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***Seção 1***

Entidades sem fins lucrativos


Alguns tipos de pessoas jurídicas possuem maior aderência a atividades
que não visam ao lucro. É o caso das associações, fundações, organizações
religiosas e dos partidos políticos.

As associações
Segundo o Código Civil (BRASIL, 2002), as associações constituem-se
da reunião de pessoas que de forma organizada visam a um objetivo
não econômico.

Fundações
As fundações representam uma forma jurídica pela qual uma pessoa,
o instituidor, destaca uma parte de seu patrimônio para atender a um
fim específico.

Organizações religiosas
O Código Civil estabelece que a criação de organizações religiosas seja
livre, não podendo o poder público negar seu reconhecimento ou registro.
A Organização Religiosa constitui-se de uma pessoa jurídica, sem fins
lucrativos, que congrega pessoas físicas ou jurídicas na vivência de uma atividade
religiosa.
Elas representam uma pluralidade de pessoas para a prática do culto e da
fé. Envolvem um carisma eclesial e vivencial.
Embora possuam imunidade tributária, as organizações religiosas estão
obrigadas a cumprirem as obrigações legais e acessórias.

Sociedades e empresas individuais de responsabilidade


limitada
As pessoas jurídicas tratadas nos parágrafos anteriores podem ser classificadas
como pertencentes ao grupo das entidades sem fins lucrativos.
Em termos contábeis, geralmente utilizamos a denominação de entidades
do terceiro setor, ou seja, o conjunto de associações, fundações e demais
entidades sem fins econômicos de geração de lucro que prestam determinados serviços
ou congregam pessoas em torno de determinados ritos, cultos
ou movimentos

Sociedades
O Código Civil define uma sociedade como sendo o resultado da
celebração de um contrato entre pessoas. Por meio desse contrato, elas
assumem o compromisso recíproco de contribuir com bens e serviços para a
sociedade em prol de uma atividade.

Sociedade de
Responsabilidade Limitada. Nesse tipo de sociedade, também conhecida
por sua sigla LTDA, existe a limitação da responsabilidade dos sócios em
relação às possíveis obrigações geradas por insolvência da pessoa jurídica.
Eles respondem até o limite de sua participação ou quotas na sociedade.

Sociedade Anônima. Esse tipo de


sociedade (S/A) se caracteriza pela divisão de seu capital em ações, e os
portadores dessas ações são denominados de acionistas.

Sociedade por Comandita Simples se caracteriza por envolver dois


tipos de sócios. Um grupo é o responsável pelas obrigações fiscais e financeiras.
Esse grupo se denomina comanditados. Noutro grupo, denominado
de comanditários, a responsabilidade é limitada.
Sociedade em Comandita por Ações é similar à sociedade anônima
em termos de estrutura de capital, pois também envolve a divisão em ações.
Todavia, no caso da sociedade em comandita por ações, o exercício da atividade
empresarial se dá na forma de denominação ou firma. Ela é gerida por
um ou mais diretores nomeados.

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada


Esse tipo de empresa surgiu como uma solução para a antiga prática no
Brasil de se abrir empresas a partir da inclusão de um sócio “fictício”.

Microempresa Individual (MEI)


Para que um profissional possa se enquadrar como MEI, por exemplo,
ele não pode ser sócio de outra empresa e deve faturar um valor máximo porano,
determinado pelo governo, e ter no máximo um funcionário, ou seja,
corresponde a uma grande parte da realidade de pequenos negócios.

***Seção 2***

Formalidades intrínsecas da ata


A ata dever ser redigida e assinada por um dos membros do conselho que
está reunido ou por um terceiro especificamente designado para isso.
O redator da ata também assina o documento declarando que as informações ali
registradas refletem fielmente as discussões e deliberações da reunião.
Outra pessoa importante que constará dos registros da ata é a figura do
presidente da reunião ou da assembleia. Cabe a ele conduzir as discussões
e votações.

Formalidades intrínsecas do estatuto social


O estatuto social, conforme previsto na legislação, em especial na Lei nº
6.404/1976 (BRASIL, 1976) e no Código Civil (BRASIL, 2002) e descrito em
Mamede e Mamede (2017) deve conter:
• A denominação social, ou seja, sob qual denominação a instituição operará.
• Localização da sede, ou seja, a cidade e UF onde está situada a sede
da instituição.
• Período de duração do estatuto, se determinado ou indeterminado.
• Capital social expresso em reais.
• O objeto social, ou seja, o tipo de operação a que se destina a instituição.
Geralmente estão contempladas no objeto social as atividades
previstas e codificadas por meio do Código Nacional de Atividades
Econômicas – CNAE.
• Número e qualificação das ações que compõem o capital da companhia.
• Forma de constituição e funcionamento do conselho fiscal.
• Data final do exercício social, ou seja, determinação do período no
qual serão elaboradas as demonstrações financeiras.

Contrato social
Assim como qualquer documento, o contrato social é o instrumento que
será utilizado para dirimir qualquer dúvida relacionada à sociedade, bem
como envolvendo as atribuições, responsabilidades e representatividade
dos sócios.

Formalidades intrínsecas do contrato social


Ele deve conter a assinatura de todos os sócios e, em determinados estados
brasileiros, de testemunhas, além da assinatura de um advogado que tem por
objetivo dar ciência sobre a correção em relação aos aspectos formais e legais
do instrumento.

Microempresa Individual - MEI


São condições para que seja feita essa opção de legalização de empresa,
segundo o Portal, dados ajustados em 2018:
1. Faturar até no máximo R$ 81.000,00 por ano, ou R$ 6.750,00 por mês.
2. Não ser sócio, administrador ou titular de outra empresa.
3. Ter no máximo um funcionário.
4. Exercer uma atividade econômica que esteja prevista no Anexo XI,
da Resolução CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018 (BRASIL, 2018).

Conceito e características do livro-diário


O livro-diário faz parte dos livros que juridicamente são classificados
como obrigatórios e comuns. São obrigatórios porque são exigidos por lei, e
são comuns porque todas as empresas, independentemente de sua forma ou
atuação, são obrigadas a tê-lo.
Os livros-diários das empresas devem ser autenticados no Registro Público
de Empresas Mercantis que é feito nas Juntas Comerciais de cada estado.
O livro-diário possui formalidades, que geralmente são denominadas
extrínsecas e/ou intrínsecas a depender de se referirem à forma do livro ou
de seu conteúdo.

O livro-razão é considerado também como um livro contábil obrigatório,


porém não há a exigência de registro como ocorre no caso do diário.

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