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DIREITOS
HUMANOS
Tortura
NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Tortura.....................................................................................................................................................................................4
Previsão Constitucional do Crime de Tortura..................................................................................................4
Previsão Legal. . ..................................................................................................................................................................5
As Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais...............................................................................11
Direito a Não Ser Torturado. . .....................................................................................................................................11
Questões de Concurso.................................................................................................................................................14
Gabarito................................................................................................................................................................................31
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................32
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
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Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem? Espero que sim!
Vamos passar agora ao estudo da tortura, das garantias judiciais e os direitos pré-proces-
suais, e o direito a não ser torturado. Apesar de não haver análise sobre as diversas Conven-
ções que tratam sobre a tortura no presente material, deixarei alguns comentários nas ques-
tões de modo a fundamentar o direito da pessoa a não ser torturada, ok?
Agora mãos à obra e bons estudos!
Abraços!
Profª. Patrícia
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TORTURA
O Brasil é signatário de tratados e convenções de direitos humanos, com garantias que
recaem sobre diversos direitos, dentre eles sobre a vedação à tortura.
Nessa entoada vamos passar à análise da lei que trata sobre a tortura e suas penalidades
no Brasil.
CF/1988, Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
III – a dignidade da pessoa humana;
Nessa mesma entoada, de modo a ratificar no Brasil os direitos humanos que coíbem a
prática do crime de tortura, a Constituição tutela em seus direitos fundamentais a prevalência
dos direitos humanos.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
II – prevalência dos direitos humanos;
Em sequência a Carta Magna ainda garante igualdade, sem nenhum tipo de distinção “aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade”, prevendo que “ninguém será submetido a tortura
nem a tratamento desumano ou degradante”.
Importante destacar, ainda, o direito do preso, previsto no inciso XLIX do artigo 5º, que as-
segura “aos presos o respeito à integridade física e moral”.
1
Mazzuoli, Valerio de Oliveira Curso de Direitos Humanos – 8. ed. – Rio de Janeiro: Forense; MÉTODO, 2021.
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Previsão Legal
Tortura é equiparado aos crimes hediondos. Importante entender que os CRIMES AQUI
PREVISTOS, mais precisamente os do inciso I, SÃO CONSIDERADOS CRIMES COMUNS, pois
podem ser cometidos por qualquer pessoa, não se exigindo condição especial do sujeito ativo
da conduta.
O crime de tortura possui previsão na Lei n. 9.455/97, a qual define como crimes de tortura:
O que é tortura????
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
A violência mencionada não precisa causar lesão corporal grave ou gravíssima. Pode acon-
tecer tortura com lesão corporal leve!
O sofrimento pode ser físico ou mental!!!!!!!!
Mas não basta o constrangimento com violência ou grave ameaça! É preciso que haja uma
finalidade para esse constrangimento.
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
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II – Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
No caso do inciso II, observe que o sofrimento aqui previsto é INTENSO, em virtude da
GUARDA, DO PODER OU DA AUTORIDADE exercida pelo agente sob a vítima.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a so-
frimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de
medida legal.
Veja que neste caso, não há a previsão do sofrimento intenso, bastando que haja o sofrimento
Em suma:
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Há crime de tortura por omissão? No caso de tortura, SIM!!!!!!!! Veja o que dispõe o § 2º do
artigo 1º:
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
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§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez
anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Já caiu em prova trazendo causa de aumento de pena se o crime for cometido a maiores de
50 anos!!!! E na verdade, o aumento se dá quando for cometido contra maiores de 60 anos!!!!
A sentença de condenação pelo crime de tortura acarretará a perda automática do cargo, fun-
ção ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplica-
da. Nesse sentido:
JURISPRUDÊNCIA
Ementa: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TORTURA. POLICIAIS MILITARES. PERDA DO
POSTO E DA PATENTE COMO CONSEQUÊNCIA DA CONDENAÇÃO. APLICABILIDADE DO
ARTIGO 1º, § 5º, DA LEI 9.455/1997. ALEGADA VIOLAÇÃO DO ARTIGO 125, § 4º, DA CONS-
TITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTE. 1. A condenação de policiais milita-
res pela prática do crime de tortura, por ser crime comum, tem como efeito automático
a perda do cargo, função ou emprego público, por força do disposto no artigo 1º, § 5º,
da Lei 9.455/1997. É inaplicável a regra do artigo 125, § 4º, da Carta Magna, por não se
tratar de crime militar. Precedentes. 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “PENAL E
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O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena
em regime fechado.
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Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Cuidado!
A lei de tortura é aplicada ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacio-
nal, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
STJ já decidiu que tortura de preso sob custodia do sistema prisional praticada por agente
penitenciário constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública, além das demais repercussões nas esferas penal e disciplinar (Resp
177910). Vejamos:
JURISPRUDÊNCIA
DIREITO ADMINISTRATIVO. CARACTERIZAÇÃO DE TORTURA COMO ATO DE IMPROBI-
DADE ADMINISTRATIVA.
A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de impro-
bidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. O (...)
Precedente citado: REsp 1.081.743-MG, Segunda Turma, julgado em 24/3/2015. REsp
1.177.910-SE, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgado em 26/8/2015, DJe 17/2/2016
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LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegura-
dos o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Ainda na fase pré-processual, ou seja, na fase prévia ao eventual processo judicial deve
ser garantida a prevalência dos direitos fundamentais ao acusado, dispensando-o o Estado o
tratamento como sujeito; e não como objeto.2
Isso porque, apesar das garantias judiciais destinadas aos acusados em geral, o sistema
inquisitivo, de igual modo, deve respeitar a dignidade da pessoa humana, observando as pre-
missas constitucionais acima elencadas, dentre elas, a de não ser condenado com base em
provas ilícitas.
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Cuidado!
Ou seja, NÃO HÁ EXCEÇÃO! TODOS POSSUEM O DIREITO A NÃO SER TORTURADO, E
PONTO FINAL!
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• A ordem de um funcionário superior ou de uma autoridade pública não poderá ser invo-
cada como justificação para a tortura.
• Cada Estado Parte assegurará que todos os atos de tortura sejam considerados crimes
segundo a sua legislação penal. O mesmo aplicar-se-á à tentativa de tortura e a todo
ato de qualquer pessoa que constitua cumplicidade ou participação na tortura.
• Cada Estado Parte punirá estes crimes com penas adequadas que levem em conta a
sua gravidade.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/PC-RN/2021) A Lei n. 9.455/1997
tipifica o crime de tortura e aponta as suas diversas espécies. Sobre o delito em questão, ana-
lise as afirmativas a seguir.
I – admite tentativa; II. é insuscetível de graça ou anistia, mas permite o indulto; III. pode ser
praticado por conduta comissiva ou omissiva.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
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d) a violência policial arbitrária não é ato apenas contra o particular-vítima, mas sim contra a
própria Administração Pública, ferindo suas bases de legitimidade e respeitabilidade, razão
pela qual o agente penitenciário responderá apenas na esfera penal, não havendo que se falar
em improbidade administrativa.
e) a tortura de preso custodiado no sistema prisional praticada por agente penitenciário cons-
titui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Públi-
ca, fora as demais repercussões nas esferas penal e disciplinar.
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c) Os danos materiais e morais sofridos por Maria seriam passíveis de reparação, mas foram
alcançados pela prescrição.
d) Não há hipótese de responsabilidade civil do Estado no caso em tela, uma vez que Maria
assumiu o risco do resultado pelos seus atos.
e) A ação de reparação dos danos morais e materiais sofridos por Maria é imprescritível, eis
que ocorridos no período da ditadura militar e decorrentes de atos de perseguição política com
violação de direitos fundamentais.
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treinamento sobre a proibição de aplicar tortura receberão incentivos salariais como forma de
ampliar a divulgação da referida convenção no território nacional.
IV – A referida convenção prevê que cada Estado-parte assegurará à vítima de ato de tortura o
direito à reparação justa e adequada dos danos sofridos, incluídos os meios necessários para
a mais completa reabilitação possível, e, em caso de morte da vítima como resultado de ato de
tortura, seus dependentes terão direito à indenização.
Estão certos apenas os itens:
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV
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d) A pena do crime de tortura não aumenta quando é cometido contra criança, gestante, porta-
dor de deficiência, adolescente ou maior de sessenta anos de idade.
e) Não é considerado crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade,
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental como for-
ma de aplicar castigo pessoal.
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Pela lei que define os crimes de tortura, o legislador incluiu, no ordenamento jurídico brasileiro,
mais uma hipótese de extraterritorialidade da lei penal brasileira, qual seja, a de o delito não
ter sido praticado no território e a vítima ser brasileira, ou encontrar-se o agente em local sob
a jurisdição nacional.
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garantir que ninguém será sujeito a tortura ou a pena ou tratamento cruel, desumano ou degra-
dante promovido por pessoas no exercício de funções públicas. Esse documento define que o
termo “tortura” compreende todo:
a) sofrimento infligido intencionalmente a uma pessoa a fim de obter informações ou confissões.
b) ato intencional que cause lesão corporal em um cidadão detido por suspeita de cometimen-
to de crime.
c) ato que cause sofrimento mental, intimidação ou coação a uma pessoa suspeita de come-
timento de crime.
d) sofrimento físico ou mental ocasionado pelo cumprimento de qualquer tipo de sanção
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serão assegurados os meios necessários para que a pessoa detida se comunique imediata-
mente com o representante mais próximo do Estado de que é nacional. Entretanto, caso o
sujeito ativo do crime seja um apátrida, desnecessária qualquer comunicação.
b) De acordo com o artigo 36 da Convenção de Viena sobre Relações Consulares, os funcio-
nários consulares terão direito de visitar o nacional do Estado que envia, o qual estiver detido,
encarcerado ou preso preventivamente. Todavia, deverão se abster de intervir em favor do na-
cional sempre que a isso ele se oponha expressamente.
c) Consoante disciplina o dispositivo 24 das Regras de Bangkok – Regras das Nações Unidas
para o tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres
infratoras -, instrumentos de contenção jamais deverão ser usados em mulheres em trabalho
de parto, durante o parto e nem no período imediatamente posterior.
d) Conforme prevê o artigo VIII, da Convenção interamericana sobre o cumprimento de senten-
ças penais no exterior, aprovada a transferência da pessoa sentenciada, o Estado sentenciador
conservará sua plena jurisdição para a revisão das sentenças proferidas por seus tribunais,
podendo inclusive conceder indulto, anistia ou perdão á pessoa sentenciada. Por seu turno, o
Estado receptor, ao receber notificação de qualquer decisão a respeito, deverá adotar imedia-
tamente as medidas pertinentes.
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a) tortura.
b) castigo.
c) ameaça moral.
d) pressão psicológica.
e) constrangimento pessoal
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049. (IBFC/CBM-BA/2019) A tortura é proibida pela Constituição de 1988, sendo essa proibi-
ção, inclusive, um direito fundamental. Sua prática é considerada como crime, sendo discipli-
nada pela Lei n. 9.455/1977. Sobre os crimes de tortura, assinale a alternativa incorreta.
a) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou religiosa.
b) Aquele que se omite em face da prática do crime de tortura, quando tinha o dever de evitá-
-las ou apurá-las, também pratica crime.
c)O crime de tortura é afiançável e suscetível de graça e anistia.
d) Constitui crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com em-
prego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
d) A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para
seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
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b) A condenação não acarretará a perda do cargo, função ou emprego público, podendo o con-
denado exercer suas funções normalmente.
c) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial, religiosa, ou qual-
quer outro sofrimento que a vítima julgue ser vexatório.
d) O guarda municipal, quando extremamente necessário poderá submeter alguém, sob sua
guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
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GABARITO
1. d 37. b
2. e 38. c
3. c 39. c
4. e 40. C
5. b 41. e
6. e 42. E
7. d 43. a
8. e 44. b
9. c 45. C
10. E 46. e
11. a 47. a
12. a 48. c
13. b 49. c
14. e 50. a
15. c
16. E
17. e
18. E
19. C
20. a
21. a
22. e
23. C
24. d
25. b
26. C
27. c
28. a
29. c
30. C
31. a
32. E
33. a
34. a
35. c
36. e
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/PC-RN/2021) A Lei n. 9.455/1997
tipifica o crime de tortura e aponta as suas diversas espécies. Sobre o delito em questão, ana-
lise as afirmativas a seguir.
I – admite tentativa; II. é insuscetível de graça ou anistia, mas permite o indulto; III. pode ser
praticado por conduta comissiva ou omissiva.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Letra d.
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I – Certa.
Lei n. 9.455/1997, Art. 1º, § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego públi-
co e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
II – Certa.
III – Certa.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Letra e.
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A Constituição, em seu artigo 5º, inciso XLIX, assegura aos presos o respeito à integridade
física e moral;
Letra b.
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JURISPRUDÊNCIA
DIREITO ADMINISTRATIVO. CARACTERIZAÇÃO DE TORTURA COMO ATO DE IMPROBI-
DADE ADMINISTRATIVA.
A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de impro-
bidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. O legis-
lador estabeleceu premissa que deve orientar o agente público em toda a sua atividade,
a saber: “Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a
velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos”. Em reforço, o art. 11,
I, da mesma lei, reitera que configura improbidade a violação a quaisquer princípios
da administração, bem como a deslealdade às instituições, notadamente a prática de
ato visando a fim proibido em lei ou regulamento. Tais disposições evidenciam que o
legislador teve preocupação redobrada em estabelecer que a grave desobediência –
por parte de agentes públicos – ao sistema normativo em vigor pode significar ato de
improbidade. Com base nessas premissas, a Segunda Turma já teve oportunidade de
decidir que “A Lei 8.429/1992 objetiva coibir, punir e afastar da atividade pública todos os
agentes que demonstraram pouco apreço pelo princípio da juridicidade, denotando uma
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Letra e.
Para responder essa questão, é preciso relembrar a responsabilidade civil do estado. Art. 43,
§ 6º, da CF/1988, prevê que:
Nessa seara, a responsabilidade do estado é objetiva, uma vez que independe de culpa; sendo
a do agente subjetiva, havendo, neste caso, a necessidade de comprovação de culpa.
Letra d.
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e torturada por agentes do Estado. Em 2021, procura a Defensoria Pública para atendimento
sobre as violações de direitos humanos das quais fora vítima. Considerando o caso narrado,
marque a afirmativa correta de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e
da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
a) A imprescritibilidade do crime de tortura só é reconhecida para fins de responsabilização
penal do agente, mas não para a responsabilidade civil.
b) Não há hipótese de responsabilidade civil do Estado no caso em tela, uma vez que as con-
dutas da qual Maria fora vítima ocorreram dentro da legalidade, por estarem amparadas no Ato
Institucional n. 5, de 13 de dezembro de 1968.
c) Os danos materiais e morais sofridos por Maria seriam passíveis de reparação, mas foram
alcançados pela prescrição.
d) Não há hipótese de responsabilidade civil do Estado no caso em tela, uma vez que Maria
assumiu o risco do resultado pelos seus atos.
e) A ação de reparação dos danos morais e materiais sofridos por Maria é imprescritível, eis
que ocorridos no período da ditadura militar e decorrentes de atos de perseguição política com
violação de direitos fundamentais.
JURISPRUDÊNCIA
STJ, Súmula 647. São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e mate-
riais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar.
Letra e.
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Artigo 11, 1. Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua cul-
pabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias
necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
2.Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não constituí-
am ato delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena
mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido.
Letra c.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Errado.
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CF/1988, Art. 5º, Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, na forma da lei;
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
Letra a.
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c) um a quatro anos.
d) dois a oito anos.
e) seis a vinte anos.
Art. 1º, § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de qua-
tro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Letra a.
Decreto n. 40/1991, Art. 2º, 1. Cada Estado Parte tomará medidas eficazes de caráter legislativo, ad-
ministrativo, judicial ou de outra natureza, a fim de impedir a prática de atos de tortura em qualquer
território sob sua jurisdição.
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2. Em nenhum caso poderão invocar-se circunstâncias excepcionais tais como ameaça ou estado
de guerra, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública como justificação para
tortura.
3. A ordem de um funcionário superior ou de uma autoridade pública não poderá ser invocada como
justificação para a tortura.
Letra b.
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§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Letra e.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Letra c.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
a) é crime contra o Direito Internacional, tendo em vista a Convenção contra a Tortura e outros
tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, mas ainda não é crime no Direito
Brasileiro, sendo punida como constrangimento ilegal ou lesão corporal.
b) é crime contra o Direito Internacional e interno, tendo em vista a Convenção contra a Tortura
e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e a Lei 9.455/97, que defi-
ne e pune o crime de tortura, por ele respondendo exclusivamente os mandantes.
c) é crime contra o Direito Internacional e interno, tendo em vista a Convenção contra a Tortura
e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e a Lei 9.455/97, que define
e pune o crime de tortura, por ele respondendo exclusivamente os mandantes e os executores.
d) ainda não foi tipificada como crime no Direito Internacional e nem tampouco no Direito Bra-
sileiro, sendo apenas uma afronta aos princípios gerais do Direito.
e) é crime contra o Direito Internacional e interno, tendo em vista a Convenção contra a Tortu-
ra e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e a Lei 9.455/97, que
define e pune crime de tortura, por ele respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-lo, se omitirem.
A prática de tortura é crime previsto tanto pelos direitos humanos como pelos direitos
fundamentais.
Letra e.
Não restou configurado o crime de tortura por estarem ausentes os requisitos necessários.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
Um agente penitenciário submeteu a intenso sofrimento físico um preso que estava sob sua
autoridade, com o objetivo de castigá-lo por ter incitado os outros detentos a se mobilizarem
para reclamar da qualidade da comida servida na penitenciária. Nessa situação, o referido
agente cometeu crime inafiançável.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Letra a.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Letra e.
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da
pena em regime fechado.
Certo.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da
pena em regime fechado.
Letra b.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Certo.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
c) A denominada tortura para a prática de crime ocorre quando o agente usa de violência ou
grave ameaça para obrigar a vítima a realizar ação ou omissão de natureza criminosa. Assim,
essa forma de tortura não abrange a provocação de ação contravencional.
d) A configuração do crime de tortura não absorve os delitos menos graves decorrentes do em-
prego da violência ou grave ameaça, a exemplo dos crimes de maus-tratos, lesões corporais
leves, constrangimento ilegal, ameaça e abuso de autoridade.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Letra c.
1. O termo “tortura” designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou men-
tais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de uma terceira pessoa,
informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou
seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qual-
quer motivo baseado em discriminação de qualquer natureza; quando tais dores ou sofrimentos
são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por
sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará como tortura
as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de sanções legítimas, ou que sejam
inerentes a tais sanções ou delas decorram.
Letra a.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
1. Para os fins da presente Convenção, o termo “tortura” designa qualquer ato pelo qual dores ou
sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de
obter, dela ou de uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ou
uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta
pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer nature-
za; quando tais dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no
exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência.
NÃO se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de
sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.
Errado.
Convenção, Art. 1º Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência
unicamente de sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.
Letra a.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
3. Qualquer pessoa detida de acordo com o parágrafo 1 terá assegurada facilidades para comuni-
car-se imediatamente com o representante mais próximo do Estado de que é nacional ou, se for
apátrida, com o representante do Estado de residência habitual.
Letra a.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
A questão cobrou apenas as datas que mencionam os diplomas que tratam sobre o crime de
tortura, sendo todas, portanto, corretas.
Letra c.
Segundo a Convenção:
Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de
sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.
Letra e.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
1. Cada Estado Parte assegurará, em seu sistema jurídico, à vítima de um ato de tortura, o direito à
reparação e a uma indenização justa e adequada, incluídos os meios necessários para a mais com-
pleta reabilitação possível. Em caso de morte da vítima como resultado de um ato de tortura, seus
dependentes terão direito à indenização.
2. O disposto no presente Artigo não afetará qualquer direito a indenização que a vítima ou outra
pessoa possam ter em decorrência das leis nacionais.
Letra b.
1.Cada Estado Parte se comprometerá a proibir em qualquer território sob sua jurisdição outros
atos que constituam tratamento ou penas cruéis, desumanos ou degradantes que não constituam
tortura tal como definida no Artigo 1, quando tais atos forem cometidos por funcionário público ou
outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento
ou aquiescência. Aplicar-se-ão, em particular, as obrigações mencionadas nos Artigos 10, 11, 12 e
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
13, com a substituição das referências a tortura por referências a outras formas de tratamentos ou
penas cruéis, desumanos ou degradantes.
1. Cada Estado Parte tomará medidas eficazes de caráter legislativo, administrativo, judicial ou de
outra natureza, a fim de impedir a prática de atos de tortura em qualquer território sob sua jurisdição.
1. Cada Estado Parte tomará as medidas necessárias para estabelecer sua jurisdição sobre os cri-
mes previstos no Artigo 4º nos seguintes casos:
a) quando os crimes tenham sido cometidos em qualquer território sob sua jurisdição ou a bordo de
navio ou aeronave registrada no Estado em questão;
b) quando o suposto autor for nacional do Estado em questão;
c) quando a vítima for nacional do Estado em questão e este o considerar apropriado.
2. Cada Estado Parte tomará também as medidas necessárias para estabelecer sua jurisdição sobre
tais crimes nos casos em que o suposto autor se encontre em qualquer território sob sua jurisdição
e o Estado não extradite de acordo com o Artigo 8º para qualquer dos Estados mencionados no
parágrafo 1 do presente Artigo.
3. Esta Convenção não exclui qualquer jurisdição criminal exercida de acordo com o direito interno.
Letra c.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Tortura
Patrícia Maciel
Nos termos da Lei, a questão está correta. É o que dispõe artigo 1º, § 7º O condenado por
crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime
fechado. No entanto, se a questão tratasse sobre jurisprudência dos tribunais, poderia estar
errada, uma vez que não é obrigatório o cumprimento inicial em regime fechado.
Certo.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez
anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
III – se o crime é cometido mediante sequestro.
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada
Letra e.
Lembre-se de que para que seja configurado o crime de tortura, é indispensável que o crime
tenha uma finalidade.
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Tortura
Patrícia Maciel
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa.
Errado.
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Tortura
Patrícia Maciel
Art. 1º, II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou
medida de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I – se o crime é cometido por agente público;
Letra a.
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Tortura
Patrícia Maciel
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a
dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I – se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior
de 60 (sessenta) anos;
III – se o crime é cometido mediante sequestro.
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da
pena em regime fechado.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Letra c.
049. (IBFC/CBM-BA/2019) A tortura é proibida pela Constituição de 1988, sendo essa proibi-
ção, inclusive, um direito fundamental. Sua prática é considerada como crime, sendo discipli-
nada pela Lei n. 9.455/1977. Sobre os crimes de tortura, assinale a alternativa incorreta.
a) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou religiosa.
b) Aquele que se omite em face da prática do crime de tortura, quando tinha o dever de evitá-
-las ou apurá-las, também pratica crime.
c)O crime de tortura é afiançável e suscetível de graça e anistia.
d) Constitui crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com em-
prego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
d) A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para
seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
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Tortura
Patrícia Maciel
a) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação, declaração ou con-
fissão da vítima ou de terceira pessoa.
b) A condenação não acarretará a perda do cargo, função ou emprego público, podendo o con-
denado exercer suas funções normalmente.
c) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial, religiosa, ou qual-
quer outro sofrimento que a vítima julgue ser vexatório.
d) O guarda municipal, quando extremamente necessário poderá submeter alguém, sob sua
guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Patrícia Maciel
Advogada. Professora em cursos de graduação e de preparação para concursos públicos. Mestranda em
Educação. Pós-graduada em Direito Tributário pela Rede de Ensino UNIDERP – LFG. Ex-vice-presidente da
Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Taguatinga – OAB/DF.
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