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1. INTRODUÇÃO
Frases célebres de Cesare Beccaria: “Para não ser um ato de violência contra o
cidadão, a pena deve ser, de modo essencial, pública, pronta, necessária, a
menor das penas aplicáveis nas circunstâncias dadas, proporcionada ao delito e
determinada pela lei“ e “(A tortura) é o meio mais seguro de absolver os
criminosos robustos e condenar os fracos inocentes“.
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A chamada Ticking Bomb Scenario Theory é uma formulação que visa, por meio
da tortura de suspeitos, conhecer planos de ataques terroristas, a obtenção pelo
Estado de info. essenciais em prol da resolução de uma situação extrema que
põe em perigo a vida de muitas pessoas. Os EUA, após os atentados de 11 de
setembro, adotou o USA Patriotic Acts e a CIA começou a empregar “técnicas de
interrogatório persuasivas”. Predomina, porém, que a proibição da tortura é um
direito absoluto, não comportando relativizações de qualquer natureza, sob
pena de se verificar uma “regra da decadência” da dignidade humana (RB).
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a) Objetividade jurídica
b) Meios de execução
c) Elemento subjetivo
d) Sujeito ativo
- Qualquer pessoa?
e) Sujeito passivo
f) Consumação
O crime previsto no art. 1º, inciso I, letra a, da Lei 9.455/97 pressupõe o suplício
físico ou mental da vítima, não se podendo olvidar que a tortura psicológica não
deixa vestígios, não podendo, consequentemente, ser comprovada por meio de
laudo pericial, motivo pelo qual a materialidade delitiva depende da análise de
todo o conjunto fático-probatório constante dos autos, principalmente do
depoimento da vítima e de eventuais testemunhas (STJ, HC 214.770/DF, 2011).
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g) Tentativa
h) Ação penal
i) Absorção
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2.2. Tortura-castigo
a) Objetividade jurídica
b) Meios de execução
c) Elemento subjetivo
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal
(tortura-castigo propriamente dita) ou medida de caráter preventivo (tortura-intimidatória).
d) Sujeito ativo
e) Sujeito passivo
f) Consumação
g) Tentativa
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“A conduta da paciente enquadra-se no tipo penal previsto no art. 1º, II, § 4º, II,
da Lei n. 9.455/1997. A paciente possuía os atributos específicos para ser
condenada pela prática da conduta descrita no art. 1º, II, da Lei n. 9.455/1997.
Indubitável que o ato foi praticado por quem detinha as crianças sob guarda, na
condição de babá” (STJ - HC 169.379/SP, 6ª Turma, julgado em 22/08/2011).
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h) Ação Penal
i) Absorção
- “Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida
de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato
não previsto em lei ou não resultante de medida legal” (art. 1º, § 1º ).
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a) Objetividade jurídica
b) Elementos do tipo
c) Sujeito ativo
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d) Sujeito passivo
e) Consumação
f) Tentativa
g) Ação penal
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A punição do garantidor de maneira bem mais branda pelo art. 1º, §2º, da Lei
de Tortura (princípio da especialidade) é considerada inconstitucional por parte
da doutrina, não apenas por violar o princípio da isonomia e o princípio da
proporcionalidade em sua vertente da vedação da proteção deficiente, mas
notadamente porque vem de encontro ao inciso XLIII do art. 5º da CF, que
dispõe que “(...) os executores e os que, podendo evita-los, se omitirem”. Viola,
ademais, a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (art. 3º).
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3. FORMAS QUALIFICADAS
- Distinção do homicídio qualificado pela tortura (art. 121, § 2º, III, do CP)
- Prazos para progressão de regime: mesmo dos crimes hed. (art. 112, LEP)
8. EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI
- “O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido
cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-
se o agente em local sob jurisdição brasileira” (art. 2º)