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Noções de igualdade

Racial e de Gênero
Professor Tárcio Bagdeve
Art. 140, CP (Injúria)
 Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena- detenção, de 1 {um) a 6 {seis) meses, ou multa.
§ 12 O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I -quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II- no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado,
se considerem aviltantes;
Pena- detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 32 Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena- reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Com relação ao sujeito passivo, a pessoa injuriada
deve compreender as ofensas contra ela proferidas,
isto é, ter consciência de estar sendo atacada na sua
dignidade.

Crime doloso. Não admite forma culposa.

Por se tratar de crime contra a honra subjetiva


(autoestima), somente se consuma quando o fato
chega ao conhecimento da vítima.
?PERGUNTA?
Pessoa jurídica e mortos
podem ser sujeitos
passivos do crime de
injúria?
Injúria absoluta

Injúria relativa
Injúria real(§ 2°)

Segundo Nelson Hungria: "mais que o corpo, é


atingida a alma', ob. cit., v. 6, p. 109). Temos
como exemplos mais marcantes: puxões de
orelhas ou de cabelos, cuspir em alguém ou em
sua direção etc.
Injúria qualificada por
preconceito (§ 3°)

Racismo x
Injúria racial
LEI Nº 9.455/97 (Lei de tortura)

 Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos


ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes, de
1984
Convenção Interamericana para Prevenir e Punir
a Tortura, de 1985.
Previsão constitucional. A CRFB/88, no art. 5º, III
Conceito de tortura.
 O art. 1º da Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas
Cruéis, Desumanos e Degradantes traz o conceito de tortura, e dispõe
que
“Para os fins da presente Convenção, o termo "tortura" designa qualquer
ato pelo qual as dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são
infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de uma
terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato cometido;
de intimidar ou coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer
motivo baseado em discriminação de qualquer natureza; quando tais dores
ou sofrimento são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no
exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu
consentimento ou aquiescência. Não se considerará como tortura as dores
ou sofrimentos conseqüência unicamente de sanções legítimas, ou que
sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.”
Bem jurídico tutelado pela lei.
Equiparação a crime hediondo.
Competência para processo e julgamento e
tortura praticada por militar.
Questão probatória.
Crime comum.
Policial Rodoviário Federal. 2014.
CESPE.
Para que um cidadão seja
processado e julgado por crime de
tortura, é prescindível que esse crime
deixe vestígios de ordem física.
TJ/AC – Juiz substituto – 2007.
CESPE.
Sendo crime próprio, o crime de
tortura é caracterizado por seu
sujeito ativo, que deve ser
funcionário
público.
LEI Nº 11.340/06 (Maria
da Penha). VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER
1. Medidas protetivas de urgência. Não têm
natureza de sanção penal e têm a finalidade de
proteção da vítima.

2. Rol exemplificativo das medidas


Inciso I. Suspensão da posse ou restrição do
porte de armas. Inegavelmente, quem tem a
posse ou o porte de uma arma de fogo tem a
potencialidade de vir a usá-la, causando a
morte ou a lesão corporal na vítima. A medida é
salutar, uma vez que evita qualquer dano
posterior ao delito praticado nos moldes de
violência doméstica e familiar contra a mulher.
Inciso II. Afastamento do lar, domicílio ou
local de convivência com a ofendida. O
legislador pretendeu manter a distância
entre o agressor e a agredida, para que
seja evitada uma nova agressão durante o
curso da persecução criminal.
Inciso III. Proibição da prática de determinadas condutas.
a) proibição de aproximação da ofendida, de seus
familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de
distância entre estes e o agressor.
B) vedação de contato entre o agressor e a ofendida, seus
familiares e testemunhas por qualquer meio de
comunicação.
C) proibição de o agressor frequentar determinados
lugares, a fim de preservar a integridade física e psicológica
da ofendida.
Inciso V. Prestação de alimentos
provisionais ou provisórios. A prestação
de alimentos é uma forma de manter a
subsistência da vítima e de seus
dependentes, para que a violência
doméstica contra ela não acabe
prejudicando-os.
§ 3º. Requisição de auxílio policial. O
auxílio policial não é a regra, uma vez que
o agressor pode comprometer-se a
cumprir as medidas impostas pelo Juiz. A
requisição somente será possível na
hipótese de necessidade para a garantia
da efetividade das medidas.
OBS: Descumprimento das
medidas protetivas de urgência
por parte do agressor. CONDUTA
ATÍPICA!!
• Analista Judiciário.TJ/BA. 2015. FGV.
O descumprimento de medida protetiva de urgência
prevista na Lei Maria da Penha (Art. 22 da Lei nº11.340/2006)
configura:
A) desacato;
B) desobediência;
C) condescendência criminosa;
D) conduta atípica;
E) violência arbitrária.
Cabimento de ordem de habeas corpus. É
cabível a impetração de ordem de habeas
corpus para analisar eventual ilegalidade na
fixação das medidas protetivas de urgência

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