empresarial ou simples,
chamada pela doutrina como sociedade de fato ou irregular por não estar juridicamente
constituída sendo, portanto uma sociedade não personificada e não pode ser considerada uma
pessoa jurídica. Para alguns doutrinadores, as sociedades de fato e irregulares possuem o mesmo
conceito, contudo muitos a distinguem, pois as sociedades de fato não possuem ato constitutivo,
todavia as irregulares possuem, porém não tem o registro junto a junta comercial.
Na sociedade em conta de participação, não há uma atividade própria, pois não existe perante
terceiros. Nessa sociedade existe o sócio ostensivo, pessoa jurídica ou física que assume todas
as obrigações da sociedade em seu nome. Já os demais sócios chamados participativos (ocultos),
que não aparecem a terceiros, devem receber a prestação de contas do sócio ostensivo, assim
como parte dos resultados da atividade empresarial art 993, do código civil.

SOCIEDADE COMUM
Essa sociedade está prevista nos artigos 986 à 990, do código civil, a doutrina divide esta
sociedade em duas formas : DE FATO ou IRREGULAR. A sociedade de fato não possui atos
constitutivos nem sequer outros documentos que comprovem a existência da sociedade em
regra. Já a sociedade irregular possui atos constitutivos e subsequentes alterações, mas não os
arquivava no registro competente.
Ainda será considerada sociedade em comum quando as sociedades deixam de promover as
alterações contratuais necessárias e obrigatórias.
Vale mencionar que os sócios somente poderão provar, uns em relação aos outros, a existência
da sociedade mediante documentos escritos, ou seja embora a situação irregular da sociedade
comum possa ter ocorrido pela falta de inscrição do contrato ou pela ausência do mesmo, em
caso de pacto verbal.
Nesse último caso, não será possível comprovar que a pessoa jurídica exista, salvo se por meio
de outros documentos escritos for possível concluir pela existência da sociedade, pois o art. 332
do CPC, todos os meios de prova em direito admitidos podem ser utilizados.
O patrimônio da sociedade responde pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios,
salvo pacto expresso limitativo de poderes que somente terá eficácia perante o terceiro que o
conheça ou deve conhecer.
A lei é taxativa ao dispor que a responsabilidade é solidária conjugada como o benefício de
ordem, previsto no art. 1.024, do Código Civil, ou seja, os bens particulares dos sócios só serão
executados após a realização dos bens pertencentes à sociedade. A Responsabilidade solidária e
ilimitadamente dos sócios pelas obrigações sociais, talvez a maior e principal conseqüência da
irregularidade, significa que cada sócio responde com seu patrimônio pessoal pelo pagamento
integral da dívida contraída em nome da sociedade, ou, em outras palavras, que o credor tem o
direito de cobrá-la, no todo ou em parte, de um, alguns ou todos os sócios devedores a seu
exclusivo critério.

De acordo com a legislação civil em vigor, o sócio ou os sócios que pagarem por inteiro a
dívida comum poderão exercitar contra os demais o chamado direito de regresso, que consiste
na possibilidade de exigirem de cada um dos sócios devedores a sua respectiva quota,
dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se houver, e presumindo-se iguais, no
débito, as partes de todos os sócios.
As normas do Código Civil para as sociedades em comum e em conta de participação são
aplicáveis independentemente da atividade dos sócios, ou do sócio ostensivo, ser ou não
própria de empresário sujeito a registro. A lei determina o arquivamento dos atos constitutivos
da sociedade empresária antes do início de sua atividade, sob pena de ser considerado uma
sociedade em comum, mas, a falta de registro não privada a sociedade de exercer atividade
empresarial.
Finalmente, cumpre relembrar ao leitor mais três pontos importantes dentro do estudo das
sociedades em comum:
1) o regime jurídico das sociedades simples se aplica subsidiariamente às sociedades em comum
(irregulares, de fato ou em formação);
2) a sociedade em comum não tem legitimidade ativa para requerer o pedido de falência, nem
de recuperação de empresas, bem como não desfruta da eficácia probatória dos livros
comerciais;
3) as sociedades por ações (sociedade anônima e comandita por ações) sendo organizadas, isto
é, sendo formadas e que ainda não tenham sido definitivamente inscritas no RPEM não deverão
ser consideradas sociedades em comum (art. 986 do CC de 2002).

SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO.

Essa sociedade é um tipo de sociedade e não personificada e que nunca a adquiri-la a


personificação. Isso acontece, visto que o “contrato social produz efeito somente entre os
sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro. Por não ter
personalidade jurídica, a sociedade em conta de participação não carece das formalidades
exigidas dos tipos societários personificados, incluindo o seu registro e nome empresarial.

A tal sociedade é a estrutura pela qual duas ou mais pessoas se unem visando um fim especifico.
Dessa forma, uma pessoa fornece recursos à outra para que os utilize em determinado projeto ou
empreendimento visando auferir resultados a serem compartilhados. A mesma tem como
característica a informalidade, discrição, baixo curto operacional entre outras. Sociedade essa
para quem deseja e procura constituir uma sociedade sem muita burocracia.

FUNCIONALIDADE
A sociedade em conta de participação não possui uma personalidade jurídica própria, portanto
de utiliza de uma personalidade jurídica do sócio ostensivo para praticar seus atos, não
possuindo sequer nome empresarial. Sendo assim, o sócio ostensivo possui responsabilidade sob
os terceiros e em casos de dividas fiscais e trabalhistas.
SÓCIO OSTENSIVO

O sócio ostensivo é o único autorizado a exercer as a atividades que constituem o objeto social
da sociedade. Significa, portanto, que ele é sócio responsável pela administração do negócio,
pela negociação com parceiros, e é também quem assume a responsabilidade perante terceiros.
No modelo de sociedade em conta de participação atual, a posição de sócio ostensivo pode ser
exercida tanto por uma pessoa natural, quanto por outra sociedade empresária

SÓCIO PARTICIPANTE

O sócio participante é considerado o investidor. Suas obrigações são com o sócio ostensivo, mas
ele não ocupa-se das demandas de administração da sociedade, tampouco tem responsabilidade
para com terceiros. A denominação “sócio-oculto”, como também é chamado o sócio
participante, expressa justamente o caráter pouco visível dessa parte nas relações negociais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As sociedades não personificadas foram criadas para regular situações jurídicas existentes
entre os sócios e sub dividem em sociedade em comum, que não possui personalidade jurídica
por que os seus atos constitutivos ainda não foram registrados e a sociedade em conta de
participação que não é pessoa jurídica por proibição legal, pois mesmo que registrada em
qualquer Registro não adquirirá personalidade. Nesse tipo de sociedades, os sócios
administradores são responsáveis diretos pelas obrigações contraídas.

A Sociedade em Conta de Participação pode ser um instrumento muito interessante para


vários tipos de negócios em razão de sua informalidade, facilidade de constituição. Além disso,
esse formato tem a possibilidade do sócio participante se manter oculto e indene às
responsabilidades decorrentes da administração, sendo uma ferramenta altamente eficaz para
alavancar negócios
REFERÊNCIAS

https://www.aurum.com.br/blog/sociedade-em-conta-de-participacao/

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