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ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO, MARKETING E

COMUNICAÇÃO

GUILHERME ÁLVARO DE CARVALHO VIEIRA


R.A: 11200225

ESTUDO DAS SOCIEDADES LTDA E S/A

SANTOS
2022
GUILHERME ÁLVARO DE CARVALHO VIEIRA
R.A: 11200225

ESTUDO DAS SOCIEDADES LTDA E S/A

Trabalho Facultativo para obtenção de nota


complementar referente a matéria de
Direito Empresarial I
Apresentado à
Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação.

Prof. Sidney Vida

SANTOS
2022
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem o objetivo de apresentar informações e mostrar as
características das sociedades LTDA e S/A.
Existem diversas modalidades para constituir uma empresa. Desde
considerada de grande porte até empresas que estão entrando no ambiente
societário, crescimento administrativo e gestão de pessoal.
SOCIEDADE ANÔNIMA

CONCEITO: As sociedades anônimas são espécies de sociedades


estatutárias, também chamadas de “institucionais”. Constituem-se, assim, por
meio de um estatuto social e seu capital está dividido em frações denominadas
“ações”. Cada sócio é titular de determinado número de ações, sendo chamado
de “acionista”.
As sociedades anônimas, também chamadas de “companhias”, estão
regulamentadas por uma lei própria, a Lei n. 6.404/76. Veja-se que o art. 1.089
do Código Civil esclarece essa circunstância, dispondo que: “a sociedade
anônima rege-se por lei especial, aplicando-lhe, nos casos omissos, as
disposições deste Código”.
Independentemente do objeto social explorado pela sociedade anônima, ainda
que seja atividade econômica civil, será sempre considerada sociedade
empresária, por expressa disposição de lei, o que não ocorre com os demais
tipos societários (que podem ser sociedades simples ou empresárias – CC, art.
982, parágrafo único, e Lei n. 6.404/76, art. 2º, § 1º). Como regra, o objeto
social explorado pelas sociedades anônimas importa em atividade de grande
vulto econômico.
Caberá ao estatuto social da companhia a definição precisa e completa de seu
objeto social. Este poderá consistir em qualquer atividade de fim lucrativo,
desde que não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes. A
companhia pode ter por finalidade, inclusive, participar de outras sociedades.
Essa participação é facultada como meio de realizar o objeto social ou para
beneficiar-se de incentivos fiscais (LSA, art. 2º).

CONSTITUIÇÃO DE UMA SOCIEDADE ANÔNIMA

A constituição de uma sociedade anônima requer a observância de requisitos


preliminares e providências complementares. Além disso, ela pode ser de duas
modalidades: constituição por subscrição pública e por subscrição particular.
Os requisitos preliminares para a constituição de uma sociedade anônima
devem ser observados por toda e qualquer companhia, seja ela aberta ou
fechada, e independentemente da modalidade de constituição, se por
subscrição pública ou particular. São eles (LSA, arts. 80 e 81):
A. Subscrição, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em que
se divide o capital social fixado no estatuto. A subscrição é irretratável.
B. Realização, como entrada, em dinheiro, de 10%, no mínimo, do preço de
emissão das ações subscritas. Determinadas sociedades anônimas,
como as instituições financeiras, necessitam de uma integralização,
como entrada, de 50% das ações subscritas.
C. Depósito, no Banco do Brasil ou em outro estabelecimento bancário
autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte de capital
realizado em dinheiro. Esse depósito deve ser feito pelo fundador no
prazo de 5 dias contados do recebimento das quantias, em nome do
subscritor e a favor da sociedade em organização, que só poderá
levantá-lo após haver adquirido personalidade jurídica. Caso a
companhia não se constitua dentro de 6 meses da data do depósito, o
banco restituirá as quantias depositadas diretamente aos subscritores.

Observados os procedimentos preliminares, a sociedade anônima poderá ser


constituída sob duas formas: por meio de subscrição pública de valores
mobiliários ou por subscrição particular.
A constituição de uma companhia por subscrição pública impõe-se para as
sociedades abertas que negociarão seus valores mobiliários no mercado de
capitais. Ela contém diversas e sucessivas fases, estando disciplinada nos arts.
82 a 87 da Lei de Sociedades Anônimas.
Essa constituição por subscrição pública depende de prévio registro da
companhia na Comissão de Valores Mobiliários, para que esta autorize a
emissão pública das ações. A subscrição dessas ações somente poderá ser
feita com a intermediação de uma instituição financeira para tanto contratada.
O pedido de registro será instruído com o estudo de viabilidade econômica e
financeira do empreendimento, com o projeto do estatuto social e com o
prospecto organizado e assinado pelos fundadores e pela instituição financeira
intermediária. A Comissão de Valores Mobiliários poderá condicionar o registro
a modificações no estatuto ou no prospecto, bem como denegá-lo por
inviabilidade ou temeridade do empreendimento, ou inidoneidade dos
fundadores (LSA, art. 82).
Atendidas todas as exigências, será concedido o registro e autorizada a
emissão. Assim, as ações serão oferecidas ao público e quem pretender
subscrevê-las deverá procurar a instituição intermediária autorizada e assinar a
lista ou boletim individual, autenticados por referida instituição, a qual anotará
sua qualificação (dados pessoais, se pessoa física; firma e denominação, além
do local da sede, se pessoa jurídica) e especificará o número de ações
subscritas, sua espécie e classe, se houver mais de uma, e o total da entrada
em dinheiro (LSA, art. 85).
A subscrição também poderá ser feita por carta endereçada à instituição, nas
condições previstas no prospecto, acompanhada do valor da entrada (art. 85,
parágrafo único). Quando ocorrer a subscrição de todo o capital social, os
fundadores convocarão assembleia geral, que promoverá a avaliação de
eventuais bens fornecidos para a integralização das ações subscritas e
deliberará sobre a constituição da companhia, com aprovação do estatuto
social por mais da metade do capital social. Cada ação, independentemente de
sua espécie ou classe, dará direito a um voto (arts. 86 e 87, § 2º)

TÍTULOS EMITIDOS PELA SOCIEDADE ANÔNIMA


A sociedade anônima emite diversos títulos de investimento ou valores
mobiliários que servem para a captação de recursos que proporcionarão o
desempenho da atividade empresarial.
Dentre os diversos tipos de valores mobiliários que podem ser emitidos por
uma sociedade anônima, cinco gozam de especial destaque e importância,
razão pela qual serão detalhadamente estudados. São eles:
1) ações;
2) partes beneficiárias;
3) debêntures;
4) bônus de subscrição;
5) commercial paper.

ÓRGÃOS DA SOCIEDADE ANÔNIMA


A sociedade anônima possui, como regra, quatro órgãos principais, mas nada
obsta que o estatuto social preveja livremente outros órgãos que auxiliem na
administração ou fiscalização da companhia.
Os órgãos mais importantes são:
a) assembleia geral;
b) Conselho de Administração;
c) diretoria;
d) Conselho Fiscal.

CAPITAL SOCIAL
O capital social das sociedades anônimas, devidamente especificado no
estatuto da empresa, está dividido em ações. Cada ação corresponde,
portanto, a uma fração do capital social e seu titular passa a figurar como sócio
proprietário da companhia, dispondo de um complexo de direitos e deveres. O
capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em
qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro (art. 7º). A
avaliação dos bens será feita por três peritos ou por empresa especializada,
nomeados em assembleia geral dos subscritores, convocada pela imprensa e
presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira convocação com a
presença de subscritores que representem metade, pelo menos, do capital
social, e em segunda convocação, com qualquer número. Um laudo será
apresentado e submetido à apreciação da assembleia (art. 8º).

DAS SOCIEDADES LIMITADAS


CONCEITO: A sociedade por cotas de responsabilidade limitada, inserida no
ordenamento pátrio em 1919 pelo Decreto n. 3.708, é hoje regulamentada pelo
Código Civil, com o nome de “sociedade limitada”. Trata-se de sociedade
contratual, constituída por um contrato social, cujo capital social é dividido em
cotas.
As cotas (ou quotas) são frações que serão subscritas pelos sócios. Esses
sócios, com a subscrição, comprometem-se à integralização do montante
correspondente às suas cotas, mediante o efetivo fornecimento de dinheiro,
bens ou créditos para a formação do capital social e constituição do primeiro
patrimônio da sociedade, necessário ao início das atividades empresariais.
A titularidade de cotas confere ao sócio uma série de direitos sobre a
sociedade. Como direitos patrimoniais estão o recebimento de parcela dos
lucros provenientes da atividade empresarial desenvolvida, bem como o da
partilha da massa patrimonial resultante da liquidação da sociedade. Dentre os
direitos pessoais podem ser elencadas a participação efetiva na administração
da empresa e a fiscalização constante de suas contas e negócios.
O capital social está dividido em cotas iguais ou desiguais, cabendo uma ou
diversas a cada sócio, o que faz com que ele tenha maior ou menor controle do
capital social, na proporção do número de cotas que possui (art. 1.055).

DO CONTRATO SOCIAL
O contrato social das sociedades limitadas, elaborado por instrumento público
ou particular e devidamente registrado na Junta Comercial, deve trazer, de
acordo com o art. 1.054 do Código Civil, as cláusulas essenciais, previstas no
art. 997. São elas:
a) identificação e qualificação dos sócios (nacionalidade, estado civil,
profissão, residência, número do RG e do CPF) se pessoas físicas e, se
pessoas jurídicas, firma ou denominação, nacionalidade e sede;
b) nome empresarial, objeto, sede e prazo;
c) capitalsocial, cota de cada sócio e modo de integralizá-la;
d) identificação e qualificação dos administradores, seus poderes e
atribuições;
e) participação de cada sócio nos lucros e perdas.
Além disso, não se pode esquecer que o contrato social deve claramente
dispor sobre o tipo societário adotado (sociedade limitada) e, em razão dele,
sobre a responsabilidade subsidiária dos sócios, predeterminada em lei.
Independentemente de ter sido feito mediante escritura pública ou escrito
particular, eventual alteração do contrato social poderá ser feita por meio
diverso daquele usado para a sua constituição, mas, para ter valor, deverá ser
averbado na Junta Comercial.

DO NOME EMPRESARIAL
As sociedades limitadas podem adotar como nome empresarial tanto firma
quanto denominação, ambas integradas pela palavra “limitada” ou sua
abreviatura “Ltda.”.
A omissão da palavra “limitada” “determina a responsabilidade solidária e
ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a
denominação da sociedade” (art. 1.158, § 3º).
Se for adotada a firma, esta será composta com o nome de um ou mais sócios,
desde que pessoas físicas. Se o sócio cujo nome civil integrar a firma vier a
falecer, for excluído ou retirar-se da sociedade, deverá ser alterado o nome
empresarial de modo que prevaleça o princípio da veracidade, segundo o qual
somente pode constar de nome empresarial o nome civil de quem efetivamente
integrar o quadro social.

DAS COTAS
Como ressaltado anteriormente, o capital social das limitadas está todo dividido
em cotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio (art.
1.055 do CC). Os sócios poderão integralizar as cotas por eles subscritas com
dinheiro, bens ou créditos.
Todos os sócios respondem solidariamente, até o prazo de 5 anos da data do
registro da sociedade, pela exata estimação de bens conferidos para
integralização do capital social (art. 1.055, § 1º).
Isso porque, em princípio, os bens não são avaliados se todos os sócios
concordarem com o valor a eles atribuído. Na hipótese de fraude, caberá o
questionamento da avaliação em juízo pelos demais sócios.
Por ser uma sociedade empresária, a sociedade limitada não admite que o
sócio contribua apenas com sua força de trabalho (§ 2º). Não há, portanto, a
figura do chamado sócio de indústria. Todo e qualquer sócio deve contribuir
para a formação ou aumento do capital social da sociedade, não obstante
também possa prestar seus serviços para o desenvolvimento do objeto da
empresa. Somente nas sociedades simples, não empresárias, portanto, é
admitida a contribuição de sócio restrita à sua força de trabalho.
CONCLUSÃO
Com base no trabalho apresentado a sociedade anônima, também conhecida
como S.A, trata-se de sociedade empresarial que tem como principal
característica a divisão por ações. Nessas empresas, os sócios são chamados
de acionistas e devem ser sempre duas ou mais pessoas.
Nas S.A, a participação e responsabilidades se dão de acordo com os ativos
que cada pessoa possui. Isso é determinado pela Lei nº 6.404/76, conhecida
como “Lei das Sociedades por Ações”.

Em relação a sociedade limitada, também conhecida como LTDA, os sócios


têm responsabilidades de acordo com o valor das suas cotas. Então, se uma
empresa conta com dois sócios, um com 25% da empresa e outro com 75%, o
que tem a maior porcentagem tem mais responsabilidades.

As principais diferenças entre a sociedade anônima e sociedade limitada são: a


forma de administração, o capital social, a participação nos lucros e os votos
em decisões da empresa.
BIBLIOGRAFIA

o Venosa, Sílvio de Salvo Direito empresarial / Sílvio de Salvo Venosa,


Cláudia Rodrigues. – 8. ed. – São Paulo: Atlas, 2018. Inclui bibliografia

o https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm

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